Ética Clássica. Apostila I - Sócrates
Ética Clássica. Apostila I - Sócrates
Ética Clássica. Apostila I - Sócrates
CÓDIGOS BNCC
EM13CHS101 - Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com
vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos,
sociais, ambientais e culturais.
EM13CHS103 - Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos,
econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de
diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos,
gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
EM13CHS104 - Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos,
valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas
no tempo e no espaço.
EM13CHS501 - Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, tempos e espaços, identificando processos
que contribuem para a formação de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a cooperação, a autonomia, o
empreendedorismo, a convivência democrática e a solidariedade.
O poeta grego Homero (928 a.C. – 898 a.C) é considerado um dos fundadores da civilização grega. Suas obras Ilíada
e Odisséia tornaram-se uma das principais referências da cultura e dos costumes gregos, ao lado da obra Teogonia do
poeta grego Hesíodo.
A mitologia registrada nas obras da antiguidade era a tradição oral de séculos
de histórias contadas pelos gregos em forma de cantos e poemas.
A democracia grega, que recebeu influência das obras de Homero, pressupõe igualdade entre cidadãos (que não é o
mesmo que igualdade entre os homens). Esse ambiente democrático foi responsável pelo florescimento intelectual da
Grécia Antiga, pois permitia o debate de ideias.
Assim, qualquer homem pode ser virtuoso, contanto que se esforce para
isso. Tanto em Homero quanto em Hesíodo existem as ideias de cidadania e
igualdade, seja entre deuses, nobres ou cidadãos.
3. O surgimento da filosofia
8. Os Sofistas e Sócrates
Abaixo você irá encontrar vários links do netmundi referentes aos pré-
socráticos, os sofistas e Sócrates.
Essas acusações foram feitas por Anito, Meleto e Licon, representantes das
classes dos políticos, poetas e oradores da cidade.
Após receber a sentença de morte, o filósofo disse que não seria vergonhoso
para ele ser condenado, mas sim vergonhoso para o júri a decisão injusta. E
assim, se despediu: “Já é hora de partir, eu para morrer e vocês, para
viver. Quem vai para melhor sorte, isso é segredo, exceto para o deus”.
Lista de exercícis
2. (Ufu 2021) “Meti-me, então, a explicar-lhe que supunha ser sábio, mas não
o era. A consequência foi tornar-me odiado dele e de muitos dos circunstantes.
Ao retirar-me, ia concluindo de mim para comigo: ‘Mais sábio do que esse
homem eu sou; é bem provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas
ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco
suponho saber”.
PLATÃO, Defesa de Sócrates, v. II. São Paulo: Abril Cultural, 1972, p. 15. Apud
ARANHA, M.L.A. e MARTINS, M.H.P. Filosofando. São Paulo, Moderna: 2009.
A partir do trecho, é correto afirmar que a sabedoria de Sócrates consiste em
a) reconhecer a própria ignorância e ver nisso uma grande virtude.
b) recusar-se a reconhecer a sabedoria alheia por pura vaidade.
c) atribuir valor ao conhecimento dos sábios sem lhes fazer críticas.
d) acreditar que ele e os outros são conhecedores de importantes verdades.
Texto 2
Não devemos admitir que também o discurso permite uma técnica por meio da
qual se poderá levar aos ouvidos de jovens ainda separados por uma longa
distância da verdade das coisas, palavras mágicas, e apresentar, a propósito
de todas as coisas, ficções verbais, dando-lhes assim a ilusão de ser
verdadeiro tudo o que ouvem e de que, quem assim lhes fala, tudo conhece
melhor que ninguém?
PLATÃO. Sofista. 234c. Trad. Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo:
Abril Cultural, 1972. p. 160. Coleção Os Pensadores
O trecho acima é do livro Teeteto, de Platão, no qual Sócrates (469 – 399 a.C.)
descreve sua arte chamada de maiêutica, em grego, o parto, sendo que, pelo
que se entende pelo excerto, a principal caracterização da maiêutica é a
aporia, que pode ser entendida como um método de refletir filosoficamente que
a) reforça as hipóteses sem fundamentação.
b) desvela a ignorância dos interlocutores.
c) valoriza os pensamentos intransigentes.
d) aceita a opinião comum como sabedoria.
Mas, está na hora de nos irmos: eu, para morrer; vós, para viver. A quem tocou
a melhor parte, é o que nenhum de nós pode saber, exceto a divindade. (42a).
Aristóteles. Metafísica, A6, 987b 1-3. Tradução de Marcelo Perine. São Paulo:
Loyola, 2002.
14. (Unioeste 2009) “A ignorância mais condenável não é essa de supor saber
o que não se sabe? É talvez nesse ponto, senhores, que difiro do comum dos
homens; se nalguma coisa me posso dizer mais sábio que alguém, é nisto de,
não sabendo o bastante sobre o Hades, não pensar que o saiba”. (Platão)
Neste texto, Platão apresenta a concepção socrática de Filosofia. Sobre ela,
seguem as seguintes afirmações: