Religião e Política Magali Do Nascimento CUNHA
Religião e Política Magali Do Nascimento CUNHA
Religião e Política Magali Do Nascimento CUNHA
POLÍTICA: RESSONÂNCIAS DO
NEOCONSERVADORISMO
EVANGÉLICO
NAS MÍDIAS BRASILEIRAS
149
Os números do Censo 2010 são fonte para a demanda de legitimidade
social entre os evangélicos e de conquista de mais espaço de influência8. O
levantamento do número de evangélicos no Parlamento (Câmara e Senado)
desde 2002, período da legislatura em que a FPE foi criada, até 2010, mostrou
que a cada eleição houve um aumento em torno de 30% do total anterior9. O
aumento projetado pela FPE, de mais 30% em 2014, não se confirmou, tendo
sido eleitos 72 deputados federais nessas eleições – apenas dois a mais com
relação à legislatura anterior. De qualquer forma, a Bancada Evangélica con-
tinua sendo grupo significativo na Câmara Federal: é a terceira em número,
atrás das Bancadas dos Empresários e dos Ruralistas. Estes parlamentares
estão ligados a 17 igrejas diferentes, sendo 13 delas pentecostais, o que mostra
a força desta parcela específica dentre os grupos evangélicos no que se refere
à atuação política10.
Não há, até o presente, um partido próprio dos evangélicos, mas pelo
menos quatro agremiações têm forte presença do segmento: o Partido Repu-
blicano Brasileiro (PRB), o Partido Social Democrático (PSD), o Partido Repu-
blicano da Ordem Social (PROS) e o Partido Social Cristão (PSC).
O PRB, fundado em 2003 por partidários do ex-vice-presidente da Re-
pública, José Alencar Gomes da Silva, é conhecido como “o braço político” da
IURD. Em sua primeira eleição majoritária, em 2006, o PRB elegeu apenas
um deputado federal – o pastor da IURD Léo Vivas (RJ), e reelegeu Alencar
na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT). No
pleito de 2010, o número de deputados federais do partido saltou para nove, e
em 2014, elegeu 21, dos quais 14 compõem a bancada evangélica, tornando-
-se a maior representação neste grupo. No Senado, o representante do PRB é
o bispo da IURD Marcelo Crivella (RJ).
Fundado em 2011, o PSD, cujo presidente é o ex-prefeito de São Paulo
Gilberto Kassab, alcançou 38 deputados eleitos para a Câmara em 2014 (qua-
tro da bancada evangélica) e mais dois senadores. As lideranças do partido,
estimuladas por Arolde Oliveira (RJ), eleito em 2014, mas licenciado para as-
sumir secretaria no Estado do Rio, estão buscando cada vez mais aproxima-
ção com evangélicos não relacionados à IURD, reforçando no espaço político
as disputas do campo religioso11.
O Partido Republicano da Ordem Social (PROS), criado em 2010, ele-
geu sua primeira bancada na Câmara dos Deputados em 2014, com 11 parla-
mentares, sendo um integrante da bancada evangélica. É identificado como
“nascido evangélico”, já que o fundador-presidente, o ex-vereador de Planalti-
na (GO) Eurípedes Junior, se apresenta como evangélico e filho de pastora12.
O único partido que leva um nome religioso, o Partido Social Cristão
(PSC), tinha pouca expressão até a repercussão da controversa indicação do
151
xuais, Travestis e Transexuais) no seu plano de governo. Novamente ocupan-
do o terceiro lugar no pleito para presidente, com votação inferior à alcançada
em 2010, Marina Silva ainda é figura destacada na relação religião-política, e
recentemente teve autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro
do Partido Rede Sustentabilidade, que deverá integrar as eleições de 201615.
