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ANÁLISE DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO E REPAROS

NAVAIS EM ESTALEIRO DA REGIÃO METROPOLITANA DE


BELÉM
CONSTRUCTION SAFETY ANALYSIS AND SHIP REPAIR IN THE YARD OF
THE METROPOLITAN REGION OF BELÉM

Heyder Cartney Araujo Coelho1

André Vinícius da Costa Araujo2

Resumo: O presente artigo tem por objetivo fazer um levantamento dos principais riscos
encontrados no setor da construção e reparos navais em estaleiro da região metropolitana de
Belém, através de um estudo de caso, com visitas realizadas durante a fase inicial do trabalho,
de forma a avaliar a existência ou não de um sistema de gestão, apresentando sugestões de
melhorias físicas e adequações às normas de segurança existentes, para as principais fases do
processo de fabricação/reparos demandados no estaleiro. Portanto, esse trabalho nos permitiu
fazer uma análise do atual processo do estaleiro, demostrado através dos registros e sugerir
melhorias como forma de assegurar a eficácia do processo fabril e segurança de seus
colaboradores, como um estudo para a implantação de um novo layout com mapeamento de
suas áreas de riscos, além de sugerir a elaboração de análise preliminar dos riscos existentes.

Palavras-chaves: NR 34. Construção Naval. APR. Layout. Sistema de Gestão.

Abstract: This article aims to survey the main risks found in the shipbuilding and ship repair
sector in the Belém metropolitan area, through a case study, with visits during the initial phase of
the work, in order evaluate the existence or otherwise of a management system, presenting
suggestions for physical improvements and adjustments to existing safety standards, for the main
stages of the manufacturing process / repairs required at the shipyard. Therefore, this work
allowed us to make an analysis of the current shipyard process, demonstrated through the records
and suggest improvements as a way to ensure the efficiency of the manufacturing process and
safety of its employees, as a study for the implementation of a new layout with mapping of risk
areas, as well as suggest the preparation of preliminary analysis of existing risks.

Keywords: NR-34. Shipbuilding. APR. Layout. Management system.

1
Engenheiro Mecânico – UFPA, Especialização em Construção Naval - FENAV/UFPA
e-mail: heyder.c@hotmail.com
2
Prof. Msc. Faculdade de Engenharia Naval/ ITEC, Universidade Federal do Pará – UFPA
e-mail: andrecosta@ufpa.br.

Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão. Paranaguá, PR, v.5, n.5, p. 254-01, 254-22,2020.
DOI: 10.21575/25254782rmetg2020vol5n5893
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1 INTRODUÇÃO

A região norte, em geral, ainda possui grande carência de mão de obra e


tecnologia especializada no setor da construção naval. Muitos estaleiros da
região ainda trabalham de forma empírica, informal e sem nenhum procedimento
técnico de produção e segurança. Apesar de muito se saber sobre a importância
da segurança, dentro do ambiente de trabalho, uma correta orientação à
empresa por parte de um profissional contratado para realização desse tipo de
serviço, seguido do uso de equipamentos e acessórios adequados para a
realização do trabalho com a anulação do agente insalubre/perigosos e/ou
diminuição dos riscos de acidentes, mostrando assim a importância da área de
segurança no seguimento das atividades da empresa, prevenindo-a de
despesas futuras incorridas por ações trabalhistas e reivindicações de direitos
por exposições a riscos e agentes nocivos no setor da construção e reparos
navais. Conforme Queiroz (1996), muitas vezes, soluções simples podem
representar considerável economia de energia e melhoria da qualidade do
ambiente de trabalho.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Uma das últimas normas regulamentadoras produzidas pelo Ministério do


