Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
FCA | |
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Razão social | Ferrovia Centro Atlântica S/A |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | B3: VSPT3, VSPT4 |
Atividade | Logística |
Fundação | 1996 (28 anos) |
Sede | Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil |
Área(s) servida(s) | São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Distrito Federal, Sergipe, Minas Gerais |
Proprietário(s) | VLI Multimodal |
Pessoas-chave | Ernesto Pousada (presidente atual) |
Empregados | 7.500 (2019)[1] |
Produtos | Transporta variados segmentos como commodities agrícolas, insumos e fertilizantes, combustíveis, siderúrgico, automotivo e autopeças, químico, petroquímico e mineração |
Website oficial | «Sítio oficial» |
A Ferrovia Centro Atlântica, mais conhecida como FCA, é uma concessionária de ferrovias que opera parte da malha privatizada da RFFSA, composta das seguintes superintendências regionais: SR-2 com sede em Belo Horizonte; SR-8 com sede em Campos dos Goytacazes; e SR7, com sede em Salvador. Através de negociação com a Ferroban, assumiu parte da Malha Paulista da antiga Fepasa. Foi criada no dia 1 de setembro de 1996 e atualmente pertence a VLI Multimodal.[carece de fontes]
História
[editar | editar código-fonte]Oriunda da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), a FCA foi criada a partir do Programa Nacional de Desestatização. Entre 2003 e 2011, a FCA fez parte do Grupo Vale e de 2011 em diante passou a fazer parte da VLI.
Cronologia
[editar | editar código-fonte]- 1992
- A RFFSA é incluída no Programa Nacional de Desestatização do governo federal.[carece de fontes]
- 1996
- Surge a FCA, com a operação do trecho correspondente à antiga Malha Centro-Leste Brasileira (7.080 km de trilhos em bitola métrica e mista[2]): SR2 (Belo Horizonte), SR7 (Salvador) e SR8 (Campos).
- 1998
- Em um acordo no processo de concessão da Malha Paulista (antiga Fepasa), vencido pela Ferroban, o trecho entre Campinas (SP) e Uberlândia (MG) que faz parte do Corredor de Exportação Araguari-Santos, passa para o controle da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).[carece de fontes]
- 1999
- Alteração no grupo de controle da FCA. A Companhia Vale do Rio Doce (VALE) adquire um percentual do controle acionário da empresa. A Companhia Siderúrgica Nacional também é acionista.[2]
- 2003
- Ocorreu em 2003 a saída da CVRD do bloco de controle da CFN, através de troca de ações com a CSN envolvendo a Ferrovia Centro-Atlântica e o TECON.[3] Essa troca acionaria foi aprovada pelo CADE em 2006.[4]
- 2008
- Lançamento da nova logomarca da FCA.[carece de fontes]
- 2011
- Criação da VLI Logística, reunindo todos os ativos de logística da Vale.
- 2014
- Em abril 2014 a Vale concluiu a venda de 20% e 15,9% da VLI para, respectivamente, Mitsui e FI-FGTS.[5] Em agosto foi a vez da Brookfield Asset Management arrematar 26,5% da VLI, tirando a Vale do controle da mesma.[6] Deste ponto em diante a empresa passou a criar cultura própria e seu próprio sistema de governança.
