Maquinagem: Processos de Fabrico
Maquinagem: Processos de Fabrico
Maquinagem: Processos de Fabrico
Maquinagem
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MAQUINAGEM
Vantagens Desvantagens
Maquinagem convencional: remoção de material (arranque de apara) por corte usando uma ferramenta
Corte: envolve deformação plástica intensa, com predominância da deformação por corte, e fratura que
resulta na geração de novas superfícies → geração de apara
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Corte ortogonal vs corte oblíquo
CORTE DE MATERIAL
• Zona de corte primária
• Zona de corte secundária sobre a apara que contacta
com face de ataque da ferramenta. A intensidade das
deformações de corte depende do atrito.
• Geração de calor que tem de ser extraído – fluídos de
corte (refrigeração & lubrificação)
Apara
O tipo de apara depende do material maquinado e dos parâmetros de corte utilizados.
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PROCESSOS DE MAQUINAGEM
CONVENCIONAIS
Torneamento
Fresagem de topo/frontal
Furação
Fresagem
cilíndrica/periférica
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Exemplos de peças produzidas por maquinagem:
Molde maquinado
(peça de grandes dimensões e complexidade)
Peça automóvel
(para-choques frontal) obtida por injeção
NÃO CONVENCIONAIS
Vantagens:
• Maquinar materiais difíceis de trabalhar pelos processos convencionais (elevada dureza, elevada
resistência térmica, elevada resistência ao desgaste)
• Permite elevada complexidade geométrica das peças a produzir
• Integridade das superfícies (ex: evitar fendas superficiais, tensões residuais)
• Alguns processos não convencionais permitem precisões superiores às conseguidas com processos
convencionais
• Maquinagem de formas geométricas muito pequenas (miniaturização) (ex: maquinagem de furos profundos
de diâmetros reduzidos)
• Em geral requerem sistemas de fixação menos exigentes devido a esforços de corte mais reduzidos
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1. Eletroerosão por penetração (Sinking EDM) - processo termoeléctrico
Grafite, cobre,
tungsténio,… Isolante elétrico (água desionizada ou óleo)
Material condutor
elétrico
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3. Maquinagem laser (LBM) - processo termoeléctrico
Bocal
refrigerado a • Produção de gás ionizado (104 graus
água Celcius);
• Gases de plasma: Azoto, Árgon, Hidrogénio
ou misturas destes;
• Gases secundários ou H2O: confinamento do
plasma e limpar superfícies do corte;
• Corte de chapas até 150 mm;
• Corte de quaisquer metais condutores de
corrente elétrica;
• Superfícies do corte irregulares e sofrem
grandes alterações metalúrgicas.
• Pode também ser usado em soldadura;
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6. Maquinagem ultrassónica (USM) - processo mecânico
• Partículas abrasivas num escoamento são projetadas contra
a peça por ação de uma ferramenta que vibra a elevada
frequência.
• Amplitudes: 0,075 mm; f=20 kHz);
• Partículas abrasivas em água: 20 a 60%;
• Ambas peça e ferramenta sofrem desgaste ;
• Maquinagem de materiais duros e frágeis: vidro, cerâmicos,
carbonetos, e alguns metais tais como aços inoxidável e
Titânio;
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9. Jato abrasivo (AJM) - processo mecânico
• Partículas abrasivas
misturadas com um gás;
• Pressões de 0,2 a 1,4 MPa;
• Orifícios de 0.075 a 1 mm de
diâmetro;
• Operações de acabamento,
preparação de superfícies.
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GEOMETRIA DA FERRAMENTA DE CORTE
Ferramentas
multifilares
Ferramentas
monofilares
Pr // Plano de base
Ps ^ Pr Ù Ps aresta
Pf ^ Pr Ù Pf // dir.
conv. avanço
Po ^ Pr Ù Po ^ Ps
(plano de medida por
defeito)
Pn ^ aresta
Pp ^ Pr Ù Pp // dir.
corpo ferramenta
Direção corpo
da ferramenta
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Nomenclatura
Elementos funcionais de corte: (cÛ k)
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Elementos funcionais de forma
• Orientação esquerda/direita
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Influência da geometria nas condições de corte
rômbica 35º
rômbica 80º
trigonal 80º triangular rômbica 55º MA
redonda quadrada
cL
c e
Ângulo de ponta – e
e+c+cL=p
Raio de ponta – re
Rmax
&' (
!"#$ = ×-...
)*+
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Resistência ao desgaste
1. Aços rápidos
Dureza a quente
2. Ligas fundidas
Tenacidade
3. Carbonetos sinterizados
4. Cermets
5. Cerâmicos
6. Ultra duros
Dureza Quente; Res. Desgaste; Vc
cBN
PCD
Cerâmicos
Cermets
Sialon Carbonetos Sint.
(metal duro)
Aços Rápidos
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Grupos de metais duros:
Fratura da ferramenta
• Forças de corte elevadas sobre a ferramenta
• Fratura frágil
Desgaste da ferramenta
• Alteração progressiva da geometria da ferramenta
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• Redução da eficiência de corte
• Aceleração do desgaste da ferramenta por agravamento das condições de funcionamento
• Falha final semelhante à falha por excesso de aquecimento
Desgaste progressivo
• Falha controlada
• Preferível
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Evolução do desgaste com o tempo de maquinagem:
Válido quer para desgaste da face de saída da ferramenta quer para desgaste da face de ataque da
ferramenta.
