ER_08_02_2019_Resol

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Universidade de Aveiro - Dep.

de Matemática
42791 - Cálculo III
Exame de Recurso
Data: 08 de fevereiro de 2019 Duração: 3h

Questão Cotação Classificação


Nome: 1 10
2 1
Curso:
3 2

NMec: 4 2
5 2
No folhas extra: 6 1
7 2
Total: 20

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e justifique a sua resposta de modo sucinto: apenas uma frase. A resposta
só é válida se for corretamente justificada.

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(10 val.) 1. No local próprio escreva V ou F consoante a afirmação é verdadeira ou falsa e justifique a sua
resposta usando apenas uma frase. (Se precisar fazer cálculos use uma folha de rascunho).
(a) F O domı́nio da função vetorial definida por


 
2x 2 2
f (x, y) = , ln(1 − x − y ), y − x
x2 + y 2

é Df = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 ≤ 1, y ≥ x}.

É Df = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 < 1, y ≥ x} \ {(0, 0)}.


 
2 ln(t) sin(t)
(b) F Sendo r a função vetorial definida por r(t) = et , t2 −1
, t , o lim r(t) não
t→1
existe.

Existe. É e, 12 , sin(1) .


(c) F Sendo f : A ⊂ R2 7→ R3 e g : B ⊂ R3 7→ R funções tais que f (A) = B e


(x0 , y0 ) ∈ A, então

Jg◦f (x0 , y0 ) = Jg (f (x0 , y0 )) × Jf (x0 , y0 ).

É preciso que f seja diferenciável em (x0 , y0 ) e g seja diferenciável em f (x0 , y0 ).



(d) F O trabalho realizado pelo campo vetorial F (x, y) = 3x − y, 7y + sin(y 4 ) sobre a
linha poligonal fechada ABCDA, com A = (0, 0), B = (2, 0), C = (2, 6) e D = (0, 4),
percorrida no sentido A → B → C → D → A é −10.

Teorema de Green: é 10, a área do polı́gono.

(e) V Seja F (x, y) uma função diferenciável tal que a equação F (x, y) = 0 define y como
dy
uma função diferenciável de x. Então dx (x) = − FFxy (x,y)
(x,y)
em todos os pontos em que
Fy (x, y) 6= 0.

É o teorema da função implı́cita.

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Nome: NMec:

(f) F Sendo f (x, y) = ln(1 + x + 3xy), um valor aproximado de f (0.012, 0.003), usando
aproximação linear, é 0.003.

L(x, y) = f (0, 0) + fx (0, 0)(x − 0) + fy (0, 0)(y − 0) = x e o valor correcto é 0.012.

(g) F Todo o campo vetorial cujo rotacional é nulo é um campo conservativo.

Deve se definido num aberto e simplesmente conexo.

(h) F Se f é a função definida por f (t) = (t3 − 2t, t2 − t, t), t ∈ R, então f 0 (1) = 1.

Tem que ser um vetor!

(i) V Considere que f é uma função integrável em R2 .


Z 1Z x Z 2Z 1 Z 3Z 1 Z 1 Z y+2
f (x, y) dy dx+ f (x, y) dy dx+ f (x, y) dy dx = f (x, y) dx dy.
0 0 1 0 2 x−2 0 y

(Se achar conveniente, pode justificar a resposta com um esboço da região de inte-
gração.)

Esboço.

(j) V A superfı́cie definida, em coordenadas esféricas, por cos θ sin φ = cos φ é um plano.

Multiplicando ambos os membros por ρ obtém-se x = z.

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Nas questões seguintes mostre todos os seus cálculos para ter cotações parciais.

(1 val.) 2. Considere a função


f (x, y) = x2 + y h(2x + 3y) + xy
com h : R → R, diferenciável em R tal que h(5) = 8 e h0 (5) = −3. Calcule o gradiente de
f no ponto (1, 1).

fx (1, 1) = [2x + 2yh0 (2x + 3y) + y](1,1) = 2 + 2h0 (5) + 1 = −3,


fy (1, 1) = [3yh0 (2x + 3y) + h(2x + 3y) + x](1,1) = 0,
∴ ∇(1, 1) = (−3, 0).

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(2 val.) 3. Considere o campo vetorial G(x, y) = (2xy + cos(2y), x2 − 2x sin(2y)).
(a) Diga se se trata de um campo conservativo e, em caso afirmativo, calcule um potencial.

É conservativo. Está definido em R2 (aberto e simplesmente conexo) e rot(G) =


2x − 2 sin(2y) − 2x + 2 sin(2y) = 0.
[......]
Um potencial é a função g(x, y) = x2 y + x cos(2y).
Z
(b) Calcule G · d~r, sendo C = {(x, y) : x2 + 4y 2 = 4, y ≥ 0}, orientada no sentido
C
positivo.

Teorema fundamental dos integrais de linha:


Z
F · d~r = g(−2, 0) − g(2, 0) = −4.
C

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(2 val.) 4. (a) Use as coordenadas que achar mais apropriadas
ZZZ para escrever na forma de integrais
iterados (não o calcule) o integral triplo (x + y 2 + z 2 )dV sobre a região
2
U

U = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 ≤ 4, z 2 ≤ 1}.

Pode parecer que as coordenadas mais apropriadas são as coordenadas esféricas,


uma vez que se trata de uma parte de uma esfera. Porém, com estas coordena-
das é preciso usar mais do que um integral – a região não é simples no espaço
esférico. Fazendo um esboço da região fica claro que a região pode ser descrita em
coordenadas cilı́ndricas e o integral é

Z 2π Z 1 Z 4−z 2
(z 2 + r2 ) r dr dz dθ
0 −1 0

(b) Calcule o volume deste sólido.



2π 1 4−z 2 1  2 √4−z2 1
Z Z Z Z Z
22π
V ol = 2 r dr dz dθ = 2π r 0 dz = 2π (4−z 2 ) dz =
0 0 0 0 0 3

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ZZ
(2 val.) 5. Calcule ~ isto é, o fluxo do rotacional do campo vetorial,
(∇ × F ) · dS,
S

F (x, y, z) = − y, x + z(x2 + y 5 ), z


atravéz da superfı́cie

S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 + z 2 + z(x4 + y 4 ) = 1, z ≥ 0},

orientada com o vetor normal unitário com terceira componente negativa (de cima para
baixo).

Teorema de Stokes: O bordo da superfı́cie é uma circunferência de raio 1 no plano


z = 0, que deve ser orientada no sentido horário,

r(t) = (cos t, − sin t, 0), 0 ≤ t ≤ 2π.

O Fluxo é

ZZ I
~ =
(∇ × F ) · dS F · d~r
S
ZC2π
= F (r(t)) · r0 (t) dt
Z0 2π
= sin t, cos t, 0) · (− sin t, − cos t, 0) dt = −2π.
0

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(1 val.) 6. Considere a equação linear de 1a ordem
3ux + 2uy = 0.
Determine a solução u(x, y) desta equação que satisfaz a condição u(x, 0) = 4e−x .

Pelo método de separação de variáveis:


Com u(x, y) = X(x)Y (y), tem-se, derivando e substituindo na EDP:
X 0 (x) Y 0 (y)
3X 0 (x)Y (y) + 2X(x)Y 0 (y) = 0 ⇒ 3 = −2 =λ
X(x) Y (y)
Resolvemos duas EDOs:
X 0 (x) λ λ
• X(x)
= 3
⇒ X(x) = K1 e 3 x , K1 constante a determinar
Y 0 (y) λ
• Y (y)
= − λ2 ⇒ Y (y) = K2 e− 2 y , K2 constante a determinar

A solução geral é
λ λ
u(x, y) = Ke 3 x− 2 y , K ∈ R.
Agora, u(x, 0) = 4e−x ⇒ K = 4, λ = −3, logo,
3
u(x, y) = 4e−x+ 2 y .

(Outra resolução) Pelo método das curvas caracterı́sticas:


De du = 0 vem u = C1 . Por outro lado,
dx dy
= ⇔ 2x − 3y = C2
3 2
e, portanto, (C1 = φ(C2 )),
u = φ(2x − 3y)
com φ arbitrária, diferenciável, é a solução geral da EDP. Resolvemos agora o sistema:


 u = C1
2x − 3y = C2

⇒ x = C2 /2

 y = 0
u = 4e−x

Então, u = 4e−x = 4e−C2 /2

3y
∴ u(x, y) = 4e−x+ 2 .

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kxk2
e− 2t
(2 val.) 7. Determine um número a ∈ R de modo que a função u(x, t) = seja solução da EDP
t
(equação do calor)
∂u
a − ∇2 u = 0
∂t
∂2 ∂2
para x = (x1 , x2 ) ∈ R2 e t > 0. (Note que ∇2 = ∂x21
+ ∂x22
é o operador Laplaciano).

Basta calcular as derivadas parciais e substituir. Por um lado temos:


kxk2
!
− 2t 2
 
∂ e 1 kxk2 kxk kxk2
− 2t −2 − 2t
= 2 e ( t )t − e
∂t t t 2

Por outro lado, ∇2 u é:


kxk2
2
! 2
1 X ∂ 2 e− 2t kxk2
     
1 X − kxk2 2xi 2xi 2 −
kxk2 2
= e 2t − − − = e 2t − 2
t i=1 ∂x2i t t i=1 2t 2t 2t t3 t

Comparando as duas expressões obtidas, concluı́mos que tem que ser a = 2.

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