UNI

VERSI
DADECATÓLI
CADEMOÇAMBI
QUE

I
nst
it
utodeEnsi
noàDi
stanci
a

Tema:

Pr
ocessosdadescol
oni
zaçãodocont
inent
eaf
ri
cano

Ar
mindoAnt
óni
oAbacar

Códi
go:70821
2349

so:Li
Cur cenci
atur
aem Hi
stór
ia

Di
sci
plna:Hi
i stór
iadasI
nst
it
uiçõesPol
i
ti
casI
II

AnodeFr a:3ºAno
equênci

Nampul
a,Set
embr
ode2023

1
 UNI
VERSI
DADECATÓLI
CADEMOÇAMBI
QUE

I
nst
it
utodeEnsi
noàDi
stanci
a

Est
etr
abal
hodecar
áteraval
i
ati
voi
ndi
vi
dualdadi
sci
pli
nade
Hi
stór
ia das I
nst
it
uições Pol
i
ti
cas I
IIt
em como t
ema
"
Processosdadescol
oni
zaçãodocont
inent
eaf
ri
cano"evi
sa
t
raçar em conci
sos apont
ament
os o pr
ocesso da
descol
oni
zação e demonst
rara Const
rução dosEst
ados–
Naçõesem Áf
ri
caeDemocr
ati
zaçãodospaí
sesAf
ri
canos.

Ot
utor
:Jaci
ntoMúsi
ca

Nampul
a,Set
embr
ode2023

2
Í
ndi
ce

1
.Int
rodução.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..4

1
.1Obj
eti
voger
al.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..4

1
.2Obj
eti
vosespecí
fi
cos.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..4

1
.3Met
odol
ogi
a..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
.4

Capi
tul
o2-Pr
ocessosdeDescol
oni
zaçãodocont
inent
eAf
ri
cano.
..5

2.
1Cont
ext
ual
i
zaçãohi
stór
ica.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..5

2.
2Fact
oresi
nfl
uenci
ador
esdadescol
oni
zação.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
.6

2.
3Al
gunsexempl
osemét
odosusados.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
.8

Capí
tul
o3-Const
ruçãodosEst
ados– Naçõesem Áf
ri
ca.
..
..
..
..
..
..
..9

Capí
tul
o4-Democr
ati
zaçãodospaí
sesAf
ri
canos.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
.12

4.
1Concei
todedemocr
aci
a..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..1
2

4.
2Pr
ocess
odef
ormaçãodasdemocr
aci
asnospaí
sesAf
ri
canos.
..1
3

4.
3Osmodel
osdedemocr
ati
zaçãoem Áf
ri
ca.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..1
4

4.
4Impl
ement
açãoeacomodaçãodasdemocr
aci
asem Áf
ri
ca.
..
..
..
..1
5

5.Consi
der
açõesf
inai
s..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..1
7

Ref
erênci
asbi
bli
ogr
áfi
cas.
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
..
.18

3
1
.Int
rodução

O cont
inent
eaf
ri
cano,f
oipal
codeumaexpl
oraçãocol
oni
zador
a,r
azão
pel
aqualospaí
sesqueaquiest
ãosãor
elat
ivament
erecent
es,amai
ori
a
del
esnãot
êm 1
00anosapósasuai
ndependênci
a.

Masent
ão,comoéquef
oiopr
ocessodadescol
oni
zaçãoem Áf
ri
ca?

Est
etr
abal
hot
em comoobj
eti
vopr
inci
palr
esponderest
áquest
ãosupr
a
ci
tadademonst
randoaset
apasdopr
ocessodadescol
oni
zação.

Est
rut
ural
ment
e,est
etr
abal
hoécompost
opori
ntr
odução(ondeéf
eit
aa
cont
ext
ual
i
zaçãoeapr
esent
açãodosobj
ect
ivosemet
odol
ogi
aut
il
i
zada)
,
Desenvol
vi
ment
o(onde são abor
dados t
ópi
cos i
ner
ent
es ao t
ema)e
Consi
der
ações f
inai
s(onde são si
ntet
izadas as pr
inci
pai
simpr
ess
ões
r
eti
radasnael
abor
açãodest
etr
abal
ho)
.

1
.1Obj
eti
voger
al

 Tr
açarem conci
sosapont
ament
osopr
ocessodadescol
oni
zação
docont
inent
eaf
ri
cano

1
.2Obj
eti
vosespecí
fi
cos

 Descr
ever os f
act
ores i
nfl
uenci
ador
es no pr
ocesso da
descol
oni
zaçãodocont
inent
eaf
ri
cano;

 Demonst
rar o pr
ocesso da f
ormação de est
ados - Nações
af
ri
canas;

 Anal
i
saropr
ocessodef
ormaçãodasdemocr
aci
asem Áf
ri
ca.

1
.3Met
odol
ogi
a

O mét
odout
il
i
zadopar
aest
etr
abal
ho“O pr
ocessodadescol
oni
zação
do cont
inent
e af
ri
cano ” f
oia pesqui
sa bi
bli
ogr
áfi
ca,ut
il
i
zando como
mat
eri
aldeconsul
taar
ti
gosdeper
iódi
cosnaci
onai
s,t
eses,monogr
afi
ase
l
i
vros.Também f
oif
eit
aumabuscaem si
tespar
alocal
i
zarar
ti
gossobr
eo
t
emaem quest
ão.

