Campo Magnetico
Campo Magnetico
Campo Magnetico
Unidade 04
Aula 01
→
→
F E
→
= qE
→
⇒ E =
FE
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Figura 1.1
→ , experimenta
→ num campo magnético B
Uma partícula positiva q que se move com velocidade v
uma força magnética F→B .
→ ) dá a direção e o sentido de F→B para uma
→ é “varrido” para B
A regra da mão direita (na qual v
partícula com carga positiva.
Para uma partícula com carga negativa, o sentido de F→B é oposto ao dado pelo polegar.
Definição
A força magnética F→B sobre uma carga q que se move com velocidade v →é
→ num campo magnético B
dada por:
→
F B = qv × B→ →
F B = qvBsenφ (1.1)
→.
→ e do campo magnético B
Onde, ϕ é o ângulo entre as direções da velocidade v
Observações:
→ → → → → →
F = F B + F E = q(v × B + E) (For a de Lorentz) ç
→ : Tesla (T)
Unidade SI para B
newton
1 tesla = 1T = 1
(coulomb)(metro/segundo)
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1 coulomb/segundo = 1 Amp re è
N
⇒ 1T = 1
A ⋅ m
4
1 tesla = 10 gauss
→ (calculados em Teslas).
Veja na Tabela 1.1 abaixo alguns valores de campo magnético B
Tabela 1.1
A Figura 1.2(a) mostra como o campo magnético próximo a uma barra imantada pode ser
representado pelas linhas de campo magnético. Note que as linhas atravessam o ímã, formando
curvas fechadas. Os efeitos magnéticos externos de uma barra imantada são mais fortes próximos
às suas extremidades. A extremidade da qual as linhas de campo emergem é chamada de polo norte,
a outra extremidade sendo o polo sul.
Figura 1.2
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Observação: Devido ao fato de os polos norte geográfico e magnético não estarem no mesmo lugar,
a agulha de uma bússola geralmente não aponta exatamente para o polo norte geográfico. Tal
diferença é denominada declinação magnética.
Figura 1.3
Medidas mais precisas revelam que no hemisfério norte as linhas do campo magnético da Terra
apontam para baixo e na direção do polo geomagnético norte, enquanto no hemisfério sul apontam
para cima e para longe do polo geomagnético sul, situado nas proximidades do polo geográfico sul.
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Figura 1.4
Na Figura 1.4, uma fita de cobre de largura d percorrida por uma corrente i está imersa num campo
→.
magnético B
A situação imediatamente após o campo magnético ter sido ligado. A trajetória curva que um
elétron seguirá é mostrada. Observação: o símbolo ⊗ (a extremidade de uma seta) indica que
B
→ aponta para dentro da página.
A situação de equilíbrio, que rapidamente é atingida. Note que as cargas negativas se
acumulam do lado direito da fita, deixando cargas positivas não compensadas à esquerda. O
ponto x está a um potencial mais alto do que o ponto y.
Para o mesmo sentido da corrente, se os portadores de carga fossem positivamente
carregados, eles se acumulariam no lado direito, e o ponto y estaria no potencial mais alto.
J i
vd = = (1.3)
ne neA
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i
E = B
neA
V i Bi
⇒ = B (1.4) ⇒ n =
d neA V le
Observação:
É possível também usarmos o efeito Hall para medir diretamente a velocidade escalar de deriva v d
dos portadores de carga, que, como sabemos, é da ordem de centímetros por hora.
Substituindo E =
V
d
na Equação (1.4):
V V
= vd B ⇒ vd =
d Bd
O efeito Hall ajuda-nos a entender a condução elétrica nos metais e nos semicondutores.
0
F = qvB → (F B = qvBsenφ → φ = 90 )
Figura 1.5
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2 2
v v
(F B = F c = ma c = m ) ⇒ qvB = m
r r
mv
r =
qB
O tempo necessário para uma volta (período) é igual ao comprimento da circunferência dividido
pela velocidade escalar
2πr 2π mv 2πm 1
⇒ T = = ⇒ T = ⇒ f = = qB2πm
v v qB qB T
qB
ω = 2πf =
m
Cíclotron e Sincrotron
Figura 1.6 Uma vista aérea do Fermilab. Observe o anel de sincrotron de prótons.
Cíclotron é um acelerador de partículas que usa um campo magnético para manter uma partícula
carregada em órbita circular de modo que um modesto potencial acelerador passa agir sobre ela
repetidamente, resultando daí altas energias.
Pelo fato de a partícula em movimento sair de fase com o oscilador quando sua velocidade se
aproxima da velocidade da luz, existe um limite superior para a energia atingível com um cíclotron.
Sincrotron elimina essa dificuldade. O campo B e a frequência do oscilador f osc são programados
para mudarem ciclicamente de modo que a partícula possa alcançar energia bastante elevada e
manter o raio da órbita constante.
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Figura 1.7
Na Figura 1.7 um fio condutor transportando uma corrente está imerso num campo magnético que
→ v
emerge do plano da figura (∙) de modo que o fio é desviado para a direita. (B⊥ →d)
Consideremos um comprimento L do fio. Os elétrons, nesta seção do fio, irão deslocar-se passando
pelo plano xx num tempo t =
L
vd
, transportando uma carga dada por q = it ⇒ q = i (
L
vd
)
iL 0
⇒ FB = ( )v d Bsen90
vd
∴ F B = iLB
Figura 1.8
Quando o campo magnético não é perpendicular ao fio, como na Figura 1.8, a força magnética é
dada por uma generalização da Equação anterior:
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→ →
F B = iL × B (1.5)
→
Quando o fio não é retilíneo, podemos imaginá-lo dividido em pequenos segmentos retos e então
aplicar a Equação (1.5) a cada segmento. A força que atua sobre o fio como um todo será dada pela
integração da equação
→
dF B = idL × B
→ →
Bobina de Corrente
Uma bobina de corrente é um conjunto de espiras de cobre esmaltado enroladas entorno de um
núcleo ferromagnético e percorridas por uma corrente elétrica.
Figura 1.9
A Figura 1.9 mostra um motor simples constituído de uma bobina retangular, de lados a e b,
→ . Colocamos a bobina no
transportando uma corrente i e imersa num campo magnético uniforme B
campo de modo que seus lados maiores, 1 e 3, fiquem sempre perpendiculares à direção do campo,
mas seus lados menores, 2 e 4, não. Para permitir a circulação da corrente é preciso que existam
fios ligados na bobina a fim de que a corrente tenha por onde entrar e sair, contudo, para simplificar,
eles não são mostrados.
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Figura 1.10
Aponte ou curve os dedos da sua mão direita, em qualquer ponto da bobina, no sentido da corrente.
→.
Seu polegar estendido apontará, então, no sentido de vetor normal n
Figura 1.11
A Figura 1.11, mostra que a força resultante do campo sobre a espira é nula.
⇒ F = iaB (≡ iLB)
As forças F→e −F→constituem um par de forças, cujo torque, em relação a um ponto (P) não depende
da posição do ponto.
τ P = +F bsenθ − F (0)
τ = N iABsenθ
Esta equação nos diz que uma bobina transportando uma corrente colocada num campo magnético
tende a girar de modo que este vetor normal aponte na direção do campo. Este é justamente o
comportamento da agulha de uma bússola.
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→
μ = N iA ( ou μ = N iAn) →
⇒ τ = μBsenθ (1.6)
Ou também,
→ →
τ = μ × B
→
O torque tende a fazer o corpo girar no sentido de q decrescente, ou seja, no sentido da posição de
→.
equilíbrio estável no qual a espira fica no plano xy, perpendicular à direção do vetor do campo B
Uma espira de corrente, ou qualquer outro corpo que sofra um torque magnético dado pela
equação (1.6), é também chamado de dipolo magnético.
→: 1 A. m 2 = 1 J/T.
Unidade SI do vetor μ
Veja alguns valores de mu na Tabela 1.2.
→.
Para o torque exercido por um campo elétrico sobre um dipolo elétrico: τ→ = p→xE
A energia potencial elétrica de um dipolo elétrico: U (θ) → →.
= −p ⋅ E
Analogamente, para o caso magnético a energia potencial magnética é dada por: U (θ) → →.
= −μ ⋅ B
Tabela 1.2
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Aplicações
Cinturão de Van Allen e Aurora Boreal
O campo magnético da Terra é muito importante porque nos protege de um tipo de energia
radiante de alta energia proveniente do espaço, conhecida como raios cósmicos. Estes consistem
principalmente em partículas carregadas que são desviadas da superfície terrestre por seu campo
magnético.
A Figura 1.12 mostra um corte transversal através das linhas do campo magnético da Terra. As
linhas de campo estão amontoadas, formando uma superfície que se enrola ao redor da Terra como
um pneu.
O campo magnético da Terra é distorcido pelo vento solar, um fluxo de partículas ionizadas,
principalmente prótons, emitidas pelo Sol a cerca de 400 km/s. Duas faixas dessas partículas
carregadas que foram capturadas do vento solar circulam em volta da Terra. Elas são denominadas
cinturões de radiação de Van Allen(Figura 20.1), em homenagem a James A. Van Allen (1914-2006),
que os descobriu nos primeiros dias da era espacial ao instalar contadores de radiação em satélites
artificiais.
