Resumo Do Livro

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Resumo do livro

“O Cão e os Caluandas”

Feito por: Edia Anayol Pereira Macundi.

A obra foi publicada pela primeira vez em Angola e é um clássico

do escritor angolano Pepetela, nome literário de Artur Carlos

Maurício Pestana dos Santos.

A obra é composta por 31 capítulos divididos em duas partes

intercaladas, a primeira retrata o percurso da vida do cão

pastor-alemão, a segunda apresenta um diário enumerado

denominado “A bungavília”, e o último capítulo – “Primeiro episódio

outra versão possível”

Durante a história, o narrador acompanha os caminhos de um

cão ,um pastor alemão que vagueia pelas ruas da cidade de

Luanda na época pós independência. Sucessivamente ele é

adotado por pessoas diferentes e que na verdade não pertence a

nenhuma delas e todas as narrativas se ligam diretamente ao cão.

Todas as pessoas e possibilidades narrativas ficam ligadas à sua

jornada, que se passa pelos dramas das pessoas aos quais

aparece direta ou indiretamente.


Quanto ao pastor alemão, o fio condutor desta obra, comporta-se

de forma igual a cada novo capítulo, aparece de súbito na vida dos

personagens, para, pouco depois, desaparecer, despertando em

cada personagem um sentimento diferente:

 Num poeta, Tico, com um poema publicado no jornal, filho de

uma quitandeira, para ele o cão era um "parasita", um

"explorador" que só se aproximava das pessoas para obter

comida e desaparecia depois. Temos depois o primeiro oficial

que demostrou à burocracia e à corrupção vivida nesses

tempos e que para ele o cão tinha complexo de culpabilidade.

Um filho de catete, para quem os problemas de Luanda têm

origem na "diversidade da população" e que para ele o cão

tinha guardado sangue dos seus antepassados que atacavam

pretos a comando dos brancos. Temos um o dirigente branco,

técnico, que por medo de ser chamado de "colono" ele calou

perante aos roubos do colega negro, que para um o cão foi um

salvador e para o outro o cão foi a sua ruína e temos até a

estória de dois amantes que para eles o cão foi um salvador.

São muitos os personagens a contar o rota do cão.


Todos esses contos são feitos em formas de depoimento gravado,

num conto, uma carta ou um recorte de jornal, actas de reuniões,

relatórios, ofícios burocráticos e até um diário de uma adolescente

onde ficamos a saber que o cão se chama Lucapa embora nunca

saibamos onde o "autor" arranjou o diário.

Meu relatório:

Cada capítulo é uma familia e diferente do cachorro, não tem nada

que ligue um capítulo a outro além dele. Com essa variedade de

gente por quem o cachorro passou, eu ri, fiquei com raiva, fiquei

confusa, curiosa e por vezes entediada, mas são histórias que

valem a pena serem lidas. No começo a leitura pareceu difícil por

conta dos termos que não são comuns para mim e o jeito diferente

das pessoas falarem na época pós independência, mas deu pra

acostumar rápido e tem um pequeno glossário no final do livro que

ajudou bastante.

A convivência do cão com os personagens mostrou da realidade

da situação política e social que Luanda passava nos anos

seguintes a independência. o estória não é apenas sobre o cão

que andava livre pelas ruas de Luanda marcando a todos que


cruzaram o seu caminho e sim sobre corrupção, poder, relações

interpessoais, racismo vivenciado na época pós independência

onde tudo ainda era instável.

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