Manual de E. v. P - 9

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Lição nº 01/02 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.

Sumário: Apresentação e Introdução sobre a Disciplina de E. V. P.


A Educação Visual e Plástica é uma disciplina que, vai contribuir para a formação
harmónica e multifacética da personalidade do indivíduo. O ser humano tem necessidade de
desenvolver um conjunto de capacidades e habilidades desde o nascimento até a maturidade,
cujas capacidades são processadas pelo nosso cérebro.
A estrutura do nosso cérebro responsável pelas capacidades e habilidades educáveis
pela escola, conhecida como córtex, encontra-se dividida em dois lados ou hemisférios e cada
um destes hemisférios é responsável por capacidades diferentes.
Se o hemisfério principal do nosso cérebro é responsável por capacidades como, o
pensamento lógico e matemático, a recepção e emissão da linguagem, a dimensão do tempo
etc.; o hemisfério secundário é responsável por capacidades e habilidades como a síntese, o
sentido pictórico e musical, o pensamento visual ou por imagens, o sentido configurativo
(holístico, da totalidade), a concepção geométrica e global, as atitudes criativas e a dimensão e
concepção do espaço.
O desenvolvimento de capacidades de ambos hemisférios é transcendental para o
indivíduo, já que os mesmos funcionam em simultâneo, mas com a peculiaridade de que o
cérebro funciona ao nível do hemisfério que estiver menos desenvolvido, o que significa que,
caso o indivíduo não seja educado a desenvolver as capacidades de ambos hemisférios, ou seja,
caso receba uma educação unilateral, o mesmo poderá ter dificuldades no processo de adaptação
na sociedade.
A vivência artística influencia o modo como se aprende, como se comunica e como se
interpretam os significados do quotidiano. Desta forma, contribui para o desenvolvimento de
diferentes competências e reflecte-se no modo como se pensa, no que se pensa e no que se
produz com o pensamento.
Obs: Realçar e praticar o traçado da esquadria e a legenda.

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Lição nº 03/04 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: I – Processo de Design.
Sumário: Introdução ao Design.
Design é uma palavra inglesa, que em latim significa traçado, desenho estrutural,
projecto gráfico, designar, indicar, representar. O design é um ramo das artes plásticas que se
encarrega do estudo da estrutura e do traçado das formas em termos de planificação ou projecto,
quer seja comunicativo ou utilitário, assim como as devidas implicações conceptuais e
socioculturais.
Design Gráfico  se refere à área de conhecimentos e práticas profissionais específicas
relativas ao ordenamento estético-formal de elementos textuais e não-textuais que compõem
peças gráficas destinadas à reprodução com objectivo expressamente comunicacional.
Design Gráfico, tem como função a concepção de materiais gráficos para apoio a
comunicação. Ex: Rótulos, dísticos, etiquetas, cartazes, boletins, publicações, painéis
luminosos, etc.
O Designer gráfico é, convenientemente, um conhecedor e utilizador das mais variadas
técnicas e ferramentas de desenho, mas não só. A função de um Designer gráfico é atribuir
significados ao artefacto por meio de sua aparência, em que o profissional induz o usuário a ver
o artefacto de determinada maneira, associando-lhe conceitos abstractos como estilo, status,
identidade.
- Marcas, Etiquetas e Rótulos
Marca é o nome particular atribuído a um determinado produto de acordo com a
preferência do seu fabricante para poder ser distinguido dos outros produtos do mesmo género,
tipo ou espécie, com fins comerciais.
Etiquetas são letreiros ou dísticos inscritos nos recipientes dos produtos para a sua
comercialização, os quais indicam o tipo de produto, a sua marca comercial e a sua
especificidade. As Etiquetas são utilizadas em produtos da indústria ligeira, já que são estes que,
na sua maioria, podem ser empacotados.
Rótulos são também letreiros que servem para a identificação de produtos comerciais.
A diferença entre Etiqueta e Rótulo reside no facto de que, o termo etiqueta é mais
utilizado para a designação de letreiros que vêm acompanhados de outras imagens e que
conjuntamente com um produto. Ex: Latas, resmas de papéis, refrigerantes...
O termo rótulo é apenas utilizado quando existem letreiros que mencionam
determinada marca comercial, imprensa numa das superfícies do mesmo produto, sendo este da
indústria pesada. Em ambos os casos, estas etiquetas ou rótulos podem ser acompanhados com
os logotipos das suas respectivas marcas comercias. Ex: automóveis, geradores, móveis...

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Lição nº 05/06 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: I – Processo de Design.
Sumário: Funções e Tipos de Design (Aplicações ou Ramos de Design).
Três Funções marcam o design e cada uma destas funções, está presente em qualquer
obra de design mas não de maneira equitativa, tais como:
A Função Estética, Plástica ou Semântica, refere-se ao estudo e concepção do design
desde o seu ponto de vista artístico, plástico, que contribui para uma melhor apreciação da obra,
desde o ponto de vista visual, e que de certo modo, trata de comunicar algum conteúdo
significativo para o sujeito.
A Função Prática ou Utilitária refere-se à componente que estuda a aplicação da
forma, assim como a utilidade de um objecto ou obra de design que se vai enquadrar na vida
quotidiana dos seres humanos de modo a reportar melhorias a alguma actividade específica ou a
sociedade em geral.
A Função Simbólica refere-se a uma componente muito significativa para o ser
humano, já que se relaciona com os significados emocionais que tem para o sujeito uma forma,
uma estrutura, uma combinação cromática e até as designações que se atribuem a um objecto ou
obra de design.
- Tipos de design (Aplicações ou Ramos de Design).
Design Têxtil, ocupa-se de estudo e a criação de objectos e peças para a satisfação de
uma das necessidades vitais do homem que é o vestuário e os sues acessórios.
Design Decorativo, ocupa-se da concepção e confecção de obras que contribuem para
complemento ornamental de diversas áreas da nossa vida quotidiana.
Design Mobiliário, destina-se ao estudo para a confecção de um dos componentes
mais importantes da vida social do ser humano: mesas, cadeias, camas, etc.
Design Industrial, destina-se ao estudo projecção concepção de engenhos industriais
(motores, máquinas, meios de transportes, etc.).
Design Mecânico, destina-se para projecção, concepção e confecção de peças para apoio aos
engenhos mecânicos (carroçarias de automóveis, etc.).

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Lição nº 07/08 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – Processo de design.
Sumário: Áreas que se relacionam e auxiliam o design.
Nas formas que o homem vai criando, nota-se a preocupação com a eficiência de
maneira a facilitar o seu uso e permitindo deste modo menos esforços, reduzindo a fadiga,
proporcionando mais segurança e maior conforto.
Outra preocupação a ter em conta é a procura das medidas ou dimensões ideais para
conceber formas dos objectos de acordo com as características da pessoa, por meio da
Ergonomia e a Antropometria.
Etimologicamente, a palavra antropometria é formada pela junção de dois termos de
origem grega: ánthropos, que significa "homem" ou "ser humano"; e métron, que quer dizer
"medida".
A antropometria está relacionada com os estudos da antropologia física ou biológica,
que se ocupa em analisar os aspectos genéticos e biológicos do ser humano e compará-los entre
si, utilizando diversas técnicas para medir cada uma das partes do corpo, fornecendo
informações preciosas para os indivíduos sobre a sua condição física e biológica.
Antropometria é um ramo da antropologia física que estuda as medidas e dimensões
das diversas partes do corpo humano.
O termo Ergonomia se originou do grego: Ergon, que significa “trabalho”, e nomos,
que quer dizer “leis ou normas”. Os ergonomistas contribuem para o projecto e avaliação de
tarefas, trabalhos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as
necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
Ergonomia, é a disciplina auxiliar do design que se dedica a adaptar as condições de
trabalho durante a manipulação de objectos, instrumentos, ferramentas ou máquinas ás
capacidades fisiológicas e psicológicas do homem, de modo a melhorar o rendimento e o
conforto, diminuindo o desgaste biológico e os riscos de saúde.

