Amir Lando
Amir Lando | |
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Amir Lando em 2013. | |
Senador por Rondônia | |
Período | 1.º- 16 de outubro de 1990 a 1º de fevereiro de 1995 2.º- 1º de fevereiro de 1999 a 1º de fevereiro de 2007[a] |
Deputado federal por Rondônia | |
No cargo | |
Período | 29 de agosto de 2013 a atualidade |
19.º Ministro da Previdência Social do Brasil | |
Período | 23 de janeiro de 2004 a 22 de março de 2005 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Ricardo Berzoini |
Sucessor(a) | Romero Jucá |
Deputado estadual de Rondônia | |
Período | 15 de março de 1983 a 15 de março de 1987 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Amir Francisco Lando |
Nascimento | 25 de abril de 1944 (80 anos) Piratuba, SC |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Letícia Lando Pai: Bortolo Lando |
Alma mater | Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Partido | PSB (1985–1986) PMDB (1986–2017) MDB (2017–presente) |
Profissão | professor, advogado, político |
Amir Francisco Lando GOMM (Piratuba, 25 de abril de 1944) é um professor, advogado e político brasileiro filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi ministro da Previdência Social durante o governo Lula, e líder do governo durante seu mandato como senador por Rondônia. Foi deputado federal e deputado estadual do mesmo estado.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Em 1982, foi eleito deputado estadual. Em 1986, foi eleito suplente do senador Olavo Pires. Assumiu a vaga de senador em 1990, quando o titular Olavo Pires faleceu. Em 1992, foi escolhido relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o escândalo de corrupção envolvendo o então presidente Fernando Collor de Mello e seu tesoureiro da campanha eleitoral, Paulo César Farias, também conhecido como "PC Farias". Esta comissão ficou conhecida como "CPI do PC", e acabou resultou no pedido de impeachment do presidente Collor.[2]
Nas eleições de 1994 não conseguiu reeleger-se, ficando em terceiro lugar, tendo perdido para o segundo colocado por aproximadamente sete mil votos. À imprensa, Lando fez uma declaração dramática: "Saio da vida para entrar na História", ecoando a famosa frase final da carta-testamento de Getúlio Vargas.[3] A Folha de S.Paulo relata que Roberto Jefferson, que havia feito parte do chamado "esquadrão da morte" na oposição à CPI, aproveitou-se para se vingar de Lando, enviando no dia seguinte ao seu gabinete um telegrama irônico que dizia: "Ouvi emocionado o seu discurso: "Saio do Senado para entrar na História". Rogo a Deus que V. Excia. não siga o exemplo do autor da frase, que suicidou-se com tiro no peito. Por favor, não tome atitude extremada. Conte com meu apoio."[3]
Candidato novamente nas eleições de 1998, foi eleito senador pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 2001, Lando foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[4] Em maio de 2003, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para exercer a função de líder do governo no Congresso Nacional.[5] Em setembro de 2003, acompanhou Lula em sua visita a Cuba.[6]
Ministério da Previdência Social
[editar | editar código-fonte]Na reforma ministerial de janeiro de 2004, Amir Lando licenciou-se do mandato de senador e foi nomeado ministro da Previdência Social por Lula, sucedendo Ricardo Berzoini na pasta.[7] Em abril do mesmo ano, foi promovido pelo presidente ao grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito Militar.[1] Pediu sua própria exoneração em março de 2005, voltando ao Senado enquanto sucedido por Romero Jucá no ministério.[8]
Retorno ao Senado
[editar | editar código-fonte]Em 2005, em meio à suspeita de compra sistemática de votos que ficou conhecida como escândalo do Mensalão, acabou sendo escolhido para presidir a CPMI do Mensalão e da Compra de Votos, que deveria investigar quais parlamentares receberam o dinheiro do esquema e, também, a suposta compra de votos para aprovação da emenda constitucional da reeleição. No entanto, esta CPMI acabou encerrada sem a aprovação de um relatório final.
