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Mansoa (Guiné-Bissau)

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Mansoa
Nome local
Mansoa
Geografia
País
Província
Província Norte (en)
Região
Sede
Sector de Mansoa
Banhado por
Altitude
3 m
Coordenadas
Demografia
População
7 376 hab. ()
Gentílico
mansonense
Funcionamento
Geminação
Mapa

Mansoa é uma cidade e sector da região administrativa de Oio na Guiné-Bissau.[1]

A cidade é formada por duas porções principais, uma ao norte e outra ao sul, separadas pelo rio Mansoa. O sector possuía cerca de 47.000 habitantes (2009) espalhados em uma área territorial de 1 096,7 km², enquanto que a cidade possuía 7.376 habitantes (2008).

Constitui um relevante centro de comércio e uma zona militar de importância estratégica para o país.

Recebe o nome do principal acidente geográfico do sector, o rio Mansoa.

Mansoa é historicamente ligada a existência do régulo dos balantas de Braia (actualmente uma vila-secção de Mansoa), que constituía um centro de relativa importância entre o leste e o oeste da Guiné Portuguesa, principalmente para a navegação no rio Mansoa.[2]

No século XIX os portugueses instalaram um precário posto de comércio pouco abaixo de Braia, às margens da confluência do rio Braia com o Mansoa, que viria ser o núcleo inicial da atual cidade de Mansoa. No entanto, não havia um posto colonial forte e permanente, a não ser uma pequena presença ao sul, em Porto Gole, ou ao oeste, em Safim.[2]

A primeira (1897) e a segunda (1902) grande investida colonial em Mansoa e na região de Oio deu-se com a tentativa frustrada de obrigar os balantas a pagar o imposto de palhota, que foi fortemente repelida pelos nativos.[2]

A terceira e a quarta tentativas, entre março e julho de 1913, que se incluem nas nefastas Campanhas de Pacificação e Ocupação, a princípio foram vencidas pelos balantas em duas batalhas; porém, na terceira batalha, houve uma terrível derrota dos balantas, dando margem para que os portugueses instalassem um posto militar permanente em Mansoa já em julho de 1913. O régulo de Braia deixa de ter poder e é obrigado a ficar nas proximidades do aquartelamento militar lusitano do vilarejo.[2]

A cidade de Mansoa está localizada às margens do rio Mansoa, mesmo rio que atravessa o sector de leste a oeste, sendo muito importante para suprimento de água potável e fonte de proteínas alimentares.

Localiza-se a cerca de 60 quilómetros de Bissau.

Os grupos étnicos de mais expressão na cidade-sector são os balantas, mais especificamente o subgrupo dos mansoncas, muito embora possua representação de todas as origens guineenses.

Política e administração

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Na cidade funciona o Tribunal Sectorial de Mansoa, que foi inaugurado em 24 de maio de 2018, construído com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Infraestrutura

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Mansoa é ligada ao território nacional pela Estrada Nacional nº 1 (N1), que a liga à Safim/Bissau, ao oeste, e a Bambadinca, ao leste. Outra rodovia importante é a Estrada Regional nº 2 (R2), que a liga a cidade de Mansabá e a capital regional Farim, ao norte. Além desta, existe a Estrada Regional nº 2 (R2), que a liga a cidade de Bissorã e a vila-secção de Barro, ao noroeste.[3]

Mansoa também possui um pequeno porto fluvial especializado em embarque e desembarque de pescados.

Comunicações

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Entre as operadoras de rádio, há transmissões da Rádio Sol Mansi[4] e da Radiodifusão Nacional da Guiné-Bissau. Os serviços postais, de encomendas e de cargas da cidade e do sector são geridos pelos Correios da Guiné-Bissau.[5]

A cidade possui um campus-polo da Escola Normal Superior Tchico Té (ENSTT). A ENSTT oferta basicamente licenciaturas.[6]

Cultura e lazer

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  • Ponte Amílcar Cabral (1964);
  • Mercado Central;
  • Antigo edifício dos correios;
  • Casa do governador;
  • Antigo cinema;
  • Antiga central elétrica;
  • Casa Gouveia.

A prática desportiva mais popular da localidade é o futebol, e sua equipa mais famosa é o Clube de Futebol Os Balantas.

Referências

  1. Guiné-Bissau em números. stat-guinebissau.com. 2015.
  2. a b c d Gomes, Américo. (2012). «História da Guiné-Bissau em datas.» (PDF). Lisboa 
  3. Mapa Rodoviário da Guiné-Bissau. Direcção Nacional de Estradas e Pontes. Outubro de 2018.
  4. Benzinho, Joana; Rosa, Marta (2018). Guia Turístico - À Descoberta da Guiné-Bissau. Coimbra: Afectos com Letras, UE. 16 páginas
  5. Lopes, António Soares. (Agosto de 2015). Os media na Guiné-Bissau (PDF). Bissau: Europress / Edições Corubal 
  6. Onde Estamos: Guiné-Bissau. Instituto Camões. 2020.

Ligações externas

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