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Literatura medieval

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Página do Livro das Horas de Hastings, cerca de 1470.

A literatura medieval é um tema vasto, abrangendo essencialmente todas as obras escritas disponíveis na Europa e além durante a Idade Média (abrangendo o milênio que vai da queda do Império Romano em cerca de 500, até a chegada dos turcos em Constantinopla em fins do século XV). A literatura desta época era composta de escritos religiosos bem como de obras seculares. Da mesma forma que a literatura moderna, é um complexo e rico campo de estudo que vai do totalmente sagrado ao exuberantemente profano, passando por todos os pontos intermediários. Por causa da vasta extensão de tempo e espaço é difícil falar em termos gerais sem simplificar em demasia e assim, a literatura é melhor caracterizada por seu lugar de origem e/ou linguagem, bem como por seu gênero.

Visto que o latim era o idioma usado pela Igreja Católica Romana, a qual dominava a Europa Ocidental e Central, e visto que a Igreja era virtualmente a única fonte de educação, o latim era uma língua comum para os escritos medievais, mesmo em certas partes da Europa que nunca foram romanizadas.[1] Todavia, na Europa Oriental, a influência do Império Romano do Oriente e da Igreja Ortodoxa tornaram o grego e o eslavo eclesiástico as línguas escritas dominantes.

As pessoas simples continuaram a usar seus respectivos vernáculos. Uns poucos exemplos, tais como o Beowulf em inglês antigo, o Nibelungenlied em alto alemão médio, o Digenis Acritas em grego medieval e La Chanson de Roland em francês antigo, são bem conhecidos. Embora as versões existentes destes épicos sejam geralmente considerados obra individual de poetas anônimos, não há dúvida de que baseiam-se em tradições orais populares mais antigas. As tradições célticas sobreviveram nos lais de Maria de França,[2] no Mabinogion e no Ciclo Arturiano.

Uma quantidade considerável da produção literária medieval é anônima. Isto não se deve somente a falta de documentos de um determinada era, mas também a uma interpretação do papel do autor que difere consideravelmente da interpretação romântica do termo em uso nos dias de hoje. Autores medievais tinham sobre si a sombra dos escritores da Antiguidade Clássica e dos Pais da Igreja e costumavam recontar e embelezar histórias que tinham ouvido ou lido em vez de inventar histórias novas. E mesmo quando o faziam, frequentemente afirmavam estar transcrevendo algo de outro autor.[3] Sob este ponto de vista, os nomes dos autores individuais parecem ter muito menos importância, e desta forma, muitas obras importantes jamais foram atribuídas a alguém em particular.

Referências

Ligações externas

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Em português

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