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Os cinturões de radiação Van Allen aprisionam partículas emitidas pelo Sol que ejeta cerca de 1
milhão de toneladas de matéria para o espaço a cada segundo. Essa matéria é formada
principalmente por prótons que se deslocam a velocidades de aproximadamente 400 km/s.
Figura 1.12. Corte transversal do campo magnético da Terra. As linhas tracejadas representam as
linhas de campo magnético. O eixo definido pelos polos norte e sul (linha vermelha) atualmente
forma um ângulo de aproximadamente 11° com o eixo de rotação.
Os cinturões de radiação de Van Allen são mais próximos da superfície da Terra ao redor dos poios
magnéticos norte e sul, onde as partículas carregadas mantidas dentro dos cinturões colidem com
frequência com os átomos da atmosfera do planeta, excitando-os. Estes átomos excitados emitem
luz de cores diferentes e perdem energia; o resultado são as fabulosas Aurora Boreal ("Luzes do
Norte"), em altas latitudes norte (veja a Figura 1.13), e Aurora Austral ("Luzes do Sul"), em altas
latitudes sul.
As auroras não são exclusivas da Terra; elas também têm sido observadas em planetas externos
dotados de campos magnéticos intensos, como Júpiter e Saturno.
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A Figura 1.14 mostra um tubo de raios catódicos. Neste tubo, uma diferença de potencial
ΔV = 111V acelera elétrons horizontalmente (partindo do repouso) dentro de um canhão de
Figura 1.14 (a) Um tubo de raios catódicos, (b) Elétrons em movimento, com velocidade inicial v,
penetram em um campo magnético constante e perpendicular à trajetória da partícula.
Elétrons e pósitrons são partículas elementares de mesma massa; o elétron possui uma carga
negativa, enquanto o pósitron tem uma carga positiva. Partículas dotadas de cargas opostas e de
mesma massa orbitarão em trajetórias do mesmo raio, mas sentidos contrários.
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Observações:
Os pares de elétrons e pósitrons foram criados por interações entre partículas elementares.
Se a velocidade da partícula carregada for paralela (ou antiparalela) ao campo magnético,
nenhuma força será exercida sobre a partícula, que prosseguirá em linha reta.
Figura 1.15 Fotografia de uma câmara de bolhas mostrando dois pares elétron-pósitron. A câmara
de bolhas está localizada em um campo magnético constante que aponta diretamente para fora da
página.
A Figura 1.16 mostra as colisões de dois prótons e dois núcleos de ouro ocorridas no centro da
STAR TPC. O colisor próton-próton cria dezenas de partículas; a colisão ouro-ouro cria milhares de
partículas. Cada partícula carregada deixa um rastro na TPC. A cor atribuída por um computador
aos rastros representa a densidade de ionização do rastro deixado pelas partículas no gás da TPC.
Enquanto atravessam o gás, as partículas ionizam os átomos do gás, liberando elétrons livres. O gás
permite que os elétrons livres se movimentem à deriva sem se recombinarem com os íons positivos
gerados. Campos elétricos aplicados entre o centro da TPC e os coletores nas extremidades do
cilindro exercem forças elétricas sobre os elétrons livres, fazendo com que eles se movimentem à
deriva para os coletores, onde são registrados eletronicamente. Usando o tempo de arraste e as
posições registradas, um software de computador reconstrói as trajetórias seguidas por aquelas
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Figura 1.16 Rastros curvilíneos gerados pelo movimento de partículas carregadas produzidas em
colisões de (a) dois prótons, cada qual com 100 GeV de energia cinética, e (b) dois núcleos de ouro,
cada qual com 100 Gev de energia cinética.
Aceleradores de Partículas
Os aceleradores de partículas foram inventados na década de 1920 como uma ferramenta para a
investigação em física. Por fora, parecem grandes túneis, e podem ter vários quilômetros de
extensão. Dentro deles, partículas como prótons, elétrons, pósitrons, antiprótons e diferentes tipos
de íons são acelerados a velocidades próximas das da luz, utilizando-se campos eletromagnéticos
para esse efeito.
Exemplos comuns de aceleradores de partículas existem nas televisões antigas, geradores de raios-
X, na produção de isótopos radioativos, na radioterapia do câncer, na radiografia de alta potência
para uso industrial e na polimerização de plásticos.
Figura 1.17 Acelerador de partículas - O Realitivistic Heavy Ion Collider em Brookhaven National
Laboratory - Nova York.
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Devido à disposição geométrica dos campos eletromagnéticos responsáveis pela aceleração das
partículas, basicamente são classificados em dois tipos: cíclicos (Cíclotron e Sincrotron) e lineares
(como o Grande Colisionador de Hádrons que entrou em funcionamento em 2008, mostrado na
Figura 1.18).
Para que aconteçam às condições mais próximas do ideal, existe a necessidade de gerar vácuo na
região de trânsito, evitando assim a dispersão destas partículas pelas moléculas de gases que
porventura estejam na sua trajetória.
O CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), situado perto de Genebra, Suíça, é o
Laboratório Europeu de Física de Partículas considerado o maior centro mundial de investigação do
seu tipo, sendo financiado por vinte Estados Membros. Desde a sua fundação em 1954, tem sido um
exemplo bem-sucedido de colaboração internacional, juntando milhares de cientistas de várias
nacionalidades.
O objetivo do CERN é a investigação científica pura, sem objetivos militares: De que é constituído o
nosso Universo? De onde vem a matéria? Como é que as partículas elementares interagem?
Estas são algumas das perguntas para as quais os cientistas procuram respostas. O CERN
desempenha também um papel fundamental no desenvolvimento de tecnologia de ponta, desde a
ciência de materiais até à engenharia mecânica ou computação, ou aplicações na medicina.
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O Espectrômetro de Massa
Uma aplicação do movimento de partículas carregadas em um campo magnético é o espectrômetro
de massa,que possibilita a determinação precisa de massas atômicas e moleculares, e pode ser útil
para a datação pelo carbono e para análise de compostos químicos desconhecidos. Um
espectrômetro de massa funciona ionizando os átomos ou as moléculas estudadas, e acelerando-as
por meio de uma diferença de potencial. Os íons, então, atravessam um seletor de velocidade, este
permite que somente aqueles íons com uma determinada velocidade o atravessem, bloqueando os
demais. Aqueles íons, então, entram em uma região onde existe um campo magnético constante.
Em presença do campo, o raio de curvatura da órbita de cada íon é dado por: r = mv / |q|B.
Considerando-se que todos os íons ou as moléculas estejam ionizados uma vez apenas (tenham
carga igual a +1 ou -1), o raio de curvatura é proporcional à massa do íon considerado. Um diagrama
esquemático de um espectrômetro de massa é mostrado na Figura 1.19.
Figura 1.19 Diagrama esquemático de um espectrômetro de massa, mostrando uma fonte de íons,
um seletor de velocidade, que consiste em um campo elétrico e um campo magnético, cruzados
entre se, uma região onde existe um campo magnético constante e um detector de partículas.
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Levitação Magnética
Uma aplicação interessante da força magnética é a levitação magnética,situação em que uma força
magnética sobre um objeto, orientada para cima, equilibra a força gravitacional para baixo,
resultando em equilíbrio estático sem necessidade de contato direto entre as superfícies. Porém, se
você tentar equilibrar um imã sobre outro imã orientando seus polos norte (ou polos sul) um para o
outro, verá que isso é impossível de conseguir. Em vez disso, um dos imãs simplesmente inverterá
sua orientação de modo que poios opostos fiquem virados um para o outro e a força atrativa entre
eles os fará se grudar. Sabemos que o equilíbrio estável requer a existência de um mínimo local de
energia potencial, o que não existe no caso de interações puramente repulsivas entre dois poios
magnéticos do mesmo tipo.
A levitação magnética tem aplicações mundiais nos trens de levitação magnética (Maglev). Estes
trens possuem várias vantagens em relação aos trens normais com trilhos de aço: não existem
partes móveis para sofrerem desgaste, ocorre menos vibração e o atrito reduzido significa
velocidades tão grandes quanto possível. Diversos trens Maglev já estão em operação ao redor do
mundo, e mais deles estão sendo projetados. Um exemplo é o Shangai Maglev Train (Trem Maglevde
Shangai), que opera entre o Aeroporto Pudong de Shangai e o centro desta cidade da China,
atingindo velocidades de até 120 m/s (432 km/h).
Figura 1.20 Base de um comboio de levitação magnética num projeto de Física do Centro
Universitário IESB.
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NA-PRATICA
Exercícios Resolvidos
Superposição de Campos Magnéticos
→
Um elétron com uma velocidade v 6
= (2, 0 × 10 m/s)^
6
i + (3, 0 × 10 m/s)^
j está se movendo
→
em uma região onde existe um campo magnético B = (0, 030T )^
i − (0, 15T )^
j .
→ 6 → 6 → →
v = (2, 0x10 m/s)i + (3, 0x10 m/s)j ; B = (0, 030T )i + (0, 15T )j → →
→
F B = −1, 60 × 10
−19 6 → → 6 →
[(2, 0 × 10 )(0, 030)i × i − (2, 0 × 10 )(0, 15)i × j + (3, 0 × 10 )(0, 03
→ 6
6
− (3, 0 × 10 )(0, 15)j × j] → →
Lembre-se que:
→×k
→i × →i = →j × →j = k →=0
→ ; →j × k
→i × →j = k → = →i ; k
→ × →i = →j
→ →
A × B = −B × A → →
→
F B = −1, 60 × 10
−19 6 →
{−0, 30 × 10 k − 0, 09 × 10 k} ⇒ F B = −1, 60 × 10
6 → → −19
{−0, 39 × 1
→
∴ F B = + (6, 24 × 10
−14 →
N )k
Logo: F→ B = − (6, 24 × 10
−14
N )k
→
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Efeito Hall
Figura 1.21
Uma fita metálica com 6,50 cm de comprimento, 0,850 cm de largura e 0,760 mm de espessura
→
está se movendo com velocidade constante v em uma região onde existe um campo magnético
uniforme B = 1, 20mT perpendicular à fita, como na Figura 1.21. A diferença de potencial
entre os pontos x e y da fita é 3, 90μV . Determine a velocidade escalar v.
Comprimento: h = 6, 50cm = 6, 50 × 10
−2
m
Largura: d = 0, 850cm = 8, 50 × 10
−3
m
Espessura: l = 0, 760mm = 7, 60 × 10
−4
m
−3
B = 1, 20mT = 1, 20 × 10 T
−6
V xy = 3, 90μV = 3, 90 × 10 V
V =?
Onde, E =
V
d
⇒
V
d
= vd B ⇒ vd
V
Bd
−6
3, 9 × 10
⇒ vd = ∴ v d = 0, 38m/s
−3 −3
(1, 2 × 10 ) (8, 5 × 10 )
a velocidade da partícula;
o período de revolução;
a energia cinética;
a diferença de potencial necessária para que a partícula atinja a energia do item (c).
Partícula α:
−19 −19
q = +2e = +2 (1, 60 × 10 C) = 3, 20 × 10 C
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−27 −27
m = 4u = 4 (1, 66 × 10 kg) = 6, 64 × 10 kg
−2
r = 4, 5cm = 4, 5 × 10 m
B = 1, 2T
−19 −2
mv qBr (3, 2 × 10 )(1, 2)(4, 5 × 10 )
amp; r = ⇒ v = ⇒ v =
−27
qB m 6, 64 × 10
6
amp; ∴ v ≅ 2, 60 × 10 m/s
−27
−7
∴ T ≅ 1, 09 × 10 s ou T ≅ 0, 109μs
2
c. K =
1
2
mv
2
⇒ K =
1
2
(6, 64 × 10
−27
)(2, 6 × 10 )
6
∴ K = 2, 24 × 10
−14
J
−19 −19 18
1eV = 1, 60 × 10 C ⋅ V = 1, 6 × 10 J ⇒ 1J = 6, 25 × 10 eV
Logo: K = 2, 24 × 10
−14
(6, 25x10
18
eV )
5
∴ K = 1, 4 × 10 eV ou K = 0, 14M Ev
−14
d. U K 2,24×10 J
= qV = K ⇒ V = ⇒ V = −19
q 3,2×10
4
∴ V = 7, 0 × 10 ou V = 70kV
; ;
N = 1 i = 5, 0A B = 80mT = 8, 0 × 10
−2
T
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Figura 1.22
a. μ = N iA A =; b×h
2
=
30×40
2
= 600cm
2
_A = 600 × 10
−4
m
2
= 0, 06m
2
Logo, μ = 1 × 5, 0 × 0, 06 \μ = 0, 3J /T (A ⋅ m )
2
b. τ (→
= μBsenθ τ = μ × B → → );
θ: ângulo entre μ →.
→eB
−2 0 −2
⇒ τ = (0, 3)(8, 0 × 10 )(sen90 ) ⇒ τ = 2, 4 × 10 N ⋅ m
−2
∴ τ = 2, 4 × 10 N. m
Temos: τ
0,3×0,4 −2 0
= 1 × 5, 0 × ( ) × (8, 0 × 10 )sen90
2
−2
∴ τ = 2, 4 × 10 N ⋅ m
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Unidade 04
Aula 02
Lei de Biot-Savart
Analogia com a Lei de Coulomb da Eletrostática
De que modo é possível de se calcular o campo magnético que uma distribuição de corrente gera no
espaço circunjacente?
Na aula sobre Campo Elétrico vimos que para distribuições estáticas uniformemente carregadas
→ foi dividir a distribuição de
como esferas, linhas, anéis e discos, nosso método para o cálculo de E
carga em elementos de carga dq, tal que:
1 dq 1
dE = ( ) (Lembre-se que = k )
2
4πε 0 r 4πε 0
→ escrevendo:
Podemos expressar o módulo, a direção e o sentido de dE
1 dq 1 dq
dE = ( )
3
→
r = ( )
2
→
ur
4πε 0 r 4πε 0 r
r→
→
ur = → Vetor unit rio na dire á ção radial.
r
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Figura 2.1
→ no ponto P.
Um elemento de carga dq cria um campo elétrico diferencial dE
→ no ponto P. O símbolo
Um elemento de corrente ids→ cria um campo magnético diferencial dB
⊗
→ aponta para dentro da página.
indica que dB
O módulo do campo magnético criado no ponto P pelo elemento de corrente ids→vem a ser (em
analogia ao caso elétrico)
μ0 idssenθ
dB =
2
4π r
−7
μ 0 = 4π × 10 T . m/A
−6
≈ 1, 26 × 10 T . m/A
→ μ0 →
ids × r →
dB = ( ) (Lei de Biot-Savart)
3
4π r
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μ0 i
B =
2πr
Figura 2.2
Figura 2.3
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As linhas de campo magnético para uma corrente i num fio retilíneo longo são círculos
concêntricos. O sentido das linhas é dado pela regra da mão direita. Neste caso, a corrente está
dirigida para dentro da página que é indicado pelo símbolo ⊗.
A regra da mão direita dá a direção e o sentido do campo magnético (que é dado pelos dedos
encolhidos) graças à corrente no fio.
VÍDEO
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Figura 2.4
→ a . O módulo de B
O fio produz um campo magnético B → a no local em que se encontra o fio b, de
acordo com a Equação B é Ba .
μ0 i μ0 ia
= =
2πr 2πd
→ a . Um
O fio b, que transporta a corrente i b , encontra-se imerso nesse campo magnético externo B
comprimento L do fio experimentará uma força magnética, dada por: (Lembre que F→ → →
= iL × B ext )
0
μ 0 Li a i b
F ba = i b LB a sen90 ⇒ F ba =
2πd
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VÍDEO
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Lei de Ampère
A Lei de Ampère e sua Analogia com a Lei de
Gauss
Na reunião das leis do eletromagnetismo (equações de Maxwell), o campo da eletrostática não é
representado pela lei de Coulomb, mas sim pela lei de Gauss.
Na eletrostática, onde as cargas estão em repouso ou se movendo muito lentamente, tais leis são
equivalentes. Entretanto, a lei de Gauss é mais compatível em forma com as outras equações do
eletromagnetismo do que a lei de Coulomb e nos permite resolver problemas de campo elétrico de
altos graus de simetria com facilidade e elegância.
∮
→ →
B ⋅ ds = μ 0 i env
A lei de Ampère é aplicada a uma curva fechada chamada de curva amperiana ou laço de Ampère; o
→ ∙ ds→ deve ser integrada em torno dessa
círculo sobre o sinal de integral indica que a grandeza B
curva fechada. A corrente i env é a corrente total envolvida pela curva fechada.
A Figura 2.5 mostra três fios transportando as correntes i 1 , i 2 e i 3 nos sentidos indicados. A curva
amperiana arbitrária à qual vamos aplicar a lei de Ampère encontra-se inteiramente no plano da
figura e traça seu caminho entre os fios, incluindo dois deles, mas excluindo o terceiro.
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Figura 2.5
Dividimos a curva amperiana em segmentos diferenciais de linha, ds→, um dos quais é mostrado. A
corrente total dentro da curva é dada por:
i env = i 1 − i 2
Onde i 3 não é incluída porque não se encontra englobada pela curva. Aplicando a lei de Ampère:
∮
→ →
B ∙ ds = ∮ Bds cos θ = μ 0 (i 1 − i 2 )
Este resultado, embora não possamos estendê-lo mais do que isso, demonstra o poder e a elegância
da lei de Ampère. A situação anterior não envolve a simetria que é necessária para calcular
explicitamente a integral de linha fechada no lado esquerdo esta equação. Entretanto, pelo lado
direito da equação, podemos determinar qual deve ser o seu valor.
VÍDEO
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Figura 2.6
→ ⋅ ds→ =
O lado esquerdo da lei de Ampère será dado por: ∮ B ∮ Bds cos θ = B ∮ ds =B (2πr)
A regra da mão direita nos dá um sinal de adição para a corrente da figura anterior. Assim, o lado
direito da lei de Ampère é +μ 0 i,
⇒ B (2πr) = μ 0 i
Logo,
μ0 i
B =
2πr
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Figura 2.7
A Figura 2.7 mostra outra situação na qual podemos aplicar utilmente a lei de Ampère. Ela mostra
uma seção transversal de um fio retilíneo longo de raio R, transportando uma corrente i
uniformemente distribuída sobre a seção transversal do fio e emergindo da página.
⇒ ∮
→ →
B ⋅ ds = B ∮ ds = B (2πr) = μ 0 i env
Na determinação do lado direito da lei de Ampère, notamos que a corrente i env não é a corrente
total i no fio, mas somente a fração da corrente total que está englobada pela curva amperiana.
Esta fração é i (πr 2 /πR 2 ), de modo que a lei de Ampère nos dá:
2
πr
B (2πr) = μ 0 i
2
πR
μ0 i
B = ( )r
2
2πR
Essa equação mostra que dentro do fio, B é proporcional a r, partindo de um valor zero no centro do
fio.
Na superfície do fio r .
μ0 i
= R ⇒ B =
2πR
Isto é, as expressões para o campo magnético fora do fio e dentro do fio conduzem ao mesmo
resultado na superfície do fio.
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Solenoides e Toróides
Campo Magnético de um Solenoide
É uma bobina helicoidal de fio, longa, enrolada compactamente.
Figura 2.8
Figura 2.9
B = μ 0 in (Solenoide ideal)
L
)
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Figura 2.10
(B) (2πr) = μ 0 iN
μ 0 iN 1
B = ó
(Tor ide)
2π r
Ao contrário do que ocorre com o solenoide, B não é constante sobre a seção transversal de um
toróide. Para pontos fora de um toróide ideal, B = 0.
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Unidade 04
Aula 03
Aplicações
Ressonância Magnética
A ressonância magnética nuclear (RMN) é uma técnica de diagnóstico que utiliza um campo
magnético para produzir imagens das estruturas localizadas no interior do corpo.
Durante uma RMN, o corpo encontra-se envolvido por um campo magnético intenso e sujeito a
pulsos de ondas de rádio. A máquina cria uma imagem baseada na forma como os átomos de
hidrogênio do corpo reagem com o campo magnético e com as ondas de rádio. Os sinais da RMN
podem proporcionar várias imagens de múltiplos “cortes” de um órgão ou de parte do corpo. O
computador da RMN pode combinar estes cortes de forma a produzir imagens tridimensionais.
Uma vez que as moléculas de água são especialmente sensíveis às forças utilizadas nesta técnica, a
RMN é muito eficiente no que respeita a revelar diferenças no conteúdo de água de diferentes
tecidos do corpo. Isto é particularmente importante para a detecção de tumores e para verificar se
existem problemas ao nível dos tecidos moles do corpo, tais como o cérebro, a medula espinhal, o
coração e os olhos.
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Uma vez que a RMN utiliza um campo magnético extremamente potente capaz de mover objetos
metálicos, a pessoa não pode fazer uma RMN se tiver um implante metálico, tal como um marca-
passo, uma bomba de infusão implantável, ou se tiver uma articulação artificial, placas ou parafusos
metálicos implantados ou grampos cirúrgicos metálicos. Pode igualmente ser necessário evitar
realizar RMN se a pessoa tiver um aparelho auditivo, um dispositivo de monitorização metálico ou
determinados tipos de tatuagens.
Figura 3.1 Este paciente submete-se a um exame de ressonância magnética. O grande cilindro ao
redor dele contém um solenoide que gera um campo magnético uniforme.
Balança de Corrente
A Figura 3.3 (a) mostra uma fotografia de uma balança de corrente, usada em laboratório de física
geral, um dispositivo que pode ser usado para calibrar um amperímetro a partir da definição de
ampère. O condutor superior, diretamente acima do condutor inferior, está preso pelas bordas e
pode girar, sendo que, no equilíbrio, os fios (ou bastões condutores) estão separados por uma
pequena distância. Os condutores são conectados em série para que conduzam a mesma corrente,
mas em sentidos opostos, fazendo com que haja repulsão entre eles. São colocados pesos no
condutor superior até que ele volte à separação original de equilíbrio. A força de repulsão é, então,
determinada medindo o peso total necessário para equilibrar o condutor superior. O espelho no
topo é usado para refletir um feixe de laser de modo a determinar, com precisão, a posição do
bastão superior. A Figura 3.3 (b) é um diagrama esquemático de uma balança de corrente.
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Magnetencefalografia
Os cientistas têm grande interesse em compreender como o cérebro funciona.
A tarefa ativa uma região do cérebro, como a que processa a leitura, fazendo com que pulsos
elétricos sejam enviados ao longo de circuitos nervosos. Como acontece com qualquer corrente,
esses pulsos produzem campos magnéticos. Os campos magnéticos detectados pela MEG são
provavelmente produzidos por pulsos nas paredes das fissuras (sulcos) existentes na superfície do
cérebro.
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Figura 3.4
A resultante dessas duas grandezas vetoriais se combina vetorialmente com as resultantes dos
outros elétrons do átomo, e a resultante de cada átomo se combina vetorialmente com as
resultantes dos outros átomos em uma amostra de um material.
1. diamagnetismo existe em todos os materiais, mas é tão fraco que em geral não pode ser
observado se o material possui uma das outras duas propriedades. No diamagnetismo
momentos dipolares magnéticos são produzidos nos átomos do material apenas quando este é
−→
submetido a um campo magnético externo B ext ; a combinação desses momentos dipolares
induzidos resulta em um campo magnético de baixa intensidade no sentido contrário ao do
−→
campo externo, que desaparece quando B ext removido. O termo material diamagnético é
aplicado a materiais que apresentam apenas propriedades diamagnéticas.
2. paramagnetismo é observado em materiais que contem elementos da família dos metais de
transição, das terras raras e dos actinídeos. Os átomos desses elementos possuem um
momento dipolar magnético diferente de zero, mas como os momentos dos átomos estão
orientados aleatoriamente o campo magnético resultante é zero. Entretanto, um campo
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−→
magnético externo B ext pode alinhar parcialmente os momentos dipolares magnéticos
atômicos, e como consequência o material apresenta um campo magnético resultante no
−→
mesmo sentido que o campo externo, que desaparece quando B ext é removido. O termo
material paramagnético é aplicado a materiais que apresentam apenas propriedades
diamagnéticas e paramagnéticas.
3. ferromagnetismo é observado apenas no ferro,níquel, cobalto e alguns outros elementos (e em
compostos e ligas desses elementos). Nesses materiais os momentos dipolares magnéticos de
átomos vizinhos se alinham, produzindo regiões com intensos momentos magnéticos. Um
−→
campo magnético externo B ext pode alinhar os momentos magnéticos das regiões, fazendo
com que uma amostra do material produza um campo magnético intenso no mesmo sentido
−→
que o campo externo, que permanece quando B ext é removido. Os termos material
ferromagnético e material magnético são aplicados a materiais que apresentam propriedades
ferromagnéticas.
Figura 3.5 Uma rã sendo levitada pelo campo magnético produzido por um solenóide vertical
colocado abaixo da rã.
A rã da Figura 3.5 é diamagnética, como todos os animais. Quando a rã foi colocada em um campo
magnético divergente perto da extremidade superior de um solenóide vertical percorrido por
corrente todos os átomos da rã foram repelidos para cima, para longe da região de campo
magnético associada à extremidade do solenóide A rã foi empurrada para uma região de campo
magnético mais fraco, na qual a força magnética era apenas suficiente para equilibrar o seu peso, e
ficou suspensa no ar.
Magnetismo e Supercondutividade
Imãs para aplicações industriais e pesquisas científicas podem ser construídos usando-se fios
resistivos ordinários conduzindo correntes.
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A corrente que flui pelo fio do eletroímã produz aquecimento resistivo e o calor é geralmente
removido por um fluxo de água, de baixa condutividade, fluindo em condutores ocos. Esses imãs à
temperatura ambiente, tipicamente, produzem campos magnéticos com intensidades de até 1,5T e
são geralmente de fabricação de baixo preço, mas dispendiosos em sua operação por causa do alto
custo da eletricidade.
Algumas aplicações, como as imagens por ressonância magnética (IRM), requerem campos
magnéticos de intensidade a mais alta possível a fim de garantir a melhor relação sinal-ruído nas
medições. Para atingir tais valores de campo, os imãs são confeccionados usando-se espiras
supercondutoras em vez de espiras resistivas. Um imã deste tipo pode produzir um campo mais
forte do que um imã à temperatura ambiente, com uma intensidade de 10T ou maior. Materiais
como o mercúrio e o chumbo exibem supercondutividade a temperaturas do hélio líquido, porém
alguns metais que são bons condutores à temperatura ambiente, como o cobre e o ouro, jamais se
tornam supercondutores. A desvantagem de um imã supercondutor é que o condutor deve ser
mantido à temperatura do hélio líquido, de aproximadamente 4K. Sendo assim, o imã deve ficar
dentro de um criostato preenchido com hélio líquido a fim de se manter frio. Uma vantagem de um
imã supercondutor é o fato de que, uma vez que a corrente seja estabelecida no enrolamento do
imã, ela continuará fluindo até ele ser removido por meios externos.
No entanto, a economia de energia obtida por não haver perdas resistivas no enrolamento no
mínimo compensa o gasto de energia requerido para manter frio o enrolamento supercondutor.
A Figura 3.6 é uma demonstração do efeito Meissner: um supercondutor (resfriado abaixo de sua
temperatura crítica) faz um imã permanente flutuar acima dele pela eliminação do campo
magnético intrínseco do imã. Isso é conseguido porque as correntes supercondutoras sobre sua
superfície produzem um campo magnético oposto ao campo aplicado, resultando em um campo
magnético total nulo dentro do supercondutor e em repulsão entre os campos acima do
supercondutor.
Figura 3.6
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capaz de coletar a corrente de carga na qual o supercondutor deveria conduzir normalmente. Este
tipo de supercondutor pode produzir campos magnéticos com intensidades tão elevadas quanto
10T.
Nas duas últimas décadas, físicos e engenheiros descobriram novos materiais que são
supercondutores a temperaturas maiores do que 4K. Temperaturas críticas de até 160K foram
conseguidas para estes supercondutores de altas temperaturas,ou seja, eles podem se tornar
supercondutores ao serem resfriados com nitrogênio líquido.
Eletroímãs
Uma bobina conduzindo uma corrente elétrica constitui um eletroímã.A intensidade de um
eletroímã pode ser aumentada simplesmente aumentando-se a corrente que flui pelo dispositivo.
Eletroímãs industriais têm suas intensidades reforçadas pela introdução de um núcleo de ferro no
interior da bobina.
Os domínios magnéticos do ferro do núcleo são forçados a se alinharem com o campo magnético da
bobina, reforçando a intensidade do campo. Em eletroímãs extremamente fortes, como os que são
usados para controlar feixes de partículas carregadas em aceleradores de alta energia, não se usa o
ferro como núcleo porque, além de um determinado ponto, todos os seus domínios estão alinhados
e nenhum reforço do campo se consegue daí em diante.
Eletroímãs suficientemente fortes para erguer automóveis são comuns em depósitos de ferro-
velho (Figura 3.7). A intensidade desses eletroímãs é limitada pelo aquecimento da bobina com a
passagem da corrente (devido à resistência elétrica de suas espiras) e pela saturação do
alinhamento dos domínios magnéticos do núcleo. Os eletroímãs mais poderosos, sem um núcleo de
ferro, usam bobinas supercondutoras por onde circulam facilmente grandes valores de corrente
elétrica.
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Figura 3.7
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NA-PRATICA
Exercícios Resolvidos
Trilho Acelerador Eletromagnético
Trilhos aceleradores eletromagnéticos estão sendo estudados com o propósito de acelerar
pastilhas de combustível em experimentos de fusão e de lançar espaçonaves em órbita. A
marinha norte-americana está experimentando trilhos aceleradores eletromagnéticos que
lançam projéteis a velocidades muito altas, como o canhão mostrado na Figura 3.8. Este canhão
opera por meio da condução de uma corrente em dois trilhos condutores paralelos ligados um
ao outro por um condutor móvel perpendicular aos trilhos. O projétil é preso ao condutor móvel.
Neste exemplo, vamos considerar que o canhão seja formado por dois trilhos paralelos com
seções transversais de raio r = 5, 00cm, com os centros separados um do outro por uma
distância d = 25, 0cm , sendo L = 5, 00m o comprimento dos trilhos, e que ele acelere o
projétil até uma energia cinética K = 32, 0M J . O projétil também faz o papel do condutor
móvel. Qual a corrente necessária para acelerar o projétil?
As correntes nos dois trilhos têm sentidos opostos. A corrente que flui pelo condutor móvel é
perpendicular às duas correntes nos trilhos. Os campos magnéticos produzidos pelos dois
trilhos têm o mesmo sentido e exercem forças de mesmo sentido sobre o condutor móvel. A
força do campo magnético gerado por cada trilho depende da distância em relação ao trilho.
Logo, para obter a força total, devemos integrar a força ao longo da distância entre os dois
trilhos. A força magnética sobre o condutor móvel é o dobro da força magnética exercida pelo
campo magnético de cada trilho. A energia cinética adquirida pelo projétil é igual ao produto da
força total, exercida pelo campo magnético dos dois trilhos, pela distância ao longo da qual a
força é exercida. A Figura 3.9 mostra uma vista superior e uma vista frontal do condutor móvel.
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Figura 3.9 Diagrama esquemático do canhão magnético: (a) vista superior; (b) vista frontal.
O condutor móvel de corrente, que completa o circuito com os dois trilhos, é também o projétil,
e é acelerado pelas forças magnéticas produzidas pelos dois trilhos. A força exercida sobre o
projétil depende da distância, x,em relação ao centro de um trilho, como ilustrado na Figura
3.9(b). Assim, para calcular a força total sobre o projétil, devemos integrar o campo magnético,
B1 da corrente ique flui no trilho 1 a uma distância x do centro do trilho:
μ0 i
B1 =
2πx
μ0 i
dF 1 = i (dx)B 1 = i (dx) ( )
2πx
A orientação da força é dada pela regra da mão direita. A força aponta para cima no plano da
página na Figura 3.9(a) e para dentro da página na Figura 3.9(b). O módulo da força sobre o
projétil é dado pela integração de dF ao longo do comprimento do projétil:
1
d−r d−r 2 2 2 2
μ0 i dx μ0 i d−r μ0 i μ0 i d
F1 = ∫ dF 1 = ∫ = [ln x] = (ln (d − r) − ln r) = ln (
r
r r
2π x 2π 2π 2π
Uma vez que o campo magnético do trilho 2 tem a mesma orientação do campo magnético do
trilho 1, a força exercida sobre o projétil pelo campo magnético do trilho 2 é a mesma que a
exercida pelo campo do trilho 1. Dessa forma, o módulo da força total exercida sobre o projétil é:
F total = 2F 1 .
A energia cinética adquirida pelo projétil é igual (pelo teorema do trabalho-energia cinética) ao
módulo da força exercida multiplicado pela distância ao longo da qual a força é exercida:
K F L
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K = 2F 1 L = 2 [
μ 0 L ln (
r
)
v = √
Podemos cominar as três últimas equações para obter:
μ0 i
2π
⎷ (4π ⋅ 10
2
i = √
Kπ
d−r
=
i = √
m
= √
K = F total L.
ln (
−7 T m
d − r
μ 0 L ln
)]L =
Kπ
IESB
d−r
(32, 0 ⋅ 10 J)π
) (5, 00m) ln (
6
i = 3, 40 ⋅ 10 A = 3, 40M A.
6
μ 0 Li
Observação: note que se a um projétil de massa m = 5,00 kg fosse dada uma energia cinética de
2 (32, 0 ⋅ 10 J)
5, 00kg
6
O canhão magnético seria capaz de lançar um projétil com uma velocidade 10 vezes maior que a
segmentos retilíneos (radiais) de comprimento L = 13, 1cm cada um. A corrente no fio é
i = 34, 8mA. Determine (a) o módulo e (b) o sentido (para dentro ou para fora do papel) do
ln (
25,0 cm−5,0 cm
= 3580 m/s
do som, muito maior do que a velocidade típica de uma bala, a cerca de 3 vezes a velocidade do
som.
5,0 cm
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d − r
= 9, 26cm
)
)
= 3397287A
e dois
44/80
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Figura 3.10
→
(a) Lei de Biot-Savart: dB = (
μ0
)
→ →
ids×r
3
⇒ dB = (
μ0
)
ids r senθ
3
4π r 4π r
μ0 ids senθ
∴ dB = ( ) .
2
4π r
0
μ0 ids sen0
dB = ( ) ⇒ dB 1 = 0
2
4π r
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μ0 ids senθ
dB 3 = ( )
2
4π r
πR
μ0 i μ0 i 0
⇒ B3 = ∫ ds senθ ⇒ B 3 = (πR)sen90
2 2
4πR 0 4πR
μ0 i μ0 i
⇒ B3 = ⋅ πR ∴ B 3 =
2
4πR 4R
−7 −3
μ0 i (4π × 10 )(34, 8 × 10 )
⇒ B = ⇒ B =
−2
4R 4(9, 26 × 10 )
−7
∴ B = 1, 18 × 10 T.
(b) Pela regra da mão direita o sentido de B no ponto C , deve ser para dentro da página.
;
i = 18, 0 A B = 23, 0 mT = 23, 0 x 10
-3
T ;L f io =?
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Figura 3.11
B = μ0 i n , onde n =
N
L
(número de espiras por unidade de comprimento)
−3
BL 23 × 10 (1, 30)
⇒ N = = ⇒ N = 1.322 espiras
−7
μ0 i 4π × 10 (18)
∴ L f io ≅ 108 m
conduz uma corrente i = 20, 0A. Suponha que a = 1, 00cm, b = 8, 00cm e L = 30, 0cm.
2
Em termos dos vetores unitários, qual é a força a que está submetida a espira?