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Lição nº 09/10 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: I – Processo de Design
Sumário: Diferentes Princípios de Design
Princípios, são fundamentos, preceitos que servem de base teórica para a realização de
uma actividade determinada.
Princípios do Design, são preceitos, requisitos necessários que servem de base teórica
para a realização de qualquer composição ou obra, dentro das artes plásticas, e não só, e,
portanto, devem ser sempre tidos em conta.
Estes princípios existem em qualquer obra de arte, e não só, independentemente de o
criador da obra ter, ou não, consciência da existência dos mesmos. Portanto, conhecê-los e
aplicá-los melhora as opções do artista ou criador da obra.
Simplicidade, é o grau de sobriedade, precisão e objectividade que uma forma visual
deve apresentar para não fazer mudar de opinião ou afastar o sentido de uma resolução, com
certos excessos, a sua intenção comunicativa.
É um elemento muito necessário que, tido em conta, evita que as formas visuais sejam
muito carregadas com figuras desnecessárias.
Continuidade, é o grau de coerência ou relação formal do ponto de vista plástico ou
entre as formas do ponto de vista conceptual, com o fim de comunicar uma mensagem.
É um elemento que dirige o curso visual, impõe por força da disposição das formas, o
trajecto que segue a vista do observador no momento da apreciação de uma obra de arte.

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Lição nº 11/12 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: I – Processo de Design
Sumário: Princípios do Design (Continuação).
Cerramento, é o grau de conclusão e terminação formal ou conceptual de uma
determinada obra de arte, marcando de maneira sintética o trajecto que surge a vista do
observador numa composição.
É um elemento que sugere uma análise global, mas isto não implica que deve ser
somente relacionado com a obra completa, já que pode funcionar com uma parte desta.
Tensão é uma qualidade dinâmica das estruturas imóveis dando a intuição de
movimento das formas visuais para os lados ou para o centro de uma determinada composição.
As causas ou factores da percepção do movimento aparente das formas estáticas ou
tensão, são: o resultado da Experiência do sujeito, o formato da obra, e os processos
psicológicos.
O Movimento aparente das formas estáticas ou tensão, é o aparecimento e
desaparecimento simultaneamente de um objecto, ou o piscar de uma luz, e este ao aparecer,
parece expandir-se do centro para os lados e, ao desaparecer, parece contrair-se ou encolher-se
dos lados para o centro.
Este efeito é produto da mesma razão que nos faz perceber o movimento nos jogos de
luzes que as vezes observamos em cartazes luminosos ou em estabelecimento recreativos, cujo
movimento toma a forma da figura sobre a qual estão colocadas as luzes.
Na realidade, as luzes não se movem. O que sucede é que as luzes vão piscando em
fracções de segundos uma depois da outra, e a nossa mente percebe-as como se houvesse
movimentos.

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Lição nº 13/14 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: I – Processo de Design
Sumário: Princípios do Design (Continuação).
Contacto é um recurso do design que consiste em unir ou sobrepor as formas visuais
numa composição determinada e cria na mente do observador um efeito visual ou conceptual
distinto do que seria se as duas formas estivessem separadas.
É um elemento do design que sugere a existência de uma só figura em relação ao fundo
e dá uma ideia de um conjunto visual em que as suas formas se combinam e acentuam a
mensagem. O contacto pode fazer com que uma das formas acentua o poder de comunicação da
outra.
Existem duas maneiras de obter contacto: Por meio de uma ligeira ligação ou
aproximação dos bordos das formas e Por meio de uma superposição parcial ou total das
mesmas.
N.B: Continuidade e o Cerramento, são dois princípios que funcionam em conjunto
porque o primeiro contribui para a realização e a terminação do segundo, isto porque a
continuidade dá origem ao cerramento.
A Tensão e o Contacto, devem ser elementos tratados intencionalmente e manejados
com certos objectivos, sabendo que a tensão nos comunica um movimento ilusório, podendo ser
utilizado com uma determinada intenção comunicativa. O Contacto nos acentua, reforça ou
debilita o aspecto de uma forma, podendo empregá-lo intencionalmente num logotipo com um
determinado objectivo.

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Lição nº 15/16 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: I – Processo de Design
Sumário: Princípios do Design (Continuação).
Ritmo é uma sequência ou sucessão temporal ou espacial de motivos e intervalos que se
repetem numa proporção determinada.
O Ritmo é um período aplicável a quase todas as esferas da vida, entre elas destacam-
se: o coração humano, a caminhada marcando passos, na música. Existem ritmos biológicos, de
produção, geológicos, pluviométricos, meteorológicos, comerciais, respiratórias, etc.
Cada ritmo comunica uma mensagem determinada, independentemente da área da
realidade que seja.
Nas Artes Plásticas, o Ritmo consiste numa sequência ou repetição espacial de formas
visuais em determinados intervalos.
- Tipos de ritmos
Existem vários tipos de ritmos: Ritmo Regular ou Uniforme, Irregular ou Não
Uniforme, Progressivo, Radial e Oculto
Equilíbrio consiste no grau de repouso e estabilidade visual das formas de uma
composição determinada. O equilíbrio obtém-se pela distribuição das formas de uma
composição, de modo a que as mesmas se compensem mutuamente a partir de um eixo
imaginário, ou não, dando lugar a um estado de equilíbrio.
Ênfase é um princípio do design que se obtêm quando através das formas, das cores,
do tipo de composição ou através dos princípios do design desde o ponto de vista apreciativo,
constituindo um ponto de interesse que ressalta a vista do observador, utilizada com intenções
comunicativas.
A Unidade como princípio do design, é o grau de relacionamento e homogeneidade
formal, temática, cromática, estrutural e conceptual que deve apresentar qualquer composição
ou obra de arte dentro das artes plásticas. A Unidade é um princípio imprescindível no design,
nas artes plásticas e em todas as outras artes. Uma obra sem unidade, carece de terminação e
torna-se menos agradável à vista do observador. É o princípio que determina o que é que está a
mais ou está em falta numa obra de arte.

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Lição nº 17/18 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: I – Processo de Design
Sumário: Design de Logotipo.
Logotipo é um símbolo ou conjunto de letras ou palavras que identificam uma
instituição ou organização, combinadas, ou não, com algumas formas visuais que caracterizam a
actividade dessa instituição.
Os logotipos são muito úteis para distinguir de maneira eficiente, rápida e precisa uma
marca, empresa ou firma comercial, ainda que tenha uma certa semelhança, pelo nome ou
actividade, com outro.
Tipos de Logotipos
- Símbolo ou ícone que representa, caracteriza ou indica o nome da instituição ou a sua
principal actividade.
- Combinação de várias formas que representam a actividade da instituição com a sigla
(abreviatura do nome), ou com o próprio nome da instituição.
- Sigla da instituição representada ou não numa forma.
- Utilização apenas do nome da instituição.
Qualquer dos tipos de logotipos mencionados devem estar estruturados com um grau de
Simplicidade das suas formas de modo a comunicar de maneira objectiva a mensagem que
pretende, com uma relação de Continuidade entre as suas formas e com um nível de cerramento
no seu conjunto.

