100 metros com barreiras
100 metros com barreiras | |
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Olímpico desde | Munique 1972 |
Desporto | Atletismo |
Campeã Olímpica | |
Paris 2024 | Masai Russell Estados Unidos — |
Campeã Mundial | |
Budapeste 2023 | Danielle Williams Jamaica — |
Recorde Mundial | |
Tobi Amusan — 12s12 (2022, Eugene) |
100 metros com barreiras é uma prova olímpica do atletismo feminino. Seu equivalente masculino são os 110 metros com barreiras.
A prova é disputada numa reta onde raias de corrida estão demarcadas. A largada é feita a partir de blocos de partida no chão da pista, como as demais provas de velocidade do programa olímpico. Nos seus cem metros de extensão são dispostas 10 barreiras; a primeira surge treze metros depois da linha de partida, as seguintes têm 8.5 metros de intervalo entre si e depois da última barreira há um percurso de 10.5 metros até à linha da meta. As barreiras têm 83,8 cm e são colocadas de modo a que caiam para a frente, caso sejam tocadas pela corredora. O toque ou mesmo a derrubada de barreiras não é motivo de desqualificação já que, geralmente, afeta de forma negativa o tempo obtido pela concorrente. A competidora pode ser desclassificada caso invada a raia de outra atleta ou tenha um tempo de reação ao sinal de largada inferior a 0.1s, considerado uma largada falsa.[1]
História
[editar | editar código-fonte]As provas de barreira derivam de uma corrida disputada numa distância de cem jardas com barreiras de madeira colocada a intervalos dela, na Inglaterra na década de 1830. Os primeiros Jogos Femininos Mundiais, em 1922, tiveram uma prova destas. Ela apareceu pela primeira vez na maneira como é hoje em Los Angeles 1932, com distância de 80 metros [1] e foi disputada como modalidade olímpica assim até Cidade do México 1968, sendo estão esticada e padronizada para 100 m a partir dos Jogos de Munique 1972. A primeira campeã olímpica da distância foi Annelie Ehrhardt da extinta Alemanha Oriental.[2] O recorde mundial é 12.12 e pertence à nigeriana Tobi Amusan, conseguido na semifinal da prova no Campeonato Mundial de Atletismo de 2022 em Eugene, Estados Unidos.[3]
Na Rio 2016, os Estados Unidos conseguiram pela primeira vez na história da prova em Olimpíadas conquistar as medalhas de ouro, prata e bronze e foi também a primeira vez que atletas norte-americanas conquistaram todos os lugares no pódio em qualquer evento olímpico de qualquer esporte.[4]
Recordes
[editar | editar código-fonte]De acordo com a World Athletics – IAAF.[5][6]
12.12 | Tobi Amusan | 24 julho 2022 | Eugene | ||
12.26 | Jasmine Camacho-Quinn | 31 julho 2021 | Tóquio 2020 |
Melhores marcas mundiais
[editar | editar código-fonte]As marcas abaixo são de acordo com a World Athletics.[5]
Posição | Tempo | Atleta | País | Data | Local |
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1 | 12.12 | Tobi Amusan | 24 julho 2022 | Eugene | |
2 | 12.20 | Kendra Harrison | 22 julho 2016 | Londres | |
3 | 12.21 | Yordanka Donkova | 20 agosto 1988 | Stara Zagora | |
4 | 12.24 | Yordanka Donkova | 28 agosto 1988 | Stara Zagora | |
12.24 | |||||
12.24 | |||||
12.24 | |||||
8 | 12.25 | Ginka Zagorcheva | 8 agosto 1987 | Drama | |
12.25 | Masai Russell | 30 junho 2024 | Eugene | ||
10 | 12.26 | Yordanka Donkova | 7 setembro 1986 | Ljubljana | |
12.26 | Ludmila Narozhilenko | 6 junho 1992 | Sevilha | ||
12.26 | Brianna Rollins | 22 junho 2013 | Des Moines | ||
12.26 | Jasmine Camacho-Quinn | 31 julho 2021 | Tóquio |
* A russa Ludmila Narozhilenko competiu pela União Soviética e pela Equipe Unificada da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) entre 1991 e 1992. Após a desintegração da União Soviética adotou o nome de casada de Ludmila Engquist e a cidadania sueca.
Melhores marcas olímpicas
[editar | editar código-fonte]As marcas abaixo são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[7]
Posição | Tempo | Atleta | País | Medalha | Local |
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1 | 12.26 | Jasmine Camacho-Quinn | Tóquio 2020 | ||
2 | 12.33 | Masai Russell | ouro | Paris 2024 | |
3 | 12.34 | Cyréna Samba-Mayela | prata | Paris 2024 | |
12.34 | Alaysha Johnson | Paris 2024 | |||
5 | 12.35 | Sally Pearson | ouro | Londres 2012 | |
12.35 | Jasmine Camacho-Quinn | Paris 2024 | |||
7 | 12.36 | Jasmine Camacho-Quinn | bronze | Paris 2024 | |
8 | 12.37 | Joanna Hayes | ouro | Atenas 2004 | |
12.37 | Jasmine Camacho-Quinn | ouro | Tóquio 2020 | ||
12.37 | Dawn Harper | prata | Londres 2012 |
* As marcas de Jasmine Camacho-Quinn (12.26 e 12.35) foram obtidas nas semifinais de Tóquio 2020 e Paris 2024. A marca de Alaysha Johnson foi obtida nas semifinais de Paris 2024.[8]
Marcas da lusofonia
[editar | editar código-fonte]País | Marca | Atleta | Ano | Local | |
12.71 | Maurren Maggi | 2001 | Manaus | [9] | |
13.14 | Isabel Abrantes | 2000 | Coimbra | [10] | |
14.01 | Witney Barata | 2012 | Lisboa | [11] | |
15.50 | Sandra Moreira | 2011 | Lisboa | [12] |
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Medalhadas dos 100 metros com barreiras (inclui evolução do recorde mundial)
Referências
- ↑ a b «Discipline». IAAF. Consultado em 6 de setembro de 2015
- ↑ «Athletics at the 1972 München Summer Games: Women's 100 metres Hurdles». Sportsreference. Consultado em 6 de setembro de 2015
- ↑ «Track & Field Worlds: Tobi Amusan breaks world record before going on to win gold in 100m hurdles». olympics.com. Consultado em 26 setembro 2023
- ↑ «Rio Olympics 2016: US women sweep medals in 100m hurdles». BBC. Consultado em 18 de agosto de 2016
- ↑ a b «100 Metres Hurdles Women». World Athletics. Consultado em 25 julho 2022
- ↑ «Olympic Games Records». World Ahletics. Consultado em 25 julho 2022
- ↑ «48 PAST OLYMPIC GAMES». OIC. Consultado em 24 de abril de 2013
- ↑ «100 METRES HURDLES WOMEN Results». World Athletics. Consultado em 9 agosto 2024
- ↑ «Recordes Brasileiros». CBAt. Consultado em 26 julho 2022
- ↑ «RECORDES DE PORTUGAL». FPA. Consultado em 26 julho 2022
- ↑ «estatisticas». FAA. Consultado em 1 de setembro de 2015
- ↑ «Tabela de Records de Cabo Verde». FCA. Consultado em 1 de setembro de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015