FHB v03 14 Maria Elice Prestes
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1 INTRODUÇÃO
Réaumur é conhecido como autor de uma importante obra in-
titulada Mémoires pour servir à l'histoire des insectes, publicada em Paris,
em seis volumes, entre os anos 1734 e 1742. A sua produção aca-
dêmica foi, contudo, bem ampla e variada. Na Academia de Ciên-
cias, publicou mais de 60 memórias sobre temas diversos, entre
1708 e 1742. Seus trabalhos foram marcados pela observação
direta dos organismos investigados e por uma criatividade experi-
mental que serviu de inspiração e orientação metodológica a mui-
tos naturalistas do século XVIII. Também deve ser assinalada a
motivação prática de seus estudos, aos quais aliava a aplicabilidade
da ciência, associada à procura pela difusão do conhecimento.
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do microscópio ao estudo da constituição dos metais. Outro de
seus interesses nas ciências aplicadas foi o de investigar a produ-
ção de aço, cujo processo à época era lento e caro4. Além disso,
dedicou-se à investigação da constituição, propriedades e fabrica-
ção de materiais como vidro, papel e cerâmica. Em 1711, ele “re-
descobriu” o segredo de como fazer o corante púrpura dos anti-
gos romanos, a partir de substância produzida por um tipo parti-
cular de molusco. Na área da física, desenvolveu instrumentos
como um termômetro a álcool que oferecia medidas confiáveis e
comparáveis da temperatura (Gough, 1980, pp. 327-335)5. Muito
usada na época, a escala de temperaturas de Réaumur possuía os
pontos extremos da gradação numa escala de zero a oitenta para,
respectivamente, a temperatura de congelamento da água e a de
ebulição do álcool6.
Desde os primeiros anos na Academia, ampliou seus interesses
na área de história natural, iniciando pelo estudo do crescimento
das conchas de alguns animais. Em 1715, investigou as pérolas
artificiais e dois anos depois tentou estimular a produção de péro-
las em bivalves. No domínio do vivo, contribuiu com a anatomia e
fisiologia de diversos organismos vegetais e animais, especialmente
entre os “insetos”, dos quais aprofundou os conhecimentos de
seus “costumes” e “comportamento industrioso”. Estudou a lo-
comoção de organismos marinhos como moluscos e estrelas do
mar, a regeneração de patas em certos crustáceos, as descargas
elétricas de peixes, a bioluminescência de certos moluscos, a for-
mação das teias pelas aranhas. Estudou fósseis e sambaquis. Mos-
trou os princípios da digestão ácida do suco gástrico em aves de
1725), além do livro L’Art de convertir le fer forgé em acier, et l’art d’adoucir le fer fondu,
ou de faire des ouvrages de fer fondu aussi finis que de fer forgé. Paris: M. Brunet, 1722.
5 Sobre o termômetro, Réaumur publicou nove memórias na Academia, entre
1730 e 1742.
6 Anders Celsius (1701-1744) introduziu em 1742 a divisão centesimal e numa
7 Art de faire éclore et d'élever en toute saison des oiseaux domestiques de toutes espèces soit par
le moyen de la chaleur du fumier, soit par le moyen de celle du feu ordinaire. Paris, Imprimé-
rie Royale, 1749. 2 vols.
8 Foram vários os temas que alimentaram os conflitos entre Réaumur e Buffon,
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O conflito entre Réaumur e Buffon incidiu também sobre a
controvérsia acerca das idéias de geração dos seres vivos. As idéias
epigenéticas de Buffon, expressas no volume 2 do Histoire naturelle,
foram combatidas por Réaumur, de modo indireto, numa obra
publicada anonimamente em 1756, Lettres à un Américain. A autoria
foi reputada informalmente ao abade de Lignac, um amigo íntimo
de Réaumur, este tomado, na própria época, como o verdadeiro
mentor intelectual das cartas. Essa publicação sistematizava uma
série de argumentos contrários ao sistema proposto por Buffon e
foram minuciosamente retomados e revistos por Spallanzani
(Prestes, 2003, pp. 238-240). Além de serem públicas (Torlay,
1958), as controvérsias entre os dois naturalistas espelhavam, em
certa medida, uma revanche entre as duas instituições francesas de
maior prestígio no período, a Academia de Ciências e o Jardim
Real de Plantas, mais tarde Museu de História Natural de Paris.
