Prática 03 - Fonte Auxiliar
Prática 03 - Fonte Auxiliar
Prática 03 - Fonte Auxiliar
1 OBJETIVOS
- Compreender um sistema de regulação de tensão
- Familiarização com transformadores e retificadores
- Construir uma fonte auxiliar regulada para 5V.
2 TRANSFORMADOR
O transformador (trafo) é um dispositivo que converte a energia elétrica de um
nível de tensão e corrente a outro. O funcionamento do transformador baseia-se
no principio de que a energia elétrica pode ser transportada, de uma bobina para
outra, por meio de indução eletromagnética. A bobina em que aplicamos a
tensão alternada que queremos transformar é chamada de enrolamento
primário, e a bobina onde se obtêm a tensão alternada já transformada é
chamada de enrolamento secundário.
2.1 Funções do Trafo:
- Redução/Elevação de Tensão;
- Isolamento Galvânico;
2.2 Estrutura Básica e Símbolos
3 ENSAIOS BÁSICOS EM TRANSFORMADORES
3.1 Continuidade
Verificação com multímetro (analógico ou digital) se o Trafo está operacional,
aberto ou em curto. Os testes são feitos nos dois polos do primário, bem como
nos dois do secundário, e os resultados devem ser interpretados da seguinte
forma:
a) RΩ = Baixas (50 a 1000Ω) – Transformador bom.
b) RΩ = >1000 a ∞ – Aberto.
c) RΩ = Próximo de zero ou zero – Curto.
Obs: Com o multímetro digital, usa-se a escala de continuidade (diodo)
3.2 Isolamento
Teste efetivado para verificar se o transformador está com o seu isolamento em
perfeito estado. Escolhendo a escala de resistência, o teste é feito tocando com
uma das ponteiras (qualquer uma) em um dos fios que existem no primário e no
secundário, e com a outra na carcaça do transformador, conforme visto a seguir.
3.3 Identificação dos Enrolamentos
Para o teste no primário, com o neutro (zero) identificado, e com o multímetro na
escala X1, conecta-se uma das ponteiras neste (qualquer uma) e a outra ponteira
toca-se nos demais fios, um de cada vez. Aquele que apresentar o maior valor é
o terminal de 220 V, já o menor é o terminal de 110 V.
No secundário com TAP central, quando colocamos as ponteiras, uma no CT
(Terminal central) e a outra em qualquer um dos outros dois terminais obtemos
no multímetro, escala X1, um valor em torno de 1. Este teste indica onde está a
CT. Por outro lado quando conectamos os outros dois pólos que não seja a CT
o valor no multímetro apresenta um valor próximo em torno de 2 o que indica
que estes são os pólos de saída de tensão e não o CT.
4 DIODO
O Diodo é um semicondutor formado por dois materiais de características
elétricas opostas, separados por uma área sem carga (vazia) chamada de
junção. Esta junção é que dá a característica do diodo. Normalmente os diodos
são feitos de cristais “dopados” de silício e do germânio.
Para polarizar um diodo ligamos o anodo (A) ao pólo positivo de uma fonte de
tensão, enquanto o catodo (K) é ligado ao pólo negativo da mesma. Ocorre uma
repulsão tanto dos portadores de carga da parte N se afastando do pólo negativo
da bateria, como dos portadores de carga da parte P se afastando do pólo
positivo da bateria. Convergem, tanto os portadores de N como os portadores de
P, para a região da junção. Temos então na região da junção uma recombinação,
já que os elétrons que chegam passam a ocupar as lacunas que também são
“empurradas” para esta região.
O resultado é que este fenômeno abre caminho para novas cargas, tanto em P
como em N, fazendo com que as estas se dirijam para região da junção, num
processo contínuo, o que significa a circulação de uma corrente. Esta corrente é
intensa, o que quer dizer que um diodo polarizado desta maneira, ou seja, de
forma direta, “deixa passar” corrente com facilidade. Na figura a seguir, podemos
visualizar melhor este fenômeno.
Obs: As funções dos pinos 1 e 2 da série 79XX são trocadas em relação à série
78XX:
- Nos reguladores 78XX, o pino 1 é a entrada e o pino 2 é o comum.
- Nos reguladores 79XX, o pino 2 é a entrada e o pino 1 é o comum.
- O pino 3 é a saída tanto para o 78XX quanto para o 79XX.
As características dos reguladores de tensão 78XX são:
- Máxima tensão de entrada: 35 V.
- Tensão mínima de entrada: Aproximadamente 3V acima da tensão de saída;
- Máxima corrente de saída: 1 A.
- Máxima potência dissipada: 15 W.
Obs: Se a potência dissipada for maior que 1 W, deve-se utilizar um dissipador
de calor acoplado ao circuito integrado.
1 𝑇
𝑉𝑀𝐸𝐷 = ∫ 𝑣(𝑡)𝑑𝑡
𝑇 0
Note que, o valor médio é a área sob a curva dada pelo sinal. A Figura a seguir
aborda a relação entre um sinal alternado e o valor médio deste sinal.
7.3 Valor Eficaz ou RMS
A tensão eficaz é a tensão alternada equivalente a uma tensão contínua para
um circuito cuja potência média gasta é a mesma nos dois casos (alternada e
contínua). Em outras palavras, é a medida ou a quantidade de tensão alternada
que dissiparia a mesma potência, por exemplo, em uma resistência alimentada
por um sinal continuo.
Matematicamente, este valor é dado pela “raiz da média quadrática” (root mean
square, RMS) do sinal, como na seguinte equação:
2 1 𝑇 2
𝑉𝑅𝑀𝑆 = √ ∫ 𝑣 (𝑡) 𝑑𝑡
𝑇 0
8 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
8.1) Realize, com o multímetro, os ensaios pertinentes (seção 3) no
transformador disponibilizado no laboratório.
8.2) Conecte o primário do Trafo a uma fonte de tensão alternada de 220V.
8.3) Meça, com o osciloscópico, a tensão na saída do circuito.
8.4) Qual a tensão eficaz, média e de pico na medição anterior?
8.5) Realize a montagem Trafo + Diodo do retificador meia ponte (seção 5), e
repita os itens 8.3 e 8.4.
8.6) Coloque um capacitor eletrolítico na saída do retificador meia onda, e repita
os itens 8.3 e 8.4 (a seguinte forma de onda deve ser obtida).