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Lição nº 19/20 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – Processo de design.
Sumário: A Aplicação dos Princípios do Design.
- Design Decorativo e Ilustrativo.
A decoração e a ilustração são manifestações das artes plásticas muito utilizadas na
sociedade contemporânea para vários fins.
O design decorativo ou simplesmente decoração: consiste em as obras ou composições
com objectivo de decorar, enfeitar ou embelezar outra obra, espaço, objecto ou máquina já feita.
A decoração é uma especialidade ou procedimento levada a cabo em obras
arquitectónicas, interiores e exteriores, em obras de porcelana, veículos, móveis, para
complementar um conjunto já existente, com o objectivo de melhorar o seu aspecto visual aos
olhos do observador.
Para decorações podem ser utilizados como materiais tintas para pintura, papel colorido,
cintas, flores, jarros, luzes, tiras de madeira, tecidos, ou concreto (massa de cimento).
Antes de levar a cabo uma obra decorativa, devemos ter em conta dois grandes
factores: as características do meio sobre o qual vamos decorar e os objectos ou tema da obra
decorativa que vamos levar a cabo.
Os preceitos que devemos considerar para tal são: o tipo e género do suporte ou meio a
decorar, a sua estrutura, composição, materiais e cores implícitas.
Se o objectivo for decorar uma obra arquitectónica, devemos saber qual é o seu género,
se é civil, militar, religiosa, fúnebre ou artística e decorá-la em concordância com tal género,
sem perder de vista os fins temporais e temáticos da obra decorativa.
AS DECORAÇÕES EFÉMERAS, são aquelas que se fazem para actividades com um
tempo de duração muito curto, ou seja, são circunstanciais, e demoram apenas algumas horas ou
mesmo dias.
Exemplos: recreativas ou festivas; solenes; comemorativas; fúnebres, etc.
AS DECORAÇÕES TEMPORAIS, são as que se levam a cabo em locais que
necessitam permanentemente de decoração, mas, pelo carácter variante do ser humano têm que
ser temporal ou periodicamente renovadas para que não sejam monótonas e, aborrecidas.
Exemplos: as decorações de gabinetes, as decorações domésticas ou de interior, as decorações
de espaços para exibições, etc.
AS DECORAÇÕES PERMANENTES OU DEFINITIVAS são aquelas em que a sua
concepção esta implícita também na concepção ou fabricação da obra ou suporte onde esta será
levada a cabo, e a sua eliminação implica pelo menos uma mudança de concepção.
Exemplos: arquitectónicas, interiores ou exteriores; As decorações em cerâmica ou em
porcelana, etc.

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Lição nº 21/22 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – Processo de design.
Sumário: A Aplicação dos Princípios do Design (Continuação).
- O DESIGN ILUSTRATIVO
O Design Ilustrativo ou simplesmente ilustração, é uma das manifestações das artes
plásticas levada acabo para enfatizar, explicar, esclarecer ou clarificar um conteúdo
determinado, através de imagens que ilustram ou se referem ao tema em questão, com objectivo
de torná-lo mais compreensivo.
Esta manifestação é geralmente levada a cabo em publicações escritas, tais como livros,
revistas e jornais, embora possa empregar-se em folhetos comemorativos, informais ou
eventuais. Os preceitos fundamentais que devemos ter em conta são:
O Conteúdo da Obra Escrita: deve-se ter em conta este pormenor para se saber
exactamente o que se vai ilustrar, de modo a seleccionar uma estrutura formal, ou seja um
conjunto de formas estruturadas de modo a comunicar de maneira sintética o conteúdo referente
a parte da obra que vamos ilustrar.
O Tipo ou Género da Obra Escrita: deve ser tido em conta para saber qual o género e
estilo pictórico ou artístico. Esta concordância não deve ser forçada, mas geralmente é mais
eloquente e expressiva, ou seja, mais convincente quando utilizamos estilos artísticos que se
relacionam com o tipo e género das obras escritas.
Exemplos:
Se vamos ilustrar uma obra poética, geralmente a abstracção e o surrealismo são os
estilos mais apropriados, já que por essência combinam de maneira eficaz com a poesia. Em
prosa vamos ilustrar uma épica o género romantismo e realismo ajustam-se perfeitamente pela
sua grandiloquência e dramatismo característicos, respectivamente.
Uma novela de amor pode resultar melhor ilustrada com um estilo como classicismo ou
o neoclassicismo, pela primazia dada à beleza formal na figura humana, típica destes estilos.
Para ilustrar um ensaio científico pode ser muito apropriado o estilo hiperrealista, pela maneira
quase perfeita com que trata as formas visuais.
Para cenas humorísticas enquadram-se muito bem o género caricaturesco e a arte pop
que podem acentuar bastante a mensagem contida nos textos, pelo humor implícito do primeiro
e a frescura e flexibilidade formal característica da segunda. (Pág. 32-39 – Manual 8ª)

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Lição nº 23/24 (Iº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – As Leis de Organização Plástica
Sumário:

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Lição nº 25/26 (IIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: Introdução sobre a Teoria da Comunicação.
A Comunicação desempenhou um papel muito importante no processo de surgimento e
evolução da espécie humana, e continua desempenhando um papel importante no processo de
crescimento de qualquer indivíduo no seio de qualquer sociedade. Portanto, a espécie humana,
bem como a sociedade onde vivemos na actualidade, não seriam da maneira que são neste
momento, se não fosse pela existência da comunicação.
A Comunicação é um processo de interacção social existente só na espécie humana que
consiste na circulação de mensagens através da sua emissão, recepção e retroalimentação.
A comunicação como processo implica ao menos dois interlocutores, isto é, um emissor
e um receptor assim como um sistema de códigos, (linguagem humana). Nem toda linguagem
falada implica necessariamente um processo de comunicação, já que dentro de uma
comunicação determinada existem frequentemente processos de emissão e recepção de
mensagens que não significam exactamente a existência de um processo de comunicação.
Para que um processo onde intervenham a emissão e recepção de mensagens seja
considerado como comunicação, deve haver imprescindivelmente o retorno ou
retroalimentação, também conhecido como feed-back, sendo que neste processo a mensagem é
o fundamento da comunicação. Se a mensagem que sai do emissor só chega ao receptor e ali
fica, então o processo toma o nome de informação.
A Teoria da Comunicação é um conjunto de princípios, conceitos, leis e regularidades
que servem de base ao estudo da comunicação como um processo social existente na espécie
humana.
A teoria da comunicação surgiu vinculada ao mundo capitalista no fim da primeira
metade do Século XX, mais propriamente nos Estados Unidos, por volta de 1948, a partir de
estudos matemáticos que permitiram formular a “Teoria da Informação” de Claude Shannon e
cibernéticos de Norbert Wiener. A teoria da comunicação está relacionada com várias ciências,
tais como a linguística, semiologia, psicologia, sociologia, cibernética, etc.
A teoria da comunicação tinha como objectivo fundamental, a avaliação das mensagens
emitidas para um público determinado, a eficiência na transmissão ou recepção da mensagem
em termos de objectividade da informação, menor perda de significados, custos, etc.
A Teoria da Informação dedica-se ao estudo quantitativo das mensagens, assim como
a capacidade de transmissão ou à densidade de informação transmissível em cada canal
determinado.

