Julia Kristeva
Julia Kristeva | |
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Nascimento | 24 de junho de 1941 (83 anos) Sliven, Bulgária |
Nacionalidade | Búlgara |
Cidadania | França, Bulgária |
Cônjuge | Philippe Sollers |
Alma mater | |
Ocupação | Filósofa, escritora, crítica literária, psicanalista e feminista |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade Paris VII, Universidade Columbia |
Obras destacadas | História da linguagem |
Movimento estético | pós-estruturalismo |
Página oficial | |
http://kristeva.fr | |
Julia Kristeva (em búlgaro: Юлия Кръстева; Sliven, 24 de junho de 1941) é uma filósofa, linguista, crítica literária, psicanalista e teórica feminista búlgaro-francesa.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Natural de Sliven, Bulgária, nasceu em 24 de junho de 1941. Seu pai era Stoyan Kristev, importante incentivador da educação das filhas. Realizou seus estudos iniciais em uma escola francófona de padres dominicanos, junto a sua irmã. Formou-se em Linguística e Literatura Francesa pela Universidade de Sófia, conseguindo auxílio financeiro para a pós-graduação na França, em dezembro de 1965. Desde então reside na França.[1][2]
Passou por diversas instituições francesas, concluindo seu doutoramento em Linguística pela École Pratiques des Hautes Études, em Paris. Casou-se em 1967 com o crítico literário Philippe Sollers, colega no grupo de filósofos estruturalistas Tel Quel.[2]
Atuação política
[editar | editar código-fonte]Tornou-se marxista cultural, tendo, inclusive, realizado em 1974 uma viagem à China Maoísta, apoiando a Revolução de Tse Tung. Foi ativa na política internacional, tendo sido acusado em maio de 2018, pelo governo búlgaro, de ter atuado como agente secreta soviética na década de 1970, sob o codinome Sabine. Kristina nega tais informações.[2]
Influência
[editar | editar código-fonte]Ela tornou-se influente na análise crítica internacional cultural e em teoria feminista após publicar o seu primeiro livro, Sèméiotikè, em 1969.
Sua enorme produção inclui livros e ensaios que abordam a intertextualidade e a semiótica, nas áreas da linguística, teoria e crítica literária, psicanálise, biografia e autobiografia, análise política e cultural, arte e história da arte. Juntamente com Barthes, Todorov, Genette, Lévi-Strauss, Lacan, Greimas, Foucault, e Althusser, ela permanece como uma das principais filósofas estruturalistas. Suas obras têm também um lugar importante no pensamento pós-estruturalista.[3]
Influência no Brasil
[editar | editar código-fonte]No Brasil sua influência é notada nos campos da teoria literária, comunicação, semiótica e feminismo, tendo sido orientadora, por exemplo, de Leda Tenório da Motta e Eneida Maria de Souza, ambas na década de 1980.[4]
Obras
[editar | editar código-fonte]- Séméiotiké. Recherches pour une sémanalyse, 1969;
- Le Texte du roman. Approche sémiologique d´une structure discurcive transformationnelle, 1970;
- História da Linguagem, 1974
- About Chinese Women, 1974;
- Revolution in Poetic Language, 1974;
- Polylogue, 1977;
- Powers of Horror. An Essay on Abjection, 1980;
- Tales of Love, 1983;
- Black Sun, 1987;
- Strangers to Ourselves, 1988;
- The Incredible Need to Believe, 2007;
- Possessions: A Novel, Murder in Byzantium, Seule une femme, Teresa, my love, 2008;
- Pulsions du temps, 2013;
- L’Horloge enchantée, 2015.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ O VELHO E OS LOBOS Os laços de "Cora" nas linhas de Julia Kristeva[https://web.archive.org/web/20220328221053/https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq03079912.htm Arquivado em 2022-03-28 no Wayback Machine]
- ↑ a b c Soares, Thiago da Silva; Amâncio, Vitor da Silva (18 de dezembro de 2019). «JÚLIA KRISTEVA E SEU PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO». Revista Filosófica São Boa Ventura (2): 49–63. ISSN 2525-3042. Consultado em 14 de julho de 2024
- ↑ Honse, Alek (2020). Só Podia Ser Mulher !. [S.l.]: Clube de Autores, 2020. 675 páginas
- ↑ Queiroz, Christina (Abril de 2022). «Uma crítica afetuosa: com análises sobre arquivos de escritores, Eneida Maria de Souza ampliou o alcance dos estudos literários». FAPESP. PESQUISA FAPESP 314 (314): 86-87
- ↑ Kristeva, Julia. «Julia Kristeva». Consultado em 28 de março de 2022