4
 Capi
tul
o2-Pr
ocessosdeDescol
oni
zaçãodocont
inent
eAf
ri
cano.

A par
ti
rdof
inaldaSegundaGuer
raMundi
al,di
ver
sospovosi
nici
aram
movi
ment
os de l
i
ber
tação naci
onal
,em busca da i
ndependênci
a.Em
al
gunscasos,est
aemanci
paçãof
oiconqui
stadapormei
odeconf
li
tos
ar
mados,j
áem out
ros,pormei
ospací
fi
cos.

Est
e capí
tul
o vi
sa t
raçarem conci
sos apont
ament
os o pr
ocesso da
descol
oni
zaçãodocont
inent
eaf
ri
cano.

2.
1Cont
ext
ual
i
zaçãohi
stór
ica

O cont
inent
eaf
ri
cano,f
oipal
codeumaexpl
oraçãocol
oni
zador
a,r
azão
pel
aqualospaí
sesqueaquiest
ãosãor
elat
ivament
erecent
es,amai
ori
a
del
esnãot
êm 1
00anosapósasuai
ndependênci
a.

Masent
ão,comoéquef
oiopr
ocessodadescol
oni
zaçãoem Áf
ri
ca?

Só pr
a cont
ext
ual
i
zar
,quando o sécul
o 20 começa a mai
orpar
te do
cont
inent
eaf
ri
canoer
adomi
nadapel
oseur
opeus.

I
ssopor
queent
re1
5denovembr
ode1
884e26def
ever
eir
ode1
885,
acont
eceuem Ber
li
m aconf
erênci
adeBer
li
m pr
opost
apel
ochancel
er
al
emãoOt
toVonBi
smar
ck,set
rat
avadeumar
euni
ãoent
repot
ênci
as
eur
opei
as onde os r
epr
esent
ant
es i
ri
am deci
dircomo a Áf
ri
ca ser
ia
di
vi
didaent
reel
es.

Ost
err
it
óri
osf
oram di
vi
didospr
inci
pal
ment
e par
a Fr
ança,r
eino uni
do,
mas out
ras pot
ênci
as como a Bél
gica,i
mpér
io al
emão,Por
tugale
Espanhar
eceber
am.

Ot
err
it
óri
oaf
ri
cano,er
aeémui
tor
icoem r
ecur
sosmi
ner
aisef
orneci
a
mui
tasmat
éri
aspr
imascomomadei
ra,al
godão,bor
racha,our
o,cobr
e,
mar
fi
m e quem t
rabal
hava nessas t
err
as er
a o pr
ópr
io af
ri
cano em
condi
çõeshost
iser
ecebendonada.

Sempr
e se l
evant
aram movi
ment
os que se opuser
am cont
ra a

5
col
oni
zaçãoeur
opei
a,masi
nfel
i
zment
enãot
inham f
orçaspar
acombat
er
oseucol
oni
zador
.

2.
2Fact
oresi
nfl
uenci
ador
esdadescol
oni
zação

 Pr
imei
raguer
ramundi
aleSegundaguer
ramundi
al

A hi
stór
iai
nter
essant
ecomeçacom apr
imei
raguer
ramundi
alpoi
ser
a
comum queaf
ri
canosl
utassem aof
avordaspot
ênci
aseur
opei
as.

Ecom of
im dest
econf
li
to,aAl
emanhaper
deassuascol
óni
asnaÁf
ri
ca
epoucomai
sde20anosdepoi
scomeçaasegundaguer
ramundi
al,que
mudar
iagr
andi
osament
eocenár
io.

Quandoagent
efal
aem descol
oni
zaçãonaÁf
ri
caéum consensodeque
i
ssos
efor
tal
eceudepoi
sdasegundaguer
ramundi
al,maspoucagent
e
se l
embr
a que osAf
ri
canospar
ti
cipar
am na segunda guer
ra mundi
al
especi
alment
eaol
adodos Fr
anesese br
it
âni
cos
.Mai
sde1mi
l
hãode
sol
dadosaf
ri
canosl
utar
am na segunda guer
ra mundi
al,e não só na
af
ri
camast
ambém naÁsi
aenaeur
opa.

Mui
tosdel
eser
am al
i
stadosaf
orçaenãot
inham nenhumaexper
iênci
a
mi
l
it
ar,e no campo de combat
e er
am col
ocadosna l
i
nha de f
rent
e,
j
ust
ament
epar
aser
em ospr
imei
rosamor
rer
.Aquel
esqueconsegui
ram
vol
tarpar
a casa,f
oram malr
emuner
ados e vol
tar
am com pensões
bai
xí
ssi
masemai
sumavezpar
aum l
ugardomi
nado.

Só que a guer
ra,t
ambém ser
viu par
a acabarcom aquel
a hi
stór
ia de
super
ior
idadedar
açabr
ancaqueexi
sti
adesdeoi
níci
odacol
oni
zação.

Meuami
go,quandoum sol
dadonegr
ovi
aqueohomem br
ancot
ambém
mor
ri
acom acar
aenf
iadanal
ama,seper
cebeuquenãoexi
stei
ssode
r
açasuper
ior
.Todomundosangr
aet
odomundomor
redef
ormai
gual
.

No r
etor
no par
acasa,o sol
dado agor
aest
avat
rei
nado e pr
ont
o par
a
apoi
arosmovi
ment
osdel
i
ber
taçãodoseupaí
s.

