23.11 Pré Projeto Hanseníase PRONTO

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA

CURSO DE ENFERMAGEM

ANA PAULA DALMACIO CHAGAS


CARLA CAROLINE MOTTA CASTILHO
RAISSA MAYARA SILVA CASTRO

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 0 A 15


ANOS PORTADORAS DE HANSENÍASE: uma revisão integrativa da literatura

Ananindeua
2020
ANA PAULA DALMACIO CHAGAS
CARLA CAROLINE MOTTA CASTILHO
RAISSA MAYARA SILVA CASTRO

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 0 A 15


ANOS PORTADORAS DE HANSENÍASE: uma revisão integrativa da literatura

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de


Enfermagem da Universidade da Amazônia,
como requisito parcial para exame de
qualificação para aprovação na disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso I (TCC I).

Orientadora: Profª Me. Yasmin Martins de


Sousa

Ananindeua
2020
ANA PAULA DALMACIO CHAGAS
CARLA CAROLINE MOTTA CASTILHO
RAISSA MAYARA SILVA CASTRO

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 0 A 15


ANOS PORTADORAS DE HANSENÍASE: uma revisão integrativa da literatura

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de


Enfermagem da Universidade da Amazônia,
como requisito parcial para exame de
qualificação para aprovação na disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso I (TCC I).

Orientadora: Profª Me. Yasmin Martins de


Sousa

Data de aprovação __/__/__

Banca Examinadora:

_______________________________________- Orientadora - Unama


Profª Me. Yasmin Martins de Sousa

_______________________________________ - Examinador Interno - Unama


Profª Karina Faine da Silva Freitas

_______________________________________- Examinador Externo


Profª Fernanda de Nazaré Almeida Costa
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 JUSTIFICATIVA 6
3 PROBLEMÁTICA 7
4 OBJETIVOS 9
4.1 Gerais 9
4.2 Específicos 9
5 REFERENCIAL TEÓRICO 10
5.1 Aspectos Gerais Da Hanseníase 10
5.2 Diagnóstico 12
5.3 Tratamento 14
5.4 O papel da enfermagem mediante crianças e adolescentes
menores de 15 anos portadoras de Hanseníase 15
6 MÉTODO 18
6.1 Delineamento do estudo 18
6.2 Procedimentos metodológicos 18
6.2.1 Etapa 1 - Elaboração da pergunta norteadora 18
6.2.2 Etapa 2 - Busca na literatura 19
6.2.3 Etapa 3 - Coleta de dados 19
6.2.4 Etapa 4 - Definição de informações a serem extraídas dos artigos
selecionados 20
6.2.5 Etapa 5 - Análise e interpretação do resultado 20
6.2.6 Etapa 6 - Aspectos éticos 20
REFERÊNCIAS 21
APÊNDICE A - CRONOGRAMA 23
APÊNDICE B - ORÇAMENTO 24
ANEXO - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS (Validado
por Ursi, 2005) 25
4

1. INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infecto contagiosa crônica cuja existência se tem


notícia desde a antiguidade. Por onde essa doença se disseminou, provocou e ainda
provoca medo na população e deixou em todos os continentes um rastro de imagens
de mutilação, rejeição e exclusão social na história da humanidade (NEVES et al.,
2017).
É considerada um problema de saúde pública e desde 1985 o país tem
estruturando ações que são voltadas para a resolução desta problemática, entretanto
isso não tem sido o suficiente, pois cada vez mais há aumento de novos casos de
hanseníase, principalmente nos estados do Norte do Brasil. Além disso, está tendo
um aumento de casos em menores de 15 anos de idade, sendo este um fator muito
alarmante, pois a doença não afeta somente a parte física do indivíduo, mas
principalmente o psicológico (BRASIL, 2018).
O Brasil ocupa o segundo lugar em número absoluto de casos de hanseníase
atrás apenas da Índia. (NEVES et al., 2017). No Estado do Pará, nos últimos anos,
foram diagnosticados mais de 80.000 casos e hoje há um coeficiente de detecção
anual de 50\100.000 habitantes, que acaba sendo três vezes superior à média
nacional. (BRASIL, 2017; DATASUS).
A questão da hanseníase ainda em tempos contemporâneos caracteriza-se
pela dificuldade de enfrentamento da doença, tanto do portador quanto da família e a
população em geral, vide que o diagnóstico da doença em muitos casos é feito
tardiamente, pois, o paciente além de buscar o tratamento quando os sintomas já são
eminentes, e ainda, percorre diversos médicos até ter o diagnóstico fechado.
(CARRIJO; SILVA, 2014)
Desde os primórdios, em que se relatam casos de hanseníase, quando ainda
era conhecida como lepra, existe preconceito e discriminação para com aqueles que
a desenvolvem, mesmo hoje, a falta de informação generalizada ainda gera este tipo
de comportamento. Era necessária internação imediata (leprosários), e isolamento,
vide que não se tinha tratamento específico e sua contagiosidade era grande
(ANTUNES; CARDOSO, 2015).
As consequências dos comportamentos excludentes geravam imensos
estigmas na sociedade, tendo evitado o simples contato com o doente, vide que este
apresentando sintomas como lesões ulcerantes na pele ou mínimas marcas de
5

coloração diferenciada já eram vistas como “perigosas” para a sociedade em geral.


