Direito Notarial e Registral 1
Direito Notarial e Registral 1
Direito Notarial e Registral 1
NOTARIAL E
REGISTRAL
Prof: Ana Carolina
2/2022
Parte I: introdução
Histórico dos Registros
1. ORIGEM HISTÓRICA DO REGISTRO CIVIL
• As pessoas naturais passam, no correr de sua existência, por várias situações ligadas à sua condição na
sociedade: ESTADO DA PESSOA;
• Homem é ser social, tem necessidade de viver em grupos, de onde nascem as relações jurídicas;
• Esses sujeitos das relações precisam ser individualizados, identificados, como titulares de direitos e
deveres na ordem civil;
• Principais elementos individualizadores: nome, estado, domicílio (sede jurídica);
• Estado da pessoal natural: status – posição da pessoa no meio social;
• Hoje: é a soma das qualificações da pessoa na sociedade;
• 03 aspectos: individual, familiar e político
• a) individual ou físico: constituição orgânica;
• b) familiar: situação na família;
• c) político: na sociedade
• A Lei 6.015/1973, art. 52, apresenta um rol de pessoas que devem fazer a
declaração de nascimento. A ordem apresentada demonstra que os
primeiros escolhidos são aqueles mais próximos e que, em tese, conhecem
mais a pessoa que se quer registrar;
• Declaração de nascido vivo: DNV (local: nascimento da criança ou
residência dos pais
• O prazo ampliado de 60 dias (15 dias + 45 dias previstos no § 1º do art. 52
da Lei 6.015/1973), a prorrogação é para caso da mãe ser a declarante ou
quando lugar do parto for distante (maior que 30km da serventia).
• Após esse prazo: deve fazer registro apenas na circunscrição de residência
(art. 46, LRP)
2.1 O registro civil das pessoas naturais: averbação de paternidade
• Nos termos do art. 102, § 4º, da Lei 6.015/1973, devem ser averbados os atos
judiciais ou voluntários de reconhecimento de filhos.
• Realizado o reconhecimento de filho, este ato é considerado irrevogável, e não
pode ser condicionado, ou seja, o pai ou a mãe não pode estabelecer restrições
quanto aos efeitos decorrentes do seu ato, como por exemplo, eu reconheço “A”
como minha filha, sob a condição de que ela não terá o direito de usar meu
nome, nem herdará meus bens (art. 1.607 do Código Civil).
• Reconhecimento voluntário: juiz de Direito + escritura pública + averbação
• O caráter unilateral do reconhecimento, não exclui a necessidade da anuência do
outro genitor ou do filho maior de 18 anos, conforme previsão do art. 1.614 do
Código Civil. Igualmente, a impugnação pode ocorrer após atingida a maioridade
do filho, mesmo após ocorrida a averbação no assento de nascimento.
2.1 O registro civil das pessoas naturais: registro de casamento