Trabalho, no formato tripartite, que reúne representantes dos trabalhadores,
empregadores e governo, a Norma Regulamentadora 34, que trata da indústria
da construção e reparo naval, foi publicada em 2011. Até meados de 2010, a
fiscalização de saúde e segurança nos estaleiros era obrigada a utilizar normas
regulamentadoras de outras atividades econômicas, tais como da construção
civil, e adaptá-las à realidade da construção de embarcações. A Norma
Regulamentadora 34 foi o resultado do esforço de técnicos dos principais
estaleiros do país, juntamente com representantes dos trabalhadores do setor,
sempre coordenados por auditores fiscais do trabalho com experiência em
processos de regulamentação negociada e larga vivência na fiscalização de
estaleiros. O atendimento desta norma se faz necessário para estabelecer os
critérios mínimos de segurança no que tange a indústria da construção e

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reparação naval. Vale destacar que existem ainda normas especificas que
devem ser seguidas em paralelo no ramo da construção naval, como a NR 33 –
Trabalho em espaço confinado, NR 35 – Trabalho em altura e NR 10 –
Segurança em instalações e serviços elétricos.
Há uma diversidade de atividades laborais nas indústrias navais, onde
cada trabalhador é especializado para atuar em uma etapa da produção, neste
caso, na produção e reparo de embarcações. É importante observar que quando
se trata das condições e meio ambiente de trabalho nas indústrias de construção
e reparação naval – segundo a NR 34 – há alguns riscos inerentes à cada
atividade da produção que merecem ser evidenciados, a fim de evitar possíveis
danos à saúde dos trabalhadores (TEIXEIRA, 2012). A Figura 1 demonstra os
índices de adoecimento por atividade exercida na indústria da construção e
reparação naval, tomando como base o estaleiro Mauá S/A no Rio de Janeiro.

Figura 1 - Índice de adoecimento por atividade exercida na indústria naval.


Fonte: (Teixeira, 2012).

A atividade aquaviária, incluindo a construção naval possui por sua própria


natureza um elevado índice de doenças e de acidentes de trabalho. As áreas
que demandam maior preocupação são os diversos locais contendo trabalho em
espaço confinado, os trabalhos em alturas, a movimentação de cargas, vasos de
pressão, entre outras. (SINAIT, 2010).

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3 METODOLOGIA

O método de desenvolvimento deste trabalho se deu através de visitas ao


estaleiro, localizado as margens da cidade de Belém, foram realizadas
entrevistas com os empregados e proprietário do estaleiro, na fase inicial do
projeto e pesquisas bibliográficas sobre os temas da segurança do trabalho na
atividade da indústria da construção e reparo naval. Além de ser consultada a
norma especifica para atividade, do Ministério do Trabalho, NR 34 – Condições
e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.
Buscou-se entender como os acidentes de trabalho nesse tipo de atividade
podem ser evitados, visando orientar que um sistema de gestão eficaz pode
minimizar ou até mesmo evitar a ocorrência dos acidentes e doenças do
trabalho, obtendo uma melhoria contínua do nível de segurança e saúde do
trabalhador.

4 RISCOS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPAROS


NAVAIS

A situação se agrava com a falta de investimentos na melhoria das


condições de trabalho, como é o caso da grande maioria dos estaleiros
brasileiros, situação constatada no estaleiro em análise.
No aspecto de segurança do trabalho, o ambiente do Estaleiro pode ser
extremamente insalubre e apresentar elevada periculosidade se não forem
seguidas rígidas normas de segurança, conforme constatado por Miranda (1997)
no caso de silicose em trabalhadores de estaleiro do Rio de Janeiro.
As atividades exercidas por trabalhadores da indústria da construção e
reparação naval dentro dos estaleiros, como também embarcações e estruturas,
fazem parte do propósito de diretrizes normativas. Considerada uma indústria de
grande porte, cabe à empresa do setor naval cumprir com as responsabilidades
que levem à segurança dos trabalhadores.
Primeiramente, deve haver um responsável formal pela introdução da
norma e cumprimento da mesma, em seguida, é obrigatório que antes do início

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de qualquer atividade, devem-se garantir as medidas de proteção aos
empregados. É preciso também suspender todos os trabalhos quando houver
mudanças nos ambientes que gerem potenciais situações perigosas à
integridade física e psicológica das equipes.
A norma que rege esse tipo de atividade orienta a execução da Análise
Preliminar de Risco - APR, quando necessária, seguida de emissão de
permissão de trabalho - PT. As atividades, o processo de trabalho, os riscos e
as medidas de proteção devem ser tratados num documento assinado.
Evidentemente, todas as informações devem estar sempre atualizadas, com
suas medidas de controle completas, enfim, todas as providências que prezam
pelo cumprimento das medidas preventivas, inclusive junto às empresas
terceirizadas, constam de diretrizes normativas.
A NR 34 orienta também as tarefas relacionadas ao trabalho em altura,
exposição às radiações ionizantes, pinturas, movimentação de carga, montagem
e desmontagem de andaimes, trabalho a quente, entre outras. Além de tudo,
uma peça central na prevenção na indústria naval chama-se treinamento.
Segundo a NR 34 o trabalhador deve ser instruído quanto às suas atividades,
incluindo sinalização de máquinas e equipamentos, equipamentos de proteção
individual e ações a serem adotas em caso de incidentes.
Como o setor abrange o trabalho em portos, navios e barcos, ou seja,
mantém-se com características próprias, o plano de segurança precisa ser
realizado de acordo com a realidade do ambiente. Técnico e engenheiro do
trabalho fazem-se essenciais rumo à prevenção de acidentes e doenças
ocupacionais.

4.1 Estudo de caso


Primeiramente buscou-se conhecer o processo de fabricação do estaleiro
para iniciar o levantamento dos principais riscos ao longo desse processo, de
forma a analisar e sugerir melhorias voltada a uma produção mais segura,
identificando inicialmente seu projeto em andamento. Constatou-se de uma
empresa sem registro, trabalhando conforme a demanda, atualmente
construindo uma embarcação de passageiros, com um comprimento entre as

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perpendiculares (Lpp) de 67,0 m, 12,0 m de boca (largura da embarcação de um
bordo ao outro) e para um calado de 3,5 m - (Figura 2).

Figura 2 - Embarcação de passageiros em construção.


Fonte: Autor.

4.2 Riscos encontrados no estaleiro

4.2.1 Trabalho a quente


Na indústria naval, grande parte do processo de fabricação de uma
embarcação envolve trabalhos a quente, como soldagem, goivagem e
oxiacetileno para corte das chapas. O trabalho a quente é uma das principais
fontes causadoras de acidentes nesse ramo de atividade.
Foram constatadas diversas inconformidades com as normas de
segurança: trabalhadores sem equipamento de proteção adequados, cilindros
de acetilenos mal acondicionados e máquinas de solda largadas ao tempo
(Figura 3 e 4), e mesmo com as tarefas sendo executadas em local aberto
nenhuma medida de prevenção contra incêndio foi constatada.
Segundo a NR 34, cabe aos empregadores tomar as seguintes medidas
de proteção contra incêndio nos locais onde se realizam trabalhos a quente:
 Providenciar a eliminação ou manter sob controle possíveis riscos
de incêndios;
 Instalar proteção física adequada contra fogo, respingos, calor, fagulhas
ou borras, de modo a evitar o contato com materiais combustíveis ou
inflamáveis, bem como interferir em atividades paralelas ou na circulação
de pessoas;

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 Manter desimpedido e próximo à área de trabalho sistema de combate a
incêndio, especificado conforme tipo e quantidade de inflamáveis e/ou
combustíveis presentes;
 Inspecionar o local e as áreas adjacentes ao término do trabalho, a fim de
evitar princípios de incêndio.

Quanto aos procedimentos a serem adotados para a correta


manipulação/manutenção dos cilindros de gás, item 34.5.5.6 da NR 34,
utilizados no processo de corte das chapas, verificou-se um total
desconhecimento da norma por parte do estaleiro, não cumprindo os requisitos
mínimos de segurança. Conforme abaixo, os cilindros de gás devem ser:

 Mantidos em posição vertical, fixados e distantes de chamas, fontes de


centelhamento, calor ou de produtos inflamáveis;
 Transportados na posição vertical, com capacete rosqueado, por meio de
equipamentos apropriados, devidamente fixados, evitando-se colisões; e
 Quando inoperantes e/ou vazios, mantidos com as válvulas fechadas e
guardados com o protetor de válvulas (capacete rosqueado) (BRASIL.
Ministério do Trabalho e Emprego. NR 34).

Figura 3 - Cilindros mal acondicionados. Figura 4 - Máquinas expostas ao tempo.


Fonte: Autor. Fonte: Autor.

Dentre todas essas atividades envolvendo trabalho a quente, destacamos


como uma das mais utilizada e mais nociva à saúde do trabalhador na indústria
da construção naval, a soldagem. O arco elétrico emite radiações e gases
nocivos, por estes motivos, o soldador deve estar devidamente protegido,

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utilizando filtros, luvas, botas, roupas de proteção, vidros de segurança e
executar a soldagem em locais com ventilações adequadas. O soldador convive
em seu ambiente de trabalho com gases tóxicos e fumos (Figura 5), causando
danos ao aparelho respiratório através da silicose e outros males, dependendo
da concentração no ar, taxa de respiração, taxa de circulação e reatividade, de
acordo com a saturação do organismo.

Figura 5 - Trabalho de soldagem no estaleiro.


Fonte: Autor.

4.2.2 Trabalho em altura


As medidas de proteção contra quedas de altura devem atender à NR 35 e
ao disposto no item 34.6 da NR 34 do Ministério do Trabalho. Na execução do
trabalho em altura devem ser tomadas as seguintes providências:
 Isolamento e sinalização de toda a área sob o serviço antes do início
das atividades;
 Adoção de medidas para evitar a queda de ferramentas e materiais,
inclusive no caso de paralisação dos trabalhos;
 Desenergização, bloqueio e etiquetagem de toda instalação elétrica
aérea nas proximidades do serviço;
 Instalação de proteção ou barreiras que evitem contato acidental
com instalações elétricas aéreas, conforme procedimento da
concessionária local, na inviabilidade técnica de sua
desenergização; e

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 Interrupção imediata do trabalho em altura em caso de iluminação
insuficiente ou condições meteorológicas adversas, como chuva e
ventos superiores a quarenta quilômetros por hora, dentre outras.
(BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 34).

Conforme constata-se nos registros, não foram tomadas as mínimas


precauções de segurança para a execução das tarefas, como, porta de madeira
sendo utilizada como plataforma de andaime (Figura 6) e falta do uso de cinto
de segurança (Figura 7). Além da falta de isolamento de área e sinalização, ou
seja, o uso do improviso foi comumente encontrado durante visita.

Figura 6 - Andaime improvisado. Figura 7 - Falta de cinto de segurança.


Fonte: Autor. Fonte: Autor.

4.2.3 Espaço confinado


A NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados é
uma norma específica para esse tipo de trabalho e deve ser seguida tanto no
processo de construção e reparos navais quanto para qualquer outra atividade
que envolva esse tipo de tarefa. Os perigos existentes em espaços confinados
podem não ser tão fáceis de serem percebidos, cerca da metade dos acidentes
ocorridos em locais confinados são causados por deficiência de oxigênio ou
atmosferas tóxicas.
O ar natural contém normalmente 21% de oxigênio e é considerado
deficiente quando esta concentração cai para valores inferiores a 18%.
Exposições a níveis de oxigênio entre 14 e 17% podem causar dificuldades de

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raciocínio, euforia ou fadiga. Perda de raciocínio e morte ocorrerá em minutos
se os níveis de concentração caírem abaixo de 6%.
A combustão e a presença de certos gases deslocam o ar, sendo algumas
das causas de deficiência de oxigênio no local, onde nem sempre o processo de
ventilação, com o objetivo de renovar o ar, controlar a poluição do ar, controlar a
temperatura e umidade é adotado.
Conforme a Figura 8, as névoas acumuladas em espaço confinado, originadas do
trabalho de soldagem e sem as devidas precauções de renovação do ar no ambiente
de trabalho.

