Doce Garota IV - Caramelws, Stacye
Doce Garota IV - Caramelws, Stacye
Doce Garota IV - Caramelws, Stacye
Dedicató ria
Playlist
Gatilhos
Pró logo - Cameron Styles
Rebecca Styles
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Epílogo
Os Herdeiros da Supremacia Styles
A Teoria dos Sonhos
Carta da Autora
Entã o, adeus?
Conheça Mais da Supremacia Styles
Copyright © 2024 Stacye Caramelws
EDITORA FRUTO PROIBIDO
É proibida a reproduçã o total e parcial desta obra de qualquer forma ou
quaisquer meios eletrô nicos, mecâ nico e processo xerográ fico, sem a
permissã o da autora. (Lei 9.610/98)
Essa é uma obra de ficçã o. Os nomes, personagens, lugares e
acontecimentos descritos na obra sã o produtos da imaginaçã o da
autora. Qualquer semelhança com nomes e acontecimentos reais é mera
coincidência.
REVISÃO:
Gabriella Revisõ es
CAPA|
DIAGRAMAÇÃO:
Larissa Chagas
Lchagasdesign
ILUSTRAÇOES:
Edu Brasil
Mery Arts
Camila
SUMÁ RIO
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Capítulo 01
Capítulo 02
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Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
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Capítulo 11
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Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
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Os Herdeiros da Supremacia Styles
A Teoria dos Sonhos
Carta da Autora
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Dedicatória
A você, que aguardou ansiosamente o momento
em que poderia cruzar as pernas durante a leitura.
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Gatilhos
Este livro aborda assuntos como violência física, verbal e grá fica,
assassinato, uso de drogas ilícitas (com e sem consentimento), consumo
de á lcool por menores, porte de armas, destruiçã o de propriedade,
sequestro, citaçã o de tentativa de suicídio e mençã o dos crimes de:
pedofilia, assédio e lutas ilegais.
Se quaisquer dos citados acima for perturbador ou um possível gatilho,
sugiro que nã o dê sequência a sua leitura e priorize a si mesmo e a sua
saú de mental.
_______________________
Cameron William Styles
Presidente
Dono da Supremacia
______________________
Rebecca Styles
Vice-presidente
Dona de Cameron
Cameron e Rebecca estavam destinados a ficarem juntos há
décadas que sempre levavam a tragédias.
Mas o que um dia foi tristeza e dolorosas perdas passou a ser
sonhos conectados pela ligação de almas entre a nerd
diabética e o capitão do time, que eram inimigos de infância.
E eles se tornaram o início da Supremacia Styles.
Saiba que eu morreria por você.
Amor, eu morreria por você.
A distâ ncia e o tempo entre nó s nunca
vã o me fazer mudar de ideia, pois, amor…
Eu morreria por você.
Eu mentiria por você.
É sério: eu mataria por você, meu amor.
Nã o é nada demais: eu morreria por você.
Die For You – The Weeknd
Prólogo - Cameron Styles
Oslo, Noruega
Casa de Campo da Monarquia da Noruega
9 de janeiro, sá bado, 14:55
Era o dia do meu casamento e eu nã o poderia estar mais ansioso.
Ela seria minha, totalmente minha.
Eu me encarei no espelho, vestindo um terno azul-escuro para
que o modista fizesse os ú ltimos ajustes no paletó , e ele começou a falar
onde precisaria fazê-los, mas minha mente nã o focava nada que nã o
fosse a minha noiva.
Nã o sabia se era possível, mas a cada dia que passava ela ficava
ainda mais linda.
Essa semana havia sido de longe a pior para mim; um selinho me
fazia querer explodir, mas nã o de qualquer forma: explodir dentro dela,
com ela, depois dela, que seja!
E isso me deixava louco.
Era impossível explicar como venci os mais sombrios dos meus
desejos de prensá -la contra a parede ou jogá -la no sofá e amá -la de todas
as formas imagináveis no escritó rio.
—… O que achou? — questionou o homem, arrancando-me de
meus pensamentos.
— Ó timo — eu me apressei em dizer.
Olhei o reló gio em meu pulso, vendo que marcava quinze horas.
Em três horas começaria a cerimô nia. Papai e avô William me olharam,
segurando a risada.
— Licença — tio Miles, irmã o de minha mã e, pediu ao entrar na
sala —, um bando de garotos chegou e estã o exigindo a sua presença.
Estiquei minhas costas e sorri.
— Pode recebê-los, pai? — pedi.
Ele concordou e seguiu Miles para fora da sala.
Rebecca estava em uma casa pró xima a de campo. Eu, os meus
tios e os dela nos arrumaríamos aqui, mas os meninos do time haviam
planejado uma surpresa para minha noiva, o que foi recomendado por
Natalie, para que a noiva nã o ficasse com a maquiagem borrada logo na
entrada da cerimô nia.
Eu sabia que, além dos nossos convidados, ela almejava ter um
determinado grupo de garotos presente e nã o me limitei apenas em
trazer o time, mas Neji, Lana, Calleb e Jace, em um combinado com o rei
Erick.
Depois de trocar de roupa, desci as escadas.
— Eles vã o se casar! — Peter anunciou.
Os outros começaram a gritar e falar alto e juntos.
Eles se aproximaram de mim e começaram a pular como se fosse
a comemoraçã o de uma vitó ria. E, para mim, era.
— Irmã o, estou muito feliz por vocês — Peter declarou.
— Aquele drama todo para no final vocês se casarem e nã o
surpreenderem a ninguém — Josh provocou, bagunçando meu cabelo.
— O que a capitã fez para mudar suas ideias absurdas de nã o se
casar com ela? — Eric questionou.
— Trancou ele em um quarto e veio para a Noruega — Andrew
anunciou.
O time de imediato ficou em silêncio, olhando para mim em busca
de uma resposta.
— Sério? — Peter questionou.
Balancei a cabeça concordando, mesmo que contra a minha
vontade.
Peter olhou Josh, em seguida o time todo trocou olhares e
explodiram em risadas altas.
— Caralho, a capitã é demais! — disse Eric.
— Orgulho da minha irmã zinha — Peter afirmou.
— Espero que Calleb nã o saiba disso — Josh se prontificou
enquanto limpava os olhos por ter rido demais.
— E como você saiu do quarto? — Adam questionou, rindo.
— E ela ainda roubou as chaves dele — Andrew acrescentou.
O time voltou a gargalhar, nem mesmo meu pai e avô
conseguiram resistir.
Acabei rindo também, agora era engraçado me lembrar da minha
mulher agindo daquela forma, e nunca duvidei de que ela fosse capaz de
fazer algo parecido.
— Certo, certo — falei em voz alta. — Prestem atençã o, caralho!
— ordenei, todos ficaram em silêncio e me olharam. — Hoje é o dia do
meu casamento, terá bebidas, muitas bebidas, e vocês quando ficam
bêbados brigam muito entre si. — Eu os olhei seriamente — Nã o quero
saber de brigas… hoje — acrescentei. — Estamos entendidos?
— Sim, capitã o — todos concordaram.
Eu me aproximei de Adam, Eric e Brian, que eram os maiores do
time e os que mais brigavam, principalmente entre si.
— Estamos entendidos? — repeti, encarando-os.
— Sim, capitã o — disseram em uníssono.
— Ó timo, agora preciso falar com pessoas piores que vocês —
comentei.
— Como isso é possível? Quem sã o? — Peter quis saber.
Eu o olhei.
— Meus tios e os de Rebecca — disse, olhando papai, que acabou
rindo.
Saí da sala em que estávamos e segui para outra.
Fumaça de charutos e o alto falató rio inundavam o lugar. Todos
bebiam alguma coisa, fosse whisky, conhaque, vodca ou outras bebidas.
— Chegou o noivo! — Dave, tio de Rebecca, anunciou.
Eles começaram a me saudar com animaçã o e, à medida que me
abraçavam, bagunçavam meu cabelo, brincando comigo de alguma
forma.
— Preciso falar com vocês — avisei, abaixando a mú sica do Guns
N' Roses que estava tocando, assim tendo a atençã o de todos. — Hoje é
meu casamento e nã o quero saber de confusã o, brigas ou coisas do tipo.
Isso vale até para depois que eu e Rebecca nã o estivermos mais aqui. A
monarquia está de olho em nó s.
— Nã o somos crianças — meu tio materno Frederick protestou,
levantando-se com o charuto em mã os.
— Deixe o garoto falar, seu idiota! — Dickson, o tio materno mais
velho, o interrompeu.
— Se os irmã os de sua mã e se comportarem, nã o teremos
problemas — Rolland, irmã o de meu pai, alertou, sendo seguido pelas
concordâ ncias dos meus outros tios paternos.
— É o casamento da minha sobrinha e afilhada, se vocês sã o
crianças demais para estarem aqui, talvez devessem ir embora —
Benjamin, tio paterno de Rebecca, comentou sarcasticamente.
Suspirei. Minha futura esposa era exatamente assim.
Os tios de Rebecca se envolveram quando tio Thomas começou a
discutir com Benjamin. Passei as mã os nos cabelos, a ponto de explodir.
Thomas foi para cima de Benjamin, que lhe deu um soco. Marcus
e William me olhavam a espera de uma reaçã o, assim como meu pai e
meu sogro, que deixaram claro que o que eu decidisse seria a palavra
final, talvez porque era o meu dia e o de minha noiva.
Marcus estendeu uma arma para mim, como se tivesse lido os
meus pensamentos. Peguei a arma de sua mã o e disparei três tiros em
garrafas de bebidas diferentes, que explodiram na mesma hora, fazendo
barulhos que ultrapassavam os da confusã o.
Todos me olharam com olhos arregalados.
— Qualquer que seja a confusã o entre vocês, independentemente
de ter algum conflito mal resolvido, que se foda! É meu casamento,
porra!
— Eles que…
— E nenhum — continuei — problema pode chegar até minha
noiva. Se vocês nã o podem deixar a confusã o de lado pelo menos por
hoje, estã o convidados a se retirar. Nada pode dar errado hoje, nada!
Devolvi a arma para Marcus e, impacientemente, saí da sala.
Rebecca Styles
Em suas últimas horas como senhorita Malik…
Uma conversa de mã e e filha e outra de pai e filha tinham me
distraído um pouco, mas eu estava nervosa.
Muito nervosa.
Nã o era medo ou vergonha.
Pelo contrá rio, eu queria vê-lo, queria dizer sim, queria ouvir
seus votos, falar os meus e, enfim, tê-lo como meu marido.
E, para ser sincera, estava tudo perfeito, mas ainda sentia a falta
de algumas pessoas.
Suspirei, estando estranhamente sozinha em uma sala, com
algumas coisas em meus cabelos para fazer o penteado. A maquiagem
seria feita em breve, pelo que fui avisada.
— Senhorita Nogueira Malik, temos uma surpresa — Natalie
anunciou, entrando.
— Temos? — questionei, virando-me para olhá -la e a vendo com
Nicolly e Astrid.
Astrid ergueu uma venda, com um sorriso maroto nos lá bios.
— Eu odeio vocês.
— E o problema é todo seu — Nicolly rebateu.
Eu me levantei, rendendo-me logo, porque retrucar só me faria
perder tempo.
A venda foi colocada e eu caminhei de acordo com os
direcionamentos de Natalie e Nicolly, que estavam uma de cada lado
meu.
Uma porta foi aberta, mas tudo estava em silêncio. Tive a certeza
de que entrei na sala.
— Pronta? — Astrid quem questionou.
— Ora, pelo amor de Deus, o que há de tã o importan…
A venda foi desamarrada e eu os vi.
Sem acreditar.
E se nã o fosse pelos gritos e abraços, eu ainda estaria parada.
Eles estavam lá .
Peter, Josh, Adam, Brian, Eric, Calleb, Neji, Jace e Lana.
Os meninos do time pularam em mim com tanta animaçã o, que
os demais tiveram que esperar.
— Eu nã o acredito, eu nã o acredito! — afirmei, abraçando-os.
Abracei Peter e Josh novamente e comecei a rir quando vi que
estavam usando robes pink. Eles se viraram e vi que estava escrito
“Amigo dos Noivos” nas costas. Abracei os outros, vendo que também
usavam robes.
— Nã o perderíamos isso por nada — Peter anunciou.
— Com certeza, nã o. Mas vamos nos arrumar em outra sala, só
queríamos te ver antes para nã o borrar a maquiagem — Josh disse,
abraçando-me outra vez.
— Ordens de Natalie — Lana afirmou.
— E ela estava certa — admiti, limpando os olhos outra vez. —
Agora sim, tudo está perfeito.
01 - Cameron
Capítulo 01 - Cameron Styles
Em meia hora chegamos à casa de campo da realeza, mas nã o pude ver
como estava a decoraçã o do casamento pois a mesma regra de Rebecca
se aplicava para mim.
Nã o via a hora de abraçar Rebecca como minha esposa, beijá -la
como minha mulher, tocá -la… Meu coraçã o disparou e minhas mã os
suaram só de pensar em tocar cada parte de seu corpo, beijar os lugares
que mais desejava beijar, saciar a minha vontade dela. Eu precisava dela,
do seu corpo, do seu toque e… Como precisava.
Estava em abstinência dela e isso me deixava louco.
— Querido? — mamã e chamou, abrindo um pouco a porta.
Eu me dei conta de que estava parado diante do espelho,
totalmente imó vel.
— Te chamei três vezes, nã o me ouviu?
— Quer a verdade? — brinquei, olhando-a através do espelho.
— A poucos minutos do seu casamento? Prefiro nã o saber o que
te impediu de me ouvir, pelo bem da minha alma — ela brincou de volta.
Eu me juntei a ela nas risadas, mas logo meu corpo ficou tenso e ansioso.
— Como se sente estando prestes a casar?
— Um pouco nervoso — admiti.
Mamã e me fez olhar para ela, puxando levemente meu queixo
com os dedos.
— Vocês se sairã o muito bem — afirmou, porque já havíamos
tido nossa conversa. — Está pronto? Sua noiva está perfeita! — Mamã e
disse animada, e seus olhos marejaram.
— Eu te amo, mã e. Obrigado por tudo. — Eu a abracei mais uma
vez e a ouvi fungar.
— E eu te amo, filho. Sabe que, sempre que precisar, pode me
chamar. — Ela me olhou e arrumou minha gravata. — Mas se vocês
brigarem, tratem de se resolver, e nada de envolver as famílias.
— Ah, mã e — comecei, aos risos —, acredito que teremos ó timas
formas de nos resolvermos.
— Garoto, seu abusado! — ela me acusou, aos risos.
Beijei seu rosto, me olhei uma ú ltima vez no espelho e estendi o
braço para ela.
Mamã e respirou fundo, enlaçou o braço no meu e seguimos porta
afora.
Descemos as escadas e meus tios aplaudiram quando me viram.
— Senhores Styles — Violet, assistente de Astrid, nos chamou. —
É hora de vocês entrarem.
Concordei, balançando a cabeça, e mamã e me olhou.
— Pronto?
— Nunca me senti tã o pronto — afirmei a vendo sorrir.
As enormes portas se abriram, e pude ver a decoraçã o do salã o. O
casamento nã o pô de ser ao ar livre devido ao frio rigoroso da Noruega.
As cores seguiam no azul claro e escuro em uma harmonia
incrível, até mesmo os integrantes da banda contratada usavam azul.
Estava espetacular, majestoso e glorioso.
Nã o fazia ideia de como esconderam tudo de minha noiva, mas
Astrid havia conseguido. Nossas famílias me olhavam juntamente com o
time, que pareciam crianças animadas tentando se conter e estavam tã o
felizes que parecia ser o dia deles, mas percebi que Peter e Josh nã o
estavam ali.
Paramos para as fotos e eu sorri imaginando a entrada da futura
senhora Styles.
E foi pensando nisso que parei em meu lugar, ao lado do
celebrante. Depois disso, as demais entradas se passaram rapidamente.
Primeiro, meu pai e minha sogra. Em seguida, Elliot com Natalie, que
segurava as lá grimas e sorria sem parar; ela estava linda. Apó s eles,
vieram Nicholas e Felicity, parecia que ele já havia chorado antes de
entrar. Nicolly e Carter entraram sorridentes. Astrid e Andrew eram
majestosos, se posso dizer; ela estava radiante com o casamento que
havia planejado.
Uma explosã o de risadas foi ouvida quando Peter e Josh (eu devia
ter suspeitado), entraram como floristas, com uma mú sica animada
tocada pela banda.
Eles estavam quase saltitando de animaçã o. Peter fez questã o de
jogar flores em cima de Calleb, em provocaçã o, e Josh em Lana com a
mesma intençã o.
Foi impossível nã o rir, mas logo fiquei tenso. Meu coraçã o
começou a bater tã o aceleradamente que alguém pró ximo poderia ouvir.
Ela estava vindo. A minha noiva.
Tentei controlar minha respiraçã o, mas tinha me tornado incapaz
daquilo.
Esperei ansiosamente por esse momento e aqui estávamos nó s,
tã o perto de mudarmos nossas vidas.
Limpei o canto dos olhos e respirei fundo.
A mú sica Kiss Me do Ed Sheeran, na versã o instrumental,
começou e todos se levantaram.
As portas se abriram. Quando ela apareceu, me faltou ar, e eu nã o
sabia mais como respirar, como falar, como sentir qualquer coisa que
nã o fosse venerá -la.
Nã o conseguia ver ninguém além dela.
Ao me olhar, ela sorriu com os olhos marejados.
Tentei segurar ao má ximo as lá grimas e falhei.
Ela estava linda, perfeita, deslumbrante e radiante.
Minha noiva, minha futura esposa.
Eu me deixei chorar, nã o me importava com mais nada. Era
apenas eu e ela.
Um sorriso se misturou à s lá grimas de felicidade e realizaçã o.
Os meninos do time choravam, assim como Andrew, Carter,
Nicholas e Elliot.
Natalie era sustentada por Elliot, caso contrá rio teria desabado
de chorar.
Os novos primos de Rebecca choravam, assim como seus tios e os
meus.
Ela parou pró ximo de mim com Owen, que beijou sua testa,
pegou a mã o dela e a entregou para mim, para ser minha. Toquei sua
mã o e a beijei, fechando os olhos em uma tentativa de me controlar, e
precisei de pelo menos cinco segundos imó vel.
— Ainda sou o quarterback insuportável? — sussurrei, fungando,
e ela sorriu.
— Sempre. O meu quarterback insuportável — ela afirmou,
sorrindo, e passou os dedos em meus olhos molhados pelas lá grimas.
O celebrante começou apó s Rebecca entregar o buque a Natalie.
Depois de todo o ritual da cerimô nia, chegou o momento que me
tirou o sono de ontem para hoje: os votos.
Nã o tinha conseguido escrever muita coisa, e o que escrevi, sabia
de cor. Rebecca nã o parecia ter escrito nada também.
— Posso começar? — questionou baixinho, olhando para mim.
— Claro, amor.
Ela sorriu, pegando o microfone, respirou fundo e se virou,
ficando de frente para mim.
— É meio irô nico a forma que vou começar a falar, mas… eu nã o
pretendia me casar — ela iniciou, fazendo todos rirem. —
Principalmente com Cameron William Styles, o teimoso, à s vezes
egocêntrico, capitã o do time e reizinho de Liberty. — Rimos juntos. — E
é tã o irô nico pensar em nossa histó ria. Lembra quando fui dormir na
sua casa com Natalie e você sujou meu rosto com chantily enquanto eu
dormia? — Gargalhei com a lembrança. — E como vingança, coloquei
tanta pimenta no seu suco de uva que você até passou mal, e eu fiquei
bem arrependida.
— Mas nã o pediu desculpas — relembrei, fazendo-a rir.
— E pensar que depois de anos, quando nos reencontramos,
ainda tentávamos manter as implicaçõ es e o falso ó dio aceso, porque era
a ú nica forma de conseguirmos falar sem deixarmos estampados os
nossos sentimentos. Mesmo você sendo teimoso e adorando uma
confusã o — Meus olhos marejaram, apesar do meu sorriso —, eu nã o
me arrependo, Cameron, de nada que fiz para que essa relaçã o desse
certo. Dos sofrimentos, das brigas, das lá grimas, porque o amor nã o é só
flores, é um sentimento que à s vezes pode doer. Mas eu, Rebecca Malik,
nã o apagaria nenhum momento de nossas vidas. Eu te amo hoje,
amanhã , depois e até o fim, porque eu nã o me vejo sem você. Uma vez
você me deu um colar de chave que guardo até hoje, mas quem abriu o
caminho para mim foi você. Um caminho de amor, de carinho, de
cuidado, de leveza e tantas outras coisas maravilhosas. Você, Cameron, é
a minha chave. O amor da minha vida.
Limpei o rosto outra vez e beijei sua mã o.
— Eu te amo — sussurrei, pegando o microfone.
Respirei fundo para me recompor, nã o entendendo quando foi
que fiquei tã o emotivo.
— Eu escrevi diversas vezes o que parecia bom de falar, mas
nenhuma palavra escrita foi o suficiente. Sempre soube que te amava, de
alguma forma sabia, mesmo indo parar no hospital por ter tomado suco
com pimenta ou você quase quebrando meu nariz depois de eu ter
falado que meninas nã o jogavam futebol. — Todo o lugar foi invadido
por altas risadas. — Mas tive a certeza quando te reencontrei. Foi
assustador começar a sonhar com a minha inimiga de infâ ncia, mas nã o
tã o assustador quanto o sentimento de saudade e necessidade que senti
de você. Eu tinha uma falsa certeza de que sabia o que era me apaixonar
por alguém, mas quando começamos a namorar, mesmo que de mentira
— Ela sorriu — entendi que nunca tinha me apaixonado. Você é, e
sempre será , meu primeiro e ú nico amor, a mulher mais incrível do
universo. Posso prometer inú meras vezes que vou te amar, cuidar de
você, te proteger e, mesmo assim, nã o será um terço do que de fato vou
fazer. Eu te amo, futura senhora Styles, hoje e para sempre. E vou te
amar todos os dias, até quando você quiser quebrar uma garrafa na
minha cabeça ou me usar de alvo para tiros. — Os meninos e,
principalmente, os familiares de Rebecca gargalharam. — Você, Rebecca,
foi a chave da minha vida em uma situaçã o complicada demais, sempre
será minha chave e terá a chave do meu coraçã o, porque ele foi feito para
você e para ninguém mais.
Ouvimos os aplausos quando nos abraçamos, beijei seu rosto e
sequei suas lá grimas.
— As alianças, por favor — o celebrante pediu.
Uma mú sica de agentes começou a tocar e nos viramos para ver
como seria a entrada. Isaac e Ryan, de ternos pretos, entraram como os
seguranças de Natasha, que estava de vestido branco. Os três usavam
ó culos escuros. Os meninos abaixaram os ó culos no meio da passarela,
observando cada convidado, e caminharam até nó s. Isaac parou na
frente de Natasha, abrindo os braços para que ela colocasse a maleta
preta em cima enquanto Ryan se mantinha na posiçã o de segurança.
Natasha me entregou a caixinha com as alianças, que entreguei ao
celebrante, e os três saíram ao som da mú sica e das risadas.
Todos, em concordâ ncia, acompanharam a oraçã o do celebrante,
que segurava as alianças em um ato simbó lico, as quais me entregou em
seguida.
— Você, Cameron William Styles, promete, diante de Deus e
destas testemunhas, receber Rebecca Nogueira Malik como sua legítima
esposa, para viver com ela, conforme as leis de Deus sobre o casamento?
— Sim, prometo — disse, olhando-a nos olhos.
— Promete amá -la, honrá -la, cuidar dela na saú de ou na doença,
na riqueza ou na pobreza, e manter-se fiel a ela até que a morte os
separe?
— Sim, prometo.
Ele pediu para que eu repetisse suas palavras, que foram:
— Ao colocar essa aliança em seu dedo, uso-a como símbolo de
nossa uniã o. Nossos coraçõ es tornam-se ú nicos, assim como nossa vida.
Você agora é participante de todos os meus bens e parte da minha
caminhada. — E coloquei a aliança em seu dedo anelar da mã o
esquerda.
Ele olhou Rebecca e entregou a aliança. Ela tocou minha mã o,
piscando algumas vezes para nã o chorar.
— Você, Rebecca Nogueira Malik, promete, diante de Deus e
destas testemunhas, receber Cameron William Styles como seu legítimo
esposo, para viver com ele, conforme as leis de Deus sobre o casamento?
— Sim, prometo — disse, fitando-me e sorrindo.
— Promete amá -lo, honrá -lo, cuidar dele na saú de ou na doença,
na riqueza ou na pobreza, e manter-se fiel a ele até que a morte os
separe?
— Sim, prometo.
E foi a vez de Rebecca repetir as palavras:
— Ao colocar essa aliança em seu dedo, uso-a como símbolo de
nossa uniã o. Nossos coraçõ es tornam-se ú nicos, assim como nossa vida.
Você agora é participante de todos os meus bens e parte da minha
caminhada. — E colocou a aliança em meu dedo.
— Eu, perante a lei de Deus e do homem, vos declaro casados.
Pode beijar a noiva.
Envolvi meu braço em sua cintura, inclinei-a para baixo e a beijei
enquanto ouvia, literalmente, fogos de artificio.
Casados, finalmente casados.
— Aeeee, amarraram o capitã o! — Peter anunciou e o time
todo gritou, fazendo todos rirem alto.
— Só a nossa capitã para fazer um milagre desses — Josh
completou, e eles se levantaram, dando um grito de guerra improvisado.
Foi impossível nã o cair na risada.
Assinamos o contrato de casamento e nossas testemunhas
fizeram o mesmo. Saímos com os convidados jogando pétalas azuis e o
time gritando elogios.
— Por aqui — Violet pediu quando chegamos no fim da passarela
e nos guiou até uma sala decorada para as fotos dos noivos. — Astrid
pediu um local para as fotos dos noivos, mas depois vocês tirarã o fotos
no local da cerimô nia, com as famílias, amigos e padrinhos, para depois
poderem aproveitar a festa, a pedido da princesa.
Rebecca, minha esposa, abriu um sorriso.
— Que ó tima ideia — comentou.
— Sim, depois poderemos ficar à vontade e aproveitar a festa —
eu disse.
Todas as fotos foram feitas depois do combinado com a equipe
organizadora das fotos e todos os nossos convidados aceitaram a
organizaçã o para tirar as fotos antes de começarem a beber e comer, e
foi mais rá pido do que esperávamos.
— Minha esposa. — Estendi a mã o para Rebecca, que estava
sentada apó s a ú ltima foto tirada, que foi com os meninos do time.
— Meu esposo. — Ela sorriu e selou nossos lá bios.
Seguimos com Violet, que nos interrompeu, para o terceiro salã o,
que era maior que o da cerimô nia, onde estava acontecendo a festa.
As cores eram as mesmas de toda a decoraçã o, e tínhamos
lugares específicos para nó s. A mú sica alta já tocava e os convidados
estavam comendo e bebendo.
O time fez a maior bagunça quando chegamos, mesmo sendo os
ú ltimos a nos verem.
— Você está linda, capitã — Josh elogiou e a abraçou.
— Eu amo vocês! — Calleb nos abraçou em conjunto.
— Eu desejo toda a felicidade para vocês, estou muito feliz
porque você trouxe de volta o Cameron que conheci há um bom tempo
— Lana disse, abraçando Rebecca e me abraçando em seguida.
Amávamos cada pessoa de Liberty que estava ali, mas era difícil
dizer mais que um obrigado a todos. Exceto quando Peter se aproximou.
— Nã o sei como explicar o quanto estou feliz por vocês — ele
iniciou, abraçando-me e, quando olhou para Rebecca, começou a chorar
enquanto dizia algumas coisas para ela.
— Agora você é uma Styles, sua traíra — Isaac chegou acusando e
me olhou. — Você fez isso, maluco. — E deu um soco leve em minha
barriga.
— Um tapa e eu te desmonto, garoto — eu disse, dando um tapa
em sua cabeça.
— Vocês dois nã o param nunca — Rebecca disse, rindo e
abraçando o irmã o.
— A noiva vai jogar o buquê — Natalie anunciou, gritando, e
puxou Rebecca até o centro do salã o.
As solteiras se juntaram atrá s de Rebecca e os meninos, a maioria
sendo namorados das que estavam atrá s do buque, se aproximaram de
mim.
Olhamos para a minha esposa e, quando ela jogou o buquê, foi
direto para as mã os de Astrid, que olhou Andrew. Tirei minha gravata e a
coloquei em volta de seu pescoço, o que foi necessá rio para todos
gritarem sem parar e o time pular em Andrew.
Quando ele conseguiu sair do meio da bagunça dos meninos, foi
na direçã o de Astrid e a beijou. Rebecca voltou para mim, sorrindo.
— Acho que eles serã o os pró ximos — comentou em tom de
brincadeira e me abraçou de lado.
— Tenho a mesma sensaçã o. — Passei os dedos em seu rosto.
Paramos para comer, cortamos o bolo, tomamos champanhe com
os braços entrelaçados e depois paramos na pista de dança quando
começou a mú sica da Beyoncé que eu e o time dançamos na entrada do
ú ltimo jogo que Rebecca viu antes de ir para Stanford.
O DJ anunciou a dança dos noivos.
Começou a mú sica Perfect no instrumental, e começamos a
dançar. É ramos apenas nó s. Poderia ficar aqui para sempre, admirando-
a, adorando-a. Minha esposa era perfeita!
Capítulo 02 - Cameron Styles
Domingo, 04:22
O frio da ausência do corpo de Rebecca me fez acordar
instantaneamente. Ela estava sentada com os pés para fora da cama,
prendendo um lençol sobre o corpo.
— Amor — eu a chamei, abrindo os olhos por completo, e passei
os dedos em suas costas nuas —, está tudo bem?
— Sim, sim, nã o queria te acordar — murmurou, levantando-se,
mas se sentou novamente.
— Está passando mal? — Eu me sentei, preocupado.
— Nã o consigo ficar em pé direito — ela disse, aos risos. —
Minhas pernas estã o um pouco bambas — comentou, virando-se para
me olhar — e acho que a culpa é sua — acusou. — Nã o ficaram assim na
hora, mas agora…
Sorri, concordando, e a puxei para selar nossos lá bios.
Eu estava sorridente, e nã o tinha como nã o ficar: eu havia me
casado com a mulher mais incrível do mundo, e nossa primeira vez foi
espetacular; tã o espetacular que, quando saí da cama e me levantei,
minhas pernas tremeram antes de se firmarem bem no chã o. Coloquei o
meu roupã o preto e me aproximei dela.
— Ei, nã o se preocupe. — Ela se levantou e firmou as pernas no
chã o depois de alguns segundos. — Vou tomar banho e comer alguma
coisa, estou faminta e muito bem.
— Fui descuidado com você — admiti, caminhando até ela, e
acariciei sua nuca.
— Do que está falando? — questionou, afastando-se para colocar
o robe.
— Eu simplesmente adormeci, nã o perguntei se você estava bem
ou se te machuquei. Me desculpe, eu quase nã o conseguia lembrar qual
era meu nome.
— Me machucar? — Ela me abraçou pela cintura.
— Sim. — Suspirei. — Doeu? Foi bom? Eu…
— Cam. — Ela sorriu. — Foi perfeito. A médica com que passei na
Noruega disse que nã o era para doer, poderia causar desconforto e seria
normal se eu sangrasse, mas, nã o sei, eu estava tã o à vontade… E,
sinceramente, depois do que aconteceu na casa de campo da realeza, eu
só conseguia pensar no quanto queria mais de você. Mas a resposta é:
nã o, nã o doeu.
— E como você está se sentindo?
— É um pouco estranho, porque foi algo totalmente novo e eu
estou dolorida, só que… nunca pensei que pudesse ser tã o gostoso.
Suas bochechas coraram, e ela abaixou a cabeça.
— Nunca, em hipó tese alguma, deixe de ser safada comigo por
vergonha — exigi. — Você é minha e eu quero tudo de você. Suas
fantasias, seus desejos, suas vontades, seus luxos, seu tesã o, tudo —
falei, e ela olhou em meus olhos. — E que nenhum homem pense em
tocar em você ou falar de você, porque eu juro que vou matar qualquer
filho da puta que sonhar com a minha mulher.
E sim, aquilo era uma promessa. Eu colocaria fogo no homem que
pensasse em fazer algo com ela. Destruiria qualquer um e iria até o
inferno por essa mulher!
— Nada disso será necessá rio, meu amor — afirmou. — E todas
as minhas fantasias, desejos e vontades, nã o vou te contar.
Franzi o cenho, mas ela continuou:
— Faremos tudo juntos.
— Gosto disso — admiti, beijando-a.
— Só que, agora, vou tomar um banho.
— E eu vou junto.
Ela sorriu, soltando-se de mim, e concordou, demonstrando sua
satisfaçã o ao me ouvir. Entrou no banheiro e, depois de alguns minutos,
saiu.
— Estou enchendo a banheira, acha que dá tempo de fazermos
algo para comer?
— Sim, claro. A banheira desliga sozinha depois que enche no
limite certo, e mantém a á gua aquecida.
— Ó timo, porque estou com fome. — Ela arrumou o robe e me
olhou. — Você nã o?
— Estou. Preciso comer agora pra te comer depois — afirmei,
seguindo-a.
— Cretino, safado e sem vergonha — xingou enquanto andava,
com aquela bunda deliciosa rebolando em minha frente.
Eu a abracei pela cintura enquanto caminhávamos até a cozinha.
Nã o queria soltá -la por nada, mas acabei cedendo quando começamos a
preparar nossos mistos quente.
— Jesus — murmurei quando me sentei ao lado dela e puxei sua
cadeira para ficar colada à minha. — Eu quero você o tempo todo —
afirmei, beijando sua bochecha.
Ela riu e beijou meu ombro.
— Soube que atirou em copos de vidro hoje antes da cerimô nia e
quase desconvidou nossos tios — ela iniciou, e eu comecei a tossir.
— Quem foi o desgraçado que te contou?
— Meu tio Dave, depois de cinco caipirinhas — explicou.
— Desculpe, Dave nã o é um desgraçado.
— Ele nã o resiste a uma fofoca — ela disse de forma brincalhona
enquanto terminava de comer.
— Nossos tios sã o teimosos e adoram confusã o. Thomas e
Benjamin discutem por qualquer coisa, mas eles se comportaram.
Ela ficou me olhando por alguns segundos e riu.
— Do que está rindo, senhora Styles?
— Fiquei confusa se você estava descrevendo nossos tios ou você
mesmo — explicou.
— Engraçadinha — resmunguei, apertando suas bochechas.
— Idiota — disse, dando um tapa em minha mã o.
— Gostosa. — Ela tentou se manter séria, mas começou a rir. —
Amor, estou muito feliz por você ter ido até o fim com o que seu coraçã o
mais desejava, com o seu propó sito — mudei de assunto; ela sorriu e
beijou minha bochecha.
— Eu também estou muito feliz, e saber que você me esperou
durante todo esse tempo, que se segurou mais do que imaginava… —
Rimos, e ela colocou a mã o em cima da minha. — Isso deixou tudo ainda
mais perfeito. — Ela beijou minha mã o.
Beijei sua testa e ela sorriu, com os olhos brilhando de felicidade.
— Mas agora — ela disse, levantando-se — devíamos subir, nã o
acha?
— Com toda a certeza do mundo.
Colocamos os pratos e copos na pia, eu a puxei pela cintura e
subimos. Seguimos direto para a banheira e a deixamos pronta para
nosso banho.
Entrei primeiro, para ajudá -la a entrar sem correr o risco de
escorregar. Olhei seu corpo por instantes, hipnotizado com sua beleza.
Passei as mã os em suas curvas antes de me sentar na banheira.
Ela prendeu os cabelos, fazendo um coque que deixava mechas soltas, e
se sentou entre as minhas pernas, de costas para mim.
— Eu queria ter feito isso inú meras vezes com você — comentou,
passando as unhas em meus braços.
— Sério? — Passei o nariz em sua nuca, sentindo-a se arrepiar.
— Sim. — Ela sorriu e apoiou suas costas em meu peitoral — Mas
viver isso nã o chega nem perto da imaginaçã o.
— Realmente, nã o chega nem perto — admiti, beijando sua nuca.
— Nã o tenho palavras para explicar o quanto te amo, o quanto sou louco
por você. Você é a melhor coisa que aconteceu em minha vida — disse,
apertando meu abraço.
Ela virou a cabeça para me olhar e selou nossos lá bios. Logo, todo
o seu corpo estava de frente e ela se sentou em meu colo, com uma
perna de cada lado.
— Você é tã o lindo — disse, acariciando meu rosto. — Nunca vou
me cansar de te admirar.
Ela passou os dedos em meus lá bios, contornando-os.
Seus olhos estavam atentos, e ela mexeu a cintura, fazendo-me
sorrir e entreabrir os lá bios. Seu olhar era carregado de malicia, suas
unhas arranharam minha nuca, e novamente ela se mexeu, sem desviar
os olhos de mim.
— Porra, Rebecca — sussurrei quando ela foi para frente e para
trá s em cima do meu pau enrijecido, e dei um tapa em sua bunda.
Ela me beijou, seus dedos se afundaram em meus cabelos, e seu
corpo se impulsionou um pouco para a frente, colando os seios contra o
meu peitoral.
Sempre soube que iria querê-la o tempo todo, ainda mais do que
quando ficávamos só nos beijos. Era diferente e uma realizaçã o fora do
normal estarmos nesse nível de intimidade.
Ela se arrumou em meu colo, fazendo com que eu sentisse sua
entrada.
— Ai, meu Deus — murmurei, com os lá bios pró ximos dos dela.
Seus lá bios começaram a descer em meu pescoço, e ela
movimentou a cintura de forma lenta e torturante outra vez.
— Você vai acabar comigo, Rebecca Styles — afirmei, com a
respiraçã o pesada.
Apertei sua bunda com força, pressionando-a contra o meu
corpo, e mesmo assim ela nã o parou de se esfregar, totalmente colada
em mim.
Eu a segurei pela cintura e deslizei para dentro dela, sentindo o
calor da excitaçã o tomar conta de todo o meu corpo, me deixando
quente e com mais desejo ainda.
— Rebola pra mim — sussurrei em seu ouvido, e ela estremeceu.
Ela começou a rebolar o quadril, devagarinho no começo. Dei
tapas em sua bunda e a agarrei, começando a fazê-la se movimentar um
pouco mais rá pido, de uma forma que ficasse ainda mais gostoso para
nó s.
— Você é deliciosa — eu disse, passando os lá bios em sua
clavícula.
Enquanto ela se empenhava em rebolar em mim, e seria apenas
em mim para sempre, comecei a massagear seus seios lentamente com a
língua.
Quando desci a mã o até seu clitó ris, ela gemeu e abriu mais as
pernas, me deixando ir mais fundo. Seus movimentos passaram a ser de
vai e vem, e comecei a me mexer junto com ela. Envolvi sua cintura com
meus braços, vendo a imagem gloriosa de Rebecca em cima de mim, tã o
poderosa e sedutora.
Em questã o de segundos, eu a levantei e a deitei na borda larga
da banheira, que formava um degrau, e comecei a ir mais rá pido e fundo
dentro dela, rebolando a cintura e a preenchendo. Eu a vi revirar os
olhos de prazer e apertar minha cintura quando atingiu o clímax.
Eu saí dela, ainda me esfregando em sua boceta, e cheguei ao
á pice, vendo o líquido escorrer em seu abdô men. Entã o, eu me deitei ao
seu lado.
— Caralho, amor…
Ela sorriu e se levantou para se limpar. Decidi tomar um banho
decente sob o chuveiro, porque se ela se sentasse no meu colo outra vez,
depois de nos recuperarmos…
Acabei rindo e me levantei para esvaziar a banheira.
Que sensaçã o incrível querer alguém o tempo todo. E amar
Rebecca, o sexo com ela, era tudo incrível pra caralho, do tipo que, se
nã o precisá ssemos do descanso e de energias a serem repostas,
poderíamos fazer isso sem pausas.
Desci os degraus da banheira e ela me olhou confusa.
— Vamos tomar banho nos chuveiros. Você sentada no meu colo
outra vez nã o vai dar certo.
— Meu Deus, Cameron — disse, aos risos.
Tomamos nosso banho e, sem pensar em se secar ou secar seus
cabelos, Rebecca se deitou na cama.
— Você está bem, meu amor?
— Estou exausta, e minhas pernas estã o ainda mais doloridas.
Meu ú ltimo resquício de forças foi embora durante o banho.
Passei os dedos em seu rosto. Ela estava com os olhos cansados, e
eu nã o podia culpá -la. Para uma primeira vez, Rebecca havia sido
incrível. Podia nã o saber o que fazer, mas se empenhou ao má ximo.
— Vou medir sua glicemia — eu a avisei.
— Ok — resmungou, com os olhos fechados.
Com cuidado, verifiquei como estava sua glicemia para que ela
pudesse dormir tranquilamente. Limpei o dedo no qual fiz o furo e
guardei as coisas, pois a diabete estava controlada.
Entã o, acariciei seu rosto e a observei. Com os segundos se
passando, ela adormeceu.
Sorri e tirei o roupã o molhado de seu corpo, arrumei-a na cama e,
depois de me secar, sequei seus cabelos. Ela abriu os olhos devagar,
quase os deixando fechados. Estava com uma carinha linda de
apaixonada e cansada. As bochechas coradas e o sorrisinho nos lá bios a
deixava ainda mais deslumbrante.
— Obrigada, amor — disse, com a voz fraca.
— Descanse, bê — pedi, beijando seu rosto.
Eu me deitei ao seu lado e a abracei. Beijei sua testa e apertei o
botã o que desligava as luzes.
E, sorrindo, com o meu mundo em meus braços, eu adormeci
prometendo a mim mesmo que ninguém, absolutamente ninguém além
de mim, tocaria na minha esposa. E eu a amaria com tudo de mim, com a
minha alma, a cada dia até o fim de nossas vidas.
Tudo sobre a supremacia Styles
O último sábado, 09, foi marcado pelo casamento da aluna de
Stanford, Rebecca Malik, que se tornou a mais nova senhora Styles.
Podemos dizer que seu casamento foi a nível de nobreza, sendo
feito na casa de campo da monarquia norueguesa, em Oslo, através de
uma provável amizade entre eles e os monarcas.
Em breve, teremos o casal Styles, Cameron e Rebecca, presentes no
campus. Muitos dizem que Cameron será o próximo capitão do time, e
contamos com isso, depois de tantas conquistas e títulos como capitão dos
Warriors, em Liberty, Los Angeles.
Será a primeira vez que teremos um casal jovem bilionário em
Stanford. Mal podemos esperar para desejarmos as boas-vindas a
Cameron e um ótimo retorno a Rebecca.
Por Rita Fletcher.
Segunda-feira, à s 10:21.
Capítulo 05 - Rebecca Styles
Acordei uma hora e meia depois de Cameron, que havia saído as cinco
da manhã para correr e, considerando que as aulas começavam à s oito,
eu teria tempo suficiente para me arrumar.
— Amor? — Ouvi sua voz do outro lado do box, era convidativa e
eu sabia o que viria logo a seguir.
— Nã o vou te deixar entrar — alertei de imediato e ouvi sua
risada.
— Só um pouquinho? Por favor? — pediu. — Eu quero você…
Ri de mim mesma.
Abri a porta do box e ele me olhou por inteira, já estando nu.
— Nã o posso me atrasar — avisei.
Ele sorriu e invadiu o lugar, vindo com os lá bios em direçã o aos
meus e me beijando. Senti a parede fria em minhas costas quando fui
pressionada e a mã o de Cameron desceu entre minhas coxas. Abri um
sorriso o abraçando pelos ombros.
Ele se inclinou um pouco para baixo, sem tirar os olhos de mim,
passou as mã os em minha bunda e em questã o de segundos me
levantou, com as minhas pernas apoiadas na curva entre seu braço e
antebraço. Minhas coxas estavam coladas contra o meu abdô men e o
senti me penetrar com calma.
— Ahn… — suspirei. — Cam…
Nã o conseguia mexer minha cintura pela posiçã o em que estava,
mas o sentia se movendo em vai e vem. Minhas costas deslizavam na
parede enquanto eu arranhava sua nuca e o beijava devagar. Comecei a
fazer o movimento de prende e solta com ele dentro de mim, e ele
gemeu contra os meus lá bios.
— Porra, Rebecca! — disse, com o tesã o deixando sua voz
embargada e rouca.
Mordi seu lá bio, mas precisei afastar nossas bocas quando o senti
crescendo e se mexendo mais rá pido. Eu estava perto, mas, entã o, ele se
afundou em mim e se retirou, deixando o líquido escorrer para o chã o.
Eu o puxei e o beijei, enquanto ele ainda ofegava.
Senti minhas pernas doerem quando ele me colocou no chã o. Ele
sorriu e ficamos abraçados por alguns segundos, até eu me soltar dele e
sair do banheiro.
Eu me sentia um pouco estranha porque nunca tinha acontecido
de apenas Cameron chegar no á pice e eu nã o, mas nã o podia pensar
naquilo agora. Suspirei, um pouco frustrada, rapidamente terminei o
banho, coloquei o roupã o e saí do banheiro.
Peguei o secador, me sentei no pufe grande que tinha na frente do
espelho do meu closet, liguei o aparelho e comecei a secar meus cabelos.
— Amor — Cameron chamou e parou atrá s de mim.
— O que foi? — perguntei, ao vê-lo me encarar seriamente.
— Você gozou?
Liguei o secador, fingindo nã o o ter ouvido.
— Amor. — Eu o ouvi chamar por cima do barulho do secador e,
entã o, ele o tirou da minha mã o, e o desligou. — Rebecca!
— Nã o, amor, nã o. Mas nã o temos tempo para isso, tenho que ir
para a faculdade e está tudo bem — afirmei.
Ele me entregou o secador.
— Nã o está tudo bem. Acha que faço as coisas incompletas? —
questionou, parando em minha frente e se abaixando diante de mim. —
Seque seu cabelo se conseguir — desafiou.
— Cam…
Ele agarrou minhas pernas e me puxou um pouco mais, abrindo-
as.
— Diga-me que nã o quer — disse beijando a parte interna de
minha coxa.
E começou a distribuir beijos nas duas, chegando cada vez mais
pró ximo de minha boceta.
— Amor… — sussurrei, desamarrando meu roupã o.
Ele sorriu, beijando meu clitó ris e passando a língua devagar por
ali, para logo começar a chupar. Mordi o lá bio, sentindo meu corpo todo
estremecer, e gemi quando sua língua me invadiu. Ouvi o barulho do
secador desligado contra o chã o quando meu aperto nã o foi tã o firme.
Apertei meu seio e movi meu quadril contra seus lá bios, me
sentindo molhada. Desci a mã o e puxei seu cabelo, sentindo dois de seus
dedos entrarem em mim. Cameron mexia a língua em movimentos
circulares e enlouquecedores enquanto seus dedos se moviam em vai e
vem. Eu me contorci, apertando o pufe, e arqueei as costas, rebolando
em sua boca.
Olhei para baixo e vi quando sua mã o desocupada foi para o seu
pau, se masturbando.
— Cameron…
Mordi o lá bio, nã o conseguindo resistir, e quando pedi por ele,
gozei em sua boca e ele chupou meu clitó ris sensível. Tentei fechar as
pernas, tremendo, mas ele nã o deixou. Com as mã os apoiadas no pufe,
me empurrei um pouco para cima e ele afastou os lá bios, me deixando
ver o líquido escorrendo do seu pau.
Apoiei a cabeça, me sentindo fraca e trêmula.
Cameron limpou a mã o no roupã o, me beijou e, antes de sair,
disse:
— Nã o se atrase.
Ri pela sua provocaçã o, mas nã o o respondi, porque ainda nã o
conseguia.
Depois das duas aulas passadas, era quase duas e vinte da tarde, e
finalmente eu iria embora. Encontrei com Neji no corredor das nossas
salas, Emma e Jonas estavam comigo e Emma simplesmente parou de
falar sobre a aula quando viu Neji, que sorria para mim, mas ficou
atô nito ao ver Emma.
Eu nã o tinha amizade alguma com Jonas, principalmente por tê-
lo conhecido agora, mas nos olhamos e rimos um para o outro.
— Acho que ela gostou dele — eu disse baixinho, e Jonas riu
concordando.
— Você acha? Ela está quase babando — Jonas afirmou, tã o baixo
quanto eu.
— Eu estou do lado de vocês — Emma relembrou, e balançou a
cabeça negativamente o que nos fez rir alto.
— Oi, amigo — cumprimentei Neji. — Esse é Jonas — eles se
cumprimentaram, dei um leve empurrã ozinho em Emma para que desse
um passo para frente. — E essa é Emma, meus novos colegas de classe.
— Olá , Emma — Neji estendeu a mã o, e ela pareceu prender a
respiraçã o.
Os dois ficaram se olhando por instantes, mas nossa atençã o foi
voltada para os meninos barulhentos do time de Stanford que estavam
caminhando pelo corredor na direçã o do campus. Emma e Jonas
pararam atrá s de mim quando Matteo se pô s em minha frente, com o
time parando atrá s dele.
— Espero que seu esposo esteja pronto para passar vergonha
com o time de maricas dele — Matteo disse com tom esnobe, e nã o me
deixou falar nada, apenas continuou caminhando com os meninos.
Alguns optaram por nã o o seguir, outros me olharam, abaixaram
o olhar e continuaram o seguindo, mas os fiéis de Matteo nem sequer
olharam para trá s.
Os que nã o seguiram Matteo eram colegas de Nicholas, que
apareceu logo em seguida com outros três garotos, um deles sendo
Manson, que me olhou, olhou minha mã o com a aliança e abaixou o
olhar.
— Nic, o que está acontecendo? — questionei.
Enlacei meu braço do dele e no de Neji para caminharmos
enquanto Jonas fazia amizade com os meninos do time que estavam nos
seguindo, e Emma ficou ao lado de Neji.
— Cameron conversou com o treinador. O treinador soube que a
maioria dos meninos do time Warriors foram aceitos em Stanford.
Parece que eles chegaram em Palo Alto e o treinador quer vê-los. Matteo
ouviu essa parte da conversa e, resumindo, os meninos estã o vindo
agora e Matteo quer arrumar um motivo para que eles sejam chacotas.
Franzi o cenho.
— Matteo planeja fazer alguma coisa?
— Jogar tintas neles e falar para o treinador que é apenas uma
brincadeira de boas-vindas — disse Manson.
— Já avisamos Cameron, nã o se preocupe, assim que soube que
Matteo estava planejando isso, eu o avisei e ele está ciente de tudo.
Balancei a cabeça em concordâ ncia. Pouco depois, Felicity
apareceu correndo no corredor.
— O que vocês estã o fazendo parados? Natalie acabou de me
avisar que eles estã o chegando.
Foi tudo o que disse antes de puxar eu e Nicholas pelos braços e
continuar correndo. Gargalhamos durante o percurso quando Nicholas
tropeçou e quase caiu, mas seguimos até o campus.
O treinador, Anthony e alguns dos conselheiros chegaram,
aproximando-se do time. Mesmo afastada deles, conseguia ouvi-los.
— Por que o time está todo reunido aqui? — o treinador
questionou.
— Queremos receber bem os novatos, sabemos que ali tem bons
jogadores — disse Matteo, e pude ver seus dois amigos rindo com
sarcasmo.
O treinador o olhou desconfiado, mas nã o interveio.
A atençã o de quem estava no campus foi voltada para um ô nibus
luxuoso e preto, com janelas em vidro fumê, que entrou pelos portõ es de
Stanford, seguindo pela passarela onde passavam os carros, motos e
ô nibus que algumas salas usavam para entrar na universidade. À direita
do ô nibus estava o logotipo branco de um leã o dentro de um losango, na
lateral baixa a esquerda estava escrito Supremacia Styles.
O símbolo da nossa família.
Era a cara de Cameron, e os meninos com certeza tinham
adorado. Eu mesma nã o conseguia tirar meus olhos de todo aquele
espetá culo.
O ô nibus parou e as líderes se aproximaram para ver quem sairia.
Logo outras pessoas começaram a se aproximar. Parte do time que
estava com Matteo quase fizeram o mesmo, mas o capitã o deles os
impediu. Quando Nicholas deu um passo para frente, coloquei as costas
de minha mã o contra o seu abdô men, o impedindo.
— Se você avisou Cameron, ele com certeza planejou algo, é
melhor nã o se aproximar agora — alertei, e ele abriu um sorriso.
A porta do ô nibus foi aberta lentamente, deixando o suspense
ainda maior. Os meninos começaram a descer e todos estavam sérios,
com camisetas pretas que carregavam o mesmo símbolo que tinha no
ô nibus, mas era pequeno e na altura do peito, à direita. Meu coraçã o
esquentou ao ver Peter e Josh, ambos estavam ó timos e com o “ego nas
alturas” pela recepçã o calorosa.
O ú ltimo a descer foi Cameron, extremamente confiante e
intimidador. Nã o consegui evitar o sorriso, principalmente quando seus
olhos vieram diretamente para mim e ele me lançou uma piscadela.
Senti meu corpo todo esquentar, até subir em minhas bochechas, como
sempre acontecia desde… o começo de tudo, no estacionamento, quando
tiraram uma foto nossa e eu estava com o casaco dele.
Estava perfeito, esbanjava elegâ ncia e confiança, intimidaria
facilmente qualquer um e me faria cair nos encantos dele mais outras
inú meras vezes.
Ele seguiu para o treinador, que nã o estava muito distante de
mim, e o cumprimentou.
— Esses sã o os Warriors, treinador — Cameron apresentou
enquanto Natalie, Calleb e Lana desciam do ô nibus.
— Bem-vindos a Stanford, garotos, é um prazer recebê-los — o
treinador disse cheio de animaçã o, e Matteo revirou os olhos de
irritaçã o. — Esse é Matteo, o atual capitã o.
Observei Cameron colocar a mã o discretamente no bolso e abrir
um sorriso amigável.
— Matteo, está aqui o meu time de maricas — apresentou.
O treinador olhou Matteo com uma surpresa desagradável e
voltou o olhar para o meu esposo.
— Nã o foi isso o que eu disse, acho que te informaram algo de
errado — Matteo justificou.
— Ah, claro. Desculpe, espero que nã o deixemos que a rivalidade
de querer a liderança do time saia do campo — Cameron disse,
encarando-o.
— Claro que nã o — Matteo disse, com o olhar cínico, e estendeu a
mã o para cumprimentá -lo.
Cameron abriu um sorriso e, quando bateu na mã o de Matteo, pó
rosa explodiu em cima de Matteo, cobrindo-o. Coloquei a mã o sobre a
boca pela surpresa e por começar a rir; o treinador ficou surpreso e
tentou segurar o riso quando se deu conta do que havia acontecido e
Anthony os olhava com satisfaçã o.
— Você está muito fodi…
Cameron deu um passo para frente e interrompeu Matteo,
impedindo-o de continuar falando enquanto tentava limpar a tinta do
rosto.
— A porra da sua homofobia nã o vai nos afetar e nã o vou deixar
que afete a ninguém. Nã o toleramos nenhum tipo de preconceito,
assédio ou abuso sexual — Cameron disse com firmeza e em tom
ameaçador, sem tirar os olhos de Matteo, que vacilou por segundos.
— Nã o pense que as coisas vã o ficar assim — Matteo rebateu.
— Estou contando com isso — garantiu e se afastou.
Cameron ficou um pouco mais distante de todos, e o vi rindo pelo
pouco de tinta rosa que havia caído em seus cabelos. Sua mã o estava
rosa pela bolinha de tinta em pó que havia sido estourada.
— Eu te amo — eu disse aos risos, e jogando meus braços por
cima de seus ombros. — Sua chegada foi espetacular.
— Ah, eu faço o que posso! — respondeu, convencido, e deu de
ombros.
— Capitã ! — os meninos do time gritaram e vieram rapidamente
em minha direçã o, como crianças vendo alguém que gostavam muito.
Eles se empurraram para me abraçar, e eu fui obrigada a assobiar
para que parassem, pois já começaram a discutir.
— Vocês podem nã o brigar agora, crianças? — questionei,
puxando Peter para que parasse de discutir com Eric.
Eles riram, e Cameron me olhou com um sorrisinho bobo nos
lá bios enquanto limpava a mã o em um paninho com a ajuda de Natalie.
Abracei os meninos, e Peter e Josh me puxaram para um segundo
abraço, só que com os dois ao mesmo tempo.
Voltei para Cameron e ele me puxou para um canto no momento
em que setenta por cento do time de Stanford se aproximou dos
meninos, recebendo-os com animaçã o e já começando a conversar sobre
como funcionava a universidade. Algumas das líderes começaram a
rodear Natalie, Calleb e Lana, que se animaram com a recepçã o, mas
Hilary havia saído com Matteo, e eu estava aliviada, porque Natalie a
olhou como se fosse estrangulá -la e eu estava disposta me juntar a ela.
— Eles já conhecem a mansã o deles?
— Ainda nã o, se arrumaram dentro do ô nibus, nã o tiveram
tempo de parar em lugar algum. Quando desembarcaram, o ô nibus
estava esperando.
— Você tem um ô nibus para eles — comentei e passei os dedos
pelo logotipo de sua camiseta. — Ficou muito lindo, amor, a cara dos
Styles.
— Temos que ir aos prédios, faltam poucos detalhes para
inaugurarmos a loja. As mercadorias estã o prontas e quero que veja
antes de tudo — afirmou apertando minha cintura.
— Eu adoraria.
Ele sorriu e selou nossos lá bios.
Um garoto do time veio falar com Cameron, e eu me perdi em
pensamentos.
A marca Supremacia Styles havia sido oficializada. E tínhamos
dois prédios. Um como escritó rio administrativo, contá bil e jurídico, e o
outro, a loja com quatro andares.
O primeiro andar para produtos infantis, femininos de um lado e
do outro, masculinos; o segundo para produtos femininos adultos; o
terceiro para masculinos; e o ú ltimo andar para pagamentos, mas
também tinha um parque de diversõ es com videogames e brinquedos
para crianças, caso quisessem brincar depois de comprar as roupas.
Dentro do parque tinha a ala com pessoas para cuidar de crianças caso
os familiares quisessem fazer as compras e depois buscar os filhos.
A ideia de Cameron era incrivelmente linda. Em todos os andares
tinham banheiros e provadores separados, além de dois provadores por
andar para pessoas com deficiência. Havia também rampas automá ticas
em cada andar que eram grandes o suficiente para, por exemplo, uma
cadeira de rodas, e espaço livre para quem quisesse subir a pé.
— Já pensou em abrir uma hamburgueria perto da loja? —
questionei quando o garoto se afastou, depois dos segundos em que
fiquei pensando em tudo o que ele estava construindo.
Ele me olhou, pensou um pouco e sorriu.
— Eu sabia que estava faltando algo naquela rua — admitiu,
ainda sorrindo. — Mas, agora, precisamos levar os meninos para a casa
deles — afirmou, fazendo-me sorrir.
— Nossa, deixe ela — Natalie reclamou, aproximando-se.
— Nossa, deixe ela mesmo — Calleb concordou.
— Sentimos a falta dela, solte-a — Lana implicou, puxando-me.
Comecei a rir enquanto os olhava.
— Aaaah, eu senti a falta de vocês também! — admiti, abraçando
os três de uma vez, e eles sorriram, retribuindo meu abraço.
— De quem é aquele casarã o? — Peter questionou, apontando
para a nossa mansã o, a qual conseguíamos ver dali.
— Do prefeito da cidade? — Josh indagou olhando para onde
Peter apontou, e todos os meninos olharam também.
— Do presidente da universidade, talvez — Eric deduziu.
— Alguém muito rico, com certeza — disse Brian.
Eu e Cameron nos olhamos.
— Meninos — Cameron chamou, e todos o olharam —, entrem
no ô nibus, temos algo para mostrar a vocês — avisou, e os meninos se
olharam confusos.
— Nã o deveríamos ver nossos quartos? — Adam questionou.
— Entrem no ô nibus — Cameron repetiu.
Eles riram, concordaram e subiram. Durante esse breve tempo,
puxei Natalie, aproveitando que Cameron tinha ido falar com Elliot e
Nicholas.
— Pensou na proposta de Cameron de morar com a gente?
Ela sorriu, para entã o dizer:
— Pensei e mantenho minha resposta: nã o irei. Vocês estã o
casados, aquela casa é para vocês e a família que virá .
— Amiga, você viu o tamanho daquele lugar? — perguntei, e ela
riu.
— Sim, claro, é impossível nã o ver — brincou. — Me diga,
irmã zinha, meu irmã o que pediu para você tentar me convencer?
Dei de ombros e acabei rindo.
— Ele está perturbado com o fato de que a gente vai morar
naquela mansã o e você em uma casa menor — expliquei. — Sabe que
para mim nã o é problema, nã o vou ficar me intrometendo na sua
decisã o, mas Cameron pediu que eu tentasse.
— Injusto seria aceitar morar na casa de vocês depois que ele me
deu um ateliê, reformou-o do jeito que eu queria e me presenteou com
um carro, sem cobrar absolutamente nada. Sei que Cameron quer o
melhor para mim, mas aceitar tudo isso dele fez com que Elliot e eu
brigá ssemos. Elliot nã o reclama da minha vida financeira, mas ele se
sente mal por achar que nã o pode dar uma vida de luxo para mim.
Estamos nos virando juntos, vou me casar com ele um dia, e sei que
vamos alinhar isso, mas a nossa casa foi o pai dele quem deu, nã o posso
e nã o quero deixar de lado esse presente.
Sorri com essa reposta.
— Está falando como uma senhora casada — brinquei, e ela
sorriu.
— Nã o vejo a hora — admitiu.
— Entendo, mas pelo meu marido, eu precisava tentar.
Ela abriu um sorriso e me abraçou.
— Eu amo tanto vocês! — afirmou sorridente e me soltou. — Vou
tentar falar com Cam, mas tente abrir a mente dele antes?
— Sempre — disse aos risos.
— A senhora e senhorita Styles podem parar com a fofoca e
entrar no ô nibus? — Cameron gritou, quase anunciando para a
universidade toda que eu era uma Styles.
Rimos, caminhando rapidamente para o ô nibus. Subimos, e o
meu lugar era na frente, ao lado de Cameron. Os meninos foram o
caminho todo gritando, cantando e brincando.
O ô nibus parou em uma garagem pró pria para ele, onde estavam
os carros que os meninos tinham em Liberty. Descemos primeiro e, à
medida que cada um saía, suas expressõ es ficavam confusas.
— Me sigam — Cameron ordenou e me puxou pela cintura para
caminhar com ele.
Os meninos vieram logo atrá s, como crianças atrá s do pai.
A parte do time que havia ingressado em Stanford era Cameron,
Elliot, Peter, Josh, Eric, Adam, Brian, Cole e Phillipe. Do time oficial,
apenas Dylan e Noah nã o estavam presentes, porque faltava um ano
para se formarem. E os outros foram aceitos em outras universidades.
Cameron os fez andar pela casa toda, conhecendo os quartos, a
sala de jogos, a sala de estar e a de jantar, cozinha e despensa,
lavanderia, academia, e, por fim, a ala de piscinas, onde paramos de
andar.
— Que mansã o do caralho! — Peter exclamou.
— A capitã , filho da puta — Josh o alertou, dando um tapa na
cabeça de Peter, e os meninos deram alguns também, todos caindo na
gargalhada.
— Meninos, vocês vã o machucá -lo, parem — pedi, puxando Peter
para que saísse da sequência de tapas que estava recebendo, e todos
riram, inclusive ele.
E eu sabia que a minha presença era apenas uma desculpa para
eles se estapearem.
— Essa mansã o é de quem? — Eric questionou.
— Nossa — Cameron começou, olhando para eles. — Compramos
para vocês morarem pelo tempo que ficarem em Stanford, como uma
fraternidade. Mas é claro, quem quiser morar no campus…
Os meninos nã o o deixaram terminar e correram em nossa
direçã o, pulando em cima de nó s e gritando as palavras “Viva os
capitã es”. Era uma energia contagiante, eles olharam para Elliot e
Nicholas, que nã o tinham se juntado, os puxaram e voltaram a pular.
— A gente devia fazer uma festa de comemoraçã o — Peter
anunciou, todo animado.
— Uma bem grande, de parar Stanford — Josh completou,
ouvindo as concordâ ncias dos meninos.
— Vocês vã o morar com a gente? — Adam questionou, e todos
nos olharam.
— Nã o, essa casa será de vocês. Eu e minha esposa… — Cameron
foi interrompido pelos suspiros apaixonados e fingidos que os meninos
emitiram. — Seus idiotas. — Eles riram. — Enfim, temos nossa casa.
Elliot e Natalie moraram na casa deles, assim como Nicholas e Felicity.
Olhei Nicholas, que acenou com a cabeça para que eu o seguisse.
— Já venho, Nicholas quer falar comigo — avisei Cameron
enquanto a discussã o sobre quem moraria com quem se iniciava.
Beijei seu rosto apó s vê-lo concordar e me soltar. Eu e Nicholas
seguimos pela entrada da cozinha.
— A casa ficará para os nossos primos — Nicholas iniciou.
— Achei que a compraria — disse, franzindo o cenho.
— E ia, mas… — Ele fez uma pausa carregada de suspense. — É o
nosso ú ltimo ano em Stanford, vou pedir Felicity em casamento e no ano
que vem vamos morar onde ela quiser, entã o…
— Nic, isso é incrível! — exclamei, pulando em seus braços e o
abraçando. — Eu sabia que você ia pular o namoro — afirmei aos risos,
soltando-o.
— Nunca fui muito bom em seguir as tradiçõ es, nã o é? — disse,
rindo e me fazendo concordar. — Ela ainda nã o sabe, mas conversei com
tio Owen e tio Benjamin. Tio Ben já estava procurando uma casa com
Silas para os filhos morarem, entã o concordaram em deixar a casa dos
Nogueiras para eles, já que nossos primos também concordaram.
— Eu imaginava algo assim. Estou muito feliz por vocês —
afirmei, vendo-o sorrir. — Eles chegam quando?
— Hoje à noite — disse enquanto voltávamos para o pessoal.
— Entã o, o que decidiram? — questionei, soltando meu braço do
de Nicholas e voltando para Cameron.
— Depois de muita insistência de Calleb, Lana e Felicity, Neji
aceitou morar com eles — Peter começou. — Por mais que minha
namorada vá ficar mais aqui do que lá — provocou, com ar convencido.
— E ficar no meio desses homens? De jeito nenhum — Lana
retrucou, e os meninos fizeram caretas para ela.
— Certo, certo. Faremos uma festa aqui, amanhã à noite. Mas
hoje, vocês irã o para a nossa casa — Cameron avisou, e os meninos
voltaram a atençã o para ele. — Nicholas pode levá -los?
Franzi o cenho. Nó s nos despedimos dos meninos para que eles
descansassem da viagem e seguimos direto para os prédios, que ficavam
um ao lado do outro. Vimos o escritó rio e seguimos para a loja.
Estava linda, a parte de fora era preta, e a de dentro, bem-
iluminada e convidativa.
— Me diga mais sobre a sua ideia — pediu, sentando-se em uma
cadeira de videogame de carro e me puxando para si depois que vimos
toda a loja.
Eu me sentei em seu colo.
— Bom, tem tudo aqui. Temos momentos de lazer para todos, nã o
só para crianças; e as pessoas podem comprar as roupas delas e depois
irem comer. O que chama muito a atençã o, pelo que vi aqui em Stanford,
é hamburgueria e sorveteria. Teria o pacote completo perto um do outro
— expliquei, como se estivesse apresentando uma proposta para um
chefe.
— Você fica linda de empreendedora — disse, sorrindo, e beijou
meu rosto. — É uma ó tima ideia, vou providenciar. O que acha de
inaugurarmos aqui amanhã ?
Eu o olhei surpresa.
— Acho incrível.
— Vou trazer os meninos aqui antes da faculdade, vou deixá -los
ver e amanhã eles vã o sair falando por Stanford. E eu estava pensando
em… — Ele fez uma pausa e abriu um sorriso malicioso. — Em já deixá -
los anunciando que vai ter uma festa na casa deles, comemorando a
chegada em Stanford, o que vai ajudar a acabar com a W.E. Party.
— Deixa eu ver se entendi — comecei, forçando uma expressã o
de incredulidade. — Você quer usar os nossos negó cios para acabar com
a festa de Matteo? — Ele sorriu, concordando. — É sério, Cameron?
O sorriso iluminado que estava em seu rosto desapareceu.
— Nã o gostou da ideia? — questionou, desanimado.
— Eu amei, amor! — afirmei, e ele sorriu novamente. — Achei
muito inteligente, na verdade, juntou o ú til ao agradável. Mas, me diga,
senhor Styles, desde quando está pensando nisso?
— Desde a conversa com Anthony tenho pensado no que fazer.
Pensei em invadirmos a festa, mas seria burrice invadir o territó rio dele,
entã o vou sabotá -lo sem sair do meu.
— Você fica um gostoso planejando esse tipo de coisa — afirmei e
beijei seus lá bios. — Mas agora, eu preciso muito comer alguma coisa.
Ele se levantou quase no mesmo instante.
— Está esse tempo todo sem comer? Sério, Rebecca?
— Eu comi no intervalo, calma.
Ele me olhou, balançando a cabeça negativamente, e seguiu para
a saída me puxando.
Chegamos em casa e nosso almoço estava pronto, mesmo sendo
mais de três da tarde. Em vez de ficarmos na sala de jantar, optamos por
comer na sacada de nosso quarto; fizemos nossos pratos e os colocamos
em uma bandeja, em outra coloquei a jarra de suco e os copos, pedimos
para os funcioná rios se servirem na mesa posta, e subimos.
O clima estava frio nessa época do ano, em torno de 15ºC, mas,
pela sacada ser coberta, o frio nã o se tornou um problema.
— Nã o está falando com Elliot? — questionei, fitando-o depois de
tomar um gole de suco de uva.
— Discutimos — comentou. — Eu nã o entendo, ele nã o me deixa
cuidar da minha irmã , eles nem se casaram, por que querem morar
juntos? Por que ela escolheu morar com ele e nã o aqui? Ela vai ter tudo o
que precisa e…
— Se eu tivesse aceitado morar com você, mesmo sem estarmos
casados, e Nicholas, por exemplo, ficasse se envolvendo, você gostaria?
— perguntei calmamente, sem tirar os olhos dele.
— Sã o situaçõ es diferentes.
— Por que você tem mais dinheiro?
Ele me olhou, incrédulo.
— Dessa forma soa arrogante — reclamou.
— Talvez possa estar aparentando isso. Amor, Natalie optou em
morar com o homem que ela ama e vai se casar. Nã o devemos nos meter
nisso, independentemente da vida que ela poderia ter aqui. Ela sabe
disso, cresceu nisso, mas optou em ter a vida que é cabível para ela e
Elliot, entende? — eu disse, com o maior cuidado possível, pois era um
assunto delicado. — Vale a pena ficar brigado com o melhor amigo e a
irmã só porque eles nã o querem fazer o que você acha que é melhor?
Ele ficou em silêncio, apenas pensando no que eu tinha dito.
— Nã o quero falar disso agora — admitiu.
— Tudo bem, meu amor — beijei seu rosto e começamos a falar
sobre os planos para o futuro da Supremacia Styles.
Tudo sobre a Supremacia Styles
Na manhã de hoje, o tão conhecido Cameron Styles foi visto no
campus de Stanford junto de sua esposa e, algumas horas depois, com o
seu time, alguns dos antigos Warriors, de Liberty.
A chegada deles rendeu muitos comentários e nuvens rosas.
Cameron decidiu mostrar a Matteo que responderia a suas
provocações à altura de um capitão e que poderia tirar até mesmo o seu
título.
Diante disso, temos perguntas como: quem será o capitão do time
esse ano? Cameron tirará o título de Matteo?
Se preparem, estudantes de Stanford, porque, se posso dizer,
algumas mudanças os aguardam!
Por Rita Fletcher,
Quarta-feira, à s 21:23.
Capítulo 16 - Cameron Styles
Eu nã o poderia estar mais feliz com a vida de casado com Rebecca, era
como se eu tivesse nascido para ter a vida que tenho agora.
Minha mulher era incrível e a cada dia, a cada discussã o ou
desentendimento, aprendíamos a conversar e nos resolver. Eu a amava e
sentia meu amor crescendo a cada instante ao lado dela.
— Amor… — Rebecca me olhou ainda deitada em meu peitoral.
— Agora que estamos recuperados e temos um tempinho antes dos
meninos chegarem… — Ela se sentou na cama, puxando o edredom para
cobrir seus seios, e eu respirei fundo. — Nã o fuja, de novo, dos assuntos
que temos que conversar.
— Eu nã o acho que seja uma pessoa ruim por querer o bem da
minha irmã — afirmei, recostando-me na cama.
— Meu amor — começou calmamente, afastando os cabelos que
grudavam em meu rosto pelo suor —, isso nã o tem nada a ver com ser
uma pessoa ruim. Entendo o que é querer o bem do irmã o, mas Natalie
tem idade, assim como eu e você, para recusar alguma coisa. Olhe para
mim — pediu. Resisti por segundos, mas acabei cedendo. — Ela nã o vai
deixar de ser cuidada e nã o vai te abandonar por morar com Elliot, mas
eles querem a vida deles, e ficarmos nos intrometendo, além de ser
inconveniente, vai fazê-los se afastar da gente.
— Está me chamando de inconveniente?
Ela riu discordando.
— Nã o, nã o mesmo, mas se ficar insistindo depois dela ter falado
que nã o vai se mudar, acabará sendo.
