Apostila GEografia 4° Bimestre
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Professor:
GEOGRAFIA José Junior Barroso de Figueiredo. Aluno(a): 2ª
Ano/SÉRIE
Nº:
Turma: Turno: Vespertino Data: 2023
GEOGRAFIA
O mundo pós-Guerra fria é marcado por várias características, entre as quais se destacam a
nova divisão com a questão multipolar, o neoliberalismo, a globalização e os blocos
econômicos.
Para entender a ordem mundial atual, é necessário recordar a velha ordem mundial no período
de 1945 a 1989, marcada pela Guerra Fria entre o socialismo soviético e o capitalismo
estadunidense, sendo o mundo bipolar ou dualista. Nessa ordem, a divisão do mundo era:
A nova ordem mundial estabeleceu-se a partir da crise do socialismo real (Segundo Mundo),
que teve como ápice a queda do Muro de Berlim e a unificação das Alemanhas sob a
economia capitalista de mercado e a dissolução da União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS) em quinze novos países que passaram, então, por um processo de
transição para o capitalismo.
Nesse mundo pós-Guerra fria, surge uma famosa polêmica: mundo monopolar ou multipolar.
Observando a charge, o tio Sam, símbolo do american way of life, reforça a polêmica:
A ordem pós-Guerra fria é monopolar para aqueles que acreditam na supremacia militar, ou
seja, os EUA como superpotência militar única e, portanto, hegemônica. A argumentação
ganhou reforço após os atentados de 11 de setembro de 2001, quando os EUA atacaram o
Afeganistão (2001/2002) e o Iraque (2003), alegando uma ofensiva contra o terrorismo mundial
(“eixo do mal”).
Para a maioria dos intelectuais, a ordem pós-Guerra fria é multipolar, tomando como
referencial o fator econômico, enfatizando três grandes centros de poder: EUA, Japão e União
Europeia. A argumentação reforça-se com o aumento da participação da China no comércio
mundial.
Observa-se, pelo mapa abaixo, a nova divisão do mundo em Norte rico e Sul pobre.
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O mapa mostra uma proposta de divisão do mundo de acordo com a Nova Ordem Mundial: o
Norte, formado pelos países ricos ou desenvolvidos, e o Sul, composto de nações pobres ou
subdesenvolvidas.
Já o bloco Sul seria composto de nações mais pobres, em sua maior parte nãoindustrializadas,
com baixa urbanização e base econômica agro mineradora. Dentro desse grupo, podemos
destacar algumas subdivisões, isto é, países industrializados, países agro mineradores e
países marginalizados ou excluídos.
Ordens Mundiais
Ao longo das décadas surgem novas potências, que se formam e passam a ser essenciais na
economia mundial.
A Ordem Monopolar
De 1837 a 1901, a Inglaterra viveu sob o reinado da rainha Vitória, período em que atingiu o
apogeu de sua política industrial e colonialista. Tornou-se a grande “oficina do mundo”,
abastecendo os mercados mundiais com seus produtos industrializados.
Na África, os ingleses conquistaram uma vasta região, que incluía África do Sul, Orange,
Rodésia, Tanganica, Quênia, Uganda e Sudão, além de manterem influência sobre o Egito.
A Ordem Bipolar
A Guerra Fria
Divisão do mundo em dois blocos de influência: capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e
socialista, liderado pela União Soviética.
O conflito entre os dois blocos de influência é canalizado para outras várias, devido ao
equilíbrio nuclear e à impossibilidade de uma guerra direta. Ocorre então a corrida
armamentista, nuclear, tecnológica e espacial; a espionagem militar e industrial; as guerras no
terceiro mundo com facções rivais apoiadas cada uma por uma das potências (exemplo: as
guerras da Coreia, Vietnã, Cuba, Nicarágua e Afeganistão).
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No plano militar é criada a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que visa à
cooperação entre países capitalistas, para evitar o avanço comunista.
Em resposta, é criada o pacto de Varsóvia, com as mesmas funções, só que do lado socialista.
O símbolo desse período foi o Muro de Berlim (1960), que dividia a cidade em capitalista e
socialista.
É dentro deste contexto que nasce a chamada “guerra fria”. Seu período “clássico” foi o final
dos anos 40 e a década de 1950.
A Ordem Multipolar
Nos anos 80 a bipolaridade já se encontrava bastante arruinada por uma série de mudanças,
já se encontrava em vias de se tornar superada.
A economia planificada dos países de socialismo real dava mostra de insuficiência de sérios
problemas de não conseguir acompanhar intensa modernização do ocidente nos países de
terceiro mundo. Muitos países desse bloco como a Hungria, desde meados dos anos 70 que
tentaram dinamizar sua economia com a introdução gradual dos mercados no lugar dos planos
centralizados.
A economia soviética crescia num ritmo lento, mesmo que isso fosse escondida ou maquiada
pelas estatísticas otimistas e falsas que o governo divulgava a cada ano. Enquanto, do lado do
capitalismo crescia num ritmo lento em comparação ao Japão, Alemanha, Itália, França e
outros países. Após a 2ª Guerra Mundial, a produção econômica anual dos Estados Unidos
era bem maior do que os países da Europa Ocidental. Nos anos 80, a produção da Europa
tinha ultrapassado a norte – americana e caminhava para representar o dobro desta.
Crise do Socialismo
A Guerra Fria começou a esmorecer no final dos anos 80, com uma crise social, política e
econômica que atingiu os países socialistas do bloco soviético. Em 1985, subiu ao poder na
União Soviética o líder Mikail Gorbatchev, que promoveu duas mudanças básicas no país: a
perestroika e a glasnost.
A política externa de Gorbatchev foi caracterizada pela aproximação com os Estados Unidos,
que resultou na assinatura de vários tratados de redução do arsenal nuclear. Apesar do êxito
em sua política externa, Gorbatchev teve muitas dificuldades em seu próprio país. Seus
adversários dividiram-se em dois grupos: uns desejavam reformas rápidas rumo ao capitalismo
e outros não aceitavam qualquer tipo de mudança.
O fim do governo socialista na Alemanha Oriental (1989) abriu caminho para a sua
reunificação com a Alemanha Ocidental (1990), marcada pela queda do muro de Berlim —
símbolo da decadência da ordem bipolar.
Na Rússia, principal república soviética, subiu ao poder Boris Yeltsin, adversário político do
líder Mikail Gorbachev. Após uma tentativa frustrada de golpe militar, desferida pelos que não
aceitavam a perestroika e a glasnost, a crise se aprofundou.
O ano de 1991 marcou o fim da União Soviética, que se fragmentou em 15 novas nações
independentes. Visando à manutenção dos laços econômicos entre essas novas nações, foi
criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), integrada na atualidade pelos
seguintes países: Federação Russa, Ucrânia, Belarus, Moldávia, Armênia, Geórgia,
Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomênia, Tadjiquistão e Quirguízia.
Com a fragmentação soviética, a ordem bipolar chegou ao fim. O Pacto de Varsóvia foi extinto.
A OTAN teve que mudar de estratégia, passando a focar outros problemas, como os conflitos
regionais e o terrorismo, além de avançar para o Leste Europeu com a adesão de nações
como Polônia, República Tcheca e Hungria. Em 2004, aconteceu a adesão da Eslováquia,
Romênia, Bulgária, Eslovênia, Estônia, Letônia e Lituânia. A atual Federação Russa participa
como observadora.
A derrubada da estátua de Lênin, líder socialista soviético de 1917, simboliza a queda do socialismo no Leste Europeu.
Questão 1
A Nova Ordem Mundial marca uma mudança na estrutura política, econô mica, militar e social em
nível global. O acontecimento político que marca o início dessa nova ordem é o A) término da
Primeira Guerra.
D) aumento da xenofobia.
E) processo de globalizaçã o.
Questão 2
A Nova Ordem Mundial é caracterizada por vá rios polos de poder, ou seja, vá rios países ou grupos
de países que detêm determinado protagonismo em nível mundial, seja no plano político, seja no
econô mico. Desse modo, a Nova Ordem Mundial é definida pela A) bipolaridade. B) neutralidade.
C) homogeneidade.
D) multipolaridade.
E) unipolaridade.
Questão 3
A Nova Ordem Mundial, do ponto de vista bélico, pode ser contextualizada pelo domínio de um país
como grande potência militar do globo. Qual o nome desse país? A) Ará bia Saudita.
B) Estados Unidos.
C) Rú ssia.
D) Índia.
E) Israel.
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Questão 4
Com relaçã o ao plano econô mico, a Nova Ordem Mundial é marcada pela presença de vá rios polos
de poder econô mico no globo. A partir de um critério de classificaçã o, os países do globo, na
atualidade, podem ser divididos com relaçã o à s questõ es econô micas em A) países desenvolvidos e
países subdesenvolvidos.
Questão 5
A Nova Ordem Mundial é caracterizada pela presença de vá rios centros de poder e suas respectivas
Norte.
Questão 6
No que toca à questã o econô mica, a Nova Ordem Mundial ressignificou a distribuiçã o do poder
econô mico no globo, sendo uma consequência desse processo a
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E) ascensã o de movimentos de segregaçã o racial.
Questão 7
China ou Repú blica Popular da China é um país localizado na Á sia Oriental e é considerada uma das
civilizaçõ es mais antigas do mundo. O país possui uma das maiores economias do planeta e é
também a terceira maior naçã o em extensã o territorial. Atualmente, a China é um dos países mais
industrializados do mundo, exercendo forte influência na economia mundial.
Questão 8
Os Brics sã o detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o grupo de países que mais
crescem no planeta. Além disso, representam 42% da populaçã o mundial, 45% da força de trabalho
e o maior poder de consumo do mundo. Destacam-se também pela abundâ ncia de suas riquezas
nacionais e pelas condiçõ es favorá veis que atualmente apresentam para explorá -las.
Os Brics representam uma característica da Nova Ordem Mundial, que está corretamente indicada
em:
Questão 9
(Unicentro 2019) No final do século XX, a economia globalizada da Nova Ordem Mundial apresenta
como características principais:
Questão 10
(Unicentro 2019) A partir da ilustraçã o e dos conhecimentos sobre a nova ordem mundial, a
globalizaçã o e o neoliberalismo, pode-se afirmar que:
A) o avanço das multinacionais, sua importâ ncia econô mica e sua aliança com o Estado-Naçã o
têm contribuído para que os Estados fiquem mais soberanos.
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E) a orientaçã o neoliberal, o crescimento de capitais especulativos e a abertura econô mica
irrestrita têm contribuído para diminuir as desigualdades sociais na maioria dos países
emergentes.
Atividade 2
1- Diante do contexto discorra sobre o contexto da guerra fria, discorra em poucas linhas,
quais fatores fizeram com que o conflito não tenha sido um embate direto com armas e
guerra;
A guerra fria foi um período de conflito ideológico entre os EUA e união soviética porem que nunca
obteve um conflito armado direto entre elas, e os motivos que levaram a isso foi o fato de tanto os
EUA quanto a URSS terem potencial nuclear que poderia dizimar toda a população do planeta e o
medo da destruição em massa aliado ao fato de que não haveria nenhum ganhador caso
utilizassem todos os recursos, fez com que jamais tenha tido um conflito armado gerando apenas
disputas ao redor do mundo na economia, diplomacia tecnologia e etc.
Após a guerra fria passou a ser unipolar já que os EUA tinha uma “soberania” militar porem esse não
era o único critério para estabelecer a potência de um pais, mais tambem a economia surgindo assim
vários polos de poder ‘Multipolaridade” , e atualmente temos a unimultipolaridade reconhecendo a
supremacia militar americana e os multiplos centros de poder econômico unipolaridade na área
militar e política e multipolaridade pela economia.
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RESUMO
A globalização ocasionou muitas mudanças, as culturas misturaram-se, as predominantes sobrepuseram-se perante as
desfavorecidas. Isso não aconteceu somente no campo da cultura, mas também nos sociais, econômicos e políticos. Fazse
fundamental entender como a globalização pode interferir na escala local, mais especificamente no município de Arapiraca
- AL, mostrando como esse fenômeno possibilitou avanços e retrocessos para a região. Para isso, objetiva-se
especificamente analisar a Taxa de Desemprego do Brasil e de Arapiraca – AL, a fim de fazermos análises que possam nos
mensurar a proposta do objetivo geral. Para isso, foi realizada uma pesquisa sistemática de indicadores referentes,
principalmente sobre a economia e desemprego no Brasil e em Arapiraca – AL, visando observar que motivos levaram a
queda da economia e aumento do desemprego no período que se estende de 2008 (início da crise econômica mundial) a
2017. Percebeu-se o desemprego entre 2008 e 2013 indicou uma queda, a partir de 2014 houve grande aumento, apesar de
que a economia mundial entrou em colapso em 2008/2009, tal aumento do indicador explica-se pela troca da metodologia
oficial de cálculo. Dados mostram que o município arapiraquense seguiu a tendência brasileira de desempenho econômico,
mergulhando na crise econômica. Os resultados mostram que apesar de caminharmos na contramão da crise em um
primeiro momento, após a troca da metodologia os números da cidade entraram em colapso constante perdurando até
atualmente, resultando na conclusão de que a globalização possibilitou como um dos principais malefícios o alto número de
desempregados na segunda maior cidade do estado alagoano.
1 INTRODUÇÃO
Com tantas mudanças e incertezas trazidas pela globalização, sistema esse no qual é
estritamente capitalista causa uma dependência do menor país (economicamente
falando) para com o maior, possibilitando o agravamento da crise, muito bem
exemplificado pelo caso brasileiro a partir da conhecida “Crise Econômica Mundial
de 2008”. Segundo Luís Alberto e Elzira Lucia (2017):
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A diminuição da participação da América do Sul como destino preferencial das operações
internacionais de multinacionais brasileiras pode revelar o desenvolvimento internacional
dessas empresas, bem como a apropriação de novas vantagens de propriedade ou fatores
locacionais mais atrativos em outras regiões do planeta. (L. ALBERTO; E. LUCIA, 2017 p.13)
2 DESENVOLVIMENTO
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Todo esse ganho de escala faz-nos pensar se todos também terão acesso à interação
do planeta, tendo em vista que a globalização reduziu as distâncias, mas ampliou as
desigualdades. Podemos observar, também, a influência que esse acontecimento trás
para a sociedade, estando presente nos bens de consumo de uma forma geral,
causando aumento na produção e consumo de produtos. Podemos entender a
globalização como o fenômeno que possibilitou a integração mundial em todos os
aspectos, favorecidos pela evolução do sistema capitalista que gerou aumento
considerável no número de fluxos de pessoas e pensamentos. Porém, é importante
ressaltar que essa mesma globalização causou grandes impactos com relação ao
aumento da desigualdade.
Quando pensamos nos malefícios da Globalização, precisamos entender que as
consequências vão além do processo em si, e tem muita relação com questões
capitalistas, visto que a globalização e o capitalismo estão ligados. Um dos
principais malefícios desse sistema é a maneira desigual pelo qual as riquezas são
distribuídas, possibilitando, dessa forma um benefício bem maior nos locais onde
temos um sistema econômico mais desenvolvido. Castells (2010) entende como:
A habilidade ou inabilidade de as sociedades dominarem a tecnologia e, em especial, aquelas
tecnologias que são estrategicamente decisivas em cada período histórico, traça seu destino a
ponto de podermos dizer que, embora não determine a evolução histórica e a transformação
social, a tecnologia (ou sua falta) incorpora a capacidade de transformação das sociedades, bem
como os usos que as sociedades, sempre em um processo conflituoso, decidem dar ao seu
potencial tecnológico (CASTELLS, 2010, p. 44).
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maior facilidade seus valores, costumes e informações, o que difere das regiões onde
fazem partes de países de terceiro mundo. A cultura Inglesa, por exemplo, é bem mais
propagada que a Africana. Podemos entender essa dinâmica por uma simples questão:
a segunda não consegue repassá-las pelos meios de crescimento da globalização,
diferente da primeira que consegue.
No que diz respeito ao campo econômico, entendemos também a relação da
desigualdade com a globalização. Tal fenômeno dificulta a vida do produtor local, e
beneficia as grandes empresas multinacionais. Com isso fica difícil competir, e as
grandes corporações que acabam controlando grande parte do mercado mundial,
apesar de sabermos que há muitos outros fatores por trás de tudo isso. A
descentralização das fábricas em direção aos países subdesenvolvidos, e, apoiadas
pelas facilidades da globalização, ocasiona na exploração de matérias-primas e mão
de obra barata, reduzindo os salários e aumentando a exploração ao trabalhador,
desregulando os progressos em leis trabalhistas.
É valido frisar que, existe também a criação de novos pontos de trabalho, mas
obviamente demanda de uma qualificação profissional, logo, o desemprego continua
nas camadas mais pobres da sociedade. Num outro ponto de vista, vemos esse
desemprego também no setor comercial, as grandes empresas multinacionais acabam
com as empresas locais. Prova disso é o aumento constante de shoppings e a redução
do comércio nas ruas da cidade.
A globalização é um fenômeno extremamente excludente onde os países com mercados
mais desenvolvidos têm maior relevância que os menos desenvolvidos, causando dessa
forma uma dependência. Ricardo (2000) faz um belo destaque acerca do assunto:
Tal realidade tornou-se, de certa forma, assustadora para alguns analistas, que acusam os
mercados financeiros de serem insensíveis aos fundamentos econômicos e indiferentes a
qualquer preocupação social, apesar de terem o poder de influenciar o nível de emprego e
diferentes tipos de políticas sociais. Pior ainda, esta influência não seria exercida por governos
democraticamente eleitos, mas apenas determinada por especuladores egoístas e irracionais,
interessados puramente na realização de gigantescos lucros. Estes receios têm gerado demandas
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por soluções que permitam aos governos eliminar o excessivo poder dos mercados financeiros.
(RICARDO, J. 2000, p. 07 e 08).
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2.2 METODOLOGIA
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Em virtude do grande acervo de números referente aos panoramas ano após ano foi
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Sociedade Global”. Temas que fazem do território a sua moeda essencial. Século XX,
crivado de novas territorialidades e que possibilita a exorcizarão de velhos mitos, como a
cidade e o reaparecimento de velhos estigmas: a amplificação de antigas globalizações
disseminadas sem a interveniência da técnica, globalizações perversas e eternas, como a
fome e a guerra, transformando- as, especialmente com a técnica, em banalidades ou
espetáculo da informação. (SANTOS, M; SOUZA, M. A. A; SILVEIRA, M. L. 1998, p.
24)
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Sobre os resultados da pesquisa foi possível observar que durante os anos de 2008
e 2012 as Taxas de desemprego no Brasil estavam baixas, oscilando muito pouco,
garantindo dessa forma, estabilidade e credibilidade para o país de maior PIB da
América do Sul naquele momento. No ano de 2008, segundo o IBGE (2018), o
desemprego fixou- se nos 7,9%, e no ano seguinte a taxa de desocupação subiu de
forma discreta chegando à casa dos 8,1%, logo após esse aumento nos anos
subsequentes às taxas foram diminuindo ano após ano, ficando com 7% no ano de
2010, 6% no ano de 2011 e ficando com apenas 5,5% de pessoas desempregadas
no ano de 2012, ano esse que foi o último a ser usado a PME como forma de
cálculo oficial. No tocante a Arapiraca, a chamada “cidade sorriso”, estava
recebendo muitos investimentos da iniciativa privada, gerando empregos, renda e
desenvolvimento da cidade, além de diversos empreendimentos, como por
exemplo, o primeiro shopping da região Agrestina do estado de Alagoas,
tornandose uma cidade muito relevante no cenário nacional atuando na contramão
da crise mundial. Comprova-se isso através de matérias jornalísticas do período em
análise (Figura 1).
Figura 1 - Imagem do jornal local de Arapiraca demonstrando a dinâmica econômica do município naquele período.
Fonte: Xereta – 2008.
Porém, a partir de 2012 vemos que a situação não foi como parecia ser e Arapiraca
passou de cidade modelo para cidade mergulhada na crise. Foi possível observar
que a globalização foi um fenômeno importante e necessário, mas com inúmeras
problemáticas que precisam ser sanadas. Segundo Leda Velloso (2017):
De fato, em consonância à teoria anunciada, destaca-se a criação de diversos Ministérios
como o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com políticas nacionais de
desenvolvimento social, segurança alimentar e nutricional, assistência social e programas
de transferência de renda. (L. VELLOSO, 2017 p.5- 6)
Com isso, obter respostas frente ao lado negativo e quais as políticas públicas que
os gestores fizeram em prol de amenizar o que Globalização catalisou para as
pessoas de baixa renda e vulnerabilidade social foi, também, mais um porquê de
pesquisar sobre a globalização e seus efeitos na sociedade.
Observando os dados disponíveis do IBGE (2018) sobre o desemprego, no ano de
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2010, a taxa de desemprego estava baixa, com apenas 7%. Muito disso se deve a
uma série de possíveis fatores: programas de transferência de renda como bolsa
família tiraram parte da população da linha da pobreza, gerando maior circulação
de mercadorias e consequentemente aumento nos postos de trabalho; outra possível
explicação são as grandes Parcerias Públicas Privadas (PPP) em obras públicas
com grandes empresas, o
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Figura 2 - Jornal local demonstrando o crescimento do setor imobiliário na cidade de Arapiraca-AL. Fonte: O
jornal – Outubro de 2010.
A renda atrelada a programas sociais como Minha Casa Minha Vida possibilitou
mais de 14 mil moradias para os trabalhadores. Apesar de entendemos que o brasil
caminhava na contramão da Globalização, ainda sim sabemos que é um sistema
que apesar de contribuir para o avanço tecnológico e encurtamento das distâncias,
proporciona por outro lado problemáticas muito graves para o desenvolvimento
humano das classes menos abastadas, essas nas quais precisam desse fenômeno
como um aliado, ajudando e dando o suporte necessário, mas infelizmente temos
um sistema no qual prioriza uma classe em detrimento das “menos interessantes
economicamente falando”.
Por ser um sistema econômico mundial, obviamente os líderes desse processo são
as grandes potências mundiais. Por serem os líderes e terem suas empresas
espalhadas em todo o globo os demais países ficam submissos e dependentes do
país e dos empregos que aquele proporcionou a sua nação. Se a potência vai bem, o
subdesenvolvido dependente daquele também caminhará bem, haja vista a
quantidade de investimentos. Se aquelas potências vão mal, os países dependentes
possivelmente terão problemas, é como um “efeito dominó”, se aquela peça
principal cai todas as demais também seguem o mesmo caminho. O desemprego é
um reflexo desse lado maléfico da Globalização, visto que se o país vai mal, as
empresas começam a sentir, com isso buscarão alternativas para a solução: na
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2016 subindo para 11.2%, aumentando ainda em 2017 para 12.7% e estando
em 2018, até então com 12.3% de pessoas que perderam seus empregos e não
conseguiu outro.
Diante desses números assustadores do cenário nacional, percebemos que
Arapiraca sofreu tais influências, que mesmo em virtude de uma grande empresa
de Call Center se instalando na cidade e possibilitando para Arapiraca ganhar o
título de 4º cidade que mais gerou empregos em 2015, Arapiraca mergulhou na
crise, que segundo o IBGE (2016, online)1 é uma cidade na qual apenas 17% das
pessoas tem carteira de trabalho assinada. Ou seja, de uma população total de
230.417 pessoas, desprezando os idosos de 65 anos acima, e as crianças de até 15
anos (esses dois que não são impossibilitados de trabalho), temos um total de
158.323 pessoas em Arapiraca que possui condição para trabalhar. Desse montante
apenas 26.914 pessoas trabalham (17%). Quando fazemos a subtração entendemos
que os 83% das pessoas correspondem a 131.408 pessoas que estão trabalhando de
forma informal ou estão desempregadas. Enquanto as manchetes da cidade dizem
que a população tem “espírito empreendedor” percebemos que esse espírito na
verdade é por falta de oportunidades de se manter em uma sociedade sem alguma
fonte de renda.
Dado isso, Milton Santos (2001) ressalta que “o desemprego crescente torna-se
crônico [...] a pobreza aumenta e as classes médias perdem em qualidade de vida.
O salário médio tende a baixar [...] a fome e o desabrigo se generalizam em todos
os continentes” (MILTON SANTOS 2001, p.10). Logo, o mundo todo perde,
aumentando as taxas de desempregos e de dívidas para com as contas públicas.
Podemos perceber então os inúmeros os malefícios desse sistema quando
recorremos a Canclini (2007):
As investigações sobre cidades globais vêm revelando, junto com os sistemas de integração
(forte papel das empresas transnacionais, misturas culturais, crescente número de turistas), a
exclusão de zonas tradicionais e pobres, o aumento da marginalização, do desemprego e da
insegurança. Coexistem oportunidades de incorporação global e movimentos de
degradação. As fraturas entre integrados e excluídos, conectados mundialmente e
localizados à força não são exclusivas dos países subdesenvolvidos; encontram-se e
agravam-se também nas urbes europeias e estadunidenses. (Canclini, 2007 p. 252).
Isso pode ser corroborado quando comparamos os efeitos causados pelo crescente
poder das construtoras no Brasil durante os governos passados. À medida que as
empresas foram ganhando espaço, a partir de fornecimento financeiro em
campanha, foi possível realizar a chamada “troca de favores” permitindo certo
“controle” das grandes empresas sobre o capital do estado. Além disso, a simples
investigação de desemprego em grandes capitais talvez tenha mascarado a real
realidade do interior do Brasil, uma vez que a PME demonstrava desemprego de
6.8% enquanto a PNAD apresentou os índices de desemprego com 1.5% a mais, no
período de janeiro a dezembro de 2015, esse número maior se explica sendo uma
possível realidade que é o desemprego em massa no interior brasileiro, que não era
calculado pela antiga metodologia.
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Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/arapiraca/panorama >. Acesso em: 14/12/18.
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pressões liberalizantes sobre essas nações em contraste com a manutenção de uma posição
protecionista por parte dos países desenvolvidos em setores para os quais não lhes convêm
uma abertura. (BUARQUE, 1998, p. 40)
Com isso há uma transferência de empregos dos países mais ricos para os mais
pobres, haja vista que a mão de obra nessas regiões é mais barata e com uma
legislação trabalhista desfavorecedora. Isso gera desemprego nos países
desenvolvidos e subempregos em países desenvolvidos.
Nos anos de 2016, 2017 e 2018 houve leve aumento na taxa de desemprego
apontada pelo IBGE (2018), contudo, com ressalvas, uma vez que foi demonstrado
um aumento considerável no emprego informal, aquele no qual as condições
mínimas de trabalho saudável não são atendidas. Segundo o próprio IBGE (2018),
40% da força de trabalho se dá de forma informal, onde atualmente são 37,3
milhões de pessoas. O emprego informal por si só é um sinal da crise, pois, diminui
a produtividade e não paga imposto, trabalhando em condições precárias em
virtude de não se inserir no mercado de trabalho formal.
Com toda essa influência, notasse que os países com grandes centros econômicos
são o reflexo da economia mundial, uma crise em um sistema tão influente, como o
dos EUA, por exemplo, pode causar diversos impactos nos demais países em
desenvolvimento, como no Brasil.
Um país desenvolvido é um país globalizado que consequentemente ganha muito
dinheiro e se desenvolve cada vez mais, com isso tende a acumular receita e
emprestar para os demais países em desenvolvimento. Por conta disso, dominam as
instituições políticas e econômicas mundiais, como por exemplo, o FMI e o Banco
Mundial (Bird). A economia hoje é movida por instituições internacionais e blocos
econômicos, o FMI e Banco Mundial fazem parte dessa lista. Segundo Vicente
(2009) essas instituições:
O papel das instituições multilaterais assim se resume: a Organização Mundial do
Comércio, que regula e fiscaliza o comércio internacional; o Banco Mundial, que ajuda
com empréstimos os países em desenvolvimento a crescer com estabilidade e
sustentabilidade e a reduzir a pobreza; e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que surgiu
com o intuito de exercer pressão sobre os países que não contribuem para o equilíbrio da
economia mundial e fornecer liquidez na forma de empréstimos para que isso ocorra,
quando necessário. (VICENTE, 2009, p. 20)
XI EPCC
Anais Eletrônico
29 e 30 de outubro de 2019
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4 CONCLUSÃO
Nos primeiros meses foi sentido que a hipótese inicial, talvez não seria vália,
porém, ao longo do trabalho tivemos a certeza que o problema realmente ocorreu,
e em proporções ampliadas, muito além do que previa, gerando problemáticas
muito severas nas quais antes foi despercebido, fazendo lembrar de uma frase
citada pelo renomado cientista Isaac Newton que diz que o que sabemos é uma
gota, mas o que ignoramos é um oceano.
No início da pesquisa os dados indicavam que a globalização para Arapiraca
contribuiu para caminhar na “contramão da crise”, porém sabemos que a
globalização é uma grande vila catalisadora da crise no Brasil e isso instigado a
investigação.
Após análise de jornais regionais e nacionais, além das taxas de desemprego em
Arapiraca e Brasil em um período simultâneo, tornou-se tudo evidente e
entendemos que a globalização contribuiu para a crise assim como imaginávamos.
Defendo que tal fenômeno influenciou na crise pelo fato de que a globalização
possibilita o desemprego, principalmente dos mais pobres, esses que devido ao
avanço da técnica, perde espaço para os meios tecnológicos nos quais são mais
viáveis para o empregador. Além disso, em uma crise, a primeira alternativa
empresarial é reduzir o quadro de funcionários, com isso os menos relevantes para
o funcionamento da organização acabam por receber demissão, esfriando a
economia e desfavorecendo o mercado tanto industrial quanto comercial. Com isso
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1- Após a leitura do artigo e a socialização ocorrida também em sala, elabore um pequeno texto
com no mínimo 20 linhas, expondo a situação da globalização como a protagonista do
desemprego, bem como no tocante ao fato de que sua evolução fez com que a sociedade
pudesse se adaptar cada vez mais ao âmbito atual.
informal onde os empregados autônomos não tem direitos trabalhistas contribuindo ainda
mais para a precarização do trabalho no mundo globalizado.
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