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Lição nº 27/28 (IIº Trim.) Data _____ / _______ 20 _____.
Unidade: II – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: Formas de Comunicação (Oral, Visual e Gestual).
Comunicação Oral e Visual
Existem vários tipos ou formas de comunicação determinados pela natureza do sistema
de código que se utiliza, tais como: Comunicação Oral, Comunicação Escrita, Comunicação
Visual, Comunicação Gestual, etc.
Tudo que nos envolve estabelece connosco um diálogo transmitindo-nos uma
informação, mas o importante é estarmos disponíveis para sermos capazes de receber e entender
essa mensagem. O homem comunicou-se desde sempre das mais variadas maneiras, através da
fala, da escrita, da expressão corporal, dos sons, e dos sinais visuais. Daí podemos falar na
comunicação verbal e não verbal.
A linguagem é um dos códigos da comunicação verbal mais eficaz, mas não tem um
carácter universal, pois cada povo tem a sua própria língua. Os elementos da Comunicação
Visual, são: Signos, fotografias, desenhos gráficos, vídeos, entre outros.
Comunicação Visual é todo meio de comunicação expresso com a utilização de
elementos visuais, na transmissão e recepção de uma mensagem por meio exclusivo da visão.
Na Comunicação Oral, as palavras que fazem parte da linguagem, através da qual
comunicamos, constituem os signos verbais e representam os objectos e fenómenos da natureza
e da sociedade. Portanto, uma palavra é o signo de um objecto ou fenómeno da realidade
objectiva.
Na Comunicação Visual, os signos que representam os objectos ou fenómenos da
natureza ou da sociedade são as formas visuais. A linguagem visual tendo um carácter
universal, os signos, as formas visuais usadas para representar um determinado elemento,
objecto ou fenómeno da realidade objectiva, podem variar de uma cultura para outra.
Signos Visuais são os instrumentos de que a linguagem visual se serve para transmitir a
sua mensagem. Tanto os signos visuais como os sonoros possuem três componentes que são:
O Significante que é a forma material ou concreta do signo, quer seja visual ou verbal.
Ex: Para um signo visual, um significante pode ser o desenho de um Cavalo. E para um signo
verbal, o significante pode ser a Palavra Cavalo.
O Significado é a representação mental do significante ou a ideia do significante. É o
conteúdo do signo. Ex: Quando vemos o desenho de um cavalo ou quando escutamos a palavra
Cavalo, associamos e identificamos mentalmente do que se trata.
O Referente é o elemento, objecto, processo ou fenómeno da realidade objectiva. Ex:
Neste caso é o Cavalo, real e materialmente.

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Lição nº 29/30 (IIº Trim.) Data _____ / _______ 20 _____.
Unidade: II – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: Componentes da Teoria da Comunicação
Constituem componentes da teoria da comunicação os elementos que, em princípio,
intervém em qualquer processo de comunicação, quer seja visual, sonoro, gestual, escrito ou
audiovisual.
Existem, portanto, oito partes ou componentes que, geralmente, intervém em qualquer
processo de comunicação e que devem ser tidos em conta para uma comunicação mais eficiente.
São eles:
Emissor: Consiste na pessoa, instituição ou grupo de indivíduos que proporciona e está
interessado em transmitir uma informação determinada, que, em princípio, deve ser recebida e
percebida por outros exemplos, um jornalista, um escritor, um artista plástico, um professor,
uma agência de notícias, um governo, etc. O emissor deve ter bem claro o que deseja comunicar
para poder elaborar de forma eficaz a sua mensagem.
Mensagem: É o conteúdo da comunicação e deve ser constituída por verdadeiras
informações, sejam significativos e de interesse para o sujeito receptor. Esta mensagem deve ser
bem preparada para ser bem recebida e, para tal, uma das condições que devem ser tidas em
conta é a selecção do canal correcto para a transmissão de uma determinada mensagem.
Canal: É o suporte da informação, é o veículo portador da mensagem, que pode ser a
voz humana, o cinema, a televisão, o jornal, a rádio, uma revista, um panfleto ou póster, a
internet ou uma obra de arte. O canal deve ser o mais adequado possível para que a mensagem
seja transmitida da maneira mais eficiente possível, já que para cada mensagem existe um
determinado canal mais apropriado para a sua transmissão.
Código: É um conjunto de signos e regras para utilização, formando um sistema
específico de acordo com o tipo de signos que utiliza. Que torna possível o entendimento entre
os seres humanos no processo de interacção social conhecido como comunicação.
Codificação: É um processo através do qual o emissor estrutura a mensagem, a partir
de um código determinado, para que possa ser compreendida pelo sujeito receptor.
Descodificação: É o processo inverso da codificação no qual o sujeito que recebe a
informação procede a sua decifração para entender a mensagem que acaba de receber. Esta
operação implica para a sua efectividade algumas condições que são: - Receber com clareza
todos os signos; - Conhecer plenamente o significado de cada um dos signos recebidos; -
Compreender o sentido exacto da estrutura destes signos.
A descodificação depende muito do momento em que um signo é descodificado; cada
mensagem pode ser interpretada de maneira diferente, dependendo de um conjunto de factores
ambientais, contextuais e emocionais em que se desenvolve a comunicação.

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Ruído: É constituído por todos os factores que afectam a boa recepção e compreensão
da mensagem. O conceito de ruído engloba todas as interferências que podem estar presentes
nesse processo, quer seja de ordem subjectiva ou objectiva.
O ruído pode existir em qualquer dos componentes do processo da comunicação, desde
o emissor até ao receptor.
Retroalimentação: É uma contribuição cibernética para o processo de comunicação. É
geralmente considerada como a informação de retorno ao emissor.
Receptor ou Destinatário: É o indivíduo ou grupo que recebe a informação.

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Lição nº 31/32 (IIº Trim.) Data _____ / _______ 20 _____.
Unidade: II – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: Elementos que Influem na Efectividade da Comunicação
A comunicação como fenómeno social e puramente humano manifesta-se num
contexto social com determinadas características, materiais e espirituais, que podem ser ou não
conscientemente controladas pelos indivíduos, que geralmente se dominam como objectivos e
subjectivos.
A Intensidade, as Cores, o Contraste, estes três elementos são já bastante conhecidos,
porque foram estudados em classes anteriores. Vamos referir-nos especificamente aos que serão
estudados pela primeira vez.
Novidade: É a concepção da mensagem de uma maneira inovadora, e que constitua
uma inovação.
Surpresa: A surpresa é a introdução de uma proposta que resulta inesperada para o
receptor, porém não se deve confundir com a novidade porque, podendo ser um elemento já
usado, deve ser impensado, algo com o qual ninguém conte e pode ser obtido através do
conteúdo, do tema, do título, da estrutura, etc.
Redundância: É um recurso usado para complementar, contribuir com informação
suficiente para compensar as perdas de conteúdo na mensagem transmitida. Redundar é
enriquecer de maneira sintética, em certos pontos enfáticos, com uma maior intensidade, a
mensagem transmitida por forma a evitar distorções na recepção e interpretação da mesma.
Experiência do Sujeito: A experiência prévia do sujeito receptor ou emissor de
qualquer mensagem influi em grande medida no processo de comunicação, porque, de acordo
com ela, cada sujeito interpreta os signos com uma carga emocional quando estes têm alguma
relação com o seu passado, convertendo-se em signos com certa conotação para o sujeito.
Todo o indivíduo interpreta cada mensagem utilizando o produto da sua experiência que é em si
a aprendizagem e essa aprendizagem pode ser na escola ou na sociedade, ou seja, no nosso dia-
a-dia.

