Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 1
Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 1
Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 1
Torneamento
150
operação de usinagem que permite trabalhar peças cilíndricas
movidas por um movimento uniforme de rotação em torno de um
eixo fixo.
151
a) Tornear superfícies cilíndricas externas e internas.
d) Perfilar superfícies.
152
Exercícios
153
A máquina de tornear
154
5. Comandos dos movimentos e das velocidades: manivelas
e alavancas.
a - placa
b - cabeçote fixo
c - caixa de engrenagens
d - torre porta-ferramenta
e - carro transversal
f - carro principal
g - barramento
h - cabeçote móvel
i - carro porta-ferramenta
Prendendo a peça
155
Para realizar o torneamento, é necessário que tanto a peça quan-
to a ferramenta estejam devidamente fixadas. Quando as peças a
serem torneadas são de pequenas dimensões, de formato cilín-
drico ou hexagonal regular, elas são presas por meio de um a-
cessório chamado de placa universal de três castanhas.
2. Para peças com formato de anel, utiliza-se a parte raiada externa das castanhas.
156
3. Para peças em forma de disco, as castanhas normais são
substituídas por castanhas invertidas.
Exercícios
3. Responda.
a) Cite operações que podem ser feitas com um torno e que
são normalmente executadas por outras máquinas.
b) Como se utiliza a placa universal de três castanhas para a
fixação de:
1. Peças com formato de anel...........................................
................................................
2. Peças maciças em forma de disco ...............................
.................................................
3. Peça cilíndricas (eixos) maciças ..................................
.................................................
157
a) O corpo de um torno mecânico é composto de
...................... , ....................... fixo e móvel e
......................
b) O motor, a polia, engrenagens e redutores são componen-
tes do ....................
c) As engrenagens, a caixa de câmbio, inversores de mar-
cha, fusos e vara fazem parte do ...........................
d) O sistema de fixação da ferramenta compõe-se de: torre,
carro ............................., carro ......................... e carro
..............................
e) O sistema de fixação da peça é composto de
........................ e .........................
f) As manivelas e alavancas são os comandos dos
...................... e das .....................
158
Antes de iniciar qualquer operação no torno, lembre-se sempre de
usar o equipamento de proteção individual (EPI): óculos de segu-
rança, sapatos e roupas apropriados, e rede para prender os ca-
belos, se necessário. Além disso, o operador de máquinas não
pode usar anéis, alianças, pulseiras, correntes e relógios que po-
dem ficar presos às partes móveis da máquina, causando aciden-
te.
Recordar é aprender
Como você já deve ter estudado no módulo de Cálculo Técnico,
para calcular a rpm a partir da velocidade de corte (dado de tabe-
la), usa-se a fórmula:
vc . 1000
n=
π. D
5. Acionamento do torno.
159
6. Execução do faceamento:
160
4. Marcação, no material, do comprimento a ser torneado. Para
isso, a ferramenta deve ser deslocada até o comprimento dese-
jado e a medição deve ser feita com paquímetro. A marcação é
feita acionando o torno e fazendo um risco de referência.
6. Execução do torneamento:
a) Fazer um rebaixo inicial.
b) Deslocar a ferramenta para fora da peça.
c) Desligar a máquina.
d) Verificar o diâmetro obtido no rebaixo.
e) Tornear completando o passe até o comprimento determi-
nado pela marca. Observação: Deve-se usar fluido de
corte onde for necessário.
f) Repetir quantas vezes for necessário para atingir o diâme-
tro desejado.
161
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
162
Gabarito
1. a) 3; b) 3.
2. a) 4; b) 3; c) 1.
6. a) 5; b) 2; c) 1;
d) 6; e) 3; f) 4.
163
Esse torno só dá furo!
Fixando a ferramenta
164
O cabeçote móvel é a parte do torno que se desloca sobre o bar-
ramento. É composto por:
• base: apóia-se no barramento e serve de apoio para o corpo;
• corpo: suporta os mecanismos do cabeçote móvel. Pode ser
deslocado lateralmente para permitir o alinhamento ou desali-
nhamento da contraponta;
• mangote: que aloja a contraponta, mandril ou outras ferramen-
tas para furar, escarear, alargar ou roscar. É fixado por meio de
uma trava e movimentado por um eixo roscado acionado por
um volante. Possui um anel graduado que permite controlar a
profundidade do furo, por exemplo;
• parafusos de fixação e deslocamento do cabeçote móvel.
165
4. Serve para deslocar a contraponta lateralmente, para o torne-
amento de peças longas de pequena coincidade.
Exercícios
166
Furando com o torno
167
Vamos imaginar então, que sua tarefa seja preparar material para
uma operação posterior de broqueamento. Para fazer isso, você
terá que seguir as seguintes etapas:
1. Centralização e fixação da peça.
2. Execução de faceamento para obter o perfil na medida dese-
jada.
3. Fixação da broca de centrar com o mandril. Ao colocar o
mandril no mangote, deve-se observar se os cones estão per-
feitamente limpos. Limpe, se necessário.
4. Deslocamento do cabeçote para aproximar a broca do materi-
al.
5. Fixação do cabeçote na posição correta.
6. Ajuste da rpm e acionamento do torno.
7. Execução do furo de centro: para fazer a broca penetrar no
material, o volante do cabeçote deve ser acionado com movi-
mentos lentos e uniformes e os seguintes cuidados devem ser
tomados:
• A broca de centro deve estar alinhada com o eixo do mate-
rial. A correção do desalinhamento é feita por meio dos pa-
rafusos de regulagem do cabeçote.
• Deve-se usar fluido de corte adequado ao material e à ope-
ração.
• Durante a operação, a broca é afastada para permitir a saí-
da dos cavacos e a limpeza, que deve ser feita com um
pincel.