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Figura 3.12
i 1 = 30, 0A ,i 2 ,
= 20, 0A a = 1, 00cm = 10
−2
,
m b = 8, 00cm = 8, 00 × 10
−2
,
m
Figura 3.12(a)
μ0 L i1 i2
FB = ç é
(f or a magn tica entre dois condutores)
2π d
−2
; ;F
μ 0 (8,00×10 )(20)(30) μ 0 (0,30)(20)(30) μ 0 (0,30)(20)(30)
F1 = = F3 F2 = 4 =
2π(a+b/2) 2π a 2π(a+b)
Fx = F3 − F1 = 0
−7 −7
(4π × 10 )(180) (4π × 10 )(180)
Fy = −
−2
2π(10 ) 2π(0, 09)
F y = 3, 6 × 10
−3
− 4, 0 × 10
−4
⇒ F y = 3, 2 × 10
−3
N (em dire ção ao f io)
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→
∴ F y = (3, 2 × 10
−3
N )^
j
Figura 3.13
→ ⋅ ds→ =
Lei de Ampère: ∮ B μ0 i .
Da Figura 3.13(b):
01 = i 0 → ⊙
03 = 3i 0 → ⊙
07 = 7i 0 → ⊙
06 = 6i 0 → ⊗
í
k mpar → i está para fora da página; k par → i está para dentro da página
→ ⋅ ds→ =
Usando a Lei de Ampère (*): ∮ B μ 0 (i 0 + 3i 0 + 7i 0 − 6i 0 )
∴ ∮
→ →
B ⋅ ds = +5 i 0 μ 0
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Unidade 04
Aula 04
Indução e Indutância
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corrente ⇒ torque
corrente ⇒ torque
Isto constitui o princípio do gerador elétrico. A lei que governa o aparecimento de tal corrente é
chamada lei da indução de Faraday.
O galvanômetro G (ou voltímetro) deflete quando o ímã está se movendo em relação à espira,
indicando que há uma corrente na espira.
A corrente que aparece na bobina é chamada de corrente induzida e o trabalho realizado por
unidade de carga durante o movimento dos portadores de carga que constituem essa corrente
denominamos de fem induzida. Tais fems induzidas desempenham um papel importante em
nossas vidas.
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Figura 3.2
Considere uma superfície – que pode ou não ser plana – limitada por uma espira circular condutora
fechada. Representamos o número de linhas magnéticas que atravessam essa superfície pelo fluxo
magnético Φ B para essa superfície, que é definido por:
ΦB = ∫
→
B ∙ dA
→
⇒ ΦB = ∫ B dA cos θ = BA cos θ
Onde dA → é um elemento diferencial de área da superfície e a integração deve ser feita sobre toda a
superfície.
Com a definição de fluxo magnético podemos enunciar a lei da indução, de Faraday de modo
quantitativo:
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“A força eletromotriz ξ induzida em uma espira condutora é igual à taxa de variação com o tempo
do fluxo magnético Φ B que atravessa a espira”.
A fem induzida se opõe à variação de fluxo, de modo que, matematicamente, a lei de Faraday pode
ser escrita na forma:
dΦ B
ξ = − (Lei de Faraday)
dt
Também: ξ = −
d
dt
(BA cos θ) , com o sinal negativo indicando a oposição a que nos referimos.
Se variarmos o fluxo magnético através de uma bobina com N espiras, uma fem induzida aparecerá
em cada espira. Se a bobina for cerradamente enrolada de modo que o fluxo através de cada espira
seja o mesmo,a fem induzida na bobina será
dΦ B
ξ = −N (Lei de Faraday)
dt
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“O campo magnético criado pela corrente induzida deve ter sentido oposto ao campo que lhe deu
origem”
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Figura 4.3
A Figura 4.3 mostra a lei de Lenz em funcionamento. Aproximando-se o imã da espira, a corrente
induzida aponta no sentido indicado, criando um campo magnético que se opõe ao movimento do
imã.
A lei de Lenz refere-se a correntes induzidas e não a fems induzidas, o que significa que só podemos
aplicá-la diretamente a espiras condutoras fechadas. Entretanto, se a espira não for fechada,
podemos usualmente pensar em termos do que aconteceria se ela o fosse e, deste modo,
determinar o sentido da fem induzida.
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Figura 4.4.
A notável característica desta declaração é que os campos elétricos são induzidos mesmo que não
exista o anel de cobre.
ξ = E 2π r
ξ = ∮
→
E ⋅ ds →
∮
→ →
E ⋅ ds = −
dΦ B
.
dt
Esta é a forma em que a lei de Faraday está expressa na Tabela das Equações de Maxwell, do
eletromagnetismo.
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Podemos estabelecera diferença de potencial entre campos elétricos produzidos por indução e
aqueles produzidos por cargas estáticas do seguinte modo:
“O potencial elétrico só tem significado para campos elétricos que são produzidos por cargas
estáticas; ele não tem significado para campos elétricos que são produzidos por indução”.
Vf − Vi =
W if
− ∫
→ →
E ⋅ ds
q0 i
Quando i e f coincidem, o caminho que os liga é uma curva fechada, V i e f i são idênticos, e então,
∮
→ →
E ∙ ds = 0
Entretanto, quando um fluxo magnético variável está presente, esta integral não é zero, mas
−dΦ B /dt . Novamente, concluímos que o potencial elétrico não tem significado para campos
elétricos associados à indução.
O Betatron
É um aparelho usado para acelerar elétrons até energias elevadas, submetendo-os a campos
elétricos induzidos.
Indutores e Indutância
Capacitor: na aula sobre capacitância vimos que os capacitores são dispositivos que podem ser
usados para produzir um determinado campo elétrico numa certa região do espaço.
Indutor: é um dispositivo que pode ser usado, convenientemente, para produzir um determinado
campo magnético numa certa região. Tomamos um solenoide longo (uma região próxima ao centro)
como protótipo.
Indutância
Colocando-se cargas iguais e opostas ±q sobre as placas de um capacitor, uma diferença de
potencial V aparece entre elas. A capacitância C do capacitor é, então, definida por:
q
C = (SI: Faraday)
V
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Estabelecendo-se uma corrente i num indutor, aparece, em cada uma de suas espiras, um fluxo
magnético Φ, devido a esta corrente e, dizemos que as espiras estão concatenadas por este fluxo
partilhado. A indutância do indutor é
N ΦB
L = \); \(Φ B = B A
i
i → A
2
Φ → 1T . m = 1W eber = 1W b
2
L → 1henry = 1H = 1T . m /A
Fluxo Concatenado
Na equação da indutância, o produto N Φ B é chamado de fluxo concatenado.
i
(Φ B = B A )
Mas, N Φ B =
N
l
⋅ l (BA) = nlBA . Para um solenoide: B = μ 0 in
2
μ 0 n liA
2 2
⇒ N Φ B = n l (μ 0 in)A = μ 0 n l iA ⇒ L = = μ 0 n lA
i
Logo, a indutância por unidade de comprimento, para um solenoide longo, próximo ao seu centro é
2
L/l = μ 0 n A
onde, n =
N
l
;A → área da seção transversal do solenoide.
Indutância de um Toróide
Na aula sobre campo magnético vimos que o campo magnético, que não é uniforme, sobre a seção
transversal de um toróide é dado por:
μ0 i N
B =
2π r
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2
μ0 i N h b N Φ μ0 i N h b
Φ = Ln ⇒ L = = Ln
2π i a i 2π i a
Ou,
2
μ0 N h b
L = Ln
2π a
−7 −7
μ 0 = 4π × 10 T . m/A = 4π × 10 H /m
Autoindução em um Indutor
“Uma fem induzida ξ L aparece num indutor quando variamos a corrente neste indutor”
Tal processo (veja Figura 4.5) e chamado de autoindução, e a fem que aparece é chamada de fem
autoinduzida. Ela obedece à lei da indução de Faraday, como qualquer outra fem induzida o faz.
Figura 4.5.
NΦ
L = ⇒ N Φ = L i
t
d(N Φ)
ξL = −
dt
di
ξ L = −L (Fem autoinduzida)
dt
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Figura 4.6.
Observação: pode-se encontrar o sentido da fem autoinduzida usando a lei de Lenz. O sinal negativo
representa o fato de que – como a lei afirma – a fem autoinduzida atua de modo a se opor à variação
que a produz.
Circuitos RL
Num circuito RC a equação de carga do capacitor é dada por:
−t/τ C
q = Cξ (1 − e )
Caso a fem seja subitamente removida, a carga não cairá imediatamente zero, mas sim tenderá
exponencialmente para zero, de maneira descrita por
−t/τ C
q = q0 e
A mesma constante de tempo τ C descreve tanto o decréscimo da carga quanto o seu aumento.
Figura 4.7.
Ou,
di
iR + L = ξ ( 4.1 ) ( Circuito RL)
dt
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di iR ξ di ξ iR ξ − iR di iR − ξ
+ = ⇒ = − = ⇒ = −
dt L L dt L L L dt L
i t
di 1 1 Rdi 1
⇒ = − dt ⇒ ∫ = − ∫ dt
iR − ξ L R 0
iR − ξ L 0
Seja u = iR − ξ ⇒ du = Rdi
1 i
1 iR − ξ R
⇒ ln (iR − ξ) = − t ⇒ ln = − t
0
R L −ξ L
iR − ξ
−Rt/L −t/τ L
= e ⇒ iR − ξ = −ξe
−ξ
ξ
−t/τ L
∴ i = (1 − e ) (4.2) (Aumento da corrente)
R
Para mostrar que a grandeza τ L = (L/R) tem dimensão de tempo, notemos que
H H 1V ⋅ s 1ΩA
1 = 1 ( )( ) = 1s
Ω Ω 1H ⋅ A 1V
ξ ξ
−1
i = (1 − e ) = 0, 63
R R
Assim sendo, a constante de tempo τ L é o tempo gasto pela corrente no circuito para atingir
aproximadamente 63% do seu valor final de equilíbrio ξ/R.