As deformidades consequentes da doença principalmente as extremidades causavam
horror ao portador da doença de Hansen, afastando até mesmo familiares. (BORGES
et al, 2015).
Ao se tratar de hanseníase em menores de 15 anos, é mais evidente acometer
entre a idade de 10 e 15 anos, sendo rara acometer em menores de 3 anos, quanto
maior a idade fica mais prevalente. Quando há notificação de casos de hanseníase
em nessa determinada faixa etária em uma localidade, significa que tem presença de
multibacilares com a doença recente e focos de transmissão ativos, sendo importante
a identificação para evitar mais contagio. (BARRETO, 2013).
A enfermagem é parte essencial na promoção de ações de prevenção e
controle da hanseníase, com a expansão do SUS, seu papel tem sido cada vez mais
importante. Dentre as ações o enfermeiro busca os casos dentro da sua área de
atuação, a fim de tratar o mais rápido possível para prevenir possíveis incapacidades,
fazer com que a adesão do tratamento seja eficaz e mantida do começo ao fim, além
do controle de vigilância epidemiológica. (BRASIL, 2011)
A sistematização dos cuidados é parte importante para que o enfermeiro possa
acompanhar os casos até a cura. A humanização para com os pacientes com ações
de apoio, orientação sobre tratamento, diminuição de quadros de ansiedade, estimular
o autocuidado e alertar sobre efeitos adversos é parte integrante do trabalho da
enfermagem (BORGES et al, 2015).
6

2 JUSTIFICATIVA

O Brasil apresenta uma distribuição espacial não homogênea da doença, que é


influenciada por variáveis socioeconômicas, demográficas e de políticas públicas, nas
quais se destacam as condições de vida desfavoráveis das populações humanas e as
dificuldades de acesso aos serviços de saúde, fatores esses que estão
frequentemente presentes na Região Amazônica, sendo o Pará o quarto Estado
brasileiro com maior prevalência da doença (SCHNEIDER E FREITAS, 2018).
De acordo com dados do SINAN (2017), as Regiões Norte e Centro-Oeste
apresentaram os maiores coeficientes de detecção geral de casos novos de
hanseníase, com mais de 30 casos novos/100.000 habitantes. Mais de 80.000 casos
de hanseníase foram diagnosticados no período de 1995 a 2015 no Pará, e a doença
permanecia como um grave problema de saúde pública no Estado.
As Regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram os maiores coeficientes de
detecção geral de casos novos de hanseníase, com mais de 30 casos novos/100.000
habitantes. Mais de 80.000 casos de hanseníase foram diagnosticados no período de
1995 a 2015 no Pará, e a doença permanecia como um grave problema de saúde
pública no Estado (BRASIL, 2017).
A detecção de hanseníase em menores de 15 anos indica uma transmissão
ativa e recente da infecção na comunidade. Por isso, desde 2011, o Ministério da
Saúde, em consonância com os objetivos da OMS, atua por meio do Plano Integrado
de Ações Estratégicas para Eliminação da Hanseníase.
No estado do Pará em 675 casos registrados, a maior incidência foi entre
crianças menores de 14 anos, com em média 65% dos casos, tendo como sua
principal forma, a paucibacilares, devido ao crescimento estabelecido de notificações
da hanseníase em menores de 15 anos, revela inúmera hiperendemicidade nos
municípios de Castanhal, Santa Bárbara do Pará, Benevides e Santa Izabel do Pará
com a Estratégia Saúde da Família cobrindo todas as áreas populacionais, entretanto,
já nos municípios de Ananindeua e Marituba, tendo cobertura intermediaria e em
Belém, sua cobertura era iniciante. (SCHNEIDER; FREITAS, 2018).
Como essa doença é infecto-contagiosa, quando não se tem o devido tratamento
o risco de afetar outras pessoas se torna mais grave, sendo considerado relevante o
estudo do referido trabalho, pesquisando qual o papel do enfermeiro referente aos
cuidados que devem ter com portadores de hanseníase em menores de 15 anos.
7

3 PROBLEMÁTICA

No ano de 2002, a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) classificou


a hanseníase, por conta de seu contagio estar ligado diretamente sobre a situação
econômica desfavorável e suas pesquisas são poucas por conta de falta de verba,
como sendo uma das Doenças Negligenciadas.
A doença afeta mais de 300 mil pessoas no mundo, no Brasil, nas regiões Norte
e Nordeste a sua ocorrência em menores de 15 anos é uma realidade. Deve-se dar a
devida importância nas chamadas buscas ativas, que auxiliam na detecção e
notificação de novos casos. Isso ocorre, devido a tendo uma taxa de infecciosidade
alta, apenas 5% das pessoas afetadas pelas bactérias adoecem de fato, favorecendo
um diagnóstico tardio que pode levar ao agravamento do estado de saúde do paciente.
(USP, 2020)
Se trata de uma doença que ainda possui a um grande tabu, desde o seu início
até os dias atuais, tendo por muitos como crenças de natureza simbólica e
estigmatizam, sendo vista por muitos como sendo uma doença mutilante a partir
desse tabu, ainda se tem uma grande rejeição e a discriminação do doente e sendo o
mesmo excluído da sociedade (MELO, 2017).
No Estado do Pará, diversos são os agravos relacionados a saúde pública. Um
desses agravos é a patologia e sua incidência em menores de 15 anos. Esta pesquisa
tem o intuito de reforçar o enfrentamento à doença através desta relevantes
informações buscadas na literatura sobre educação em saúde, onde a doença
apresenta nos últimos anos uma involução quando se trata esta patologia, este
trabalho visa também conscientizar e viabilizar medidas que diminuam os focos ativos
na cidade (BRASIL, 2017).
Pessoas menores de 15 anos estão passando por um processo de
crescimento, desenvolvimento e transição, é nessa faixa etária que o indivíduo
começa a ter mais interação social e possui a redefinição do autoconceito, portanto
se acometidos com a hanseníase que é característica pelas lesões na pele, podendo
ocorrer deformidades e até incapacidades físicas. É comum que afete não apenas a
sua aparência, mas também a sua autoestima (FIGUEIREDO et al., 2018)
Ainda de acordo com Figueiredo et al., (2018), pode interferir na formação da
identidade desse jovem, já que é nessa idade que é formada e assim podendo afetar
sua relação com a sociedade. Sendo capaz também de atrapalhar sua relação com
8

os estudos, podendo levar o indivíduo até a desistência das aulas por conta de
tratamento, discriminação e preconceito, sendo importante um cuidado maior da
enfermagem com portadoras de hanseníase nessa faixa etária.
A carência de divulgação de informações sobre a hanseníase o qual cabe aos
profissionais de saúde, ocasiona um grande déficit de conhecimento perante a
população sobre o seu contágio, manifestações clínicas e sua evolução, ajudando a
insistência sobre a falta do conhecimento e assim o aumento de preconceito que
poderia ser diminuído (ANTUNES; CARDOSO, 2015).
A experiência de quem vive a hanseníase é marcada por mudanças no fluxo
cotidiano das atividades rotineiras como as: domésticas, culturais, economicamente
produtivas e de lazer, pois se nota que as manifestações clínicas da doença, os efeitos
da medicação e o preconceito sofrido foram as maiores dificuldades enfrentadas, e
estas afetam tais atividades (MELO, 2017)
Um caso especial é a atenção que deve ser oferecida a criança e adolescente,
pois estes necessitam de uma assistência holística, e principalmente voltada para as
suas necessidades, o que em muitos casos não ocorre por intermédio da
enfermagem, que não apresenta preparo para lidar com determinadas situações
psicossociais. Portanto, se faz imprescindível uma prática assistência integral efetiva
a criança e adolescente, com ênfase na promoção da saúde, no sentido de evitar que
essa doença provoque mudanças significativas em sua vida, dificultando na
construção de sonhos e realizações. (FIGUEIREDO et al., 2018; MELO, 2017)
Partindo disto, surgiu o seguinte questionamento: Quais são os cuidados que a
equipe de enfermagem deve prestar as crianças portadoras de hanseníase?
9

4 OBJETIVOS

4.1 Geral

Realizar uma revisão integrativa sobre os cuidados de enfermagem a


portadores de hanseníase menores de 15 anos de idade.

4.2 Específicos

Analisar o papel da assistência de enfermagem mediante a crianças e


adolescentes de 0 a 15 anos portadores de Hanseníase.

Descrever por meio da revisão de literatura as principais medidas preventivas.

Constatar na literatura no período de 2014 a 2019 os tipos de pesquisa por


abordagem metodológica e principais resultados obtidos acerca da temática
desenvolvida.
10

5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 Aspectos gerais da Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, sua evolução é lenta e seu


agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo intracelular obrigatório que tem
favoritismo pela célula de Schwann nos nervos periféricos e macrófagos nos tecidos
cutâneos. O bacilo de Hansen tem alta infectividade e baixa patogenicidade, isto é,
infecta muitas pessoas, no entanto só poucas adoecem (ANTUNES; CARDOSO,
2015).
A manifestação dessa doença ocorre principalmente através de sinais e
sintomas dermatoneurológicos, principalmente nos olhos, mãos e pés. O período de
incubação varia de 2 a 7 anos e o aparecimento da doença na pessoa infectada,
ocorre de acordo com a imunidade do indivíduo. Essa doença acomete pessoas de
todas as idades, quando há incidência em menores de 15 anos, significa um indicador
de transmissão recente e de que há focos ativos não diagnosticados na comunidade
(BRASIL, 2017)
O modo de infecção pelo M. leprae é desconhecido, uma vez que o homem é
visto como principal reservatório do bacilo, a principal porta de entrada e saída desse
microrganismo se dá através das vias aéreas superiores e a transmissão ocorre de
forma direta, de pessoa para pessoa. O ambiente domiciliar e os contatos sociais
(igreja, escola, trabalho, etc) são apontados como meio facilitador do processo de
transmissão (ARAÚJO et al., 2015).
Quando se fala em hanseníase indeterminada (paucibacilar) diz-se que todos
os pacientes passam por essa fase no início da doença. Entretanto, ela pode ser ou
não perceptível. Geralmente afeta crianças abaixo de 10 anos, ou mais raramente
adolescentes e adultos que foram contatos de pacientes com hanseníase. A fonte de
infecção, normalmente um paciente com hanseníase multibacilar não diagnosticado,
ainda convive com o doente, devido ao pouco tempo de doença. A lesão de pele
geralmente é única, mais clara do que a pele ao redor (mancha), não é elevada (sem
alteração de relevo), apresenta bordas mal delimitadas, e é seca. Há perda da
sensibilidade (hipoestesia ou anestesia) térmica e/ou dolorosa, mas a tátil (habilidade
de sentir o toque) geralmente é preservada. (CUNHA et al., 2016)
A prova da histamina é incompleta na lesão, a biópsia de pele frequentemente
não confirma o diagnóstico e a baciloscopia é negativa. Portanto, os exames
11