Se o objetivo for obter apenas um furo de centro, para pren-
der a peça na contraponta, a operação pára aqui. Se o objeti-
vo for obter um furo para fazer um rebaixo interno, por exem-
plo, continua-se a operação:
8. Após obter a medida desejada para o furo de centro, trocar a
broca para fazer o furo para o broqueamento. Isso implica ve-
rificar o diâmetro da broca com o paquímetro, medindo sobre
as guias, sem girá-la. Furos maiores que 12 mm devem ser
precedidos de uma furação com diâmetro menor do que o furo
que se quer obter.
9. Fixação da broca, que pode ser feita no mandril ou diretamen-
te no cone do mangote. No caso de brocas de haste cônica,
pode ser necessário também o uso de uma bucha de redução
no cone morse.
168
10. Determinação da rpm de acordo com o material e a medida da
broca a ser usada.
11. Aproximação do cabeçote móvel de modo que a ponta da
broca fique a uma distância aproximada de 10 mm do materi-
al.
12. Fixação do cabeçote na posição correta.
• O mangote deve ficar o máximo possível dentro de seu alo-
jamento para evitar oscilação excessiva.
13. Acionamento do torno e execução do furo na peça.
• A broca deve ser retirada do furo freqüentemente com o
torno ligado para ajudar na saída do cavaco.
• O fluido de corte deve ser adequado à operação e ao mate-
rial a ser usinado.
• Para furos não-passantes, a profun-
didade do furo deve ser controlada
por meio de paquímetro ou pelo anel
graduado do cabeçote móvel. Na ve-
rificação da profundidade do furo, não
se deve levar em conta a parte cônica
da ponta da broca.
Exercício
169
5. Preencha as lacunas das alternativas abaixo:
a) Verifique o diâmetro da ................................ com o paquí-
metro medindo nas .......................... sem girá-las.
b) Antes de iniciar a operação de ........................ selecione a
rpm em função do ........................... a ser trabalhado e do
........................ da broca.
c) A aproximação do ............................... móvel deve manter,
em relação à ponta da .......................... , uma distância
de cerca de .......................... mm do material antes de ser
fixado.
d) Para facilitar a saída do cavaco, a broca deve ser retirada
freqüentemente do ............................ com o ................
......................... em funcionamento.
e) Para furos não-passantes, a ..................... do
........................... deve ser verificada com paquímetro ou
controlada pelo ....................................... graduado do vo-
lante do ........................................... .
170
2. Fixação da ferramenta.
3. Preparação do torno: escolha de rpm e avanço da ferramenta.
4. Acionamento do torno.
5. Início do torneamento: fazer a ferra-
menta penetrar no furo e deslocá-la
transversalmente até que a ponta to-
que na peça.
171
Como operação final ou intermediária, a furação no torno é uma
operação muito usada. Faça agora os exercícios e prepare-se
para a próxima aula.
Exercício
172
Gabarito
4. a) 3; b) 4; c) 6; d) 5;
e) 7; f) 1; g) 2.
6. a) 2; b) 5; c) 9; d) 11; e) 6;
f) 4; g) 3; h) 12; i) 1; j) 7;
k) 8; l) 10.
173
Segurando as pontas
Acessórios em ação
174
nome porque está montada em uma posição oposta à uma placa
arrastadora com ponta. É apresentada em vários tipos:
Dica tecnológica
Nos catálogos de fabricantes, as pontas e contrapontas recebem
o nome genérico de ponta.
• ponta fixa;
• ponta rotativa: reduz o atrito entre a peça e a ponta, pois gira
suavemente e suporta esforços radiais e axiais, ou longitudi-
nais;
• ponta rebaixada: facilita o completo faceamento do topo.
175
Os arrastadores podem ser de vários tipos:
arrastador de haste reta arrastador de haste curva arrastador com dois parafusos
Exercícios
Usando os acessórios
177
2. Tornear superfícies cilíndricas com luneta fixa ou móvel, po-
dendo ser realizada em torneamentos externos e internos.
Pode trabalhar peças de maiores diâmetros.
Então, vamos dizer, por exemplo, que você tenha que tornear um
eixo de um metro de comprimento. Por ser uma peça longa e de
pequeno diâmetro, você deverá torneá-la fixando-a por meio de
uma placa universal e de uma ponta. Esta operação obedecerá
as seguintes etapas:
Dica tecnológica
O atrito gerado na ponta fixa provoca dilatação da peça. Isso
pode causar deformações na peça, afetar a têmpera das pontas e
danificar o torno, porque a peça está presa sem folga. Para evitar
esse inconveniente, deve-se lubrificar o furo de centro e a ponta
com graxa de boa aderência tipo EP.
179
Além disso, deve-se garantir a perfeita centragem e o alinhamen-
to das pontas.
180
A luneta fixa é usada para torneamentos externos, rebaixos e,
mais apropriadamente, no torneamento das faces e superfícies
internas. A luneta móvel, por sua vez, é usada em torneamentos
externos em peças finas e longas em que o risco de ocorrer uma
flambagem é muito grande.
Exercícios
181
a) ( ) fixação da peça na placa universal (com aperto sua-
ve);
b) ( ) preparação do material (facear e fazer centros);
c) ( ) seleção da rpm;
d) ( ) execução do torneamento;
e) ( ) fixação da ferramenta;
f) ( ) verificação da centralização do material;
g) ( ) aproximação da contraponta, ajustando o cabeçote
móvel.
Gabarito
4. a) 2; b) 1; c) 6; d) 7;
e) 5; f) 4; g) 3.
5. Resposta pessoal.
182
Torneando outras formas
Mais acessórios
183
Se a peça tiver formato tão irregular que não possa ser fixada
com a placa de quatro castanhas independentes, como man-
cais e corpos de motores, usa-se uma cantoneira, fixada em
uma placa com entalhes, chamada de placa lisa.