A mais significativa conquista de poder político dos evangélicos nos pri-
meiros meses da atual legislatura foi a ascensão do deputado Eduardo Cunha
(PMDB/RJ), eleito Presidente da Casa. Membro da AD, Cunha tem usado o
seu poder para facilitar a liderança e a atuação de deputados evangélicos em
comissões especiais, criadas e recriadas por ele, e para acelerar a tramitação
de projetos de lei e de emendas constitucionais, elaboradas por congressistas
do grupo16. Entre elas está a Comissão Especial do Estatuto da Família que se
revela com o objetivo de barrar os avanços nos direitos da população LGBT,
projeto que teve seu texto principal aprovado por esta comissão em setembro,
e segue tramitando17.
A agenda antes era outra, de uma minoria que não tinha nada a ver. Hoje,
representamos as verdadeiras minorias. Acredito no Feliciano, de coração.
Até parece que ele é meu irmão de muito tempo. Não sinto mais aquele
cheiro esquisito que tinha aqui dentro e aquele peso nas costas23.
153
ingrediente a ameaça do comunismo tomar conta do Brasil, o que,segundo esses
discursos, seria o verdadeiro propósito do governo do PT 26.
Todo este processo é corroborado pelas tradicionais empresas de mí-
dia brasileiras que, pelo menos na última década, em especial na cobertura
noticiosa, tem dado amplo espaço para analistas e comentaristas defende-
rem abertamente perspectivas e valores conservadores, como é o exemplo de
Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia e Merval Pereira, nas Organizações Globo;
Reinaldo Azevedo, na revista Veja; José Luiz Datena e Boris Casoy, no Grupo
Bandeirantes; Marcelo Rezende, na Rede Record; Luiz Pondé, na TV Cultura;
e mais recentemente, Rachel Sheherazade, no SBT27.
No entanto, o Brasil não é um caso isolado, de acordo com estudos
sobre o fortalecimento de grupos conservadores nos Estados Unidos e na Eu-
ropa. Michael Löwy afirma sobre o caso europeu:
155
dia noticiosa declarou a “guerra” entre Feliciano e Wyllys, ou, entre evangélicos
e os movimentos de minorias, com ênfase na dimensão da homossexualidade.
Toda a potência do caso também foi inflada nas redes sociais digitais36.
Declarações de Marco Feliciano, fartamente expostas nas mídias noti-
ciosas, alimentaram o imaginário evangélico da perseguição religiosa, e cir-
cularam amplamente pelas redes digitais. Os extratos a seguir de falas do
deputado são ilustrativos:
Existe uma ditadura chamada [...] “gaysista” Eles querem impor o seu estilo de
vida e a sua condição sobre mim. E eles lutam contra a minha liberdade de pen-
samento e de expressão. Eles lutam pela liberdade sexual deles. Só que antes da
liberdade sexual deles, que é secundária, tem que ser permitida a minha liber-
dade intelectual. A minha liberdade de expressão. Eu posso pensar. Se tirarem o
meu poder de pensar, eu não vivo. Eu vegeto e morro.37
157
Consolidou-se, portanto, entre nós um sistema de mídia concentrado, lidera-
do pela televisão e, em boa parte, controlado por grupos familiares vincula-
dos às oligarquias políticas regionais e locais. Essas características específicas
é que fazem com que, no Brasil, o poder da mídia assuma, potencialmente,
proporções ainda maiores do que em outros sistemas políticos47.
RESUMO
Descrever e interpretar a maior ocupação de espaço pelos evangélicos na po-
lítica partidária e como mídias tratam a questão é o objetivo deste artigo. Para
isso, são tomados por base três elementos que emergem da observação do
fenômeno: a reconfiguração do lugar dos evangélicos na política; a emergência
do neoconservadorismo evangélico; as transformações na relação mídia-reli-
gião. O processo interpretativo está ancorado nos estudos em mídia, religião
e cultura, pela autora do trabalho e nos aportes de teóricos em comunicação
e política e em sociologia da religião. Matérias noticiosas e analíticas de jor-
nais e revistas foram utilizadas como referências para o estudo do caso e seus
desdobramentos, tanto como fonte de dados quanto como corpus de discursos
das personagens envolvidas.
159
PALAVRAS-CHAVE
Política; religião; mídia; evangélicos; conservadorismo.