laboratoriais negativos não afastam o diagnóstico clínico. Atenção deve ser dada aos
casos com manchas hipocrômicas grandes e dispersas, ocorrendo em mais de um
membro, ou seja, lesões muito distantes, pois pode se tratar de um caso de
hanseníase dimorfa macular (forma multibacilar); nesses casos, é comum o paciente
queixar-se de formigamentos nos pés e mãos, e/ou câimbras, e na palpação dos
nervos frequentemente se observa espessamentos. (BRASIL, 2010)
A Hanseníase tuberculoide (paucibacilar) é a forma da doença em que o
sistema imune da pessoa consegue destruir os bacilos espontaneamente. Assim
como na hanseníase indeterminada, a doença também pode acometer crianças (o
que não descarta a possibilidade de se encontrar adultos doentes), tem um tempo de
incubação de cerca de cinco anos, e pode se manifestar até em crianças de colo, onde
a lesão de pele é um nódulo totalmente anestésico na face ou tronco (hanseníase
nodular da infância). (BRASIL, 2010)
Na Hanseníase dimorfa (multibacilar) caracteriza-se, geralmente, por mostrar
várias manchas de pele avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal
delimitadas na periferia, ou por múltiplas lesões bem delimitadas semelhantes à lesão
tuberculóide, porém a borda externa é esmaecida (pouco definida). Há perda parcial
a total da sensibilidade, com diminuição de funções autonômicas (sudorese e
vasorreflexia à histamina). É comum haver comprometimento assimétrico de nervos
periféricos, as vezes visíveis ao exame clínico, cujos respectivos locais e técnicas de
palpação, funções e consequências do dano. É a forma mais comum de apresentação
da doença (mais de 70% dos casos). Ocorre, normalmente, após um longo período
de incubação (cerca de 10 anos ou mais), devido à lenta multiplicação do bacilo (que
ocorre a cada 14 dias, em média). (BARBIERI; MARQUES, 2009)
A Hanseníase Virchowiana (multibacilar) é a forma contagiosa da doença. São
comuns as queixas de câimbras e formigamentos nas mãos e pés, que entretanto
apresentam-se aparentemente normais. “Dor nas juntas” (articulações) também são
comuns e, frequentemente, o paciente tem o diagnóstico clínico e laboratorial
equivocado de “reumatismo” (artralgias ou artrites), “problemas de circulação ou de
coluna”. Os exames reumatológicos frequentemente resultam positivos, como FAN,
FR, assim como exame para sífilis (VDRL). É importante ter atenção aos casos de
pacientes jovens com hanseníase virchowiana que manifestam dor testicular devido a
orquites. Em idosos do sexo masculino, é comum haver comprometimento dos
12

testículos, levando à azospermia (infertilidade), ginecomastia (crescimento das


mamas) e impotência. (ARAÚJO et al., 2015)

5.2 Diagnóstico

O diagnóstico clínico é realizado através do exame físico onde procede-se uma


avaliação dermatoneurológica, buscando-se identificar sinais clínicos da doença.
Antes, porém, de dar-se início ao exame físico, deve-se fazer a anamnese colhendo
informações sobre a sua história clínica, ou seja, presença de sinais e sintomas
dermatoneurológicos característicos da doença e sua história epidemiológica, ou seja,
sobre a sua fonte de infecção. (CUNHA et al., 2016).
O roteiro de diagnóstico clínico constitui-se de avaliação dermatológica,
identificação de lesões de pele com alteração de sensibilidade; avaliação neurológica,
identificação de neurites, incapacidades e deformidades; diagnóstico dos estados
reacionais; diagnóstico diferencial e classificação do grau de incapacidade física.
(SCHNEIDER; FREITAS, 2018).
A anamnese deve ser realizada conversando com o paciente sobre os sinais e
sintomas da doença e possíveis vínculos epidemiológicos. A pessoa deve ser ouvida
com muita atenção e as dúvidas devem ser prontamente esclarecidas, procurando-se
reforçar a relação de confiança existente entre o indivíduo e os profissionais de saúde.
(CUNHA et al., 2016)
Ainda de acordo com Cunha et al (2016), devem ser registradas
cuidadosamente no prontuário todas as informações obtidas, pois elas serão úteis
para a conclusão do diagnóstico da doença, para o tratamento e para o
acompanhamento do paciente.
É importante que seja detalhada a ocupação da pessoa e suas atividades
diárias. Além das questões rotineiras da anamnese, é fundamental que sejam
identificadas as seguintes questões: alguma alteração na sua pele - manchas, placas,
infiltrações, tubérculos, nódulos, e há quanto tempo eles apareceram; possíveis
alterações de sensibilidade em alguma área do seu corpo; presença de dores nos
nervos, ou fraqueza nas mãos e nos pés e se usou algum medicamento para tais
problemas e qual o resultado. (ARAÚJO et al., 2015)
De acordo com Silvestre & Lima (2016) a avaliação dermatológica visa
identificar as lesões de pele próprias da hanseníase, pesquisando a sensibilidade nas
mesmas. A alteração de sensibilidade nas lesões de pele é uma característica típica
13

da hanseníase. Deve ser feita uma inspeção de toda a superfície corporal, no sentido
craniocaudal, seguimento por seguimento, procurando identificar as áreas acometidas
por lesões de pele.
As áreas onde as lesões ocorrem com maior frequência são: face, orelhas,
nádegas, braços, pernas e costas, mas elas podem ocorrer, também, na mucosa
nasal. Devem ser realizadas as seguintes pesquisas de sensibilidade nas lesões de
pele: térmica, dolorosa, e tátil, que se complementam. (SILVESTRE; LIMA, 2016)
De acordo com Neves et al (2017), no aspecto de avaliação neurológica a
Hanseníase, sendo uma doença infeciosa, sistêmica, com repercussão importante
nos nervos periféricos. O processo inflamatório desses nervos (neurite) é um aspecto
importante da hanseníase. Clinicamente, a neurite pode ser silenciosa, sem sinais ou
sintomas, ou pode ser evidente, aguda, acompanhada de dor intensa,
hipersensibilidade, edema, perda de sensibilidade e paralisia dos músculos
Assim sendo, a avaliação neurológica deve ser realizada no momento do
diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento, na ocorrência de neurites e
reações ou quando houver suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT
e sempre que houver queixas. (NEVES et al., 2017)
A partir de conceitos de ARAÚJO et al.(2015), no teste dermatoneurológico,
como a primeira sensibilidade perdida na hanseníase é a das fibras mais finas
(sensibilidade ao calor e dor), você vai precisar de dois tubos de ensaio de vidro de
5ml, com a tampa de borracha (utilizado nos laboratórios para coleta de sangue), uma
garrafa térmica para água quente (não pode ser apenas morna) e um copo com água
e gelo, além de uma agulha de insulina estéril.
A agulha deve ser trocada para cada paciente, embora não seja necessário
furar a pele. Para fechar o tubo com água quente, retire a pressão introduzindo uma
outra agulha na tampa de borracha. Com o paciente de olhos abertos, explique o que
vai ser feito até que ele compreenda bem o exame e tenha certeza da sensibilidade a
ser testada. Depois, o exame deverá ser feito sempre com o paciente de olhos
fechados, ou com um anteparo para que ele não possa ver o local testado (ARAÚJO
et al., 2015).
Um exame neurológico simplificado, inclui procedimentos mínimos para a
avaliação de face, membros superiores e membros inferiores. Por meio da
padronização da rotina de avaliação, objetiva-se um melhor acompanhamento do
14