- 2019
- Em novembro de 2019, a VLI faz acordo extrajudicial com o Ministério Público Federal (MPF), em que se compromete a pagar R$ 1,2 bilhão em indenização aos cofres do Tesouro Nacional, pelo período de cinco anos, como compensação pelos danos causados pelo descumprimento de cláusulas contratuais em contratos de concessão pública ferroviária que a FCA celebrou com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).[7][8]
- 2021
- Relatório da ANTT classifica a administração da FCA pela VLI Multimodal S.A, concessionária que gerencia esta ferrovia desde 1996, como um “prejuízo à coisa pública”, pois ela concentrou 90% da sua operação em somente 2.341 km dos 7.094 km totais da ferrovia e estaria reduzindo a cada ano a quantidade de seus clientes regulares.[9][10]
Projetos
[editar | editar código-fonte]Projeto Noroeste de Minas Gerais
[editar | editar código-fonte]Em 2009, a FCA desenvolveu o projeto de criação de um corredor de exportação entre o Terminal de Pirapora (MG) e o Terminal de Produtos Diversos no Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória (ES). O novo corredor permitiu maior competitividade e aumento da produção local de soja, milho, álcool e açúcar e do consumo de insumos como fertilizantes, defensivos e sementes, gerando mais renda e investimento para o Novo Corredor para exportação Centro-Leste.[11]
Projeto Litorânea Sul
[editar | editar código-fonte]O outro grande projeto é o da construção da Variante Ferroviária Litorânea Sul (VFLS), que prevê uma nova ferrovia entre Cariacica e Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, com 165 quilômetros de extensão e com um ramal que dá acesso ao polo industrial e de serviços de Anchieta. O novo trecho vai substituir o trecho ferroviário acidentado entre as duas cidades pelo interior capixaba.[carece de fontes]
Em 2007, a FCA aplicou recursos no projeto básico de engenharia e deu início ao processo de licenciamento ambiental. Em novembro, oito audiências públicas foram organizadas para que se conseguisse a anuência das populações das 11 cidades que serão cortadas pelo novo trecho ferroviário. Foi a primeira etapa de licenciamento ambiental da obra.[carece de fontes]
Responsabilidade social
[editar | editar código-fonte]O Cidadania nos Trilhos é o mais importante projeto de relacionamento externo da Logística. Tem como objetivo compartilhar com as comunidades próximas à linha férrea os cuidados necessários para uma convivência segura com o trem.[carece de fontes]
Em cada município a busca unir esforços com igrejas, órgãos públicos, ONG´s, fundações, associações e entidades de classe, oferecendo parceria em iniciativas já existentes ou construindo propostas em conjunto.[carece de fontes]
Com as instituições de ensino da Rede Pública, o foco está na construção de projetos pedagógicos cujos temas estejam relacionados à convivência segura com a ferrovia. Para a elaboração dos projetos são distribuídos materiais didáticos. Desde seu início, o Cidadania nos Trilhos formou 443 educadores e envolveu diretamente mais de 43 mil alunos.[carece de fontes]
O Programa Cidadania nos Trilhos foi premiado pela Aberje, em 2006, como o principal programa de relacionamento com comunidades do Brasil.[carece de fontes]
Patrimônio cultural
[editar | editar código-fonte]Desde 2001, a FCA é a empresa responsável pela manutenção e operação da Estrada de Ferro Oeste de Minas. Este complexo ocupa uma área de 35.000 m2, sendo o maior centro de preservação da memória histórica ferroviária nacional e um dos mais importantes do mundo.[carece de fontes]
Além disso, em maio de 2006, foi inaugurado o Trem da Vale, cuja operação é de responsabilidade da Ferrovia Centro-Atlântica.[carece de fontes]
Referências
- ↑ Dados do site oficial da FCA
- ↑ a b RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio - Introdução aos Sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional - Edições Aduaneiras Ltda - 2000 - São Paulo - Pg. 45 - ISBN 85-7129-239-6
- ↑ «CSN ANUNCIA MUDANÇA DE PARTICIPAÇÃO EM CONTROLADAS» (PDF). ANTT. 16 de abril de 2003. Consultado em 8 de janeiro de 2017
- ↑ «Cade aprova descruzamento de fatias da Vale e CSN em ferrovias». ANTT. 25 de outubro de 2006. Consultado em 8 de janeiro de 2017
- ↑ [1]
- ↑ [2]
- ↑ «Ferrovia Centro-Atlântica vai devolver R$ 1,2 bi à União após acordo com MPF». Valor Econômico. Consultado em 25 de setembro de 2021
- ↑ «Ferrovia Centro-Atlântica pagará R$ 1,2 bilhão em indenizações à União». Agência Brasil. Consultado em 25 de setembro de 2021
- ↑ «VLI causa 'prejuízo claro à coisa pública', diz relatório da ANTT sobre administração da FCA». A Tarde Online. Consultado em 25 de setembro de 2021
- ↑ «'VLI causa prejuízo claro à coisa pública', diz a ANTT sobre ferrovia que corta a Bahia». Bahia Notícias. Consultado em 25 de setembro de 2021
- ↑ http://www.vli-logistica.com.br/conheca-a-vli/corredores-logisticos/corredor-centro-leste/