Design de Interiores Desenho Tecnico 2 2019
Design de Interiores Desenho Tecnico 2 2019
Design de Interiores Desenho Tecnico 2 2019
Disciplina:
Desenho Técnico 2
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Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Design de Interiores das Escolas
Estaduais de Educação Profissional – EEEP
Material elaborado pela professora Jéssika Ricarte S. Ferreira Albuquerque -
2018
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 5
1.1- PROGRAMA CURRICULAR .......................................................................................................... 5
2. NORMAS TÉCNICAS (ABNT)............................................................................................................... 6
2.1- PLANTA DE SITUAÇÃO ................................................................................................................ 7
2.2- PLANTA DE LOCAÇÃO OU IMPLANTAÇÃO ............................................................................ 7
2.3- PLANTA DE EDIFICAÇÃO ............................................................................................................ 8
2.4- CORTE .............................................................................................................................................. 9
2.5- FACHADA ...................................................................................................................................... 10
2.6- ELEVAÇÕES E VISTA .................................................................................................................. 10
2.7- DETALHES OU AMPLIAÇÕES ................................................................................................... 10
2.8- ESCALA .......................................................................................................................................... 11
2.9- PROGRAMA DE NECESSIDADES .............................................................................................. 11
2.10- MEMORIAL JUSTIFICATIVO.................................................................................................... 12
2.11- DISCRIMINAÇÃO TÉCNICA ..................................................................................................... 12
2.12- ESPECIFICAÇÃO ......................................................................................................................... 12
2.12- LISTA DE MATERIAIS ............................................................................................................... 12
2.12- ORÇAMENTO .............................................................................................................................. 12
2.13- PAPEL E FORMATOS ................................................................................................................. 12
2.14- CARIMBO ..................................................................................................................................... 15
2.15- DOBRAMENTO DE CÓPIAS DE DESENHO ............................................................................ 17
2.16- TÉCNICAS DE DESENHO UTILIZADAS ................................................................................. 17
2.17- TIPOS E LARGURAS DE LINHAS ............................................................................................ 19
2.18- REPRESENTAÇÃO DA ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS ............................. 22
2.19- ESCRITA NO DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO ..................................................... 23
2.20- COTAGEM NO DESENHO TÉCNICO ....................................................................................... 24
3. NBR 6492 – ETAPAS DO PROJETO ARQUITETÔNICO .................................................................. 26
4. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ............................................................................................................ 33
4.1- ALVENARIAS ................................................................................................................................ 33
4.2- PORTAS .......................................................................................................................................... 35
4.3- JANELAS ........................................................................................................................................ 38
4.4- PEÇAS SANITÁRIAS .................................................................................................................... 46
4.5- MOBILIÁRIOS ............................................................................................................................... 47
4.6- ELETRODOMÉSTICOS ................................................................................................................. 51
4.7- PONTOS ELÉTRICOS ................................................................................................................... 68
4.8- LUMINOTÉCNICA ........................................................................................................................ 69
4.9- ESCADAS ....................................................................................................................................... 73
4.10- RAMPAS ....................................................................................................................................... 76
5. PASSO-A-PASSO – PROJETO DE INTERIORES............................................................................... 78
5.1- LEVANTAMENTO TÉCNICO ...................................................................................................... 78
Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Desenho Técnico 2 2
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
1. INTRODUÇÃO
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia, da arquitetura e do
design de interiores.
É caracterizado pela sua normatização e a ferramenta mais importante num projeto, por
ser o meio de comunicação entre quem projeta e quem fabrica. Nele constam todas as
informações referentes ao projeto.
2.4- CORTE
Plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido
longitudinal, seja no transversal.
Nota: O corte, ou cortes, deve ser disposto de forma que o desenho mostre o máximo
possível de detalhes construtivos.
Pode haver deslocamentos do plano secante onde necessário, devendo ser
assinalados, de maneira precisa, o seu início e final. Nos cortes transversais, podem ser
marcados os cortes longitudinais e vice-versa.
2.5- FACHADA
Representação gráfica de planos
externos da edificação.