ü Taxa de desgaste
depende da dureza do
material a maquinar e
dos parâmetros de corte:
- Velocidade de corte
- Avanço
- Penetramento
T=Vida da Ferramenta
- Falha da ferramenta
- Nível de desgaste
especificado
Relação de Taylor:
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FLUIDOS DE CORTE
• Aplicados na zona de formação da apara para melhorar as condições de corte, quando comparadas com o
corte seco.
• Ações principais dos fluidos de corte:
• Refrigeração
• Lubrificação
Refrigeração
• Aumentar a vida das ferramentas através da redução da temperatura na parte ativa da ferramenta.
• Auxiliar/facilitar remoção de apara da zona de corte.
• Facilitar manuseamento da peça acabada (temperatura e limpeza).
• Redução das distorções na peça devido a gradientes de temperatura gerados pelo corte de material.
Lubrificação
• Redução da fricção nas faces de ataque e saída da ferramenta.
• Aumento da vida da ferramenta.
• Prevenção da corrosão.
• Redução das forças e consumo de energia (devido à redução do atrito).
• Melhoria do acabamento superficial do componente maquinado devido a uma apara mais regular e a uma
redução da formação da apara aderente.
Tipo de refrigerantes/lubrificantes:
• Óleos puros
• Óleos emulsionáveis
• Óleos sintéticos
Maquinagem ecológica:
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MAQUINAGEM (APROFUNDADO)
TORNEAMENTO
Parâmetros de corte
Principais operações
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Torno paralelo/horizontal
1 - Cabeçote fixo
2 - Caixa de comando principal
3 - Caixa de comando de
avanços
4 - Carro principal / Carruagem
5 - Bucha de aperto da peça
6 - Carro superior / porta-
ferramenta
7 - Carro transversal
8 - Cabeçote móvel / Contra-
ponto
9 - Barramento
10 - Fuso (Roscar)
11 - Vara (Avanço Automático)
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Torno revolver Torno CNC
FURAÇÃO
Movimento de avanço Broca
helicoidal
v: velocidade de corte [m/min]
p Dn
v= Movimento de corte
1000
n: velocidade de rotação [rpm]
D: diâmetro da broca [mm]
f , a: avanço [mm/rotação]
(valores recomendados proporcionais ao diâmetro da
broca)
Principais operações
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A. Furar (furos passantes ou cegos)/
broca helicoidal
B. Alargar furos/broca sem ponta
C. Abrir furo escalonado/broca
escalonada (aumentar produtividade)
D. Alargar furo/broca de alargar com
guia
E. Escarear /broca de escarear com
guia
F. Mandrilar furo (acabamento)/ mandril
G. Centrar ou pontear/ broca de ponto
H. Abrir furos profundos/broca canhão (*canal para fluído de corte)
c) Escarear com broca de
romã ou broca escareador:
criar caixas para embeber
cabeças de parafusos ou
rebites.
d) Rebarbar com broca de
romã: quebrar aresta viva.
e) Rebaixar usando broca
com guia e lâminas frontais:
facejar superfícies.
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Máquinas ferramenta
motor
movimento de avanço
mesa coluna
placa de assentamento
Furadora múltipla
Furação de peças:
• Volumosas;
• Pesadas;
• Difíceis de alinhar;
Furadora de bancada
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FRESAGEM
Parâmetros de corte
Processo de maquinagem que envolve uma ferramenta (fresa) com múltiplas
arestas de corte, animada de movimento de rotação, e combinando movimentos
de avanço e penetramentos, normalmente conferidos à peça, permite a geração de
novas superfícies.
Movimentos:
• Movimento de corte - movimento de rotação da presa
• Movimentos auxiliares (normalmente da peça) - avanço; penetramentos
Dimensões do corte:
• Profundidade de corte ou largura de corte (ap) [mm] - Quantidade que a ferramenta penetra na
peça, medida na direção do eixo da fresa.
• Penetramento de trabalho (ae) [mm] - Quantidade que a ferramenta penetra na peça, na direção
perpendicular ao eixo da fresa.
• Penetramento de avanço (af) [mm] - Quantidade que a ferramenta penetra na peça, na direção
perpendicular às direções de medição de ap, e ae.
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• Profundidade ou largura
de corte (ap)
• Penetramento de
trabalho (ae)
Métodos de fresagem
• ap consideravelmente maior que ae
• Fresagem periférica ou tangencial
• Superfície da peça gerada pelo gume principal
• ae consideravelmente maior que ap
• Fresagem frontal
• Superfície da peça gerada pelo gume secundário
• ae da mesma ordem de grandeza de ap
• Fresagem de canto
• Superfícies da peça geradas pelos gumes
principal e secundário
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Fresagem periférica
Fresagem plana
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Fresagem circular
Fresagem de formas
q Maquinagem de
roscas
Fresagem de engrenagens
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Ferramentas
Fresa de disco
Fresa cilíndrica Fresa cilíndrico-frontal
Fresa prismática
Fresa de perfil constante Fresa de módulo para
(convexa) engrenagens
Máquinas
Fresadora horizontal
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Fresagem
Fresagem
de formas
de guias
complexas
prismáticas
Fresagem Fresagem
periférica ranhuras
perfil const.
Fresagem
de ranhuras Fresagem de
e contornos canais
Fresagem Fresagem de
de escatéis roscas
Fresadora vertical
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Fresagem
Fresagem de guias
frontal cauda de
andorinha
Fresagem
de cantos Fresagem
a 90º de canais
Fresagem
de
Facejamento
ranhuras
em T
Fresadora universal
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