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Lição nº 33/34 (IIº Trim.) Data _____ / _________ 20 _____.
Unidade: I – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: Elementos que Influem na Efectividade da Comunicação (contiuação)

Motivação: É uma disposição ou predisposição do sujeito a favor de uma determinada


situação que ele deseja. A motivação pode ser intrínseca, caracterizada por uma tendência ou
inclinação pessoal do indivíduo, ou extrínseca, caracterizada por uma causa externa ao mesmo
mas que provoca a mesma disposição com respeito ao objecto da sua motivação.
Convicções: Sustentações firmes e conscientes de uma ideia, valor, critério ou
postulado como verdadeiramente correctos e válidos. Uma atitude positiva no que respeita as
suas ideias e actue consequentemente em defesa destas. As convicções geralmente determinam
a essência da conduta de um indivíduo.
Preconceitos: Constituem uma barreira psicossocial do indivíduo a assimilação de
certas mensagens. Estes preconceitos predispõem negativamente a conduta desses indivíduos
relativamente a determinadas esferas da vida.
Persuasão: É um recurso usado para convencer um indivíduo a respeito de uma ideia
que lhe queremos comunicar, quer seja directamente no plano pessoal, quer seja através de um
mecanismo de comunicação de massas.
Para tal usam-se argumentos, demonstrações, pretextos e tudo aquilo que possa contribuir com
novos elementos para que o sujeito receptor aceite a nossa proposta como válida. A persuasão
influencia a vontade e os sentimentos do receptor para que este assuma a nossa mensagem-
proposta como sua ou que, pelo menos, a compartilhe.
Sugestão: Contrariamente a persuasão, esta não se apoia na apresentação de evidências
e argumentos que de maneira democrática tratam de convencer o receptor, senão que é um
modo de influenciar um indivíduo ou grupo deles, para uma percepção não criticada
informação. Na sugestão afirma-se ou nega-se uma proposta sem tratar de demonstrar nada.

18
Lição nº 35/36 (IIº Trim.) Data _____ / _________ 20 _____.
Unidade: I – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: As Artes Plásticas como Meio de Comunicação.
- Percepção do espaço
A Percepção do Espaço é a capacidade de avaliar como se ordenam as coisas e
investigar as suas relações no ambiente. Uma boa percepção espacial nos permite compreender
a disposição do nosso entorno e a nossa relação com ele. Nos previne constantemente de bater
com os objectos que nos rodeiam.
Quando vamos fazer compra, devemos ter enconta o plano dos grandes armazéns e
compreender a posição das entradas, os distintos departamentos e banheiros. - Elementos da
linguagem visual e plástica
Os elementos da linguagem visual são: pontos, linhas, planos, forma, plano e
superfície, textura, cores, ao combiná-los entre si, podemos criar imagens.
- Análise Conceitual e Plástica de uma Obra
Ao estudarmos os conceitos de beleza relacionados a estética, percebemos que qualquer
tipo de obra estabelece uma relação com o espectador, uma troca de sentido e significado, um
testemunho histórico, social, cultural e religioso. Dessa forma, ao apreciar uma obra de arte é
importante saber analisar os elementos presentes nela para que ocorra essa troca de melhor
maneira possível e o espectador compreenda, então, o que o artista quis transmitir.
A leitura de uma obra é uma actividade tão importante quanto a produção artística, pois
possibilita a interpretação das imagens, compreensão e apreensão de informações, factores
fundamentais para quem vai fazer
A Arte Conceitual é uma vanguarda artística moderna e contemporâneo. Como o
próprio nome indica, trata-se de uma expressão artística mais pautada nos conceitos, reflexões e
ideias, em detrimento da própria estética (aparência) da arte. Nela, a atitude mental é o mais
relevante.
Existem três tipos de análise de obra:
- Objectiva ou visual, descreve o que todo mundo vê, sem especulação.
- Subjectiva ou Simbólica, descreve o que você sente ao visualizá-la.
- Formal ou Estética, analisa a composição visual, a sintaxe visual, seu contexto
histórico, seu tema, sua organização.

19
Lição nº 37/38 (IIº Trim.) Data _____ / _________ 20 _____.
Unidade: I – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: As Artes Plásticas como Meio de Comunicação
- Análise de Imagem.
A interpretação das imagens é subjectiva e compreender a profundidade do significado,
ou ainda dos significados, comunicados por uma imagem requer uma análise multilateral. As
imagens podem ser analisadas através de muitas perspectivas, tais como estas seis grandes
categorias apresentadas por Paul Martin Lester:
Perspectiva pessoal, é quando um espectador tem uma opinião sobre uma imagem
baseada em seus pensamentos próprios. A resposta pessoal depende dos conhecimentos e
valores do espectador individualmente. Isso pode estar por vezes em conflito com os valores
culturais. Além disso, quando uma pessoa visualiza uma imagem com sua perspectiva pessoal, é
difícil faze-la ver a mesma imagem de outras formas/perspectivas.
Perspectiva histórica, uma imagem pode ser influenciada a partir do uso histórico de
uma mídia. Por exemplo: O resultado de usar o computador para editar imagens (por exemplo,
Photoshop) é bastante diferente ao comparar imagens que são feitas e editadas a mão.
Perspectiva técnica, é quando a visão de uma imagem é influenciada pela forma como
é apresentada. O uso correcto da luz, posição e apresentação da imagem pode melhorar a visão
da imagem. Faz com que a imagem pareça melhor do que a realidade.
Perspectiva ética, aqui o criador da imagem, o espectador e a própria imagem devem
ser responsáveis moralmente e eticamente com a imagem.
Perspectiva cultural: a simbolização é uma definição importante para esta perspectiva.
A perspectiva cultural envolve identidade de símbolos. Os usos de palavras que estão
relacionadas com a imagem, o uso de heróis na imagem, etc. São a simbolização da imagem. A
perspectiva cultural também pode ser vista como a perspectiva.  
Perspectiva crítica, a visão das imagens é quando os espectadores criticam as
imagens. Se difere da perspectiva pessoal pela critica ser feita em conjunto com os interesses da
sociedade.