Figura 8 - Trabalho de solda em espaço confinado.


Fonte: Autor.

4.2.4 Equipamentos elétricos


Ao contrário do que se preconiza a norma, atos inseguros envolvendo
equipamentos elétricos também são comuns no estaleiro, tais como, fiação
elétricas dos equipamentos a mostra (Figura 9), cabos elétricos das máquinas
de solda atravessados ao longo da edificação, não obedecendo a distância
mínima entre as emendas e isolamentos inadequados.
Para cabos de solda, o afastamento mínimo permitido entre as emendas deve
ser de três metros. A capa da isolação deve ser recomposta sempre que houver
danos em sua superfície e o conduto. Em caso de exposição, deve ser isolado
com fita de autofusão, conforme previsto nos itens 34.13.9 e 10 da NR 34.
Os equipamentos elétricos e seus acessórios devem ser aterrados a um
ponto seguro de aterramento e instalados de acordo com as instruções do

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fabricante dos equipamentos. Devem ser utilizados cabos elétricos de bitola
adequada às aplicações previstas, e com a isolação em perfeito estado.
Os terminais de saída devem ser mantidos em bom estado, sem partes
quebradas ou isolação trincada, principalmente aquele ligado à peça a ser
soldada, além de ser assegurado que as conexões elétricas estejam bem
ajustadas, limpas e secas.

Figura 9 - Fiação expostas do equipamento.


Fonte: Autor

4.2.5 Pintura e jateamento


Mesmo não sendo possível realizar os registros nessa fase do processo,
pois ocorre durante a fase de acabamento da embarcação, destaca-se que os
trabalhadores que realizam tarefas de jateamento, tratamento de superfície e
pintura das embarcações estão expostos a substâncias químicas tóxicas, como
os metais, na forma de poeiras, partículas e vapores. Alguns são carcinogênicos,
como o cádmio e o cromo.
Um dos temas tratados pela NR 34 é relacionado a trabalhos de jateamento
e hidrojateamento. Esses processos referem-se a técnicas de tratamento
superficial por impacto, cuja finalidade é obter um excelente grau de limpeza e
simultaneamente um correto acabamento superficial. Mas para que tal processo
seja realizado, algumas condições são necessárias para que o trabalhador fique
em segurança e o trabalho seja realizado corretamente. Por isso, somente
trabalhadores capacitados podem realizar esse processo.

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Há também outro tema tratado nessa NR, que se refere a atividades de
pintura. E, assim como na atividade de jateamento/ hidrojateamento, há algumas
condições necessárias para garantir a segurança do trabalhador e que o trabalho
seja realizado corretamente, entre elas. Assim, somente o trabalhador
devidamente treinado e qualificado poderá realizar as atividades de pintura, pois
ele saberá o que deve ser feito em relação ao preparo e descarte do material.
(UNESP, 2015).
Muitas dessas atividades são realizadas em ambientes confinados, sem
sistemas adequados de ventilação e exaustão, e dependendo do tipo de metal,
o risco toxicológico é elevado.
As empresas pouco fazem para melhorar esses ambientes e as condições
de trabalho, por exemplo, boa parte das máscaras utilizadas pelos trabalhadores
era inadequada ou em estado precário e muitos nem faziam uso do
equipamento.
Em setembro de 2016, a NR 34 sofreu alterações com a Portaria Nº
1.112/2016, que entre as principais considerações, adiciona a definição de
“cabine de pintura”. Com o conceito, ficou claro que se refere ao local projetado
por profissional legalmente habilitado, destinado exclusivamente para tratamento
e pintura de superfícies, constituído de materiais incombustíveis ou resistentes
ao fogo, dotado de sistema de ventilação/exaustão, filtragem e controles
ambientais.

5 SUGESTÕES E DISCUSSÕES

A organização em qualquer ambiente de trabalho é um dos fatores


fundamentais não só para a eficiência na produção quanto para a segurança do
processo. Essa falta de organização ficou clara durante a realização do trabalho,
desde ao recebimento das chapas, cortes dos perfis até a soldagem na
edificação.
Inúmeros fatores que vão contra as normas de segurança da atividade em
questão foram encontrados. Desta forma, com objetivo de sugerir melhorias para
o processo da empresa e visando a segurança de seus colaboradores, destaca-
se os principais pontos a serem elaborados e ajustados para que o processo de

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fabricação do estaleiro se torne mais seguro, eficaz e consequentemente tenha
uma redução considerável dos custos de produção.

5.1 Proposta de estudo para reestruturação do layout


Os objetivos de um estudo de layout é auxiliar no projeto de instalação de
unidades produtivas, na ampliação de unidades produtivas, racionalizar
espaços, melhorar condições de trabalho, reduzir os riscos para os
trabalhadores, facilitar a supervisão e comunicação, facilitar o controle de
qualidade, reduzir movimentações e estoques em processo e facilitar a limpeza
do ambiente.
A seguir destacam-se alguns conceitos e a identificação de alguns
objetivos estratégicos no problema de planejamento de layout na indústria naval
brasileira: O layout, the way in which the parts of something are arranged
according to a plan (Hornby, 1995), ou arranjo físico, pode ser sintetizado como
a organização espacial voltada para a satisfação de objetivos determinados.
Gaither e Frazier (2004) posicionam o problema do planejamento do layout entre
as decisões estratégicas, ao lado do planejamento de produtos, processos e
tecnologias.
Slack et al (1997) selecionam o arranjo físico básico após a definição do
processo produtivo ditado pelo volume-variedade característicos. Os produtos
típicos da indústria de construção naval são navios graneleiros para sólidos
(grãos, minérios, fertilizantes e outros), para líquidos (petróleo, combustível etc.),
graneleiros químicos (produtos químicos corrosivos), navios para carga geral
(transporte de contêineres), rebocadores portuários e costeiros, embarcações de
apoio "offshore", balsas e empurradores fluviais e embarcações de passageiros.
Para iniciar a definição de um layout devem-se coletar algumas
informações referentes a: especificações e características dos produtos,
quantidade de produtos e materiais, sequências de operação e montagem,
espaço necessário para cada equipamento e espaço para operação,
manutenção, estoques de matérias primas e produtos acabados e transportes
(MARTINS, LAUGENI, 2005).

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Segundo Sales (2012), embora os processos de construção de
embarcações metálicas de pequeno porte sejam bastante similares às de grande
porte, esse segmento é mais fortemente afetado com a variação do volume de
produção visto que, por serem produtos de menor complexidade tecnológica,
podem requerer diferentes níveis de demanda para justificar investimentos em
tecnologia e aperfeiçoamento dos processos construtivos empregando, desta
forma, técnicas mais rudimentares aos processos produtivos.
Couto (1995) sugere uma lista com uma série de pontos a serem
checados nas diversas fases do desenvolvimento do layout para avaliação dos
aspectos de ergonomia que respeitem as especificações técnicas da “máquina
humana”.
Com base nesses conceitos e de forma a padronizar o processo de
fabricação do estaleiro, sugere-se a reestruturação da sua planta de produção
com a elaboração de um novo layout, mais eficaz para seu processo.
A Figura 10 ilustra os principais processos para a construção naval em
estaleiro de pequeno porte de forma a auxiliar na elaboração de um novo arranjo
físico de produção.

Figura 10 - Processos de construção naval estaleiro de pequeno porte.


Fonte: Sales (2012).

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5.2 Modelo de Layout para estaleiro de pequeno porte.
A Figura 11 demostra a proposta de um novo layout para a reestruturação
do estaleiro, buscando a otimização e eficácia do processo.

Figura 11 - Proposta de layout.


Fonte: Autor.

 Área de armazenamento: local destinado ao recebimento e


armazenamento das principais matérias-primas utilizadas na
fabricação da embarcação, como chapas, tubo e perfis.
 Área de movimentação e transporte das peças: destina-se a
movimentação das chapas do local de armazenamento para as
oficinas e delas para a área de edificação, pode ser pensado na
instalação de um pórtico para facilitar a movimentação;
 Oficina de Processamentos das partes: local destinado a
fabricação das partes, marcação das chapas, corte, conformação e
etc.
 Oficina da linha de painéis: onde ocorrerá o início da fabricação e
montagem de estruturas maiores de onde serão levadas para a área
de edificação.
 Tratamento e Pintura: como o próprio no já diz, é o setor onde será
dado os primeiros tratamentos e pintura das peças, que serão
levadas para a edificações e posterior acabamento das mesmas;

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 Área de edificação (dique): Trata-se do coração do estaleiro, local
onde iniciará a construção das embarcações desde a quilha até seu
lançamento na água;
 Almoxarifado: local de armazenamento de produtos e
equipamentos necessários para a atividade; e
 Escritório: local de atendimento a clientes e funcionários, podendo
ser dividido com o RH da empresa.

5.3 Análise Preliminar dos Riscos – APR


A Análise Preliminar de Riscos – APR é uma técnica que teve origem no
Programa de Segurança Militar do Departamento de Defesa dos Estados
Unidos, a qual consiste no estudo, durante a fase de concepção ou
desenvolvimento prematuro de um novo sistema, com o fim de se determinar os
riscos que poderão estar presentes na fase operacional do mesmo. Pode ser
aplicada em unidades já em operação, permitindo, nesse caso, a realização de
uma revisão dos aspectos de segurança existentes. (AMERICAN INSTITUTE OF
CHEMICAL ENGINEERS – AICHE, 1992).
A Análise Preliminar de Riscos trata-se de uma técnica estruturada que tem
como objetivo identificar os riscos presente no estaleiro, que podem ser
ocasionados por eventos indesejáveis, permitindo a realização de uma revisão
dos aspectos de segurança existente através de uma análise qualitativa.
Deve-se identificar de maneira minuciosa os perigos, as causas e
consequências, informar as categorias de severidade para cada risco
encontrado, bem como suas recomendações aos respectivos riscos
identificados, conforme preconiza o item 34.5.7 da NR 34.
Devem ser empregadas técnicas de APR para:
 Determinar as medidas de controle;
 Definir o raio de abrangência;
 Sinalizar e isolar a área; e
 Avaliar a necessidade de vigilância especial contra incêndios
(observador) e de sistema de alarme. (BRASIL. Ministério do
Trabalho e Emprego. NR 34).

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5.4 Mapa de Risco
O Mapa de Risco é uma representação referente aos riscos presentes no
ambiente de trabalho. É apresentado graficamente de acordo com o layout do
local analisado através de círculos de cores diferentes, de acordo o nível
dos riscos e com as cores correspondentes a eles.
Segundo Mattos, Freitas (1994) é uma representação gráfica de um
conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar
prejuízos à saúde dos trabalhadores. Tais fatores se originam nos diversos
elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações,
suprimentos, e nos espaços de trabalho, onde ocorrem as transformações) e da
forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de
trabalho, turnos de trabalho, postura de trabalho, treinamento etc.).
A Figura 12 mostra um modelo de mapa de risco elaborado para o novo
layout do estaleiro, com suas respectivas legendas de cores e tabela descritiva
quanto aos grupos e graus de riscos, Figuras 13 e 14, respectivamente.

Figura 12 - Mapa de Risco do novo layout.


Fonte: Autor.

Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão. Paranaguá, PR, v.5, n.5, p. 254-01, 254-22,2020.
DOI: 10.21575/25254782rmetg2020vol5n5893
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Figura 13 – Legenda de cores quanto ao Grupo de Risco.
Fonte: Autor.

Figura 14 - Legenda de cores quanto ao Grau de Risco


Fonte: Autor.

Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão. Paranaguá, PR, v.5, n.5, p. 254-01, 254-22,2020.
DOI: 10.21575/25254782rmetg2020vol5n5893
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5.5 Treinamento
Uma das principais maneiras de evitar acidentes nas empresas é fazer o
colaborador entender a importância dos treinamentos de segurança do trabalho,
motivando-o a participar sempre que possível. A partir do momento em que o
funcionário passa a conhecer as principais medidas de segurança, ele começa
a se prevenir e, consequentemente, os acidentes tendem a diminuir.
Para SHI, H. et al. (2008), o treinamento técnico para funcionários do chão-
de-fábrica é um fator importante para que se consiga contribuir com o
desenvolvimento e a manutenção de um sistema de gestão.
Apesar de muitos estaleiros realizarem um esforço próprio de treinamento,
é sempre dada preferência para pessoas com o máximo de formação escolar e
técnica. Grandes estaleiros têm seus próprios sistemas de treinamento e
qualificação profissional, diferentemente dos estaleiros regionais que ainda se
encontram muito aquém dessa realidade.

6 CONCLUSÃO

A realização desse estudo objetivou fornecer subsídios mínimos para a


implantação de um sistema de gestão (qualidade e segurança), em estaleiro de
pequeno porte. Para tanto, foi realizado o diagnóstico dos processos e condições
ambientais que subsidiou o trabalho.
No estudo de caso realizado, pôde-se observar que há restrições no atual
cenário do estaleiro, como dificuldade do fluxo dos materiais e aglomeração de
objetos localizados fora de um setor responsável, comprometendo a qualidade
da produção. Com a proposta de um novo layout, o estaleiro contará com o
mapeamento do trânsito e planejamento de um novo fluxo para a matéria-prima
e realocação das áreas ao longo de todo processo, juntamente com seu
mapeamento das áreas de riscos identificadas no trabalho.
A Análise Preliminar de Riscos - APR, considera diretrizes previstas em
normas de âmbito internacional, para implantação de sistemas de gestão de
segurança e saúde ocupacional. Apesar da limitação no que se refere à
avaliação dos riscos de natureza ergonômica, a experiência no uso da

Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão. Paranaguá, PR, v.5, n.5, p. 254-01, 254-22,2020.
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metodologia de Análise Preliminar de Riscos – APR, comprova que o
gerenciamento dos riscos ocupacionais, utilizado de forma ampla e séria,
constitui uma poderosa ferramenta para a preservação da saúde e da integridade
dos trabalhadores, no desempenho de suas atividades. Significativas melhorias
das condições de conforto, segurança e produtividade nos estaleiros podem ser
obtidas a partir do respeito aos princípios da ergonomia na definição do layout.
Cabe também salientar algumas causas que estão ligadas a acidentes de
trabalho na indústria da construção naval, tais como: elevada rotatividade de
empregados, falta de mão de obra especializada, cursos com baixa qualidade e
tempo de treinamento insuficiente, requalificação da força de trabalho, contratos,
por meio de empresas subcontratadas, terceirizadas e processo seletivo
inadequado, devida as grandes demandas de mão de obra no setor.
É importante destacar ainda que em qualquer atividade a experiência e a
vivência no ambiente de trabalho são muito importantes durante a execução das
atividades.

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Enviado em: 22 mai. 2019


Aceito em: 12 mai. 2020
Editor responsável: Mateus das Neves Gomes

Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão. Paranaguá, PR, v.5, n.5, p. 254-01, 254-22,2020.
DOI: 10.21575/25254782rmetg2020vol5n5893
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