Incentivo A Leitura
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RESUMO
Por conta das preocupações pedagógicas com a formação do leitor, a li-
teratura ensinada nos anos iniciais do ensino fundamental costuma sofrer
um processo inadequado de escolarização. Todavia, esse cenário pode ser
modificado quando se considera as especificidades do letramento literário.
A análise do Cantinho da Leitura como uma prática de letramento literário
neste nível de ensino demonstra que, mesmo em atividades tradicionais, é
possível encontrar alternativas viáveis para a formação de um leitor literário.
Palavras-chave: Leitor Literário. Cantinho da Leitura. Leitura Independente
Compartilhada. Letramento Literário. Formação do Leitor.
ABSTRACT
Due the pedagogical concerns about reader formation, the Literature taught
in the first cycle of elementary school usually suffer an inappropriate process
of schooling. However, this scene can be changed when one takes the literary
literacy approach. The analysis of the Reading Corner as a literary literacy
practice in this level of teaching shows that even traditional activities can
be turned in an well succeed alternative to the literary reader formation.
Keywords: Literary Reader. Reading Corner. Shared Independent Reading.
Literary Literacy. Reader Formation.
*
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Programa de Pós-Graduação
em Educação. CELLIJ – Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil. Presidente
Prudente, São Paulo, Brasil. E-mail: recellij@gmail.com. https://orcid.org/0000-0003-2227-2544.
**
Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Educação. CEALE – Centro de
Alfabetização, Leitura e Escrita. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. E-mail: rcosson@gmail.
com. https://orcid.org/0000-0003-2677-5149.
autora é que não só as atividades com textos literários são inadequadas, como
também o texto literário tem uma presença pequena nos livros didáticos. Logo,
há um claro divórcio entre os livros didáticos e o uso pressuposto e desejado
do texto literário na escola.
Todavia, não é só por conta do uso extensivo do livro didático em sala de
aula que o ensino da literatura enfrenta percalços nos anos iniciais do ensino
fundamental. Também a formação universitária dos professores não contempla
o conhecimento específico da metodologia do ensino da literatura, quando muito
os cursos de Pedagogia possuem em sua estrutura curricular uma disciplina de-
dicada à literatura infantil. Esse cenário é confirmado por Saldanha e Amarilha
que, ao analisaram os currículos de Pedagogia de 27 universidades federais
localizadas prioritariamente nas capitais dos estados, descobriram que menos
da metade delas apresentava a disciplina Literatura Infantil, sendo mais usual
a presença de uma disciplina optativa que é ofertada apenas esporadicamente.
Para as autoras, que também assinalam a ausência ou silenciamento da literatura
nas diretrizes curriculares do curso de Pedagogia, “os dados construídos indicam
a pouca presença da literatura na formação de professores” (SALDANHA;
AMARILHA, 2016, p. 390). Dessa forma, a despeito de uma herança histórica
que evidencia a presença e a importância do ensino da literatura na formação de
professores, como mostram, por exemplo, os manuais de Bárbara V. de Carvalho
e Antônio D’Ávila (OLIVEIRA; TREVISAN, 2012) e a atuação de Lourenço
Filho (BERTOLETTI, 2012), permitindo inclusive que se proponha uma história
do ensino da literatura infantil (OLIVEIRA, 2015; 2016), o estatuto atual da
literatura infantil nos currículos de pedagogia parece confirmar o que diz Peter
Hunt, reconhecido estudioso do tema, no prefácio da edição brasileira de um
de seus livros mais importante: “em muitos países, ela [a literatura infantil] tem
uma existência precária e é encarada com ceticismo. Mesmo no Reino Unido, a
disciplina literatura infantil é questionada” (HUNT, 2010, p. 12).
Essa ausência nos cursos de Pedagogia da literatura enquanto disciplina, e,
logo, como espaço de reflexão, torna-se mais grave quando se sabe que, por conta
de um percurso formativo pouco afeito à presença da literatura, os professores
terminam por nãose constituírem como leitores literários (PORTO; PORTO,
2014). Quando muito, já no exercício da profissão, eles se tornam leitores de
livros infantis, restringindo ou igualando seu repertório e horizonte de leitura
ao de seus alunos. Nesse caso, para além da máxima de que não se forma leitor
sem ser antes um leitor, como há muito apontam diversos estudiosos (SILVA,
1991; MORTATTI, 2014; COSSON, 2006), é preciso compreender, como bem
faz Lígia Cademartori, que “muitos professores não tiveram as condições ne-
cessárias para se desenvolverem devidamente como leitores e, às vezes, pensam
ser deficiência pessoal o que, na verdade, provém de âmbito muito mais amplo,
como a dívida social do país com seu povo” (CADEMARTORI, 2009, p. 25);
sabendo, ainda, que “tornar-se leitor é processo que ocorre ao longo do tempo e
de distintas maneiras para diferentes pessoas” (CADEMARTORI, 2009, p. 24).