20
Lição nº 39/40 (IIIº Trim.) Data _____ / _________ 20 _____.
Unidade: I – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: A Fotografia Artística como Meio de Comunicação
A Fotografia: é um processo de produção de imagens através da fixação da luz numa
superfície impregnada de um produto sensível as radiações luminosas.
A principal matéria-prima para a realização de uma fotografia é a luz, o suporte
fotossensível, película ou rolo, a máquina fotográfica e o fotógrafo que manuseia a máquina.
A Luz: é o que permite que a realidade objectiva seja visível. Caso não houvesse luz na
terra, não se poderia ver nada e com certeza não existiria vida. É a matéria-prima fundamental
para uma boa fotografia, através da qual, as cores podem ser observadas e os objectos se
reflectem nas superfícies sensíveis a ela e a ausência de luz impede a nitidez dos motivos
fotografados.
A Película: fotossensível ou ROLO é o material utilizado para registar a imagem que
depois vai ser impressa no papel. Sem a película não há negativo fotográfico. Existem vários
tipos de rolos de acordo com a sua sensibilidade, que se classificam segundo vários sistemas:
um europeu, que é o DIN; outro soviético, que é o GOST; e outro americano, que é o ASA.
A Máquina Fotográfica: é uma espécie de câmara escura que tem como função evitar
que o suporte fotográfico se exponha à luz e, portanto, se danifique, impedindo o registo
fotográfico.
- Tipos de Máquinas Fotográficas
Reflex: São as máquinas em que o enquadramento da imagem que se vê através do
visor é feito directamente pela objectiva, através de um conjunto de espelhos que permitem que
o mecanismo que capta a imagem possa impressionar a película.
Não Reflex: O enquadramento da imagem não é feito através da objectiva, ou seja, é
feito à margem desta, pois tem um visor independente.
- Composição de uma Máquina Fotográfica
Corpo da Máquina: é uma câmara escura onde se encontra a película, rolo ou suporte
fotossensível que deve ser impressionado pela luz, fazendo com que a imagem se forme nele em
forma de negativo.
Objectiva: é constituída por um conjunto de lentes fixas, dispostas umas atrás das
outras com a função de captar a imagem formada pela incidência da luz que deve passar através
da mesma. Se a objectiva está tapada não há impressão da luz no suporte fotossensível e,
portanto, não há fotografia.
Visor: é uma espécie de orifício coberto por um conjunto de cristais transparentes, do
lado em que se situa o olho do fotógrafo e de um conjunto de lentes ou também de cristais pelo
outro lado dependendo se a máquina for Reflex ou Não Reflex.

21
Lição nº 41/42 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: I – O Estudo da Teoria da Comunicação nas Artes Visuais.
Sumário: A Fotografia Artística como Meio de Comunicação (Continuação).
Disparador: é um botão, alavanca ou cabo que tem a finalidade de accionar o
obturador, para que este abra as suas comportas com uma determinada velocidade de exposição
para, assim, regular a entrada de luz na câmara escura onde se encontra o rolo.
Obturador: é uma espécie de comporta existente em todas as máquinas fotográficas
constituída por um conjunto de cortinas dispostas como portas corrediças de tipo chinês, que
têm a função de regular o tempo que o rolo ou película é impressionado pela luz através da sua
abertura e que varia de acordo com a posição que o fotógrafo selecciona; esta magnitude é
conhecida como velocidade de obturação e vem representada na máquina com os seguintes
caracteres:
Diafragma: é constituído por um conjunto de lâminas de metal sobrepostas imitando a
forma da íris do olho humano e que regula a quantidade de luz que entra na câmara escura
através de uma escala que expressa pelos valores que constam da imagem que se segue:
f:1.4 f: 2 f: 2.8 f: 4 f: 5.6 f: 8 f: 11 f: 16
- Onde quanto for o número, menor é a abertura do diafragma e quanto menor for o número,
maior é a abertura do diafragma.
- Quando a iluminação é fraca, para fazer uma boa fotografia é necessária uma grande abertura
do diafragma.
- Quando a iluminação é muito forte, para fazer uma boa fotografia é necessária uma pequena
abertura do diafragma.
- Quando as imagens a captar estão em repouso, pode seleccionar-se uma velocidade lenta.
- Quando as imagens a captar estão em movimento, deve seleccionar-se uma velocidade alta,
caso contrário a imagem sai tremida, com pouca definição.
Fotógrafo: É o indivíduo que opera a máquina e de quem depende a boa qualidade
técnica e conceptual da fotografia. Ele é um indivíduo que expressa a sua criatividade através da
fotografia, já que interpreta a realidade de maneira artística. O fotógrafo é quem faz o
enquadramento, prepara o ambiente, a iluminação, faz a focagem, selecciona o plano, a
velocidade do obturador e a abertura do diafragma.
Enquadramento: Consiste na selecção dos motivos que se pretende fotografar, de
acordo com o tema que se quer exprimir ou documentar.
O enquadramento inclui também seleccionar a orientação do formato, vertical ou horizontal, de
acordo com a posição do motivo principal que se vai retratar ou fotografar.

22
Lição nº 43/44 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: A Fotografia Artística como Meio de Comunicação (Continuação).
Ambiente: é o fundo que acompanha os motivos a serem fotografados e que deve estar
em concordância com os mesmos, o que significa que não deve entrar em contradição com o
tema a fotografar.
Iluminação: é a matéria-prima de uma fotografia e para tal devemos conhecer a melhor
maneira de a utilizar.
Existem dois tipos de iluminação: a iluminação natural é constituída pela luz do sol e
a artificial é constituída por todas as fontes luminosas criadas pelo homem. Porém, existem
vários planos de luz que contribuem de maneira diferente para um mesmo motivo a ser
fotografado e dão efeitos e leituras diferentes a uma mesma fotografia, tais como:
Luz Frontal: ilumina o motivo de frente, de maneira uniforme ou homogénea, o que se
traduz numa imagem clara e com poucos detalhes pormenores. Luz Lateral: é uma forma de
iluminação que produz um agradável contraste de luz e sombra, representando de maneira bem
detalhada os motivos fotografados, ou seja, sem distorção das suas características.
Luz Zenital ou Alta: Esta luz é chamada zenital porque, pela posição que ocupa a sua
fonte, faz-nos recordar o sol quando está no seu ponto mais alto ou zénite. Esta maneira de
iluminar um motivo, que o faz na sua parte superior, provoca um contraste de luz e sombra
muito acentuado entre os planos horizontais e os verticais, onde os primeiros se iluminam e os
segundos ficam em penumbra. Isto faz com que as características dos motivos fotografados não
sejam totalmente detalhadas.
Luz Baixa: esta forma de iluminação é o contrário da luz zenital em termos de posição,
mas em termos de definição e contrastes tem o mesmo efeito, ou seja, faz com que as
características dos motivos fotografados não sejam totalmente detalhadas. A luz baixa faz com
que os indivíduos retratados pareçam psicologicamente negativos. Por tal razão, este plano de
luz é utilizado nas cenas cinematográficas para caracterizar uma personagem negativa ou um
vilão.
Focagem: fazer a focagem ou focar um motivo com a máquina fotográfica, é calcular a
distância entre o motivo e a máquina para que a imagem final fique nítida.
Selecção do Plano de Câmara: é a posição em que a máquina fotográfica deve ser
colocada em relação ao motivo a ser fotografado.
Existem vários planos de câmara, usados tanto na fotografia, no cinema, como na
televisão, tais como o plano geral ou panorâmico, o plano médio, o plano americano, o primeiro
plano, o plano grande primeiro plano ou close-up, o plano picado e o plano contrapicado.

