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11 Derivada

11.1 A Reta Tangente


Considere uma curva y = f(x) e P um ponto fixo sobre essa curva.
Considere Q um segundo ponto próximo de P sobre curva e trace a reta
secante PQ. A reta tangente em P pode ser definida como a posição-limite da
secante variável quando Q desliza ao longo da curva em direção de P. Como
calcular a inclinação da reta tangente?

Sejam P(x1 , y2) e Q(x2 ,y2) dois pontos distintos da curva y = f(x). Seja
S a reta secante que passa pelos pontos P e Q, a inclinação da reta S ( ou
coeficiente angular) é dada por:

f ( x2 )  f ( x1 ) y
mPQ  
x2  x1 x

Então fazemos Q aproximar-se de P ao longo da curva C fazendo com


que a inclinação da secante varie cada vez menos, tendendo para um valor
limite constante. Este valor limite, é chamado inclinação da reta tangente à
curva no ponto P.

Se mPQ tender a um número m, então definimos a tangente t como sendo a reta


que passa por P e tem inclinação m. ( Isso implica dizer que a reta tangente é a
posição limite da reta secante PQ quando Q tende a P.

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Definição A reta tangente a uma curva y = f(x) em um ponto P(a, f(a)) é a reta
que passa por P que tem inclinação

y f ( x2 )  f ( x1 )
mPQ  lim  lim
Q x x x x2  x1
2 1

desde que esse limite exista.

f ( x1  x)  f ( x1 )
Fazendo: x2 = x1 + x temos m  lim
h 0 x

Equação da reta tangente em x1 é

y  f ( x1 )  m( x  x1 )

Exemplo 1: Encontre uma equação da reta tangente à parábola y = x2 no


ponto P(1, 1).

Exemplo 2: Encontre uma equação da reta tangente à parábola y = x 2 + 1 no


ponto P(2, 5).

Exemplo 3: Dada a parábola y=x2, encontre a inclinação da reta tangente à


parábola no ponto (2,4).

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11.2 Outras taxas de variação

Suponha que y é uma quantidade que depende de outra quantidade s.


Assim, y é uma função de x, y = f(x). Quando a variável independente x varia
de xx para x2, então a variação de x é x  x 2  x1 e a correspondente

variação de y é y  f ( x2 )  f ( x1 ) .

y f ( x2 )  f ( x1 )
O quociente  , é chamado de taxa média de variação de y e
x x2  x1
m relação a x no intervalo [x1 , x2] e pode ser interpretado como a inclinação da
reta secante PQ.

Considerando a taxa média de variação em intervalos cada vez menores


fazendo x2 tender a x1 e assim x tende a 0. O limite dessas taxas médias de
variação é chamado taxa (instantânea) de variação de y em relação a x em x
= x1 , que é interpretada como à inclinação da tangente à curva y = f(x) em P
(x1, f(x1)):

y f ( x2 )  f ( x1 )
lim  xlim taxa de variação instantânea
x 0
x 2x 1 x2  x1

Exemplo: Foram registradas as leituras de temperatura T (em graus Celsius) a


cada hora, começando à meia-noite, em um dia de junho na cidade de Três de
Maio. O tempo x foi medido em horas a partir da meia-noite. Os dados estão na
tabela abaixo.

a) Encontre a taxa média de variação da temperatura em relação ao tempo:


i) do meio-dia até as 15 horas.
ii) Do meio-dia até as 13 horas.

x(h) T(ºC) x(h) T(ºC)

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3
0 6,0 12 14,3

1 6,1 13 16,0

2 5,6 14 17,3

3 4,9 15 18,2

4 4,2 16 18,8

5 4,0 17 17,6

6 4,0 18 16,0

7 4,8 19 14,1

8 6,1 20 11,5

9 8,3 21 10,2

10 10,0 22 9,0

11 12,1 23 7,9

Exercícios:

1) Encontre a equação da reta tangente à parábola y = 3x2 no ponto P


(2,12).

2) Encontre a equação da reta tangente à hipérbole y = 3/x no ponto (3, 1).

3) Encontre a equação da reta tangente à curva f(x) no ponto dado:

a) y = (x – 1)/(x – 2); (3, 2)

b) y = √x ; (1, 1)

4) Ache uma equação da reta tangente à curva y=x3 – 4 no ponto onde a


abscissa é 2.

5) Seja y = x2+1

a) Ache a taxa de variação média de y em relação a x no intervalo [3,5]

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b) Ache a taxa de variação instantânea de y em relação a x no ponto
x=-4

6) Uma partícula move-se sobre uma linha reta com a equação do


movimento S(T)=3T2+T. Calcule a velocidade da partícula no instante
T=2 segundos.

11.3 Derivada

Denomina-se derivada da função f(x) no ponto de abscissa x0, o limite,


f ( x0  x)  f ( x0 )
se existir e for finito, da razão quando  x tende a zero, ou
x
seja:

f ( x0  x)  f ( x0 ) f ( x)  f ( x0 )
f ' (x0)= lim ou
x  0 x x  x0

Além de f (x) , outros símbolos podem ser usados para representar a


derivada de uma função y = f(x). Os mais comuns são os seguintes:

dy d df
f ( x)  y   f ( x)   Df ( x)  Dx f ( x)
dx dx dx

Os símbolos D e d são chamados de operadores diferenciais, pois


dx
indicam a operação de diferenciação, que é o processo de cálculo de uma
derivada.

dy
O símbolo , introduzido por Leibniz, não representa um quociente,
dx
trata-se simplesmente de um sinônimo para f (x) .

A derivada da função f é indicada por:

 f' '(x)
 y ' ( lê-se “ derivada de y “)
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dy
 ( lê-se “derivada de y em relação a x”)
dx
Exemplo:

Ache a derivada de f se f(x)=3x2+12:

OBS:

1)Se a função y= f(x) admite derivada em um ponto x0, dizemos que a função é
derivável nesse ponto.

2) Quando a razão incremental da função, relativa ao ponto x0, tem por limite +
 ou -  ou não tem limite algum, dizemos que a função y = f(x) não tem
derivada nesse ponto.

3) Podemos determinar a derivada sem especificar um valor de x 0, ou seja,


podemos determinar a função f', função derivada da função f.

1) Uma função f é diferenciável em a se f'(a) existir. É diferenciável em um


intervalo aberto (a, b) ou (a,  ) ou ( -  ,a) ou ( -  ,  ) se for
diferenciável em cada número do intervalo.
Teorema: Toda função derivável num ponto x1 é contínua nesse ponto.
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Exercícios:

Determine as derivadas das funções:

a) y=4x2

b) y=3x2+6

c) y= x3-3x

d) y=x2+5x-8

e) y=4x-3

f) y=

11.4 Regras de Derivação


Até agora vimos como calcular a derivada de uma função f(x) por meio
da definição. Como esse processo é demasiado longo, estudaremos algumas
regras que nos permitirão calcular mais facilmente a derivada de uma função
f(x).

11.4.1 Derivada da função constante


Se c é uma constante e f(x) = c para todo x real, então f'(x) = 0.

Exemplos:

 f(x) = 5  f '(x) = 0

 f(x) =  2  f '(x) = 0
5
 f(x) =   f '(x) = 0
3

11.4.2 Derivada da função potência


Se f(x) = u n, com n  R , então f '(x) = n . u n – 1.

Exemplos:

 f(x) = x7  f '(x) =

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7
 f(x) = x - 2  f '(x) =
3

 f(x) = x 4  f '(x) =

 f(x) = 3
x =
1
 f(x) = =
3
x2

11.4.3 Derivada do produto de uma constante por uma função

Se g(x) = c f(x), sendo c uma constante e f(x) derivável, então


g '(x) = c f '(x).
Exemplos:

 g(x) = 5 x 3
2 12
 f(x) = x
3
4
 f(x) =
x3

11.4.4 Derivada da função f(x) = sen x

Se f(x) = sen u , f '(x) = cos u . u’

Exemplos:

 f(x) = - 2 sen x  f '(x) = - 2 cos x


4
 f(x) = sen x
3

11.4.5 Derivada da função f(x) = cos x

Se f(x) = cos u , f '(x) = - sen u . u’

Exemplos:

 f(x) = 5 cos x  f '(x) = 5 . ( - sen x) = - 5 sen x

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2
 f(x) =  cos x
3

Exercícios:

1) Calcule a derivada f '(x) das seguintes funções:


a) f(x) = 8 b) f(x) = x 6
1
–5
c) f(x) = x d) f(x) = x 2

e) f(x) =  5 1 f) f(x) = 6
x5

1
g) f(x) = h) f(x) = - 4 x 3
x4

1
i) f(x) =  j) f(x) = 510 x
2x4

k) f(x) = 4 sen x l) f(x) = 3 cos x

1
m) f(x) =  cos x n) f(x) = - 5 cos x
3

11.4.6 Derivada de uma soma ou de uma diferença de funções polinomiais

Sejam f(x) e g(x) duas funções tais que f '(x) e g '(x) existam.

A derivada da soma ( ou da diferença ) de duas funções deriváveis é


igual à soma ( ou diferença) das derivadas das funções.

Seja h(x) = f(x) + g(x) , então h '(x) = f '(x) + g '(x).

Exemplos:

1) Dada a função f(x) = 2x3 – 3x2 – 4x + 6. Calcular:


(a) f '(x)

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(b) f '(2)

2) Dada a função f(x) = 2 sen x – cos x + x2, determinar f '(x).

11.4.7 Derivada de um produto de funções

Se f(x) = u(x) . v(x), então f ( x)  u ( x).v( x)  u( x).v ( x) .

De um modo mais simples, podemos escrever:

y  u .v  u.v  u .v
Exemplos:

1) Calcular a derivada de f(x) = (x2 – 2x) . (3 + 5x) .

2) Dada a função f(x) = x3 . cos x, determinar f (x) .

11.4.8 Derivada de um quociente de funções

u ( x) u( x).v( x)  u ( x).v( x)


Se f ' ( x)  , com v(x)  0, então f ' ( x)  .
v( x) v( x)2

De um modo mais simples, podemos escrever:

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Exemplos:

x2  1
1. Dada a função f ( x)  , calcular f ' (x) .
x3

3x  7
2. Dada a função f(x) = , determinar f '(2).
x2  2

11.4.9 Derivada da função exponencial

A derivada da função f(x) = an (a> 0 e a  1) é a função f'(x) = an .


na .u

Exemplos
a) f(x) = 5x  f'(x)= 5x .n5.

b) f(x) = 3 x
x
2
c) f(x) =  
5
d) f(x) = e x
e) f(x) = 2 3x – 1
2
4x
f) f(x) = e x

11.4.10 Derivada da função logarítmica

Se , com 0 < a  1 e x  R , então : .

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Se , então

Exemplos:

1. f(x) = ln x

2. f(x) = log 2 x

11.4.11 Derivada da função composta ou regra da cadeia

Consideremos a função f(x) = [g(x)]n , com n  R.

Se f(x) = u(x)n ,então, pela regra da cadeia, temos: f ( x)  nu( x) . u' ( x)
n1

De uma forma mais simples, podemos escrever:

y  u n  y  n.u n1. u'

Exemplo
1. Determinar a derivada das seguintes funções:

a) f(x) = (x2 + x)3

b) f(x) = cos 3x

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c) Dada a função
f ( x)  4 x  2 , calcular f (3) .

11.5 Derivadas sucessivas


Seja f(x) a função cuja derivada primeira é f´(x).

Se f´(x) admite, também, a derivada f´´(x), esta recebe o nome de derivada


segunda de f(x)

E assim, analogamente, defini-se derivada terceira, derivada quarta,... e


derivada n-ésima da função f(x).

Exemplo: Calcular as derivadas sucessivas de f(x) = 2x3 - 2x2 +4x – 7.

Exercícios:

1) Diferencie as funções a seguir utilizando a regra do produto

2) Diferencie as funções a seguir utilizando a regra do quociente:

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3) Utilize a regra da cadeia para diferenciar as seguintes funções:

4) Diferencie as funções a seguir utilizando a regra do exponencial e do


logaritmo:

f(x) = e2x + 1

5) Encontre a derivada de quarta ordem da função y = x5 + 2x4 – x3 -1

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