paciente, facilitando também o desenvolvimento de estudos e pesquisas.


(SILVESTRE; LIMA, 2016).
Ainda de acordo com Silvestre & Lima (2016) a avaliação neurológica inclui
história, ocupação e atividades diárias, queixas do paciente, inspeção, palpação dos
nervos, testes de força muscular e teste de sensibilidade. É realizada no início do
tratamento, mensalmente, quando possível ou, no mínimo, de 6 em 6 meses, na alta,
com maior frequência durante neurites e reações, ou quando houver suspeita destas;
durante ou após tratamento e quando houver queixas do paciente.

5.3 Tratamento

A detecção de hanseníase em menores de 15 anos indica uma transmissão


ativa e recente da infecção na comunidade. Por isso, desde 2011, o Ministério da
Saúde, em consonância com os objetivos da OMS, atua por meio do Plano Integrado
de Ações Estratégicas para Eliminação da Hanseníase. Esse tem o compromisso
político de enfrentamento dessa doença negligenciada em prol da sua eliminação
como problema de saúde pública, por meio do diagnóstico precoce e tratamento
oportuno. O tratamento imediato à detecção e a eficácia da PQT (poliquimioterapia)
reduzem o número de pessoas infectadas. Em contrapartida, a busca ativa de
contatos visa a identificar a fonte de contágio, detectar casos novos e implementar
medidas preventivas, como a profilaxia pós-exposição (PPE). Ambas as estratégias
têm a finalidade de contribuir para a redução da cadeia de transmissão da doença.
(SCHNEIDER; FREITAS, 2018)
O tratamento integral de um caso de hanseníase compreende o tratamento
quimioterápico específico PQT, seu acompanhamento, com vistas a identificar e tratar
as possíveis intercorrências e complicações da doença e a prevenção e o tratamento
das incapacidades físicas. Há necessidade de um esforço organizado de toda a rede
básica de saúde no sentido de fornecer tratamento quimioterápico a todas as pessoas
diagnosticadas com hanseníase. O indivíduo, após ter o diagnóstico, deve,
periodicamente, ser visto pela equipe de saúde para avaliação e para receber a
medicação. Na tomada mensal de medicamentos é feita uma avaliação do paciente
para acompanhar a evolução de suas lesões de pele, do seu comprometimento
neural, verificando se há presença de neurites ou de estados reacionais. Quando
necessárias, são orientadas técnicas de prevenção de incapacidades e deformidades.
São dadas orientações sobre os autocuidados que ela deverá realizar diariamente
15

para evitar as complicações da doença, sendo verificada sua correta realização.


(BRASIL, 2016)
Para crianças com hanseníase, a dose dos medicamentos do esquema-padrão
é ajustada, de acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com intolerância a um
dos medicamentos do esquema-padrão, são indicados esquemas alternativos.
Considera-se uma pessoa de alta, por cura, aquela que completa o esquema
de tratamento PQT, nos seguintes prazos: Esquema Paucibacilar (PB) - 6 doses
mensais supervisionadas de rifampicina, em até 9 meses; mais a sulfona auto
administrada. Esquema Multibacilar (MB) - 12 doses mensais supervisionadas de
rifampicina, em até 18 meses, mais a sulfona auto administrada e a clofazimina auto
administrada e supervisionada. (BARBIERI; MARQUES, 2009)
As atividades de prevenção e tratamento de incapacidades físicas não devem
ser dissociadas do tratamento PQT. Serão desenvolvidas durante o acompanhamento
de cada caso e devem ser integradas na rotina dos serviços da unidade de saúde, de
acordo com o seu grau de complexidade. A adoção de atividades de prevenção e
tratamento de incapacidades será baseada nas informações obtidas através da
avaliação neurológica, no diagnóstico da hanseníase. Estas informações referem-se
ao comprometimento neural ou às incapacidades físicas identificadas, as quais
merecem especial atenção, tendo em vista suas consequências na vida econômica e
social de pacientes com hanseníase, ou mesmo suas eventuais sequelas naqueles já
curados. (BRASIL, 2016)
Durante o tratamento PQT, e em alguns casos após a alta, o profissional de
saúde deve ter uma atitude de vigilância em relação ao potencial incapacitante da
doença, visando diagnosticar precocemente e tratar adequadamente as neurites e
reações, a fim de prevenir incapacidades e evitar que as mesmas evoluam para
deformidades. A presença de incapacidades, causadas pela hanseníase em um
paciente curado, é um indicador de que o diagnóstico foi tardio ou de que o tratamento
foi inadequado.