23
Lição nº 45/46 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: A Fotografia Artística como Meio de Comunicação (Continuação).
- Processos a ter em conta para se obter uma fotografia
Depois que um rolo ou película é totalmente impressionado pela luz que entra na
câmara escura operada pelo fotógrafo, este deve ser revelado, ou seja, passar por um conjunto
de banhos químicos para que se possam ver as imagens nele contidas. O rolo passa, então, a ter
o nome de negativo, já que as imagens, apesar de se distinguirem, não podem ser vistas da
maneira que elas são realmente, porque como a base do rolo é um material transparente as
imagens são vistas de forma invertida. É por isso que têm o nome de negativo.
Posteriormente, é necessário realizar outro processo, para podermos obter a imagem
numa base de papel que se possa ver da maneira como as imagens são na realidade. Como o
negativo é transparente, funciona como filtro que deixa passar a luz através de um conjunto de
lentes dispostas numa máquina que imprimem a imagem do negativo num papel. Esta máquina
chama-se ampliador, e ambos, negativo e papel sensível, são colocados para realizar um
processo parecido ao que se leva a cabo na máquina fotográfica; e, depois de impressionar o
papel, este passa por banhos químicos parecidos ao que se levam a cabo com os rolos, até se
obter a imagem final que é a fotografia que nós vemos.
Existe um tipo de máquina fotográfica que faz tudo isso na sua câmara escura e quando
se acciona o mecanismo disparador a fotografia já sai impressa através de uma ranhura. Estas
máquinas são conhecidas pelo nome Polaroid.
Os Processos a ter em conta para se obter uma fotografia, são:
- Limpar cuidadosamente o negativo antes de o introduzir no porta-negativos do ampliador.
- Acender a luz de segurança e apagar a luz branca. Acender o ampliador, focalizar e compor a
imagem com a abertura máxima;
- Comprovar o foco e fechar a abertura do diafragma de dois pontos para melhorar a definição
da imagem;
- Colocar o filtro sob a objectiva do ampliador, retirar uma folha de papel fotográfico da caixa e
colocá-la no marginador;
- Expor a prova durante 10 segundos, afastando o filtro vermelho para um lado;
- Uma vez exposta a cópia, submergi-la na tina que contém o revelador;
- Escorrer bem a cópia durante 1 a 2 minutos e passá-la para o banho de paragem. A tina deverá
ter somente a água para a lavagem intermédia;
- Introduzir a cópia por alguns minutos no fixador;
- Passado o tempo de fixação, faz-se a lavagem em água corrente. Depois deixa-se secar a cópia
durante algumas horas.

24
Lição nº 47/48 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Outras Formas de Expressões Plásticas.
A Gravura é uma linguagem visual que representa um tipo de arte, como pintura e
relevo, em que a imagem é obtida por meio da impressão de uma matriz.
A Cerâmica é a arte ou técnica de produção de artefactos e objectos tendo a argila
como matéria-prima.
A Escultura é uma arte que representa ou ilustra imagens plásticas em relevo total ou
parcial. A escultura é um ramo das artes visuais que envolve a criação de objectos artísticos em
três dimensões: comprimento, largura e altura.
Existem várias técnicas de trabalhar os materiais, como a cinzelação, a fundição, a
moldagem, ou a aglomeração de partículas para a criação de um objecto. Os materiais mais
usados para se fazer uma escultura são: o bronze, o mármore, a argila, a cera, a madeira, e até
mesmo o ouro.
A Cestaria é entendida como um conjunto de objectos ou utensílios, obtidos através de
objectos trançados.
A Macramé é uma técnica de tecelagem manual que consiste no uso de nós
originalmente usada para criar franjas e barrados em lenções, cortinas, toalhas, etc. Macramé,
vem do árabe – makrama, guardanapo ou toalha.

25
Lição nº 49/50 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Projectos Escultóricos e Arquitectónicos.
A escultura e a arquitectura são duas manifestações artísticas muito interessantes, já
que além da sua função puramente estética, também encerram um componente utilitária, ou
seja, têm uma característica diferente das outras que lhes permite que sejam utilizadas.
As esculturas são manifestações artísticas podendo ser representadas todas as formas,
mas com características, tridimensionais, ou seja, têm três dimensões e, portanto, ocupam
espaços reais e não espaços virtuais.
Na pintura e no desenho apresentam apenas duas dimensões, que são: o comprimento e
a largura, tendo certas características que são virtuais, tais como a profundidade, como terceira
dimensão, assim como o volume; na escultura todas estas características, comprimento, largura,
profundidade, altura, volume, etc. – são reais e materiais.
A escultura desempenha uma função puramente decorativa ou uma homenagem a factos
concretos da vida dos homens.
A arquitectura é bastante conhecida por todos nós. Durante vários séculos, esta
manifestação fez sempre parte das artes plásticas antes de se constituir como uma área
autónoma do conhecimento. Portanto, é comum encontrarmos em manuais de história das artes
plásticas algum conteúdo relacionado com a história da arquitectura.
Arquitectura, é a arte de criar, projectar, construir formas que faz parte das artes
plásticas. Ou, é uma manifestação artística muito antiga que reúne construções ou edifícios que
apresenta um propósito ou finalidade. Refere-se ainda, a toda construção e modelagem artificial
físico incluindo o seu processo de projecto.
Existem obras de arquitectura de vários tipos, tais como arquitectura civil, religiosa,
militar, etc. Quase todas as obras arquitectónicas têm uma função utilitária, porém, também
encontramos muitas com funções decorativas, tais como monumentos, mausoléus, arcos,
colunas, obeliscos, torres, etc.
Estudo de Obras Escultóricas e Arquitectónicas
Desde o surgimento da espécie humana, o homem foi construindo os seus núcleos
habitacionais de acordo com as características do seu ambiente, por isso existem vários estilos
arquitectónicos que variam de região geográfica conforme as distintas culturas da humanidade.
Portanto, poderão encontrar-se características distintas em cada obra arquitectónica que
observamos. No nosso país podemos observar, de acordo com a região, vários estilos que
variam desde a arquitectura tradicional até diversos estilos ocidentais existentes no nosso
território, devido a influência europeia, em geral, a portuguesa, e em particular o estilo clássico,
o barroco, etc.

26
Lição nº 51/52 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais
Arco Romano
Quando caminhamos pelas ruas das cidades, vilas, etc., é muito fácil encontrarmos
construções antigas, mas também algumas construções actuais, onde são empregues os arcos
romanos – arcos semicirculares ou pleno centro.
Segundo reza a história, este processo construtivo surgiu na Antiga Mesopotâmia. A
designação de arco romano deve-se à assimilação e aperfeiçoamento pelos romanos nos seus
monumentos em pedra e que depois transmitiram a outros povos.
Traçado Geométrico do Arco Romano
- Traçamos uma recta com uma medida arbitrária e, a partir de um extremo e abrindo o
compasso a mais de metade, traçamos um arco em cima e outro em baixo. Passando para o
outro extremo da recta e com a mesma abertura do compasso, repete-se até que se produza a
intersecção.
- Unindo as duas intersecções com uma recta obtemos o ponto médio da recta inicial.
- Fazendo centro no ponto médio da recta, traçamos uma semicircunferência com uma
medida qualquer.
- A segunda semicircunferência traça-se com um raio maior do que a primeira e depois
procede-se como na primeira semicircunferência.

27
Lição nº 53/54 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais

Arco Árabe
O arco árabe também é conhecido por arco de ferradura ou ultrapassado. Segundo, os
historiadores, os Árabes em contacto com os
Visigodos assimilaram este processo e aperfeiçoaram-no, divulgando-o através dos seus
monumentos.