Exercício
1. Responda.
a) Qual o tipo de dispositivo você deve utilizar no torno para
prender peças com perfis irregulares, prismáticos ou circu-
lares?
184
Usando os acessórios
Como você pode ver, ele é cheio de eixos excêntricos, quer di-
zer, fora de centro. Assim, para tornear os diversos diâmetros
cujos centros não são alinhados (munhões), quando não for pos-
sível fazer os furos de centro na face da peça, uma das técnicas
que se pode usar é o emprego do centro postiço. A operação de
torneamento excêntrico seguirá as seguintes etapas:
1. Preparação dos discos de centro de modo que o número de
centros e suas posições correspondam exatamente aos cen-
tros dos vários diâmetros do virabrequim.
185
4. Torneamento dos munhões: a rotação inicial deve ser baixa,
aumentando gradualmente até atingir a rotação ideal, que não
está em tabelas e depende da experiência do profissional.
a-h
e=
2
186
3. Fixação da peça na placa de castanhas
independentes:
• As castanhas devem ser abertas de
modo que as peças se alojem facil-
mente.
• A centragem deve ser auxiliada com
contraponta e esquadro.
• As castanhas devem ser apertadas
suavemente.
187
6. Escolha da rpm adequada e acionamento do torno.
• Existe um limite de rotação quando se usa a placa de qua-
tro castanhas e que não deve ser ultrapassado.
7. Início do torneamento dando passes finos, ou seja, com pe-
quena profundidade de corte, usando deslocamento constante
da ferramenta.
8. Verificação da centragem e do balanceamento. Se neces-
sário, deve-se fazer a correção.
9. Conclusão do torneamento com tantos passes quantos forem
necessários.
Exercício
188
Torneamento cônico
Recordar é aprender
Como você já deve ter estudado no livro sobre Cálculo Técnico,
para o torneamento de peças cônicas com a inclinação do carro
superior, a fórmula a ser usada é sempre:
D-d
tgα =
2c
189
ângulo escolhido. Esse método é pouco usado e só é indicado
para pequenos ângulos em cones cujo comprimento seja maior
do que o curso de deslocamento do carro de espera.
190
Recordar é aprender
Quando todo o comprimento da peça for cônico, calcula-se o de-
salinhamento da contraponta pela fórmula.
D−d
M=
2
191
Para o torneamento cônico da parte externa ou de furos, sem
levar em conta se o trabalho será realizado por um dos três pro-
cessos que citamos, a extremidade cortante da ferramenta deve
ficar exatamente ao nível da linha de centro da peça. Isso signifi-
ca que o broqueamento cônico envolve problemas que só pode-
rão ser resolvidos se o profissional tiver muita experiência. Se a
peça a ser conificada for muito longa, convém usar luneta.
192
usada no torneamento externo cilíndrico; Para o interno, usa-se
ferramenta de broqueamento.
193
Esta aula ensinou operações de torneamento que, embora exigis-
sem elementos de fixação diferentes ou então, ajustes no torno,
usaram ferramentas comuns já utilizadas em operações que você
estudou nas aulas anteriores. Nas próximas aulas, você vai co-
nhecer ferramentas diferentes que permitem produzir perfis com
os mais variados formatos. Aguarde!
Exercícios
194
Gabarito
2. a) 3; b) 5; c) 4; d) 1;
e) 6; f) 8; g) 2; h) 7.
4. b) Superior;
c) posição; geratriz;
d) carro; cone;
e) rpm; acionamento;
f) ângulo; correção;
g) verificação; calibrador.
195
Formatos que saem da linha
196
Pelo emprego de uma ferramenta chamada recartilha, obtém-se
no torno a superfície com serrilhado desejado. Essa ferramenta
executa na superfície da peça uma série de estrias ou sulcos pa-
ralelos ou cruzados.
197
O recartilhado é uma operação que demanda grande pressão no
contato entre a ferramenta e a superfície da peça. Por isso, exige
cuidados como:
• dosar a pressão e executar vários passes para que as peças
de pouca resistência não se deformem;
• centralizar a peça corretamente na placa;
• certificar-se de que os furos de centro e a ponta ou a contra-
ponta não estão deformadas, para que a peça não gire excen-
tricamente.
198
2. Montagem da recartilha no porta-ferramenta na altura do eixo
da peça, perpendicularmente à superfície que será recar-
tilhada.
Dica tecnológica
Para materiais macios, pode-se usar uma vc de 8 a 10m/min.
Para materiais duros, usar uma vc de 6m/min.
199
8. Avanço do carro em sentido contrário para repassar a recarti-
lha.
9. Limpeza do recartilhado com uma escova de aço, sempre nos
sentido das estrias.
10. Chanframento dos cantos para eliminar as
rebarbas e dar acabamento.
Exercícios
200
Torneando perfis
201
No torneamento de perfis maiores, emprega-se mais do que uma
ferramenta. Com elas pode-se:
• Perfilar, ou seja, obter sobre o material usinado uma superfície
com o perfil da ferramenta. É freqüentemente realizada para ar-
redondar arestas e facilitar a construção de peças com perfis
especiais.
202
3. Montagem da ferramenta que deve ser selecionada de acordo
com o perfil a ser obtido.
4. Fixação da ferramenta, cujo corpo deve estar o mais possível
apoiado dentro do porta-ferramenta.
5. Preparação da máquina: seleção de rpm e avanço.
6. Acionamento do torno e execução do torneamento: a
penetração é iniciada lentamente. Para o torneamento
côncavo ou convexo os movimentos de avanço e pe-
netração devem ser coordenados. Deve-se usar fluido
de corte conforme o material a ser usinado.
