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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE CLAUDIO/MG

TEÓFILO MONTES, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº......, inscrito no


CPF nº......, endereço eletrônico..., residente e domiciliado na...., Claudio/MG por meio de seu
advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor

AÇÃO DE CANCELAMENTO DE PROTESTO

Por meio do procedimento comum, em oposição a ANDRADAS, MONLEVADE & BOCAIÚVA


LTDA., representada por seu administrador, inscrito no CNPJ nº ..., com endereço eletrônico...,
e sede em... Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O demandante, que se tornou microempreendedor em 11 de setembro de 2013, emitiu uma


nota promissória à ordem, no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais), em favor da parte
requerida, adotando o caráter pro soluto.

Entretanto, a cártula venceu em 28 de fevereiro de 2014, e o autor deixou de efetuar o


pagamento até a mencionada data. Até o momento presente, não foram intentadas ações
judiciais relacionadas à cobrança do autor, resultando na manutenção do débito em aberto.
Em decorrência disso, a requerida levou a nota promissória a protesto devido à ausência de
valores que deveriam ser recebidos, com o ato notarial sendo registrado em 7 de março de
2014. O protesto persiste no tabelionato, acarretando o descumprimento da obrigação por
parte do subscritor.
Contudo, o autor alega não ter recebido qualquer comunicação de cobrança por parte do
credor, encontrando-se ainda incapaz de quitar a pendência e mantendo a posse da cártula.
Diante desse cenário, o autor busca eliminar as restrições que o protesto pode acarretar em
futuras concessões de crédito, considerando o lapso de tempo entre o vencimento da nota
promissória e o seu protesto.

DO DIREITO

Inicialmente, convém salientar a insignificância da controvérsia acerca da emissão da nota


promissória, a qual, sob a modalidade pro soluto, foi destinada à quitação de um bem imóvel,
materializando-se como efetivo pagamento.

Seguindo adiante, conforme estabelecido no artigo 26, §3º, da Lei nº 9.492/97, o


cancelamento do registro do protesto, quando fundamentado em razões distintas do
pagamento do título ou documento de dívida, requer intervenção judicial, mediante a quitação
dos emolumentos devidos ao Tabelião. Nesse sentido,

É importante observar que, persistindo o protesto devido à inexistência de provimento,


restringindo a prescrição, não ocorreu análise quanto à atuação do credor em outro ato
interruptivo, conforme preceitua o artigo 202, inc. III, do Código Civil. À luz do artigo 70 c/c
artigo 77 do Decreto nº 57.663/66, a busca pela satisfação da obrigação de pagamento da
pendência mediante a nota promissória, em relação ao autor, ocorreu por meio da ação de
execução. Em consonância com o transcurso de mais de três anos após a data de vencimento,
ocorrida em 28 de fevereiro de 2014, caracterizando-se como uma ação cambial e, em resumo,
uma execução por quantia certa de título extrajudicial.

O artigo 700, inc. I, do Código de Processo Civil, preconiza que diante da prescrição da
pretensão à execução do título, não se constatou o ajuizamento de ação monitória pelo
credor. Ademais, transcorreu o prazo de cinco anos para o exercício da pretensão de cobrança
da nota promissória, conforme o artigo 206, § 5º, inc. I, do Código Civil, em conformidade com
a Súmula 504 do Superior Tribunal de Justiça.

Em resumo, não se vislumbra a possibilidade de apresentação direta do título original ou da


declaração de anuência para obter a cessação do protesto diretamente no Tabelionato de
Protesto de Títulos.
DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) A procedência do pedido para o cancelamento do protesto;

b) A expedição de mandado de cancelamento ao tabelionato;

c) A citação do réu;

d) A condenação do réu aos ônus de sucumbência, custas e honorários advocatícios, nos


termos do artigo 82, §2º e artigo 85, caput, ambos do CPC;

e) Protesto pela produção de provas, conforme artigo 319, inciso VI, do CPC;

f) Realização de audiência de conciliação ou mediação, nos termos do artigo 319, inciso VII, do
CPC.

Dá-se à causa o valor de R$7.000,000 (sete mil reais).

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data

Advogado, OAB nº

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