Aula 04 - Ok!
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Autor:
Rafael Henze
25 de Maio de 2023
Sumário
ITBI .................................................................................................................................................................... 1
Introdução ................................................................................................................................................. 4
Imunidades:............................................................................................................................................. 25
Lista de questões............................................................................................................................................... 79
GABARITO ........................................................................................................................................................ 99
ITBI
Vamos estudar mais um imposto de competência municipal, o Imposto sobre a transmissão inter vivos, a
qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.
É um imposto bem antigo que passou a existir em nosso ordenamento jurídico em 1809 quando era chamado
“imposto da sisa”. A Constituição Federal de 1934 inaugurou a distinção entre transmissão “inter vivos” e
“causa mortis”, só que ambas ficavam com os Estados. Foi com a Emenda Constitucional nº 05/61 que o
imposto de transmissão “inter vivos” passou para a competência municipal, mas só até o advento da
Emenda Constitucional nº 18/65 quando foram novamente unificados sob a competência dos Estados.
Foi com a chegada da Constituição Federal de 88 que os Municípios voltaram a dispor de competência para
tributar a transmissão de propriedade imobiliária entre vivos, nos seguintes termos:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
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E isso tem relevância prática no nosso estudo, pois o Código Tributário Nacional data de 1966 quando a
ordem constitucional previa a tributação da transmissão de bens imóveis (seja entre vivos, por morte,
onerosa ou gratuita) unificada na mão dos Estados. Essa parte específica do CTN deve ser lida considerando
o contexto da época, que não mais se aplica sob a atual ordem constitucional.
Começaremos nossos estudos analisando aspectos gerais desse imposto, aplicáveis a todos os municípios,
para depois adentrarmos na legislação específica do ente para o qual estamos estudando.
Veremos que o conceito constitucional desse tributo já é, por si só, terreno fértil para muitas pegadinhas das
bancas.
Um conceito extenso e repleto de particularidades como esse, com uma simples troca de termos pode
aparecer em uma prova e confundir muita gente.
Vejamos:
a) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre
imóveis, exceto os direitos reais de garantia.
b) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre
imóveis, inclusive os direitos reais de garantia.
c) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer título, da propriedade de bens
imóveis, por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil.
d) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a cessão de direito à transmissão, a qualquer título, do
domínio útil de bens imóveis, por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil.
e) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a cessão de direito à transmissão de direitos reais de
garantia sobre imóveis.
RESOLUÇÃO
A – Conforme vimos no conceito constitucional do imposto, a transmissão deve se dar entre vivos, aspecto
ignorado pela banca.
B – A competência é municipal e não envolve os direitos reais de garantia.
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C – Competência é municipal e a assertiva também está incompleta, faltando informar que a transmissão se
dá intra vivos.
D – É só comparar com o art. 156, II. Não existe essa menção ao domínio útil de bens imóveis.
E – Competência é dos municípios.
Gabarito: Anulada!
Esse imposto recebe em algumas legislações municipais o nome de ITVI ou ITIV. Em provas de legislação
temos sempre que estar atentos às peculiaridades locais.
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Introdução
Vimos que com a promulgação da CF 88 os Municípios obtiveram novamente a competência para tributar a
transferência imobiliária entre vivos, nos termos do supracitado art. 156, II.
Não por outra razão, o Código Tributário Nacional deve ser lido com cautela no que tange ao ITBI, justamente
pois muitos dos dispositivos regulamentam artigos da constituição anterior. Devemos lembrar que o Código
Tributário Nacional data de 1966, quando estávamos sob a égide de outra ordem constitucional. Vejamos
como os dispositivos referentes ao imposto em comento ainda o atribuem à competência dos Estados.
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos
a eles relativos tem como fato gerador:
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia;
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos
quantos sejam os herdeiros ou legatários.
Não é demais lembrar que esse artigo não foi recepcionado pela CF 88 e sua presença em provas se dá
apenas para tentar nos confundir.
Entretanto, veremos que nem todos os artigos do CTN sobre o assunto estão superados devendo ser feita
criteriosa análise, principalmente para distinguir o ITBI do ITCMD, que é um imposto estadual cobrado pela
transmissão de bens imóveis por meio de uma doação ou sucessão hereditária.
Ciente do fato gerador do ITBI e do ITCMD, leia novamente o art. 35 e perceba como ambos estão
contemplados em sua redação.
Preste atenção na distinção entre esses impostos para não errar em prova:
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RESOLUÇÃO:
Errada a assertiva. A transferência se deu de forma gratuita, atraindo, dessa forma, a competência do ITCMD
estadual.
Gabarito: Errada
Esse imposto tem função predominantemente fiscal, ou seja, visa, prioritariamente, obter recursos
financeiros para os municípios.
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Mais uma vez, vamos dissecar os aspectos do fato gerador dividindo o estudo do ITBI na busca por responder
às seguintes questões a seu respeito:
Aspecto Material:
A boa compreensão do aspecto material do ITBI passa por compreender antes os conceitos constitucionais
a ele referentes. O significado dos vocábulos presentes no inciso II do art. 156 vai nos guiar até o perfeito
conhecimento de quais são os fatos observados no mundo que podem dar origem à cobrança do imposto
que estudamos agora.
Então, vamos compreender o significado de transmissão ‘inter vivos’, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis; além de entender o que são
os direitos reais de garantia.
Vamos começar pelo ponto mais relevante presente nas operações que podem dar origem à cobrança do
ITBI:
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Transmissão:
De cara, o aspecto material do fato gerador já determina que para haver incidência de ITBI temos que estar
diante de uma transmissão, que pode parecer um conceito intuitivo, de fácil compreensão, mas que na
verdade esconde algumas complexidades exploradas em provas e frequentemente analisadas pelos tribunais
superiores.
O problema começa, pois, em regra, a validade de um negócio jurídico que envolva a constituição,
transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis demanda o cumprimento de algumas
formalidades. Então, pensando em uma compra e venda, as partes interessadas formalizam um contrato e
levam em um cartório de notas para formalizar uma escritura de compra e venda.
A escritura é uma certidão que formaliza o contrato de compra e venda de um imóvel assinado pelas partes
envolvidas. A escritura deve ser registrada para que tenha efeito perante terceiros. Caso contrário, ela será
considerada o que chamam de “contrato de gaveta”.
Exemplo de escritura:
As partes acertaram seus termos no contrato e já formalizaram a escritura de compra e venda no cartório;
isso significa que já houve transmissão de propriedade? Não! A resposta para essa pergunta está no Código
Civil:
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Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no
Registro de Imóveis.
§ 1 o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono
do imóvel.
Esse título aquisitivo (que pode ser uma escritura) tem que ser registrado no Registro de Imóveis da
circunscrição imobiliária pertinente.
O Registro de Imóveis é o cadastro da propriedade imobiliária refletindo seu estado atual e arquivando o
histórico completo do imóvel, dando conhecimento a toda a coletividade sobre a quem pertence ou já
pertenceu o imóvel, se houve modificação de titularidade ou se há algum ônus sobre ele.
Vejamos um exemplo:
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Então basicamente temos o seguinte procedimento para que ocorra efetivamente uma transmissão de
propriedade imobiliária:
Elaboração do contrato
Escritura de Compra e Venda
Pactuado
Averbação da aquisição na
livremente entre
Perante o Cartório de Notas. Matrícula
as partes.
O título aquisitivo de Perante o Cartório de
propriedade já existe, mas Registro de Imóveis.
ainda não foi levado a registro.
Aqui temos a
transmissão efetiva do
imóvel.
Isso ocorre porque o Código Civil brasileiro adotou o chamado sistema alemão de transferência de
propriedade, que privilegia o registro imobiliário do título como publicidade para toda a coletividade
exteriorizando o ato; que se contrapõe ao sistema francês no qual o próprio contrato de compra e venda já
efetua essa transmissão.
Essa conclusão tirada diretamente da leitura do texto constitucional já nos apresenta a resposta para a
primeira polêmica sobre ITBI, que foi objeto do seguinte questionamento pela FCC:
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Quando do registro da promessa de compra e venda como forma de assegurar o direito real à aquisição do
imóvel, deve o Oficial do Registro de Imóveis observar
a) o recolhimento de taxa de fiscalização judiciária.
b) a incidência de Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação − ITCMD.
c) a incidência de Imposto sobre Transmissão de Bem Imóvel por ato entre vivos a título oneroso − ITBI.
d) a imunidade em relação ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação − ITCMD por previsão
expressa no Código Tributário Nacional.
e) a não incidência de Imposto sobre Transmissão de Bem Imóvel por ato entre vivos a título oneroso − ITBI
por não restar caracterizado o seu fato gerador.
RESOLUÇÃO:
A instituição de um contrato de promessa de compra e venda não transfere a propriedade imobiliária, pois
não ocorre a alteração do registro do imóvel atribuindo ao adquirente a propriedade do imóvel sendo
negociado.
Trata-se de um contrato preliminar que não configura fato gerador do ITBI.
Gabarito e
Vejamos:
EMENTA: TRIBUTÁRIO – ITBI – FATO GERADOR – ART. 35, II DO CTN E ART. 156, II DA CF/88
– CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA – NÃO INCIDÊNCIA.
2. Não incidência do ITBI em promessa de compra e venda, contrato preliminar que poderá
ou não se concretizar em contrato definitivo, este sim ensejador da cobrança do aludido
tributo – Precedentes do STF.
3. Recurso especial não conhecido. (REsp 57.641/PE, rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. em 04-
04-2000)
A conhecida hipótese do “contrato de gaveta”, portanto, não tem o condão de gerar cobrança de ITBI.
Esse é o entendimento a ser levado para a nossa prova, ok? Ressalto para fins de conhecimento que há vozes
dissonantes na doutrina advogando pela possibilidade de incidência do ITBI quando a promessa de compra
e venda contiver cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, for pago o preço, e o contrato for averbado
no registro. Entende essa corrente, capitaneada por juristas como Sacha Calmon Navarro Coelho, que essa
promessa equivaleria a uma compra e venda.
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Quando ocorrer cessão de direitos de promessa de compra e venda (o direito do promitente comprador é
um direito real, devemos lembrar) haverá incidência do ITBI, só que com outro fundamento.
Não sobre transferência de propriedade, mas sobre transferência de direito real sobre imóvel.
(...)
Também não ocorre transferência de propriedade quando estamos diante de desapropriação de imóvel.
Onerosa:
A transferência apta a gerar incidência deve ser onerosa, ou seja, deve “custar” algo, que nem sempre será
dinheiro. A permuta, por exemplo, envolvendo a troca de 2 imóveis, pode não ter um centavo envolvido,
mas ocasionará incidência do ITBI.
Como vimos, a transferência a título gratuito está compreendida na hipótese de incidência do ITCMD.
Pouco importa se a transmissão se deu via compra e venda, permuta, dação em pagamento etc. Ela tem que
ser onerosa. Ou seja, compreender uma relação em que as partes encontrem vantagens e obrigações
recíprocas.
Esse requisito afasta, por exemplo, a incidência do ITBI sobre a propriedade adquirida por usucapião que
representa uma forma de aquisição originária da propriedade, sem antecessor com o qual o adquirente
pactua prestações econômicas recíprocas a fim de adquiri-la. Ele recebe a propriedade e não paga nada por
isso.
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( ) Errado
RESOLUÇÃO
A questão tenta confundir informando sobre a ação de usucapião e a procedência do seu pedido. Mesmo
assim, falta o requisito da onerosidade a essa transmissão, não incidindo, portanto, o ITBI.
Trata-se de uma aquisição por usucapião declarada pela justiça.
Gabarito: Errada
Perceba que o caso da questão é diferente do caso de uma arrematação judicial em um leilão público,
hipótese definida pelo art. 130 do CTN como de sucessão imobiliária:
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Assim, arrematação de imóvel em hasta pública constitui fato gerador do ITBI e sua base de cálculo será o
valor alcançado na arrematação e não o apurado pelo fisco ou o da avaliação judicial.
A arrematação nada mais é que a transferência em juízo de bens penhorados para aquele que oferecer o
maior lance.
Outra ocasião que suscita dúvidas quanto ao cumprimento do requisito da onerosidade se dá na hora da
partilha de bens na dissolução da sociedade conjugal.
Em regra, a divisão do patrimônio se dará pela metade e nesse caso não há incidência de ITBI.
Caso as partes estipulem de forma diferente e uma delas acabe ficando com parcela maior do patrimônio
que a outra, temos que fazer a seguinte análise:
1. Na separação judicial, a legalização dos bens da meação não está sujeita à tributação.
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➢ Ela se deu de forma onerosa, havendo alguma contraprestação a justificar esse excesso?
Aí teremos transmissão de propriedade, incidindo ITBI, porquanto ocorreu de forma onerosa, ou seja,
mediante alguma contraprestação combinada.
Nos autos de uma ação de divórcio, os ex-cônjuges, casados em regime de comunhão total de bens, dividiram
o patrimônio total existente da seguinte maneira: o imóvel situado no Município X, no valor de R$ 60.000,00,
pertencerá ao ex-marido, o qual indenizará pelo excesso de meação a ex-esposa em R$3.500,00. Quanto ao
imóvel situado no Município Y, no valor de R$ 40.000,00, pertencerá à ex-esposa.
RESOLUÇÃO:
Preste atenção que há 2 imóveis a serem partilhados, perfazendo uma soma patrimonial de 100 mil reais.
Havendo meação, cada um ficaria com 50 mil reais e não haveria tributação sobre essa transmissão.
Mas foi do interesse do casal pactuar de forma diferente, até para preservá-los com os imóveis, ou por
qualquer outro motivo. Resolveram que um ficaria com 60 mil (valor do imóvel) e outro com 40 mil (valor do
outro imóvel). A questão informa também que essa divisão não se deu de forma gratuita; uma parte
indenizou a outra por ter ficado com um imóvel de maior valor. Feito esse breve relato, vamos às assertivas:
A - Esse é o valor da indenização, não guardando qualquer relação com o valor do bem transmitido.
B – Não será sobre ambos os imóveis. O excesso de meação se deu sobre o valor do imóvel que ficou com o
ex marido. Esse foi o fato gerador do tributo.
C – Esse é o gabarito! A base de cálculo foi justamente o excesso e a transmissão foi onerosa (vide a
indenização paga).
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D – Estaria correta caso não houvesse previsão de indenização ou de qualquer outra contraprestação.
E – Falso! Estaria correta caso fosse preservada a meação na hora da partilha.
Gabarito C
O Direito brasileiro incorporou para fins de sucessão o Princípio de Saisine, segundo o qual quando ocorre
o falecimento, abre-se a sucessão e a herança já é logo transmitida.
Só que nosso ordenamento jurídico permite ao herdeiro renunciar seu direito à herança, ou seja, ele tem a
faculdade de declarar, desde que de maneira expressa, sua vontade de não a receber e por consequência
será considerado que ele nunca herdou nada.
Interessa ao nosso estudo a distinção da forma que pode se dar essa renúncia:
a) Renúncia abdicativa:
- Abandono dos direitos em favor do monte a ser repassado aos demais herdeiros.
b) Renúncia translativa:
- O herdeiro renuncia sua parcela gratuita ou onerosamente em favor de alguém.
Ora, já dá para perceber que essa renúncia translativa tem toda pinta de uma cessão de direitos hereditários
(legalmente equiparados a bem imóvel), e se ela for feita de forma onerosa.... ITBI nela!
A renúncia de todos os herdeiros da mesma classe, em favor do monte, não impede seus
filhos de sucederem por direito próprio ou por cabeça. Homologada a renúncia, a herança
não passa à viúva, e sim aos herdeiros remanescentes. Esta renúncia não configura doação
ou alienação à viúva, não caracterizando o fato gerador do ITBI, que é a transmissão da
propriedade ou do domínio útil de bens imóveis. Recurso provido” (Resp. no 36076, Rel.
Min. Garcia Vieira, DJ de 29-3-1999, p. 76)
Bem imóvel por natureza compreende o solo e tudo aquilo que a ele for incorporado naturalmente, sua
superfície, o subsolo, as árvores (lembrar que quando elas são retiradas do solo serão bens móveis), os frutos
pendentes e o espaço aéreo.
Já os bens imóveis por acessão física são aqueles que o homem incorpora permanentemente ao solo e que
não podem dele ser retirados sem modificação ou destruição. Ex: construções, edificações ou a semente
lançada ao solo.
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Não está incluído no conceito de bem imóvel os bens móveis mantidos ainda que permanentemente nos
imóveis para seu aformoseamento ou comodidade. Essa previsão existia no Código Civil anterior (de 1916)
e eles eram chamados de bens imóveis por acessão intelectual. Isso não existe no Código Civil atual.
Os direitos reais estão previstos no Código Civil em um rol taxativo, e só uma nova lei tem o condão de criar
outro direito real.
Propriedade:
É o chamado direito real por excelência, compreende as faculdades de usar, gozar e dispor da coisa, além
do direito de reavê-la de quem injustamente a possua. É o único direito real sobre coisa própria e estabelece
uma relação jurídica entre o proprietário e todas as demais pessoas. Diz-se, portanto, que é um direito
oponível a todos, ou seja, um direito oponível erga omnes.
O Código Civil não chega a definir o que é propriedade, mas define quem é proprietário:
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-
la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
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==2419c7==
Superfície:
Direito que permite ao titular construir ou plantar em terreno alheio.
Servidões:
Existem para possibilitar ou melhorar o uso da coisa, como um terreno criado no terreno vizinho para dar
acesso a uma rua, uma fonte de água, um porto etc.
Exemplo de servidão:
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Usufruto:
Confere ao titular (usufrutuário) a possibilidade de usar e fruir do bem. Ao nu proprietário, nomenclatura
que define o proprietário despido da faculdade do uso do imóvel, reserva-se o direito de dispor do bem.
Uso:
Aproxima-se do usufruto, mas tem como fundamento as necessidades pessoais do usuário e de sua família.
Possibilita, temporariamente, tirar da coisa alheia as utilidades indispensáveis para atender às referidas
necessidades.
Habitação:
Também tem certa semelhança com o usufruto, porém, restrito à finalidade da moradia, conferindo ao
titular a possibilidade de ocupar a casa de outrem, gratuitamente, apenas para estabelecer moradia (não
podendo alugar, emprestar ou estabelecer comércio).
A anticrese se dá quando um devedor oferece ao seu credor os rendimentos referentes a um imóvel de sua
propriedade a fim de quitar a dívida.
A hipoteca constitui direito real segundo o qual o devedor oferece um imóvel de sua propriedade a fim de
garantir o pagamento da dívida.
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Aspecto temporal:
É o momento que, de acordo com a legislação civil, considera-se perfectibilizada a transmissão da
titularidade. O Código Civil assim dispõe sobre o tema:
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no
Registro de Imóveis.
O aspecto temporal do ITBI, portanto, é o registro do título translativo no Registro de Imóveis. Da mesma
forma se manifesta a jurisprudência:
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Mas e se depois da efetiva transmissão for reconhecida sua nulidade, o STJ entendeu que o contribuinte tem
direito à restituição do valor que pagou a título de ITBI, uma vez que a decretação posterior da nulidade do
negócio jurídico impediu a ocorrência do fato gerador do ITBI.
Aspecto Espacial:
O imposto deve ser recolhido no Município onde se encontra o imóvel objeto de transmissão.
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
Aqui não temos qualquer diferenciação para imóveis urbanos ou rurais, ok?
Aspecto Subjetivo:
O sujeito ativo será o Município onde se localiza o imóvel, ou o Distrito Federal, ou, em casos excepcionais,
a União quando forem instituídos territórios e eles não forem divididos em municípios.
Já o sujeito passivo pode ser tanto o transmitente quanto o adquirente, a depender da previsão na lei do
Município. Assim prevê o CTN:
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a
lei.
A lei municipal pode escolher o alienante ou o adquirente para figurar na posição de contribuinte.
No âmbito do ITBI existe importante previsão de responsabilidade tributária segundo a qual se no registro
da transmissão, o tabelião não verificar o pagamento do imposto, poderá virar responsável por ele.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
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Notário lavra escritura pública de venda e compra e oficial do registro de imóveis registra a escritura de
venda e compra sem que tenha sido apresentada guia de recolhimento de Imposto sobre Transmissão de
Bens Imóveis por ato "inter vivos" – ITBI. Tal situação poderá acarretar
a) nulidade da escritura de venda e compra.
b) nulidade do registro.
c) irregularidade no registro.
d) responsabilidade tributária solidária do tabelião, do oficial de registro e do sujeito passivo do ITBI.
e) responsabilidade civil e penal do tabelião e do oficial de registro pela omissão na fiscalização do imposto
devido na venda e compra.
RESOLUÇÃO:
A consequência de tal ato é a responsabilidade solidária (sem benefício de ordem, portanto) do tabelião, do
oficial de registro e do sujeito passivo do IBTI.
Esse dispositivo incentiva o funcionário do cartório a checar com a máxima atenção o correto recolhimento
do ITBI em operações que tenha que registrar.
Perceba como fica bem delineada a divisão de funções em uma operação de compra e venda de imóvel entre
o cartório de notas e o de registro de imóveis.
Gabarito D
Lembrar que a obrigação de pagar o ITBI não acompanha o imóvel, como acontece com a obrigação de pagar
o IPTU, chamada por esse motivo de obrigação propter rem.
Aspecto Quantitativo:
Quanto vai ser pago a título de ITBI?
Chegaremos a essa conclusão fazendo incidir a alíquota do imposto sobre sua base de cálculo. Assim
calcularemos o quantum debeatur e chegaremos ao valor devido para a fazenda municipal.
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Base De Cálculo:
Tratando-se de um tributo incidente sobre a transmissão da propriedade imobiliária, o melhor parâmetro
para aferição do valor a ser abocanhado pelo estado será o valor dessa propriedade, considerando que o
fato gerador de um imposto está sempre relacionado com uma manifestação de riqueza do contribuinte.
A base de cálculo do ITBI será o valor venal do imóvel, o que a doutrina costuma conceituar como o preço
alcançado em uma operação à vista, sob as condições normais de mercado.
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos
De cara, já percebemos que na teoria o conceito da base de cálculo do ITBI seria o mesmo do IPTU. Mas será
que é assim mesmo?
A jurisprudência determina que essa coincidência de valores não é obrigatória uma vez que teriam formas
de apuração diferentes:
EXECUÇÃO FISCAL. ITBI. BASE DE CÁLCULO. VALOR VENAL DO IMÓVEL. 1 PTU. PLANTAS
GENÉRICAS. APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO POR ARBITRAMENTO. ART. 148 DO CTN.
POSSIBILIDADE.
3. Agravo regimental não provido. (STJ. AgRg no REsp 1226872/SP, Rei. Ministro CASTRO
MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/03/2072, DJe 23/04/2012)
Agora, caso o contribuinte precisando de dinheiro resolva vender seu imóvel por preço inferior ao valor de
mercado (valor venal), ainda assim deverá ser considerado como base de cálculo o valor de mercado do
imóvel. O valor venal não será obrigatoriamente o valor de transação.
Há um outro caso que gera algum nível de confusão nos estudos do ITBI que ocorre quando há transferência
de imóveis nos quais os compradores têm projetos para futuras construções e só efetuam o registro no
cartório após as obras. Muitas vezes há uma promessa de compra e venda de um terreno, mas quando ocorre
a averbação da matrícula no cartório do registro de imóveis já há um condomínio erguido. Nesses casos a
base de cálculo do ITBI vai considerar o estado do imóvel no momento da ocorrência do fato gerador, que é
com o registro da transmissão no cartório.
O que importa para aferir o valor a pagar de ITBI é o valor do imóvel no momento da transferência
imobiliária no registro de imóveis.
Cumpre lembrar que caso a aquisição do imóvel tenha ocorrido por meio de hasta pública o valor venal
corresponderá ao preço de arrematação, ou seja, o preço atingido pela venda. Não necessariamente tal
preço coincidirá com o preço de avaliação.
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1. A orientação das Turmas que integram a Primeira Seção/STJ firmou-se no sentido de que
a arrematação corresponde à aquisição do bem alienado judicialmente, razão pela qual se
deve considerar, como base de cálculo do ITBI, o valor alcançado na hasta pública.
2. Recurso ordinário não provido. (RMS 36.293/RS, Rei. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 0417 0/20 7 2, DJe 7 7/7 0120 7 2)
No caso de a fazenda discordar do valor apresentado pelo contribuinte, ela poderá arbitrar esse valor por
meio de procedimento administrativo fiscal assegurado ao contribuinte seu direito de defesa.
O valor da transação declarado pelo contribuinte goza da presunção de que é condizente com o valor de
mercado, que somente pode ser afastada pelo fisco mediante a regular instauração de processo
administrativo próprio.
O Município não pode arbitrar previamente a base de cálculo do ITBI com respaldo em valor de referência
por ele estabelecido unilateralmente.
Quatro condôminos resolvem dissolver o condomínio existente sobre quatro imóveis. De acordo com o
conceito de condomínio, cada um deles tem 25% de cada imóvel e, com a dissolução, cada um ficará com
100% de um imóvel apenas.
Analisando o fato gerador do ITBI, vimos que compreende a transferência onerosa a qualquer título de bem
imóvel, confere? Ora, a permuta de imóveis está, portanto, compreendida nessa hipótese.
Nesse caso estamos diante de permutas. O interessante é que da base de cálculo nesse caso deve ser
descontada a parte que já pertencia a cada um dos condôminos.
Vejamos:
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4. No entanto, o art. 631 não incide na hipótese, pois se refere ao caso clássico de
condomínio de bem divisível. Seria aplicável se os quatro impetrantes fossem
coproprietários de terreno rural ou de terreno urbano não edificado. Nesse exemplo, no
caso de desfazimento do condomínio, o imóvel poderia ser fracionado junto ao cartório de
imóveis, observados os limites mínimos, requisitos e formalidades legais, resultando em
quatro partes iguais. Cada um dos antigos coproprietários seria o único titular de seu
terreno (correspondente a 25% do original). Inexistiria transmissão onerosa de
propriedade nessa situação fictícia e, portanto, incidência do tributo municipal.
8. Com o acordo, cada um dos impetrantes passou a ser único proprietário de um dos seis
imóveis. Ou seja, adquiriu dos outros coproprietários 75% desse bem, pois já possuía 25%.
9. O ITBI deve incidir sobre a transmissão desses 75%. Isso porque a aquisição dessa parcela
se deu por alienação onerosa: compra (pagamento em dinheiro) ou permuta (cessão de
parcela de outros imóveis).
10. Esse raciocínio se aplica aos quatro imóveis que passaram a ser titulados por um único
proprietário. Quanto aos outros dois bens, com relação aos quais o condomínio subsistiu,
não há alienação onerosa nem, portanto, incidência do ITBI.
11. Os impetrantes adjudicaram cada um dos quatro imóveis a uma única pessoa,
indenizando os demais (por pagamento ou permuta), nos termos do art. 632 do CC/1916.
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12. É pacífico que os impostos reais (IPTU e ITBI, em especial) referem-se aos bens
autonomamente considerados. Também por essa razão seria incabível tratar diversos
imóveis como universalidade para fins de tributação.
13. Esse entendimento foi consolidado pelo egrégio STF na Súmula 589: “É inconstitucional
a fixação de adicional progressivo do imposto predial e territorial urbano em função do
número de imóveis do contribuinte”.
14. A Suprema Corte impediu que os Municípios considerassem todos os imóveis de cada
contribuinte como uma universalidade para fins de progressividade das alíquotas. Isso
decorre do reconhecimento de que cada imóvel a ser tributado deve ser autonomamente
considerado.
15. Se o Município não pode considerar o conjunto de imóveis uma universalidade, para
cálculo do IPTU, seria inadmissível que o contribuinte possa fazê-lo com o intuito de pagar
menos ITBI.
16. Recurso Especial provido.” (RESP nº 722.752 – RJ – Rel.Min. Herman Benjamin; DJe: 11-
11-2009).
Entendeu?
Devemos recordar ainda que o valor da base de cálculo de um imóvel adquirido em hasta pública será aquele
alcançado com a venda judicial, o valor observado na arrematação, ignorando-se o valor de avaliação, ou o
valor entendido como de mercado.
Para concluirmos quanto se deve pagar de ITBI temos que estudar ainda suas alíquotas:
Alíquota:
As alíquotas do ITBI serão definidas em lei municipal, não existindo autorização constitucional para sua
instituição de forma progressiva.
Súmula 656 STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o
imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do
imóvel
Chamo sua atenção para não confundir a autorização dada pelo Supremo para a extensão da
progressividade ao ITCMD ainda que ausente autorização constitucional. A possível confusão reside o fato
de que ambos são impostos reais (que incidem sobre coisas, desconsiderando aspectos pessoais) e foi
admitida, em prestígio ao Princípio da Capacidade Contributiva, no julgamento relativo ao ITCMD, a
progressividade de impostos reais.
Ainda que se possa admitir uma sinalização de mudança de entendimento, devemos guardar o
posicionamento clássico e sumulado que não é possível progressividade para o ITBI.
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No que se refere aos impostos sobre a transmissão de bens e direitos, analise a seguinte assertiva:
O STF declarou a inconstitucionalidade da progressividade do ITCD, dado o seu caráter real, na esteira da
jurisprudência firmada quanto à progressividade do IPTU e do ITBI.
( ) Certo
( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A assertiva começa correta, ressaltando a progressividade do ITCD em que pese seu caráter real e ainda
acerta sobre o IPTU. Mas, como vimos, a jurisprudência é firme em afastar essa progressividade para o ITBI.
Logo, assertiva errada.
Gabarito: Errado
Imunidades:
A Constituição Federal traz em seu texto importantes imunidades no que tange à transmissão de bens e
direitos quando efetuada para incorporação e desincorporação de patrimônio de pessoa jurídica em
pagamento de capital nela subscrito além dos casos de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa
jurídica.
Lembremos que a realização de capital de uma pessoa jurídica pode ocorrer em dinheiro, bens ou créditos.
O constituinte determina que não incidirá ITBI sobre a transferência de bem imóvel correspondente à
realização do capital em uma atitude que busca incentivar o livre empreendedorismo e a capitalização das
empresas.
Porém, caso o imóvel seja transferido para uma empresa e tenha valor maior que o valor a ser realizado,
incidirá o ITBI sobre essa diferença.
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Ex: Imóvel de 200.000 sendo transmitido para uma pessoa jurídica em realização de um capital de 100.000.
Sobre os outros 100.000 vai incidir o imposto.
Vejamos a CF a respeito:
A exceção se dará quando a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda de bens imóveis
ou arrendamento mercantil.
Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha
como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de
direitos relativos à sua aquisição.
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 anos
antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3
primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos
da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada
em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
O tributo incidirá, portanto, quando a empresa obtiver mais da metade de sua receita operacional (aquela
relacionada à sua atividade principal, à atividade que consta como objeto social) de negócios imobiliários.
Essa análise respeita o marco temporal de 2 anos para o passado e 2 anos para o futuro da data da aquisição.
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Na hipótese dela iniciar suas atividades no momento da aquisição (ou com menos tempo que 2 anos),
deverá ser observada a receita operacional para os primeiros 3 anos seguintes à aquisição.
Possui imunidade específica, observadas as condições estabelecidas pela Constituição Federal, o imposto
sobre
a) serviços (ISS).
b) a renda e os proventos de qualquer natureza (IR).
c) a transmissão onerosa de bens imóveis (ITBI).
d) a propriedade de veículos automotores (IPVA).
e) a propriedade predial e territorial urbana (IPTU).
RESOLUÇÃO:
Essa imunidade que estudamos se aplica apenas ao ITBI, constituindo, dessa forma, imunidade específica!
As outras imunidades previstas no texto constitucional se aplicam a todos os impostos, por isso, são
chamadas de genéricas.
Lembrar que as imunidades genéricas também se aplicam ao ITBI.
Gabarito C
A pessoa jurídica Vivere Empreendimentos Imobiliários Ltda. era formada por três sócias: C&C Negócios
Imobiliários Ltda., Sua Casa Ltda. e José Souza (pessoa física.) As atividades preponderantes das sócias
pessoas jurídicas são, respectivamente, a compra e venda, a construção e a locação de bens imóveis. Em
razão de questões societárias, a sócia C&C Negócios Imobiliários Ltda. retirou-se da sociedade. O pagamento
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das cotas sociais da sócia retirante foi procedido mediante a dação em pagamento de bens imóveis que
compunham o capital social da Vivere Empreendimentos Imobiliários Ltda. Considerando que os referidos
imóveis são diversos daqueles integralizados inicialmente pela C&C Negócios Imobiliários Ltda. para a
constituição da sociedade, é correto afirmar que a operação:
a) Constitui fato gerador do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis), sendo o tributo devido ao
Município em que estejam sediados os bens imóveis.
b) Não constitui fato gerador do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis), em razão de regra de
imunidade expressa que proíbe a tributação sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital.
c) Constitui fato gerador do ITCMD (Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), sendo o tributo
devido ao Município em que esteja sediada a doadora, no caso, Vivere Empreendimentos Imobiliários Ltda.
d) Constitui fato gerador do ITCMD (Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), sendo o tributo
devido ao Estado em que esteja sediada a doadora, no caso, Vivere Empreendimentos Imobiliários Ltda.
e) Não constitui fato gerador do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis), em razão de regra de
isenção expressa no Código Tributário Nacional que proíbe a tributação sobre a transmissão de bens ou
direitos decorrentes da extinção de pessoa jurídica, ainda que parcial.
RESOLUÇÃO:
A – Correto! Resume bem muito do que vimos até agora sobre o ITBI. A operação foi de transmissão onerosa,
o que atrairia o ITBI, mas ocorreu pois a C&C estava se retirando da sociedade, o que configuraria imunidade
afastando o ITBI, mas a adquirente tem como atividade preponderante a atividade imobiliária e, por fim, isso
excepciona a imunidade, atraindo o ITBI, a ser devido no Município da situação do bem.
B – A imunidade em comento compreende uma exceção que é a relacionada à atividade preponderante da
adquirente. Logo, no caso em tela, essa imunidade não se aplica.
C e D – O FG do tributo estadual ITCMD é a transmissão gratuita ou causa mortis, não se observando
nenhuma das 2 no caso em tela.
E - Haverá incidência do ITBI, pois a atividade preponderante da C&C Negócios Imobiliários Ltda é a compra
e venda de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica.
Gabarito A
Ainda no campo das imunidades, a Constituição Federal trouxe mais uma referente à exoneração de
impostos nas operações de transferência para reforma agrária, plenamente aplicáveis ao tributo ora
estudado:
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o
imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em
títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até
vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
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Mas temos que ficar espertos quanto ao seguinte detalhe cobrado nessa prova do CESPE:
(RE 168110, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Primeira Turma, julgado em 04/04/2000, DJ 19-05-2000 PP-
00020 EMENT VOL-01991-01 PP-00087)
Gabarito: Errada!
Ainda sobre o assunto, vejamos essa antiga súmula do STF segundo a qual em uma venda de imóvel de
propriedade de uma autarquia; entidade protegida por imunidade recíproca, essa imunidade não
compreenderia o ITBI, porquanto se trata de encargo do comprador.
Súmula 75 STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende
o imposto de transmissão inter vivos, que é encargo do comprador.
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Nós já vimos que a sujeição passiva do ITBI é matéria afeta à legislação municipal. Dessa forma, caso o
Município atribua a responsabilidade de pagar o imposto ao vendedor, não haverá incidência de ITBI
quando figurar nessa posição entidade imune.
Muitos dispositivos nela presentes constituem mera reprodução do que já estudamos no início de nossa
aula, então nesses casos solicito que a explicação seja buscada nessa parte da aula.
Art. 1º - O imposto sobre a transmissão "Inter-Vivos", de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre
ele, tem como fato gerador:
II- A cessão, por ato oneroso, de direitos relativos à aquisição de bens imóveis.
Parágrafo único - O imposto que trata este Art. refere-se a atos e contratos relativos a imóveis
situados no território deste Município.
O art. 2º começa a explicitar quais mutações patrimoniais podem dar ensejo à cobrança do ITBI em Santo
André em um rol exemplificativo, pois na verdade qualquer operação que se enquadre no estabelecido no
art. 1º pode configurar fato gerador do imposto.
I - A compra e venda;
II - A dação em pagamento;
IV - A permuta;
A compra e venda é o caso mais comum de incidência do ITBI, mas na dação em pagamento e na permuta
também temos uma transmissão onerosa de propriedade imobiliária ainda que não ocorra de fato a
circulação de dinheiro referente ao imóvel.
Vale ressaltar que uma permuta envolve tantos fatos geradores quantos imóveis sendo permutados. Ou seja,
se A permuta seu imóvel com B, temos aí 2 ocorrências de fato gerador do ITBI que serão tributadas.
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V- O mandato em causa própria ou com poderes equivalentes para a transmissão de bem imóvel
e respectivo substabelecimento, ressalvado o disposto no Art. 3º, inciso I, desta lei;
Em um mandato em causa própria ou com poderes para a transmissão de bem imóvel o mandatário recebe
do mandante a possibilidade de representá-lo em uma transmissão imobiliária só que com a possibilidade
de transmitir a propriedade para ele mesmo.
Isso já serviu há algum tempo para subtrair essa operação da tributação, mas os legisladores municipais
percebendo isso passaram a prever o mandato em causa própria expressamente como fato gerador do ITBI.
Arrematar é pagar o preço em um leilão ou hasta e dessa forma adquirir a coisa. Adjudicação, em regra é o
ato judicial em que se declara e se estabelece que a propriedade de uma coisa passa de seu primitivo dono
(transmitente) para o credor (adquirente) em razão de um ato de expropriação.
Por meio da remição o executado paga o valor da dívida e resgata o bem antes que ele seja leiloado.
VII - O valor dos bens imóveis que, na divisão de patrimônio comum ou na partilha, foram
atribuídos a um dos cônjuges separados ou divorciados, acima da respectiva meação;
Isso é a torna, a reposição em dinheiro de um excesso de valor referente a um imóvel ou direito recebido e
sobre isso vai incidir ITBI.
O uso é um direito real sobre coisa alheia que permite ao seu titular usar da coisas, ou seja, dar a ela a
destinação para a qual foi instituída. Dentre todas as faculdades inerentes ao direito de propriedade, o
direito real de uso possibilita apenas o uso, sem a possibilidade de gozar da coisa.
Usufruto é um direito real sobre coisa alheia que permite ao seu titular a possibilidade de usar o imóvel de
outra pessoa, recebendo os frutos nele produzidos. Como o aluguel, por exemplo. O proprietário do imóvel
(chamado de nu proprietário) fica apenas com a posse indireta do mesmo.
A enfiteuse era um direito real previsto no Código Civil de 1916, mas que tem origem no Direito Romano e
servia de incentivo à ocupação de destinação da terra, desdobrando a propriedade em nu propriedade e
domínio útil, que acaba ficando com o chamado enfiteuta oferecendo amplas faculdades em relação à
propriedade. A possibilidade de instituição de enfiteuse
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Vale lembrar que o direito à sucessão aberta é tratado pela legislação como um bem imóvel, ainda que o
acervo de bens a ser transmitido seja composto apenas por bens móveis.
XV - Todos os demais atos onerosos, translativos de imóveis, por natureza ou cessão física, e
constitutivos de direitos reais sobre imóveis.
II - Sobre a transmissão de bem imóvel, quando volta ao domínio do antigo proprietário por força
de retrovenda, retrocessão ou pacto de melhor comprador;
A retrocessão é o retorno ao proprietário original de um imóvel que foi desapropriado e acabou não servindo
à finalidade pública que a justificou.
O pacto de melhor comprador, às vezes chamado de pacto comissório, é uma cláusula sem previsão no
Código Civil, mas aceito no direito contratual, pela qual se estabelece que a venda pode ser rescindida se
dentro de determinado prazo aparecer um comprador melhor.
Nesse caso, ao primeiro comprador é assegurado o direito de manter a venda pagando o valor que o melhor
comprador pagaria.
Retrovenda significa uma cláusula especial em um contrato de compra e venda segundo a qual se reserva ao
vendedor a possibilidade de resgatar o imóvel vendido, dentro de um prazo determinado, com o mesmo
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preço ou outro que tenha sido ajustado. Também chamado de direito de retrato, ele poderá ser exercido até
mesmo contra um terceiro adquirente.
V - Na divisão amigável;
VI - sobre bens imóveis objeto de permuta entre particular e o Poder Público municipal. (NR)
Art. 4º - O dispostos nos incisos III e IV do Art. anterior não se aplica quando a pessoa jurídica
adquirente tiver como atividade preponderante a compra e venda desses bens ou direitos, a sua
locação ou arrendamento mercantil.
§ 2º - Se a pessoa jurídica adquirente iniciar sua atividade após a aquisição ou menos de 2 (dois)
anos antes dela, serão consideradas as receitas relativas aos 3 (três) exercícios subseqüentes à
aquisição, para efeitos do disposto no § 1º.
§ 3º - Quando a transmissão de bens ou direitos for feito junto com a transmissão da totalidade
do patrimônio da pessoa jurídica alienante, não se caracteriza a preponderância da atividade,
para os fins deste Art..
DOS CONTRIBUINTES
Além dos contribuintes, podem ser chamados a pagar o ITBI os responsáveis tributários que serão vistos logo
mais à frente.
II- Os cedentes, nas cessões de direitos decorrentes de compromissos de compra e venda a prazo;
Cedente é quem cede o direito decorrente do compromisso de compra e venda, e cessionário é quem recebe.
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DO CÁLCULO DO IMPOSTO
Art. 6º - A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
§ 1º - Não serão abatidas no valor venal quaisquer dívidas que onerem o imóvel transmitido.
A regra da base de cálculo do ITBI é o valor venal do imóvel transmitido sem considerar o valor de bens
mantidos para o seu aformoseamento ou dívidas que onerem o imóvel, mas quando a transmissão envolver
o direito à aquisição de um imóvel, e não o imóvel em si, a lei autoriza que a base de cálculo represente o
valor pago até o momento.
§ 2º - Nas cessões de direitos à aquisição, será deduzido na base de cálculo o valor ainda não
pago pelo cedente.
Art. 7º - Para efeito de recolhimento do imposto deverá ser utilizado o valor constante da escritura
ou instrumento particular de transmissão ou cessão.
§ 2º O valor venal de que trata o parágrafo anterior terá como base o valor de referência do m²
dos terrenos constantes do Anexo I, e o valor do m² da construção constante do Anexo II da
presente lei, vigentes na data do pagamento, observando-se o método de avaliação aprovado
pelo Executivo. (NR)
Não recomendo que se busque decorar os valores de referência previstos nas tabelas pois quase nunca são
cobrados e constituem uma decoreba de pouca utilidade prática para a prova.
Art. 7º-A - Os valores venais de referência do m2 dos terrenos passam a ser os constantes do
Anexo I, parte integrante da presente lei. (NR)
Os próximos dispositivos tratam da base de cálculo na instituição de direitos reais, obedecendo a uma lógica
de proporção da relevância do que está sendo de fato instituído ou transmitido.
Se ocorre a transmissão da propriedade, sabemos que o valor da base de cálculo será o valor do imóvel.
Outras fatias desse direito de propriedade vão ser transmitidas considerando a proporção de seus valores
em relação à propriedade. O direito de usufruto, por exemplo, prevê como base de cálculo 1/3 da
propriedade, enquanto a transmissão da nua propriedade atrai a tributação para 2/3 do valor da
propriedade.
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IV- No caso de transmissão de domínio direto, para 20% (vinte por cento).
A enfiteuse é o direito real sobre a coisa alheia mais amplo entre os existentes, então sua transmissão (visto
que não pode mais ocorrer sua instituição) vai considerar a base de cálculo como 80 % da propriedade.
O parágrafo único deve ser lido em conjunto com respectivos incisos do art. 8º. Quando se extingue o
usufruto, por exemplo, o nu proprietário volta a ser o proprietário pleno do imóvel e o imposto aqui vai ser
calculado sobre o valor do usufruto.
Art. 9º - Nas arrematações, o imposto será recolhido sobre o valor do maior lance e, nas
adjudicações e remições sobre o maior lance ou avaliação, nos termos da Lei processual,
conforme o caso.
Parágrafo único - No caso de lances ou avaliações inferiores ao valor venal, este será prevalente
para efeito de recolhimento do imposto, observadas as disposições do § 1º do Art. 7º.
A segmentação das alíquotas quando há transmissão financiada pelo Sistema Financeiro de Habitação aplica-
se somando a parte transmitida sobre a qual incide a alíquota de 0,5% com a parte que não é financiada,
sobre a qual incide a alíquota de 2%.
§ 5º - Será aplicado desconto de 90% (noventa por cento) sobre o valor do imposto incidente sobre
a transmissão de imóvel adquirido em nome de sociedade cooperativa ou associação de
moradores, com objetivo habitacional ou de construção comunitária, sem fins lucrativos,
destinado a empreendimento habitacional de interesse social. (NR)
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DO PAGAMENTO DO IMPOSTO
Art. 11 - Ressalvado o disposto nos Art.s seguintes, o imposto será pago mediante o documento
de arrecadação próprio, na forma regulamentar, antes de efetivar-se o ato ou contrato sobre o
qual incidir
A lei em Santo André determina o recolhimento do ITBI antes da efetiva realização de seu fato gerador, que
se não ocorrer em até 120 dias invalida o documento de arrecadação emitido.
§ 2º - O valor do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis - ITBI, poderá ser pago
em até 6 (seis) parcelas. (NR)
§ 3º - O valor de cada parcela não poderá ser inferior a 30 (trinta) FMPs - Fator Monetário Padrão.
(NR)
Como o trâmite envolvendo a transmissão de imóveis e de direitos sobre imóveis deve ser realizado em
cartórios, a lei determina uma série de responsabilidades para esses agentes a fim de fiscalizar o correto
recolhimento do tributo.
§ 7º - O valor do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis e Direitos Reais – ITBI
poderá ser compensado em forma de desconto, caso o contribuinte possua Projeto de
Investimento aprovado decorrente de pedido de benefícios fiscais, conforme legislação em vigor.
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Art. 12 - Na arrematação, adjudicação ou remição, o imposto será pago dentro de 30 (trinta) dias
destes atos, antes da assinatura da respectiva carta, mesmo que esta não seja extraída.
O art. 12 trata de atos geralmente referentes a um processo de execução, cuja defesa processual envolve o
oferecimento de embargos à execução suspendendo a execução.
Art. 13 - Nas transmissões realizadas por termo judicial ou em virtude de sentença judicial, o
imposto será pago dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da assinatura do termo ou do
trânsito em julgado da sentença.
Art. 14 - Nas transmissões realizadas através do Sistema Financeiro de Habitação, o imposto será
pago dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da assinatura dos atos contratuais.
Art. 15 - O imposto não pago no vencimento será atualizado monetariamente, da data em que é
devido até o mês que for efetuado o pagamento.
Art. 16 - Observado o disposto no Art. anterior, os débitos não pagos nos respectivos vencimentos
ficam acrescidos de multa e juros moratórios, aplicadas as disposições do Código Tributário
Municipal.
O art. 17 impõe a restituição do valor pago quando a transmissão de fato não ocorrer.
Art. 17 - O imposto será restituído quando indevidamente recolhido ou quando não se efetivar o
ato ou contrato por força do qual foi pago. (NR)
Aos tabeliães e oficiais de registros públicos é determinada uma série de obrigações de colaboração para
com o fisco relacionadas com a natureza de sua atividade.
Art. 18 - Os tabeliães e oficiais de Registro de Imóveis não praticarão quaisquer atos atinentes a
seu ofício, nos instrumentos públicos ou particulares relacionados com a transmissão de bem
imóveis ou de direitos a eles relativos, sem a prova de pagamento do imposto.
Então antes da prática de qualquer ato, os tabeliães e oficiais de Registro de Imóveis conferem o pagamento
do ITBI, podendo ser responsabilizados caso ignorem esse comando.
I- A facultar, aos encarregados da fiscalização, o exame, em cartório, dos livros, autos e papéis
que interessem à arrecadação do imposto;
II- A fornecer, quando solicitado, aos encarregados da fiscalização, certidão dos atos lavrados ou
registrados, concernentes a imóveis ou direitos a eles relativos;
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Art. 20 - Os tabeliães, escrivães e oficiais de Registros Públicos que infringirem o disposto nos Art.s
anteriores, ficam sujeitos às seguintes penalidades:
I- Por infração do Art. 18, multa equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor do imposto ou
da diferença, em caso de falta de recolhimento ou recolhimento a menor, atualizado
monetariamente na forma do Art. 14, sem prejuízo da responsabilidade solidária pelo imposto;
II- Por infração do Art. 19, multa de 5 (cinco) Unidades do Fator Monetário Padrão - FMP, por
item descumprido.
§ 1º - A penalidade prevista no inciso I será também aplicada quando o documento a ser anexado
à guia de recolhimento não estiver preenchido de acordo com a escritura ou instrumentos
públicos e particulares.
§ 2º- A multa prevista no inciso II terá como base o valor do Fator Monetário Padrão - FMP -
vigente à data da sua aplicação.
Os tabeliães e oficiais de Registro de Imóveis figuram como responsáveis tributários quando não for possível
a cobrança dos contribuintes, daí a importância de sua conferência se o imposto foi ou não pago no momento
da realização de seus atos.
Caso as declarações efetuadas pelo contribuinte divirjam do valor real do imóvel, o Fisco poderá arbitrar seu
valor em procedimento em que seja assegurado ao contribuinte o contraditório e ampla defesa para expor
suas razões e sua avaliação sobre o imóvel.
Parágrafo único - O sujeito passivo poderá apresentar avaliação contraditória, na forma, condições e prazos
regulamentares.
Art. 24. Os valores venais de referência, calculados nos termos da presente lei, serão remetidos
anualmente aos cartórios de notas e de registros de imóveis da comarca
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Encerramos aqui a parte teórica sobre o ITBI! Para fechar a aula vamos encarar uma bateria de questões
treinando tudo que vimos até aqui.
QUESTÕES COMENTADAS
Sobre o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), analise as afirmativas a seguir.
I. Caso a transmissão do bem imóvel ocorra sem o pagamento do ITBI devido, os tabeliães e escrivães ficam
solidariamente obrigados ao pagamento, relativamente aos atos por eles ou perante ele praticados, em
razão do seu ofício.
II. O pagamento do ITBI poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel, conforme autorização
constitucional.
III. O ITBI incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em
realização ou integralização de capital.
Assinale:
RESOLUÇÃO:
I – Correto. De acordo com o art. 134 CTN, os notários e registradores ficam responsáveis pelo ITBI de
maneira solidária quando não observado o pagamento do mesmo pelo contribuinte originário:
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
II – Não existe essa autorização para o ITBI. Inclusive existe proibição sumulada pelo supremo:
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Súmula 656
III – Assertiva em frontal dissonância com a regra da imunidade específica para o ITBI:
Cumpre lembrar que o ITBI incidiria sobre essa operação caso ela constituísse atividade preponderante da
adquirente.
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
A – A assertiva generaliza quando diz que o imposto incidirá sobre todas as transmissões inter vivos. O fato
gerador do ITBI compreende apenas transmissões onerosas.
B – Há 2 equívocos:
O 1º diz respeito ao momento de ocorrência do fato gerador que segundo jurisprudência pacífica ocorre com
o registro no cartório.
O 2º é incluir indevidamente as benfeitorias no valor venal do imposto, não existindo previsão nesse sentido.
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C – Na verdade esse caso excepciona a imunidade específica do ITBI, devendo, portanto, haver a incidência.
D – Correta!
Súmula 656: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto
de transmissão 'inter vivos' de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
O STJ, no REsp nº 577.613/RS, asseverou que a doutrina caracteriza o lançamento do ITBI como lançamento
por declaração, podendo ser de ofício quando ocorre o fato gerador sem que o correspondente pagamento
tenha sido efetivado.
Dessa forma, o fisco constitui o crédito tributário a partir de informações prestadas pelo próprio sujeito
passivo ou por terceiro.
Gabarito B
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RESOLUÇÃO:
A questão informa que o fato gerador do ITBI (compra e venda devidamente registrada no cartório) se
concretizou. O CTN estatui que para efeito de tributação é isso que importa, não havendo que se considerar
a natureza do ato praticado, ou sua validade. Vejamos:
Ao prejudicado restaria recuperar o valor pago por meio de ação indenizatória contra quem deu causa à
anulação do negócio.
A – Errada! A validade do negócio jurídico não interfere na ocorrência do fato gerador. Nesse sentido:
2. "A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença" (art. 177 , Código Civil ),
de tal sorte que, à época do recolhimento do ITBI, a transmissão da propriedade imóvel se
deu de forma regular. Assim, o fato de uma decisão judicial, superveniente ao regular
recolhimento do ITBI, ter anulado a compra e venda não induz o raciocínio de que o tributo
foi recolhido indevidamente.
3. Isso, porque "a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade
jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros,
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos", nos termos do art. 118 do
Código Tributário Nacional .
4. A pretensão de recuperação dos valores pagos a título de ITBI deve-se dar em ação
indenizatória movida contra aquele que deu causa à anulação do negócio, e não contra a
Fazenda do Município.
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B – Não faz diferença se a invalidação do negócio se deu por nulidade ou anulação. O fato gerador ocorreu
e isso não é influenciado pela validade ou não do ato.
E – Correta! A ilicitude não pode ser oposta à exigência tributária se forem verificados os elementos
caracterizadores do fato gerador correspondente.
Gabarito E
Certo município, para ver aumentada sua arrecadação através do Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos
por ato oneroso de bens imóveis − ITBI, amplia a incidência do imposto sobre a alienação fiduciária de bem
imóvel. Esta medida é
a) perfeitamente válida, já que na alienação fiduciária a propriedade fiduciária já é transferida para o credor
fiduciário.
b) ilegal, pois não há transmissão onerosa de bem imóvel na alienação fiduciária, posto que a transmissão é
gratuita.
c) inconstitucional, pois a Constituição Federal exclui da regra matriz de incidência do ITBI os direitos reais
de garantia.
d) ilegal, enquanto direito real de garantia, pois só pode haver a incidência do ITBI com o registro da garantia
do cartório de registro de imóveis.
e) constitucional, pois a alienação fiduciária de bem imóvel é uma cessão de direito real de aquisição, passível
de tributação por ITBI se o negócio for oneroso.
RESOLUÇÃO:
Acontece quando o devedor transfere ao credor um bem (móvel ou imóvel) para garantir o cumprimento de
uma obrigação. Muito comum na compra de veículos ou imóveis, onde esses bens só serão definitivamente
transferidos para o devedor ao término do financiamento.
A – Não pode ser válida. A alienação fiduciária constitui um uma garantia a uma operação de crédito, estando
fora da abrangência do ITBI:
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II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos
a eles relativos tem como fato gerador:
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia;
C – Esse é o gabarito!
D – O ITBI não incide sobre os direitos reais de garantia, conforme determinação constitucional.
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos
a eles relativos tem como fato gerador:
A e B – Erradas:
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C – Errada:
E – Errada
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia;
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
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1. A orientação das Turmas que integram a Primeira Seção/STJ firmou-se no sentido de que
a arrematação corresponde à aquisição do bem alienado judicialmente, razão pela qual se
deve considerar, como base de cálculo do ITBI, o valor alcançado na hasta pública.
2. Recurso ordinário não provido. (RMS 36.293/RS, Rei. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 0417 0/20 7 2, DJe 7 7/7 0120 7 2)
C – A dação em pagamento e a permuta constituem também forma de transferência onerosa de bem imóvel.
D – Correto! Essa quota parte recebida além da sua quota parte ideal configura uma transmissão onerosa.
E – O ITBI não vai incidir sobre a simples promessa de compra e venda, pois a transmissão da propriedade
ocorre com o registro na matrícula do imóvel.
Gabarito E
RESOLUÇÃO:
É sempre bom reforçar que uma hipótese de desoneração constitucionalmente qualificada é uma imunidade,
ainda que não esteja expressamente estatuída dessa forma. Se está na CF, é imunidade!
A – Isenção é a dispensa, após seu nascimento, do pagamento do tributo, veiculada por lei do ente
competente para instituí-lo.
C – Gabarito!
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Gabarito C
RESOLUÇÃO:
A – Errada! A assertiva tenta confundir a regra geral com sua exceção. Se a atividade preponderante dela for
a venda de imóveis, não se aplica a imunidade assegurada à incorporação de imóveis para realização de
capital.
B – De fato, parte do disposto no CTN sobre esse tributo não foi recepcionado pela CF, entretanto, a base de
cálculo não é um desses casos.
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
C – Esse é um dos casos em que o disposto no CTN se encontra em dissonância com o texto constitucional
vigente. Vejamos:
Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos
a eles relativos tem como fato gerador:
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de
garantia;
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(...)
Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado Federal,
que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à
política nacional de habitação
Tal regra não se aplica ao ITBI. Dessa forma, cabe aos municípios decidirem sobre a alíquota do ITBI que
instituírem.
D – Errada!
Súmula 656. É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto
de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel
E – Correta!
Gabarito E
RESOLUÇÃO:
A – A CF preceitua que não há incidência do ITBI sobre a transmissão de bens incorporados ao patrimônio de
pessoa jurídica em realização de capital.
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B e C – Além da supracitada imunidade, também não vai incidir o ITBI sobre a transferência de imóveis
decorrente de cisão empresarial.
D – É indevido, mas não por esse motivo, e sim por não incidir IPTU na transferência de imóveis decorrente
de cisão empresarial.
E – A previsão constitucional estatui que a adquirente deve se dedicar à compra e venda de imóveis para
configurar a exceção à imunidade. Vejamos:
(...) I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;
Portanto, só seria exigível o ITBI se ficasse provado que a CELTA se dedicasse à atividade de compra e venda
de imóveis.
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
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A – Correta!
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
C – Negativo! Analisando a parte final do inciso II do art. 156, vemos que os direitos reais de garantia não
configuram hipótese de incidência do ITBI.
D – Analisemos mais uma vez o indigitado art. 156. O fato gerador ali exposto é a transmissão do bem imóvel
e também a cessão de direitos a sua aquisição. Logo, errada a assertiva.
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
A - As servidões podem decorrer de ato jurídico inter vivos oneroso, podendo o proprietário do prédio
serviente perceber indenização pela restrição imposta ao seu domínio. Nesse caso, haveria a incidência do
ITBI quando tais servidões forem a registro no Cartório de Registro de Imóveis. Exemplo: servidão de
passagem de oleoduto mediante indenização ao proprietário
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A transmissão de um usufruto (direito de usar e fruir da coisa), caso ocorra de maneira onerosa, gera
incidência do ITBI.
O resgate de uma enfiteuse, buscando sua extinção e a consolidação da propriedade, ocorre após pagamento
de quantia, devendo ser formalizado através de escritura pública, equivalente a uma compra e venda do
domínio direto, o que implica na incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis – ITBI.
Alternativa errada.
C – São justamente os direitos reais de garantia sobre os quais não incidirá ITBI!
D – Apenas incidirá caso se leve a registro uma promessa de compra e venda irretratável.
Gabarito B
RESOLUÇÃO
Caso o adquirente fosse um ente imune, aí sim não haveria a incidência do imposto. Entretanto, nesse caso
aplica-se entendimento sumulado pelo STF:
Súmula nº 75 do STF:
"Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende o imposto de
transmissão inter vivos, que é encargo do comprador."
Gabarito: Certo
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base de cálculo do ITBI para este valor, lavrou auto de infração a fim de cobrar a diferença do tributo que
deixou de ser pago, além da respectiva multa, e notificou Aquiles. O contribuinte defendeu-se alegando que
a base de cálculo do ITBI deveria ser a mesma que a do IPTU, pois ambos eram tributos municipais e não
haveria razão para qualquer diferença, trazendo como prova o carnê do IPTU com o valor da aludida base de
cálculo. Em face da situação hipotética apresentada e do ordenamento jurídico vigente, a Agente Fiscal do
Município agiu
a) incorretamente, visto que não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à
homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à exclusão total ou parcial do crédito.
b) incorretamente, visto que a base de cálculo do ITBI e do IPTU são as mesmas, tendo como fundamento o
valor venal do imóvel, não podendo haver diferença na forma de apuração, sobretudo por ser feita pelo
mesmo município.
c) corretamente, pois a modificação da base de cálculo do imóvel, introduzida de ofício pela fiscalização,
embora modifique os critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento,
pode ser efetivada em relação a um mesmo sujeito passivo quanto a fato gerador ocorrido anteriormente à
sua introdução.
d) incorretamente, dado que a utilização por parte do fisco do arbitramento depende de autorização judicial,
haja vista haver invasão do Estado na esfera privada do contribuinte.
e) corretamente, pois no caso do ITBI tem-se como ponto de partida para a determinação de sua base de
cálculo o valor da alienação do imóvel. Este funciona, no caso, como uma declaração de valor feita pelo
contribuinte, que pode ser ou não aceita pelo fisco, aplicando-se, na hipótese de divergência, o arbitramento,
nos casos e condições estipulados pela legislação.
RESOLUÇÃO
A – Ela agiu corretamente! Mas de fato não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à
homologação, praticados pelo sujeito passivo visando à exclusão total ou parcial do crédito.
B – Errada. Em que pese a previsão das bases de cálculo desses impostos ser na teoria a mesma, não
necessariamente ela coincidirão. Mesmo que apuradas pelo mesmo município.
C – Ela agiu corretamente. Entretanto, além da justificativa apresentada estar equivocada, ela não tem
qualquer relação com a questão.
Gabarito E
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d) lei municipal pode prever alíquotas progressivas com base no valor do imóvel.
RESOLUÇÃO
A – Errado. Se houve transmissão onerosa do direito do promitente comprador (direito real previsto no
Código Civil) há a ocorrência do fato gerador do ITBI
1. PELA NOVA DOGMÁTICA DO CÓDIGO CIVIL (ART. 1225, VII), O DIREITO DO PROMITENTE
COMPRADOR DE IMÓVEL, AGORA, CARACTERIZA-SE COMO DIREITO REAL, E A SUA CESSÃO,
CONSEQÜENTEMENTE, CARACTERIZA-SE COMO CESSÃO DE DIREITOS REAIS, NA
DOGMÁTICA DO INCISO II, DA LEI DISTRITAL N. 11/88, DISPOSITIVO NÃO 16/12/2018
ALCANÇADO PELA AIL 838-6/98, COMO BEM DESTACADO PELA D. PROCURADORIA DE
JUSTIÇA. 2. RECURSO DESPROVIDO. (TJDF -APELAÇÃO CÍVEL 20040110279824APC DF -
Órgão Julgador : 1ª Turma Cível - Relator : SILVANIO BARBOSA DOS SANTOS, Publicação no
DJU: 02/08/2005 Pág. : 91)
B – Correto! Na promessa de compra e venda não incidirá o ITBI. Somente caso a promessa de compra e
venda contenha cláusula de irrevogabilidade e seja registrada em cartório.
Gabarito B
RESOLUÇÃO:
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B – Exclusão do crédito tributário é gênero do qual são espécies a isenção e a anistia, sendo ambas veiculadas
via lei, que impede a constituição do crédito tributário.
C – O Senado não tem competência para fixar alíquotas do ITBI. Ele fixa as alíquotas máximas do ITCMD.
D – A análise referente à atividade a empresa constitui requisito para a exceção à imunidade. Se a atividade
dela for imobiliária ela não terá direito à imunidade.
E – A repetição de indébito é o meio adequado. O Art. 165 do CTN assim dispõe sobre esse instituto:
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total
ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no §
4º do art. 162, nos seguintes casos:
[...]
Gabarito A
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RESOLUÇÃO:
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes
os seus efeitos:
C – O contribuinte simulou um ato para se esquivar da tributação. Dessa forma, a autoridade administrativa
pode desconsiderar esse ato e cobrar o tributo.
E – Pode haver decisão judicial desconsiderando esse negócio jurídico sem qualquer problema.
Gabarito A
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e) se a atividade preponderante da adquirente for a compra e venda de bens imóveis haverá imunidade na
transmissão de imóveis decorrente de fusão, incorporação ou cisão de pessoa jurídica.
RESOLUÇÃO:
A – Na verdade ocorre a subsunção do fato à norma impositiva. O que impede o nascimento do fato gerador
é que esse fato está abarcado por imunidade específica do ITBI.
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
B – Como vimos no dispositivo colacionado, a imunidade tem suas exceções, veiculadas no final do inciso I.
D – Correta!
Gabarito D
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RESOLUÇÃO:
A – Essa imunidade seria aplicada ao caso em tela na hipótese da adquirente não ser empresa do ramo
imobiliário. Nesse caso, incide o imposto.
B – Correto !
C – Alternativa absurda
D – O STJ já determinou que a responsabilidade por essa sucessão também inclui as multas:
1. Recurso Especial interposto contra v. Acórdão segundo o qual não se aplicam os arts.
132 e 133, do CTN, tendo em vista que multa não é tributo, e, mesmo que se admita que
multa moratória seja ressalvada desta inteligência, o que vem sendo admitido pelo STJ, in
casu trata-se de multa exclusivamente punitiva, uma vez que constitui sanção pela não
apresentação do livro diário geral.
2. Os arts. 132 e 133, do CTN, impõem ao sucessor a responsabilidade integral tanto pelos
eventuais tributos devidos quanto pela multa decorrente, seja ela de caráter moratório ou
punitivo. A multa aplicada antes da sucessão se incorpora ao patrimônio do contribuinte,
podendo ser exigida do sucessor, sendo que, em qualquer hipótese, o sucedido permanece
como responsável. Portanto, é devida a multa, sem se fazer distinção se é de caráter
moratório ou punitivo, visto ser ela imposição decorrente do não pagamento do tributo na
época do vencimento.
E – Como vimos no julgado transcrito, a responsabilidade abrange tanto a multa moratória quanto a punitiva.
Gabarito B
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a) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI incide,
via de regra, sobre a incorporação de bens ao patrimônio de pessoa jurídica, para realização de capital.
b) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI pode
ser exigido da propriedade adquirida por usucapião.
c) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI é de
competência do Município da situação do bem.
d) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI
poderá ter alíquotas progressivas.
RESOLUÇÃO:
A – A regra é que não ocorra essa imposição, em razão da existência da seguinte imunidade:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
B – A usucapião é forma originária de aquisição de propriedade, não ocorrendo ato oneroso que a transfira
para terceiro. Dessa forma, não ocorre a incidência do ITBI.
C – É o gabarito!
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
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No caso de arrematação em hasta pública, o valor da base de cálculo será o alcançado nela. Nesse sentido:
1. Inexiste ofensa aos artigos 165, 458 e 535 do CPC, quando o Tribunal de origem analisa
os pontos essenciais para a solução da controvérsia, de forma clara e fundamentada, ainda
que concisa.
4. No caso dos autos, o imóvel foi adquirido em procedimento licitatório realizada pelo
Poder Público, assim em virtude da similaridade desse procedimento com arrematação
judicial, aplica-se mutatis mutandis o entendimento pacífico na Primeira Seção/STJ de que
a arrematação corresponde à aquisição do bem alienado judicialmente, razão pela qual se
deve considerar, como base de cálculo do ITBI, o valor alcançado na hasta pública.
Gabarito: Certo
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e) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a cessão de direito à transmissão de direitos reais de
garantia sobre imóveis.
RESOLUÇÃO
A – Conforme vimos no conceito constitucional do imposto, a transmissão deve se dar entre vivos, aspecto
ignorado pela banca.
C – Competência é municipal e a assertiva também está incompleta, faltando informar que a transmissão se
dá intra vivos.
D – É só comparar com o art. 156, II. Não existe essa menção ao domínio útil de bens imóveis.
Gabarito: Anulada!
RESOLUÇÃO:
Errada a assertiva. A transferência se deu de forma gratuita, atraindo, dessa forma, a competência do ITCMD
estadual.
Gabarito: Errada
RESOLUÇÃO
A questão tenta confundir informando sobre a ação de usucapião e a procedência do seu pedido. Mesmo
assim, falta o requisito da onerosidade a essa transmissão, não incidindo, portanto, o ITBI.
Gabarito: Errada
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RESOLUÇÃO:
Preste atenção que há 2 imóveis a serem partilhados, perfazendo uma soma patrimonial de 100 mil reais.
Havendo meação, cada um ficaria com 50 mil reais e não haveria tributação sobre essa transmissão.
Mas foi do interesse do casal pactuar de forma diferente, até para preserva-los com os imóveis, ou por
qualquer outro motivo. Resolveram que um ficaria com 60 mil (valor do imóvel) e outro com 40 mil (valor do
outro imóvel). A questão informa também que essa divisão não se deu de forma gratuita; uma parte
indenizou a outra por ter ficado com um imóvel de maior valor. Feito esse breve relato, vamos às assertivas:
A - Esse é o valor da indenização, não guardando qualquer relação com o valor do bem transmitido.
B – Não será sobre ambos os imóveis. O excesso de meação se deu sobre o valor do imóvel que ficou com o
ex marido. Esse foi o fato gerador do tributo.
C – Esse é o gabarito! A base de cálculo foi justamente o excesso e a transmissão foi onerosa (vide a
indenização paga).
D – Estaria correta caso não houvesse previsão de indenização ou de qualquer outra contraprestação.
Gabarito C
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Notário lavra escritura pública de venda e compra e oficial do registro de imóveis registra a escritura de
venda e compra sem que tenha sido apresentada guia de recolhimento de Imposto sobre Transmissão de
Bens Imóveis por ato "inter vivos" – ITBI. Tal situação poderá acarretar
a) nulidade da escritura de venda e compra.
b) nulidade do registro.
c) irregularidade no registro.
d) responsabilidade tributária solidária do tabelião, do oficial de registro e do sujeito passivo do ITBI.
e) responsabilidade civil e penal do tabelião e do oficial de registro pela omissão na fiscalização do imposto
devido na venda e compra.
RESOLUÇÃO:
A consequência de tal ato é a responsabilidade solidária (sem benefício de ordem, portanto) do tabelião, do
oficial de registro e do sujeito passivo do IBTI.
Gabarito D
RESOLUÇÃO:
A assertiva começa correta, ressaltando a progressividade do ITCD em que pese seu caráter real e ainda
acerta sobre o IPTU. Mas, como vimos, a jurisprudência é firme em afastar essa progressividade para o ITBI.
Logo, assertiva errada.
Gabarito: Errado
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RESOLUÇÃO:
Essa imunidade que estudamos se aplica apenas ao ITBI, constituindo, dessa forma, imunidade específica!
As outras imunidades previstas no texto constitucional se aplicam a todos os impostos, por isso, são
chamadas de genéricas.
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
A – Correto! Resume bem muito do que vimos até agora sobre o ITBI. A operação foi de transmissão onerosa,
o que atrairia o ITBI, mas ocorreu pois a C&C estava se retirando da sociedade, o que configuraria imunidade
afastando o ITBI, mas a adquirente tem como atividade preponderante a atividade imobiliária e, por fim,
isso excepciona a imunidade, atraindo o ITBI, a ser devido no Município da situação do bem.
E - Haverá incidência do ITBI, pois a atividade preponderante da C&C Negócios Imobiliários Ltda é a compra
e venda de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica.
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Gabarito A
RESOLUÇÃO:
(RE 168110, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Primeira Turma, julgado em 04/04/2000, DJ
19-05-2000 PP-00020 EMENT VOL-01991-01 PP-00087)
Gabarito: Errada!
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Compete aos municípios instituir impostos sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso
ou gratuito, de bens móveis e imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis,
inclusive os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição.
C) Certo
E) Errado
RESOLUÇÃO:
A questão busca confundir quem leu apressadamente no meio da prova inserindo a possibilidade de
transmissão gratuita dos bens no rol de fatos geradores inerentes ao ITBI.
Gabarito Errado
RESOLUÇÃO:
O exemplo dado pela questão não é incomum no mundo real. As partes pactuaram a transmissão entre elas,
mas o adquirente somente registrou no cartório de registros de imóveis 2 anos depois.
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STF já se pronunciou algumas vezes no sentido que o momento do fato gerador é o momento do registro,
uma vez que ele que representa a transmissão da propriedade do imóvel.
E se dentro desses 2 anos houvesse uma enorme valorização do imóvel por qualquer motivo, o valor da base
de cálculo ia considerar a realidade fática no momento do registro, que é o momento de ocorrência do fato
gerador.
Gabarito C
RESOLUÇÃO:
Dentre todas as hipóteses mencionadas, a única que escapa da incidência do ITBI é a doação, que faz nascer
a obrigação de pagar o ITCMD de competência dos estados.
Gabarito A
C) Certo
E) Errado
RESOLUÇÃO:
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no
Registro de Imóveis.
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Um contrato de compra e venda é um contrato preliminar que ainda não transferiu a propriedade.
Gabarito Errado
C) Certo
E) Errado
RESOLUÇÃO:
Essa transmissão ocorreu em virtude de uma extinção de pessoa jurídica e como a questão informa tratar-
se de uma transportadora, dá para presumir que sua atividade preponderante não é imobiliária.
Gabarito Errado
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D) Trata-se de hipótese expressamente tratada pela legislação federal como situação de isenção de ITBI, em
relação à diferença de valores observada.
E) O ITBI incide apenas sobre transferências em valor superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) quando
realizadas para aporte de capital em empresa.
RESOLUÇÃO:
O valor do imóvel supera o valor utilizado em realização de capital, logo, essa diferença vai ser tributada com
o ITBI.
A norma imunizante protege da tributação os imóveis utilizados para compor o capital social das empresas
no limite dessa operação, tendo o STF fixado a seguinte tese sobre o assunto:
A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: "A imunidade em relação ITBI, prevista no inciso I do § 2º
do art. 156 da Constituição Federal, não alcança o valor dos bens que exceder o limite do capital social a ser
integralizado"
Gabarito B
RESOLUÇÃO:
Ou seja, quando alguém morre e sua herança é transmitida aos seus sucessores não há cobrança desse
imposto, mas sim do ITCMD estadual.
Mas perceba que a questão nos traz uma cessão do direito de receber a herança, e não o recebimento da
herança em si.
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Os bens deixados pelo falecido são considerados em conjunto como um bem imóvel, por expressa
determinação do Código Civil:
(...)
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
Ainda que o STF tenha autorizado o uso de alíquotas progressivas para o ITCMD com fundamento no
princípio da capacidade contributiva e que a doutrina recomende a aplicação desse princípio em toda
tributação, ainda temos que nos basear na seguinte súmula para fins de provas de concurso, simplesmente
pelo fato de que ela ainda não foi revogada.
Espera-se a evolução desse entendimento em linha com o que foi definido em relação ao ITCMD, mas, por
enquanto, o ITBI não pode ter alíquotas progressivas.
Gabarito D
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João, proprietário de um imóvel com acesso à praia, pretende instituir uma servidão de passagem em favor
de Jorge, para que este possa acessar a referida praia diretamente. Jorge se compromete a pagar,
parceladamente, o valor do referido negócio jurídico, dando, em hipoteca, um terreno de sua propriedade
para garantir o adimplemento.
Acerca da incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e do Imposto de Transmissão Causa
Mortis e Doações (ITCMD) nesse cenário, assinale a afirmativa correta.
A) Tanto sobre a instituição de servidão de passagem quanto sobre a instituição da hipoteca incide ITBI.
B) Sobre a instituição de servidão de passagem incide ITBI; sobre a instituição da hipoteca não incide
qualquer imposto de transmissão.
C) Sobre a instituição de servidão de passagem não incide qualquer imposto de transmissão; sobre a
instituição da hipoteca, incide ITBI.
D) Sobre a instituição de servidão de passagem incide ITCMD; sobre a instituição da hipoteca, incide ITBI.
E) Tanto sobre a instituição de servidão de passagem como sobre a instituição da hipoteca, incide ITCMD
RESOLUÇÃO:
As servidões são direitos reais sobre imóveis previstos no Art.1225 do Código Civil,
II – transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
E considerando a onerosidade de sua instituição, está compreendida no âmbito da tributação por meio do
ITBI.
CC Art. 1.225
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
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VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XIII - a laje.
Gabarito B
C) Certo
E) Errado
RESOLUÇÃO:
Exatamente isso!
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no
Registro de Imóveis.
Gabarito Certo
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C) haverá incidência do imposto, a ser recolhido no município da localização do bem, se ficar comprovado
que a atividade da empresa extinta, na venda de bens imóveis, superou 50% de sua receita operacional, nos
dois anos anteriores à sua extinção.
D) não haverá incidência do imposto, nada sendo devido ao município da sede da empresa extinta, se for
apurado que essa deixou de exercer atividade há mais de 2 anos, antes da data regular de sua extinção.
E) não haverá incidência do imposto somente se, no município da localização do bem, houver lei municipal
isentante que favoreça os interesses da Metalúrgica Ferro-For
RESOLUÇÃO:
A questão afirma tratar-se de uma metalúrgica, o que sugere atividade preponderante não imobiliária.
Não há muitos detalhes sobre a operação ou sequência de operações que resultaram na saída do imóvel do
patrimônio da imobiliária, mas a questão expressamente afirma que ele foi adquirido pela empresa
metalúrgica "tendo em vista a extinção" da Lar LTDA.
Ainda que se possa ponderar qual caminho esse imóvel seguiu, a questão nos informa que ele foi transmitido
em decorrência de uma extinção de pessoa jurídica e o adquirente não tem como atividade preponderante
a compra e venda, locação ou arrendamento mercantil de imóveis.
Gabarito A
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C) a exigência é incorreta, pois o fato gerador do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI)
somente ocorre com a efetiva transferência da propriedade imobiliária, que se dá mediante o registro da
compra e venda no cartório de registro de imóveis.
D) a exigência do tabelião é correta, pois o ITBI incide sobre a transmissão de bens imóveis a qualquer título,
sendo o imposto devido desde o momento da assinatura do instrumento particular de compra e venda.
RESOLUÇÃO:
Trata-se de situação relativamente frequente muitas vezes sustentada por leis municipais ainda inadequadas
ao entendimento do STF sobre o momento de ocorrência do fato gerador do ITBI.
O tabelião não deveria agir dessa forma, pois estaria cobrando o recolhimento de um imposto cujo fato
gerador ainda não ocorreu.
Gabarito C
43. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual (SEFAZ
AL)/2021
Acerca dos impostos atribuídos aos municípios, julgue o próximo item.
Se uma empresa do ramo de supermercados incorporar outra do mesmo ramo e ambas estiverem localizadas
no mesmo município, o imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI) não incidirá na operação, em razão
da localização das empresas.
C) Certo
E) Errado
RESOLUÇÃO:
Aqui temos uma transmissão imobiliária decorrente de uma incorporação de empresa por outra,
devidamente protegida por norma imunizante.
Gabarito Errado
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RESOLUÇÃO:
A lei municipal vai determinar se quem adquire o bem ou direito real vai ser o contribuinte ou quem o
transmite.
Usucapião é forma de aquisição originária da propriedade, sem que ocorra efetivamente uma transmissão,
tampouco onerosa.
Não se trata de um tributo pessoal, mas sim de um tributo real, incidente sobre uma coisa sem levar em
consideração as peculiaridades do indivíduo que vai pagar o imposto.
A base de cálculo é o valor venal do imóvel, e na verdade quase sempre esse valor está bem diferente do
valor na escritura.
Gabarito A
RESOLUÇÃO:
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II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
A transferência do imóvel para o patrimônio da empresa em realização de capital está protegida por
imunidade.
Gabarito A
José é proprietário de um imóvel e pretende aliená -lo a Marcos. Marcos, então, sugere a José que eles
constituam uma pessoa jurídica tão somente com a finalidade de reduzir os seus encargos, uma vez que a
compra do imóvel por si está sendo bastante onerosa. Marcos idealizou a criação de um Lava Jato de Veículos
Automotores, o qual, de fato, não funcionará. Marcos, então, irá integralizar o capital com o valor
correspondente ao imóvel, enquanto José fará a integralização com o próprio imóvel. Após alguns meses,
nas instruções de Marcos, a sociedade poderia ser desfeita e a troca efetivada. Marcos sairia com o imóvel
e José com o valor relativo ao mesmo, sem maiores consequências.
A) embora exista imunidade quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação ao patrimônio
de pessoa jurídica, em realização de capital, a situação narrada é ilícita e ensejará a cobrança do imposto
com as respectivas penalidades pela utilização de meio fraudulento para a desoneração tributária.
B) embora exista isenção quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação ao patrimônio de
pessoa jurídica, em realização de capital, a situação narrada é parcialmente ilícita e ensejará a cobrança do
imposto com as respectivas penalidades pela utilização de meio fraudulento para a desoneração tributária.
C) existe previsão jurídica para a imunidade quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação
ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital, o que torna a situação narrada lícita. Uma vez
que a atividade preponderante é a lavagem e higienização de veículos automotores, o imposto não poderá
ser cobrado.
D) embora exista isenção quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação ao patrimônio
de pessoa jurídica, em realização de capital, a situação narrada é parcialmente ilícita e ensejará a cobrança
das respectivas penalidades, mas não do imposto, uma vez que atividade preponderante é a lavagem e
higienização de veículos automotores.
E) existe previsão jurídica para a imunidade quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação
ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital. Contudo, é importante frisar que esta apenas
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será possível quando a atividade comercial for preponderantemente a compra e a venda de bens imóveis e
seus direitos reais, a locação de bens imóveis ou o arrendamento mercantil.
RESOLUÇÃO:
Estamos diante de 2 contribuintes espertinhos que pretendem disfarçar uma compra e venda por meio de
uma integralização de bem imóvel para o capital de empresa com posterior extinção da pessoa jurídica
constituída apenas com essa finalidade.
Ao fiscal é permitido desconsiderar essa simulação, tributando a essência do negócio jurídico promovido,
que, no caso é a compra e venda de um imóvel, aplicando ainda as sanções cabíveis para a conduta dolosa
com o intuito de fraudar a arrecadação tributária.
Gabarito A
Alternativas
A) o registrador não poderia ser responsabilizado tributariamente pelo não recolhimento do ITBI;
B) o valor de R$ 300.000,00 declarado por Mário goza da presunção de ser condizente com o valor de
mercado;
C) a apuração do valor venal do imóvel ocorre da mesma forma no ITBI e no IPTU;
D) o Fisco está correto em arbitrar unilateralmente o valor do imóvel em R$ 400.000,00, por ser este
efetivamente o valor médio de mercado de um imóvel similar naquela região;
E) o Fisco pode arbitrar previamente a base de cálculo do ITBI deste imóvel com respaldo em valor de
referência por ele estabelecido unilateralmente em pauta genérica de valores venais aplicável a todos os
imóveis do Município.
RESOLUÇÃO:
A) É comum nas legislações municipais a previsão de responsabilidade tributária para o registrador nos casos
de não recolhimento do ITBI.
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B) Está certo! Veja o Tema Repetitivo nº 1113 do STJ que firmou a seguinte tese:
Isso não significa que o valor declarado vai ser sempre a base de cálculo do ITBI, mas significa que se o Fisco
quiser utilizar outro valor, deverá instaurar um processo administrativo para tanto.
Gabarito B
Se essa empresa não tivesse como atividade preponderante a locação de bens imóveis, não haveria a
incidência do imposto.
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
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fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;
Gabarito A
49. CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Auditor de Tributos Municipais - Tecnologia
da Informação
O imposto sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos (ITBI)
Alternativas
A) pode ter como sujeito passivo o adquirente ou o transmitente.
B) pode incidir sobre ato gratuito de transmissão de propriedade.
C) pode incidir no caso de usucapião.
D) tem como base de cálculo o valor da escritura do bem imóvel.
E) possui alíquotas progressivas, por se tratar de tributo pessoal.
RESOLUÇÃO:
O sujeito passivo do ITBI é determinado pelas próprias administrações municipais, já que o Código Tributário
Nacional não define quem deve pagar o imposto.
Gabarito A
50. CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-AL - Auditor Fiscal de Finanças e Controle de Arrecadação da
Fazenda Estadual
Acerca dos impostos atribuídos aos municípios, julgue o próximo item.
Se uma empresa do ramo de supermercados incorporar outra do mesmo ramo e ambas estiverem localizadas
no mesmo município, o imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI) não incidirá na operação, em razão
da localização das empresas.
Alternativas
Certo
Errado
RESOLUÇÃO:
Se uma empresa do ramo de supermercados incorporar outra do mesmo ramo e ambas estiverem localizadas
no mesmo município, o ITBI realmente não vai incidir, mas isso ocorrerá em virtude da existência de norma
constitucional vedando.
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
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Gabarito Errado
LISTA DE QUESTÕES
1. FGV - Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal (Cuiabá)/2016
Sobre o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), analise as afirmativas a seguir.
I. Caso a transmissão do bem imóvel ocorra sem o pagamento do ITBI devido, os tabeliães e escrivães ficam
solidariamente obrigados ao pagamento, relativamente aos atos por eles ou perante ele praticados, em
razão do seu ofício.
II. O pagamento do ITBI poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel, conforme autorização
constitucional.
III. O ITBI incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em
realização ou integralização de capital.
Assinale:
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a) De competência dos Municípios, o imposto incide sobre todas as transmissões inter vivos, a qualquer
título, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como sobre cessão de direitos a sua aquisição.
b) Incide sobre o valor venal do imóvel, no momento da lavratura da escritura de compra e venda, inclu-
sive sobre as benfeitorias porventura realizadas até tal momento pelo adquirente.
c) Não incide sobre a transmissão de bens imóveis para integralização de capital subscrito em empresas
dedicadas à venda e à locação da propriedade imobiliária.
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c) como não existiu o fato gerador do imposto, seu pagamento foi indevido e deve ser restituído ao
contribuinte dentro do prazo prescricional de 5 anos a contar do fato gerador.
d) muito embora o fato gerador não tenha ocorrido e seja indevido o pagamento do imposto, como o mesmo
foi pago não há como restituí-lo ao contribuinte.
e) foi devido o pagamento e não há direito à restituição, pois a definição legal do fato gerador independe da
validade e dos efeitos dos atos praticados.
Certo município, para ver aumentada sua arrecadação através do Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos
por ato oneroso de bens imóveis − ITBI, amplia a incidência do imposto sobre a alienação fiduciária de bem
imóvel. Esta medida é
a) perfeitamente válida, já que na alienação fiduciária a propriedade fiduciária já é transferida para o credor
fiduciário.
b) ilegal, pois não há transmissão onerosa de bem imóvel na alienação fiduciária, posto que a transmissão é
gratuita.
c) inconstitucional, pois a Constituição Federal exclui da regra matriz de incidência do ITBI os direitos reais
de garantia.
d) ilegal, enquanto direito real de garantia, pois só pode haver a incidência do ITBI com o registro da garantia
do cartório de registro de imóveis.
e) constitucional, pois a alienação fiduciária de bem imóvel é uma cessão de direito real de aquisição, passível
de tributação por ITBI se o negócio for oneroso.
As opções a seguir apresentam hipóteses sujeitas à incidência do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
por ato inter vivos e oneroso (ITBI – inter vivos), à exceção de uma. Assinale-a.
a) Transmissão, a qualquer título, de propriedade ou domínio útil de bens imóveis por natureza.
b) Transmissão, a qualquer título, de propriedade ou domínio útil de bens imóveis por acessão física.
c) Transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia.
d) Transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis para incorporação ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização ou integralização de capital.
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Segundo divisão de competências, os Municípios podem instituir o Imposto sobre Transmissão “inter-vivos”
de Bens Imóveis – ITBI e de direitos a eles relativos.
d) A diferença entre o valor da quota-parte material de um imóvel recebido por um ou mais condôminos, na
divisão para extinção de condomínio, e o valor de sua quota-parte ideal.
O imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição (ITBI) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital. Essa situação, conforme determinada pela Constituição Federal, caracteriza
hipótese de
a) isenção.
b) remissão.
c) imunidade.
d) anistia.
e) dação.
a) O referido imposto não pode incidir sobre pessoa jurídica que tenha como atividade preponderante a
locação de imóveis, ainda que no objeto social dessa pessoa jurídica exista a previsão de venda de imóveis.
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b) O disposto no Código Tributário Nacional acerca do ITBI foi parcialmente revogado pela CF, inclusive o
dispositivo que estabelecia a base de cálculo do referido tributo.
c) A alíquota do referido imposto não pode ser livremente estabelecida pelo município, ficando adstrita a
norma federal infraconstitucional.
d) Esse imposto pode ser instituído com progressividade nas suas alíquotas, nos moldes do IPTU, por ser
imposto real.
e) Esse imposto constitui tributo que incide sobre patrimônio imobiliário, sendo, portanto, um imposto real
e não pessoal. Dessa forma, ele não pode incidir sobre bens ou direitos incorporados ao patrimônio da
pessoa jurídica em realização de capital.
A empresa Celta S/A é sucessora, por cisão parcial, da Incorporadora Patrimonial S/A. A Celta incorporou ao
seu capital, um terreno que fora da cindida e que passou a integrar o seu patrimônio.
Ocorre que o Município lhe exige o pagamento de multa e juros de mora pelo não recolhimento do Imposto
de Transmissão de Bens Imóveis.
Nesse caso
a) é indevida a exigência do Fisco Municipal, já que não há incidência de juros e multa de mora, por não
existir na hipótese a obrigação de pagar o imposto.
b) é devida a exigência do Fisco Municipal, eis que a empresa cindida é Incorporadora, sendo esta uma regra
de exceção.
c) é cabível a exigência do ITBI, no caso de o terreno ter sido objeto de projeto de incorporação que foi
posteriormente cancelado.
d) é indevida a exigência do Fisco Municipal, já que não há incidência de juros e multa de mora sem prévia
notificação do devedor.
e) é possível exigir o pagamento do ITBI da empresa Celta, se ficar provado que a Patrimonial S/A se dedicava
à compra e venda de imóveis.
a) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI não
incide sobre enfiteuse, servidão e usufruto.
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b) A base de cálculo do Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis – ITBI é o valor venal dos bens imóveis transmitidos.
c) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI incide
sobre anticrese, hipoteca e penhor.
d) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI pode
ser exigido em razão de promessa de compra e venda.
a) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI não
incide sobre enfiteuse, servidão e usufruto.
b) A base de cálculo do Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis – ITBI é o valor venal dos bens imóveis transmitidos.
c) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI incide
sobre anticrese, hipoteca e penhor.
d) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI pode
ser exigido em razão de promessa de compra e venda.
Considerando que uma autarquia federal que não vise à exploração da atividade econômica e não cobre
tarifa ou preço por serviços prestados tenha adquirido um prédio para instalação de sua administração no
DF, julgue o item que se segue, relativo a essa situação hipotética, à competência tributária e às regras de
limitação dessa competência.
Caso o prédio em questão seja vendido para uma pessoa física, essa operação ficará sujeita ao pagamento
de ITBI, uma vez que a limitação do poder de tributar não mais se aplicará.
( ) Certo
( ) Errado
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a) incorretamente, visto que não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à
homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à exclusão total ou parcial do crédito.
b) incorretamente, visto que a base de cálculo do ITBI e do IPTU são as mesmas, tendo como fundamento o
valor venal do imóvel, não podendo haver diferença na forma de apuração, sobretudo por ser feita pelo
mesmo município.
c) corretamente, pois a modificação da base de cálculo do imóvel, introduzida de ofício pela fiscalização,
embora modifique os critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento,
pode ser efetivada em relação a um mesmo sujeito passivo quanto a fato gerador ocorrido anteriormente à
sua introdução.
d) incorretamente, dado que a utilização por parte do fisco do arbitramento depende de autorização judicial,
haja vista haver invasão do Estado na esfera privada do contribuinte.
e) corretamente, pois no caso do ITBI tem-se como ponto de partida para a determinação de sua base de
cálculo o valor da alienação do imóvel. Este funciona, no caso, como uma declaração de valor feita pelo
contribuinte, que pode ser ou não aceita pelo fisco, aplicando-se, na hipótese de divergência, o arbitramento,
nos casos e condições estipulados pela legislação.
d) lei municipal pode prever alíquotas progressivas com base no valor do imóvel.
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A empresa Alfa atua no ramo de locação de veículos e incorporou um imóvel no valor de R$ 1.000.000,00 ao
seu patrimônio em realização de capitais. Por conta dessa operação viu-se forçada a recolher aos cofres
públicos o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis – ITBI, pela alíquota de 4% sobre o valor do bem.
Inconformada, a empresa ingressou com ação de repetição de indébito pela qual objetiva a repetição do
valor que entende indevido.
c) procedente, visto que a alíquota aplicada não tem previsão em Resolução do Senado Federal.
Um auditor de contas verificou que determinados municípios estavam deixando de auferir receita de ITBI
em operações nas quais imóveis eram incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas, mas para uso próprio
de particulares, o que ocorria com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo.
a) a autoridade administrativa poderá desconsiderar o referido negócio jurídico e realizar a exação tributária.
b) não há previsão legal para a autoridade administrativa desconsiderar o negócio jurídico realizado.
c) não será possível realizar a exação do ITBI, haja vista a inocorrência do fato gerador.
d) somente decisão judicial poderá desconsiderar o negócio jurídico e determinar a exação tributária.
e) a decisão judicial não poderá desconsiderar o referido negócio jurídico em respeito ao ato jurídico
perfeito.
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Acerca do Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos por ato oneroso de bens imóveis − ITBI, é correto afirmar
que
a) não há incidência tributária de ITBI na transmissão de bens imóveis decorrente de integralização de capital
social pelo sócio, por não haver subsunção deste fato à respectiva hipótese de incidência.
b) nunca incide sobre transmissão de bens imóveis decorrente de fusão, incorporação ou cisão de pessoa
jurídica.
c) há isenção em caráter geral nas hipóteses de reversão do patrimônio da pessoa jurídica para os sócios em
virtude de extinção da pessoa jurídica.
e) se a atividade preponderante da adquirente for a compra e venda de bens imóveis haverá imunidade na
transmissão de imóveis decorrente de fusão, incorporação ou cisão de pessoa jurídica.
Suponha que a empresa X, que explora atividade de arrendamento mercantil, incorporou a empresa Y,
sendo-lhe transmitida a propriedade dos bens móveis e imóveis da segunda empresa. Nesse caso,
a) não incide ITBI, posto que a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão e
extinção de pessoa jurídica é imune ao referido imposto.
b) incide ITBI, pois o fato de a adquirente explorar atividade de arrendamento mercantil afasta a imunidade
do mencionado tributo sobre a transmissão de bens de direitos decorrente de incorporação.
c) não incide ITBI, visto que a exação do referido imposto pressupõe a presença de pessoas físicas nos polos
da relação jurídico-tributária, já recai sobre a transmissão inter vivos.
d) a responsabilidade tributária da empresa X abrange os tributos, não alcançando as multas, posto que a
penalidade tem caráter pessoal e não pode ser transferida para quem não cometeu infração.
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a) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI incide,
via de regra, sobre a incorporação de bens ao patrimônio de pessoa jurídica, para realização de capital.
b) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI pode
ser exigido da propriedade adquirida por usucapião.
c) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI é de
competência do Município da situação do bem.
d) O Imposto sobre a Transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis – ITBI
poderá ter alíquotas progressivas.
Caso uma pessoa adquira bem imóvel em hasta pública pelo valor de R$ 370.000,00, mas a avaliação judicial
tenha atribuído a esse bem o valor de R$ 335.000,00, o cálculo do ITBI incidente sobre essa transação deverá
de ser feito com base no valor alcançado na arrematação.
( ) Certo
( ) Errado
a) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre
imóveis, exceto os direitos reais de garantia.
b) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre
imóveis, inclusive os direitos reais de garantia.
c) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a transmissão, a qualquer título, da propriedade de bens
imóveis, por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil.
d) É fato gerador do ITBI, de competência municipal, a cessão de direito à transmissão, a qualquer título, do
domínio útil de bens imóveis, por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil.
e) É fato gerador do ITBI, de competência estadual, a cessão de direito à transmissão de direitos reais de
garantia sobre imóveis.
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Considere que Ana transfira a Beatriz, sua irmã, um de seus imóveis urbanos, por ato gratuito. Nessa
hipótese, deve incidir o imposto sobre a transmissão de bens imóveis, de competência dos municípios.
( ) Certo
( ) Errado
Incide o imposto sobre transferência de bens imóveis − ITBI ao final da ação de usucapião, quando o pedido
é julgado procedente e o requerente obtém a propriedade imobiliária.
( ) Certo
( ) Errado
Nos autos de uma ação de divórcio, os ex-cônjuges, casados em regime de comunhão total de bens, dividiram
o patrimônio total existente da seguinte maneira: o imóvel situado no Município X, no valor de R$ 60.000,00,
pertencerá ao ex-marido, o qual indenizará pelo excesso de meação a ex-esposa em R$3.500,00. Quanto ao
imóvel situado no Município Y, no valor de R$ 40.000,00, pertencerá à ex-esposa.
a) Sobre a base de cálculo no valor de R$ 6.500,00 incidirá o ITCD, de competência do Estado, e sobre a base
de cálculo no valor de R$3.500,00 incidirá o ITBI de competência municipal.
b) O tributo a ser recolhido será o ITBI, sobre ambos os imóveis, cada qual para o município de localização
do bem.
c) O tributo a ser recolhido será o ITBI, de competência do Município, e incidirá sobre a base de cálculo no
valor de R$ 10.000,00.
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d) O tributo a ser recolhido será o ITCD, de competência do Estado, e incidirá sobre a base de cálculo no valor
de R$ 10.000,00.
e) Não há tributo a ser recolhido, pois, como o regime de casamento era o da comunhão total de bens, não
há transferência de bens, mas simples repartição do patrimônio comum de cada ex-cônjuge.
No que se refere aos impostos sobre a transmissão de bens e direitos, analise a seguinte assertiva:
O STF declarou a inconstitucionalidade da progressividade do ITCD, dado o seu caráter real, na esteira da
jurisprudência firmada quanto à progressividade do IPTU e do ITBI.
( ) Certo
( ) Errado
Notário lavra escritura pública de venda e compra e oficial do registro de imóveis registra a escritura de
venda e compra sem que tenha sido apresentada guia de recolhimento de Imposto sobre Transmissão de
Bens Imóveis por ato "inter vivos" – ITBI. Tal situação poderá acarretar
b) nulidade do registro.
c) irregularidade no registro.
e) responsabilidade civil e penal do tabelião e do oficial de registro pela omissão na fiscalização do imposto
devido na venda e compra.
Possui imunidade específica, observadas as condições estabelecidas pela Constituição Federal, o imposto
sobre
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a) serviços (ISS).
A pessoa jurídica Vivere Empreendimentos Imobiliários Ltda. era formada por três sócias: C&C Negócios
Imobiliários Ltda., Sua Casa Ltda. e José Souza (pessoa física.) As atividades preponderantes das sócias
pessoas jurídicas são, respectivamente, a compra e venda, a construção e a locação de bens imóveis. Em
razão de questões societárias, a sócia C&C Negócios Imobiliários Ltda. retirou-se da sociedade. O pagamento
das cotas sociais da sócia retirante foi procedido mediante a dação em pagamento de bens imóveis que
compunham o capital social da Vivere Empreendimentos Imobiliários Ltda. Considerando que os referidos
imóveis são diversos daqueles integralizados inicialmente pela C&C Negócios Imobiliários Ltda. para a
constituição da sociedade, é correto afirmar que a operação:
a) Constitui fato gerador do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis), sendo o tributo devido ao
Município em que estejam sediados os bens imóveis.
b) Não constitui fato gerador do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis), em razão de regra de
imunidade expressa que proíbe a tributação sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital.
c) Constitui fato gerador do ITCMD (Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), sendo o tributo
devido ao Município em que esteja sediada a doadora, no caso, Vivere Empreendimentos Imobiliários Ltda.
d) Constitui fato gerador do ITCMD (Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), sendo o tributo
devido ao Estado em que esteja sediada a doadora, no caso, Vivere Empreendimentos Imobiliários Ltda.
e) Não constitui fato gerador do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis), em razão de regra de
isenção expressa no Código Tributário Nacional que proíbe a tributação sobre a transmissão de bens ou
direitos decorrentes da extinção de pessoa jurídica, ainda que parcial.
Considerando as limitações do poder de tributar e os impostos dos estados e do DF, julgue o item que se
segue.
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De acordo com a CF, são isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência
de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, não incidindo, portanto, ITBI sobre títulos da dívida
agrária por terceiro adquirente.
( ) Certo
( ) Errado
C) Certo
E) Errado
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C) Certo
E) Errado
C) Certo
E) Errado
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E) O ITBI incide apenas sobre transferências em valor superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) quando
realizadas para aporte de capital em empresa.
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Acerca da incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e do Imposto de Transmissão Causa
Mortis e Doações (ITCMD) nesse cenário, assinale a afirmativa correta.
A) Tanto sobre a instituição de servidão de passagem quanto sobre a instituição da hipoteca incide ITBI.
B) Sobre a instituição de servidão de passagem incide ITBI; sobre a instituição da hipoteca não incide
qualquer imposto de transmissão.
C) Sobre a instituição de servidão de passagem não incide qualquer imposto de transmissão; sobre a
instituição da hipoteca, incide ITBI.
D) Sobre a instituição de servidão de passagem incide ITCMD; sobre a instituição da hipoteca, incide ITBI.
E) Tanto sobre a instituição de servidão de passagem como sobre a instituição da hipoteca, incide ITCMD
C) Certo
E) Errado
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convence Tício (o vendedor) a tornar o compromisso de compra e venda público mediante escritura pública
devidamente lavrada. No momento da lavratura da escritura, contudo, o tabelião exige como condição para
a realização do ato a comprovação do pagamento do imposto municipal sobre transmissão de bens imóveis
por ato inter vivos (ITBI). A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar, com base na legislação e na
jurisprudência tributárias nacionais, que
A) a exigência do tabelião é correta, pois, embora o ITBI não incida no momento da assinatura do
instrumento particular de compra e venda, é suficiente para a ocorrência do fato gerador do imposto a
lavratura de escritura de compromisso de compra e venda.
B) a exigência do tabelião é correta, pois os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício são
responsáveis solidariamente pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em
caso de omissão.
C) a exigência é incorreta, pois o fato gerador do imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI)
somente ocorre com a efetiva transferência da propriedade imobiliária, que se dá mediante o registro da
compra e venda no cartório de registro de imóveis.
D) a exigência do tabelião é correta, pois o ITBI incide sobre a transmissão de bens imóveis a qualquer título,
sendo o imposto devido desde o momento da assinatura do instrumento particular de compra e venda.
43. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual (SEFAZ
AL)/2021
Acerca dos impostos atribuídos aos municípios, julgue o próximo item.
Se uma empresa do ramo de supermercados incorporar outra do mesmo ramo e ambas estiverem localizadas
no mesmo município, o imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI) não incidirá na operação, em razão
da localização das empresas.
C) Certo
E) Errado
44. CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Tributos Municipais (Pref Aracaju)/Abrangência Geral/2021
O imposto sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos (ITBI)
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Quanto ao segundo imóvel, realizou sua transferência ao patrimônio de pessoa jurídica de que é sócio, em
realização de capital.
Quanto ao terceiro imóvel, em que reside, instituiu direito real de laje, a título gratuito, em favor de seu
irmão José, para que este pudesse construir sua residência sobre a laje do imóvel em que João reside.
Diante desse cenário e das hipóteses de incidência do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por
Ato Inter Vivos) e do ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) previstas na Constituição
Federal de 1988, assinale a afirmativa correta.
A) Sobre a constituição de hipoteca em favor do Banco 100% S/A não incide ITBI.
B) Sobre a instituição do direito de laje em favor de seu irmão José não incide ITCD.
C) Sobre a instituição do direito de laje em favor de seu irmão José incide ITBI.
D) Sobre a transferência de imóvel para o patrimônio de pessoa jurídica de que João é sócio, em realização
de capital, incide ITBI.
E) Sobre a transferência de imóvel para o patrimônio de pessoa jurídica de que João é sócio, em realização
de capital, incide ITCD.
José é proprietário de um imóvel e pretende aliená -lo a Marcos. Marcos, então, sugere a José que eles
constituam uma pessoa jurídica tão somente com a finalidade de reduzir os seus encargos, uma vez que a
compra do imóvel por si está sendo bastante onerosa. Marcos idealizou a criação de um Lava Jato de Veículos
Automotores, o qual, de fato, não funcionará. Marcos, então, irá integralizar o capital com o valor
correspondente ao imóvel, enquanto José fará a integralização com o próprio imóvel. Após alguns meses,
nas instruções de Marcos, a sociedade poderia ser desfeita e a troca efetivada. Marcos sairia com o imóvel
e José com o valor relativo ao mesmo, sem maiores consequências.
A partir da situação hipotética narrada, é correto afirmar que(,)
A) embora exista imunidade quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação ao patrimônio
de pessoa jurídica, em realização de capital, a situação narrada é ilícita e ensejará a cobrança do imposto
com as respectivas penalidades pela utilização de meio fraudulento para a desoneração tributária.
B) embora exista isenção quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação ao patrimônio de
pessoa jurídica, em realização de capital, a situação narrada é parcialmente ilícita e ensejará a cobrança do
imposto com as respectivas penalidades pela utilização de meio fraudulento para a desoneração tributária.
C) existe previsão jurídica para a imunidade quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação
ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital, o que torna a situação narrada lícita. Uma vez
que a atividade preponderante é a lavagem e higienização de veículos automotores, o imposto não poderá
ser cobrado.
D) embora exista isenção quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação ao patrimônio
de pessoa jurídica, em realização de capital, a situação narrada é parcialmente ilícita e ensejará a cobrança
das respectivas penalidades, mas não do imposto, uma vez que atividade preponderante é a lavagem e
higienização de veículos automotores.
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E) existe previsão jurídica para a imunidade quanto ao ITBI na transmissão de bens e direitos na incorporação
ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital. Contudo, é importante frisar que esta apenas
será possível quando a atividade comercial for preponderantemente a compra e a venda de bens imóveis e
seus direitos reais, a locação de bens imóveis ou o arrendamento mercantil.
Alternativas
A) o registrador não poderia ser responsabilizado tributariamente pelo não recolhimento do ITBI;
B) o valor de R$ 300.000,00 declarado por Mário goza da presunção de ser condizente com o valor de
mercado;
C) a apuração do valor venal do imóvel ocorre da mesma forma no ITBI e no IPTU;
D) o Fisco está correto em arbitrar unilateralmente o valor do imóvel em R$ 400.000,00, por ser este
efetivamente o valor médio de mercado de um imóvel similar naquela região;
E) o Fisco pode arbitrar previamente a base de cálculo do ITBI deste imóvel com respaldo em valor de
referência por ele estabelecido unilateralmente em pauta genérica de valores venais aplicável a todos os
imóveis do Município.
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49. CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Auditor de Tributos Municipais - Tecnologia
da Informação
O imposto sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos (ITBI)
Alternativas
A) pode ter como sujeito passivo o adquirente ou o transmitente.
B) pode incidir sobre ato gratuito de transmissão de propriedade.
C) pode incidir no caso de usucapião.
D) tem como base de cálculo o valor da escritura do bem imóvel.
E) possui alíquotas progressivas, por se tratar de tributo pessoal.
50. CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-AL - Auditor Fiscal de Finanças e Controle de Arrecadação da
Fazenda Estadual
Acerca dos impostos atribuídos aos municípios, julgue o próximo item.
Se uma empresa do ramo de supermercados incorporar outra do mesmo ramo e ambas estiverem localizadas
no mesmo município, o imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI) não incidirá na operação, em razão
da localização das empresas.
Alternativas
Certo
Errado
GABARITO
1. A
2. D
3. B
4. E
5. C
6. D
7. E
8. C
9. E
10. A
11. A
12. B
13. CERTO
14. E
15. B
16. A
17. A
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18. D
19. B
20. C
21. CERTO
22. ANULADA
23. ERRADA
24. ERRADA
25. C
26. D
27. ERRADA
28. C
29. A
30. ERRADA
31. ERRADO
32. C
33. A
34. ERRADO
35. ERRADO
36. B
37. A
38. D
39. B
40. CERTO
41. A
42. C
43. ERRADO
44. A
45. A
46. A
47. B
48. A
49. A
50. ERRADO
RESUMO
O fato gerador do ITBI previsto na Constituição Federal pode ser resumido assim:
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O CTN, em consonância com a ordem constitucional vigente à época em que foi redigido ainda prevê a
tributação da transmissão de bens imóveis unificada na mão dos estados, mas a CF 88 determinou a
separação entre o ITBI e o ITCMD, da seguinte forma:
A efetiva transmissão de um imóvel ocorre apenas no momento do registro do título translativo no cartório
de registro de imóveis competente.
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Elaboração do contrato
Escritura de Compra e Venda
Pactuado livremente Averbaçao da aquisição
entre as partes. Perante o Cartório de na Matrícula
Notas.
Perante o Cartório de
O título aquisitivo de Registro de Imóveis.
propriedade já existe,
mas ainda não foi Aqui temos a
levado a registro. transmissão efetiva do
imóvel.
Seu FG compreende a transmissão de bens imóveis, a transmissão de direitos reais sobre bens imóveis
(salvo os de garantia) e a cessão de direitos à aquisição de bens imóveis.
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O imposto deve ser recolhido no Município onde se encontra o imóvel objeto de transmissão e o
contribuinte pode ser tanto o transmitente quanto o adquirente, a depender da lei municipal.
Há imunidade específica protegendo da tributação a integralização de bem no capital social da empresa até
o limite do valor realmente integralizado. Também não incide o ITBI nos casos de fusão, incorporação, cisão
ou extinção de pessoa jurídica.
Essa imunidade não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a
venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.
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