ABSTRACT
The objective of this article is to describe and interpret the larger space occu-
pation by Protestants in party politics and how mainstream media treat the
issue. For this, three elements that emerge from the observation of the phe-
nomenon are taken as a base: the reconfiguration of the place of Protestants
in politics; the emergence of a Protestant neo-conservatism; the changes in
the media-religion relationship. The interpretative process is anchored in stu-
dies on media religion and culture by the author of the work and theoretical
contributions in communications and politics and sociology of religion. News
and analytical articles in newspapers and magazines were used as references
for the case studyand its consequences, both as a source of data and as a cor-
pus of speeches by the characters involved.
KEYWORDS
Politics; religion; media; Protestants; conservatism
NOTAS
1. Doutora em Ciências da Comunicação, docente e pesquisadora da Universidade
Metodista de São Paulo, magali.cunha@metodista.br.
2. A complexidade dos estudos referentes aos evangélicos no Brasil, pela multiplicidade
de denominações que compõem este campo religioso na atualidade, tem levado estu-
diosos à tentativa de elaboração de tipologias, elas próprias múltiplas e, sem dúvida,
insatisfatórias. Os evangélicos são identificados por meio de uma miríade de igrejas,
por sua vez agrupadas, de forma sintética, como históricas (protestantes que se estabe-
leceram no país a partir da primeira metade do século XIX) e pentecostais (estabeleci-
dos no Brasil a partir do início do século XX, conhecidas como igrejas de cura divina).
No grupo de pentecostais encontram-se os denominados “neopentecostais”, grupos
relacionados a novos movimentos religiosos do final do século XX, identificados pela
pregação da busca de prosperidade material e de práticas de exorcismo. CUNHA, Ma-
gali do Nascimento. A Explosão Gospel. Um olhar das ciências humanas sobre o cenário
evangélico contemporâneo. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.
3. O fundamentalismo é um movimento religioso e conservador, nascido entre os pro-
testantes dos EUA no início do século XX, que tem como princípio os Fundamentals
– elementos elencados como fundamentos da fé e da doutrina cristãs, baseados na inter-
pretação literal de narrativas e ensinamentos da Bíblia. Sobre o Fundamentalismo, suas
origens e ênfases, ver RIBEIRO, Claudio de Oliveira. “Por uma Teologia da Criação que
supere os fundamentalismos”. In: RUBIO, A. G., AMADO, J. P. Fé cristã e pensamento evo-
lucionista. Atualizações teológico-pastorais a um tema desafiador. São Paulo: Paulinas, 2012.
p. 133-154. Sobre fundamentalismo e identidade evangélica no Brasil ver CUNHA, idem.
161
impresso,no-rio-psd-vira-feudo-de-evangelicos,838912,0.htm. Acesso em: 5 jul. 2015.
12. Nos materiais informativos sobre o PROS, não foram encontrados registros
do nome específico da igreja à qual Eurípedes Júnior se vincula.
13. BAPTISTA, Saulo de Tarso Cerqueira. Cultura Política brasileira, práticas pen-
tecostais e neopentecostais: a presença da Assembleia de Deus e da Igreja Univer-
sal do Reino de Deus no Congresso Nacional (1999-2006). Tese (Doutorado em
Ciências da Religião). Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do
Campo, 2007, p. 303.
14. Fontes: Site do Partido Republicano Cristão. Disponível em http://www.prc.org.
br/), acesso em 30 mai 2015; Facebook/Partido Republicano Cristão. Disponível
em: https://www.facebook.com/pages/PRC-Partido-Republicano-Crist%C3%A3
o/1453322154927975?fref=ts. Acesso em: 30 mai. 2015.
15. CUNHA, Magali do Nascimento. Chaves teórico-interpretativas da intensa
aproximação das Organizações Globo com o segmento evangélico no Brasil: au-
diência, mercado, política e poder. Comunicação & Inovação, v. 16, n. 31, p. 59-75.
Disponível em: http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_comunicacao_inova-
cao/article/view/3038/1763. Acesso em: 2 set. 2015.