Após ter estudado tantas operações com o torno, você deve estar
se perguntando o que fazer quando a peça está terminada. É só
tirar a peça do torno e pronto? Nem sempre. Às vezes o material
que está preso na placa deve ser separado do corpo da peça. Por
exemplo, quando se fabrica uma arruela.
Dica tecnológica
203
Se houver folga nos mancais da árvore do torno, a tendência da
ferramenta de penetrar e levantar a peça, produz grande vibração
na máquina. Para contornar esse problema, pode-se montar a
ferramenta invertida, invertendo-se também o movimento de rota-
ção do motor. Isso força a árvore do torno contra seus mancais,
praticamente eliminando a vibração. A desvantagem desse pro-
cedimento é que, conforme a pressão de corte, a placa montada
tende a se deslocar. Em caso de quebra da ferramenta, existe
risco de que ela atinja o operador.
204
A próxima aula mostrará outras ferramentas especiais para a
construção de roscas. Por enquanto, faça os exercícios desta
aula.
Exercício
205
Gabarito
2. a) 6; b) 10; c) 7; d) 5; e) 9;
f) 3; g) 2; h) 8; i) 4; j) 1.
3. a) 3
4. a) Material; b) limites;
c) ferramenta; d) máquina e avanço;
e) torno; f) perfil.
206
Roscar: a “vocação” do torno
203
cilindro ou cone, ou o interior de um furo cilíndrico ou cônico. Com
isso, você obtém parafusos, porcas, fusos de máquinas.....
204
A ferramenta com penetração oblíqua tem a vantagem de
trabalhar com ângulo adequado de formação e saída de ca-
vaco. Com isso, o cavaco não fica preso entre a aresta cor-
tante e a peça e os resultados da usinagem são melhores em
termos de refrigeração.
Algumas diferenças entre os dois tipos de penetração da
ferramenta estão mostradas no quadro a seguir.
205
Pare! Estude! Responda!
Exercício
1. Complete:
a) Através da operação de roscar, você produz ......................
...................... ...............................
b) A ferramenta utilizada com auxílio do cabeçote móvel e
desandadores para abrir roscas externas e internas é res-
pectivamente ............................
c) Abrir roscas com ferramentas fixadas no porta-ferramentas
é empregado para roscas de ..........................
.................................... e ..................................... maiores
ou roscas não normalizadas.
d) O perfil da rosca que se quer obter é que determina a es-
colha da ........................ .
e) As roscas de passo grande ou de material
.......................... ou ............................... precisam de fer-
ramentas com penetração oblíqua.
f) As ferramentas de roscas mais usadas pelos mecânicos
são os ................................................ de aço rápido ou
pastilhas de ....................................................
206
grade ou da caixa de avanço automático. O avanço deve ser igual
ao passo da rosca por volta completa do material.
Dica tecnológica
A ferramenta deverá ter um ângulo com aproximadamente 5º
menos que o perfil da rosca, no sentido do deslocamento.
2. Posicionamento da ferramenta e na
altura do eixo da peça: o carro supe-
rior deve estar paralelo ao eixo para
posicionar a ferramenta perpendicu-
larmente (90º) em relação à peça.
208
Dica tecnológica
Caso o torno não tenha a caixa de câmbio, ou a rosca não seja
padronizada, é necessário calcular o jogo de engrenagens na
grade por meio da fórmula:
Pr
E=
Pf
5. Verificação da preparação:
• acionar o torno;
• aproximar a ferramenta do material para tomar referência
zero no anel graduado;
• dar uma profundidade de corte de 0,3 mm;
• engatar o carro principal e deixar a ferramenta se deslo-
car aproximadamente 10 filetes;
• afastar a ferramenta e desligar o torno;
• verificar o passo com um verificador de rosca.
209
8. Verificação com um calibrador de rosca: o calibrador
deve entrar justo, mas não forçado. Se necessário, re-
passa-se a rosca com o mínimo possível de velocidade
de corte, até conseguir o ajuste.
210
As roscas com filetes trapezoidais aplicam-se na construção de
parafusos e porcas que resistem a grandes esforços e que trans-
mitem movimentos como os de tornos, fresadoras e plainas lima-
doras. Os filetes trapezoidais não-padronizados são cortados com
uma ferramenta com um ângulo de 10º . Os parafusos ACME são
cortados com ângulo de 29º.
211
Exercícios
212
f) Durante a execução de uma rosca no torno, controla-se a
altura do filete com o:
1. ( ) parafuso padrão;
2. ( ) anel graduado do carro transversal;
3. ( ) verificador de rosca;
4. ( ) escantilhão.
Gabarito
2. a) 1; b) 2; c) 4;
d) 2; e) 3; f) 3.
3. a) 2; b) 4; c) 7;
d) 6; e) 3; f) 5;
g) 1.
213
Fresagem
O que é fresagem
3
O movimento de avanço pode levar a peça contra o movimento
de giro do dente da fresa. É o chamado movimento discordante.
Ou pode também levar a peça no mesmo sentido do movimento
do dente da fresa. É o caso do movimento concordante.
4
basta observar o sentido de giro da fresa e fazer a peça avançar
contra o dente da ferramenta.
Fresadoras
5
Se o eixo-árvore for perpendicular à mesa da máquina, dizemos
que se trata de uma fresadora vertical.
6
Não pense porém que há apenas esses tipos de fresadoras! Há
outras que tomaram como modelo as fresadoras horizontais e
verticais, mas não funcionam do mesmo modo.
7
Quanto aos modelos, eles podem ser confeccionados em material
metálico, como o aço e o alumínio, ou ainda em resina. A escolha
do material depende do número de peças a ser copiado. Devido à
sua resistência, modelos em aço são recomendáveis para um
número elevado de cópias. Caso o modelo seja utilizado poucas
vezes, para a cópia de duas ou três peças por exemplo, reco-
menda-se o uso da resina.
