Músicos (tapeçaria)
Músicos é uma tapeçaria, de autoria de Di Cavalcanti, de 1961. A obra foi produzida especialmente para a biblioteca do Palácio da Alvorada, em Brasília, encomendada por Oscar Niemeyer.[1] É uma das raras peças de tapeçarias concebidas pelo artista, avaliada em 5 milhões de reais. Homenageia a música brasileira, em especial o samba. Na década de 2020 foi danificada na estadia de Jair Bolsonaro no palácio.[2][3]
História
[editar | editar código-fonte]No início da década de 1960, Di Cavalcanti desenhou as figuras e solicitou que o trabalho fosse executado pelo ateliê parisiense Tapisserie Aubusson. As grandes dimensões, das pinturas, murais, azulejos e tapeçarias produzidas na época — por artistas como Di Cavalcanti — estavam inseridos no projeto modernista de integração das artes na arquitetura. Nesse sentido, a tapeçaria tem a função de ocupar os grandes espaços, tornando a arquitetura mais dinâmica e leve.[1]
A peça, assim como a pintura As Mulatas, integra a série de obras de Di Cavalcanti inspiradas pela técnica do muralismo, em especial o mexicano.[4]
Durante o governo bolsonaro a tapeçaria Músicos foi transferida da biblioteca para a sala de Estado, para que fossem instalados, em seu lugar, os equipamentos utilizados nas lives do ex-presidente. Nesta mudança, a obra desbotou por conta de uma exposição a luz solar.[2][3]
Referências
- ↑ a b Francisco, Severino (31 de julho de 2011). «Conheça as histórias da criação de três obras de Di Cavalcanti». Acervo. Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ a b «Desbotada pelo sol: obra rara de Di Cavalcanti é exclusiva do Alvorada». noticias.uol.com.br. Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ a b «Janja mostra como ficou Alvorada após saída de Bolsonaro: 'Não teve cuidado, manutenção'». Estadão. Consultado em 9 de janeiro de 2023
- ↑ «Quem foi Di Cavalcanti, artista que teve obra atacada a facadas por golpistas em Brasília». O Globo. Consultado em 9 de janeiro de 2023