Leda Martins
Leda Martins
Leda Martins
Composição II
Composição VII
Leda Maria Martins
• Poeta, ensaísta, acadêmica e
dramaturga brasileira
•Carioca, morando atualmente em
Belo Horizonte.
•Rainha de Nossa Senhora das Mercês
da Irmandade de Nossa Senhora do
Rosário no Jatobá, em Belo Horizonte.
•Doutora em Letras/Literatura
Comparada pela Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG), mestre em
Artes pela Indiana University e
formada em Letras pela UFMG.
•Tese intitulada: A cena em sombras:
expressões do teatro negro no Brasil e
nos EUA (1991).
Publicado em 2021
A autora explora as
inter-relações
entre corpo, tempo, performanc
e, memória e produção de
saberes, principalmente os que
se instituem por via das
corporeidades.
No corpo, o tempo bailarina…
CORPO VIVO
como noção
cósmica,
ontológica,
teórica,
compreensão do
tempo
TEMPO - Local de
inscrição de um
conhecimento
que se grafa no
gesto/movimento
/coreografia
• Processos de readequação
• Congados, Reinados
• Tambores feitos de couro de boi nas
charqueadas em Pelotas-RS
Documentário Grande Tambor(2010)
• Coletivo Catarse
• Sobre a diáspora no RS
Rosana Paulino
Como esculpir uma escrita que queira
não apenas descrever o outro de
forma comedida, nem só discorrer
sobre o outro, a ele se sobrepondo,
nem tão somente transcrever o outro,
dele se subtraindo?
a escrita do colonizador
como morte da oralidade e
dos sujeitos africanos
A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que palmares se entregou
Quem garante que zumbi você matou
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias
Nossa memória foi contada por vocês
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mau é o candomblé
Naufrágio do outro
texto-medusa
Será a escrita sempre Górgona?
Ártemis
a travessia
Símbolo da civilidade
“das fronteiras onde o
outro se manifesta no
contato que
regularmente se
mantém com ele
convivendo em
oposição, mas também
em interpenetração”
Dionísio
parecença do outro
absorção da outridade - fecundação da identidade
a invasão do outro
“a necessidade dessa escrita transformadora, não apenas
da outra língua, mas igualmente a língua do outro,
simultaneamente nativa e estrangeira, translíngue”
“o onde que a
gente demos
encontro os
milagres do
impossível”
No texto oral já disse: não toco e não o
deixo minar pela escrita, arma que eu
conquistei ao outro. Não posso matar o
meu texto com a arma do outro. Vou é
minar a arma do outro com todos os
elementos possíveis do meu texto. Invento
outro texto. Interfiro, desescrevo para
que conquiste a partir do instrumento de
escrita um texto escrito meu, da minha
identidade. Os personagens do meu texto
têm de se movimentar como no outro texto
inicial. Têm de cantar. Dançar. Em suma
temos de ser nós.‘Nós mesmos’. Assim
reforço a identidade com a literatura.