5.4 O papel da enfermagem mediante crianças e adolescentes menores de 15


anos portadoras de Hanseníase

O enfermeiro é o profissional mais atuante no cuidado integral ao paciente


portador da síndrome de Hansen, principalmente no que concerne a atenção básica,
orientando os responsáveis pela criança e acompanhando o mesmo às consultas
16

mensais e supervisão dos medicamentos, contribuindo para o retorno do paciente


estigmatizado à sociedade através da reabilitação física e social. Com a consulta de
enfermagem é viabilizada a elaboração de um plano de assistência em que o fazer,
orientar, ajudar e supervisionar são ações que permitem uma assistência eficaz e de
qualidade. (BORGES et al., 2017)
A Hanseníase é uma doença cujo diagnóstico e tratamento são ambulatoriais,
incluindo casos que são acompanhados sob responsabilidade dos serviços de saúde
da atenção primária, logo, a enfermagem, cumpre seu papel neste acompanhamento,
vide que as internações hospitalares são pouco comuns, mas cabe ao profissional
avaliar os riscos e quantitativo de lesões para identificar a viabilidade da internação
ou não. (BRASIL, 2013)
Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) o acolhimento caracteriza-se pela
postura ética e profissional assumida pelos enfermeiros, que perpassam por todos as
etapas de atendimento ao cliente, onde se faz uma escuta de queixas e necessidades
individuais de forma qualificada e atenciosa. Devem-se elencar alguns fatores que
colaboram para um bom acolhimento, como o tempo disponibilizado para cada
consulta levando em consideração a demanda local, a comunicação com o cliente e
o acompanhante, a viabilização do acesso ao serviço e a adesão ao tratamento, sendo
este último, englobando mais a equipe multiprofissional. (OLIVEIRA et al., 2020)
Ainda de acordo com Oliveira et al (2020) as situações de agravamento podem
ocorrer na faixa etária de 0 a 15 anos, muito em decorrência da negligencia familiar,
ao qual não se busca atendimento em tempo hábil para tratamento ao qual não se
fiquem sequelas. Essa faixa etária requer atenção especial vide que o
desenvolvimento biopsicossocial está ocorrendo de forma exponencial. A equipe de
saúde deve fazer a busca ativa de pacientes na comunidade para a identificação e
tratamento precoce.
O adolescente que vivencia a hanseníase, por estar numa fase de transição
entre a infância e a fase a adulta e a probabilidade de mudar a aparência física, tem
grandes possibilidades de encontrar barreiras na caracterização da sua identidade,
pois a medicação influencia em vários aspectos da vida, que vai desde da cor da pele
à sua estatura, a partir disso, o enfermeiro tem a missão também de orientar no
sentido de confortar o paciente a nova realidade a qual está se inserindo, não
utilizando meios errôneos que possam gerar falsas expectativas. (BORGES et al.,
2017)
17

No que diz respeito a prevenção da hanseníase, quando se refere à proteção


coletiva, Figueiredo et al. (2018) indicam que as ações de vigilância e controle da
doença enfatizam o conhecimento científico, mesmo que as ações de prevenção
voltada ao nível individual estejam disponíveis para a população na rede de serviços
do SUS, talvez, essas ações ainda não sejam o suficiente, de forma a reduzir o índice
da doença, principalmente em menores de 15 anos.
O enfermeiro pode atuar também na gestão no que concerne a busca de
melhorias em áreas endêmicas ao qual está alocado. Vide que nestas áreas, a falta
da gestão adequada em Unidades Básicas de Saúde, levam a prestação de serviço
ineficaz. A busca por melhores condições de atendimento ao paciente portador de
hanseníase, sempre dispondo de equipe para fazer este atendimento, assim como a
verificação recorrente para não haver falta de medicamentos para a poliquimioterapia,
além de busca de recursos para melhorias no saneamento básico da microrregião.
(SCHNEIDER; FREITAS, 2018)
No contexto da educação em saúde, observa-se que muitos profissionais fazem
um atendimento tradicional verticalizado, contudo, devem ser elaboradas e colocadas
em prática atividades educativas, vide que as mesmas se configuram como elemento
capaz de proporcionar um maior engajamento do indivíduo com a saúde, seja ela
individual ou coletiva. (MENEZES et al, 2017)
É de suma importância o estímulo da criatividade na criança e adolescente no
processo de orientação. Não havendo essa interação, percebe-se o isolamento,
repressão, diminuição das possibilidades de construção pactuada no coletivo, de
modos de identificação e enfrentamento a fatores limitantes a promoção da saúde,
que são resultantes de uma produção social. (OLIVEIRA et al., 2020)
Se faz necessário que os serviços assistenciais ofertados aos adolescentes
não tenha foco somente nos métodos curativos da doença, e sim no cuidar do doente,
que esses serviços sejam ampliados para a educação em saúde, com o intuito de
romper as barreiras do preconceito, e, assim proporcionar melhores condições de
vida, impedindo que a doença não interfira na formação da identidade desse
adolescente. (FIGUEIREDO et al., 2018)
18

6 METODO
O presente trabalho foi realizado com o intuito de agrupar e sintetizar os
resultados de pesquisas através de um determinado assunto de forma sistêmica e
ordenada, sendo assim considerado uma revisão integrativa, ajudando o
enriquecimento do conhecimento do tema pesquisado.

6.1 Delineamento do estudo

A condução deste estudo seguirá os requisitos de uma revisão integrativa de


literatura (RIL). O qual consiste em conter uma definição do conhecimento da
atualidade por meio de uma temática intrínseca, pelo fato de ser realizada com intuito
de reconhecer, investigar e desenvolver resultados de pesquisas individual sobre um
determinado tema, de maneira a ajudar, uma vez que em uma eventual consequência
positiva na função que os enfermeiros oferecem sobre o cuidar aos pacientes (SOUZA
et al., 2010).

