Especialidade de Animais Peçonhentos 1
Especialidade de Animais Peçonhentos 1
Especialidade de Animais Peçonhentos 1
Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas especializadas para a produção e
inoculação de veneno, sendo capazes de causar danos ou até mesmo a morte em suas presas ou
em seres humanos. Esses animais têm características específicas que os diferenciam dos animais
venenosos.
A peçonha é uma substância tóxica produzida por esses animais, geralmente contendo enzimas,
proteínas e compostos químicos, que têm funções variadas, como paralisar presas, facilitar a
digestão ou proporcionar autodefesa. Diferentemente dos animais venenosos, que possuem
meios passivos de inoculação de veneno, como espinhos ou dentes ocas, os animais
peçonhentos possuem estruturas especializadas, como presas ocas ou ferrões, para a entrega
direta do veneno.
Os animais peçonhentos incluem várias categorias, tais como serpentes (cobras), aracnídeos
(aranhas, escorpiões), insetos (abelhas, vespas, formigas) e alguns anfíbios e répteis. As
consequências das picadas ou mordidas desses animais variam de acordo com o tipo de
peçonha, quantidade inoculada, local da picada e resposta individual da vítima.
No Brasil, por exemplo, o Ministério da Saúde classifica alguns animais como peçonhentos, e a
exposição a seus venenos pode representar riscos à saúde. Por isso, é importante conhecer as
espécies presentes na região em que se vive, adotar medidas preventivas e, em caso de acidente,
buscar ajuda médica especializada o mais rápido possível. O tratamento adequado é essencial
para minimizar os efeitos do envenenamento e garantir a recuperação do paciente.
Nos últimos anos foram registrados no Brasil cerca de 140 mil acidentes por animais
peçonhentos, dentre serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, abelhas e outros animais em menor
proporção.
a. Habitat
b. Alimentação
c. Danos causados aos seres humanos
d. Forma de prevenção
a. Répteis
b. Insetos
c. Aracnídeos
Répteis:
Cobra Jararaca (Bothrops spp.): Encontrada em diversas regiões do Brasil, é responsável por
muitos acidentes ofídicos.
Cobra Coral (Micrurus spp.): Apesar de suas cores vibrantes, as cobras corais são venenosas e
encontradas em várias partes do país.
Cobra Cascavel (Crotalus durissus): Comum em áreas de vegetação seca, suas picadas podem
causar danos significativos.
Insetos:
Abelha Africana (Apis mellifera scutellata): Conhecida como abelha "Africanaizada", pode ser
agressiva e seu veneno é potencialmente mais perigoso.
Formiga Tocandira (Paraponera clavata): Também chamada de "formiga-bala", sua picada é
conhecida por ser extremamente dolorosa.
Marimbondo (Vespa spp.): Algumas espécies de marimbondos possuem picadas dolorosas e
podem ser agressivos em defesa de seus ninhos.
Aracnídeos:
Aranha Armadeira (Phoneutria spp.): Encontrada em várias regiões do Brasil, sua picada pode
causar reações intensas.
Escorpião Amarelo (Tityus serrulatus): Comum em áreas urbanas, suas picadas podem ser
perigosas, especialmente em crianças.
Aranha-marrom (Loxosceles spp.): Presente em diferentes partes do Brasil, pode causar necrose
no local da picada.
Esses são exemplos de animais peçonhentos em diferentes classes, representando répteis,
insetos e aracnídeos. É importante destacar que, em caso de picadas ou acidentes com esses
animais, buscar assistência médica é crucial para um tratamento adequado.
Manutenção Preventiva:
Mantenha o ambiente limpo e organizado, reduzindo esconderijos potenciais para animais
peçonhentos. Elimine entulhos, folhas acumuladas, pilhas de madeira e outros objetos que
possam servir de abrigo.
Realize inspeções regulares em áreas propensas a infestações, como porões, sótãos, garagens e
depósitos.
Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI):
Ao realizar atividades que envolvem o manuseio de objetos em áreas suscetíveis a animais
peçonhentos, como em depósitos ou áreas externas, use luvas resistentes, botas de cano alto e
roupas de manga longa.
Utilize calçados fechados ao caminhar em áreas com risco de picadas, como matas e trilhas.
Instalação de Barreiras Físicas:
Implemente barreiras físicas, como telas em janelas, portas e outras aberturas, para impedir a
entrada de animais peçonhentos em ambientes internos.
Utilize vedação adequada ao redor de estruturas, como malhas de arame ou barreiras de
borracha, para evitar a entrada desses animais.
Conscientização e Educação:
Eduque os residentes, funcionários ou membros da família sobre a identificação de animais
peçonhentos comuns na região.
Promova práticas de segurança, como orientar sobre o uso de calçados ao ar livre,
especialmente em áreas com vegetação densa, e ensinar procedimentos adequados em caso de
encontro com animais peçonhentos.
Contratação de Profissionais Especializados:
Em áreas propensas a infestações, é recomendável contratar serviços profissionais de controle
de pragas para realizar inspeções regulares e implementar medidas preventivas.
Profissionais especializados podem identificar áreas de risco, implementar soluções específicas
e fornecer aconselhamento sobre como evitar encontros indesejados com animais peçonhentos.
Lembre-se de que, em caso de picada ou mordida, é essencial procurar ajuda médica
imediatamente. Conhecer os animais peçonhentos da região, adotar práticas de prevenção e
estar preparado para ações corretas em situações de encontro são medidas cruciais para a
segurança em ambientes propensos a esses animais.