16. Essas Comissões são a “Comissão Especial destinada a proferir parecer à Pro-
posta de Emenda à Constituição nº 171-A, de 1993, do Sr. Benedito Domingos
e outros, que “altera a redação do art. 228 da Constituição Federal” (imputabili-
dade penal do maior de dezesseis anos), e apensadas - PEC17193“ e a “Comissão
Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6583, de 2013, do Sr.
Anderson Ferreira, que “dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providên-
cias”, e apensado - PL658313”.
17. Sobre Eduardo Cunha e seu poder, ver os relevantes artigos: PHILLIPS, Dom.
Does Brazil’s new speaker of the lower house want the government to fall? The
Washington Post, 29 mai. 2014. Disponível em https://www.washingtonpost.com/
world/the_americas/brazilian-oppositon-leader-eduardo-cunha-has-his-sights-
-on-the-presidency/2015/05/28/37efa0c6-03d7-11e5-93f4-f24d4af7f97d_story.
html. Acesso em 5 jul. 2015. MARTÍN, M. Com tática de guerra relâmpago, ban-
cada conservadora ganha posições. El País, 5 jul. 2015. Disponível em http://brasil.
elpais.com/brasil/2015/07/03/politica/1435956374_637179.html. Acesso em 5 jul.
2015.
18. Marco Feliciano postou no Twitter (30 mar. 2011) afirmações como: “A maldi-
ção que Noé lança sobre seu neto, canaã, respinga sobre continente africano, daí
a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!”. Sobre esta compreensão ver: PINAR,
William F. O corpo do pai e a raça do filho: Noé, Schreber e a maldição do pacto.
Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 13 n. 37 jan./abr. 2008. 35-44.
19. Estas afirmações podem ser encontradas em vídeos postados no Youtube com
pregações religiosas do pastor Marco Feliciano e registradas em matérias noti-
ciosas como: Em novo vídeo, Marco Feliciano diz que Caetano é do diabo. Veja,
10 abr 2013. Disponível em http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/em-mais-um-
-video-na-internet-marco-feliciano-diz-que-caetano-veloso-e-do-diabo. Acesso
em: 13 fev. 2014.
20. O termo conservadorismo é usado aqui no sentido da ciência política, refe-
rente a posições que visam à “manutenção do sistema político existente e dos
seus modos de funcionamento, apresentando-se como contraparte das forças
inovadoras”. BOBBIO, Norberto, MATTEUCCI, Nicola, PASQUINO, Gianfran-
co. Dicionário de Política. Brasília: Universidade de Brasília, 1998. p. 242. Houve
transformações nestas bases ao longo do século XX no que se refere aos evangéli-
cos: emergiram grupos abertos à atuação social e ao ecumenismo. No entanto, o
conservadorismo tem sido predominante entre os evangélicos, característica que
se verifica historicamente na omissão das igrejas frente à implantação da ditadura
militar no Brasil (1964-1985), postura associada ao isolamento de demandas so-
ciais e de participação política, como mencionado no primero parágrafo do item
A reconfiguração do lugar dos evangélicos na política, deste texto, e também tornou
possível o alinhamento de parte das lideranças evangélicas com o governo de
exceção. COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE. Relatório: textos temáticos. V.
2. Brasília: CNV, 2014.
21. CUNHA, Magali do Nascimento. Gênero, religião e cultura: um olhar sobre
a investida neoconservadora dos evangélicos nas mídias no Brasil. In: SOUZA,
Sandra Duarte, SANTOS, Naira Pinheiro. Estudos feministas e religião: tendências e
debates. Curitiba: Prismas/Metodista, 2014. p. 101-126.
22. MENDONÇA, Ricardo. Ideologia interfere pouco na decisão de voto, diz Da-
tafolha. Folha de S.Paulo, 14 out 2013. Disponível em http://www1.folha.uol.com.
br/fsp/poder/133801-ideologia-interfere-pouco-na-decisao-de-voto-diz-datafo-
lha.shtml. Acesso em: 5 jul. 2015.
23. COSTA, Fabiano, PASSARINHO, Nathalia. ‘Sou um soldado do Feliciano’,
afirma deputado Jair Bolsonaro. G1, 27 mar 2013. Disponível em: http://g1.glo-
bo.com/politica/noticia/2013/03/sou-um-soldado-do-feliciano-afirma-deputado-
-jair-bolsonaro.html. Acesso em: 5 jul. 2015.
24. Em novembro de 2011, chegou a pedir à presidente Dilma Rousseff, da tribu-
na da Câmara, para que ela assumisse se gostava de homossexuais. Em março
do mesmo ano, respondeu que “não discutiria promiscuidade” ao ser questionado
em um programa de TV pela cantora Preta Gil sobre como reagiria caso o filho
namorasse uma mulher negra. Sobre o caso ver a matéria CASTRO, Juliana. Preta
Gil vai processar Jair Bolsonaro por declarações em programa de TV. O Globo, 29
mar. 2011. Disponível em http://oglobo.globo.com/politica/preta-gil-vai-processar-
-jair-bolsonaro-por-declaracoes-em-programa-de-tv-2803805#ixzz2tU4qowTO.
Acesso em: 5 jul. 2015.
25. CUNHA, Magali do Nascimento. Gênero, religião e cultura.... Op. cit.
26. Sobre isto ver CASADO, José. A direta avança. O Globo, 8 jul 2104. Disponível em
http://oglobo.globo.com/opiniao/a-direita-avanca-13171346#ixzz376hEcRGH.
Acesso em: 5 jul. 2015.
27. COUTO, Aluízio. Preferências ideológicas e jornalismo tribal. Observatório da
Imprensa, n.753, 2 jul 2013. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.
com.br/news/view/_ed753_preferencias_ideologicas_e_jornalismo_tribal. Aces-
so em: 9 fev. 2014.
28. LÖWY, Michel. Dez teses sobre a ascensão da extrema direita europeia. Folha
de S.Paulo (Ilustríssima), 15 jun. 2014. Disponível em http://www1.folha.uol.com.
br/fsp/ilustrissima/171148-dez-teses-sobre-a-ascensao-da-extrema-direita-euro-
peia.shtml. Acesso em: 12 jul. 2014.
29. LEAL, Luciana Nunes. “No Rio, PSD vira ‘feudo’ de evangélicos”. O Estado
de S.Paulo, 22 fev 2012. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/
impresso,no-rio-psd-vira-feudo-de-evangelicos,838912,0.htm. Acesso em: 5
jul. 2015.
30. Entre as muitas publicações referentes a esta temática ver VETTORA-
ZO, Lucas. ‘2015 será o ano da direita nas ruas’, diz ativista que brigou com
petistas. Folha de S. Paulo, 27 fev 2015. Disponível em http://www1.folha.
uol.com.br/poder/2015/02/1595708-2015-sera-o-ano-da-direita-nas-ruas-
-diz-ativista-que-brigou-com-petistas.shtml. Acesso em: 2 set. 2015.
31. CUNHA, Magali do Nascimento. A Explosão Gospel. Op. cit.
32. CUNHA, Magali do Nascimento. Chaves .... Op. cit.
33. LINHARES, Juliana. “Eu acredito no diálogo”. Entrevista Marco Feliciano.
Veja, São Paulo, ano 46, ed. 2313, n. 12, 20 mar. 2013, p. 17-21.
34. GARCIA, Alexandre. Comentário na Rádio Metrópole, 5 abr 2013. Youtube.
Áudio (2’33). Disponível em: http://www.youtube.com/watch?feature=player_
embedded&v=vuCTZaUdGgo. Acesso em: 5 jul. 2015.
35. SHEHERAZADE, Rachel. Comentário no Jornal do SBT, 20 mar. 2013. Youtu-
be. Vídeo (2’48). Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ICzFac9jNlQ.
Acesso em: 5 jul. 2015.
36. CUNHA, Magali do Nascimento. O lugar das mídias... Op. cit.
37. RODRIGUES, Fernando. Entrevista de Marco Feliciano à Folha e ao UOL.
UOL/Poder e Política, 1 abr. 2013. Transcrição. Disponível em: http://noticias.uol.
com.br/politica/ultimas-noticias/2013/04/02/leia-a-transcricao-da-entrevista-
-de-marco-feliciano-a-folha-e-ao-uol.htm. Acesso em: 5 jul. 2015.