Ant
esdaguer
ra,soment
eÁf
ri
cadosuleoEgi
ptot
inham conqui
stadoa

6
suai
ndependênci
a,masagor
ali
der
ançasemer
gir
am eosmovi
ment
osde
l
i
ber
taçãocomeçar
am aganharf
orças,especi
alment
eomovi
ment
oPan
af
ri
canoquef
oraf
undadoporKwameNkr
umah

Ospaí
seseur
opeusquet
inham suascol
óni
asem Áf
ri
canãoest
avam no
seumel
hormoment
oeof
ocodoscar
aser
aint
ernopr
inci
pal
ment
ena
r
econst
ruçãodoseut
err
it
óri
odei
xando ascol
óni
asem segundol
ugar
.

 AOr
gani
zaçãodasNaçõesUni
das

Com a assi
nat
ura da car
ta da ONU onde se def
endeu a
aut
odet
ermi
nação dospovos,f
icou expost
o uma gr
ande cont
radi
ção,
i
sso por
que paí
sesque assi
nar
am esse document
o concor
dando que
cadapovodeveserr
esponsávelpel
oseudest
ino,t
ambém er
am paí
ses
quees
tavam al
icont
rol
andoodest
inodeout
rospovos
.

O document
o di
zi
a,que se dever
ia cr
iarr
elaçõesami
stosasent
re os
paí
ses.Mascomoéqueessasr
elaçõesi
ri
am cr
escerseum povoer
a
subj
ugadocomoci
dadãodasegundacl
assedent
rodoseupaí
s.

 Omovi
ment
opan-
afr
icano

O movi
ment
o conheci
do como Pan af
ri
cani
smo,começou a ganhar
popul
ari
dade def
endendo uma i
dei
a de uni
ão af
ri
cana cont
ra o
expl
oradordoseupovoedassuast
err
as,eum dospr
inci
pai
snomes
desse movi
ment
o f
oi Kwame Nkr
umah. Conheci
do como pai do
naci
onal
i
smoaf
ri
cano,car
anasci
donacost
adoour
o,hoj
enaat
ualGana.

Nessaépoca,j
áhavi
aumacl
asset
rabal
hador
alet
radanaaf
ri
caeout
ros
l
í
der
esi
ntel
ect
uai
squej
áti
nham est
udadof
oradocont
inent
e.

7
2.
3Al
gunsexempl
osemét
odosusados

Assi
m,Ganaf
oium dospr
imei
rospaí
sesaf
ri
canosaconqui
starasua
i
ndependênci
adeumapot
ênci
aeur
opei
aem 1
957.

O f
im da década 40 e o começo da década 50 f
oimar
cada pel
o
cr
esci
ment
odomovi
ment
o,eant
esdeGanaaLí
biaj
áti
nhaal
cançadoa
suai
ndependênci
adaI
tál
i
a,i
ssoem 1
947,opr
óxi
mopaí
saconqui
starf
oi
oSudãoem 1
956,naépocaadmi
nist
radopel
oEgi
ptoepel
osbr
it
âni
cos
.

Essasi
ndependênci
as,f
oram mar
cadasporr
evol
tasepr
isões,comoado
pr
ópr
ioNkr
umah,masnãoporguer
rasvi
olent
asdei
ndependênci
a,mas
i
ssonãoser
iaumar
egr
a.

Nãot
em comoagent
edef
ini
rqueadescol
oni
zaçãoacont
eceudeum
j
eit
ooudoout
ropor
queel
aacont
eceudevár
iasf
ormasdependendoda
col
óni
aedai
mpor
tânci
adamet
rópol
e.

Mar
rocoseTuní
si
aporexempl
o,consegui
ram asuai
ndependênci
ada
Fr
ançaem 1
956namesmaépocaem queosf
rancesest
ravavam uma
guer
ra vi
olent
a na Ar
gél
i
a par
a evi
tar com que Ar
gél
i
a f
icasse
i
ndependent
e.Osar
gel
i
nos,sóvi
ri
am aconqui
starasuai
ndependênci
a
em 1
962.

Out
rasi
ndependênci
asquef
oram mar
cadaspel
avi
olênci
aepel
ademor
a
f
oram ascol
óni
aspor
tuguesasGui
néBi
ssau,Moçambi
que,Angol
a,São
Toméepr
ínci
peecabover
de.

Apr
imei
racol
óni
apor
tugues
aadecl
ararsuai
ndependênci
afoiaGui
né
Bi
ssau,i
ssoem 1
973,eol
haquePor
tugalsór
econheceuem 1
974edas
out
rascol
óni
asem 1
975.

Aol
adodosbr
it
âni
cos,er
am osf
rancesesquemai
sti
nham t
err
it
óri
osna
Áf
ri
ca.O pr
imei
ropaí
ssubs
ari
anaaf
icari
ndependent
edaFr
ançaf
oia
Gui
néem 1
958,masogr
andeanoser
iaem 1
960,i
ssopor
que1
3paí
ses
conqui
star
am asuai
ndependênci
adaFr
ançanesseano.

Em compar
ação dos por
tugueses e f
ranceses, os br
it
âni
cos se

8
envol
ver
am em poucosconf
li
tosar
madosdei
ndependênci
anaÁf
ri
ca,
r
econhecendoamai
ori
adel
asent
re1
960a1
968.

Val
enot
arqueexi
stem paí
sesaf
ri
canosquedecl
arar
am i
ndependênci
a
de out
rospaí
sesaf
ri
canoscomo é o caso daEr
it
rei
aque t
eve asua
i
ndependênci
areconheci
daem 1
993pel
aEt
iópi
a.