A maioria dos animais peçonhentos não ataca por maldade, malícia ou intenção de causar dano
de forma deliberada. Geralmente, esses animais utilizam seus venenos como um mecanismo de
defesa contra potenciais ameaças, como predadores ou seres humanos, quando se sentem
acuados ou ameaçados.
Os ataques de animais peçonhentos são, na maioria das vezes, uma resposta instintiva para se
protegerem. Aqui estão algumas situações comuns em que animais peçonhentos podem atacar:
Defesa Territorial: Alguns animais peçonhentos podem atacar para defender seu território,
ninho ou toca quando se sentem invadidos.
Instinto Maternal: Fêmeas de algumas espécies podem se tornar mais agressivas quando estão
protegendo seus filhotes.
Surpresa ou Provocação: Em situações em que um animal peçonhento se sente surpreendido,
ameaçado ou provocado, ele pode reagir de maneira defensiva.
Impressionabilidade: Animais peçonhentos podem reagir a movimentos rápidos, vibrações no
solo ou estímulos táteis, interpretando-os como ameaças.
É importante ressaltar que os animais peçonhentos não possuem intenções maliciosas ou a
capacidade de agir de forma consciente. Eles agem de acordo com seus instintos de
sobrevivência e autopreservação. Em muitos casos, evitar encontros com esses animais e adotar
práticas seguras ao interagir com a natureza são medidas eficazes para prevenir ataques. Em
caso de picada ou mordida, procurar assistência médica imediatamente é crucial para um
tratamento adequado.
Mantenha a vítima deitada com a área da picada elevada, se possível, para ajudar a reduzir o
inchaço.
Não Sugue o Veneno:
Não tente sugar o veneno com a boca. Isso pode aumentar o risco de infecção.
Picada de Aranha:
Lave o Local:
Lave a área da picada com água e sabão para reduzir o risco de infecção.
Aplicação de Gelo:
Aplique gelo envolto em um pano fino na área para reduzir a dor e o inchaço.
Analgesia e Antialérgicos:
Analgésicos e antialérgicos de venda livre podem ser administrados para aliviar os sintomas,
mas a busca por ajuda médica é essencial.
Picada de Escorpião:
Lave o Local:
Lave a área da picada com água e sabão.
Aplicação de Gelo:
Aplique gelo na área para reduzir a dor.
Não Faça Garrote:
Evite fazer garrote, pois isso pode piorar a situação.
Busque Ajuda Médica:
Procure assistência médica imediatamente, especialmente se a vítima for uma criança ou idoso.
Em todos os casos, a busca por assistência médica é crucial. Leve a vítima para o hospital ou
chame uma ambulância o mais rápido possível. Forneça informações sobre o tipo de animal, se
possível, para que o tratamento adequado seja administrado. Não hesite em chamar ajuda
profissional, mesmo que os sintomas pareçam leves, pois algumas reações podem se manifestar
mais tarde.
9. O que é soroterapia?
A soroterapia é uma forma de tratamento que envolve a administração de soros específicos para
neutralizar os efeitos de substâncias tóxicas, como venenos de animais peçonhentos. Essa
abordagem terapêutica utiliza soros antiveneno, também conhecidos como antissoros, que são
produtos imunológicos desenvolvidos a partir de animais (geralmente cavalos) que foram
imunizados contra o veneno em questão.
O processo de produção do soro antiveneno geralmente segue os seguintes passos:
10. Saber para qual picada de animal serve cada tipo de soro abaixo:
a. Antibotrópico
b. Anticrotálico
c. Antibotrópico-laquético
d. Antilapídico
e. Antiaracnídico
f. Antiescorpiônico
g. Anilonomia
Os soros mencionados são destinados a tratar picadas de animais venenosos específicos. Aqui
está uma correspondência entre cada tipo de soro e o animal para o qual é indicado:
Antibotrópico:
Para Qual Picada: Cobra Bothrops (jararaca e outras).
Informação Adicional: É utilizado para neutralizar o veneno de serpentes do gênero Bothrops,
que são encontradas nas Américas.
Anticrotálico:
Para Qual Picada: Cobra Crotalus (cascavel).
Informação Adicional: Indicado para o tratamento de picadas de cascavéis, que são conhecidas
pela vibração da cauda antes de atacar.
Antibotrópico-laquético:
Para Qual Picada: Cobras Bothrops e Lachesis (surucucu).
Informação Adicional: Atua contra o veneno de serpentes do gênero Bothrops e Lachesis,
presentes em algumas regiões da América do Sul.
Antilapídico:
Para Qual Picada: Cobras do gênero Naja, como a cobra-coral.
Informação Adicional: Indicado para picadas de cobras elapídeas, como a cobra-coral,
encontrada em várias partes do mundo.
Antiaracnídico:
Para Qual Picada: Aranhas.
Informação Adicional: Utilizado para tratar picadas de aranhas venenosas, sendo eficaz contra o
veneno destes aracnídeos.
Antiescorpiônico:
Para Qual Picada: Escorpiões.
Informação Adicional: Indicado para picadas de escorpiões venenosos, ajudando a neutralizar os
efeitos do veneno.
Anilonomia:
Para Qual Picada: Serpentes do gênero Micrurus (corais).
Informação Adicional: Utilizado para tratar picadas de serpentes corais, incluindo aquelas do
gênero Micrurus.
É importante ressaltar que o uso desses soros deve ser feito sob orientação médica e, em casos
de picadas de animais venenosos, a busca por ajuda profissional imediata é fundamental. O
tratamento precoce é crucial para aumentar as chances de recuperação.
Aqui estão informações sobre 10 animais peçonhentos, incluindo nome científico, nome
popular, uma breve descrição e sua área de distribuição: