Aculturação
Aculturação
Aculturação
No planeta terra existem sete continentes, cada um com média de 30 países. Estes países
ou nações apresentam uma grande diversidade de costumes, crença, hábitos e tradições
que fazem parte do seu dia-a-dia, denominado cultura.
A origem da palavra cultura vem do termo em latim colere, que significa cuidar, cultivar
e crescer. É termo bastante explorado pela Antropologia ciência que surgiu na mesma
época em que a Sociologia e visa a analisar as sociedades humanas a partir de sua
produção cultural, indo das mais elementares formas de organização social até as mais
complexas.
O sentido de cultura é amplo. O que nos interessa aqui é saber que a cultura corresponde
a um conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos de um povo ou um determinado
grupo artístico literário, dramatúrgico, musical, derivado das artes plásticas que cultiva,
de algum modo, um padrão estético semelhante.
A cultura é como o ar que respiramos. É tão óbvio que não podemos escapar dele. Ela
permeia tanto nossas vidas que não conseguimos sentir ativamente seu impacto. Afeta
todas as esferas das nossas vidas de forma muito secreta mas forte, com tanta frequência
que nem sequer temos a oportunidade de pensar no seu impacto cultural.
Ela está caracterizada por um conjunto de hábitos e um conjunto de saber os
comportamentos e modos de o fazer.
Ela possui um caráter simbólico que é adquirido por meio de relações sociais de um
grupo que é transmitida de gerações para gerações posteriores.
E a família é o principal espaço de referência, proteção e socialização dos indivíduos,
independente da forma como se apresenta na sociedade.
Ela exerce uma grande força na formação de valores culturais, éticos, morais e um
espirituais, que vêm sendo transmitidos de geração em geração. Além de manter a união
familiar, são responsáveis pela formação da identidade, do caráter, do comportamento e
das memórias que farão parte da história do indivíduo que pode vivenciá-la.
Desenvolvimento
Como já vimos a cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de tradições,
crenças e costumes de um determinado grupo social.
Dessa forma, a cultura representa o patrimônio social de um grupo sendo a soma de
padrões dos comportamentos humanos e que envolve: conhecimentos, experiências,
atitudes, valores, crenças, religião, língua, hierarquia, relações espaciais, noção de
tempo, conceitos de universo.
Na sociologia a cultura é dividida em sete partes essências.
1. Cultura popular
A cultura popular é a base de Uma característica importante deste tipo de cultura é que ela
começa de baixo para cima, ou seja, são as classes populares quem determinam o que é essa
cultura e como ela deve ser reproduzida.
Na cultura popular, seus elementos, como as danças, estilo musical, costume, entre outros, são
transmitidos de geração para geração por um povo.
2. Cultura organizacional
4. Cultura de massa
A cultura de massa une os aspetos da cultura erudita e da cultura popular,
transformando-as em uma cultura mais acessível, simples e como entretenimento para o
consumo geral.
A cultura de massa se concentra principalmente nas grandes mídias, como a TV e redes
sociais, focado no consumo.
Uma grande questão é que, através da cultura de massa, as culturas erudita e popular
deixam de ser uma experiência, uma vivência e uma identidade, para se tornarem um
conteúdo de entretenimento que pode ser vendido de alguma maneira.
5.Cultura material
A cultura material são os aspetos da cultura que são tangíveis, ou seja, aqueles que
podem ser tocados. São objetos físicos e concretos.
A cultura material são elementos produzidos manualmente pelo ser humano, e que se
tornam aspetos físicos da cultura e tradição de um povo.
Alguns exemplos de cultura material são: um cocar indígena, o Pelourinho na Bahia, o
Centro Nacional de Ouro Preto, entre diversas outras.
6.Cultura imaterial
A cultura imaterial é considerada intangível, ou seja, os elementos que não podem ser
tocados.
São, basicamente, os costumes e tradições que não são físicas e que precisam ser
reproduzidos e vivenciados. Geralmente, um grupo social preserva este tipo de cultura
em respeito à sua ancestralidade.
Alguns exemplos de cultura imaterial são a Literatura de Cordel, a Roda de Capoeira, o
Frevo, entre outros.
7.Cultura corporal
É o elemento fundamental na construção da identidade de uma sociedade, a cultura
corporal é a maneira como agrupamentos humanos interagem com o corpo socialmente.
Essa cultura se manifesta a partir de atividades que envolvem movimento corporal, tais
como danças, jogos, comportamento sexual e outras práticas relacionadas.
A cultura corporal é associada à ritualização e ao simbolismo em muitas sociedades,
sendo uma forma de resistência e afirmação da identidade cultural.
Cada cultura registra o indivíduo, com a sua marca. Isso o influencia na estruturação da
sua personalidade que é decorrente de uma combinação orgânica, dos padrões de sua
cultura e de suas experiências individuais em contacto com o mundo físico e social,
como também influencia na sua identidade social.
Como sabemos que nenhuma pessoa é igual à outra. Cada um possui características
biológicas, comportamentos, maneira de pensar e de agir peculiares. Isso é o que nos faz
diferentes, além de estipular o nosso papel na sociedade em que estamos inseridos. E é
importante frisar que muito do que nós somos, independentemente de fatores genéticos,
é resultado do contato que temos com o meio em que vivemos e das pessoas com as
quais nos relacionamos durante toda a vida. Continue lendo o texto para saber mais
sobre o assunto.
É impossível desconsiderar os fatores que estão ao redor de uma pessoa durante o
crescimento dela. São estes que ajudarão a formar o seu caráter. Isso reafirma que, o
Mesmo com um determinado tipo de criação, uma criança é perfeitamente capaz de ser
influenciada pelo ambiente em que estuda, brinca e se desenvolve. Por isso, antes de
julgar o comportamento de uma pessoa de forma superficial, busque conhecer o seu
histórico.
Alguns exemplos são os fatores naturais como a geografia e o clima e outros sociais
como as diferenças ideológicas e os abismos entre as classes. Ainda devemos lembrar-
se dos itens que influenciam nosso dia a dia mesmo sem percebermos, tais como a
religião e os preconceitos de diversos tipos. Até mesmo os aspetos mais modernos como
as redes sociais. Pode ser que você não se recorde de uma situação para cada cenários
que eu expus, mas comece a prestar atenção nesses pontos ao seu redor que você
começará a identificá-los.
E também é essencial compreender que toda interferência na formação da personalidade
de uma pessoa pode ter efeito positivo ou negativo, uma classificação que pode mudar
de acordo com a ética e moral de determinada região.
Processo de aculturação
O fenômeno da aculturação se dá pelo contato de culturas diferentes e pela adoção
mútua de costumes pertencentes à cultura diferente.
É fato que todos nós possuímos aspetos de nossa vida que são ancorados na cultura que
compartilhamos, em partes, com o meio social em que nos desenvolvemos. A cultura é
parte do que somos e responsável por como vemos e entendemos o mundo em que
existimos, de modo que interfere como nos apresentamos aos outros indivíduos e como
assimilamos a imagem dos demais integrantes de nossa sociedade. Essa cultura que
constituímos manifesta-se em nossa aparência, na forma como nos vestimos e até em
nossas refeições diárias, na culinária que adotamos como usual. Mas esse especto tão
amplo de nossas vidas não é estático ou imutável, muito pelo contrário. Nossa cultura
está em constante processo de modelagem. Ao adotarmos costumes, valores ou mesmo
símbolos diferentes, modificamos, por exemplo, hábitos culturalmente construídos, de
modo que os parâmetros culturais que absorvemos de nossa família se alteram tanto no
decorrer de nossa convivência social que dificilmente serão exatamente os mesmos que
transmitiremos aos nossos filhos.
Esse processo, porém, não deve ser confundido com outros fenômenos da interação
entre culturas diferentes, como a assimilação cultural, processo em que um grupo
cultural assimila ou adota costumes e hábitos de uma outra cultura em detrimento da
sua. Nesse processo, a cultura “original” de um grupo é gradualmente substituída e se
perde no decorrer do tempo. Embora possa ser um catalisador para essa assimilação,
nem toda adoção de traços culturais diferentes resulta na substituição ou no abandono
de outro especto cultural.
Como já vimos, a cultura não é imutável, mas o processo de aculturação não é
equivalente à mudança cultural, na medida em que a adoção de certas características
culturais, como por exemplo a mudança ou a adoção de uma forma diferente de se
vestir, não necessariamente implicará no abandono ou na mudança de outro especto
cultural. Como exemplo peguemos o caso da culinária oriental, que é amplamente
apreciada ao redor do mundo, passando a ser consumida por diversos indivíduos de
culturas diferentes sem que, no entanto, modifique seus hábitos ou a forma como
pensam acerca de um ou outro especto de seu mundo.
Esse processo de “modelagem” pela qual nossa cultura passa é resultante do fenômeno
da aculturação. A aculturação é o nome dado ao processo de troca entre culturas
diferentes a partir de sua convivência, de forma que a cultura de um sofre ou exerce
influência sobre a construção cultural do outro.
De fato, o processo de aculturação é visto por muitos como responsável pela destruição
ou o desgaste de culturas vistas como “originais”. Como a ideia inicial de Franz Boas
(1858-1942), um dos mais importantes autores na área de estudos culturais, que pautava
o fenômeno da aculturação pelo processo de mudança da cultura original. No entanto,
autores como o antropólogo brasileiro Gilberto Freyre, trabalhavam com a ideia de que
o processo de aculturação não é unilateral, de forma que as duas estruturas culturais que
estão envolvidas no processo estão sujeitas a absorver um ou outro especto da cultura
diferente de forma mútua, mesmo não sendo um processo simétrico.
Cultura em Angola
A riqueza cultural de Angola manifesta-se em diferentes áreas. No artesanato, destaca-
se a variedade de materiais utilizados. Através de estatuetas em madeira, instrumentos
musicais, máscaras para danças rituais, objetos de uso comum, ricamente ornamentados,
pinturas a óleo e areia, é comprovada a qualidade artística angolana, patente em museus,
galerias de arte e feiras. Associado às festas tradicionais promovidas por etnias locais
está também um grande valor cultural. A presença constante da dança no quotidiano é
produto de um contexto cultural apelativo para a interiorização de estruturas rítmicas
desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da criança com os movimentos da mãe
(às costas da qual é transportada), esta ligação é fortalecida através da participação dos
jovens nas diferentes celebrações sociais (os jovens são os que mais se envolvem), onde
a dança se revela determinante enquanto fator de integração e preservação da identidade
e do sentimento comunitário.
Neste particular, destaca-se algumas festas típicas em Angola:
a) Festas do Mar - estas festas tradicionais designadas por “Festas do Mar”, têm lugar
na cidade do Namibe. Estas festas provêm de antiga tradição com carácter cultural,
recreativo e desportivo. Realizam-se na época de verão e é habitual terem exposições de
produtos relacionados com a agricultura, pescas, construção civil, petróleos e
agropecuária;
b) Carnaval - o desfile principal realiza-se na avenida da marginal de Luanda. Vários
corsos carnavalescos e corsos alegóricos desfilam numa das principais avenidas de
Luanda e de Benguela;
c) Festa da Nossa Senhora da Muxima - o santuário da Muxima está localizado no
Município da Quiçama, Província de Luanda e durante todo o ano recebe milhares de
fiéis. É uma festa muito popular que se realiza todos os anos e que inevitavelmente atrai
inúmeros turistas, pelas suas características religiosas.
Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também sofrer
misturas com outras culturas e a música anuncia a riqueza artística de Angola, com os
ritmos do quizomba, semba, rebita, cabetula, quilapanga e os novos estilos, como o
zouk e kuduro, a animar as noites africanas. As danças tradicionais assumem,
paralelamente, a sua relevância, a par da gastronomia rica e variada. A literatura
angolana tem origem no século XIX, com uma função marcadamente “intervencionista
e panfletária de uma imprensa feita pelos nativos da terra”, sendo que a mesma reflete
também a riqueza cultural do país. É a cultura que molda a imagem de Angola no
mundo. Uma política cultural externa para a representação da diversidade cultural de
Angola é, portanto, uma grande preocupação do Governo angolano.
O processo de aculturação não é muito intenso para um português que acaba de chegar a
Angola, já que a verdadeira aculturação aconteceu ao longo de muitos anos, desde a
primeira vez que os portugueses chegaram a Angola. Hoje, muita da nossa forma de
pensar e viver encontra-se neste país.
Angola tem traços identitários próprios, diferentes e dispersos que estão em permanente
confronto com o resultado da aculturação. Neste contexto, falar do que é ser
Angolano(a) torna-se ainda mais complexo.
Já fui a vários lugares e tive a oportunidade de trabalhar com pessoas que não são de
onde eu sou e, confesso, senti-me sempre desafiado ao descrever qual era a minha
identidade, confessou Júlio Candeeiro, diretor geral do Mosaico, ao iniciar o Cidadania
em Debate sobre Cultura e identidade, no passado sábado, 10.
Apesar da ideia de um só povo e uma só nação ter o seu efeito positivo, considerou o
diretor geral, por ser uma de chamada à unidade. Todavia, tem o seu lado negativo por
esquecer as especificidades de cada povo que constitui o mosaico angolano.
Quando uma estratégia política ou um slogan ignora as diferenças culturais, por um lado
perde a riqueza da especificidade identitária de cada povo, mas também corre o risco de
não prestar atenção às dificuldades que podem existir nas relações entre povos que
constituem o mesmo país.
A cultura é constituída pelos traços característicos de um povo e são os povos, as
sociedades, grupos e subgrupos quem a constrói. Não existe uma cultura maior que
outra. Muitos dos fracassos da humanidade resultam de falhas nos processos de
negociação e do querer obrigar o outro a fazer como eu faço, relembrou Júlio
Candeeiro.
Citando a Constituição da República de Angola, reforçou ainda que é reconhecida a
validade jurídica do costume que não seja contrário à Constituição, nem atente contra a
dignidade da pessoa humana.
Nesta sequência, o facilitador do encontro que juntou cerca de 30 jovens no jango do
Mosaico, em Viana, passou a listar alguns fenómenos que destruíram, alteraram ou
substituíram o sentido de alguns ritos e valores. Fazendo notar também, o que neste
processo se perdeu, dando como exemplo, a solidariedade.
Conclusão
E por fim concluímos que no planeta terra existem sete continentes, cada um com média
de 30 países. Estes países ou nações apresentam uma grande diversidade de costumes,
crença, hábitos e tradições que fazem parte do seu dia-a-dia, denominado cultura.
A origem da palavra cultura vem do termo em latim colere, que significa cuidar, cultivar
e crescer. É termo bastante explorado pela Antropologia ciência que surgiu na mesma
época em que a Sociologia e visa a analisar as sociedades humanas a partir de sua
produção cultural, indo das mais elementares formas de organização social até as mais
complexas.
O sentido de cultura é amplo. O que nos interessa aqui é saber que a cultura corresponde
a um conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos de um povo ou um determinado grupo
artístico literário, dramatúrgico, musical, derivado das artes plásticas que cultiva, de
algum modo, um padrão estético semelhante.
A cultura é como o ar que respiramos. É tão óbvio que não podemos escapar dele. Ela
permeia tanto nossas vidas que não conseguimos sentir ativamente seu impacto. Afeta
todas as esferas das nossas vidas de forma muito secreta mas forte, com tanta frequência
que nem sequer temos a oportunidade de pensar no seu impacto cultural.
Ela está caracterizada por um conjunto de hábitos e um conjunto de saber os
comportamentos e modos de o fazer.
Ela possui um caráter simbólico que é adquirido por meio de relações sociais de um grupo
que é transmitida de gerações para gerações posteriores.
E a família é o principal espaço de referência, proteção e socialização dos indivíduos,
independente da forma como se apresenta na sociedade.
Ela exerce uma grande força na formação de valores culturais, éticos, morais e um
espirituais, que vêm sendo transmitidos de geração em geração.
Além de manter a união familiar, são responsáveis pela formação da identidade, do
caráter, do comportamento e das memórias que farão parte da história do indivíduo que
pode vivenciá-la.