Si
tuação par
eci
da acont
eceu com a Namí
bia,r
egi
ão essa que er
a
admi
nist
radapel
oimpér
ioal
emão,masapósserder
rot
adonapr
imei
ra
guer
ramundi
alper
deuacol
óni
aef
oipar
arnasmãosdeÁf
ri
cadosul
quemant
eveoseudomí
nioat
é1990.

Val
elembr
arquedet
odosospaí
sesaf
ri
canossoment
eaEt
iópi
aea
Li
bér
ianãof
oram col
oni
zados.

Out
roscasoscur
iososf
oram depaí
sesquef
oram admi
nist
radosporduas
met
rópol
esequedepoi
sdasuai
ndependênci
aacabar
am seuni
fi
cando
comoéocasodeCamar
õesqueer
am admi
nist
radospor br
it
âni
cose
f
rancesesaSomál
i
aéum out
roexempl
opor
quepar
tedot
err
it
óri
oer
a
cont
rol
ado pori
tal
i
anose out
ra par
te porbr
it
âni
cos
,ent
ão essesdoi
s
paí
sest
iver
am queconsegui
ror
econheci
ment
odeum edepoi
sdoout
ro.

I
ssomost
raqueadescol
oni
zaçãonãoacont
eceudeumasómanei
ra,
mass
im devár
iasf
ormas.Out
rosporvi
adi
plomát
icaout
rospel
afor
ça.

Capí
tul
o3-Const
ruçãodosEst
ados– Naçõesem Áf
ri
ca;

Oest
adocont
empor
âneonaÁf
ri
caéum pr
odut
odesécul
osdecont
atoe
domi
naçãopol
í
ti
caf
ormalporpar
tedosest
adoseur
opeus.A f
undação
doest
adonaÁf
ri
canãosegui
uospadr
õesdef
ormaçãodoEst
adoque
sus
tent
aram osur
giment
odosest
adosnaEur
opa(
Her
bst2000)
.Em vez
di
sso,osest
adosemer
gir
am na Áf
ri
ca de acor
do com osi
nter
esses
i
mper
iai
sdosest
adosEur
opeus
.A conf
erênci
a,quef
oiconvocadaem
Ber
li
m em 1
884-
5,est
abel
eceuasr
egr
asbási
caspar
aadi
vi
sãodaÁf
ri
ca
(
Gbenenye 201
6;Gr
if
fi
ths1
986)
.Embor
a a par
ti
lha da Áf
ri
ca f
osse a

9
agenda da conf
erênci
a, os r
epr
esent
ant
es af
ri
canos não est
avam
pr
esent
es e as pot
ênci
as i
mper
iai
s “t
ri
unf
ant
es” negl
i
genci
aram a
or
gani
zação de r
efer
endos nos est
ados ar
ti
fi
cial
ment
e uni
dos par
a
det
ermi
narseuapoi
oounão.Assi
m,aconf
erênci
afoiumapl
ataf
orma
eur
opei
a par
a di
vi
dir
,ent
re as pot
ênci
as eur
opéi
as concor
rent
es,o
cont
inent
e af
ri
cano como se f
osse uma posse (
Gbenenye 201
6;I
gwe
2002;Okaf
or2000)
.A nat
ureza excl
udent
e da cr
iação do Est
ado na
Áf
ri
ca mar
ginal
i
zou seu povo e r
esul
tou em f
alt
a de mot
ivação par
a
pr
eser
varenut
ri
rosest
adosher
dados,mesmoapósai
ndependênci
a.

O sur
giment
o do si
stemaest
atalmui
tasvezescoi
nci
decom o acor
do
vol
unt
ári
o do povo par
a f
undar uma ent
idade sóci
o-pol
í
ti
ca. Tal
“f
undação” f
requent
ement
e envol
ve o desmant
elament
o da ant
iga
or
dem soci
aleaconst
rução deumanovaem seul
ugar
.Como Nnol
i
(
2003,1
4,t
raduçãonossa)af
ir
ma,“pel
osur
giment
odeum novoest
ado
quer
emosdi
zeraent
radaem posi
çãodecont
rol
edopoderdoest
adode
umanovacl
assedi
ri
gent
e,em det
ri
ment
odaant
igacl
assedomi
nant
e.”
Mast
alest
adodeveder
ivarsuaessênci
ael
egi
ti
midadedopovo.Embor
a
adi
sput
apel
aÁf
ri
capel
oseur
opeust
enhal
evadoaodest
ronament
oda
or
dem soci
ali
ndí
gena,f
alt
ou-
lheessen-
cial
ment
eoapoi
odopovo.Est
a
condi
çãoessenci
aldef
ormaçãodoest
adoquenãof
oicumpr
idanem
pel
as pot
ênci
as i
mper
iai
s nem r
eti
fi
cada pel
os l
í
der
es af
ri
canos
emer
gent
esapósai
ndependênci
aest
áent
reosf
ator
esquet
endem a
assombr
arosi
stemadeest
adoAf
ri
cano(
Okaf
or2000)
.