Suspirei audivelmente.
— Sei que Natalie é importante para você e nã o estou julgando
isso, nã o é problema. Estou falando de acordo com o que eu e ela
conversamos. E sabemos que Elliot se esforçará ao má ximo para cuidar
de Natalie. Nã o vamos nos envolver, por favor — pediu, entrelaçando
nossos dedos, e beijou a minha mã o.
Respirei fundo, pensando em tudo o que ela tinha dito. Rebecca
me dava tempo para pensar sem ficar em cima querendo uma resposta
na hora, e eu amava esse espaço. Analisei a situaçã o, e nã o tinha como
discordar. Eu nã o gostaria de outras pessoas tirando a minha
responsabilidade de cuidar da minha esposa e protegê-la.
— Você está certa — admiti depois de minutos em silêncio,
apenas sentindo as carícias dela em meu braço.
— Nã o quero que pense que vou me envolver na sua relaçã o com
os seus irmã os, mas da mesma forma que você me pediu para convencê-
la, ela pediu para tentar explicar que a vida que ela vai levar com Elliot
foi a que ela escolheu — explicou, ainda receosa de ser interpretada
incorretamente.
— Eu sei amor, nã o se preocupe — eu a tranquilizei.
Puxei-a para mim novamente, envolvendo meus braços ao seu
redor.
— Sobre o outro assunto…
— Nã o, por favor, nã o, eu imploro.
— Sim, meu esposo. — Ela me olhou; — Temos que conversar
sobre, hoje é o ú ltimo antes das três semanas de testes.
— Eu tenho energia o suficiente para fazer tudo — argumentei,
mas seu olhar denunciava que nada a faria mudar de ideia, e aquilo era
torturante.
— Muitos falaram… — Ela se soltou de meus braços. — … que a
melhor temporada dos Warriors foi ano passado, em que o capitã o
estava esbanjando todo o seu esforço. E se me lembro bem, no ano
passado nã o tivemos relaçõ es sexuais ou estou errada?
— Por escolha sua, nã o tivemos — relembrei, cerrando os dentes
para falar contra a minha vontade e ela sorriu.
— Pois bem…
— Isso nã o tem nada a ver! — exclamei, desesperado.
Ela suspirou, levantou-se da cama, colocou o roupã o, fechou-o e
cruzou os braços enquanto me encarava.
— Você é atleta, meu pai foi atleta, meus tios e primos sã o e eu
sou capitã de um time de atletas — relembrou, e eu nã o consegui evitar
o sorriso. — Entã o nã o tente me contrariar. Você e eu sabemos que
quando campeonatos de esportes estã o pró ximos, tem um determinado
tempo sem relaçõ es pelo bem do time e do pró prio competidor… — Abri
a boca, pronto para falar. — E nã o me interrompa Cameron William
Styles! Agora sou eu quem estou falando! — ordenou.
E eu me calei, segurando o sorriso e o enorme desejo de arrancar
aquele roupã o, jogá -la na cama e fazê-la perder toda essa postura.
— Você quer o time ou nã o? — questionou.
— Quero, mas…
— E você quer ajudar os meninos ou nã o?
— Sim, amor, mas…
— Quer perder para Matteo? Imagina a vergonha de perder para
um assediador que deu em cima da sua esposa e da sua irmã , tentou
ofender seu time e ainda pode fazer coisa muito pior se você, o tã o
conhecido Cameron Styles, perder para ele.
Meu queixo caiu. Essa mulher… nã o tinha como explicar a minha
esposa.
— Caralho, você é a melhor motivadora que eu já conheci —
admiti.
Ela sorriu fazendo um agradecimento como o de atores de teatro
para a plateia. Eu me apoiei em meus braços na cama e tentei puxá -la,
mas ela se afastou, caminhando até a sala de portas de correr, a que ela
nã o me deixava ver e que tinha dito que seria a sua — e a minha tã o
desejada e sonhada — sala de pole dance.
— Está vendo isso aqui, Cameron? — ela disse, passando as mã os
nas portas da sala, mas sem a abrir. — Combinei com a minha assistente,
que é fiel a mim e nã o a você, para te contar algo. — Eu sorri a ouvindo.
— Essa sala só poderá ficar pronta daqui a duas semanas e meia. Ou
seja, quando acabar a semana de testes, isso aqui… — Ela apontou para
a sala. — E isso aqui… — Ela passou as mã os lentamente em sua cintura
até a lateral de suas coxas, de forma provocativa. —… estarã o ao seu
dispor.
Molhei os lá bios, os mordi enquanto sorria e me levantei
caminhando até ela, estando totalmente despido.
— Senhora Styles, agora sim estou convencido — afirmei,
puxando-a pela cintura, e dei um tapa em sua bunda.
— É estritamente importante que o meu marido consiga o time,
estou me esforçando para esse feito — disse, com cordialidade fingida
em sua voz, enquanto eu beijava seu pescoço.
— Seus esforços sã o muito ú teis e importantes para mim, minha
esposa.
Ela sorriu, selando nossos lá bios.
— Mas, amor, no momento estou sentindo meu corpo todo doer
— confessou, afastando nossas bocas e soltando a respiraçã o. — Se
importa de deixarmos isso para mais tarde?
— Eu me importo de você ainda ficar receosa de achar que vou
ficar bravo por você chegar no limite do seu pró prio corpo — disparei,
incrédulo.
Acariciei seu rosto e a deitei na cama.
— Estou me esforçando — afirmou e abaixou o olhar.
— Eu sei, vejo isso — aleguei e beijei a ponta de seu nariz.
— Mas agora, precisamos tomar banho, você convidou seus
machos para vir aqui — ela relembrou.
— Os nossos machos — corrigi.
— Os nossos machos — confirmou, achando graça, e se levantou
de meu colo para caminhar até o banheiro.
Esperamos a banheira encher. Entrei, pois já estava despido,
peguei em sua mã o para que entrasse e tirei seu roupã o.
Ficamos instantes trocando carícias e eu a abracei, com ela
deitada em meu peito, entre as minhas pernas.
— O que você pretende mostrar para os meninos?
— A mansã o. Eles se provaram leais a mim, nunca quiseram
saber se eu tinha ou nã o dinheiro, mesmo que fosse nítido pelos carros e
festas. Mas confio no time atual, porque nã o esperaram que eu
mostrasse algo para estarem ao meu lado. Os garotos de agora foram os
que mais se preocuparam comigo quando nos separamos, confio neles.
Mas nã o mostraremos os carros, Peter e Josh vã o querer andar em todos.
Ela sorriu em concordâ ncia e beijou meus lá bios. Entã o, ela se
afastou e começou a tomar o seu banho, jogando á gua em mim à s vezes
e passando espumas em seu rosto.
Depois do banho tomado, expliquei a ela como funcionaria a
inauguraçã o no dia seguinte, visto que tinha alinhado as coisas com os
gerentes, que eram meus primos, e eles organizaram tudo com a equipe
de venda, o administrativo, os seguranças e todos os outros
funcioná rios.
Nó s nos vestimos e vi a mensagem, pelo reló gio, de Finn avisando
que os meninos haviam chegado.
Descemos as escadas, chegando até a sala de estar, onde eles
estavam observando o local com expressõ es de surpresa e animaçã o.
— O que acharam? — questionei, e todos voltaram a atençã o
para mim, como sempre faziam.
Eles me olharam por instantes, ficaram em silêncio e
inesperadamente começaram a falar de uma vez, fazendo com que eu e
Rebecca começá ssemos a rir.
— Caralho, isso aqui é de você s! — Peter anunciou e os
meninos voltaram a falar.
— Vou mostrar o lugar, venham — eu os chamei, e Rebecca se
conteve em nã o me acompanhar. — Algum problema?
— Meus primos estã o chegando e quero recebê-los.
— Tudo bem, minha princesa. — Beijei o topo de sua cabeça, ela
sorriu e beijou meu rosto.
— Nã o destrua nossa casa, você fica ainda mais bagunceiro com
os meninos por perto — alertou, e eu fiz uma expressã o marota. — Ai,
meu Deus — ela se queixou aos risos e se desprendeu de mim.
— Vocês vã o querer vir? — questionei, olhando Calleb, Neji e
Lana, que já estavam com a minha esposa.
— Deus me livre, prefiro ir com a Becca depois — Calleb
provocou.
— É que ele nã o gosta de homens — Josh explicou, e foi
impossível contermos as gargalhadas, até mesmo o pró prio Calleb caiu
na risada.
Neji decidiu nos acompanhar e os meninos o receberam como
sempre, na verdade ele tinha se tornado um amigo do time, um grande
amigo principalmente por ter cuidado da minha esposa.
Elliot estava distante, com Brian e Adam, mas sabia que
precisaria conversar com ele.
— Você planeja fazer alguma coisa para sabotarmos a W.E. Party?
— Nicholas questionou em voz baixa, se aproximando.
— Sim, mas nã o existirá “nó s” nisso — aleguei, e ele franziu o
cenho. — Rita Fletcher vai falar de mim e de quem estiver por perto,
sabe disso. — Ele relaxou os ombros e acenou em concordâ ncia.
— Entã o, como será ?
— O time nã o se envolverá em nada. Nã o colocarei em risco a
bolsa dos meninos ou a viagem com o time oficial, muito menos a minha
possível posse como capitã o. Serei cuidadoso, e amanhã você saberá ao
que me refiro.
Ele sorriu e acenou.
— Confio em você.
Trocamos um toque de mã o.
Comecei a apresentar a casa, exceto os quartos dos meus filhos, o
meu e de Rebecca, nossos escritó rios e a garagem.
Eles adoraram a academia e a sala de jogos com o bar que tinha
dentro.
— Cara, isso é muito foda! — Josh disse animado.
— Dá para a gente morar aqui — Peter disse, em tom
provocativo.
— De jeito nenhum! — rebati.
— Você é podre de rico — Adam deduziu e todos me olharam.
— Esse tempo todo? Caralho, como se esconde isso? — Phillipe
brincou.
Eu me sentei no banco do bar e os meninos se sentaram no sofá ,
outros nas cadeiras e me olharam novamente.
— Sim, minha família é rica, assim como eu sou; nã o só pelo
dinheiro deles, mas pelo meu também. A casa de campo que fomos é, na
verdade, minha. — Eles arregalaram os olhos, de surpresa, exceto
Nicholas e Elliot que sabiam. — Em Liberty, alguns dos meninos do time
eram interesseiros e eu sabia no que daria eu falar sobre isso, mas o
time de agora e os primos de Rebecca que vã o chegar daqui a pouco, eu
confio neles. Vocês provaram ser leais a mim e a minha esposa; ela
confia em vocês, isso basta.
Eles estavam sorridentes.
— Porra, isso é demais! — Cole disse.
— Quem sã o os primos de Rebecca? — Brian questionou.
— Conhecemos? — Josh perguntou.
Nicholas balançou a cabeça para que eu contasse.
— A histó ria é complicada, muito complicada, mas nã o
pressionem ninguém para que contem a vocês, estamos entendidos?
Eles gritaram um “sim” coletivo.
Eu e Nicholas explicamos quem era irmã o de quem, mas sem
contar quem eram os pais, porque era algo que deveria partir deles e
nã o de nó s, e o time concordou em nã o entrar no assunto.
Finn apareceu na porta e, enquanto os meninos conversavam, eu
me aproximei dele.
— Os primos da senhora Styles estã o com ela. As bebidas
chegaram e as deixamos no freezer na ala de piscinas que o senhor
solicitou, e a ala da piscina coberta está pronta — explicou.
Eu o olhei e comecei a rir, vendo a confusã o tomar conta de sua
expressã o.
— Nã o precisa me chamar de “senhor”, Finn, e se Rebecca ouvi-lo
a chamando de senhora toda vez, vai brigar com você.
— Ela já brigou — ele disse em tom brincalhã o. — Licença —
pediu, e quando concordei, ele se retirou.
— Time, as bebidas cheg…
— Finalmente, caralho! Vamos beber! — Josh gritou.
Ele e Peter pularam no alto, batendo seus peitorais, e nã o
resistimos à s gargalhadas.
— Podem ir para a ala de piscinas, Finn está aguardando vocês —
avisei, e eles saíram se empurrando quando passaram pela porta. —
Nicholas, está tudo pronto na ala da piscina coberta, fique à vontade,
mas nã o ao ponto de ficar pelado — alertei.
Ele me mostrou o dedo do meio e saiu, deixando-me com Elliot.
Eu me sentei no banco, ao lado dele, e ele começou:
— Nã o quero que pareça que vou ficar entre você e Natalie, ela
sempre será sua irmã e eu valorizo muito a relaçã o de irmã os, mas
entende que me sinto impotente, como futuro marido, quando você dá
tudo a ela? Nã o estou reclamando de presentes, mas a casa… — ele
suspirou — É foda. E porra, eu nã o quero ficar brigado com o meu
melhor amigo.
Eu o olhei por instantes.
— Sei que Natalie sempre foi e sempre será sua prioridade. E
durante o colegial, pelo menos, ela foi sua responsabilidade. Mas agora,
ela tem idade para seguir e decidir sozinha, nã o acha? Natalie é forte,
Cameron, mais do que eu e você sabemos, e acredito que só Rebecca a
conheça tã o bem, porque ainda está me deixando conhecê-la, mas ela é
forte, confie nela para decidir as coisas sozinha e confie em mim, porque
eu vou cuidar dela com a minha vida, e nã o estou aqui falando como seu
melhor amigo, estou falando como o homem que quer se casar com
Natalie.
Percebi que ele prendeu a respiraçã o por instantes.
Era tudo o que eu precisava ouvir.
Meu pai nã o tinha sido tã o bom assim para mim e Natalie; depois,
machucaram os sentimentos dela, e eu nã o queria que aquilo se
repetisse. Só que nã o sentia isso com Natalie e Elliot. E nã o podia mais
ser responsável por ela.
— Cara, isso ficou incrível — afirmei, e ele soltou a respiraçã o. —
Fui responsável durante um tempo, mas sabia que uma hora teria que
parar. Fico feliz que nã o seja só por você, mas por ter certeza de que
agora ela está bem.
— Tudo bem entre a gente? — questionou depois de instantes
em silêncio.
— Claro — confirmei, levantando-me.
— Cameron — chamou antes que eu me virasse para sair da sala
—, falei com seu pai antes de vir a Palo Alto, mas quero falar com você
também… — Ele fez uma breve pausa. — Quero pedir Natalie em
casamento no aniversá rio dela e espero que você esteja de acordo com
isso.
Senti uma sensaçã o estranha. Era claro que aquilo iria acontecer,
mas… caralho.
— Claro que estou de acordo.
Ele sorriu animadamente e me abraçou.
Enquanto descíamos, fiquei pensando se seria aquela mesma
sensaçã o quando eu tivesse uma filha e chegasse esse momento. Porém,
eu com certeza nã o queria pensar nisso agora.
Capítulo 17 - Cameron Styles
Sexta-feira, 10:19
Senti os braços fortes de Cameron ao meu redor. Com a mã o, ele
afastou meus cabelos e distribuiu beijinhos que me fizeram despertar.
— Amorzinho — chamou baixinho e passou os dedos em meu
braço —, você precisa acordar — avisou com a voz mansa.
— Só mais uns minutinhos — pedi, aconchegando-me no calor de
seu corpo, e ouvi sua risada.
— Mas se eu te der mais uns minutinhos, nossos pais e irmã os
vã o chegar e ficar esperando os seus minutinhos — explicou
calmamente, passando a mã o em minha cintura.
Abri meus olhos assim que ouvi suas palavras e me sentei na
cama devagar.
— Eles estã o chegando? — questionei, segurando o edredom
para cobrir meus seios e me levantei.
— Sim. É o tempo de você tomar seu banho tranquilamente e se
arrumar para tomarmos café com eles. Natalie e Elliot virã o para cá
daqui a pouco.
Concordei, pegando meu roupã o e o vesti.
Caminhei até o banheiro, e foi o tempo de ligar o chuveiro para
Cameron entrar também. Ficamos trocando carícias e ele lavou meus
cabelos com praticidade, porque fazia isso quase toda a semana.
Quando saí, ele estava vestido de calça e blusa preta de mangas
da Supremacia. Enquanto me arrumava, seus olhos estavam fixos em
mim, me analisando.
— Por que está me olhando dessa forma? — perguntei enquanto
me vestia.
Ele se levantou e se aproximou, passando a mã o em minha bunda
descoberta.
— Sua bunda está maior — comentou e deu um tapa.
Ri e o beijei.
— Está ansioso para o jogo?
— Um pouco — admitiu.
— Que horas será o treino? — questionei, terminando de me
vestir.
— À s duas da tarde. O time quer almoçar com o treinador e os
conselheiros, mas a gente pode…
— Nada disso, nos vemos na hora do jogo. Quero sair um pouco
com a minha mã e — expliquei, sorrindo e ele acenou positivamente.
— Vou levar meu pai e meu sogro. Acho que Isaac, Jeff e Ryan vã o
adorar ficar um dia com o time, nã o?
Ele se sentou ao meu lado.
— Vã o adorar — confirmei o vendo sorrir.
Antes que eu pudesse sair do quarto, Cameron me puxou
cuidadosamente para si.
— Quero um beijo — pediu, subindo uma das mã os em minhas
costas, me aproximando ainda mais dele.
Ele fechou os olhos e eu sorri enquanto o observava esperando
por um beijo. Seus olhos se abriram e me encararam. Antes que eu
pudesse dar um passo para trá s, ele me puxou pelo pescoço e deixou
nossos lá bios pró ximos.
— Nã o me provoca — murmurou em tom ameaçador.
— Ou o quê? — provoquei e ele sorriu.
— Você me conhece o suficiente para saber o que acontece
quando me provoca, senhora Styles — afirmou, empurrando-me contra
uma das pilastras do quarto.
Passei a língua nos lá bios e os mordi. Cameron, ainda com a mã o
em meu pescoço, me beijou devagar e com desejo. Nossas línguas se
moviam lentamente e eu sentia meu corpo se esquentando.
— Amor… — Tentei afastá -lo.
— Só mais um pouquinho — pediu e voltou a me beijar.
Ele me virou, ficando contra a parede, suas mã os desceram em
minha cintura, indo diretamente para a minha bunda e a apertando. Ele
afastou nossos lá bios e abriu um sorriso safado, puxando-me mais para
si, sem tirar as mã os de onde estavam.
— Seu safado — eu disse, soltando-me dele e, quando me virei,
ele deu um tapa em minha bunda. — Para, seu atentado! — repreendi,
dando-lhe um tapa no braço. — Vamos, nossos pais já devem estar por
perto.
— Nã o vai medir sua glicemia?
— Amor, eu estou bem — rebati, e ele me lançou um olhar de
advertência.
— Para de ser teimosa — reclamou.
Ele ficou encarando cada parte do meu corpo enquanto eu media
minha glicemia. Quando vi que o resultado estava 90 mg/dl, que era a
faixa normal para quem ainda nã o tinha comido nada, eu o olhei
vitoriosamente e mostrei o aparelho.
— Eu disse que estava normal — impliquei, e ele se levantou
sorrindo.
Selou nossos lá bios e saímos do quarto.
Assim que descemos as escadas, nossos familiares tinham
acabado de chegar. Louis e Eloise vieram correndo desengonçadamente
em minha direçã o e cada um abraçou uma perna minha.
Eu me abaixei e abracei os dois. Em seguida, abracei Isaac, que
bagunçou meu cabelo, depois meu pai, Jeff, meus sogros e cunhados.
Eliza disse que o casamento estava fazendo um bem enorme para mim e
para Cameron.
E por algum motivo, minha mã e esperou que todos falassem
comigo para depois me abraçar, e ficamos longos instantes abraçadas.
— Querido, pode ir na frente com o pessoal, iremos em breve —
mamã e disse a Cameron, que concordou, mas antes de sair, deu um beijo
em minha testa.
— Mã e?
Ela me olhou e sorriu.
— Nã o acha que precisa ir ao médico? — ela questionou e foi o
suficiente para que eu começasse a chorar. — Ah, querida, você já sabe o
que é.
— Estou desconfiando — admiti, limpando as lá grimas —, ainda
nã o confirmei.
Mamã e sorriu novamente e afastou uma mecha de cabelo do meu
rosto.
— O que acha de irmos ver isso hoje?
— Acho ó timo. Eu desandei na Noruega, e agora estou com muita
fome e sono, nã o menstruei esse mês, minha diabetes está controlada o
tempo todo e acho que Cameron está com a mesma suspeita, entã o… —
suspirei.
E ela abriu um sorriso radiante.
— Quero fazer o exame de sangue hoje, é um dia ó timo, Cameron
vai treinar, entã o é o dia ideal. Pedi para Maya agendar.
— Posso ir junto? — questionou.
— É claro, mas, vou abrir o resultado sozinha. Quero que
Cameron seja o primeiro a saber — expliquei, e ela sorriu.
— Está certíssima, docinho — atestou. Começamos a caminhar
para onde tomaríamos o café da manhã . — E que mansã o maravilhosa,
filha.
— É perfeita, nã o é? Assim que cheguei, fiquei um pouco
assustada e nã o sabia se me adaptaria, mas… — Abri um sorriso — Eu
me sinto em casa.
— Estou tã o feliz por você — disse me abraçando de lado, com os
olhos marejados.
Eu me contive para nã o voltar a chorar e passamos pela porta
que dava para a á rea aberta. Natalie e Elliot tinham chegado e estavam
conversando com minha sogra, enquanto Cameron conversava com meu
sogro e meu pai, mas sua atençã o veio diretamente para mim e acabei
sorrindo.
Beijei o rosto de meu pai quando ele se levantou para puxar a
cadeira para minha mã e e Cameron fez o mesmo para mim.
— Obrigada, amor — agradeci e ele beijou o topo de minha
cabeça.
— Estava chorando? — questionou em voz baixa.
Eu o olhei rindo e acariciei seu rosto.
— Sim, estou um pouco emotiva — expliquei, e ele balançou a
cabeça concordando. Passou a mã o em minha coxa e beijou minha
bochecha.
Percebi que ele e Eliza trocaram olhares como se fosse de
confirmaçã o. Papai e Arthur começaram a conversar animadamente com
Cameron e Elliot sobre o time, e meu marido encheu a boca para falar
sobre o ó timo desempenho que tinham.
Depois de conversar enquanto tomávamos o café, e de Natalie
fazer questã o de contar na frente de Isaac e Jeff que Jasper estava
namorando com a capitã das líderes, o que vai causar uma série de
brincadeirinhas da dupla Isaac e Jeff, Cameron fez o convite e todos
tivemos que nos arrumar, pois o dia seria longo e corrido.
Maya me encontrou antes de subir as escadas e eu balancei a
cabeça negativamente antes que ela se aproximasse. Entã o, ela sorriu e
saiu rapidamente.
Cameron me abraçou por trá s e deu um beijo na curva de meu
pescoço.
— Você precisa se arrumar, amor — avisei. Eu o senti sorrindo e
ele beijou novamente meu pescoço.
— Eu quero você — sussurrou.
Eu me virei de frente para ele e o empurrei contra a bancada da
cozinha, onde estávamos e que, por hora, estava vazia.
— Depois do jogo serei toda sua — afirmei, selando nossos
lá bios, e ele apertou minha cintura. — Amor… — sorri, passando os
dedos em seu rosto. — Doze horas — relembrei.
Ele bufou e eu o puxei para subir as escadas. Fiquei o observando
se arrumar. Seu corpo era magro, mas seus braços eram fortes e
definidos, assim como seu abdô men e pernas. E as tatuagens… ele havia
feito todas que tinha vontade e estava lindo, gostoso e todinho meu.
— Você pode parar de me olhar assim?
— Nã o — respondi. — É crime pedir para eu parar de olhar um
homem gostoso desses.
Ele sorriu, com as bochechas coradas, e me beijou. Colocou uma
camisa azul clara da marca Supremacia Styles e me olhou novamente.
— Tem certeza de que vai ficar bem hoje? A gente sempre almoça
junto e…
Selei nossos lá bios, fazendo-o se calar. Cameron era sempre
muito cuidadoso e carinhoso comigo, mas eu havia percebido que
ultimamente estava um pouco mais, se é que isso era possível.
— Meu amor, nã o se preocupe, estarei com a minha mã e — eu
disse, e ele fechou o braço em minha cintura. — Cam… — murmurei,
rindo — Você vai acabar se atrasando, ande logo.
Ele me deu um outro selinho e me soltou.
Decidi começar a me arrumar também. Cameron terminou e
parou atrá s de mim no espelho enquanto eu me analisava. Ele me
abraçou e beijou meu ombro.
— Se cuide e qualquer coisa me ligue, estou por perto — avisou.
— Pode deixar, amor. — Virei meu rosto e lhe dei um selinho.
Ele me encheu de beijinhos e saiu do quarto, pegando sua
mochila no caminho. Esperei cinco minutos depois de sua saída, e ele
voltou por ter esquecido o celular, que sempre esquecia quando ia jogar
bola com os meninos.
Depois de dez minutos, tive a certeza de sua ausência em casa.
Abri a porta do quarto pela digital e Maya já me aguardava. Eu a puxei
para dentro e ela acabou rindo.
— Consegui agendar para hoje, à s onze. Confirmei com o hospital
e o exame de sangue sai em uma hora e meia — Maya explicou e eu, por
instinto, a abracei.
— Você é incrível, muito obrigada. Mas preciso pedir mais uma
coisa. — Ela me olhou e acenou para que eu continuasse. — Nem
Cameron, nem ninguém, absolutamente ninguém, pode saber dos testes
e do exame que vou fazer no hospital.
— Claro, senhora, eu sabia que me pediria algo assim.
— Perfeito, muito obrigada — agradeci novamente. — Vá
descansar e, por favor, só quero te ver trabalhando de novo na segunda-
feira — avisei, e ela sorriu, concordando.
— Como quiser, mas estou à disposiçã o caso precise.
— Ah, sim, claro, mais uma coisa. Diga a minha mã e que estarei
pronta daqui a uma hora para sairmos, por favor?
— Sim, agora mesmo — avisou e se despediu.
Capítulo 24 - Rebecca Styles
Fazia três dias que minha gravidez estava confirmada, e Cameron estava
ainda mais cuidadoso do que antes, e eu nã o fazia ideia de que isso era
possível.
E estava sendo terrível para mim. Porque amava quando ele
cuidava de mim, e quando me acariciava, minhas pernas
automaticamente queriam se abrir.
Eu o queria demais, mas ele me afastou no sá bado, domingo e na
manhã de hoje, segunda-feira, repetindo que só depois que eu
conversasse com a obstetra eu poderia me apossar de seu corpo nu.
Assim que a minha médica me instruiu e confirmou que relaçõ es
sexuais eram permitidas, e que melhorariam minha gestaçã o e até
mesmo o parto, meu dia todo se iluminou. Ela também explicou que
seria normal a diminuiçã o ou aumento de libido e, como Natalie me
acompanhou, me contive em dizer que com certeza tinha aumentado.
Todos os nossos familiares e parentes sabiam da minha gravidez
e era ó timo saber que nosso primeiro e os pró ximos filhos seriam muito
bem recebidos.
Natalie me deixou em casa e seguiu para o seu ateliê. Cameron
estava em reuniã o no escritó rio da Supremacia, pois fecharia negó cio
com um cliente importante. Tive que convencê-lo de que nã o podia
cancelar para me acompanhar, já que se tratava da maior e mais
conhecida joalheria dos Estados Unidos, que tinha uma filial aqui em
Palo Alto.
Passei o resto da minha tarde com Maya e Marjorie, que se
tornaram minhas amigas e confidentes, em uma maratona da série
Gossip Girl, que Marjorie nunca havia assistido. E descobri que Marjorie
e Brian, desde a primeira vez em que ficaram na primeira festa do time
em Stanford, estavam juntos; e alguma coisa estava acontecendo entre
Maya e Finn. Demonstrei meu total apoio à s duas.
— Meninas, eu amei passar a tarde, mas preciso de um tempinho
sozinha.
— Senho… — Olhei Marjorie com advertência. — Rebecca,
Cameron nã o quer que a deixemos sozinha nem por um minuto.
Maya balançou a cabeça em concordâ ncia e eu abri um sorriso
maroto.
— Eu nã o me acompanharia se fosse vocês, vou ligar para ele e,
bom, nã o acho que vã o querer ouvir o que tenho a dizer.
Elas automaticamente fizeram uma careta e eu gargalhei.
— Com licença, senhoritas.
Subi as escadas e entrei no quarto. Depois de tomar um banho
relaxante e colocar um pijama, porque passavam das oito e meia da
noite, e eu já iria me deitar, me sentei no sofá e liguei para Cameron.
Nas segundas, ele tinha o combinado de sempre jogar basquete,
hó quei ou futebol com os meninos, e nunca foi um problema para mim,
mas hoje, especialmente hoje, eu queria provocá -lo.
— Oi, minha rainha.
— Onde você está , senhor Styles?
— Na casa dos meninos, jogando basquete. Vamos jogar a ú ltima
partida e volto para você — prometeu.
— A obstetra disse que nossas atividades estã o liberadas e pode
até ajudar na gestaçã o e no parto…
— Cameron, começaremos em cinco minutos — ouvi a voz de
Peter na chamada.
Mas todas as vozes começaram a ficar distantes e a ú ltima coisa
que entendi, pela voz de Josh, foi:
— Deve ser Rebecca no telefone.
Acabei rindo.
— Continue — Cameron pediu.
— Ah… — Soltei um suspiro. — Eu quero tanto você… —
resmunguei. — Mas tudo bem, irei me virar sozinha.
— De jeito nenhum, Rebecca — esbravejou. — Chego em alguns
minutos.
O som ficou abafado, assim como as vozes dos meninos, entã o
deduzi que ele havia colocado o celular no bolso do short sem finalizar a
chamada.
— Estou indo embora, Nicholas pode jogar no meu lugar — eu o
ouvi dizer apressadamente.
— Embora? Mas…
— Vai todo mundo se foder, eu nã o vou jogar.
Gargalhei o ouvindo, e as risadas dos meninos preencheram toda
a ligaçã o.
— Com certeza era a capitã — Peter alegou, reafirmando as
palavras de Josh.
Finalizei a chamada com um sorriso enorme no rosto, me
sentindo incrível por ter causado aquilo nele. Estava vingada a vez em
que eu estava em uma chamada de vídeo com Astrid e ele enfiou o rosto
entre minhas coxas.
Hoje eu ria daquela situaçã o, mas no dia quase morri do coraçã o
tentando manter a compostura para desligar a chamada. E, claro, ela nã o
viu Cameron porque via apenas o meu rosto.
Perfumei e hidratei meu corpo para passar o tempo. E o que
deveria ter sido uma chegada em dez minutos, se transformou em três.
Cameron passou por mim feito um foguete, voltou e me encarou
seriamente; seu corpo estava suado, e suas bochechas, coradas. Ele
seguiu para o banheiro e eu abaixei a luz do quarto.
Tirei o pijama, me deitei na cama e cobri meu corpo com o
edredom creme.
Apertei meus seios, sentindo-os intumescidos de excitaçã o. Desci
as mã os por meu abdô men até entre minhas coxas e me toquei, molhei
os lá bios e suspirei. Estava perdida de desejo por ele.
Cameron saiu do banheiro e eu me toquei novamente, olhei para
ele e arfei um gemido. Seus cabelos estavam molhados, as bochechas
avermelhadas e seu pau endurecido na minha direçã o. Seu corpo cobriu
o meu por baixo do edredom, fazendo sua excitaçã o encontrar a minha.
Quente e duro.
Seus lá bios tocaram os meus e sua língua invadiu minha boca
com voracidade. Ele esfregou o pau em minha entrada e clitó ris e gemeu
contra os meus lá bios.
— Cam… — murmurei e ele mexeu a cintura.
Sua mã o enorme desceu por meu abdô men até embaixo do
umbigo e eu senti seu dedo do meio massagear meu clitó ris inchado. Ele
sorriu quando me penetrou.
— Você está tã o molhada — sussurrou, passando os lá bios em
meu pescoço. — Tã o quente… — Beijou minha clavícula. — Gostosa… —
Ele molhou o bico do meu seio direito com a língua. — Deliciosa… —
Molhou o outro bico e eu me remexi em seu dedo que estava parado
dentro de mim. — E minha… — Massageou meu clitó ris com o polegar
enquanto me penetrava.
— Ahn, Cameron… — gemi, envolvendo fios de seus cabelos em
meus dedos.
Desci a mã o até seu pau e o acariciei por toda a sua extensã o.
Massageei sua glande molhada e inchada.
Ele pegou minha mã o e entrelaçou os dedos nos meus,
pressionando meu braço contra o travesseiro. Entã o, ele se posicionou
entre as minhas pernas e esfregou a glande em minha entrada.
Levantei a cabeça e o abracei pelos ombros.
— Cameron, inferno! — xinguei e ele sorriu.
— Você está muito malcriada ultimamente, Rebecca.
— Você tem me deixado assim — retruquei, afundando as unhas
em seu ombro.
— Terei que te dar uma liçã o — provocou enquanto me
penetrava um pouco.
— Entã o faça isso direit… — Ele se afundou em mim antes que eu
terminasse.
Estiquei meu corpo para a frente e gemi, fechando os olhos.
Sua mã o apertou minha bunda e me pressionou para cima, o que
me fez senti-lo com ainda mais nitidez.
— Estava com saudade, nã o é? — perguntou em um tom safado,
com um sorriso convencido.
— Maldito!
Ele sorriu e mordeu o lá bio.
Ele sabe que é gostoso, pensei.
Mexi meus quadris e inverti nossas posiçõ es, ficando por cima.
Comecei com o movimento de vai e vem, para entã o rebolar do jeito que
eu gostava e sabia que o deixava louco. Apoiei as mã os em seus ombros,
quicando em cima dele. Ele jogou a cabeça para trá s, os cabelos
desalinhados, os olhos azuis pegando fogo, o corpo avermelhado, e ele
gemia enquanto agarrava minha bunda com as duas mã os, distribuindo
tapas e a apertando.
— Caralho — gemeu, puxando-me para beijá -lo.
Eu me inclinei para a frente, envolvendo seus lá bios aos meus, e
me esfreguei em seu corpo. Cameron voltou a ficar em cima de mim e
rebolou, o que me fez gemer alto. Aquilo era incrível, ele me preenchia
por completo e se remexia de forma enlouquecedora, e tã o colado a mim
que se esfregava em meu clítoris.
— Amor… — gemi, ofegante.
Era uma sú plica para que ele nã o parasse, e ele manteve o ritmo,
indo mais fundo e mais forte. Arranhei sua nuca e me abri mais para ele.
Suas mã os agarraram minha bunda e ele me levantou um pouco. Eu o
senti crescer e latejar dentro de mim, e cheguei ao orgasmo.
Ele me imobilizou com as mã os grandes em minhas coxas pela
parte de trá s e começou a estocar dentro de mim, com os lá bios
pró ximos aos meus e me olhando. Era maravilhoso vê-lo gozar com os
olhos voltados para mim, com devoçã o, amor, obsessã o e até uma certa
possessividade.
Eu o abracei pelos ombros e o beijei enquanto ele diminuía o
ritmo, com a respiraçã o ofegante e o corpo tremendo.
Abaixei meu quadril, encontrando o conforto da cama depois que
minhas pernas cederam. Meu abdô men se contraiu pela dificuldade de
respirar e afastei meus lá bios.
— Minha deusa — enalteceu e beijou minha clavícula, até meus
seios.
Enrosquei os dedos em seus cabelos.
— Você é perfeito, Cameron William Styles.
Capítulo 28 - Cameron Styles
Novembro, quarta-feira, 10:18.
Eu tinha total conhecimento de que estava insuportavelmente cuidadoso
com Rebecca, mas seguia a tese de que, se ela nã o reclamava, entã o nã o
era de fato um problema.
Os meninos do time estavam cuidando de Rebecca o má ximo que
podiam. Peter e Josh iam em casa todos os dias depois da faculdade
conversar com Rebecca e o bebê, isso quando nã o o faziam na faculdade.
Os outros sempre que nos viam cumprimentavam o bebê, perguntavam
como ele e Rebecca estavam.
Acreditava que minha mã e ficaria vinte e quatro horas em cima
de nó s, mas quem ficou desse jeito na verdade foi meu pai. Todos os dias,
durante dois meses, ele nos ligou, e se eu nã o atendesse ou por algum
motivo nã o conseguisse falar, ele ligava para Natalie ou diretamente para
Rebecca. E minha sogra estava do mesmo jeito. Todos os dias Rebecca
falava com a mã e, o pai e Isaac.
E a segurança deles foi triplicada.
Eram intocáveis, e eu os manteria assim pelo resto da minha vida.
Hoje era o dia do ultrassom para sabermos se era menino ou
menina, e Maya e Marjorie pediram para fazer uma surpresa para nó s
dois descobrirmos juntos. Entã o, a clínica iria enviar o resultado para
Maya e elas fariam alguma coisa para nó s.