6.2 Procedimentos metodológicos

Na realização desta revisão integrativa será adotado um método baseado no


referencial de Mendes, Silveira e Galvão (2008), divido em seis etapas: (1) elaboração
da pergunta norteadora (2); busca na literatura (3) coleta de dados; (4) definição de
informações a serem extraídas dos artigos selecionados; (5) análise e interpretação
do resultado; (6) discussão e apresentação dos resultados; (7) apresentação da
revisão integrativa.

6.2.1. Etapa 1: Elaboração da pergunta norteadora

Considerada a etapa que tem mais importância para o desenvolvimento da


revisão integrativa de literatura, uma vez que tem a determinação dos participantes,
as pesquisas a serem realizadas e os resultados a serem analisados. Tendo como
escolha pesquisar as determinadas questões norteadoras:

1) O que possui na literatura a respeito de como devem ser os cuidados dos


enfermeiros mediante a criança portadora de Hanseníase?

2) O que a literatura aponta acerca das necessidades dos cuidados da


enfermagem para com crianças portadoras de Hanseníase?
19

3) O que a literatura descreve em relação aos tipos de pesquisa por abordagem


metodológica e principais resultados obtidos acerca da temática desenvolvida?

6.2.2 Etapa 2: Busca na literatura

Para a construção do estudo buscar-se-á publicações científicas na Biblioteca


Virtual em Saúde (BVS), indexadas na base de dados Literatura Latino-Americana e
do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online
(SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e
Base de Dados de Enfermagem (BDENF).
Foram utilizados para busca dos artigos os seguintes Descritores em Ciências
da Saúde (DeCS): cuidados de enfermagem (nursing care), hanseníase (leprosy) e
mycobacterium leprae; e as palavras-chave menores de 15 anos; hanseníase;
enfermagem. Na possibilidade de cruzamento entre os descritores será utilizado entre
eles o operador booleano “and” para garantir uma busca ampla.
Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos serão: artigos
originais completos disponíveis online, artigos em língua portuguesa, com ano de
publicação preferencialmente dos últimos dez anos. E como critérios de exclusão
optou-se em não utilizar estudos com tangenciamento do tema, estudos duplicados
nas bases de dados e estudos como: relatos de experiência, revisões integrativas ou
outros estudos de cunho bibliográfico, teses e dissertações.

6.2.3 Etapa 3: Coleta de dados

Já tendo os estudos selecionados, teve-se a necessidade de realizar uma


revisão e após sintetizar as informações obtidas, para viabilizar o manuseio dos dados
obtidos. Sendo utilizado para tais fins, um recurso organizado contendo as variáveis
título do artigo; periódico; base de dados; autores; titulação dos autores; graduação
dos autores; país; idioma; ano; objetivos ou questão de investigação; características
da amostra; duração e local do estudo; análise dos dados; resultados; conclusões e
recomendações dos autores.
Foi escolhido este recurso por finalidade de possibilitar que todos os dados
considerados importantes presentes nas publicações científicas fossem analisados,
diminuindo o risco de obter equívocos na transcrição, tendo a garantia da certeza da
análise das informações.
20

6.2.4 Etapa 4 - Definição de informações a serem extraídas dos artigos selecionados.

Para a definição de informações a serem extraídas dos artigos selecionados,


utilizaremos um instrumento de coleta de dados validado previamente e adaptado,
(URSI) incluindo: nome dos autores, título do artigo, ano de publicação, local de
realização do estudo, título do periódico, objetivo, método e síntese dos resultados.
Para a demonstração do procedimento de amostragem nas bases de dados, o que
demonstra a representatividade da amostra de artigos, dada a ênfase nos motivos de
exclusão e inclusão, empregou-se o fluxo da informação com as diferentes fases,
orientado pela recomendação PRISMA, a fim de esmiuçar o processo de busca e
síntese (GALVÃO; PANSANI; HARRAD, 2015).

6.2.5 Etapa 5 – Análise e interpretação do resultado

Para garantir a validade da revisão, a análise crítica dos estudos será iniciada
a partir da categorização, ordenação e sumarização dos resultados, esta organização
se dará por intermédio do software Microsoft Office Excel 2016, a fim de propiciar a
produção de tabelas, pontuando as questões relevantes. Esta fase demanda uma
abordagem organizada para ponderar o rigor e as características de cada estudo.

6.2.6 Etapa 6 - Aspectos éticos


Os aspectos éticos foram contemplados, mantendo as ideias e conceitos
originais dos autores pesquisados, citando-os e referenciando-os dentro das normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Por se tratar de um estudo
bibliográfico e não há relação direta com seres humanos ou animais como fala a
Resolução número 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde/MS, que dispõe sobre
pesquisa envolvendo seres humanos, não será encaminhado ao Comitê de Ensino e
Pesquisa.
21

REFERÊNCIAS
ANTUNES J.L.F., CARDOSO M.R.A. Uso da análise de séries temporais em estudos
epidemiológicos. Aplicações da epidemiologia. Epidemiol Serv Saúde, 2015.

ARAÚJO, F.C.B.; SOUZA, C.N.P.; RAMOS, E.M.L.S.; BRAGA, R.M. Aspectos


Associados À Recidiva Da Hanseníase. Rev. Bras. Biom., São Paulo, v.33, n.1, p.42-
50, 2015.

ARAÚJO, J. D. Polarização epidemiológica no Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde.


;21(4):533-8, 2012.