O di
l
emadoest
adoAf
ri
canopós-
col
oni
aléqueamai
ori
adosest
ados
f
alhou ant
es mesmo de ser
em f
ormados (
Engl
eber
te Tul
l2007)
.A
mani
fest
ação desse f
racasso est
á cont
ida nas vár
ias di
mens
ões das
cont
radi
çõesqueassol
aram osest
adosAf
ri
canosi
medi
atament
eapósa
i
ndependênci
apol
í
ti
ca.Umal
i
stadessascont
radi
çõesabr
angeoampl
o
espect
ro de desaf
ios do desenvol
vi
ment
o e se est
ende desde os
di
stor
cidossonhospós-
col
oni
aisdedesenvol
vi
ment
oincl
usi
vo,conf
li
tos
vi
olent
os,pobr
ezagener
ali
zada,i
nst
abi
l
idadepol
í
ti
caei
ncapaci
dadede
i
mpl
ement
arpol
í
ti
casat
éfr
aqueza i
nst
it
uci
onal
,ent
re out
ros(
Clapham

1
0
2002;Ahl
uwal
i
a2001
;Jones
,DeOl
i
vei
raeVer
hoeven201
3).

Acr
isequeenvol
veuosest
adosAf
ri
canosl
ogoapósai
ndependênci
afoi
umaext
ens
ão daoposi
ção popul
arque havi
asegui
do o col
oni
ali
smo.
Comoael
i
teaf
ri
canapós-
independênci
apr
ossegui
ucom ogover
nosem
qual
querf
orma de r
evi
são do si
stema de Est
ado her
dado,e t
ambém
cont
inuou t
rat
ando-
no em t
ermos de negóci
os como de cost
ume,a
r
esi
stênci
aquecar
act
eri
zouodomí
niocol
oni
alf
oit
ransf
eri
dapar
ael
e.

Const
it
uiçõesnaci
onai
stêm si
doapr
esent
adasporest
udi
ososcomouma
si
mbol
i
zação do cont
rat
o soci
ale apr
oxi
mação concr
eta à expr
essão
vol
unt
ári
adeconsent
iment
opel
aspessoasdent
rodosi
stemaest
atal(
Van
derWal
dt201
3;Abi
oye201
1;Di
ehletal2009)
.Seest
ear
gument
oé
l
evado adi
ant
e,si
gni
fi
ca que as const
it
uições af
ri
canas pós-
col
oni
ais
si
mbol
i
zam ocont
rat
osoci
al.Ael
abor
açãodaconst
it
uição-t
ant
onaer
a
col
oni
alcomo na pós
-col
oni
al-poder
iat
erser
vido ao pr
opósi
to do
cont
rat
o soci
ale,por
tant
o,àconst
rução do Est
ado naÁf
ri
ca,masf
oi
pr
ejudi
cadaporcer
tasdef
ici
ênci
assi
stêmi
cas.Acr
iaçãodeconst
it
uição
naÁf
ri
ca,que essenci
alment
e adot
ou est
rat
égi
asde ci
mapar
abai
xo,
apenassat
isf
ezosdes
ejosdael
i
teemar
ginal
i
zouopovo.Aocont
rár
io
das const
it
uições dos paí
ses oci
dent
ais
, que emanar
am de uma
pl
ataf
ormagenui
nament
epr
ó-povo,amai
ori
adasconst
it
uiçõesaf
ri
canas
er
am i
mit
açõese car
eci
am dascr
edenci
aisde r
epr
esent
ação.Assi
m,
apesar da i
nser
ção de f
rases que pr
etendi
am conf
eri
r aut
ori
a de
const
it
uições às pessoas como “nós,o povo .
..
”,a mai
ori
a das
const
it
uiçõesAf
ri
canasnãoest
avaenr
aizadanopovo,poi
samai
ori
ados
r
epr
esent
ant
esque asr
edi
gir
am f
oram i
mpost
osporambosgover
nos
col
oni
aisepós-
col
oni
ais(
Abi
oye201
1).

Const
it
uições pós-
col
oni
ais cl
arament
e não f
oram concebi
das par
a
combat
erai
njust
içaeest
abel
eceraj
ust
içasóci
o-pol
í
ti
caeeconômi
ca,
maspar
aconsol
i
darael
i
tedomi
nant
e.

1
1
 Capí
tul
o4-Democr
ati
zaçãodospaí
sesAf
ri
canos

Est
e capí
tul
o t
em como obj
eti
vo pr
inci
palanal
i
sar o pr
ocesso de
f
ormação dasdemocr
aci
asem Áf
ri
ca ut
il
i
zando a quest
ão nor
teador
a
"
Comoéquedecor
reuopr
ocessodef
ormaçãodasdemocr
aci
asnos
paí
sesaf
ri
canos
?".Com base nest
a quest
ão supr
a col
ocada,sur
ge a
segui
ntehi
pót
ese:Opr
ocessodemocr
áti
conospaí
sesaf
ri
canospodet
er
si
dor
esul
tadodamudançadaconj
unt
uradosi
stemai
nter
naci
onal
.

4.
1Concei
todeDemocr
aci
a

Democr
aci
aéopoderdopovo.SegundoPal
ha(
1977:
10)democr
aci
aé
úni
ca f
orma de or
gani
zação pol
í
ti
ca que gar
ant
e o r
espei
to pel
a
di
gni
dadehumana,per
mit
eopr
ocessoacel
eradoegl
obaldopovoeque
consent
e a al
egr
ia de vi
verem soci
edade.O úni
co e i
nsubst
it
uível
guar
dião da democr
aci
a é o povo que exi
ge osf
act
os,par
a mel
hor
ent
remos democr
aci
a no cont
ext
o act
uali
mpor
tat
ambém anal
i
sara
i
gual
dade e a l
i
ber
dade como pr
essupost
os bási
cos da democr
aci
a,
concebendoapr
ópr
iademocr
aci
acomor
egi
mepol
í
ti
caem queopovo
segover
naasimesmoquerdi
rect
ament
eour
epr
esent
ati
vament
e.