Assim, mesmo reconhecendo que há professores que não são leitores, tal condi-
ção “não impede alguns deles de se empenharem honestamente na divulgação
do livro entre os alunos e a trabalharem de modo a favorecer a outros melhor
experiência de leitura que aquela que tiveram” (CADEMARTORI, 2009, p. 24)1.
Além do uso do livro didático e de um professor cuja formação passa ao
largo da literatura e que termina por não se constituir como leitor literário, o
ensino de literatura nos anos iniciais do ensino fundamental costuma padecer
de uma ausência de especificidade enquanto matéria escolar nas orientações
curriculares oficiais. Na maior parte desses documentos, a literatura não pos-
sui objetivos e práticas próprias, sendo simplesmente assimilada ao ensino de
língua, no qual atua como mera coadjuvante. Nos Parâmetros Curriculares Na-
cionais, por exemplo, apesar de haver uma sessão intitulada “A especificidade
do texto literário” (BRASIL, 1997), ela não resulta em uma orientação segura
e objetiva. Ao contrário, como sintetiza pertinentemente Suassuna, trata-se de
uma “abordagem meramente conceitual, centrada na forma do texto literário,
sem nenhum tipo de desdobramento metodológico” (SUASSUNA, 1998, p.
180), além de silenciar sobre a escrita de textos literários na escola, tratando a
literatura como matéria apenas de leitura ou da formação do leitor de maneira
geral. Essa situação é bem diferente na recém lançada Base Nacional Comum
Curricular – BNCC (BRASIL, 2017), que contempla um campo de atuação
artístico-literário no qual se privilegia a formação do leitor literário, realizada
por meio de práticas de leitura e produção de textos literários. Ainda assim,
registra-se uma concepção de literatura infantil identificada restritivamente
com o ludismo formal e o feérico, conforme se pode deduzir pelo uso de termos
como “jogos de palavras” e “encantamento”, e uma ênfase limitadora da fruição
como leitura de prazer ou deleite.
Não é sem razão, portanto, que o ensino da literatura nos anos iniciais
do ensino fundamental permanece preso a uma dupla perspectiva. De um lado,
dentro de uma relação histórica que antecede e até mesmo dá origem à literatura
infantil, está a perspectiva utilitária, presente mesmo naqueles momentos em
que se enfatiza o interesse da criança, tal como aconteceu com a Escola Nova
(COSTA, 2013). Trata-se do ensinar alguma coisa por meio do texto literário
1 A questão do professor não leitor tem suscitado diversas discussões no campo da Educação
e das Letras, sobretudo quando se divulga enquetes e resultados de pesquisas referentes ao perfil
de leitores no Brasil. Uma análise mais aprofundada do tema pode ser verificada no compêndio
organizado por Marinho; Silva (1998).
que, por ser atraente à criança, torna mais fácil a aprendizagem, numa atualiza-
ção permanente e aparentemente inesgotável da fórmula horaciana do ensinar
deleitando. Dessa forma, se atualmente não se considera mais o texto literário
como meio de formação moral e orientador dos bons costumes como se fazia
no passado, nem por isso se deixa de utilizá-lo com fins pedagógicos. Em uma
análise de 140 relatos da observação de prática de contação de histórias em
escolas de educação infantil e anos iniciais da região metropolitana de Porto
Alegre, Kirchof e Silveira (2009) identificam três dimensões de pedagogiza-
ção da literatura infantil: a escolha de textos que buscam “civilizar”, ensinar
algum comportamento, seja higiênico, seja social; a ênfase dada à mensagem
da obra nos diálogos da professora com os alunos após a contação; e a seleção
de obras que auxiliam outras questões da escola ou da turma. Daí a conclusão
dos autores de que, de um modo geral, “a literatura infantil ainda não é con-
cebida exclusivamente como um artefato estético pelos professores ligados às
práticas de contação de histórias” (KIRCHOF; SILVEIRA, 2009, p. 214). Nessa
mesma direção, compreende-se perfeitamente porque nos livros didáticos e nas
orientações curriculares oficiais a literatura oral é progressivamente apagada
à medida que o aluno avança nas séries do ensino fundamental. Afinal, ainda
que apenas tacitamente reconhecido, mitos e parlendas se fazem presentes
nesse momento na escola porque são gêneros literários que “colaboram” para
o processo de alfabetização.
