Resumo Bioquimica Metabólica 1
Resumo Bioquimica Metabólica 1
Resumo Bioquimica Metabólica 1
A glicose é obtida pela celulose (plantas), amido (trigo, grãos, batata) e glicogênio (carne). No
intestino essa irá ser captada por transportadores, nas células intestinais, que são proteínas
GLUT. Chegando ao sangue irá ocorrer uma hiperglicemia, assim, as células β do pâncreas
produzem insulina que irá permitir a entrada de glicose nas células. Cérebro, hemácias e retina
não precisam de insulina.
1) Dupla fosforilação de hexose, á custa de 2 ATP, originando uma hexose com dois grupos
fosfato.
2) Clivagem desta hexose, produzindo duas trioses fosforiladas.
3) Oxidação e nova fosforilação, desta vez por fosfato inorgânico (Pi), das trioses fosfato,
formando duas moléculas de um intermédio com dois grupos fosfato.
4) Transferência dos grupos fosfato deste intermédio para ADP, formando 4 ATP e 2
piruvato.
A oxidação da glicose e produção de ATP estão associadas a redução de NAD +. Como NAD+
existe nas células em concentrações limitantes, muito inferiores as dos substratos, a
manutenção do funcionamento da glicólise depende da reoxidação do NADH. Em aerobiose,
utilizam-se oxigênio para oxidar o NADH e em anaerobiose o próprio piruvato produzido pela
glicólise serve como aceptor dos elétrons do NADH, sendo reduzido a lactato.
Esse processo é utilizado por algumas bactérias, pelas hemácias, por fibras musculares de
contração rápida (fibras brancas) e pelas fibras musculares em geral quando submetidas a
esforço intenso, quando a quantidade de oxigênio torna-se insuficiente. Desta forma o NAD +
pode prosseguir formando ATP.
Em conduções aeróbicas, o primeiro passo para a oxidação total do Piruvato é a sua conversão
em Acetil-CoA. O piruvato do citossol encaminha-se para a mitocôndria, nos eucariontes,
sofrendo uma descarboxilação oxidativa, como abaixo:
É importante salientar que, as três enzimas estão ligadas entre si, assim como a E1 está ligada
ao TPP, E2 ao Ácido Lipóico e E3 ao FAD. A E1 retira um CO 2 do Piruvato e liga a molécula
restante ao TPP. Ainda a E1 desloca o Piruvato, ligando-o ao Ácido Lipóico que perde sua
ligação dissulfeto reduzindo um S. A E2 então através da Coenzima A, liga-o e assim a
coenzima libera um H que reduz o outro S do ácido lipóico, formando a Acetil-CoA. A E3,
então, desloca os hidrogênios que estão ligados nos S da coenzima, ácido lipóico, e liga-os no
FAD. Ainda a mesma enzima então libera esses H ligando-os no NAD + que se torna NADH + H +,
fazendo com que a estrutura do complexo retorne a ser como era originalmente podendo
iniciar um novo ciclo.
A via das pentoses fosfato é uma via alternativa da oxidação de glicose, que leva a produção de
dois compostos importantes: ribose-5-fosfato (pentose constituinte dos nucleotídeos que
compõem os ácidos nucleicos e de varias coenzimas) e a forma reduzida de NADPH (atua como
coenzima doadora de H em sínteses redutoras e em reações de proteção contra compostos
oxidantes). Na via das pentoses-fosfato, a energia derivada da oxidação da glicose é
armazenada sob a forma de poder redutos (NADPH) e não ATP, como na glicólise. Além disso,
o NADPH combate radicais, sendo de extrema importância para a integridade das células. É
importante entender que a via das pentoses-fosfato irá estar dividida em duas partes:
1) Oxidativa: Irá formar dois NADPH, através da a oxidação das moléculas, além da
formação de CO2 que se encaminha para a respiração. Assim é gerando a ribose-5-
fosfato que é um isômero.
2) Não oxidativa: Esta parte irá ocorrer o processo onde irá produzir energia utilizando a
ribose-5-fosfato, gerando frutose-6-fosfato e gliceraldeido-3-fosfato.
O glicogênio é um polímero de glicose que constitui a forma de reserva deste açúcar. É uma
vantagem natural ocorrendo a redução da osmolaridade, resultante do menor numero de
partículas em solução. É sintetizado principalmente pelo fígado e músculos quando a oferta de
glicose supera as necessidades energéticas imediatas destes órgãos. O glicogênio muscular
será utilizado pelo mesmo, enquanto no caso do fígado será usado por todo o corpo.
Não esquecer que se o glicogênio está sendo formado no fígado é usado a Glicoquinase e no
músculo a Hexoquinase.
A Glicogenina é uma enzima que liga a glicose a tirosina, quando não já mais reservas e está
começando o estoque novamente, assim a glicogênio sintase pode começar a unir as glicoses
através de ligações nas ramificações α-1,6, enquanto com a tirosina é α-1,4.
A maioria dos tecidos é capaz de suprir suas necessidades energéticas a partir da oxidação de
vários tipos de compostos: açúcares, aminoácidos, ácidos graxos. Alguns tecidos e células de
animais superiores, entretanto, utilizam exclusivamente glicose, como é o caso das células do
cérebro e hemácias. Após o animal se alimentar, suas reservas são formadas e a quantidade de
energias necessária para o momento é utilizada. À medida que vai diminuindo a concentração
de glicose circulante derivada diretamente da absorção de alimentos, a degradação crescente
de glicogênio hepático incumbe-se da manutenção da concentração adequada de glicose
sanguínea.
Com exceção da lisina e leucina, todos os aminoácidos podem originar glicose. Os aminoácidos
são provenientes de degradação de proteínas no músculo. O lactato origina-se dos músculos
submetidos a contração intensa e de outras células que degradam glicose anaerobicamente –
medula renal, retina e hemácias. O glicerol é derivado da hidrolise de triacilgliceróis do tecido
adiposo durante o jejum.
Quando ocorre a degradação de triglicerídeos, forma-se glicerol e corpos cetônicos que serão
uma fonte energética de músculos e tecidos periféricos, podendo ser usados como energia no
cérebro em casos extremos.