Mendes(
1994:
76)car
act
eri
zademocr
aci
acomodi
scuss
õesi
nfundadas.
Ot
ermodemocr
aci
asi
gni
fi
capoderdopovoesur
giunaGr
éci
aAnt
iga
ondesuapr
áct
icaer
adi
rei
toexcl
usi
vodossenhor
es,excl
uindoassi
m os
escr
avoseout
rascat
egor
iasdepessoascomoest
rangei
ros
,cr
iançase
i
dosos.

Deacor
docom Sousa(
2005:
71)democr
aci
aéum r
egi
mepol
í
ti
coem
que o poder se encont
ra l
i
mit
ado e em que a al
ter
nânci
a est
a
el
eit
oral
ment
e assegur
ado,em que osgover
nadosmat
em t
odosseus
di
rei
tos cí
vi
cos per
ant
e os gover
nados e em que a l
i
ber
dade de
compet
it
ivi
dadepol
í
ti
casest
ãopr
esent
e.

1
2
4.
2Pr
ocessodef
ormaçãodasdemocr
aci
asnospaí
sesAf
ri
canos.

SegundoNhat
umbo(
2006:
26)ademocr
ati
zaçãoem Áf
ri
cai
ncl
uiporum
l
ado,r
efor
mas el
eit
orai
s,par
ti
lha i
nter
na de poder
,li
ber
dades ci
vi
se
pol
í
ti
cas,pl
ural
i
smopol
í
ti
coedescent
ral
i
zaçãodepoder
,bem comoo
envol
vi
ment
odi
rect
odosdi
ver
sosact
oressoci
aisi
nter
nos
.Porout
rol
ado,
a democr
ati
zação r
esul
ta do envol
vi
ment
o de out
ros Est
ados e
or
gani
zações,exempl
o das Nações Uni
das,Or
gani
zação da Uni
dade
Af
ri
cana.

SegundoPavi
a(2000:
2)opr
ocessodet
ransf
ormaçãopol
í
ti
cadecor
reu
mui
tasvezesde condi
cionant
esext
ernosque i
nfl
uenci
aram di
rect
ae
i
ndi
rect
ament
e os pr
inci
pai
s act
ores domést
icos
; sendo est
es em
di
ver
sas f
ases e com di
fer
ent
es gr
aus de i
ntensi
dade i
nfl
uenci
ados,
condi
cionadosecompel
i
dosporact
oresext
ernos
.Hunt
igt
onnasuaobr
a
“democr
ati
zação no f
inaldo sécul
o XX”,f
ala de t
rês ondas de
democr
ati
zaçãoocor
ri
dasnomundo,masi
mpor
taaquir
efer
irat
ercei
ra
ondadedemocr
ati
zaçãoporseroenf
oquedonossoobj
ect
odeest
udo.
At
ercei
raondadedemocr
ati
zaçãoi
nici
ouem 1
974em Por
tugalt
endo
si
dodesi
gnada“Revol
uçãodosCr
avos”,queder
rubouadi
tadur
ado
Ol
i
vei
raSal
azareMar
cel
oCaet
anoeseest
endendopar
aAmér
icaLat
ina,
Áf
ri
cae Eur
opado Lest
ejánosi
níci
osdosanosnovent
a,(
Hunt
igt
on;
1
994:
112)
.Nadécadade1
990,mai
sdemet
adedosEst
adosdaÁf
ri
ca
subsaar
iana i
nici
aram r
efor
mas com o obj
ect
ivo de est
abel
ecer
em
si
stemaspol
í
ti
cosdecar
izpl
ural
i
sta,sãooscasosdeMoçambi
queem
1
994,Angol
aem 1
992,Zi
mbabweem 1
992,Namí
biaem 1
992.

Segundo Jos
é(2005:
2)a semel
hança do que acont
eceu com al
guns
paí
sesdaAmér
icaLat
inaeÁsi
a,osgover
nosaf
ri
canosf
oram obr
igados
a subscr
evera papéi
s de r
edução da pobr
eza como condi
ção par
a
cont
inuar
em abenef
ici
ardof
inanci
ament
oporpar
tedoFundoMonet
ári
o
I
nter
naci
onal(
FMI
)eBancoMundi
al(
BM)
.Est
adost
iver
am quel
evara
cabopr
ocessosdedes
cent
ral
i
zaçãodi
vi
didosem t
rêscomponent
esque
secompl
ement
am:agest
ãocomuni
tár
iadosr
ecur
sosnat
urai
s,r
efor
ço

1
3
i
nst
it
uci
onaldos gover
nos l
ocai
s,e r
econheci
ment
o das aut
ori
dades
t
radi
cionai
s.

Pavi
a(2000:
7-8)pr
ocur
ou de f
ormasi
stemát
ica,r
elaci
onaraqui
l
o que
desi
gna por “di
mensão i
nter
naci
onal
” com os pr
ocessos de
democr
ati
zaçãoear
rol
atr
êsdi
fer
ent
esal
ter
nat
ivasat
ravésdasquai
sos
f
act
oresi
nter
naci
onai
spoder
iam seragr
upadoseanal
i
sados:ocont
ági
o,
ocont
rol
oeoconsent
iment
o.Aquii
mpor
tadarmençãoaopr
imei
roe
segundocaso;cont
ági
o,t
ambém chamadof
act
ordomi
nó,consi
stena
di
fusãodaexper
iênci
adeum paí
spar
aout
ro,at
ravésdecanai
sneut
ras,
ousej
a,nãocoer
civosemui
tasvezesnãoi
ntenci
onai
s.Em Áf
ri
ca,t
endo
si
dooscasosdoci
cl
oNamí
bia,Lesot
ho,Mal
awi
,Zâmbi
a,Áf
ri
cadoSul
,
Moçambi
que,noper
íodo1
990-
94.Nosegundocaso,cont
rol
o,consi
ste
na pr
omoção da democr
aci
a com um car
áct
eri
ntenci
onalat
ravésde
medi
dasex
plí
ci
tasquepodem seri
ncent
ivador
asoupenal
i
zador
assendo
as
ituaçãomai
scomum.