BORGES M.G.L., LOPES G.L., NASCIMENTO G.A.R.L., XAVIER M.B. O cuidado


hospitalar na hanseníase: um perfil do estado do Pará de 2008 a 2014. Hansen
Int, 2015; Disponível em: <http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=12356>
Acesso em: 28 set 2020

CARRIJO, F.L; SILVA, M.A. Percepções do paciente portador de hanseníase no


cotidiano familiar. Estudos, Goiânia, v. 41, especial, p. 59-71, 2014.

DA SILVA, A.H. O papel do enfermeiro na promoção de saúde e prevenção a


Hanseníase. Trabalho de conclusão de curso de Especialização em atenção básica
em saúde da família (UFMG). 2014.

DATASUS. Acompanhamento dos dados de Hanseníase no Pará. Disponível


em:http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/hanseniase/cnv/hanswuf.def.
Acesso em: 19 out. 2019.

FIGUEIREDO, M.B; SILVA, I.S; VIEIRA, T.N. Hanseníase e a adolescência.


DêCiência em Foco. ISSN: 2526-5946; 2(2): 86-98. 2018

MELO, C.F. Hanseníase: do preconceito ao conhecimento. Uma abordagem sobre a


contribuição do cirurgião dentista na hanseníase. SESMT. 2017.

MENEZES, M.L.N.; FIGUEIROA, M.N.; MONTEIRO, E.M.L.M.; BESERRA, A.A.;


FERNANDES, M.J.S.S.; SANTANA, A.D.S. Leprosy in subjects under 15 years:
epidemiological analysis in Brazil. Int Arch Med. 2017.

OLIVEIRA, J.D.C.P.; MARINUS, M.W.L.C.; MONTEIRO, E.M.L.M. Práticas de


atenção à saúde de crianças e adolescentes com hanseníase: discursos de
profissionais. Rev. Gaúcha Enferm. vol. 41 Porto Alegre 2020.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Vigilância em Saúde: dengue, esquistossomose, hanseníase,
malária, tracoma e tuberculose. 2. ed. rev. Brasília, 2008.

______. Ministério da Saúde. Portaria 3.125. 2010. Diretrizes para vigilância,


atenção e controle da Hanseniase. Brasília (BR): Ministério da Saúde; 2011.
22

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Capacitação em prevenção de incapacidades em
hanseníase: caderno do monitor. Brasília, 2010.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia Prático Sobre


Hanseníase. Brasília, 2017.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Situação


epidemiológica da hanseníase no Brasil: análise de indicadores selecionados
na última década e desafios para eliminação. Boletim epidemiológico. ;44(11):1-12
2013.

NEVES, D.C.O.; RIBEIRO, C.D.T.; SANTOS E SANTOS, L.E.; LOBATO, D.C.


Tendência das taxas de detecção de hanseníase em jovens de 10 a 19 anos de idade
nas Regiões de Integração do estado do Pará, Brasil, no período de 2005 a 2014. Rev
Pan-Amaz Saude 2017; 8(1):29-37

SCHNEIDER, P.B.; FREITAS, B.H.B.M. Tendência da hanseníase em menores de 15


anos no Brasil, 2001-2016. Cad. Saúde Pública 2018; 34(3).

Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde. Hanseníase,


verminoses e tracoma têm cura: a experiência de uma campanha integrada.
Boletim Epidemiológico 2016; 47(21):1-10.

SOUZA, M.T.; SILVA, M.D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como


fazer. Einstein, 8 91Pt 1): 102-6. 2010.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Hanseníase ainda é doença negligenciada no


Brasil e continua em alta. Jornal da USP. 2020. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/hanseniase-ainda-e-doenca-negligenciada-no-brasil-
e-continua-em-alta/ Acesso em: 30 de out. 2020.
23

APÊNDICE A - CRONOGRAMA

Período 2020 2021

Mai Jul Set Nov Jan Mar Mai


Atividades Jun Ago Out Dez Fev Abr Jun

Escolha do tema

Levantamento
bibliográfico

Elaboração do
projeto

Qualificação do
projeto

Ajustes de acordo
com as sugestões
da banca

Coleta de dados

Elaboração dos
resultados de
pesquisa

Conclusão da
pesquisa

Defesa do TCC e
entrega do
manuscrito
APÊNDICE B - ORÇAMENTO

DESCRIÇÃO QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO R$ VALOR TOTAL R$

MATERIAL PERMANENTE

Notebook/Internet 3 R$ 300,00 R$ 900,00

Pen drive 2 R$ 20.00 R$ 40.00

MATERIAL DE CONSUMO
Impressão do projeto 3 R$ 2,80 R$ 8,40
Encadernação 3 R$ 3,00 R$ 9,00
Caneta esferográfica 5 R$ 1,00 R$ 5,00
Pasta 1 R$ 2,00 R$ 2,00
TRANSPORTE
Transporte/Combustiível 3 R$ 33,33 R$ 100,00
TOTAL R$ 1, 424,40
Nota: Projeto autofinanciado.
ANEXO - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS (Validado por Ursi, 2005)

A. IDENTIFICAÇÃO
Título do artigo:
________________________________________________________
Título do periódico:
________________________________________________________
Autores (nome)
Autor (1):________________________________________________
Autor (2):________________________________________________
De 3 autores em diante:
( ) et al.

Base de dados: _____________


Ano de publicação: __________

B. TIPO DE PUBLICAÇÃO
( ) Publicação de enfermagem
( ) Publicação médica
( ) Publicação de outra área da saúde
Qual? _______________________________

C. CARACTERÍSTICAS METODOLÓGICAS DO ESTUDO


1. Tipo de pesquisa
( ) Abordagem quantitativa
( ) Abordagem qualitativa
( ) Outros
Qual?

1.3. Amostra/ Sujeitos:

2. Objetivo ou questão de investigação:

3. Resultados dos estudos:

4. Conclusões dos estudos:

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