28
Lição nº 55/56 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais
Arco em Ogiva
Na arquitectura gótica manifesta-se a utilização deste arco nos monumentos, dando-lhes
características de verticalidade. O arco em ogiva ou ogival pode apresentar-se em três formas:
ogiva perfeita, ogiva encurtada e ogiva alongada.
Traçado da Ogiva Perfeita
- Traça-se um segmento de recta AB e fazendo centro no ponto A e depois em B
traçam-se dois arcos de circunferência de raio a AB, intersectando-se no ponto V.
- Unindo os pontos A, B e V, obtemos um triângulo equilátero, que não é mais do que
uma ogiva perfeita, conhecida também por ogiva equilátera.

29
Traçado Geométrico da Ogiva Encurtada
- Traça-se o segmento de recta AB ou vão e determina-se o ponto médio, abrindo o
compasso mais do que a metade do segmento e fazendo centro nos pontos A e B; conservando a
mesma amplitude, traçam-se dois arcos em cima e em baixo e, unindo os pontos de intersecção,
dividimos o segmento em duas partes iguais.
- Abre-se o compasso na medida do segmento AB e, fazendo centro no ponto A, traça-
se um arco; conservando a mesma medida, mas agora fazendo centro no ponto B, traça-se um
arco até intersectar com o primeiro arco, surgindo assim o ponto V.
Unindo-se o ponto V (vértice) com o ponto A e depois o ponto B com o ponto V,
determinam-se as mediatrizes dos segmentos de recta AV e BV, que vão intersectar o segmento
de recta AB em C1 e C2 que são os pontos dos dois arcos que constituem a ogiva encurtada.

Traçado Geométrico da Ogiva Alongada


- Para traçar a ogiva alongada, utiliza-se o mesmo procedimento que para a ogiva
encurtada, com a diferença de que os centros da ogiva encurtada situam-se dentro da abertura
AB, ou seja, no prolongamento do segmento de recta AB.

30
Lição nº 57/58 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais
Arco Contracurvado ou de Querena
Quase no declinar da idade Média surge o arco contracurvado ou de querena que
marcou o fim do estilo gótico. Em muitas cidades no mundo foi bastante utilizado em
constrições de estilo.
Traçado Geométrico do Arco Contracurvado ou de Querena Sendo Dado o Vão
- Traça-se um segmento de recta AB.
- Traça-se uma circunferência de diâmetro igual ao segmento de recta AB ou vão.
- Apoiando o compasso num dos extremos de AB com o raio igual a metade da abertura
do segmento de recta AB e fazendo em A e B, traçam-se dois arcos de circunferência que
determinam os pontos E e F. Com o centro nos pontos E e F e com o mesmo raio anterior
traçam-se arcos de circunferência que se cruzam no ponto V ou vértice e mantendo o mesmo
raio, traçam-se dois arcos de circunferência que intersectam os anteriores nos pontos C2 e C3.

31
Lição nº 59/60 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais
Arco Abatido
A arquitectura clássica greco-romana caracteriza-se pela horizontalidade. A busca de
ideias da cultura clássica levou os arquitectos à procura de novas formas, como o arco abatido,
dando as características especiais de horizontalidade.
Traçado Geométrico do Arco Abatido sendo dados o Vão e a Flecha
- Traça-se um segmento de recta AB ou vão, determina-se o ponto médio ou a mediatriz
(dividir o segmento em duas partes), a partir do ponto da intersecção, e marca-se a flecha dada
DE.
- Une-se o ponto E aos pontos A e B.
- Fazendo centro em D e com o raio DA ( que é a metade do segmento ou vão), traça-se
uma semicircunferência.
- Com o centro em E descreve-se uma circunferência de raio igual a EF que intersecta
os segmentos AE e BE, determinando os pontos G e H.
- Traçam-se as mediatrizes dos segmentos AG e BH que se intersectam em C1 e
determinam, no vão, os pontos C2 e C3.
- Os pontos C1, C2 e C3 são os centros dos três arcos que formam o arco abatido.
- Fazendo ponto no centro C1, com abertura do compasso até ao ponto E, descreve-se o
primeiro arco T1e T2. Com centro em C2 e C3, descreve-se o segundo e o terceiro arcos que
são concordantes com o primeiro nos pontos T1 e T2, formando assim o arco abatido.

32
Lição nº 61/62 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais
Traçado Geométrico de Curvas
Óvulo
No nosso meio circundante encontramos sempre elementos da Natureza que apresentam
formas geométricas como por exemplo, os ovos dos pássaros, as azeitonas, as uvas, as
pedrinhas, etc. O óvulo é uma figura geométrica formada por uma semicircunferência e por três
arcos concordantes nos pontos A, B, e T1 e T2. O segmento de recta AB chama-se diâmetro da
circunferência construtiva e o segmento de recta DE chama-se eixo.
Traçado Geométrico de um Óvulo Sendo dado o Diâmetro da Circunferência Construtiva.
- Traçada uma circunferência construtiva com o diâmetro AB, determina-se a mediatriz
deste diâmetro que, passando pelo centro C1, vai intersectar a circunferência no ponto C2.
Traçam-se as semi-rectas que, partindo do ponto A e do ponto B, se cruzam no ponto C2.
- Os pontos A, B, C1,e C2 são os centros dos arcos de circunferência que constituem o
óvulo; Os pontos de concordância são os pontos A, B, T1 e T2.

33
Lição nº 63/64 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais
Oval
A oval é uma figura geométrica formada por quatro arcos de circunferência iguais dois
a dois e concordantes em quatro planos, T1, T2, T3 e T4. Tem dois eixos simétricos que se
cruzam entre si, perpendicularmente, com dimensões, sendo o eixo maior AB e o eixo menor
DE.
Traçado da Oval Sendo Dados o Eixo Maior e o Menor
- Traçados os eixos maior AB e menor DE, procede-se de forma muito semelhante à
adoptada no traçado do óvulo: une-se o ponto A aos pontos D e E e une-se o ponto B também
aos pontos D e E.
- Pelo ponto O traça-se o arco de circunferência DF. Sobre os segmentos da recta AD,
AE, BD e BE marca-se, a partir do ponto D e do ponto E, a distancia que vai de A a F, obtendo
os pontos G, H, I e J.
- Traçamos as mediatrizes dos segmentos de recta AG, BH, AI e BJ, que vão intersectar
o prolongamento do eixo menor, determinando os pontos C1 e C2. Os pontos de intersecção
entre essas mediatrizes e o eixo maior determinam os pontos C3 e C4.
- Os pontos de concordância serão os pontos T1, T2, T3 e T4.

34
Lição nº 65/66 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais
Traçado de uma Oval Sendo Dado o Eixo Maior
- Traçamos o eixo maior AB, divide-se este segmento em quatro partes iguais.
- Traçam-se em seguida três circunferências com os seus centros 1, 2 e 3 e de raio igual
a 1\4 do eixo maior.
- A partir dos pontos C1 e C2, traçam-se as semi-rectas que passam pelos pontos 1 e 3 e
vão determinar os pontos de concordância T1, T2,T3 e T4.
- Fazendo centro no ponto 1, e com a abertura do compasso até ao ponto T1 ou T2,
traça-se o arco de circunferência T1 T2; faz-se igual para centro é o ponto 3; para T1 T3, cujo
centro é o ponto C1; para T2 T4, cujo centro é o ponto C2.

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Lição nº 67/68 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais

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Lição nº 69/70 (IIIº Trim.) Data ____ / _______ / 20 ____.
Unidade: II – A Realização de Projectos Utilitários nas Artes Plásticas.
Sumário: Estudo de Alguns Elementos Básicos na Concepção de Projectos Artísticos
Monumentais

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