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Figura 4.8.(a) <i>ddp</i> entre as extremidades do resistor do circuito; (b) <i>ddp</i> entre as
extremidades do indutor.
Na ausência de uma fonte, a corrente no resistor cai para zero, mas não de forma instantânea. A
equação diferencial que governa o decréscimo da corrente pode ser obtida fazendo ξ = 0 na
equação (4.1):
di
L = + iR = 0 (23.3)
dt
A solução desta equação diferencial que satisfaz a condição inicial i(0) = i 0 = ξ/R é
i t
di di R i R
L = −iR ⇒ ∫ =∫ dt ⇒ ln = −
dt i0
i 0
L i0 L
i i −t
ln −Rt/L ln / L/R −t/τ L
i i
e 0 = e ⇒ e 0 = e ⇒ i = i0 e
ξ
i = e
−t/τ L
é
(Decr scimo da corrente)
R
Observação: A solução da equação diferencial (4.3) satisfaz a condição inicial i (0) = i 0 = ξ/R .
Do mesmo modo, a energia também pode ser armazenada num campo magnético.
Para determinar uma expressão quantitativa para a energia armazenada num campo magnético,
consideremos o circuito RL da Figura 4.7 (com a chave S fechada em a).
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di
ξ = iR + L
dt
2
di
⇒ ξi = i R + Li
dt
Pot. total Pot
^
encia elétrica
Pot
^
encia magnética
dU B di
⇒ = Li ⇒ dU B = L ⋅ i ⋅ di
dt dt
UB i
1
2
⇒ ∫ dU B = ∫ Lidi ⇒ U B = Li (Energia magnética)
0 0
2
Podemos comparar esta relação com a expressão para a energia armazenada por um capacitor C,
carregado com uma carga q, ou seja,
2
q
UE =
2C
Observação:
dW dW dq dU total
ξ = ⇒ dW = ξdq ⇒ = ξ ⇒ = ξi = P total da f em
dq dt dt dt
2 2
UB UB 1 Li L i
2
uB = ⇒ uB = mas U B = Li ⇒ uB = =
V Al 2 2Al l 2A
2A
=
1
2
2
μ0 n i
2
2
B
uB = (Densidade de energia magn tica) é
2μ 0
que pode ser comparada com a densidade de energia de um campo elétrico no vácuo e em qualquer
ponto onde exista um campo elétrico,
1
2
uE = ε0 E
2
Observe que tanto u B como u E são proporcionais ao quadrado do módulo do respectivo campo, B
ou E.
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Indução Mútua
Vimos anteriormente que, se duas bobinas estão bem próximas uma da outra como na Figura 4.9,
uma corrente constante i em uma bobina estabelecerá um fluxo magnético Φ através da outra
bobina (concatenando a outra bobina). Se variarmos i com o tempo, uma fem ξ dada pela lei de
Faraday aparece na segunda bobina; chamamos este processo de indução. Seria melhor se
tivéssemos denominado este processo de indução mútua, para sugerir a interação mútua das duas
bobinas e distingui-lo da autoindução, em que apenas uma bobina está envolvida.
Figura 4.9.
A Figura 4.9a mostra duas bobinas circulares compactas próximas uma da outra e tendo um eixo
central comum. Existe uma corrente constante i 1 na bobina 1, produzida pela bateria no circuito
→ 1 na figura. A
externo. Esta corrente cria um campo magnético representado pelas linhas de B
bobina 2 está ligada a um medidor sensível, mas não contém nenhuma bateria; um fluxo magnético
Φ 21(o fluxo através da bobina 2 associado com a corrente na bobina 1) enlaça as N 2 espiras da
bobina 2.
N 2 Φ 21
M 21 = ,
i1
i
, a definição de (auto-) indutância. Pode-se
reformatar a Equação anterior como
M 21 i 1 = N 2 Φ 21 .
Se, por meios externos, fizermos com que i 1 varie com o tempo, temos
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di 1 dΦ 21
M 21 = N2 .
dt dt
O lado direito desta equação é, de acordo com a lei de Faraday, justamente a intensidade da fem ξ 2
que aparece na bobina 2 devido à corrente variável na bobina 1. Assim, com um sinal negativo para
indicar o sentido,
di 1
ξ 2 = −M 21
dt
Invertendo os papéis das bobinas 1 e 2, como na Figura 4.9b; isto é, estabelecemos uma corrente i 2
na bobina 2 por meio de uma bateria, e isto produz um fluxo magnético Φ 12 que atravessa a bobina
1. Se variarmos i 2 com o tempo, temos, pelo argumento dado anteriormente, que:
di 2
ξ 1 = −M 12
dt
di 1
ξ 2 = −M
dt
di 2
ξ 1 = −M
dt
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Unidade 04
Aula 05
Aplicações
Turbinas Hidrelétricas
O gerador de uma usina hidroelétrica usa a indução eletromagnética para converter a energia
mecânica de uma turbina giratória (Figura 5.1) em energia elétrica.
Figura 5.1
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A Figura 5.2 mostra um motor elétrico muito simples usado em demonstrações didáticas. Ele
consiste em um par de imãs permanentes externos e dois solenóides, através dos quais uma
corrente é enviada, para o interior.
Figura 5.2
Um gerador simples é formado por uma espira forçada a girar em presença de um campo magnético
fixo. A força que faz a espira girar pode ser fornecida por um jato de vapor aquecido sobre uma
turbina, como ocorre em usinas nucleares e a carvão. (Usinas de energia elétrica usam uma grande
quantidade de espiras a fim de aumentar a potência gerada.) Por outro lado, a espira pode ser posta
a girar fazendo-se fluir água ou ar para gerar eletricidade de maneira livre de poluição.
A Figura 5.3 mostra dois tipos de geradores simples. Em um gerador de corrente contínua, a espira
giratória está ligada a um circuito externo por meio de um comutador em forma de um anel fendido,
como ilustra a Figura 5.3(a). Enquanto a espira gira, a ligação é invertida duas vezes a cada volta, de
modo que a diferença de potencial induzida sempre tem o mesmo sinal. A Figura 5.3(b) mostra um
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arranjo parecido usado para produzir corrente alternada. Uma corrente alternada é aquela que
varia com o tempo entre valores positivos e negativos, com a variação frequentemente
apresentando uma forma senoidal. Cada extremidade da espira está ligada ao circuito externo
através de seu próprio anel maciço de deslizamento. Assim, este gerador produz uma diferença de
potencial induzida que varia de positivo a negativo alternadamente. Um gerador que produza
voltagens alternadas e correntes resultantes alternadas também é chamado de alternador. A Figura
24.4 mostra a diferença de potencial induzida em função do tempo para cada tipo de gerador.
Figura 5.3
Figura 5.4
Os geradores e os motores do mundo real são mais complexos do que os da Figura 5.3. Por exemplo,
em vez de imãs permanentes, correntes fluindo em bobinas criam o campo magnético necessário.
Inúmeras espiras firmemente agrupadas são empregadas para tornar mais eficiente o movimento
giratório. Múltiplas espiras também podem resolver o problema apresentado por um motor
simples, de uma só espira, que é o de parar em uma posição onde a corrente na espira não produz
torque algum. O campo magnético pode também variar com o tempo em fase com a espira giratória.
Em alguns geradores e motores, as espiras (bobinas) são fixas e quem gira é o imã.
Transformadores
A Figura 5.5 mostra duas bobinas enroladas em um mesmo núcleo de ferro. A bobina da esquerda é
chamada de bobina primária. Ela tem N 1 espiras e é alimentada por uma voltagem oscilatória
V 1 cosωt . O campo magnético da bobina primária se espalha pelo núcleo de ferro e atravessa a
bobina da direita, que possui N 2 espiras e é chamada de bobina secundária. A corrente alternada
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através da bobina primária causa uma oscilação do fluxo magnético na bobina secundária e, uma
fem é induzida nesta bobina que é transferida para a resistência de carga como a voltagem
oscilatória V 2 cosωt.
N2
V2 = V1
N 1
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Figura 5.6 Os transformadores são essenciais para a transmissão de energia elétrica desde as
usinas até as cidades e residências.
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Detectores de Metal
Os detectores de metal, como os usados nos aeroportos por razões de segurança, parecem
bastante misteriosos. Como eles podem detectar a presença de qualquer metal – e não apenas de
materiais magnéticos, como ferro –, mas não de plásticos e de outros materiais? Os detectores de
metal funcionam por causa das correntes induzidas.