4.
3Osmodel
osdedemocr
ati
zaçãoem Áf
ri
ca

Osmodel
osdedemocr
ati
zaçãoem Áf
ri
caf
oram di
ver
sosconsoant
eo
t
ipodecol
oni
zação.Nosf
inai
sdosanos1
980epr
incí
piosdosanos1
990,
nospaí
sesf
rancóf
onoscomoBeni
n,Chade,Congo,Gabão,Mal
i
,Ní
gere
Togo,assi
sti
u-seaof
enómenodasconf
erênci
asnaci
onai
s,nasquai
so
r
egi
me vi
gent
e abr
iu espaço par
a a par
ti
cipação de vár
ios gr
upos
ext
eri
ores ao r
egi
me no pr
ocesso da el
abor
ação de uma nova
const
it
uiçãoenadi
scussãodopr
ocessodedemocr
ati
zaçãoem si
.

Nosangl
ófonos
,opr
ocessof
oimai
sfechado,com or
egi
mevi
gent
ea
comandarsozi
nhoopr
ocessodet
ransi
ção,masogr
audest
asr
efor
mas
pol
í
ti
casvar
iouent
redi
ver
sospaí
ses
.No caso deMal
awiasr
efor
mas
pol
í
ti
cas si
gni
fi
car
am essenci
alment
eal
i
ber
ali
zação pol
í
ti
ca,o que
i
mpl
i
cou apenasna supr
ess
ão dosar
ti
gosda const
it
uição que f
azi
am
al
usãoàexi
stênci
aexcl
usi
vadeum par
ti
do,enosar
ti
gosr
elaci
onadosa
si
stemas pol
í
ti
cos que só per
mit
em a act
ivi
dade de um par
ti
do

1
4
i
ndi
vi
dual
ment
e,queer
aopar
ti
donopoder(
Sant
os,1
998:
31)
.

SegundoPai
n(2008:
1)naÁf
ri
cal
usóf
onaopr
ocessodedemocr
ati
zação
sur
gecom of
im daguer
raf
ri
a,ondeaquel
espassam adopt
arel
ement
os
l
i
ber
ais democr
áti
co em suas pol
í
ti
cas, com f
ort
e i
nfl
uênci
a de
or
gani
smosi
nter
naci
onai
s,comoFundoMonet
ári
oInt
ernaci
onaleBanco
Mundi
al.Par
a Macuane (
2000:
4)paí
sescomo Angol
a e Moçambi
que
saí
ram deguer
rasci
vi
ssangr
ent
aser
egi
mesmonopar
ti
dár
ios
,tent
ando
r
esol
verassuasdi
fer
ençasvi
aar
ranj
osi
nst
it
uci
onai
sdemocr
áti
cos
,com
r
esul
tados compl
etament
e opost
os.Baseado em model
os oci
dent
ais
ai
nda passam pori
númer
as di
fi
cul
dades devi
do aos seus di
fer
ent
es
cont
ext
oscul
tur
ais,ét
nicos,soci
ais,sér
iospr
obl
emascomocor
rupção,
bur
ocr
aci
aemi
sér
iagener
ali
zada.

4.
4Impl
ement
açãoeacomodaçãodasdemocr
aci
asem Áf
ri
ca

Ai
mpl
ement
açãodademocr
aci
aem Áf
ri
cadi
ver
giuecont
inuaadi
vi
dir
ospol
í
ti
cospar
aasuaf
ormadeacei
taçãocomoum model
opol
í
ti
copor
segui
rcomo t
ale deve seri
mpl
ement
ado.Cabo Ver
de,São Tomé e
Pr
ínci
pe,com umal
ongahi
stór
iademonopar
ti
dar
ismo,r
eal
i
zar
am suas
pr
imei
ras el
eições mul
ti
par
ti
dár
ias em 1
991
, com a der
rot
a dos
r
epr
esent
ant
esdospar
ti
dosnopoder
;mashoj
esãosi
stemaspol
í
ti
cos
com uma consi
der
ávelest
abi
l
idade e,mai
s el
eições ger
aisf
oram
r
eal
i
zadaspaci
fi
cament
e.Masembor
ahaj
acasosbem-
sucedi
doscomo
est
esdoi
s,nãoéum pr
ocessoi
rr
ever
sível
,comosepodevercom f
lui
dez
com queal
gunspaí
sespass
aram depr
ocessodedemocr
ati
zaçãopar
a
si
tuaçõesde conf
li
tosf
rust
rando a pont
o de se quest
ionara conexão
di
rect
aqueal
i
ter
atur
atent
afor
çarent
reademocr
aci
aeapaz(
Macuane,
2000:
4).Haver
áout
rosf
act
oresdet
ermi
nant
espar
aaest
abi
l
idadeepaz,
par
aládademocr
ati
zação.