Os cortes transversais e longitudinais
podem ser marcados nas fachadas.
2.8- ESCALA
Relação dimensional entre a representação de um objeto no desenho e suas
dimensões reais.
A Escala geral deve ser informada na legenda da folha, e caso seja utilizado mais que
uma, elas devem ser colocadas próximo do corte, detalhe ou vista a que se refere.
2.12- ESPECIFICAÇÃO
Tipo de norma destinada a fixar as características, condições ou requisitos exigíveis
para matérias-primas, produtos semi-fabricados, elementos de construção, materiais ou
produtos industriais semi-acabados.
2.12- ORÇAMENTO
Avaliação dos custos dos serviços, materiais, mão-de-obra e taxas relativas à obra.
Devem ser utilizados os formatos de papel da série A, conforme NBR 10068, formato
A0 como máximo e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e arquivamento.
Formatos:
A escolha do formato no
tamanho original e sua
reprodução são feitas nas
séries mostradas.
Legenda:
A legenda deve ter 17,8cm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 17,5cm
nos formatos A1 e A0. No capítulo mais a frente veremos um exemplo.
Margem e quadro:
Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o
espaço para o desenho.
As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as
dimensões constantes da Tabela ao final desta norma.
Marcas de centro
As folhas de desenho podem ter impressa uma escala métrica de referência sem
os números, com comprimento de 100 mm no mínimo e em intervalos de 10 mm
(Imagem abaixo).
Os retângulos das malhas devem ser designados por letras maiúsculas ao longo
de uma margem e os numerais ao longo de outra margem.
Marcas de corte:
2.14- CARIMBO
O carimbo inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo
destinado à legenda de titulação e numeração dos desenhos.
a) planta-chave;
b) escalas gráficas;
c) descrição da revisão;
d) convenções gráficas;
e) notas gerais;
f) desenhos de referência.
Indicação do Norte, regime de ventos, etc. podem também constar próximo do carimbo.
As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda (NBR 10582).
croquis; e
estudo preliminar.
Nota: Em ambos os casos indicados, podem ser usados tanto lápis como tinta, com as
seguintes recomendações, de acordo com o tipo de papel:
a) lápis ou mina de grafite, papéis: manteiga, vegetal, albanene, canson, schoeller,
sulfite grosso;
b) mina plástica, papéis:cronaflex, poliéster;
c) hidrográfica, papel: manteiga;
d) nanquim, papéis: manteiga, vegetal, poliéster, cronaflex e schoeller.
A NBR 8403 fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos
técnicos e documentos semelhantes.
Para diferentes vistas de uma peça, na mesma escala, as larguras das linhas
devem ser conservadas.
Não deve ser duas vezes menor do que a espessura da linha mais larga.
As canetas Microline 04mm são uma excelente opção para substituir as canetas
Nanquins coloridas, pois além do preço mais acessível sua tinta não é corrosiva. Além de
possuir estojos com uma grande variedade de cor.
As canetas devem ser identificadas com cores, de acordo com as larguras das linhas.
0,70 Azul
1,00 Laranja
1,40 Verde
2,00 Cinza
Tipos de Linhas:
As folhas de desenho podem ter impressa uma escala métrica de referência sem os
números, veja a imagem abaixo retirada da Norma técnica cedida pela ABNT.
Ordem de prioridade:
Veja o exemplo ao lado. Além disso, indicam o tipo de material que será empregado, ou
foi empregado no objeto a ser representado no desenho técnico. Para isso a ABNT, sugere a
representações de alguns materiais, veja a imagem a baixo:
As hachuras, em uma mesma peça, são feitas sempre numa mesma direção.
As hachuras podem ser omitidas em seções de peças de espessuras finas. Neste caso,
a seção deve ser enegrecida.
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e
documentos semelhantes: Legível, Uniforme e conseguir ser reproduzida nas cópias.
2
5
2
3
2
3
A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente
o elemento.
Elementos da Cotagem
Estudo preliminar
Anteprojeto
Projeto Executivo
b) indicação do norte;
c) eixos do projeto;
d) sistema estrutural;
k) escalas;
b) eixos do projeto;
c) sistema estrutural;
h) escalas;
j) marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa, podendo ainda
ser indicadas as alturas das seções horizontais (planta da edificação).