38. CUNHA, Magali do Nascimento. Quem tem moral entre os evangélicos? Obser-
vatório da Imprensa, n. 848, 28 abr. 2015. Disponível em: http://observatoriodaim-
prensa.com.br/tv-em-questao/quem-tem-moral-entre-os-evangelicos/. Acesso em: 5
jul. 2015.
39. LIMA, Venício. Revisitando as sete teses sobre mídia e política no Brasil. Co-
municação & Sociedade, n. 51, p. 13-37, jan-jun. 2009, p. 21.
40. Sobre a rejeição das posturas de Silas Malafaia ver o artigo do pastor evan-
gélico midiático Caio Fábio em reação à participação de Malafaia no Programa
De Frente com Gabi (SBT, 3 fev. 2013), repercutido em várias mídias religiosas:
Entrevista de Silas Malafaia à Gabi: muitos estão me perguntando o que penso.
Caio Fábio. Disponível em: http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=06382.
Acesso em: 2 set. 2015. Ver também o artigo repercutido em diversas mídias re-
ligiosas: SIQUEIRA, Paulo. Silas Malafaia não representa o povo evangélico bra-
sileiro. As pedras clamam. Disponível em: https://pedrasclamam.wordpress.
com/2012/10/12/silas-malafaia-nao-representa-o-povo-evangelico-brasileiro.
Acesso em: 2 set. 2015.
41. Aqui o conceito de midiatização tomado por Rubim é relacionado àquele
desenvolvido por José Luiz Braga, assumido neste trabalho: os novos processos
interacionais (de sociabilidade) que “se realizam de modos bastante diversos, em
sociedades específicas”, e que se desenvolvem segundo as lógicas das mídias.
BRAGA, José Luiz. A sociedade enfrenta sua mídia. Dispositivos sociais de crítica
midiática. São Paulo: Paulus, 2006.
42. RUBIM, Antonio Albino Canelas. Espetáculo, Política e Mídia. In: BIBLIOTE-
CA On-Line de Ciências da Comunicação. Covilhã: Universidade da Beira Interior,
2002. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/rubim-antonio-espetaculo-
-politica.pdf. Acesso em: 5 jul. 2015. p. 16.
43. Idem.
44. WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 2004.
45. Sobre isto ver Pastor Everaldo é entrevistado no Jornal Nacional. Zero Hora,
19 ago 2015. Disponível em http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/08/
pastor-everaldo-e-entrevistado-no-jornal-nacional-4578993.html. Acesso em: 5
jul. 2015.
46. AZEVEDO, Fernando Antonio. Democracia e mídia no Brasil: um balanço
dos anos recentes. In: GOULART, Jefferson O. (org.). Mídia e Democracia. São
Paulo: Anablume, 2006, p. 23-46.
47. LIMA, Venício. Op. cit., p. 29.
48. CUNHA, Magali do Nascimento. Políticos evangélicos em campanha contra
avanços no campo dos direitos humanos e sociais: desinformação, confusão e
retórica do terror. Mídia, Religião e Política, 19 nov. 2013. Disponível em: http://
midiareligiaopolitica.blogspot.com.br/2013/11/politicos-evangelicos-em-campa-
nha.html. Acesso em: 13 fev. 2014.
49. O filósofo Jürgen Habermas contribui com esta temática nas obras: HABER-
MAS, Jürgen. Direito e Democracia: entre facticidade e validade. 2. ed. Vol. II. Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003; Idem, RATZINGER, Joseph. Dialética da Se-
cularização: sobre razão e religião. 3. ed. São Paulo: Ideias & Letras, 2007; Idem.
Teoria do Agir Comunicativo: racionalidade da ação e racionalização social. V. I.
São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012; Idem. Fé e Saber. São Paulo: Unesp, 2013.
50. Decreto 7107, de 11 de fevereiro de 2010. Disponível em http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7107.htm. Acesso em: 2 set.
2015.