Além de Buffon, Réaumur parece não ter tido a simpatia de
outro homem notório do período, Voltaire. No verbete “abelhas”
de seu Dictionnaire philosophique, ao dizer que teria sido Réaumur
quem “inventou o reino das abelhas sob uma rainha, mãe de três
espécies [de abelhas]”, Voltaire emendou:
Eu não sei quem foi o primeiro a dizer que as abelhas possuíam
um rei. Provavelmente não foi na cabeça de um republicano que
essa idéia surgiu. (Voltaire, Oeuvres complètes de Voltaire)
De fato, Réaumur sugeriu chamar de “rainha” a abelha mais
proeminente da colméia, corrigindo, assim o termo “rei” que era
usado desde a Antigüidade. Mas na memória sobre as abelhas,
Réaumur afirma que “observações feitas há mais de cem anos
ensinaram que se tratava de uma fêmea”. Já havia sido proposto
pelo autor inglês Butler, que, no entanto, afirmava haver um “po-
vo de amazonas” nas colméias. Réaumur salienta que foi Swam-
merdam, quem “confirmou por provas incontestáveis, que essa
mosca que chamaremos, se assim o quisermos, a Rainha, é uma
mãe prodigiosa e fecunda”. E que foi Swammerdam quem “pro-
vou muito bem” que todas as abelhas da colméia devem seu nas-
cimento a uma só fêmea, sendo todas as outras infecundas, “a
despeito do que foi dito por Butler e tantos outros autores” (Ré-
aumur, 1740, vol. V, p. 233).
9 Foi pela sugestão de Réaumur, por exemplo, que Bonnet observou pulgões
isolados para compreender a ausência de machos entre eles, levando-o à descri-
ção da partenogênese nesses insetos.
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discutido por François Duchesneau, além de representar a emer-
gência de estudos autônomos sobre os seres vivos no século
XVIII, investigações como as de Réaumur motivaram a discussão
sobre a principal questão que permeia as origens das ciências mo-
dernas, a metodológica. Através de uma disparidade de doutrinas e
de descobertas empíricas, o debate ocorria então “sobre os méto-
dos de invenção e de demonstração mais apropriados para tomar
e representar a essência do vivo na sua complexidade e seu dina-
mismo próprio”. Tanto os filósofos quanto os praticantes da ciên-
cia tentaram elaborar então os modelos explicativos que acabaram
por orientar pesquisas ulteriores e “influenciaram, sem dúvida, a
economia geral das ciências da natureza e da filosofia nas fases
subseqüentes” (Duchesneau, 1998, pp. 12-13).
partir das anotações que deixou, foi publicado em 1928 um sétimo volume, sobre
coleópteros e formigas, Mémoires pour servir à l'histoire des insectes, par M. Réaumur, T.
VII, com introdução de Eugène-Louis Bouvier e notas de Charles Pérez (Paris:
Paul Lechevalier). Dois anos antes, William Morton Wheeler havia traduzido e
publicado manuscritos inéditos sobre as formigas (New York: A. Knopf). Em
1955 foi publicada uma segunda parte do sétimo volume, Histoire des scarabées,
com introdução de Maurice Caullery (Paris: P. Lechevalier). Segundo Albouy
(2001a, p. 5) resta ser publicado um oitavo volume a partir dos manuscritos
deixados sobre grilos e gafanhotos.
11 Em 1868, Camille de Montmahou publicou em Paris La vie et les moeurs des
insectes. Extraits des Mémoires de Réaumur, em que resume os seis volumes do Histó-
ria dos insetos, alterando numeração e títulos dos capítulos e inserindo ilustrações
“modernas”. Em 1825, aparecem as Letters on entomology, em que a autora reúne
essencialmente informações das Memórias de Réumur. No século XX, foi objeto
de reimpressões parciais como as de Torlais, 1939, e Albouy, 2001a, além da
Mémoires pour servir à l’histoire des insectes: les abeilles (Le Lavandou: Éditions du
Layet, 1981). Os volumes 1, 2, 5 e 6 estão disponibilizados no sistema Gallica da
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po” como um parâmetro de análise, como se lê na seguinte passa-
gem:
Eu gostaria de considerar insetos todos os animais cujas formas
não nos permitem colocá-los na classe dos animais quadrúpedes
comuns, na classe das aves e na dos peixes. (Réaumur, 1734, vol.