Linhas de representação
GRADUAÇÃO
REPRESENTA TIPO DE LINHA
N°
Linha de contorno Linhas Continuas 0.9
Linhas internas Linhas Continuas 0.7
Linha além do
Linhas Tracejadas 0.5
plano de desenho
Linhas de
Linhas Traço e dois pontos 0.5
Projeção
Linhas de Eixo ou
Linhas Traço e dois pontos 0.5
coordenadas
Linhas de Cota Linhas Continuas 0.5
Linhas Auxiliares Linhas Continuas 0.3
Linhas de
indicação e Linha Continuas 0.5
chamadas
Linhas de
interrupção do Linhas Continuas 0.5
desenho
*Para ver o exemplo dos tipos de linhas, dirija-se para a página: 19, desta apostila.
Norte
Onde: N - Norte verdadeiro ; NM - Norte magnético - pode ser utilizado somente na fase
de estudos preliminares; NP - Indicação da posição relativa entre os vários desenhos
constituintes do projeto. Esta indicação é opcional e deve ser acompanhada da indicação do
norte verdadeiro.
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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Indicação de Acesso
Cotas de nível
As cotas de nível são sempre em metro. O número deve ser seguido, por uma das siglas
abaixo:
Marcação de coordenadas
Indicação de Cortes
Indicação de Detalhes
Em cada folha, os desenhos, sem exceção, devem ser numerados a partir do nº 1 até
“n”.
Utilizar para portas P1, P2, P3 e Pn e para janelas J1, J2, J3 e Jn.
Quadro de Acabamentos
Os acabamentos devem ser indicados num quadro geral conforme o modelo indicado a
seguir:
4. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
4.1- ALVENARIAS
Representadas por duas linhas continuas em paralelo, a uma distância que varia de 10,
15 e 20 centímetros. As linhas externas devem ser feitas com lapiseira 0.9, pois elas devem ser
mais expressivas (grossas) que qualquer outro elemento na planta baixa. Pode ser
representada das seguintes formas:
Espaçamento de
2,5centimentros, referente
ao acabamento da parede.
4.2- PORTAS
Veremos agora, outros tipos de portas e suas representações, tanto em planta baixa
quanto em vista. Os tamanhos são variados, de acordo com a função do ambiente ou do
projeto de arquitetura ou de interiores.
Existem outros modelos de portas cada uma pode ser representada de uma maneira
especifica, mas no caso de não ser de seu interesse, utilize a representação geral.
4.3- JANELAS
Torneira
Bacia Sanitária
Chuveiros
4.5- MOBILIÁRIOS
Cadeiras
Poltronas
Sofá
Mesa
4 cadeiras 6 cadeiras
6 e 8 cadeiras
Cama
Guarda-roupa
Balcão em pedras
Churrasqueira
Combogos
4.6- ELETRODOMÉSTICOS
4.8- LUMINOTÉCNICA
4.9- ESCADAS
Um degrau ideal tem “e” (espelho) igual à 17cm, e “p” (piso) igual à 28cm. Sendo que,
a medida mínima para esses espaços é E (espelho) igual à 18cm, e P(piso) igual à 25cm.
Também deve se colocar uma linha no eixo central da escada que indicará o sentido de
subida (S) ou descida (D).
4.10- RAMPAS
C = 300 / 10%
C = 30m.
C = (3,00m x 100 ) / 8%
C = 300 / 8%
C = 37,50m.
Como na escada, deve-se indicar o sentido de subida (S) ou descida (D), colocando
uma linha no eixo central da rampa (veja a imagem ao lado).
Fonte: https://blogdaengenhariacotidiana.blogspot.com/2013/12/levantamento-arquitetonico.html
EIXO EIXO
CENTRAL CENTRAL
EIXO
CENTRAL
Pronto, agora com a alvenaria definida, podemos marcar os espaços das esquadrias
(portas e janelas) que ficam locadas na alvenaria já desenhado da edificação ou do ambiente.