Exercícios
Coluna A Coluna B
1. ( ) Horizontal a) Horizontal e vertical
2. ( ) Universal b) Paralelo à mesa da máquina
3. ( ) Angular, universal c) Perpendicular à mesa da máquina
4. ( ) Vertical
5. ( ) Plana, vertical
8
Fresas
Escolhendo a fresa
Recordar é aprender
São ângulos da cunha de corte o ângulo de saída (γ), de cunha
(β) e de folga (α).
Pois bem, são os ângulos β dos dentes da fresa que dão a esta
maior ou menor resistência à quebra. Isto significa que quanto
maior for a abertura do ângulo β, mais resistente será a fresa.
Inversamente, quanto menor for a abertura do ângulo β, menos
resistente a fresa será. Com isto, é possível classificar a fresa em:
tipos W, N e H. Veja figuras a seguir.
9
Percebeu que a soma dos ângulos α, β e γ em cada um dos tipos
de fresa é sempre igual a 90°? Então você deve ter percebido
também que, em cada um deles, a abertura dos ângulos sofre
variações, sendo porém o valor do ângulo de cunha sempre
crescente.
10
Ainda quanto às fresas tipo W, N e H, você deve estar se pergun-
tando por que uma tem mais dentes que outra. A resposta tem a
ver com a dureza do material a ser usinado.
Suponha que você deve usinar uma peça de aço. Por ser mais
duro que outros materiais, menor volume dele será cortado por
dente da fresa. Portanto, menos cavaco será produzido por dente
e menos espaço para a saída será necessário.
Já maior volume por dente pode ser retirado de materiais mais
moles, como o alumínio. Neste caso, mais espaço será necessá-
rio para a saída de cavaco.
11
Pare! Estude! Responda
Exercícios
Outra preocupação deve ser quanto à aplicação que você vai dar
à fresa. É o que vamos ver agora, estudando os diversos tipos de
fresas e suas aplicações.
12
Fresas de perfil constante
São fresas utilizadas para abrir canais, superfícies côncavas e
convexas ou gerar engrenagens entre outras operações. Veja
alguns tipos dessa fresa e suas aplicações.
Fresas planas
Trata-se de fresas utilizadas para usinar superfícies planas, abrir
rasgos e canais. Veja a seguir, fresas planas em trabalho e suas
aplicações.
13
Fresas angulares
Estas são fresas utilizadas para a usinagem de perfis em ângulos,
como rasgos prismáticos e encaixes do tipo rabo-de-andorinha.
14
Fresas para desbaste
Estas são fresas utilizadas para o desbaste de grande quantidade
de material de uma peça. Em outras palavras, servem para a
usinagem pesada.
Exercícios
15
6. Faça corresponder o material (coluna A) com o tipo de fresa e
o ângulo de cunha, assinalando 1, 2 ou 3 na coluna B.
Coluna A Coluna B
material a ser usinado tipos de fresa ângulo de cunha
16
Gabarito
1. c
2. 1 (b)
2. (a)
3. ( )
4. (c )
5. ( )
3. b
4. b
6. 1 (c )
2. (c )
3. (b )
17
A UA UL L AA
42
42
Removendo o cavaco
Mas isso ainda não é suficiente para você saber como fresar uma peça.
Faltam os parâmetros de corte, sobre os quais você aprendeu no livro 2 deste
módulo. Pois bem, nesta aula vamos tratar dos parâmetros de corte específicos
para a fresagem.
Por exemplo, suponha que na oficina seu chefe lhe dá a tarefa de fresar
uma peça com as seguintes características: aço com 85 kgf/mm² de resistência,
4 mm de profundidade de corte, fresa HSS de 6 dentes e 40 mm de diâmetro.
Como solucionar este problema?
Você deve estar lembrado que rpm, avanço e profundidade de corte são
parâmetros de corte para qualquer tipo de usinagem. A escolha dos parâmetros
de corte é uma etapa muito importante na fresagem. Parâmetros de corte
inadequados podem causar sérios problemas, como alterar o acabamento super-
ficial da peça e até mesmo reduzir a vida útil da ferramenta.
Dica tecnológica
As Vc para ferramentas de metal duro chegam a ser entre 6 a 8 vezes
maior que as Vc utilizadas para ferramentas de aço rápido. Isso porque
as ferramentas de metal duro têm maior resistência ao desgaste.
aço de 60 - 90 kgf/mm² 14 - 16 20 - 24 26 - 30
aço de 60 - 90 kgf/mm² 14 - 16 20 - 24 26 - 30
42 Dica tecnológica
Observe na tabela. Quanto maior a profundidade de corte, menor será
o valor da velocidade de corte.
Mas há outros tipos de tabelas. Para ter acesso a uma maior variedade delas,
você deve consultar uma biblioteca ou pedir catálogos de fornecedores de fresas.
Aliás, consultar catálogos é algo que você deve fazer com freqüência, pois vai
garantir que você fique ligado com o que há de mais atualizado no mercado.
Vc · 1000
n=
p·d
22 · 1000
n=
3,14 · 40
n = 175 rpm
Caso contrário, pode haver problemas com sua ferramenta, como queima
dos dentes de corte e, conseqüentemente, perda do corte. E também problemas
no acabamento superficial, que pode ficar rugoso, por exemplo.
Para isso invertemos a fórmula usada para o cálculo da rpm. Veja abaixo.
n·p·d
Vc = \
1000
210 · 3,14 · 40
Vc = \
1000
Vc = 26,39 m/min
42
ESCOLHA DO AVANÇO POR DENTE
PARA FRESAS DE AÇO RÁPIDO
Achado o avanço por dente da fresa, resta encontrar o avanço da mesa, a ser
selecionado na máquina como fizemos com a rpm. Veja como proceder.
Vamos supor uma fresa de trabalho com seis dentes (z = 6). Se cada dente
avançar 0,24 mm, em uma volta da fresa quanto avançará a mesa? Para achar a
resposta é só multiplicar o número de dentes (z) pelo avanço por dentes (ad). Veja
abaixo:
av = ad · z
em que:
z = número de dentes
ad = avanço por dente
av = avanço por volta
Substituindo vem:
av = 0,24 · 6
av = 1,44 m/volta
42 O valor de 172,8 mm/min deve ser selecionado na fresadora. Caso não seja
possível, deve-se escolher o avanço menor mais próximo. Isso evitará que cada
dente corte um valor acima do recomendado pelo fabricante. O que poderia
acarretar um desgaste excessivo e até mesmo a quebra do dente.
Agora podemos entender por que no começo da aula dissemos, com relação
ao cálculo da rpm, que devemos escolher a rotação maior. Vamos ao cálculo!
Dica tecnológica
Maior rotação da fresa gera maior avanço da mesa. E o resultado é maior
produção de peças em um mesmo intervalo de tempo.
Vc rpm ad av am
Profundidade de corte
sobremetal
nº de passes =
profundidade de corte
42
Dica tecnológica
Na prática, a máxima profundidade de corte adotada é de até 1/3 da
altura da fresa.
Em que:
p = profundidade de corte (máximo 1/3 da altura da fresa)
h = altura da fresa
Vc rpm ad av am nº de passes
A UA UL L AA
43
43
Fresando
superfícies planas
Mas para começar a fresar é necessário saber mais. É preciso saber escolher
a fresa e a fresadora de acordo com o tipo de perfil que será executado na peça.
E também saber fixar a fresa e a peça na máquina. É o que vamos fazer
nas próximas aulas.
Usinar uma superfície plana é uma das operações mais simples e comuns
na fresagem mecânica. É uma operação que pode ser executada em qualquer
tipo de fresadora.
Recordar é aprender
Para usinar ferro fundido com dureza de 240HB, a fresa recomendada
é a de tipo H.
Dica tecnológica
Caso a largura da fresa não seja suficiente para usinar toda a extensão
da superfície da peça, monte duas ou mais fresas, com a inclinação
das hélices ou facas laterais de corte invertidas, isto é, uma hélice
com inclinação à esquerda e a outra à direita. Veja figura abaixo.
Tendo escolhido a fresa, o passo seguinte é a fixação da peça. Como fazer? A U L A
Você pode escolher entre várias formas de fixação, de acordo com o perfil da
peça e o esforço de corte que ela sofre.
43
Pode-se fixar a peça diretamente à mesa ou com o auxílio de dispositivos
de fixação como: morsa, cantoneiras, calços reguláveis (macaquinhos), apare-
lhos divisores e outros.
fixação em morsa
fixação em cantoneira
A U L A Recordar é aprender
No movimento discordante, o esforço de corte tende a arrancar a peça do
fixação em morsa
Agora podemos fixar a fresa. Esta fixação pode ser por pinças e mandris,
também chamados eixos porta-fresas. Os mandris dispõem de hastes com cones
do tipo morse ou ISO. Esta é uma informação importante na hora de fixar a fresa.
O mandril de cone morse é fixado por pressão e deve ser utilizado para
trabalhos em que a fresa não seja submetida a grandes esforços. Nesse caso, o
mandril recomendado é o de cone ISO, cujo sistema de fixação impede que ele
se solte durante a operação de fresagem. Veja a seguir tipos de mandril e como
eles são fixados.
43
mandril para fresas de hastes cônicas
mandril porta-pinças
Optamos por trabalhar com o eixo porta-fresas do tipo haste longo, por ser
o mais adequado à nossa fresa de trabalho, a cilíndrica com chaveta longitudinal.
O mandril escolhido garante menor vibração da ferramenta durante a usinagem
e, portanto, melhor acabamento.
Fresar em esquadro é o mesmo que usinar uma superfície plana. Isso quer
dizer que os critérios para a escolha da ferramenta e parâmetros de corte são os
mesmos. Então, o que muda?
O que muda é que agora vamos tomar uma superfície já usinada como
referência para usinar as demais. Veja figura a seguir.
Vamos ver como fazer? Primeiro, devemos escolher a fresa, lembra? Como
vamos trabalhar com movimento discordante frontal e fresadora vertical, ela não
pode ser a mesma recomendada para o primeiro caso. A fresa adequada agora
é a cilíndrica frontal para mandril com chaveta transversal.
fixação em morsa
Para fixar a fresa, vamos usar um eixo porta-fresas curto. Este dispõe
de chaveta transversal e parafuso que asseguram uma boa fixação da fresa.
43 da fresa, uma vez que necessariamente 1/3 de seu diâmetro ficará fora.
Recordar é aprender
A refrigeração dos dentes evita o superaquecimento da fresa e contribui,
portanto, para o aumento da vida útil desta.
Dica tecnológica
Em geral, as peças em bruto têm formato irregular, o que torna difícil sua
fixação. Isso pode ser solucionado, colocando-se um rolete entre a peça
e o mordente móvel da morsa, como mostra a figura.
Dica tecnológica
Use calços para assentar bem a peça. Se for necessário, dê umas
pancadinhas de leve na peça até assentá-la. Utilize um martelo de cobre
ou latão, ou qualquer outro material macio, para não danificar a peça.
inclinação da morsa
inclinação da mesa
inclinação do cabeçote
Dica tecnológica
A inclinação do cabeçote deve ser feita após a fixação e alinhamento da
morsa ou da peça no sentido de deslocamento da mesa. Este alinhamen-
to é necessário na fresagem de superfícies planas inclinadas e também
na fresagem de rasgos, canais e rebaixos. O alinhamento da morsa
ou da peça deve ser feito independentemente do tipo de fresadora com
a qual estamos trabalhando.
A fresagem de superfície plana inclinada segue os mesmos critérios que A U L A
a fresagem em esquadro para a escolha da fresa e dos parâmetros de corte.
A diferença é que com este tipo de fresagem, é preciso fazer o alinhamento
da morsa ou da peça no sentido de deslocamento da mesa. 43
O alinhamento é necessário por que como se trata de fresagem de uma
superfície inclinada, se a mesa não avançar paralelamente à superfície da peça
a tendência é o chanfro ficar desalinhado.
Vamos aprender como fazer isso? Retomemos mais uma vez o exemplo dado
no primeiro caso. Agora a peça de ferro fundido já está com as quatro superfícies
usinadas. Pede-se então para você fresar uma superfície inclinada a 45° em uma
de suas arestas.
Por onde começar? Do mesmo modo que nos casos anteriores: pela escolha
da fresa, dos meios de fixação e dos parâmetros de corte. Nesse terceiro caso,
como estamos também utilizando a fresadora vertical, a fresa deve ser tipo H
e cilíndrica frontal para mandril com chaveta. Ou seja, a mesma utilizada para
a fresagem de superfícies perpendiculares a uma superfície de referência.
43
· Repita estes passos quantas vezes for necessário até obter no relógio
comparador uma variação próxima a zero.
Dica tecnológica
O alinhamento da peça segue os mesmos procedimentos que os obser-
vados para o alinhamento da morsa. Ao alinhar a peça, certifique-se
de que a superfície de alinhamento tenha sido previamente usinada.
Exercício 5
Em que sentido deve ser alinhado o mordente fixo da morsa?
A UA UL L AA
44
44
Fresando
ranhuras retas - I
Nesta aula você vai aprender a fresar ranhuras retas. Ranhura é o mesmo que
entalhe, rasgo ou canal. Então fresar ranhuras retas é o mesmo que abrir canais
retos em uma peça. Um exemplo de ranhura é o entalhe da chave fixa, conhecida
como chave de boca, utilizada para apertar parafusos de cabeça sextavada
ou quadrada.
Há vários tipos de ranhuras retas. Nesta aula você vai aprender como fazer
ranhuras retas por reprodução do perfil da fresa. Esta é uma operação que servirá
de base para outras como fresar rasgos em T, trapezoidais e outros.
Você vai entender melhor quando falarmos sobre isso. Estude bem,
e não se esqueça de reler aulas passadas, caso você precise relembrar conceitos
já aprendidos!
Dica tecnológica
Há dois modos de tangenciar a superfície de referência da peça com a
fresa. Você pode trabalhar com a fresa em movimento e em baixa
rotação, como fazem os operadores experientes, ou girar a fresa manu-
almente, como os operadores menos experientes. Neste caso, a fresa não
pode estar em movimento, isto é, a máquina deve estar desligada.
· Zere o anel graduado da mesa da fresadora. Desça a mesa para afastar a peça
da fresa.
Recordar é aprender
Antes de puxar a coordenada, você precisa fazer o cálculo do avanço
da mesa por divisão do anel graduado e de quantas divisões deste anel
você deve avançar.
A U L A · Com a fresa posicionada sobre a peça, suba a mesa da fresadora lenta
e cuidadosamente, até que a fresa tangencie a face superior da peça.
Dica tecnológica
Uma maneira de observar quando a ferramenta tangencia a peça
é utilizar um pedaço de papel untado em óleo e aderido à superfície
da peça. No momento em que a ferramenta toca o papel, este
se desprende da superfície. Se você usar este recurso, não esqueça
de acrescentar a espessura do papel à coordenada de deslocamento,
quando for fazer os cálculos.
Então, o avanço por divisão do anel graduado é igual a 0,04 mm. Com isso
podemos calcular o número de divisões a avançar.
Temos que:
x = valor da coordenada ¸ A
Substituindo vem:
x = 30 mm ¸ 0,04
x = 750 divisões
Respondemos à questão. Para puxarmos a coordenada, devemos avançar
750 divisões no anel graduado, ou seja, sete voltas e meia.
Pare! AEstude!
U L A Exercício 1
Responda! Suponha que você precisa deslocar uma coordenada no valor de 26 mm.
Vamos aprender a fazer uma ranhura reta por reprodução do perfil da fresa,
por meio do exemplo a seguir.
Suponha que você deve abrir um canal em uma peça, conforme desenho
abaixo. O que fazer?
Para começar, você já deve ter alinhado a superfície de referência assim como
a morsa. Também já deve ter determinado os parâmetros de corte e escolhido a
fresa. Vamos supor que a escolha recaiu sobre a fresa de topo de haste paralela,
a qual só pode ser fixada por meio de mandril porta-pinça. Então, como
continuar?
45
45
Fresando
ranhuras retas - II
·
profundidade para fazer o acabamento no fundo da ranhura.
Troque a fresa para fazer o desbaste da ranhura em T. Utilize a fresa do tipo 45
T, também chamada Woodruff. A haste da fresa deve ter diâmetro menor
que a largura da ranhura a ser feita. Desbaste a ranhura perpendicular
à anterior.
Dica tecnológica
A operação de fresar ranhuras em T requer uma refrigeração contínua
e abundante, para evitar aquecimento excessivo da fresa e garantir a
remoção do cavaco. Caso não seja possível usar refrigerante, pare
a máquina para retirar os cavacos da ranhura. Caso contrário, a ferra-
menta e a peça podem ser danificadas.
Dica tecnológica
Na etapa de acabamento, escolha o menor avanço possível. A fresa
Woodruff é muito sensível e poderá quebrar-se caso seja utilizado
um avanço superior ao que ela pode suportar.