Em 2006, Amir Lando foi relator da CPMI das Sanguessugas, que investigou o envolvimento de parlamentares com a Máfia das Ambulâncias.
Ainda no mesmo ano, concorreu nas eleições estaduais ao governo de Rondônia. Ficou em quarto lugar com 44 155 votos.[9]
Foi apresentado em 26 de janeiro de 2011 uma denúncia contra o ex-presidente Lula e seu ex-ministro da Previdência Social Amir Lando por improbidade administrativa. Em 22 de fevereiro do mesmo ano, veio a divulgação de que o Ministério Público Federal no Distrito Federal teria entrado com ação tendo como acusação de que ele e seu ministro teriam usado a máquina pública para promoção pessoal e a fim de favorecer o Banco BMG. As supostas irregularidades ocorreram entre outubro e dezembro de 2004.[10][11]
Concorreu a deputado federal nas eleições de 2010. Obteve 8.593 votos e ficou como suplente na coligação integrada por PDT, PMDB, DEM, PRTB e PC do B.[12] Em 28 de agosto de 2013, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, afastou o deputado Natan Donadon, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por peculato e formação de quadrilha.[13] Lando tomou posse um dia depois do afastamento de Donadon.[12]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Eleições estaduais em Rondônia em 1982
- Eleições estaduais em Rondônia em 1986
- Eleições estaduais em Rondônia em 1994
- Eleições estaduais em Rondônia em 1998
- Eleições estaduais em Rondônia em 2006
Notas
- ↑ Licenciado entre 23 de janeiro de 2004 e 22 de março de 2005 para assumir o Ministério da Previdência Social.
Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 8 de abril de 2004.
- ↑ FGV - CPDOC - Almir Lando
- ↑ a b «Folha de S.Paulo - A hora do troco - 8/10/1994». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 11 de novembro de 2023
- ↑ BRASIL, Decreto de 10 de abril de 2001.
- ↑ BRASIL, Mensagem nº 176, de 14 de maio de 2003.
- ↑ BRASIL, Decreto de 19 de setembro de 2003.
- ↑ BRASIL, Decreto de 23 de janeiro de 2004.
- ↑ BRASIL, Decreto de 22 de março de 2005.
- ↑ «Eleições 2006: Placar 1º turno: Rondônia». Uol. Consultado em 29 de agosto de 2013
- ↑ «Ministério Público Federal entra com ação contra Lula por improbidade administrativa». R7. 22 de fevereiro de 2011. Consultado em 28 de março de 2011. Arquivado do original em 27 de julho de 2011
- ↑ «MP move ação contra Lula e ex-ministro por suposta improbidade». G1. 22 de fevereiro de 2011. Consultado em 28 de março de 2011
- ↑ a b Fabiano Costa (29 de agosto de 2013). «Amir Lando, suplente de Donadon, toma posse na Câmara». G1. Consultado em 29 de agosto de 2013
- ↑ «Câmara rejeita cassação do mandato de Natan Donadon». Gazeta do Povo. 28 de agosto de 2013. Consultado em 29 de agosto de 2013
Precedido por Olavo Pires |
Senador por Rondônia 1990 – 1995 |
Sucedido por José Bianco |
Precedido por Odacir Soares |
Senador por Rondônia 1999 – 2007 |
Sucedido por Expedito Júnior |
Precedido por Ricardo Berzoini |
Ministro da Previdência Social 2004 – 2005 |
Sucedido por Romero Jucá |
- Nascidos em 1944
- Ministros do Governo Lula (2003–2011)
- Ministros da Previdência Social do Brasil
- Deputados estaduais de Rondônia
- Senadores do Brasil por Rondônia
- Naturais de Piratuba
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1980)
- Grandes-Oficiais da Ordem do Mérito Militar
- Membros do Partido Socialista Brasileiro de Rondônia
- Membros do Partido Socialista Brasileiro