2020 TCC Fcmonteiro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INSTITUTO UNIVERSIDADE VITUAL


PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

FABRÍCIO DE CASTRO MONTEIRO

O ENSINO E A APRENDIZAGEM DAS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS NA


EDUCAÇÃO BÁSICA

BEBERIBE
2020
FABRÍCIO DE CASTRO MONTEIRO

O ENSINO E A APRENDIZAGEM DAS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS NA


EDUCAÇÃO BÁSICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Licenciatura em Matemática
Semipresencial do Instituto Universidade
Virtual da Universidade Federal do Ceará,
como requisito parcial para a obtenção do
Título de Licenciado em Matemática.

Orientador: Prof. Me. Francisco Erilson Freire


de Oliveira.

BEBERIBE
2020
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

M776e Monteiro, Fabrício de Castro.


O ENSINO E A APRENDIZAGEM DAS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA /
Fabrício de Castro Monteiro. – 2020.
27 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Instituto UFC Virtual,
Curso de Matemática, Fortaleza, 2020.
Orientação: Prof. Me. Francisco Erilson Freire de Oliveira.

1. Educação. 2. Ensino e Aprendizagem. 3. Operações Fundamentais. I. Título.


CDD 510
FABRÍCIO DE CASTRO MONTEIRO

O ENSINO E A APRENDIZAGEM DAS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS NA


EDUCAÇÃO BÁSICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Licenciatura em Matemática
Semipresencial do Instituto Universidade
Virtual da Universidade Federal do Ceará,
como requisito parcial para a obtenção do
Título de Licenciado em Matemática.

Aprovada em: 16/12/2020.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Me. Francisco Erilson Freire de Oliveira (Orientador)


Universidade Federal do Ceará (UFC)

Prof. Dr. Jorge Carvalho Brandão


Universidade Federal do Ceará (UFC)
Dedico este trabalho, aos meus pais, a minha
irmã, professores, amigos e a todos que
contribuiram de alguma forma para o meu
sucesso nesta jornada.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a DEUS por não ter me deixado fraquejar ao


longo dessa caminhada, pela coragem e discernimento concedido a minha pessoa, pela fé que
me mantém vivo e a oportunidade de poder acordar todos os dias com saúde para poder
enfrentar as adversidades impostas pela vida. Sem ele seria impossível eu chegar até aqui.

Aos meus pais e a minha irmã, pelas palavras de conforto e incentivo, por terem
sempre acreditado na minha pessoa e consequentemente no meu sucesso enquanto
universitário.

Ao meu orientador, professor Me. Francisco Erilson Freire de Oliveira, pela ajuda,
orientações e paciência durante este período.

Ao professor titular da disciplina de TCC e participante da banca examinadora, Dr


Jorge Carvalho Brandão, pelo tempo, pelas valiosas colaborações e sugestões.

A todos os meus colegas de graduação. Aos meus professores pela motivação, os


ensinamentos e por terem acreditado no meu potencial enquanto estudante e futuro professor.

Aos profissionais do polo CVT de Beberibe, pelo acolhimento e dedicação para


com seus alunos, em especial aos tutores presenciais do polo e do curso de licenciatura em
matemática.
“Um (bom?) professor de matemática sabe de
que matéria é feito o seu ensino, para que
serve a matemática básica, e sabe que nada do
que existe realmente é estranho à matemática e
ao seu ensino.”
(Arsélio Martins)
RESUMO

Este trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica de cunho teórico no que concerne o Ensino
e a Aprendizagem das quatro operações fundamentais da matemática na educação básica. O
mesmo foi embasado em alguns teóricos da área como García (2011), Almeida (2000),
D’Ambrósio (1989) dentre outros, também em dissertações de mestrado, artigos científicos,
livros, bem como nos Parâmetros Curriculares Nacionais e na Base Nacional Comum
Curricular. As quatro operações básicas da matemática adição, subtração, multiplicação e
divisão são conteúdos importantíssimos para a construção do conhecimento matemático do
aluno. Porém, o baixo aprendizado do discente ao longo da educação básica e a maneira como
são ensinadas essas operações são motivo de preocupação dos professores de matemática,
principalmente para os que lecionam nas turmas do ensino fundamental II que já recebem os
alunos oriundos dos anos anteriores com esse baixo nível de aprendizagem. O objetivo é
reconhecer as dificuldades encontradas pelos educandos na realização das operações
fundamentais da matemática. É necessário melhorar a qualidade do ensino ofertado na escola,
aprimorar a qualidade do processo de formação inicial e continuada do professor, a fim de
adequar o ensino com a realidade em que vivemos. As tecnologias e as novas formas de
ensinar vieram para proporcionar uma melhor qualidade na educação, o uso dessas
ferramentas alinhadas a um bom planejamento pedagógico diversifica as aulas e certamente
contribui para um melhor aprendizado do aluno.

Palavras-chave: Educação. Ensino e Aprendizagem. Operações Fundamentais.


ABSTRACT

This article presents a theoretical bibliographic research in terms of teaching and learning
from the four fundametal operations of mathematics in basic education. The same was based
on some area theorists like García (2011), Almeida (2000), d’Ambrosio (1989) among others,
also in master’s dissertations, scientific articles, books, as well as in national curriculum
parameters and national base Common curricular. The four basic mathematical operations
addition, subtraction, multiplication and division are very important content for the
construction of mathematical knowledge of the student. However, the low learning of the
student throughout the basic education and the way these operations are taught are a cause for
preoccupying mathematics teachers, especially for those who teach baskets of elementary
school ll that already receive students from previous years with This low level of learning.
The goal is to recognize the difficulties encountered by the students in the realization of the
fundamental operations of Mathematics. It is necessary to improve the quality of education
offered at school, improve the quality of the teacher’s initial and continuing training process
in order to adapt teaching with the reality in which we live. Technologies and new ways of
teaching have come to provide better quality in education, the use of these tools aligned with
good pedagogical planning diversify classes and certainly contributes to a better learning
student.

Keywords: Education. Teaching and learning. Fundamental Operations.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................10
2 A MATEMÁTICA E SUA METODOLOGIA....................................................... 12
2.1 O compromisso da matemática na escola .............................................................. 14
3 O PROFESSOR E A RELAÇÃO NO ENSINAR AS OPERAÇÕES
FUNDAMENTAIS.................................................................................................. 17
3.1 Análise das dificuldades no ensino e na aprendizagem das quatro operações ..... 19
4 USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO ..................................................... 21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 24
REFERÊNCIA ....................................................................................................... 26
10

1 INTRODUÇÃO

Mesmo com diversos estudos realizados nos últimos anos, as dificuldades


enfrentadas pelos alunos nas operações Fundamentais da Aritmética, que são a soma, a
subtração, a multiplicação e a divisão, trata-se de uma temática que continua problemática
para os diversos pesquisadores em Educação. O ensino das operações fundamentais é um
grande desafio para as escolas em diversos países, e o Brasil não constitui exceção.
A falta de domínio que os alunos apresentam nas quatro operações básicas no
Ensino Fundamental II é uma preocupação recorrente dos professores de matemática.
Diversos estudos feitos dão ênfase a essa problemática, neles são investigadas as possíveis
causas e soluções no que diz respeito ao ensino e a aprendizagem das quatro operações
fundamentais da matemática.
Por esse motivo o tema escolhido: o ensino e a aprendizagem das operações
matemáticas na educação básica, dispondo como elementos norteadores o ensino e a
aprendizagem acerca das operações fundamentais da Aritmética.
Utilizar o contexto e fazer uso de distintos significados nas operações
fundamentais e os aspectos históricos de cada parte se torna fundamental no processo de
aprendizagem, principalmente na educação básica. García (2011) apresenta, em uma de suas
propostas de ensino, que:
Além das dificuldades de aprendizagem específicas em matemática, às crianças
costumam apresentar, problemas cognitivos e neurológicos, tais como: dificuldades
na memória em curto prazo; dificuldades de tarefas não-verbais; dificuldades nas
tarefas de memória de trabalho que implicam a contagem; e dificuldades nas tarefas
que exigem habilidades espaciais e de perspectivas. Além de dificuldades em
habilidades psicomotoras. (GARCÍA 2011, p. 213)

O conhecimento histórico é de suma importância para o desenvolvimento do


conteúdo escolar. Trazer para dentro desse contexto as reflexões e ideias que os professores
têm quando o assunto envolve o ensino das operações fundamentais na educação básica é
extremamente importante para o aprimoramento do ensino matemático.
Para Ferreira (2003) a reflexão constitui o ato de pensar acerca da própria prática,
desse modo, aquele que pensa passa a ver a situação em questão com um novo olhar. Além
disso, destaca a importância do desenvolvimento de todos os processos matemáticos do
professor, como forma de amadurecimento do mesmo, já que esses processos ajudam o
professor a se reinventar, criando uma abordagem mais adequada, informada, e auto
direcionada, o que possibilita avaliar, decidir, reconhecer, mudar ou se reconstruir durante as
suas práticas pedagógicas.
11

Nossa pesquisa busca respostas para os seguintes questionamentos: Por que os


alunos da educação básica apresentam tantas dificuldades de aprendizagem nas quatro
operações fundamentais da aritmética? E de que modo, essas dificuldades podem ser
trabalhadas para que possam ser superadas?
A educação matemática direciona a prioridade para os alunos adquirirem a
capacidade de construir a sua lógica de forma coerente, as estruturas, a composição numérica
e o desenvolver das operações fundamentais no decorrer da vida.
Vygotsky (2007, p. 82), relata que “é preciso envolver o estudante para que se
sinta encorajado a refletir sobre suas ações e sem medo de aprender a pensar, explorar e
descobrir.”.
Para atingirmos nossos objetivos, faremos uma pesquisa bibliográfica de cunho
qualitativa, no qual se fará uso da metodologia de natureza exploratória, fundamentada em
teóricos da área como D’Ambrósio (1989), García (2011), Almeida (2000), Cordeiro (2011)
dentre outros, também em documentos publicados nos últimos 10 anos como artigos
científicos que retratam sobre o tema, teses, livros, sites de pesquisa, e nos documentos
balizadores da educação como a Base Nacional Comum Curricular e os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN).
Os PCN
Explicitam o papel da Matemática no ensino fundamental pela proposição de
objetivos que evidenciam a importância de o aluno valorizá-la como instrumental
para compreender o mundo à sua volta e de vê-la como área do conhecimento que
estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento
da capacidade para resolver problemas. (BRASIL, 1998, p. 15)

Na matemática, aprender as quatro operações fundamentais é de suma importância


para o crescimento intelectual e social do aluno. Pois essa aprendizagem é passiva de
utilização não apenas dentro da escola, mas também durante a sua vida em sociedade.
12

2 A MATEMÁTICA E SUA METODOLOGIA

A fim de que o ensino e a aprendizagem em matemática se transformem em algo


prazeroso e atraente aos olhos dos alunos, estimulando um desejo pelo estudo, possibilitando
uma relação com o educador e seus colegas na procura da melhor percepção dos conceitos
matemáticos, o docente deve utilizar novas metodologias de ensino.
O discente necessita de incentivo, contextos que relacionem os conceitos
matemáticos com o seu dia a dia devem estar presentes no planejamento do educador, visto
que o aluno precisa entender o porquê dos conteúdos estudados em sala de aula, e para que
servirão fora dela.
Conforme Almeida (2000), “a adequada atuação do professor é sobre tudo uma
ação pessoal, intuitiva e subjetiva.”. Grandes feitos tecnológicos para o século XXI.
Alterações na ciência que revolucionou o crescimento na biologia, física, economia e sem
falar na tecnologia, causando mudanças em toda a sociedade.
D’Ambrósio (1997) afirma:
Transformar o ato de ensinar em aprender, esta é uma das formas para estabelecer ao
longo do tempo e espaço essa nova epistemologia do sistema educacional. E tem
como outro fator o professor como mediador não sendo mais o único dono do
conhecimento. (D’AMBRÓSIO, 1997 p. 26)

O uso de novas metodologias que se encaixam na educação e nas propostas


pedagógicas, se aliam às novas mídias e tecnologias como ferramentas de aprendizagem,
proporcionando novo caminho e se aproximando da realidade dos alunos, pois estes já
nasceram na presença das tecnologias, ou seja, no mundo digital, e assim, podemos estimular
e motivar a aprendizagem.
Hoje em dia, mesmo com os diversos avanços que a educação tem passado ao
longo do tempo, ainda encontramos salas de aulas com uma organização pedagógica arcaica,
em sua maioria fazendo uso apenas de quadro, giz, carteiras enfileiradas e livros didáticos, se
prendendo a uma realidade fora da vivencia tanto do professor quanto do aluno.
O modelo tradicional de ensino com aulas expositivas onde se presa o silêncio e o
acompanhar do professor, vem se perpetuando a anos no meio educacional, ou seja, está
enraizado na cultura escolar, principalmente nas aulas de matemática onde se exige muito
raciocínio.
A nossa sociedade precisa se preparar para absolver da melhor forma possível o
novo modelo de ensinar e aprender que a era tecnológica exige. O professor e o aluno devem
acompanhar e se abrirem a essa evolução, deixando que o mundo digitalizado permaneça no
13

conhecimento e na aprendizagem de cada um, na sala de aula, porque no mundo social já se


faz presente.
O que atrapalha os profissionais é a carga de conteúdos programáticos exigidos
pela lei, e a pouca preocupação com a aprendizagem do aluno. Hoje em dia, fica complicado
para o professor de matemática acreditar que ele é capaz de exercer seu papel, de desenvolver
a matemática que confere para a vida do educando e contribuir para seu progresso pessoal e
educacional, pois carrega consigo a preocupação de obter números para dados meramente
estatísticos, esquecendo-se do processo educacional que objetiva o aprendizado dos alunos
dentro da matemática diária, que o educando vai carregar durante toda a sua vida, e não a
quantidade de fórmulas que precisa saber para adentrar a um nível superior.
Para os alunos, a principal razão do insucesso na disciplina de Matemática resulta
desta ser extremamente difícil de compreender. No seu entender, os professores não a
explicam muito bem nem a tornam interessante. Não percebem para que serve nem
porque são obrigados a estudá-la. Alguns alunos interiorizam mesmo desde cedo
uma autoimagem de incapacidade em relação à disciplina. Dum modo geral, culpam-
se a si próprios, aos professores, ou às características específicas da Matemática.
(PONTE. 1994. p. 2).

D’Ambrósio (1989) lembra que a educação escolar, considerando no todo, tanto


os diretores, coordenadores e professores, levam uma carga de compromisso com a
quantidade de conteúdos programáticos dentro da matemática, e são praticamente obrigados a
deixar de lado a qualidade da matemática para a vida do aluno, acabando por prejudicar sua
prática dentro do processo de ensino e aprendizagem.
Skovsmose (2001) aponta que dentro de algumas metodologias adotadas no
processo de ensino e aprendizagem da disciplina de Matemática, conseguem distanciar a
mesma da realidade do aprendiz:
Enfatizo as relações com uma realidade já vivida mais do que com uma realidade
falsa, inventada com o único propósito de servir como exemplo de aplicação. Isso é o
que freqüentemente acontece, até mesmo no ensino da aritmética. Não repudio
realidades de faz-de-conta. Num nível elementar, jogos podem ser úteis na
motivação. Mas é perigoso confiar demais em jogos. Jogos efêmeros não são
substitutos para uma realidade já vivida. As regras de jogos que não são diariamente
praticados são tão facilmente esquecidas como a matemática, ou até mesmo mais
rapidamente. A realidade já vivida deveria ser a espinha dorsal que une experiências
matemáticas. (SKOVSMOSE, 2001, p. 27)

Hoffmann (2011) Lembra que os conceitos matemáticos vêm se constituindo


desde o ano 3000 a. C., o ser humano que se considerado escolarizado precisamente conhece
algum fator matemático, que se destaca dentro da escola. Faz-se necessário ter uma pequena
bagagem de conhecimento da matemática para ser um bom profissional na área que atua.
Uma maneira de aprender requer novas formas de conhecimentos dentro da
14

exigência da humanidade, com o avanço tecnológico científico, que se aliou ao crescimento


intelectual, econômico e profissional das sociedades. O uso dessas novas formas tem a
capacidade de estimular nos alunos o interesse e o empenho na aprendizagem da disciplina de
matemática, onde o aprendiz consegue perceber a importância e a função da tecnologia no
sucesso profissional e pessoal.

2.1 O compromisso da matemática na escola

A Matemática carrega um grande compromisso dentro das escolas, que é o de


transformar o estudo em um aprendizado lógico por meio do estímulo do raciocínio, de modo
a formar mentes aptas a pensar e raciocinar na era da tecnologia, que vem rapidamente
atingindo a todos.
Assim, é compromisso do professor de Matemática, instigar e agussar o
conhecimento do alunado na evolução tecnológica dentro da interdisciplinaridade,
proporcionar a formação de mentes capazes de pensar na vida futura próxima e conseguir ser
equilibrado como um ser humano feliz dentro de um contexto complexo.
De acordo com Moran (2000),
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e
motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador. (MORAN, 2000, p.17).

No início dos anos 1970 surgiram as novas tendências da Educação Matemática


através de programas elaborados pelo Ministério da Educação e Cultura com o objetivo de
inovar a evolução no ensino. Uma marca escolar hoje é a integralização das matérias,
hipertextos, fragmentação vindo do número acelerado de informação disponível, que se
renova a todo momento.
Surgiram também linhas de pensamentos e estratégias que vão traçar o caminho
do ensinar diferente, com trabalho e projetos de interdisciplinaridade, ajudando no
aprendizado do aluno e na aquisição do conhecimento. As novas tecnologias ajudam no
processo, comprometem e fazem a interação entre professor e aluno, fazendo com isto um
novo ser humano social e participativo e que se permite lidar com as ferramentas de
tecnologias, produzir, interagir com os colegas e professores, cooperar, fazer uso da
informação em seu trabalho e se engajar no mundo à sua volta como homem crítico.
Não existe um modelo certo no qual se possa aplicar e encarar as dificuldades de
lecionar matemática. O professor precisa, antes de tudo, fazer uma reflexão sobre o seu
15

próprio papel, sobre qual o tipo de estudante pretende formar, qual é a matemática apropriada
para esse aluno.
Segundo os PCN,
É consensual a idéia de que não existe um caminho que possa ser identificado como
único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular, da Matemática.
No entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é
fundamental para que o professor construa sua prática. Dentre elas, destacam-se a
História da Matemática, as tecnologias da comunicação e os jogos como recursos
que podem fornecer os contextos dos problemas, como também os instrumentos para
a construção das estratégias de resolução. (BRASIL, 1998, p. 42).

Prado (2003) afirma que a maneira tradicional do educador desenvolver as suas


aulas já está tomando outro rumo, com a chegada dos computadores, internet, vídeo, projetor,
e estes recursos tecnológicos nas escolas fazem a diferença. Ressaltando as novas propostas
pedagógicas que vêm sendo elencadas para auxiliar nas mudanças.
O professor desempenha sua função da forma como aprendeu durante a formação
acadêmica inicial e muitas vezes não se permite a mudança para a tecnologia, porém, para
conseguir fazer uso dessas tecnologias, ele precisa ser um profissional flexível e aberto a
novas aprendizagens e mudanças na sua maneira de desenvolver as aulas.
Segundo a BNCC,
O conhecimento matemático é necessário para todos os alunos da Educação Básica,
seja por sua grande aplicação na sociedade contemporânea, seja pelas suas
potencialidades na formação de cidadãos críticos, cientes de suas responsabilidades
sociais. (BRASIL, 2018, p. 265)

Brasil (1998) destaca a relevância atribuída ao professor enquanto mediador entre


o conhecimento do aluno e os conteúdos da disciplina, afirmando que cabe ao professor ter
sólido conhecimento dos procedimentos da área e que também deve ter uma visão da
matemática como ciência que associa a lógica matemática com os acontecimentos do
cotidiano. Dessa forma, o professor deve compreender melhor a educação matemática, o
sentido que a aula deve tomar, para que ocorra um processo de aprendizagem de fato efetivo,
ao se referir a relação entre o docente e os conteúdos, além destes com os alunos.
No Ensino Fundamental, o conhecimento não deve ficar vinculado ao contexto
concreto, pois os alunos devem ser capazes de, ao fazer generalizações, usar os
conhecimentos nas mais diversas situações durante a sua vida, o que ajuda até na troca de
conhecimentos com os outros.
Ibiapina (2003) afirma que:
Hoje, um dos sentimentos mais constantes do professorado é a sua sensação de
sufocação, de saturação de tarefas e responsabilidades. Com relação às novas
exigências curriculares e sociais que pressionam a vida diária escolar, os professores
não se sentem suficientemente preparados. (IBIAPINA (2003 p.49)
16

A escola tradicional tenta modificar sua metodologia, procura estratégias novas,


caminha lado a lado da evolução dos homens e da sociedade, que vem recheada de novas
possibilidades com a entrada da realidade da informática e da Internet. O professor precisa
buscar mecanismos que possam tornar as suas aulas mais atraentes e prazerosas para o aluno,
adequando a suas experiências de docência com a realidade dos dias de hoje.
17

3 O PROFESSOR E A RELAÇÃO NO ENSINAR AS OPERAÇÕES


FUNDAMENTAIS

O professor de matemática carrega uma grande responsabilidade que é a de


formar alunos com mentes capazes de raciocinar e compreender os conceitos matemáticos de
forma lógica e significativa, o ensino e a apredizagem das quatro operações básicas é um
desses conceitos que precisa ser bem trabalhado pelos docentes durante todo o ensino
fundamental I.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o Ensino Fundametal I é
distribuído em dois ciclos, o primeiro ciclo composto pela 1ª e 2ª séries (atualmente 2º e 3º
anos), e o segundo ciclo composto pela 3ª e 4ª séries (atualmente 4º e 5º anos), o 5º ano
funciona como uma espécie de passagem para o 6° ano que é o início do Ensino Fundamental
II. A cada final de ciclo o aluno precisa ter adquirido as competências e habilidades
necessárias para poder adentrar na próxima fase.
A Base Nacional Comum Curricular explicita que:
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento
ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das
práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças,
considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam
aprender. (BRASIL, 2018, p. 59, grifos do autor)

Diante do exposto, a construção do conhecimento aritmético e a consolidação das


quatro operaçoes básicas da matemática deve acontecer até o final do ciclo 2, e ao final desse
ciclo o aluno já deve reconhecer e dominar os diferentes significados e aplicações das
operações fundamentais da matemática, conseguindo resolver situações problemas em
diferentes contextos, e solucionar cálculos matemáticos.
Segundo os PCN (BRASIL, 1997, p. 48), “Grande parte dos problemas no interior
da matemática e fora dela são resolvidos pelas operações fundamentais.”.
O que assola os profissionais é a carga de conteúdos programáticos exigidos pela
lei e a busca incessante por números e resultados impostas pelas gestões das escolas, que
acaba maquiando a qualidade do ensino e deixando de lado o que realmente importa, que é o
aprendizado do aluno.
Ponte (1994, p. 12) afirma que: “Para os alunos, a principal razão do insucesso na
disciplina de matemática resulta desta ser extremamente difícil de compreender”. O discente
por si próprio, se restrigindo ao aprendizado da matemática, sente dificuldade na compreensão
e na construção da mesma.
Também é importante ressaltarmos que o ensino de matemática nos anos iniciais é
18

conduzido por profissionais com formação em pedagogia, ou seja, um único profissional é


responsável por lecionar várias disciplinas na mesma turma, inclusive a de matemática, que
por sua vez é considerada por muitos complicada de ser trabalhada. Isso tem sido palco de
muitas discussões no meio acadêmico no que diz respeito ao ensino da matemática por esses
profissionais nos anos iniciais do ensino fundamental.
Todavia isso não quer dizer que esses profissionais não possam desenvolver suas
atividades como previstas, porém muitos deles estão presos ao próprio processo de formação.
Os conhecimentos e habilidades necessárias para lecionar matemática deixa muito a desejar
nos cursos de formação em pedagogia, com isso a didática e a forma de esinar matemática por
muitas vezes não é a adequada para que o aluno possa ter uma apredizagem lógica e
significativa dos conceitos matemáticos, o que pode acabar influnciando negativamente na
aprendizagem do aluno.
De acordo com Cordeiro (2011) e Souza (2010), os cursos de pedagogia não
atendem as necessidades formativas dos docentes relativas ao conhecimneto sólido dos
conteúdos matemáticos que devem ser lecionados nos anos iniciais. Essa situação corrobora
para uma sequência de falhas relativas ao conhecimento aritmético e de suas respectivas
operações, que normalmente perdura por toda a formação básica, o que traz, por fim, uma
base muito fragilizada desses conhecimentos para as séries subsequentes.
Segundo os PCN:
Parte dos problemas referentes ao ensino de Matemática estão relacionados ao
processo de formação do magistério, tanto em relação à formação inicial como à
formação continuada. Decorrentes dos problemas da formação de professores, as
práticas na sala de aula tomam por base os livros didáticos, que, infelizmente, são
muitas vezes de qualidade insatisfatória. A implantação de propostas inovadoras, por
sua vez, esbarra na falta de uma formação profissional qualificada, na existência de
concepções pedagógicas inadequadas e, ainda, nas restrições ligadas às condições de
trabalho. (BRASIL, 1997, p.24)

Partido dessa visão, o docente precisa buscar meios que o ajudem a vencer às
adversidades oriundas da sua formação no que tange o ensino e a linguagem matemática, e a
partir daí começar a ter uma nova percepção do ensino dessa disciplina. O modelo
mecanizado de ensino no qual se presa a memorização e repetição das atividades didáticas
colocados no quadro precisa mudar. Para a aprendizagem do aluno, é necessário que o mesmo
trabalhe dentro de atividades concretas e exercícios para desenvolver o raciocínio lógico
matemático, e a partir de suas conclusões e raciocínio, adentrar na situação problema e
conseguir soluções para a problemática em questão.
19

3.1 Análise das dificuldades no ensino e na aprendizagem das quatro operações

Sabemos que não existe uma fórmula pronta e que garanta o aprendizado do aluno
em qualquer que seja a disciplina, e no caso da matemática não é diferente. As dificulades de
apredizagem das quatro operações básicas pelos alunos é algo preocupante para os
professores da área, diversos estudos apontam possíveis causas para essa problemática.
O ensino e aprendizado das opreações depende de muitos fatores como por
exemplo: compreender os algoritmos existentes em cada uma delas, entender os conceitos de
adição, subtração, multiplicação e divisão, utilizar novas metodologias de ensino que
estimulem a curiosidade dos aluno em aprender as mesmas, investir em uma melhor
qualificação na formação inicial e continuada dos profissionais do magistério, dentre muitos
outros fatores.
Gonçalves (2011) verificou o que os professores do Ensino Fundamental falam ser
essencial para ensinar as quatro operações básicas e indica quais os métodos utilizados por
eles para ensinar as mesmas. Em sua análise, ele percebeu o apego de muitos professores com
relação aos algoritmos prontos de resolução, a falta de conhecimento do docente, resistência
do professor e do aluno, insegurança, falta de tempo.
Gonçalves (2011) ressalta, ainda, que os próprios docentes reconhecem que a
maneira como ensinam teve influência da forma como foram ensinados e, embora admitam
que ter que decorar o processo traz impactos negativos para a suas vidas, declaram ser essa a
principal habilidade que deve ser desenvolvida pelos seus discentes no estudo das operações.
Tais professores também indicam que memorizar a tabuáda é indispensável para o
aprendizado da divisão e multiplicação.
De acordo com essas concepções percebemos o quanto é necessário mudar a
forma de ensinar. O modelo arcaico de ensino baseado no decorar e na repetição de conteúdos
expostos no quadro não é nada motivador para o aluno. Isso faz com que o aluno fique
entediado e se destraia facilmente durante as aulas, isso acaba interferindo no apredizado do
aluno.
Incorporam o currículo do estudo dos anos iniciais do Ensino Fundamental as
quatro operações, conteúdo de muita relevância. Os alunos das séries iniciais muitas vezes são
passados de um ano para o outro sem dominar as operações básicas, ou seja, não possuem as
competências e habilidades necessárias para passar de uma série para outra, isso compromete
a aprendizagem dos estudantes nos anos posteriores.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, para enteder as operações
20

fundamentais da matemática, é preciso assimiliar alguns principios da adição, subtração,


multiplicação e divisão. Na adição é preciso entender os conceitos de juntar e acrescentar, na
subtração os de completar, comparar e retirar, na multiplicação os de adição de parcelas iguais
e ideia combinatória, e na divisão os de parcelas iguais e medida (BRASIL, 1997).
Diante do exposto, é necessário compreender o significado de cada operação e o
seu respectivo cálculo. É importante raciocinar, examinar e, aplicar corretamente as operações
na resolução de situações-problemas.
Os PCN (BRASIL, 1997, p. 39) expõem que o trabalho com as operações deve
ser pautado “na compreensão dos diferentes significados de cada uma delas, nas relações
existentes entre elas e no estudo reflexivo do cálculo, contemplando diferentes tipos – exato e
aproximado, mental e escrito.”.
Bello e Mazzei (2008), colocam que ao entender que saber a Matemática não é
apenas ter domínio dos números na solução de problemas, mas a matemática significa muito
mais, não se restringe só em conhecer técnicas para trabalhar com símbolos, a mesma está
correlacionada a meios de interpretação, de analisar, de sintetizar, dar significado, aplicar no
lugar certo no momento certo.
A relação matemática e linguagem, e em particular, os processos de leitura e escrita,
devem ser entendidos como formas de representação de diferentes realidades e não
apenas de uma única possível. Especulamos que seja uma questão até o momento
pouco considerada pela maioria de nós professores e que tem produzido dificuldades
para os alunos nas nossas aulas de Matemática.( BELLO; MAZZEI, 2008, p.19)

Portanto, o professor e demais profissionais da educação devem considerar todos


esses fatores como dificuldades a serem trabalhadas por eles para que se tenha uma melhoria
no ensino e na aprendizagem da matemática e suas respectivas operações. Os alunos precisam
ser provocados a raciocinar, interpretar de forma correta a linguagem matemáica e os seus
símbolos, criar as suas próprias convicções e encontrar maneiras de resolver os problemas em
questão.
21

4 USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

Hoje em dia a sociedade vive rodeada pelas novas tecnologias. É praticamente


impossível de se conviver no mundo sem utilizar algum tipo de recurso tecnológico, e no
ambiente escolar não poderia ser diferente. As novas tecnologias podem ajudar no processo
de ensino e aprendizagem, auxiliando na interação do professor com os alunos, fazendo com
isto um novo ser humano social, participativo e que se permite lidar com as ferramentas
tecnológicas, produzir, interagir com os colegas, cooperar, fazer uso da informação em seu
trabalho e se comprometer com o mundo à sua volta como um ser crítico.
Segundo Libânio (2001),

na vida cotidiana, cada vez maior número de pessoas é atingido pelas novas
tecnologias, pelos novos hábitos de consumo e indução de novas necessidades.
Pouco a pouco, a população vai precisando se habituar a digitar teclas, ler
mensagens no monitor, atender instruções eletrônicas. (LIBÂNIO, 2001, p. 16)

Fazer o uso das tecnologias ajuda muito na aprendizagem do aluno, faz com que
ele adquira um conhecimento num olhar mais aberto e crítico frente aos conteúdos escolares.
Lembrando que os professores devem estar preparados para fazer uso da tecnologia a seu
benefício e dos alunos. Para que o processo de ensino e aprendizagem seja adquirido da
melhor maneira possível e de forma significativa, o docente deve estar consciente de sua
atualização profissional, com vistas a se aperfeiçoar em relação às tecnologias.
Neves (2007) lembra do valor do trabalho do professor e as competências quando
se alia a fazer o uso das mídias. Reforça a necessidade da dedicação em programas de
formação continuada, onde ele consiga explorar as tecnologias, suas utilidades, entender e
compreender as ligações entre elas e o seu trabalho na sala de aula, bem como ter aliado seu
conteúdo a teorias que competem a compreensão da nova prática pedagógica.
A tecnologia está evoluindo muito rapidamente, o ser humano precisa ser hábil
para acompanhar essa evolução. O que é novidade hoje, amanhã já tem outra ferramenta em
seu lugar. Fazer uso das ferramentas tecnológicas para auxiliar a divulgar experimentos e
conhecimentos que conseguimos de forma responsável ajuda na melhoria de um todo.
Para que a tecnologia, quando usada na educação possa ser um instrumento de
transferência de poder para o aprendente, que permita que ele, de posse das potentes
ferramentas de aprendizagem que a tecnologia coloca à sua disposição, possa
gradativamente se tornar autônomo em sua aprendizagem, é necessário que, junto
com a introdução da tecnologia na educação, sejam repensadas as práticas
educacionais da escola de modo a se rever, especialmente, a função dos conteúdos
curriculares e o papel do professor no desenvolvimento das competências e
habilidades que farão do aprendente alguém capaz de aprender sempre à medida que
constrói seus projetos de vida no plano pessoal e social. (CHAVES, 1998, p. 35)
22

As escolas almejam professores com nível de conhecimento e competência para


fazer uso das tecnologias em sala de aula. Com a chegada das novas e diversas mídias nas
escolas, surge uma nova demanda para o professor, saber como usá-las pedagogicamente.
Essa prática pedagógica é uma forma de conceber educação que envolve o aluno, o
professor, as tecnologias disponíveis, a escola e seu entorno e todas as interações
que se estabelecem nesse ambiente, denominada ambiente de aprendizagem. Tudo
isso implica um processo de investigação, representação, reflexão, descoberta e
construção do conhecimento, no qual as mídias a utilizar são selecionadas segundo
os objetivos da atividade. No entanto, caso o professor não conheça as
características, potencialidades e limitações das tecnologias e mídias, ele poderá
desperdiçar a oportunidade de favorecer um desenvolvimento mais poderoso do
aluno. Isto porque para questionar o aluno, desafiá-lo e instigá-lo a buscar construir
e reconstruir conhecimento com o uso articulado de tecnologias, o professor precisa
saber quais mídias são tratadas por essas tecnologias e o que elas oferecem em
termos de suas principais ferramentas, funções e estruturas. (ALMEIDA, 2003, p.
78)

O professor que executa sua função apenas da forma como foi aprendido na sua
formação acadêmica, não consegue acompanhar a evolução tecnológica dentro da realidade, o
mesmo precisa ser um profissional flexível aberto a novas aprendizagens e mudanças na sua
forma de administrar as aulas.
Segundo os PCN,
O uso desses recursos traz significativas contribuições para se repensar sobre o
processo de ensino e aprendizagem de Matemática à medida que: Relativiza a
importância do cálculo mecânico e da simples manipulação simbólica, uma vez que
por meio de instrumentos esses cálculos podem ser realizados de modo mais rápido
e eficiente; Evidencia para os alunos a importância do papel da linguagem gráfica e
de novas formas de representação, permitindo novas estratégias de abordagens de
variados problemas; Possibilita o desenvolvimento, nos alunos, de um crescente
interesse pela realização de projetos e atividades de investigação e exploração como
parte fundamental de sua aprendizagem; Permite que os alunos construam uma visão
mais completa da verdadeira natureza da atividade matemática e desenvolvam
atitudes positivas diante de seu estudo. [...] Eles podem ser usados nas aulas de
Matemática com várias finalidades: Como fonte de informação, poderoso recurso
para alimentar o processo de ensino e aprendizagem; como auxiliar no processo de
construção de conhecimento; Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de
softwares que possibilitem pensar, refletir e criar soluções; Como ferramenta para
realizar determinadas atividades – uso de planilhas eletrônicas, processadores de
texto, banco de dados, etc. (BRASIL, 1998, p. 43-44)

Devemos ter conhecimento do plano curricular e dos métodos que fazemos uso.
Faz-se necessário por parte do Estado ou da União, investimentos em cursos de formação
continuada para os profissionais da educação, para que possam estar seguros a fazer uso das
novas tecnologias nas aulas de matemática.
A Base Nacional Comum Curricular e o ensino de matemática, lembra ainda que
as demandas em certas habilidades técnicas podem e devem ser trabalhadas dentro do quadro
escolar, tornando assim seus alunos colaborativos, produtivos e, associáveis ao meio que lhe
23

são competidos.
Assim, é de grande valia que após o docente apresentar o contéudo, mesmo numa
aula expositiva, e propor a resolução de exercícios, o mesmo complemente as atividades
fazendo o uso de tecnologias e programas matemáticos educacionais de forma bem planejada
e interligado aos objetivos que ele almeija.
24

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os anos iniciais da educação básica é uma fase da vida do aluno que precisa ser
muito bem lapidada por todos os envolvidos no processo educacional, é na educação básica
que a criança começa a ter os primeiros contatos com o ambiente escolar, passa a ter a noção
de conviver em grupo, aprende os primeiros conteúdos que servirão de base para a sua
jornada enquanto estudante e futuramente como cidadão perante a sociedade.
Durante o nosso levantamento bibliográfico procuramos referênciar os trabalhos
já reconhecidos no meio científico e que abordam sobre o ensino e a aprendizagem das
operações fundamentais da matemática, também nos fundamentamos em diveros teóricos da
educação como foram citados no decorrer do trabalho, bem como na leitura e interpretação
dos documentos balizadores da educação no Brasil, como os Parâmetros Curriculares
Nacionais e a Base Nacional Comum curricular.
Ao final deste trabalho percebemos o quanto é pertinente a preocupação dos
professores de matemática com o referido tema. As quatro operações básicas são conteúdos
importantíssimo para o desenvolvimento estudantil e social do aluno. Por outro lado, também
percebemos o quanto é complexo e desafiador o processo de ensino e aprendizagem, o mesmo
não depende apenas da relação professor-aluno, e sim de um conjuto de fatores que englobam,
além do professor e do aluno, todos os outros mecanismos responsáveis pelo processo
educacional do país.
O professor que leciona matemática do Ensino Fundamental II que está
compreendido do 6° ao 9° ano, se sentem frustados com o baixo nível de aprendizado em
matemática que os alunos trazem dos anos anteriores, principalmente quando se trata das
quatro operações fundamentais. Essa dificuldade em realizar cálculos simples envolvendo as
mesmas é algo que chama bastante atenção e levanta questionamentos a respeito da qualidade
do ensino ofertado na educação básica.
Vale salientar que não podemos negligenciar essa realidade e devemos, mesmo
nos anos finais do ensino fundamental, nos esforçar para conseguir suprir as lacunas de
formação trazidas dos anos anteriores, visando o progresso dos alunos e, consequentemente,
seu sucesso na escola e na vida.
Portanto, é necessário que o professor estabeleça uma reflexão acerca da prática
educativa, sobre o que precisa mudar para que se melhore a qualidade do ensino ofertado nas
escolas. As teconologias estão aí presentes em todos os lugares, podendo ser usadas como
ferramentas de inclusão pedagógica nas aulas de matemática, a fim de trazer o aluno para
25

próximo de sua realidade. Reforçamos que essa prática bem planejada e desenvolvida pode
tornar a escola um espaço mais atraente e feliz.
Com isto, encerramos a nossa pesquisa e esperamos ter dado a nossa pequena
contribuição para a comunidade matemática e o sistema educacional, estes tão importantes
para a vida da sociedade. É óbvio que muitos outros fatores ainda precisam ser discutidos e
aprofundados, no entanto, isso não quer dizer que o nosso trabalho não possa ser visto como
uma fonte de inspiração para os professores e os futuros trabalhos relacionados com o tema.
26

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27

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