Era uma tortura, mas seria algo nosso e Rebecca adorou a ideia.
Na primeira vez em que ouvi o coraçã ozinho do bebê, chorei
tanto que atrasei a consulta seguinte da doutora, e toda vez que ouvia,
com um aparelho que compramos para ouvirmos em casa, meus olhos
se enchiam d’á gua. Aquela sensaçã o era maravilhosa.
— Vamos? — Rebecca chamou calmamente enquanto se
aproximava.
— Você nã o vai deixar me deixar entrar?
— Amor, tenho certeza de que você vai pressionar a doutora e ela
vai acabar cedendo por receio de ter problemas com a nossa família. —
Ela sorriu, acariciando meu rosto.
— Ah… — resmunguei, desanimado. — Tudo bem. — Eu dei de
ombros.
Ela beijou meus lá bios e passou os dedos na barriga de três
meses, começando a cantar a mú sica que tocava no carro.
— Podemos ir para Santa Cruz amanhã ? — perguntou, e sua mã o
deslizou em minha nuca enquanto eu dirigia.
— Santa Cruz?
— Quero muito ir para a praia. Uma vontade que nunca senti, e
como meu aniversá rio é na sexta-feira, pensei que pudéssemos passar
na praia ou em alguma ilha, só nó s dois — explicou, passando os dedos
em meus cabelos, e sorri a ouvindo.
— Gostei muito dessa ideia — insinuei, abrindo um sorriso
malicioso. — Como nã o poderei entrar na sala do consultó rio hoje, vou
resolver a questã o da nossa ida para Santa Cruz — afirmei, estacionando
o carro. — Nã o podemos ir hoje?
Ela gargalhou. A risada dela era incrivelmente contagiante, isso
quando nã o era sem som e batendo palmas.
— Por que está com tanta pressa?
— Vontade de tomar um chá, sabe? — comentei enquanto me
espreguiçava, e aproveitei para passar os dedos em seus cabelos.
Depois que Nicholas explicara qual era o sentido brasileiro de
tomar um chá para mim, Elliot, Peter e Josh quando nos reencontramos,
eu nunca mais parei de falar para minha esposa depois de casados.
— Como se precisasse ir a algum lugar para isso — disse,
descontraída e sorrindo.
— Faz bem para gravidez, você mesma disse — justifiquei, e ela
me encarou como se aquilo nã o fosse justificativa. — Por que nã o
podemos ir hoje?
— Porque você tem jogo amanhã , e eu tenho a competiçã o do
Alpha. Demos sorte que nã o teremos aula na sexta-feira.
Eu a olhei, rindo, e dei de ombros.
— Posso deixar Elliot no meu lugar, o time tem ido muito bem —
sugeri.
— Você nã o tem jeito, Styles — rebateu em tom divertido
enquanto eu saía do carro.
Abri a porta para ela e, antes de subirmos para o consultó rio,
selei nossos lá bios.
Enquanto esperava Rebecca sair da sala, organizei as coisas para
a nossa ida a Santa Cruz. Quando ela saiu, seus olhos eram esperançosos
e cheios de expectativa.
— Como eu disse, mã ezinha, o bebê está muito bem, posso dizer
que a gestaçã o em si tem sido muito saudável, é ó timo ver que ela está
se cuidando e sendo muito bem cuidada.
Sorri, concordando, e beijei o topo da cabeça de Rebecca quando
ela estava pró xima o suficiente para que eu o fizesse. Nó s nos
despedimos e seguimos para a nossa casa.
Assim que entramos, Maya e Marjorie nos aguardavam com
ansiedade e animaçã o nos olhos. Ambas agitadas.
— Está tudo pronto na sacada — Maya disse, sem dar uma
indicaçã o sequer passar.
— Por que nã o em um dos quartos das crianças? — perguntei.
— Porque a direita é dos meninos e a esquerda é das meninas,
nã o vamos dar dicas, senhor Styles — Marjorie respondeu.
Bufei, e as três mulheres a minha frente riram.
Subimos para o nosso quarto e caminhamos para a sacada. A
mesa estava repleta com o nosso café da tarde, mas, em cima dela, à
frente de nossas cadeiras, estava um prato branco e grande com dois
cupcakes com chantili branco. Nele, estava escrito com calda de
chocolate:
“Coma e descobrirá.”
Rimos e nos sentamos nas cadeiras. Rebecca colocou o celular em
cima da mesa para gravar e nosso bebê ver futuramente, pegou seu
cupcake e me olhou.
— Pegue o seu, vamos fechar os olhos, comer e entã o abrimos
para vermos juntos, combinado? — sugeriu.
— Combinado.
Peguei o meu, fechamos os olhos, contamos até três e, ao
abrirmos os olhos, vimos o recheio azul.
Um garoto.
Eu seria pai de um garotinho!
Com a boca cheia de cupcake, comecei a chorar.
Em vez de Rebecca me abraçar, ela gargalhou e aproximou a
câ mera do meu rosto.
Chorando.
Com a boca suja e cheia de bolo.
Ela devolveu o celular para onde estava e, chorando, me abraçou.
— Eu sabia, eu sabia! — eu disse, chorando, sorrindo e a
abraçando. — Eu vou ser pai de um garotinho! — chorei, beijando seus
lá bios e os deixando sujo de chantili.
Entã o, limpei a boca, fiquei de pé e fui dominado por uma euforia.
Eu a puxei para que se levantasse também e, com cuidado, a levantei no
ar.
— Você estava certo, amor, é um menino — ela disse com o nariz
avermelhado.
Eu nã o conseguia falar e nem parar de sorrir. Entã o, fiquei de
joelhos e beijei sua barriga.
— Meu garotinho, você é tã o forte, saudável e já está cuidando da
sua mã e — afirmei, com a voz embargada pelo choro.
Eu me levantei apressadamente e abracei Rebecca, erguendo-a
outra vez.
— Eu vou ser pai de um menino! — anunciei, girando-a em meus
braços. — Eu vou ser pai de um menino! — repeti.
Comecei a distribuir beijinhos pelo rosto de Rebecca enquanto
ela os recebia sorrindo.
— Obrigado por nã o ter desistido e por me deixar viver essa vida
com você. — Beijei a palma de sua mã o e ela sorriu com os olhos
marejados.
— Meu amor, nó s dois somos responsáveis e merecedores dessa
vida, você nã o desistiu quando eu nã o queria tentar o namoro falso —
ela disse, sorrindo, e se inclinou para me beijar.
Depois de comermos e tomarmos um banho juntos, Rebecca
começou a falar com Astrid por chamada de vídeo. Tínhamos combinado
que contaríamos a ela e Andrew sobre o resultado do ultrassom, pois
eles nunca contavam nada a ninguém.
A ligaçã o acabou sendo um misto de emoçõ es, e Andrew nã o
parava de chorar. Meu primeiro instinto foi zombar da cara dele, mas
minha esposa mostrou o vídeo e isso acabou com a minha moral. Foi
impossível nã o rir e se emocionar novamente durante nossa conversa.
Quinta-feira, 19:10
Quando o jogo acabou e nossa vitó ria foi declarada, os meninos e
eu paramos para tirar a foto, com Natalie de fotó grafa. Rebecca desceu
as arquibancadas da á rea vip com Georgia e Antonella e tirou da bolsa o
par de sapatinhos azul que havíamos comprado mais cedo, depois do
meu treino.
Ela estava parada ao lado de minha irmã , que foi a primeira a
olhá -la.
— Isso quer dizer que…
Antes que Natalie terminasse de falar, Peter anunciou:
— Eu disse que era um menino, eu disse, caralho!
— Nã o pulem na capitã ! — Josh gritou, e os meninos
desaceleraram.
Ela, depois que se soltou de Natalie, recebeu um abraço coletivo e
cuidadoso dos meninos do time, para em seguida abraçar Nicholas, Alec,
Jasper e Ned separadamente.
O time me olhou como se estivessem prestes a me atacar.
— Nã o — murmurei, mas era tarde.
Eles avançaram em mim e começaram a pular
descontroladamente, gritando para toda a Stanford ouvir que eu seria
pai de um menino.
— Parabéns, cara, peça perdã o a Deus por tudo o que fez seus
pais passarem — Elliot disse, bagunçando meu cabelo.
— Ai, meu Deus — fingi me lamentar.
Eu me aproximei de minha esposa, que falava com os primos, a
madrinha, Benjamin, Anthony, Georgia, minha irmã , Calleb, Lana e Neji.
Todos animados enquanto conversavam com ela.
Beijei o topo de sua cabeça e a avisei que tomaria um banho para
podermos viajar.
— A festa da vitó ria vai ser na casa de quem? — Eric questionou.
— Noite na casa do capitã o? — Adam sugeriu, e eu acabei rindo
enquanto me levantava depois de já ter colocado o tênis.
— Amanhã é o aniversá rio da minha esposa e vamos viajar. Dessa
vez nã o estarei presente na festa, e devo acrescentar que nã o sinto
muito, pois sou casado — afirmei, abrindo um sorriso. — Obrigado, meu
Deus!
— Casado, casado, casado, só sabe falar isso — Peter debochou, e
em resposta mostrei o dedo do meio a ele.
— Nicholas? — um dos meninos disse.
— E deixar um bando de macho fazendo bagunça na minha casa
quando posso ficar em paz com a minha esposa? De jeito nenhum —
Nicholas atestou e os meninos bufaram.
Olharam para Elliot com expectativa.
— Já pensaram em fazer na casa de vocês? Stanford toda vai para
lá — Elliot disse, confirmando que sua resposta seria nã o.
Decidi sair do vestiá rio e caminhei até o estacionamento, onde
Rebecca estava com Jasper e Luce conversando animadamente. Ela
estava sentada no banco do passageiro do nosso carro e eles estavam
encostados no deles.
— Só para avisar — comecei a dizer ao me aproximar —, os
meninos estã o procurando uma casa para a festa de comemoraçã o do
jogo de hoje — avisei, e Jasper suspirou.
— Acho que vou para casa da minha mã e com Jace, ele está um
pouco cansado das festas que Alec, Ned e Jasper ficam fazendo, sabe? —
Luce disse, como se Jasper nã o estivesse presente. — Na verdade,
ninguém aguenta esses três mosqueteiros chatos pra caralho.
— Ei — Jasper protestou.
— Vai se foder! Eu, Calleb, Lana, Jace e Neji estamos quase indo
embora — Luce alertou.
— Vocês estã o em maioria — Rebecca interveio —, expulse eles
— sugeriu, e os dois a olharam, Jasper incrédulo e Luce adorando. —
Acha que meu esposo está na linha como?
Agora, tanto Luce quanto Rebecca simplesmente ignoraram que
eu e Jasper estávamos presentes.
— Dê um basta, vocês conseguem, homens nã o tem limites —
Rebecca explicou, e de longe pude notar a provocaçã o entonando em sua
fala.
— Podemos ir embora? Acho que Luce já sabe o que precisa fazer
— comentei, forçando um cansaço na voz, e ela sorriu, concordando.
Nó s nos despedimos e eu entrei no carro depois de fechar a porta
do lado de Rebecca.
Apertei sua coxa e mordisquei o ló bulo de sua orelha enquanto
ela prendia o cinto de segurança.
— Você adora me provocar.
Ela passou a mã o em meu pescoço, descendo até meu abdô men e,
com os lá bios pró ximos aos meus, sussurrou:
— É meu hobby favorito, senhor Styles. — E ameaçou me beijar.
Capítulo 29 - Cameron Styles
Santa Cruz, Estados Unidos
Ilha Particular dos Styles
Novembro, sexta-feira, 10:10
Preparei um café da manhã especial para a minha esposa depois do
banho que sempre tomava para despertar. E pelos barulhos vindos do
quarto, soube que Rebecca tinha se levantado para tomar o dela, mas
como estava fazendo quase sempre, ela se deitou na cama apenas de
roupã o para tirar um cochilo.
Entrei no quarto com o carrinho que levava a bandeja e me
aproximei de minha esposa, beijei seu rosto e, em seguida, seu pescoço.
Ela se mexeu e abriu os olhos lentamente.
— Bom dia, minha deusa — disse, passando os dedos em seu
rosto. — Feliz aniversá rio!
Ela abriu um sorriso, murmurando um “bom dia” preguiçoso e se
sentou na cama.
— Trouxe seu café da manhã — avisei, pegando a bandeja de
madeira, e a coloquei ao seu lado.
— Amor, nã o precisava — assegurou, sorrindo, e seus olhos
marejaram.
— Estou cuidando da mulher da minha vida e do nosso pequeno
— expliquei, sentando-me do outro lado da cama, pró ximo da bandeja.
— Vamos comer e depois te darei seu presente.
— Estive pensando em algumas coisas do futuro bem pró ximo,
depois que eu ganhar o bebê — começou, depois de tomar um pouco de
suco e comer o misto quente. — Pelas minhas contas, ele nascerá em
maio do ano que vem e eu… bom…
Eu a olhei como incentivo para que falasse.
— Vou parar a faculdade durante o segundo semestre do ano que
vem para ficar com ele — declarou, parecendo estar decidida e apenas
me avisando.
— Amor…
— Eu sei, você vai falar que nã o acha justo eu parar a faculdade
para ficar com o bebê enquanto você continua — interrompeu, me
calando, pois, era aquilo que eu estava prestes a dizer. — Mas, parando
durante seis meses, vou me formar com você, Natalie, e o time, que tem
o mesmo tempo de faculdade que a gente. Por esse motivo, você nã o
pode parar junto comigo.
— Discordo, quero passar meu tempo com o meu filho também.
— Sim e você vai. — Ela tocou minha mã o. — Mas nã o precisa
parar a faculdade por isso.
— E nem você.
Ela suspirou.
— Eu vou estar me recuperando do parto, e durante as férias
você vai estar comigo e com ele, mas estarei amamentando e me
adaptando. Você vai ser completamente presente, mas…
— Da mesma forma que você é mã e, eu sou o pai — retruquei.
— Sim, está completamente certo, o que quero dizer é que estou
escolhendo terminar a faculdade com vocês. Quero passar os primeiros
meses junto dele e ainda assim me formar com vocês — ela suspirou. —
O bebê nã o me atrapalhará em nada, estarei em férias na quarentena,
vou poder ficar com ele de tarde até a noite, porque sei que você vai
insistir que eu estude de manhã e você de noite. — Eu sorri a ouvindo.
— E enquanto eu estudo, você cuida dele. Ou estou errada?
— Completamente certa — confirmei, e ela sorriu.
— Quero me formar com vocês e ficar com meu filho o dia todo
nos primeiros meses dele, depois volto para a minha rotina. Nã o se trata
de uma obrigaçã o, e sim de uma escolha que fiz e espero muito que você
me apoie.
Passei os dedos em seu rosto enquanto ela voltava a comer uvas
verdes.
— Colocando dessa forma, nã o tem como nã o te apoiar. Mas, meu
amor, se você acha que tem que parar a faculdade para cuidar do nosso
filho, eu vou fazer o mesmo porque é nosso. Você nã o vai cuidar dele
sozinha, ele tem pai. — Ela riu me ouvindo. — E sei, porque a minha mã e
ficou grudada em mim na gravidez de Luke, que a maternidade pode ser
solitá ria, e eu nã o quero que você se sinta sozinha, entã o te deixar
enquanto eu estudo me parece muito errado.
Ela abriu a boca pronta para me interromper, porém, nã o deixei:
— Entendo a sua escolha e apoio, mas durante as férias vamos
ver se você prefere que eu esteja em casa de manhã ou de noite durante
os seis meses em que nã o estiver estudando, combinado?
Ouvi seu suspiro de alívio, e seu rosto foi tomado por um sorriso.
— Combinado. Parece que estamos de acordo agora — ela
observou enquanto eu colocava a bandeja quase vazia de volta ao
carrinho.
— Dias de gló ria em nosso casamento — provoquei.
— Diz isso como se brigá ssemos ou discordá ssemos de algo todo
dia — rebateu.
Empurrei o carrinho para perto da porta e parei em sua frente
com as mã os na cintura.
— Sempre que você discorda começa com “Sim, amor” — imitei
sua voz — e termina com “E é por isso que eu nã o concordo”… —
finalizei, ainda imitando sua voz. — E isso acontece com grande
frequência quando se trata das brigas com o time em que eu sempre
estou do lado deles.
— Fiz isso algumas vezes para nã o incentivar o caos — justificou-
se.
— Três vezes em três brigas — relembrei, e ela me puxou pelo
braço, me fazendo parar em cima dela.
— Se quisesse alguém que nã o discordasse de nada que fala,
deveria ter ficado com outra pessoa que nã o fosse sua inimiga de
infâ ncia — declarou, com os lá bios pró ximos dos meus.
— Inimiga de infâ ncia? — ironizei, afundando os dedos em seus
cabelos e me arrumei em cima de seu corpo.
— Você é insuportável e egocêntrico, só estou aqui pelo seu
rostinho bonito — insistiu, passando os dedos em minhas costas.
— Rostinho bonito ou… — Desci a mã o em seu corpo, por baixo
de seu roupã o, e deslizei os dedos em sua boceta, tocando-a de leve. — O
jeito que eu te toco? — questionei, esfregando seu clítoris.
— O rostinho bonito — desafiou.
— Talvez seja o jeito que eu te beijo — sugeri, fitando-a, e me
inclinei para tocar seus lá bios.
Ela fechou os olhos, deixando claro que queria ser beijada, mas
em resposta, eu me abaixei para beijá -la onde eu realmente estava com
vontade.
Soltei a corda que amarrava seu roupã o e passei a língua em seu
clítoris inchado, ouvindo minha melodia favorita: os gemidos da minha
mulher.
Comecei a movimentar a língua lentamente, como se estivesse a
beijando, e apertei suas coxas, pressionando-a mais contra a minha
boca. Seu corpo se arrepiou e ela se remexeu, agarrando meus cabelos
com uma mã o e apertando o lençol com a outra.
Eu a penetrei com dois dedos, fazendo pressã o. Ela balançou a
cabeça para a direita e esquerda, os olhos fechados, a lombar inclinada
para a frente com os seios estufados e o quadril se mexendo em um
ritmo que me fazia chupá -la da forma que ela gostava.
Caralho, ela era incrível e, porra, estava encharcada.
— Cam… por favor… — suplicou, e eu sabia o que ela queria.
Porque sempre que estava com muito tesã o, pedia por mim. Mas
eu ainda queria que implorasse.
Afastei meus lá bios e a girei na cama, começando a esfregar meu
pau em sua bunda enquanto a penetrava novamente com os dedos.
— Ah, Cameron! Merda! — gemeu.
Mexi minha cintura, fazendo-a se mover embaixo de mim e se
esfregar no colchã o. Ela agarrou o travesseiro enquanto eu acelerava
meus dedos.
— Cameron, eu preciso de você, dentro de mim, ahn… por favor
— implorou.
Saí de cima dela e ela, à s pressas, me empurrou contra a cama e
se sentou em cima de mim, encaixando-me perfeitamente dentro dela.
— Porra… — gemi, porque ela deslizou em mim, quente e
deliciosa.
Seus olhos cheios de tesã o me encaravam, as bochechas coradas,
os seios cheios com os bicos duros e o corpo em chamas enquanto
rebolava em cima do meu pau. Rebecca me encarava com possessividade
e desejo, como se eu fosse o homem mais foda do mundo. Eu me sentia
queimar com o seu olhar.
Ela era poderosa.
Dominante.
A imperatriz da minha vida e de tudo de mim.
Ela se mexia prazerosamente, como se quisesse me governar, me
consumir.
Ela estava em todos os meus sentidos. Eu sentia o pulso em meu
pescoço, o suor descendo em minhas costas e minha testa, meu pau
crescendo e pulsando ainda mais.
— Caralho, Rebecca… você… Aí, porra — gemi, fechando meu
braço ao redor de sua cintura.
Arrastei os dentes em seu pescoço e a joguei na cama, virando-a
de lado, e a penetrei. Estávamos quase no limite.
Eu a envolvi com o braço ao redor de seu pescoço e desci a outra
mã o para o seu clítoris duro de tesã o. Eu a estimulei enquanto ia para
frente e trá s, deslizando dentro dela. Suas unhas se afundaram em meu
braço e ela jogou a cabeça para trá s, apoiando-se em meu ombro
enquanto mexia o quadril, batendo a bunda contra a minha pélvis.
— Cameron… — gemeu, explodindo.
— Você é gostosa pra caralho — disse, ofegante. Eu a abri mais
com a minha perna, penetrando-a em um movimento gostoso e
profundo.
Ela estremeceu e gemeu outra vez. Apertei sua cintura, meu
cérebro congelou, meu corpo tremeu e atingi o orgasmo ao sair dela. O
líquido escorreu por sua bunda e costas.
— Puta merda — resfoleguei.
Era viciante estar dentro dela, meu corpo todo tremia sempre
que atingia o clímax. Eu achava que depois de tantas vezes fazendo amor
com Rebecca, minha sede de senti-la ficaria um pouco mais controlada,
mas nã o, era totalmente o contrá rio; quanto mais a tinha, mais a
desejava, como se ela fosse o meu ar e eu nã o pudesse viver sem.
Nossas respiraçõ es foram se normalizando aos poucos e ela
conseguiu se mexer.
— Por que você sempre faz isso? — reclamou, com um tom
divertido, e se levantou, indo na direçã o do banheiro.
— Nã o consegui evitar — eu me justifiquei, caminhando atrá s
dela.
Limpei suas costas e bunda debaixo do chuveiro, aproveitando
para dar tapas que a fizeram me xingar. Eu me deitei na cama enquanto
ela ficou no banheiro e a observei voltar e se deitar ao meu lado.
Ela era a mulher mais espetacular e perigosa desse mundo.
Rebecca era do tipo que podia fazer amor com calma, ser selvagem,
carinhosa, ousada. E se eu nã o estivesse num dia bom, podia ficar em
qualquer lugar sem falar ou fazer nada, apenas com ela e sua presença
reconfortante. Era, sem dú vidas, quem me mantinha vivo e motivado.
Antes, eu sabia que ela era a mulher da minha vida, mas agora era
diferente, é tudo para mim, é o que eu respiro, o que eu penso quando
vou dormir e ao acordar, a razã o da minha insanidade e sanidade. É o
que me faz ser emoçã o e, ao mesmo tempo, razã o.
E é minha esposa, melhor amiga, defensora, apoiadora, ao mesmo
tempo que brigava e me corrigia sempre que precisava, assim como eu
fazia com ela.
— No que você está pensando? — questionou, passando os dedos
em meu braço, que estava estendido enquanto eu acariciava seu rosto.
— Você é linda, perfeita, o meu mundo inteirinho, e eu sou
obcecado por você.
— Eu amo saber que você é todinho meu.
— Possessiva — impliquei.
— Do jeitinho que você gosta — rebateu.
Sorri a olhando e me aproximei para beijá -la. Em seguida, dei um
beijinho em seu nariz.
— Quero ver o mar.
— Deixe eu te mostrar seu presente antes — relembrei,
levantando-me da cama.
Eu trouxe o quadro tampado para o quarto e o coloquei em cima
de uma poltrona. Ela se levantou, vestindo o roupã o, e se aproximou.
— Espero que você goste.
Puxei o pano e Rebecca prendeu a respiraçã o, ficou instantes
encarando e seus olhos se encheram d’á gua.
— Cam… é lindo — elogiou, aproximando-se do quadro e
encostando apenas as pontas dos dedos.
Era a pintura de uma foto que foi tirada durante o nosso
casamento, em que dançávamos juntos sem tirarmos os olhos um do
outro.
— Quando vi o á lbum de fotos do nosso casamento, me veio uma
ideia de fazer a nossa arvore genealó gica. Primeiro eu e você no nosso
casamento e depois… — Eu me aproximei e passei as mã os em sua
barriga. — Nó s.
— É tã o lindo, meu amor, eu amei — ela disse, sorrindo.
— Sei que gosta de presentes comprados, mas, mais do que isso,
você gosta de presentes feitos à mã o. Nã o tenho prá tica com pintura,
mas tratei de fazer pelo menos o desenho com traços leves e…
Ela pulou em meu colo e começou a me dar vá rios beijinhos no
rosto.
— Esse quadro é lindo, você ter desenhado deixou ainda mais
bonito, lindo e perfeito. Eu te amo — alegou animadamente, prendendo
as pernas em minha cintura. — Eu amei.
— E eu fico muito feliz por isso — respondi, dando-lhe um beijo.
Depois de alguns instantes com ela observando o quadro,
trocamos nossas roupas e começamos a caminhar pela areia da praia
que era justamente de frente para a casa em que estávamos.
Estava em torno de 18ºC, e estávamos vestindo conjuntos de
moletom da Supremacia e tênis.
Rebecca se abaixou, tocou a areia e sorriu. Mesmo que nã o fizesse
calor, estar na praia parecia bastar para ela.
— Nã o sabia que você surfava — comentou, olhando o mar, e
entã o se virou para mim. — Vi as pranchas e uma tinha seu nome.
— Sim, eu gosto, meu tio Thomas amava e me ensinou.
Ela pensou um pouco e passou as mã os na barriga quando a brisa
leve tocou seu rosto. Envolvi meu braço ao redor de seus ombros.
— Você pensou em algum nome para o nosso filho?
— Cameron Junior.
— Nã o — disparou.
— Michael Jordan — sugeri.
— Nã o.
— LeBron Jam…
— Cameron, ele nã o vai ter o nome dos seus jogadores de
basquete favoritos!
Bufei e ela me mostrou a língua, me fazendo rir e apertar suas
bochechas.
— Em qual você pensou?
— Castiel.
— Minha vó vai se acabar de chorar — brinquei.
— Acho esse nome lindo e uma homenagem também, já que
todos falam bem de Castiel e, por algum motivo, até parece que eu o
conheci. — Ela franziu o cenho e acabou rindo. — Enfim, se você estiver
de acordo, pensei nesse nome.
— Castiel — repeti, pensando um pouco. — Castiel Styles.
Perfeito.
Capítulo 30 - Cameron Styles
Los Angeles, Califó rnia, EUA
Fim de novembro. Sá bado, 20:42
Baile de Má scaras na Mansã o Styles
Era a noite do nosso primeiro baile de má scaras da Supremacia, cujo
tema alinhamos para ser Night Sky, e todos os nossos convidados vieram
com as cores de um céu ao anoitecer.
Concordamos que, apó s nosso tempo na Noruega, nosso lar seria
em Los Angeles, onde a empresa Matriz está situada, onde poderemos
cuidar dos nossos filhos (a princípio do nosso filho), perto dos
familiares. E, devido a isso, o local oficial do baile seria em nossa mansã o
em Los Angeles.
A decoraçã o tinha tons de azul claro e escuro; considerando que
o salã o era branco gelo, as cores ficaram bem destacadas.
Rebecca usava um vestido azul-escuro com brilhos prateados,
simulando um céu estrelado; sua má scara era da mesma cor, cobrindo
seus olhos. Sua barriga de três meses quase nã o aparecia, mas seus seios
e sua bunda estavam um pouco maiores. Ela estava deslumbrante.
Eu a vi sozinha pela primeira vez desde que o baile de má scaras
começara à s sete. Pedi licença da mesa de dois parceiros que estava
conversando e segui na direçã o de Rebecca, deixando minha taça de
vinho em uma bandeja com outras vazias.
— Você está muito gostosa nesse vestido, nã o sei se vou aguentar
até o fim do baile — sussurrei em seu ouvido, e ela se arrepiou, dando
um passo para a frente pelo susto.
— De jeito nenhum, senhor Styles.
Abri um sorriso malicioso e beijei sua bochecha.
E como minha mulher previu, estava sendo um verdadeiro
sucesso. Todos os meus parceiros e possibilidades milioná rias de
parceria comparecerem. Acabou se tornando um verdadeiro baile digno
de filmes ou séries.
A chegada de Astrid e Andrew, a rainha e o príncipe-consorte da
Noruega, tinha sido majestosa de tal forma que todos ficaram
boquiabertos, exceto nossos amigos e famílias que tinham ido para o
nosso casamento.
E, em breve, anunciaríamos a primeira dança, apó s o jantar e
brinde, e finalizaríamos o baile, para que a verdadeira festa entre amigos
e família pudesse começar.
Se você não acredita em vidas passadas, sugiro que não prossiga com a
leitura. Lembrando que todos os fatos a seguir são meramente fictícios e
usados somente para a composição da história.
Caso tenha gatilhos quanto ao assunto suicídio, aconselho, em
qualquer hipótese, NÃO continuar a sua leitura.
O início da histó ria de Cameron e Rebecca se deu pelos sonhos
conectados que eles passaram a ter, mas há diversos fatos que nã o sã o
contados nos livros, e sim apenas indicados.
Nã o é segredo que Cameron e Rebecca sã o as reencarnaçõ es de
Castiel e Rylie, mas o começo nã o veio daí.
A encarnaçã o deles foi de 1898 a 1917, em Sã o Francisco, EUA.
No fim de 1916, Karl Styles e Grace Malik se conheceram e se
apaixonaram um pelo outro de tal forma que nã o conseguiram esperar o
casamento para demonstrarem o amor que sentiam. Em abril de 1917,
Karl foi convocado para a primeira guerra mundial e, meses depois, com
tantas notícias de mortos na guerra, Grace passou muito nervosismo, ao
ponto de ir para o hospital com sintomas como: excesso de urina, boca
seca e visã o turva, descobrindo, entã o, ser diabética e, em um pico alto e
com falta de cuidados, Grace nã o resistiu. Antes que a notícia chegasse a
Karl, ele foi morto em combate.
A descoberta da insulina, que poderia ter salvado a vida de Grace,
se deu em 1921, por pesquisadores canadenses.
A reencarnaçã o foi de 1960 a 1981, em Seattle, EUA.
Em 1980, Elsie Nogueira começou a sonhar com um garoto de
cabelos louros, alto e magro; meses depois, tornou-se vizinha de Petre
Styles e, em um jantar de boas-vindas da família dele para a dela, eles
passaram horas conversando. Nã o demorou muito para que se
apaixonassem. Na noite de 12 de novembro de 1981, Petre pediria Elsie
em casamento, se nã o tivesse sofrido um acidente de carro durante o
retorno para a casa depois de comprar as alianças. E, ao descobrir a
perda do amor de sua vida, Elsie seguiu para a ponte à qual eles
costumavam ir juntos e se jogou no lago cheio de pedras, chegando,
entã o, ao fim de sua vida. A pedra em que Elsie bateu a cabeça foi,
concidentemente, a sobre a qual ela e Petre tiveram a sua primeira vez.
Os dois nunca souberam que sonhavam conectados.
A segunda reencarnaçã o foi a de Castiel e Rylie, entre um Styles e,
novamente, uma Malik, tendo um fim tã o trá gico quanto os de suas vidas
anteriores, mas sua histó ria de amor começou quando Castiel viu Rylie e
soube que era a garota de seus sonhos, e, com tudo de si, se prendeu ao
amor de sua vida. Uma noite antes de ser internada, Rylie se entregou a
Castiel. Eles chegaram a noivar durante as idas ao médico pela
quimioterapia de Rylie, mas, infelizmente, ela nã o resistiu e, no mesmo
dia, ele saiu de moto em alta velocidade, entregando-se à morte.
A terceira e ú ltima reencarnaçã o é a de Cameron e Rebecca, onde
finalmente o destino lhes permite um futuro feliz.
Cameron achava que só havia uma forma de acabar com a sua dor
e o desgosto. E como um aviso da vida, os sonhos com a sua “inimiga de
infâ ncia” começaram. Nã o foi apenas o amor que sentia por ela que o
salvou, e sim as memó rias boas que a existência de Rebecca trazia.
Rebecca, antes de sonhar com Cameron, estava se entregando à
escuridã o, se afogando no medo e desespero de ter que sobreviver e
voltar a conviver com pessoas, mas os sonhos a confortavam todas as
noites, mesmo sem saber que era com ele, de alguma forma, trazia
esperança de que tudo ficaria bem em algum momento.
Mas, depois do reencontro entre eles, os sonhos passaram a ser
avisos de que eles deviam ficar juntos, que nã o deviam se separar e que
o destino de ambos estava ligado pelo amor. Durante o tempo separados,
todas as noites eles sonhavam um com o outro, mas, depois que o
pedido de casamento foi feito, os sonhos acabaram, porque finalmente o
amor foi mais forte e o destino aceitou que nada os separaria.
Carta da Autora
Doce Garota é, se posso dizer, o início de toda a minha histó ria como
autora publicada. Se nã o fosse pela existência dele e de cada leitor que
sonhou comigo, eu, como já disse inú meras vezes, nã o estaria aqui.
Chegamos ao fim de uma longa histó ria, depois de mais de três
anos sendo escrita e esperada.
De toda a minha jornada desde que comecei a escrever, aos 14
anos, Cameron e Rebecca é o casal que mais me prendeu, que mais me
fez querer desenvolver detalhadamente cada situaçã o de suas vidas
juntos. Mesmo que o livro tenha ficado enorme, ao ponto de se tornar
uma quadrilogia, eu nã o me arrependo.
A parte um é totalmente sobre o reencontro do casal e o que eu
mais quis retratar é quã o oprimida Rebecca era por si mesma e pela
família, importando-se com todas as críticas, o quanto isso a desgastou e
a prejudicou. Como muitos diziam, e nã o é mentira: ela era uma senhora
no corpo de uma jovem; nã o conseguia viver e se privava de muitas
coisas tendo tã o pouca idade. Além disso, é sobre como Cameron
aceitava e guardava tudo por medo de ser invalidado ou desprezado,
outra vez, por quem amava.
A parte dois retratou profundamente o que cada um deles
passou. Os abusos físicos e psicoló gicos e as intolerâ ncias, o quanto
Rebecca começou a se entregar a Cameron e o amor dele por ela, que o
fazia esperar e compreendê-la. Fiquei muito marcada quando eles
finalmente confiaram em alguém e contaram o que passaram, e como o
abuso sexual os destruiu. Essa parte trata também das dú vidas de
Rebecca quanto ao passado de suas famílias.
Depois de conhecer a fundo cada personagem, chegou à parte
três. Foi um livro difícil de elaborar porque, em muitas situaçõ es, fiquei
com raiva dele e dela, porque nã o conversavam e Cameron continuava a
querer carregar tudo para si, beirando a pró pria destruiçã o. Mas, ao
mesmo tempo, foi incrível escrever o quanto Rebecca nã o se prendia
mais com seus desejos sexuais e religiã o, nã o tinha medo e muito menos
vergonha.
Essa parte tratou de um ponto alto no amadurecimento dos dois.
Eles entenderam que nã o podiam agir como crianças, pirraçando
sempre, e passaram a ser ousados. O marco dessa histó ria foi a
descoberta da má fia, da monarquia e do passado, além de Cameron
trancado em seu quarto e simplesmente indo atrá s do amor da vida dele
em outro país.
E essa ú ltima parte, para mim, é a melhor.
É sobre amor, lealdade e devoçã o, nã o só em sentido româ ntico.
Quem se atentou aos detalhes e evoluçõ es, viu que nã o foi só
Cameron e Rebecca que evoluíram; os pais, o time, os amigos e até
mesmo quem causou mal a eles amadureceram.
E, uma vez que vocês conheciam Cameron e Rebecca tã o bem, era
a hora de mostrar eles em sua essência, cometendo loucuras por quem
amam, e embarquei nessas loucuras sem medo de julgamento, porque
sabia que vocês os conheciam tã o bem ao ponto de entender os motivos
deles.
Escrever sobre amadurecimento, principalmente da fase
adolescente para a jovem, é um grande desafio, assim como muitos
outros na escrita, porque precisamos entender cada personagem, o que
os levou a ter algumas atitudes, seus traumas nunca falados em voz alta,
o quanto ser obrigado a crescer antes do tempo é prejudicial para
qualquer pessoa, para adolescentes sendo imaturos e muito infantis ou
vivendo à base de pressã o.
Eles mudaram muito do início para essa ú ltima parte e aceitaram
o caos que sã o.
E eu agradeço vocês, que aceitaram esperar pacientemente (ou
nã o), decidiram entender o processo de amadurecimento e abraçaram o
caos que a Supremacia Styles é.
Obrigada à queles que estã o comigo desde o Wattpad e à queles
que chegaram depois.
Vocês sempre serã o parte de toda a minha jornada e da
Supremacia Styles.
Então, adeus?
De forma alguma!
Hoje, demos adeus a Cameron e Rebecca.
Mas dissemos olá para Os Herdeiros da Supremacia Styles.
Seis filhos, seis livros.
Que o caos comece, que o pau tore, que o cabaré pegue fogo e que
Deus ajude os pais dessas crianças.
Preparem o habeas corpus, advogados da Supremacia, porque
vocês vã o precisar!
Conheça mais da Supremacia Styles:
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das novidades e lançamentos das pró ximas histó rias da série.
Lembrando que, contém spoilers.
Até breve,
Stacye C.