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O direito natural é anterior à sociedade e superior ao
direito escrito, segundo os filósofos gregos. Na
Grécia antiga, a natureza era vista como ordenada e bela, com regras que impunham limites aos seres humanos. O direito natural é baseado em princípios imutáveis e permanentes, derivados da natureza e não da vontade dos homens. Na escola teológica, o direito natural é visto como imutável e baseado na vontade de Deus. Já na escola do direito natural racional, o direito é considerado uma ordem preestabelecida derivada da natureza do homem e da sociedade, sendo descoberto pela razão humana. Autores como Grotius defendem que o direito natural é baseado na razão e na natureza do homem, independente de princípios teológicos, e que os princípios de justiça podem ser deduzidos logicamente.
Gottfried Wilhelm Leibniz foi um filósofo e
matemático alemão que defendia que a vida em sociedade é regulada por princípios de direito natural, baseados na "eterna razão" divina. Ele reconhecia a liberdade humana como um elemento importante e acreditava que o homem era responsável por seus atos, sendo um instrumento de Deus. O Iluminismo jurídico foi um movimento revolucionário que criticava a desigualdade, servidão, autoritarismo e outras injustiças da sociedade da época, buscando a felicidade do homem através da razão e da liberdade. Immanuel Kant, representante da escola racionalista, defendia que o direito deve ser baseado na razão humana e garantir a liberdade de todos, sendo composto por normas gerais que conciliem os interesses de todos os cidadãos. Ele rejeitava argumentos de autoridade, decisões irracionais da maioria, uso da força e interesses pessoais como justificativas para ações. Kant acreditava que a sociedade deveria ser composta por pessoas "adultas" e esclarecidas, capazes de raciocinar de forma independente.
O Manual de Sociologia Jurídica de Ana Lucia
Sabadell aborda a importância de acompanhar as transformações no sistema jurídico, com revisões e ampliações em temas como pluralismo jurídico e poder. O livro é didático, com linguagem simples para estudantes de Direito, apresentando escolas jurídicas, abordagens sociológicas do sistema jurídico e a função da sociologia jurídica. Discute conflitos, integração e mudanças sociais, legitimidade do poder, controle social, e métodos de pesquisa na sociologia jurídica. Cada capítulo inclui referências para aprofundar o conhecimento. O objetivo é oferecer uma visão abrangente da disciplina, facilitando a compreensão dos conceitos fundamentais em um curso de dois semestres. O juspositivista faz um juízo de valor jurídico sobre a jurisprudência, enquanto o realista se interessa apenas pelo direito em ação, considerando inútil uma interpretação correta. O realismo jurídico sustenta que o direito é estabelecido por uma vontade política, principalmente pelos tribunais. As escolas positivistas sociológicas se interessam pela relação entre o direito e a realidade, questionando quem cria o direito e por quê. Charles de Montesquieu analisa as causas da diversidade do direito no mundo, defendendo que as leis seguem os costumes de cada povo. A Escola Histórica do Direito, surgida na Alemanha, rejeita a visão racional do direito natural, enfatizando a importância do espírito do povo na formação do sistema jurídico. Esta escola se aproxima de uma concepção sociológica do direito, valorizando as tradições populares na criação do direito.
A corrente interpretativa do direito busca soluções
justas para cada caso concreto através do diálogo e argumentação moralista. Defende a primazia do direito justo sobre o direito vigente, excluindo normas extremamente injustas e corrigindo as demais. Por outro lado, as escolas positivistas veem o direito como um sistema de normas que regulam o comportamento social, sendo um instrumento de governo da sociedade. Autores como Thomas Hobbes defendem a necessidade de um poder central absoluto para garantir a ordem social, enquanto Jean-Jacques Rousseau coloca o poder nas mãos do povo. Hans Kelsen fundamenta metodologicamente o positivismo jurídico, analisando as normas sem interferências sociológicas, históricas ou políticas. Apesar de criticado por sua abordagem ingênua, Kelsen busca a pureza metodológica ao separar os diferentes níveis do discurso científico.
A lição 9 aborda a estratificação social e o direito,
discutindo as perspectivas sociológicas de análise das classes sociais, a relação entre classes sociais e a aplicação do direito. A lição 10 trata da sociologia da aplicação do direito, abordando os operadores do direito, o acesso à justiça e a opinião pública sobre o direito. A conclusão destaca as definições sociológicas do direito e a existência de escolas jurídicas ao longo da história, divididas em moralistas e positivistas. O texto explora as escolas moralistas do direito, como o jusnaturalismo grego, que acreditam que o direito é pré-determinado por leis naturais, influenciando a vida em sociedade e a criação do direito positivo. Os filósofos gregos desenvolveram diversas linhas filosóficas baseadas na ideia de uma natureza organizada, com regras de direito natural que impõem limites aos seres humanos. O texto aborda a relação entre o juiz e a aplicação do direito, destacando a teoria da interpretação distanciada do direito. Além disso, apresenta as teorias positivistas centradas na legislação, como a jurisprudência dos interesses e o realismo jurídico. A jurisprudência dos interesses defende a ponderação de interesses em conflito na aplicação da lei, permitindo uma atuação mais flexível do juiz. Já o realismo jurídico enfoca a prática jurídica e a influência de fatores humanos nas decisões judiciais, considerando o direito como um fenômeno social. Ambas as correntes valorizam a aplicação prática do direito em detrimento das normas abstratas, buscando uma compreensão mais realista e contextualizada do sistema jurídico.