Por outro lado, até como uma reação ao utilitarismo, está a perspectiva
idealista. Reconhecendo o caráter estético da literatura infantil que se produz a
partir dos anos 1970, de uma geração herdeira de Lobato, tal como demarcou
Perroti (1986), a perspectiva idealista defende que a melhor maneira de inserir a
literatura na escola evitando os riscos da pedagogização é abster-se de qualquer
propósito formativo, ou seja, apenas dando acesso às obras para que os alunos
se “deleitem”com elas. Dessa forma, cabe ao professor somente o papel de
mediador, no sentido de incentivador, da leitura, que deve ser feita em busca
do prazer de ler, em semelhança ao que acontece com o leitor maduro, fora
da escola. Também se argumenta que, como cada texto literário é único, não
há nada a ser ensinado, apenas se deve oferecer o texto ao aluno e confiar no
“encantamento” e na “viagem” da leitura do texto literário.
Aparentemente libertária, essa perspectiva idealista do “ler por ler” ou “ler
por prazer” traz em si uma série de equívocos em relação à leitura literária. Um
deles é ode que a leitura literária se faz espontaneamente, sem demandar nenhu-
ma aprendizagem, esquecendo-se de que ler literatura, assim como qualquer
outro texto, demanda o conhecimento de protocolos de leitura (SCHOLES, 1991)
e que é responsabilidade da escola formar o leitor literário (oferta, escolha, etc.),
tal como forma o leitor das demais matérias escolares, ou seja, cumpre ampliar e
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SOUZA, R. J. de; COSSON, R. O Cantinho da Leitura como prática de letramento literário
turas guiadas, entre outras. Enfatizaremos nesse subitem uma prática específica
que é bastante conhecida nas escolas de Ensino Fundamental, sobretudo em seus
anos iniciais, assim como nos anos da Educação Infantil sob as denominações
concorrentes de “biblioteca da sala”, “estante mágica”, “baú de leitura”.
Fisicamente, o cantinho da leitura é composto com os livros dispostos
em estantes, caixas e/ou baús – daí derivando as distintas denominações – na
própria sala de aula para leitura individualizada dos alunos. Quanto menores
são os alunos, mais bem elaborado é este espaço, podendo ir de almofadas com
tapetes, confortáveis divãs, iluminação especial e itens diversos de decoração
nas salas da Educação Infantil, até uma simples caixa deixada em um canto da
sala de aula dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
O acervo geralmente é constituído por títulos da biblioteca particular
do professor, ou livros que os próprios alunos trazem a partir de uma lista
previamente determinada ou escolhidos em casa pelos pais por solicitação da
escola2. Há, ainda, escolas em que a própria biblioteca escolar envia e atualiza
periodicamente os títulos da sala. A leitura acontece quando os alunos terminam
alguma atividade e enquanto aguardam os colegas, pegam um livro. Ou, ainda,
às vezes podem levar os livros da sala para lerem em casa.
O objetivo declarado de se oferecer a leitura diretamente em sala de aula
e não na biblioteca ou até substituí-la quando não tem uma na escola é tornar
os livros mais acessíveis para os alunos e, assim, incentivar a leitura indepen-
dente ou leitura dita livre, porque, mesmo realizada no âmbito escolar, não
recebe nenhuma orientação ou mediação por parte do professor. O objetivo não
declarado é manter em silêncio ou pelo menos em outra ocupação os alunos que
já terminaram a atividade proposta coletivamente e devem esperar pelos colegas
para realizarem a próxima sem perturbar o conjunto da turma.
