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BANCA EXAMINADORA
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Prof. Dr. Wanderley de Oliveira Pereira (Orientador)
Universidade Estadual do Ceará – UECE
Á minha família: Francisca, Antônio e
Maurício.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................... 14
3 METODOLOGIA ................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 40
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
dessa seção iremos tratar das diversas definições dadas à álgebra, da sua origem e
importância.
Lendo livros como, tópicos da história da matemática de Roque e
Pitombeira (2012), onde são apresentados tabletes com problemas matemáticos e
supostas resoluções do que nos parece com equações de primeiro e segundo grau,
desde os babilônios, o que nos faz pensar que eles já tinham conhecimentos sobre a
álgebra. Realmente, temos que muitos dos historiadores matemáticos acreditavam
que os babilônios já utilizavam resoluções algébricas, o que vale ressaltar, é que, na
matemática babilônia não apareciam problemas com termos desconhecidos, o que
nas nossas equações são definidas como incógnitas. Então, afinal pode ser que os
problemas matemáticos apresentados nos tabletes não se tratassem de fato de
equações. Com isso continuamos na incerteza da origem das representações
algébricas.
Como coloca Roque e Pitombeira, na matemática grega, temos algo um
pouco parecido com a álgebra que foi um problema introduzido por Diofanto, quando
criou o termo arithme, Para Diofanto, o arithmes é uma “quantidade indeterminada
de unidades”, diferente dos números, que são formados de uma quantidade,
determinada de unidades.
No livro de Roque e Pitombeira (2012), tópicos da história da matemática
é citado uma definição de Diofanto sobre uma equação algébrica “pura”.
Cardano, tratava as equações é possível dar uma nova definição para o que
conhecemos por álgebra.
Como já citado, nossa álgebra teve grande influência por Al-Khwarizmi e
outros matemáticos junto a ele desde seus primeiros trabalhos em resolução de
equações a partir do século IX. Os indianos tiveram grande contribuição para a
álgebra, e até hoje o matemático Bháskara tem grande destaque por ter uma
fórmula de equação de 2° grau com o seu nome. Deve ser ressaltado que é um erro
relacionamos a origem da fórmula de resolução de 2° grau a Bháskara, pois em
muitos registros contam que os indianos na época não resolviam esse tipo de
problema matemático utilizando essa fórmula ou até mesmo esse tipo de
procedimento. Afinal, é possível dizer onde e por quem de fato a álgebra teve
origem? Quando falo de álgebra nesse sentido, estou me referindo a álgebra que é
definida nas escolas como sendo a generalização da aritmética, o processo de
resolução por meio de procedimentos ou fórmulas e a existência de simbolismo bem
como os termos desconhecidos. São tantas as respostas e ao mesmo tempo tudo
tão incerto que com base em meus estudos e com base nas colocações
apresentadas no livro tópicos da historia da matemática, prefiro seguir com a
resposta que não temos de fato um criador para álgebra, nem mesmo um lugar para
seu surgimento. Temos registros na historia da matemática que o primeiro livro a
escrever sobre álgebra é o livro de Fibonacci que tem como título; líber abaci (livro
de ábaco). E por essa razão alguns historiadores consideram que a álgebra na
Europa se deu com os trabalhos de Fibonacci, já que sua obra mais conhecida traz
alguns traços das notações algébricos da matemática árabe.
Percebemos que o uso do simbolismo foi se construindo no decorrer dos
séculos e teve a contribuição de diversos matemáticos espalhados pelo mundo e
esse simbolismo se tornou mais usado quando Arquimedes e Apolônio começaram
a utilizar para o auxílio e generalização de resolução matemática. Então, aqui já
temos que alguns matemáticos já se apropriam da álgebra mesmo que em sentido
desconhecido, com isso, álgebra já se aproxima um pouco mais da álgebra ensinada
nas escolas, mas esses métodos de resolução de problemas usados pelos
babilônios, gregos e europeus, ainda não se pode considerar por álgebra
propriamente dita.
Veja só, até então ainda não se pode dizer que essa álgebra utilizada por
esses povos utilizava fórmulas para resolverem problemas, pois não foi encontrado
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𝑥 2 + 20 = 12𝑥
onde todos os seus coeficientes são diferentes de zero é usando a fórmula que por
nós é conhecida como; fórmula de Bhaskara, que já sabemos que não foi criada
exclusivamente por esse matemático. Essa fórmula é do tipo;
−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎
Desde 2017 foi homologada pela base comum curricular que a álgebra
deve ser estudada pelos alunos desde os primeiros anos do ensino fundamental. A
álgebra definida por função, equações, incógnitas e generalização é apresentada
aos alunos no 7° ano do ensino fundamental com a definição formal de expressões
algébricas. Esse é o período em que os alunos têm contato com incógnitas em meio
à aritmética. Percebe-se que nessa etapa de contato com a álgebra os alunos
começam a ter uma maior dificuldade em matemática, parece que é aqui que a
maioria perde o interesse na matéria e começa a associar a matemática a decorar
fórmulas que são apresentadas a eles, ou a jogo de regras. Como cita os autores,
Fiorentini, Miguel e Miorim (1993), é o chamado “transformismo algébrico”. No
decorrer do tempo, o ensino da álgebra passou a ser modificado, criado e
desenvolvida outras estratégias, por exemplo, ao invés de apenas ser apresentado o
método de como seria resolvido a questão, passou a ser justificada as passagens e
operações utilizadas. Outra mudança no ensino da álgebra foi à reorganização dos
pré-requisitos necessários como base para melhor aprendizagem do conteúdo.
É notório que apesar dos alunos já terem tido um contato com a álgebra
desde o ensino fundamental, grande a parte ou quase todos ainda sentem muita
dificuldade em assuntos que envolvem termo desconhecido e/ ou que precisam de
certo procedimento para que seja solucionado. No caso das funções quadráticas os
alunos sentem dificuldade desde a identificação até a análise gráfica. Por isso
devemos buscar em meio ao contexto educacional novas metodologias para o
ensino de conteúdos algébricos.
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
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𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
com a medida dos lados dados, e é necessário ampliar a área desse imóvel, em
uma medida x, tanto na largura como no comprimento, então se o aluno já tiver uma
noção de área, ele percebe que a nova área do terreno ou da quadra irá depender
do valor do x. Considerando exemplos práticos, o aluno consegue ver a importância
que o conteúdo algébrico tem fora da escola.
prática como era representada a função trabalhada por eles no Geogebra. Os alunos
no começo ficaram meio receosos em participar da atividade. Em algumas ocasiões
podia perceber que os alunos estavam estranhando a forma como o conteúdo
estava sendo passado.
mais intensa do que pessoas com mentalidade fixa, ou seja, pessoas com
mentalidade de crescimento, aceita ser desafiados e entendem, por exemplo, que
até mesmo errar um problema matemático é algo positivo, pois não tem como
principal objetivo acertar, já pessoas com mentalidade fixa tende a se conservar e
não enfrentar os desafios. Os professores de matemática têm grande influência em
relação à mentalidade dos alunos, os professores podem criar no ambiente escolar
um momento de apoio ao desenvolvimento intelectual, pode incentivar a construção
do conhecimento ao invés de reconhecer apenas como importante ou inteligente os
acertos.
O Estudo foi realizado nas escolas Phoenix Park e Amber Hill e Boaler,
acompanhou, por três anos, cerca de 300 alunos, com aproximadamente 13
e 16 anos, e os alunos faziam parte de duas escolas da Inglaterra que
aplicavam diferentes métodos de ensino de matemática. (VALLE, L.F, 2019
p.31) Esse estudo é relatado no livro“ Experiencing School Mathematics ”
publicado pela primeira vez em 1997, na Inglaterra e editado em 2002 para
o público dos Estados Unidos, onde Boaler estava trabalhando (BOALER,
2002ª apud VALLE, L.F, 2019 p. 31)
3 METODOLOGIA
digitais, pelo celular, e alguns tem notebook em casa. Contei com o apoio do
professor supervisor do estágio que me permitiu que desde o início das atividades
do estágio colocar em prática e fazer a análise a respeito dessa teoria.
Além das ações iniciais também foi produzido uma sequência didática,
uma atividade para apresentar o conteúdo de funções quadráticas. A atividade foi
constituída pelas seguintes fases:
Primeira fase: Inicialmente foi planejada uma revisão do conteúdo de
função quadrática que foi estudado durante o bimestre pelos alunos. Na aula era
essencial que alguns tópicos do conteúdo fossem abordados, por exemplo,
definição; valor numérico; máximo e mínimo, vértice e representação e análise do
gráfico.
Segunda Fase: Para colocar em prática a teoria das mentalidades e ao
mesmo tempo contribuir para que os alunos compreendessem os tópicos
relacionados ao conteúdo eu busquei uma metodologia ativa e visual para trabalhar
na aula, utilizei o software Geogebra, um aplicativo gratuito que se pode trabalhar
tanto álgebra como geometria. Foi estimulado ao máximo a participação dos alunos,
até mesmo os que diziam não saber matemática. As aplicações selecionadas
exemplificavam situações reais do cotidiano para que os alunos relacionassem o
conteúdo matemático estudado na escola ao seu dia a dia.
Terceira Fase: Momento em que os alunos resolveram atividades. Dividi a
sala em grupos de três alunos, pedi para que cada grupo de acordo com definição
dada de função quadrática criasse uma função e fizessem uma análise a respeito
dessa função, ou seja, dissessem quem eram os coeficientes, se a função tinha
máximo e mínimo, os vértices da função e a análise gráfica. Nesse momento os
alunos tiveram uma participação muito significativa e coletiva.
Quarta Fase: Além da parte prática do conteúdo em grupo, os alunos
tiveram espaço na aula para comunicar e trocar ideias a respeito de seus estudos e
análise sobre suas funções, que cada grupo criou a partir da definição. Disponibilizei
o link do aplicativo e solicitei que os próprios alunos utilizassem para a resolução
dos exercícios propostos.
Além da parte da metodologia diversificada, com recursos visuais e
digitais, eu coloquei como prioridade o processo de construção do conhecimento, a
participação de todos e não diferenciar os alunos como os que sabem ou não
matemática. Mudei desde a minha postura como professora até a forma de expor o
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conteúdo, assim como defende a pesquisadora Jô Boaler. A partir dessa prática foi
possível nos informar da visão dos alunos relacionado à aula de matemática e sobre
sua participação e reação diante de um novo modelo de ensino matemático.
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4 RESULTADOS E DISCURSSÕES
Resolvi então fazer com que os alunos criassem uma função e fizessem
uma análise teórica, ou seja, na realidade eles estavam resolvendo exercício como
era de costume, mas, com uma maior autonomia, como uma questão elaborada por
eles, onde eles iriam analisar os pontos principais e eu como professora estava
apenas sendo uma mediadora do conteúdo. Nesse momento, percebi que o trabalho
em grupo deixa os alunos mais seguros de resolver uma questão matemática e à
medida que o professor libera espaço para os próprios alunos pensarem uma
situação, a aula traz maior retorno.
Os alunos conseguiram resolver 5 questões do livro didático, além disso,
conseguiram se expressar oralmente na aula seguinte, compartilhando suas
respostas encontradas e analisadas. Uma pequena porcentagem de alunos não se
sentiu bem em praticar a atividade, pois relataram não conseguir e ressaltaram que
preferiam esperar que eu mesma resolvesse, me dirigi até a mesa destes alunos
para que eu pudesse orientá-los de forma individual, tirei as dúvidas, então solicitei
que continuasse na resolução. Depois de algumas tentativas conseguiram resolver
as questões.
De forma geral pude perceber que muitos alunos ainda vivem com uma
mentalidade fixa, pois conforme foi analisada, a maioria não tem conhecimento da
influência do erro na sua aprendizagem, não se sentem confiantes e nem aptos a
enfrentarem novos desafios, sentem-se presos com medo de errar e serem
criticados, não se sente bem em sair da sua zona de conforto e alguns tem a
matemática como algo que já não importa mais na sua vida estudantil.
Na verdade, os alunos precisam de incentivo em participar de forma oral
em sala de aula e o professor deve criar um clima favorável para que isso possa
ocorrer, onde ninguém critica o erro do colega, ninguém se sente mais ágil ou
inteligente, e sim comentam as respostas de forma geral e juntos procuram uma
solução para determinada situação, assim como os alunos também precisam ter em
mente que errar faz parte do aprendizado, que o acerto é um acúmulo de erros, que
a matemática é desenvolvida a partir do esforço e da prática, o professor também
tem que dá sua contribuição de forma que os alunos percebam essas mudanças na
prática pedagógica.
Os alunos também devem levar em conta que a prática não se resume a
diversos exercícios resolvidos e sim ao poder de visualização e despertar a
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOALER, J. Matematical mindsets: Unleasehing students` potential Through
creative math, Ispiring messages and innotive teaching. San francisco, CA: Jossey
Bass, 2015.[ versao brasieira: mentalidades matematicas: Estimulando o potencial
dos estudantes por meio da matematica criativa, das mensagens inspiradoras e do
ensino inovador. Porto Alegre: penso – Artmed,, 2017, Trad. Daniel Bueno.]
Disponivel em:
https://books.google.co.be/books?id=Auc0DwAAQBAJ&pg=PA80&dq=(THOMPSON,
+2014:+WOOLLETT;+MAGUIRE,2011).&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0ahUKEwi2sPaNxq_nAhX0ErKGHTfRD50Q6AEILDAA#v=onepage
&q=(THOMPSON%2C%202014%3B%20WOOLLETT3B%20MAGUIRE%2C%20201
1).&f=false. Acesso em: 5 de dezembro de 2021.
MOSER, J.; SCHRODER, Hans S.; HEETER C., MORAN, T.; LEE, Y. Mind Your
Errors : Evidence for a Neural Mechanism Linking Growth Mind-Set to Adaptive
Posterror Adjustments. Psychological Science, 22 p.1484-9, 2011.
YOUCUBED. How to Learn Math for teachers– Online Teacher Courses. 2018?a
Disponível em: www.youcubed.org/online-teacher-courses/ Acesso em:10 Dez.2021
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PLANO DE AULA
1. IDENTIFICAÇÃO
Escola: E.E.M Antonio Reginaldo Magalhaes de Almeida
Município: Ano (ou série)/Turma: 1 TURMA A e Data:
Potiretama C 15/ 11/ 2021
Professor estagiário: Karícia Margarida de Melo Moura
Professor supervisor: Klerverton Wendel Fernandes Forte
RECURSOS DIDÁTICOS:
Quadro branco, pincel, Datashow, computador, Geogebra .
2. PROCEDIMENTOS
Inicialmente, apresentei o aplicativo matemático aos alunos, com todas as suas funções e utilidades.
Em seguida, faremos a construção da definição de função afim de uma forma dialogada; exemplificar
um função afim; e fazer a análise teórica e gráfica da função. Essa parte da atividade pode ser feita
em grupo para aja a discussão do conteúdo. Pg 102-124
3. AVALIAÇÃO
A avaliação é feita de acordo com a participação na aula e resolução dos exercícios.
4. REFERÊNCIAS
Livro didático. SOUZA ,J; GARCIA, J. Contato Matemático FTD, 2017, 2018, 2019