Desenhe as portas abertas colocando a projeção de abertura das mesmas e caso ainda
não tenha posto, coloque a representação gráfica das janelas altas (linha tracejada no meio) e
baixas (linha continua no meio)
Após fazer isso, escureça as linhas da alvenaria que foi cortada à 1,50m do piso, com a
lapiseira 0.9, passe a lapiseira 0.7 nas esquadrias (portas e janelas) e com a lapiseira 0.5 faça
as informações do ambiente e as cotas. Não esqueça de colocar a indicação do desenho do
lado direito do desenho.
Caso esteja fazendo a planta baixa para as próximas plantas do projeto, não coloque as
informações do ambiente e nem as cotas.
Após ter certeza das medidas dos móveis, você deve detalhar os móveis de acordo com
as representações gráficas conhecidas.
¹Humanizar significa representar objetos decorativos supérfluos em relação ao projeto, como jarro de
flores, computador, televisão, representação de pessoas, serve para encantar o cliente, já que também podemos
nos valer da representação das cores e texturas.
Caso seja um piso liquido (piso epóxi, cimento queimado, etc) basta representar a
textura desse e cotar os espaços internos e colocar a área total do ambiente onde piso será
executado.
Depois passamos as linhas finas (lapiseira 0.3) utilizando esquadro para as verticais e
régua paralela para as horizontais.
Em seguida, marcamos com um simples traço o local onde será desenhado os pontos
elétricos para que não esqueçamos de nenhum.
Marcamos com um simples traço (parede) ou ponto (teto) o local onde será desenhado a
representação gráfica da luminária para que não esqueçamos de nenhum.
Então existe algumas maneiras de se fazer a vista / corte, uma é desenhar a parte da
planta baixa que foi selecionada para ser apresentada.
Após a marcação da localização dos detalhes do forro, cotas e legenda, você deve
colocar as especificações referentes a esses detalhes, no caso de haver no seu projeto de
forro.
Representadas por duas linhas continuas em paralelo, a uma distância que varia de 10,
15 e 20 centímetros. As linhas externas devem ser feitas com lapiseira 0.9, pois elas devem ser
mais expressivas (grossas) que qualquer
6. BIBLIOGRAFIA
[1] MONTENEGRO, Gildo A., Desenho Arquitetônico, 4ª. Edição, São Paulo: Edgard
Blucher, 2006.
[2] Denise Schuler e Hitomi Mukai, Desenho Técnico I, Faculdade FAG, Curso de
Arquitetura e Urbanismo.
[3] French, Thomas E. e Vierck, Charles J., Desenho Técnico e Tecnologia Gráfica, Ed.
Globo, 1995.
[4] BRABO, Regina. Leitura e interpretação de projeto arquitetônico, Pará: 2009.
[5] Desenho Técnico, NBR 10647. ABNT, 1989.
[6] Folha de desenho - Leiaute e dimensões, NBR 10068. ABNT, 1987.
[7] Desenho técnico - Dobramento de cópia, NBR 13142. ABNT, 1999.
[8] Aplicação de linhas em desenho – Tipos de linhas e larguras de linhas, NBR 8403.
ABNT, 1989.
[9] Princípios gerais de representação em desenho técnico, NBR 10067. ABNT, 1989.
[10] Representação de área de corte por meio de hachuras no desenho técnico, NBR
12298. ABNT, 1989.
[11] Representação de projetos de arquitetura, NBR 6492, ABNT, 1992.
[12] Desenho técnico – Emprego de escalas, NBR 8196, ABNT, 1999.
[13] Cotagem em desenho técnico, NBR 10126, ABNT, 1986.
[14] Execução de caractere para escrita em desenho técnico, NBR 8402, ABNT, 1993.
[15] NETO, Claudia Campos. Desenho Arquitetônico e Design de interiores, 1° Edição,
São Paulo: Érica, 2014.
[16] Algumas imagens contidas nesta apostila foram retiradas do google imagens.
[17] A maior parte das imagens foram criadas por alunos e professores do curso Técnico
em Design de Interiores da EEEP Antônio Mota Filho.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!