Um detector de metal, mostrado na Figura 5.7, consiste de duas bobinas: uma bobina transmissora e
outra, receptora. Uma corrente alternada de alta frequência que flui na bobina transmissora gera um
campo magnético alternado ao longo do eixo dessa bobina.Esse campo magnético cria uma
variação no fluxo através da bobina receptora e induz nela uma corrente alternada. A bobina
transmissora e a receptora formam um dispositivo parecido com um transformador.
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Suponha que uma peça metálica seja colocada entre a bobina transmissora e a receptora. O campo
magnético alternado, no interior do metal, induz correntes de Foucault em um plano paralelo à
bobina transmissora e à receptora. A bobina receptora responde, então, à superposição do campo
magnético da bobina transmissora com o campo magnético produzido pelas correntes de Foucault.
Uma vez que estas tendem a impedir a variação de fluxo, de acordo com a lei de Lenz o campo
resultante na bobina receptora diminui quando uma peça de metal é inserida entre as bobinas.
Circuitos eletrônicos detectam a diminuição da corrente na bobina receptora e disparam um
alarme. As correntes de Foucault não podem fluir em um isolante, de modo que esse dispositivo
detecta apenas metais.
Freio Regenerativo
Os carros híbridos são impelidos por uma combinação de motor a gasolina e motor elétrico. Uma
característica atrativa de um veículo híbrido é seu sistema de freio regenerativo.Quando os freios são
acionados para desacelerar ou parar um veículo não híbrido, a energia cinética do veículo é
transformada em calor no aquecimento das pastilhas do freio. Este calor é dissipado no meio
ambiente e a energia é perdida. Em um carro híbrido, os freios estão ligados a um motor elétrico
(Figura 5.8), que funciona como um gerador, carregando a bateria do carro. Dessa forma, a energia
cinética do carro poderá mais tarde ser usada para impelir o veículo, contribuindo para sua maior
eficiência e aumentando significativamente a quilometragem coberta por seu combustível
enquanto trafega parando e acelerando alternadamente no trânsito.
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Figura 5.8 O motor de um automóvel híbrido em corte a fim de mostrar o sistema de freio
regenerativo, em destaque na foto menor inserida.
Um disco rígido é formado por uma ou mais bandejas giratórias dotadas de uma cobertura
ferromagnética acessada por um cabeçote móvel de leitura/gravação, como mostra a Figura 5.9.
O cabeçote de leitura/gravação pode ser posicionado de modo a acessar qualquer uma das
inúmeras faixas sobre a bandeja giratória. A operação de um cabeçote de leitura/gravação de um
disco rígido convencional está ilustrada na Figura 5.10(a). Enquanto a bandeja dotada de cobertura
move-se abaixo do cabeçote de leitura/gravação, um pulso de corrente em um sentido magnetiza a
superfície da bandeja, representando uma unidade binária, ou um pulso de corrente de sentido
contrário magnetiza a superfície, representando um zero binário. Na Figura 5.10(a), uma unidade
binária é representada por uma seta vermelha apontando para a direita, enquanto um zero binário
é representado por uma seta verde apontando para a esquerda. No modo leitura, quando as áreas
magnetizadas da bandeja passam abaixo do sensor de leitura, uma corrente positiva ou negativa é
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bandeja giratória.
Os discos rígidos que usam codificação ortogonal também envolvem o fenômeno denominado
magnetorresistência gigante (MRG), que possibilita a construção de um sensor de leitura muito
pequeno e sensível. Discos rígidos com capacidades de armazenamento de até 2 terabytes (1012
bytes) ou mais que usam codificação ortogonal e sensores de leitura MRG estão agora largamente
disponíveis. Aparelhos iPods com capacidades de armazenamento acima de 64 GB constituem um
exemplo de aparelho que emprega essa tecnologia. (Os iPods Touch e os iPhones usam uma
tecnologia de armazenamento diferente, que não envolve partes móveis.) O fato de que se pode
assistir a um filme de longa-- metragem em um iPod, e portar milhares de músicas é, também, uma
consequência direta da pesquisa física recentemente realizada nas duas últimas décadas.
Figura 5.11
VÍDEO
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NA-PRATICA
Exercícios Resolvidos
Força Eletromotriz Induzida por um Campo
Magnéticos Variável
Uma espira quadrada com 2,00 m de lado é mantida perpendicular a um campo magnético
uniforme, com metade da área da espira na região em que existe campo, como mostra a Figura
5.12. A espira contém uma fonte ideal de força eletromotriz ξ = 20, 0V . Se o módulo do campo
varia com o tempo de acordo com a equação B = 0, 0420 − 0, 870t, com B em teslas e t em
segundos, determine (a) a força eletromotriz total aplicada à espira; (b) o sentido da corrente
(total) na espira.
Figura 5.12
l = 2, 00 m ; A total = l
2
= 4, 00 m
2
⇒ A = 2, 00 m
2
(metade da área total se encontra sob
→)
a influência de B
V = 20, 0 V
ξ = N
dΦ B
; ΦB = ∫
→ →
B ⋅ dA ⇒ Φ B = BA (B⊥A)
→
dt
dB
⇒ ξ = NA = 1 × 2, 00(−0, 870) = −1, 74 V ⇒ ξ total = 20, 0 − (−1, 74)
dt
∴ ξ total = 21, 74 V
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Figura 5.13(a)
; ;
B = 0, 350 T L = 25, 0 cm = 0, 25 m v = 55, 0 cm/s = 0, 55 m/s
Figura 5.13(b)
Columbia estava se movendo a 7,6 km/s. Qual era a diferença de potencial induzida entre as
extremidades do fio?
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Figura 5.14 Concepção artística do ônibus espacial Columbia com um satélite preso a ele.
deduzida no problema anterior para determinar a fem induzida entre as extremidades do fio,
portanto:
−5 3 3
ξ = BLv = (5, 1 × 10 T ) (20 × 10 m) (7, 6 × 10 m/s) = 7.800 V .
Observação: Os astronautas do ônibus espacial mediram uma corrente de 0,5 A e uma voltagem
de 3.500 V. O circuito consistia no cabo preso esticado e os átomos ionizados do espaço no
caminho de retorno da corrente fora do fio. Este se rompeu justamente quando o comprimento
do cabo esticado alcançou 20 km, porém a geração de corrente elétrica a partir do movimento
de uma espaçonave havia sido demonstrada.
Seja: U B (t) =
1
2
Li
2
(t). Precisamos que a energia no tempo t seja igual à metade do seu valor
final: U (t) =
1
2
U B (t → ∞) =
1
4
Li .
2
f
Isso dá como resultado: i (t) . Mas,
= i f /√ 2
i (t) = i f (1 − e
−t/τ L
), logo:
1 t 1
−t/τ L
1 − e = ⇒ = − ln (1 − ) = 1.23
√2 τL √2
os valores de (a) i e (b) i logo depois que a chave S é fechada. (Tome as correntes nos sentidos
1 2
indicados na figura como positivas e as correntes no sentido oposto como negativas). Determine
também os valores de (c) i e (d) i muito tempo depois de a chave ter sido fechada. A chave é
1 2
aberta depois de ter permanecida fechada por muito tempo. Determine os valores de (e) i e (f) 1
logo depois de a chave ser novamente aberta. Determine também os valores de (g) i e (h) i
i2 1 2
Figura 5.15
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Logo
ξ 100
i1 = i2 = = = 3, 33A
R1 + R2 10 + 20
Muito tempo após o fechamento do circuito i atinge o valor de equilíbrio e praticamente não
L
mais se altera ⇒ ξ = 0 (fem através do indutor) e o indutor comporta-se como se tivesse sido
L
A corrente em R é 3 i3 = i1 − i2
Malha abefa:
−i 1 R 1 − i 2 R 2 + ξ = 0
i 1 + 2i 2 = 10 ⇒ i 1 = 10 − 2i 2 (1)
Malha abcdefa:
−i 1 R 1 − i 3 R 3 + ξ = 0
i 1 R 1 + (i 1 − i 2 )R 3 = ξ
i 1 (R 1 + R 3 ) − i 2 R 3 = ξ
⇒ 4i 1 − 3i 2 = 10 (2)
4(10 − 2i 2 ) − 3i 2 = 10
40 − 8i 2 − 3i 2 = 10
30
11 i 2 = 30 ⇒ i 2 = = 2, 727A ≈ 2, 73A
11
Neste caso a malha do lado esquerdo está aberta. Como a indutância desta malha é nula, a
corrente nela cai imediatamente para zero ⇒ i = 0. A corrente em R varia lentamente, pois
1 3
existe um indutor nesta malha. Imediatamente após a chave ser aberta a corrente tem o mesmo
valor que tinha no momento anterior ao fechamento da chave
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⇒ i 3 = i 1 − i 2 ⇒ i 3 = 4, 54 − 2, 73 = 1, 81A
Nesta situação não existem mais fontes de fem no circuito de modo que todas as correntes terão
diminuído até zero i 1 = i2 = i0 = 0 .
i t
Ln ( ) = − .
i0 τL
Então:
t 1, 0 s
τL = − = − = 0, 217 s
−3
i 10
Ln ( ) Ln (10 × A)
i0 1,0
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Unidade 04
Referências
AED SHOP. Disponível em: <http://www.aedshopper.co.uk/>. Acesso em 01 mai. 2016
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