Em Angol
a a pós a r
eal
i
zação das pr
imei
ras el
eições ger
aise
mul
ti
par
ti
dár
iasdahi
stór
iadopaí
sem 1
992,ganhaspel
oMPLA,par
ti
do
nopoderdesde1
975,omovi
ment
oguer
ri
lhei
rodaUNI
TA,nãoacei
touos

1
5
r
esul
tadoseporessar
azão,r
etor
nouaguer
raci
vi
leacr
edi
ta-
secom
mai
ori
ntensi
dadeedi
fer
ençasai
ndamai
oresaspr
inci
pai
spar
tes:MPLA
eUNI
TA(
ibi
d:3)
.

A Repúbl
i
ca Democr
áti
ca do Congo, t
ambém enver
edou-
se pel
a
democr
aci
ali
ber
al,r
eal
i
zando as suas pr
imei
ras el
eições ger
aise
mul
ti
par
ti
dár
iasem 1
992,ondeoent
ãoocupant
edapr
esi
dênci
aDenni
s
SassouNguessoeoseupar
ti
do,per
der
am asel
eiçõespar
a

PascoalLi
ssouba.Asi
tuaçãocompl
i
cou-
sequandoem campanhaspar
a
el
eições pr
esi
denci
ais de 1
997,Nguesso escapou a um at
ent
ado,
al
egadament
eor
quest
radoporLi
ssouba,oquet
ermi
nouem guer
raci
vi
l
e consequent
ement
e o der
rube do gover
no de Li
ssouba e a ent
rada
t
ri
unf
aldeNguesso nacapi
taldo paí
sem Out
ubr
o do mesmo ano.A
Gui
né-
bissau,Somál
i
aet
ant
osout
rosdesf
il
am numa ext
ensa l
i
sta de
democr
ati
zaçãocom r
esul
tadosdesast
rosos,(
Chi
chango,201
0:24)
.

1
6
5.Consi
der
açõesf
inai
s

O pr
ocesso deconst
rução do Est
ado moder
no no cont
inent
eaf
ri
cano
devesercompr
eendi
dopormei
odasest
rut
uraspr
é-col
oni
ais
,col
oni
aise
pós-
col
oni
ais.Dest
emodo,aconcepçãodeEst
adoexi
stent
enaÁf
ri
ca
pr
é-col
oni
al,bem comoasnoçõesdeaut
ori
dadeemandot
err
it
ori
alnão
er
am anál
ogas às concepções eur
opei
as. Ademai
s, a exper
iênci
a
eur
opei
anãof
oiamesmaqueavi
vi
dapel
ocont
inent
eaf
ri
canodevi
doa
i
númer
asconj
unt
uras.I
nici
alment
e,pode-
seaf
ir
má-
lascomogeogr
áfi
cas
edebai
xadensi
dadepopul
aci
onal
.

Porout
rol
ado,opr
ocessodedemocr
ati
zaçãoem Áf
ri
caf
oiecont
inuaa
serum pr
ocessocompl
exodemodoqueest
acompr
eendeporum l
ado
f
act
ores ext
erno e porout
ro domést
icos mas com par
ti
cul
ari
dades
di
fer
ent
esadvi
ndodaher
ançacol
oni
aledasdi
fer
ençasét
icascul
tur
ais
quecadaEst
adoem par
ti
cul
arapr
esent
a

1
7
Ref
erênci
asbi
bli
ogr
áfi
cas

Gbenenye,E.M.(
201
6).“Af
ri
can Col
oni
alBoundar
ies and Nat
ion-
Bui
l
ding”.I
nkanyi
so:Jour
nalofHumani
ti
es&Soci
alSci
ences,8(
2):1
17-
1
24.

Gr
if
fi
ths,I
.1986.Thescr
ambl
eforAf
ri
ca:I
nher
it
edpol
i
ti
calboundar
ies
.
TheGeogr
aphi
calJour
nal
,152(
2):204-
216.

Her
bst
,J.2000.St
atesand Poweri
n Af
ri
ca:Compar
ati
ve Lessonsi
n
Aut
hor
it
yandCont
rol
.Pr
incet
on,NJ:Pr
incet
onUni
ver
sit
yPr
ess.

Nhat
umbo,I
l
ídi
o Samuel(
2006)O per
cur
so daDemocr
aci
aem Áf
ri
ca:
Ref
lexõessobr
eoscasosdeMoçambi
queeZi
mbabwe.

Okaf
or,O.C.2000.Re-
Def
ini
ngLegi
ti
mat
eSt
atehood:I
nter
nat
ionalLaw
andSt
ateFr
agment
ati
oni
nAf
ri
ca.TheHague:Kl
uwerLaw I
nter
nat
ional
.

Pai
n,Rodr
igo de Sousa (
2008)Os paí
ses af
ri
canos de l
í
ngua of
ici
al
por
tuguesaeademocr
ati
zação:um cami
nhodi
fí
ci
l,UFRRJ,RJ.

Pal
ha,Ant
óni
o(1
977)democr
aci
aoudi
tadur
a,Li
sboa.

Pavi
a,José Fr
anci
sco,(
2000)
:Economi
aE Pol
i
ti
ca:Moçambi
que e as
I
nst
it
uiçõesdeBr
ett
onWoods,di
ção,egaEdi
tor
a,Li
sboa.

Sousa, Fer
nando De (
2005)
, Di
cionár
io de r
alações i
nter
naci
onai
s,
Edi
çõesAf
ront
ament
o,Por
to.

1
8