Nessas propostas de leitura “livre”, traduzidas pelo cantinho da leitura
tradicional, que representa a perspectiva idealista que destacamos acima, rara-
mente há uma preocupação com a qualidade ou diversidade do acervo, até porque
raramente há um trabalho de mediação de leitura, planejado nesse espaço e com
esses títulos, ou seja, confunde-se o dar acesso ao livro com o trabalho peda-
gógico de formação do leitor literário. Ao chamar atenção para esse equívoco,
não pretendemos, obviamente, recusar a leitura independente como atividade
inadequada na escola, mas sim apontar para a insuficiência da simples oferta de
obras literárias como prática de educação literária. É para mostrar o potencial
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seus gostos, dos autores favoritos e, em meio aos livros considerados do cânone
da literatura infantil, também foram adquiridos aqueles textos que as crianças
haviam solicitado. Assim, o acervo preliminar foi comprado com recursos da
própria docente somando 180 livros, sendo 130 livros de ficção e 50 de não fic-
ção. Silvana Balsan (2018) afirmou que a quantidade de livros foi-se ampliando
ao longo da ação de leitura proposta, em virtude das solicitações dos próprios
alunos, pois, no decorrer do processo, vários deles adquiriram autonomia e
liberdade para requerer outros títulos.
Elaborar um cantinho da leitura com todas essas particularidades revela
que um leitor se constitui pouco a pouco, por isso é fundamental compreender
que “é papel do professor partir daquilo que o aluno já conhece para aquilo que
ele desconhece, a fim de se proporcionar o crescimento do leitor por meio da
ampliação dos horizontes de leitura” (COSSON, 2006, p. 35). Afinal, quanto
mais leituras um aluno acumula, maior será seu repertório e mais facilmente se
amplia a sua competência de lidar com o universo da literatura.
Neste sentido, o acervo do cantinho da leitura foi constituído por livros de
diversos gêneros (folclore, lendas, mitos, contos, poemas) e de vários autores
brasileiros e estrangeiros, muitos selecionados pela professora, como obras de
Lygia Bojunga, Marina Colassanti, Ruth Rocha, Ziraldo, Ricardo Azevedo,
Perrault, Irmãos Grimm, Jon Sieszka, Roald Dahl, entre outros, e outros tantos
atendendo apedidos dos alunos, a exemplo dos livros Diário de Julieta 2 e 3,
de Ziraldo, a série Os detetives do prédio azul, de Flávia Lins e Silva, e ainda
a coleção Diário de um Banana, de Jeff Kinney – as duas últimas adaptadas ao
cinema e televisão. Nessa composição, observa-se que a docente soube negociar
as suas expectativas de formação do leitor literário com as preferências de lei-
tura manifestadas pelos alunos, compondo um acervo significativo para ambos.
Para dar início ao cantinho da leitura, a professora desafiou seus alunos na
montagem do espaço e das próprias regras para seu funcionamento. A primeira
atividade da professora consistiu em levar todo o acervo para sala de aula e
pedir aos alunos para que, por meio da manipulação dos livros e da leitura dos
paratextos, conhecessem os títulos que comporiam o cantinho da leitura. Essa
atividade permitiu conversas paralelas a respeito dos livros desconhecidos ou
que só eram do conhecimento de alguns. “Além disso, ao encontrarem os livros
que os educandos haviam solicitado anteriormente e que gostariam de ler, eles
se animavam e os mostravam para os companheiros, abraçando os volumes e
afirmando aos colegas que eles seriam os primeiros a ler aquele volume espe-
cificamente” (BALSAN, 2018, p.181).
A seguir, a docente pediu para que os alunos a ajudassem na classificação
dos livros, entre os de ficção e os de não ficção. Para tanto, as crianças escolhe-
ram as cores das etiquetas adesivas que sinalizaria tais textos, ou seja, os alunos
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À guisa de conclusão
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mento da leitura individualmente com a docente e/ou com um colega por meio
da indicação de novos títulos.
Estar atento a tudo que se passa na sala de aula em que se atua como pro-
fessor não é tarefa fácil, pois tem-se que auxiliar nas dificuldades dos alunos,
mostrando equívocos e maneiras de superá-los e, principalmente, alertando-os de
que tudo faz parte de um processo e analisar a relação que o discente estabelece
com o ato de ler através do diálogo e respeito ajuda a transformar a escola num
espaço privilegiado e os alunos em autênticos leitores autônomos.
Afinal, como destaca Solé, “aprender a ler significa aprender a encontrar
sentido e interesse na leitura. Significa aprender a se considerar componente
para a realização das tarefas de leitura e a sentir a experiência emocional gra-
tificante da aprendizagem” (SOLÉ, 1998, p. 172). O diálogo entre alunos e
professor descrito nesse artigo mostra uma relação respeitosa e pessoal com o
leitor, porque a docente partiu dos interesses de leitura dos discentes proces-
sualmente orientou novas leituras, sem impor textos, mas propondo obras de
maneira motivadora e individualizada. Em síntese, olhando o leitor como um
sujeito único, ativo e autônomo.
REFERÊNCIAS
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