1, p. 57)
Assim, em vez de especificar os traços distintivos dos insetos,
Réaumur apresenta tão somente uma definição “negativa”, isto é,
para ele deveria ser inseto tudo o que não fosse peixe, ave ou ma-
mífero. Reforça seu argumento, lembrando que não seria próprio
delimitar o grupo adotando o critério do tamanho diminuto, pois
há insetos cujo tamanho ultrapassa o de espécies de outros gru-
pos, conforme os exemplos indicados no trecho a seguir:
O tamanho de um animal não deve ser [critério] suficiente para ti-
rá-lo do conjunto dos insetos. Os viajantes que contam de ara-
nhas tão grandes quanto pardais talvez exagerem, mas nós já vi-
mos borboletas em vôo, cuja envergadura das asas ultrapassa a de
certos pássaros pequenos. Uma lagarta não será menos lagarta se
encontrarmos uma que tenha muitos pés de comprimento. Um
crocodilo seria um inseto furioso, mas eu não teria nenhuma difi-
culdade em lhe dar esse nome (Réaumur, 1734, vol. 1, p. 58).
Incluindo assim um réptil de grande porte, vê-se que Réaumur
não hesita em alargar os limites da classe dos insetos. Ele sugere:
Todos os répteis pertencem à classe dos insetos pelas mesmas ra-
zões que as minhocas pertencem. Os lagartos, que apesar de suas
quatro patas em geral se elevam muito pouco quando andam, de
modo que a maioria parece rastejar, são ainda uma dependência
da classe dos insetos. As rãs e os mais feios dentre todos os ani-
mais, os sapos, são também da alçada dos insetos. (Réaumur,
1734, vol. 1, pp. 58-58)
Réaumur foi, portanto, bastante explícito ao incluir répteis e
anfíbios entre os insetos, ao lado dos demais animais posterior-
mente denominados invertebrados. Veremos adiante, contudo,
que não foi exatamente assim que ele aplicou essa definição ao
longo das memórias que compõem os seis volumes do seu tratado
sobre os insetos.
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na posição dessas partes. Além disso, indicou que as diferenças
entre os animais diziam respeito também “aos modos de vida, às
ações, ao caráter”13.
No caso específico dos Entoma, ele reuniu o grande conjunto
dos animais articulados, excluidos os crustáceos (Essig, 1936, p.
88). Vale notar que obras do início do século XIX, segundo o que
pudemos levantar no momento, apresentavam, em forma de
esquemas, a formação de grupos distintos divisados por
Aristóteles14. Essas obras salientam os critérios utilizados por
Aristóteles para classificar os insetos, como ausência ou presença
(e número) de asas, presença ou ausência de ferrão, presença ou
ausência de órgão picador e mandíbulas, tipos diferentes de asas –
membranosas, escamosas e coriáceas (Aristóteles, 1994, pp. 227-
230)15.
3.2.2 Método baseado nas transformações por que passam
Um novo grupo de classificações tomava por base aspectos
relativos à metamorfose dos insetos. Réaumur menciona que essas
trasnformações, que os modernos continuam chamando com o
“nome obscuro dado pelos antigos”, “metamorfose”, por
atribuírem ao fenômeno um poder semelhante ao dos deuses e
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3.2.3 Local onde vivem
Réaumur conheceu e discutiu também uma classificação
baseada no local onde vivem os insetos e que foi adotada pelo
paduano Antonio Vallisneri17. Segundo Réaumur, em um livro
intitulado Nova idéia de uma divisão geral dos insetos, Vallisnieri
apresentou uma classificação dos insetos em quatro grupos e que
pode ser assim esquematizada:
I. Insetos que vivem nas plantas e delas se alimentam.
II. Insetos que vivem, nascem e morrem na água
III. Insetos que vivem sob a terra, areia, na lama, nas pedras, no
calcáreo, nas conchas que ficam fora do mar, nos ossos de
organismos mortos.
IV. Insetos que vivem sobre outros animais, ou dentro de outros
animais.
A partir desses 4 grupos, Valisneri propôs subdivisões
diversas. No primeiro grupo, por exemplo, propôs 42 sub-divisões
principais, que se subdividem novamente. Réaumur relaciona as
dificuldades desse sistema: a) como classificar insetos que mudam
de ambiente durante sua metamorfose? b) onde classificar aqueles
que vivem em lugares diferentes mas se assemelharm na forma do
corpo?
Apesar das críticas, Réaumur destaca a utilidade dos métodos
de Swammerdam e Vallisneri. Uma tabela desenhada segundo a
idéia de ordem de Vallisneri “seria muito cômoda para encontrar
os insetos no campo”. Aliás, recomenda que se fizessem catálogos
de insetos conforme o local onde vivem, seguindo o modelo (geo-
gráfico) dos botânicos, como o de Tournefort que forneceu um
18 Alguns anos depois, o francês Latreille escreveu, de fato, sua Geografia dos
insetos, numa referência à Geografia de plantas de Humboldt. Aos olhos de Réau-
mur, contudo, o método de Tournefort, “que é quase universalmente adotado
hoje em dia”, teria o mesmo problema do de Swammerdam: para usá-lo com o
intuito de definir a classe e o gênero adequado de um certo tipo de organismo,
seria necessário esperar que a planta em que ele vive passasse por todos os seus
estágios de desenvolvimento, produzindo flores e frutos (Réaumur, 1734, vol. 1,
p. 39).
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ro suficientemente grande para dar os caracteres de classes e de
gêneros dentro das classes” (Réaumur, 1734, vol. 1, pp. 39-40). Os
insetos lhes pareciam oferecer variações exteriores bem definidas,
como no exemplo a seguir:
Uma aranha, uma formiga, uma minhoca podem ser julgados,
numa olhadela, como pertencentes a classes diferentes. Os pri-
meiros autores que trataram dos insetos também prestaram aten-
ção a suas formas; negligenciaram, contudo, em determinar em
quê consistiam os caracteres das diferentes classes. (Réaumur,
1734, vol. 1, p. 40, sem ênfase no original)
Ou seja, Réaumur evidencia sua preocupação em discutir os
caracteres que deviam servir como critério de classificação. Assim,
para cada grupo “natural” de insetos, abordado separadamente nas
memórias ou capítulos do seu tratado, ele proporciona os critérios
a serem seguidos na classificação. As lagartas, divide-as em grupos
conforme o número de pernas (Réaumur, 1734, vol. 1, pp. 68-73),
bem como pela figura, cor, tamanho e quantidade de espinhos
(Réaumur, 1734, vol. 1, p. 86); os pulgões, conforme a presença
ou ausência de asas, tamanho e disposição das antenas e pela cor
(Réaumur, 2001, pp. 91-92).
Em alguns casos, vemos que Réaumur não se limitou à aparên-
cia externa do inseto, mas agregou critérios derivados do seu
comportamento industrioso e costumes. Em moscas e mosquitos,
por exemplo, além de adotar o tamanho, cor, forma e proporção
de algumas de suas partes (número de asas, tamanho e localização
das antenas, presença ou ausência de trompas, altura das pernas),
relacionou, também, um aspecto do hábito alimentar: sangue de
animais ou seiva de plantas (Réaumur, 2001, pp. 182-184).
3.4 A seleção e a ordem da descrição dos insetos
Os exemplos acima indicam que Réaumur classificou os inse-
tos com base em caracteres morfológicos associados a característi-
cas dos comportamentos industriosos dos animais e seus “costu-
mes”. Estes últimos aspectos possuíam tamanha importância que
definiam também a ordenação pela qual os insetos seriam aborda-
dos. Assim expressou-se Réaumur sobre esse aspecto:
A engenhosidade decidirá, também, em geral, a ordem pela qual
eu os tratarei (Réaumur, 1734, vol. 1, p. 42).
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está mais escondido. Assim, por exemplo, deve-se começar estu-
dando uma mosca ou uma vespa para então encontrar e estudar a
larva da qual se origina e que se esconde na água, sob a terra, so-
bre folhas de certas árvores etc. No caso das lagartas e borboletas,
inverte-se a ordem do estudo: mais fáceis de serem encontradas,
as lagartas devem ser investigadas primeiro e, acompanhando suas
transformações, se poderia chegar ao estudo das borboletas que
delas nascem e são mais difíceis de serem acompanhadas em seus
vôos.
3.4.1 A aplicação da definição de insetos
Vimos que Réaumur defendia que sob a denominação de
“inseto” fossem considerados variados tipos de animais,
incluindo, além de demais invertebrados, anfíbios e repteis. No
280
Figura 3. Pranchas com libélulas, sua ninfa e pulgões. Fonte: Réaumur,
Mémoires pour servir à l’histoire des insects. Vol. 6, 1742, pp. 456, 522, 568.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que, embora não tenha se detido às minúcias de uma
classificação exaustiva dos insetos, Réaumur ocupou-se, sim, e
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Jean Gayon por receber-me em período de pesqui-
sa Pós-Doc em Paris, junto à Universidade Paris 1 – Panthéon
Sorbonne e Instituto de História e de Filosofia das Ciências e das
Técnicas, cujo contato me foi afiançado por François Duchesneau
(Universidade de Montreal). Agradeço ainda a Florence Greffe,
dos Arquivos da Academia de Ciências – Instituto de França, pelo
acesso franqueado aos manuscritos de Réaumur, e, especialmente,
a Georges Metailie, do Centro Alexandre Koyré de História da
Ciência, e Catherine Dollé, da Biblioteca Nacional da França, pelo
inestimável auxílio na leitura dos manuscritos.
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