Aristides Spínola
Aristides Spínola | |
---|---|
Nascimento | 29 de agosto de 1850 Caetité |
Morte | 9 de julho de 1925 (74 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Advogado, político, espírita |
Aristides de Sousa Spínola[nota 1] (Caetité, 29 de agosto de 1850 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1925) foi um advogado, político, abolicionista e espírita brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Aristides Spínola era filho do coronel Antônio de Sousa Spínola, de rica e tradicional família baiana, e de Constança Pereira.
Cursou a Faculdade de Direito do Recife, colega de Castro Alves, Rui Barbosa, Plínio de Lima, sendo de todos o único a ser laureado.
Após seu brilhante curso, foi nomeado pelo Imperador D. Pedro II presidente da província de Goiás. Desde cedo afeito à carreira política, por sucessivos mandatos ocupou uma cadeira no Congresso Nacional, como Deputado.
Desta sua passagem pela política alguns episódios marcaram tanto que acabou tornando-se personagem do romance Sinhazinha, do Afrânio Peixoto.
Converte-se, em fins do século XIX, ao Espiritismo, dedicando-se quase exclusivamente à causa, inclusive como advogado de médiuns, então perseguidos. Presidiu a Federação Espírita Brasileira (FEB), em diversas ocasiões.
Atuação espírita
[editar | editar código-fonte]Aristides Spínola era, no dizer do médium Divaldo Franco, um espírito completista, dos que vinham para "completar uma missão". De fato, quando converte-se ao Espiritismo, o movimento espírita passa por grandes dificuldades, decorrentes da intolerância religiosa que sofria.
Filia-se à Federação Espírita Brasileira em 1905, ano em que funda, na cidade natal, o Centro Psíquico de Caetité, hoje com seu nome. Na FEB acaba sendo eleito para a vice-presidência, até 1913. Em 1914 é eleito seu presidente por dois períodos consecutivos até 1917, quando novamente ocupa a vice-presidência. Foi, então, novamente eleito para o cargo maior da entidade de 1922 a 1924. No ano em que falece, ocupava pela terceira vez a vice-presidência.
Sua bondade e desapego impressionou entre outros a Hermes Lima, este que viria a ser primeiro-ministro do Brasil e membro da Academia,.
Governo de Goiás
[editar | editar código-fonte]Foi presidente da província de Goiás, nomeado por carta imperial de 9 de janeiro de 1879, de 18 de março de 1879 a 28 de dezembro de 1880.[1][2]
Homenagens
[editar | editar código-fonte]- Aristides Spínola figura como personagem no romance Sinhazinha, de Afrânio Peixoto.
- Em sua cidade natal dá nome ao Centro Espírita Aristides Spínola, fundado em 1905.
- A Academia Caetiteense de Letras tem-no por Patrono em sua Cadeira número 4.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ Pela grafia arcaica, Aristides de Souza Spínola.
Referências
- ↑ Galvão, Miguel Archanjo (1894). Relação dos cidadãos que tomaram parte no governo do Brazil no periodo de março de 1808 a 15 de novembre de 1889. Rio de Janeiro: Imprensa nacional. p. 71
- ↑ «Governantes de Goiás e símbolos estaduais» (PDF). Maio de 1983. p. 7. Consultado em 5 de março de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Relatório apresentado pelo ilmo. e exmo. sr. dr. Aristides de Sousa Spinola, presidente da província, à Assembleia Legislativa Provincial de Goiás, no dia 1 de junho de 1879
- Relatório apresentado pelo ilmo. e exmo. sr. dr. Aristides de Sousa Spinola, presidente da província, à Assembleia Legislativa Provincial de Goiás, no dia 1 de março de 1880
- Relatório apresentado pelo ilmo e exmo. sr. dr. Aristides de Sousa Spinola, ex-presidente da província, no ato de passar a administração ao exmo. sr. vice-presidente dr. Teodoro Rodrigues de Morais em 27 de dezembro de 1881
Precedido por Teodoro Rodrigues de Morais |
Presidente da província de Goiás 1879 — 1880 |
Sucedido por Teodoro Rodrigues de Morais |