Troque a fresa por uma do tipo T para ranhura, conforme mostra o detalhe
de tabela.
d1 = 16 b=8 d2 = 6,5 d3 = 10 l1 = 12 l2 = 63
Simples! Depois que você der uma passada com a fresa, o canal aberto
ficará com 16 mm de largura. Para que ele meça 18 mm, você vai precisar
deslocar a mesa da fresadora em um mílimetro, no sentido transversal
ao deslocamento dela.
Após isso, é necessário dar mais uma passada com a fresa, para usinar
o mílimetro deslocado. Com isso você obtém um canal com 17 mm de largura.
E agora?
Quanto à altura de 8 mm, ela é obtida com a fresa escolhida, isto é, b = 8 mm.
E está pronta a ranhura em T! Agora é só limpar a peça e retirar as rebarbas.
Exercício 1 Pare!
A U L Estude!
A
Qual a fresa T mais indicada para usinar um canal em T conforme desenho Responda!
a seguir? (Utilize tabela DIN)
45
Exercício 2
Que tipos de fresas devem ser utilizadas, para abrir um rasgo retangular
a fim de fresar um canal em T?
Exercício 3
Por que se deve utilizar refrigeração em abundância para fresar rasgos em T?
Exercício 4
Por que é preciso utilizar pequenos avanços da mesa da fresadora quando
se usam fresas do tipo Woodruff?
A U L A Como fazer uma ranhura trapezoidal
rabo-de-andorinha
· Troque a fresa por uma fresa angular, de acordo com o perfil desejado
da ranhura.
· Frese a ranhura.
Dica tecnológica
Utilize em abundância jato de refrigerante para remover os cavacos da
ranhura.
45
Recordar é aprender
cateto oposto
tangente =
cateto adjacente
8 8
x= \x= @ 4,6
Tg60º 1,73
O resultado encontrado foi x = 4,6 mm, não é mesmo? Agora você já pode
calcular a abertura y. Para isto é só montar o cálculo como segue.
Então, o máximo de largura que a ranhura retangular pode ter é 36,8 mm,
aproximadamente.
Dica tecnológica
O valor 0,5 mm da equação dada corresponde ao sobremetal deixado
nas laterais da ranhura para fazer o acabamento.
A U L A Para um valor de y = 36 e x = 4,6, o diâmetro (d1) máximo da fresa deve
ser de 40 mm. Com isso, você consegue usinar um lado do rabo-de-andorinha
45 de cada vez.
Feitos os cálculos, é hora de escolher a fresa angular. Esta pode ser uma fresa
angular de topo para mandril ou uma fresa angular com haste cilíndrica. Vamos
supor que você tenha optado pela fresa angular de haste cilíndrica. Só resta agora
conhecer as medidas desta fresa.
Você deve ter encontrado que a fresa com diâmetro mais próximo
a 40 mm é a de 25 mm, como no detalhe abaixo, não é mesmo?
60º 25 10 67 12
Dica tecnológica 45
As fresas angulares são frágeis porque seus dentes formam ângulos
muito agudos. Por isso, sempre que trabalhar com elas, adote o movi-
mento discordante. Ainda, no ínicio da fresagem, utilize avanço manual
da mesa. Depois, para terminar a fresagem, passe para o avanço automá-
tico. Assim, você evita danos à fresa, como a quebra de dentes.
Você viu como fazer para fresar um rabo-de-andorinha. Que tal responder
a algumas questões?
Exercício 6
Por que é necessário determinar os valores de x e y , quando se usina
um rasgo do tipo rabo-de-andorinha?
Exercício 7
Para que é preciso deixar um sobremetal de 0,5 mm nas paredes da ranhura
retangular, quando se usina um rasgo do tipo rabo-de-andorinha?
Exercício 8
Por que se deve optar pelo movimento discordante quando se usina
um rasgo do tipo rabo-de-andorinha?
Para abrir uma ranhura ou rasgo de chaveta, seguimos os mesmos passos das
operações anteriores de fresar ranhuras retas. O cuidado está na escolha da fresa,
a qual vai depender do perfil do rasgo que se quer obter.
45 começar?
6 x 10 25 7,5 10 6 60 46
Feito isso, fixe a fresa com um mandril porta-pinças. Em seguida, determine A U L A
os parâmetros de corte e tangencie a lateral da peça com a fresa.
45
Dica tecnológica
Na operação de fresar rasgos de chaveta do tipo Woodruff, o avanço da
ferramenta deve ser manual e lento, para evitar a quebra da fresa. Ainda,
a refrigeração deve ser contínua e abundante, para evitar excessivo
aquecimento da ferramenta e possibilitar a remoção dos cavacos. Com
isto, evita-se também a quebra da ferramenta.
Exercício 11
Que fresa Woodruff deve ser usada para abrir o rasgo de chaveta Woodruff?
b = 8 mm
h = 10 mm
Exercício 12
Ordene de 1 a 8 os passos abaixo, para abrir um rasgo em T.
a) ( ) Fixe a fresa.
b) ( ) Puxe a coordenada e frese a ranhura retangular.
c) ( ) Centre a fresa na altura e termine a ranhura.
d) ( ) Fixe e alinhe a peça.
e) ( ) Escolha a fresa adequada à largura da ranhura.
f) ( ) Troque a fresa novamente.
g) ( ) Determine os parâmetros de corte.
h) ( ) Troque a fresa para fazer o desbaste da ranhura em T.
Exercício 13
Complete as sentenças abaixo:
a) A ................... é um elemento de máquina normalizado que transmite
movimento de rotação.
b) Geralmente, utilizamos fresa.................... , fresa ................... de três cortes,
normalizadas segundo as dimensões da chaveta Woodruff.
c) A escolha da fresa depende do ................... do rasgo ou ranhura que
se quer obter.
d) Na falta da chaveta, o eixo gira em falso e não transmite o movimento
de ....................