Saltar para o conteúdo

Margarida Marante

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Margarida Marante
Nascimento 29 de junho de 1959
Lisboa
Morte 5 de outubro de 2012
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação jornalista, escritora
Empregador(a) Tempo, Rádio e Televisão de Portugal, Sociedade Independente de Comunicação

Maria Margarida Marante Rodrigues Anjos (Lisboa, São João de Brito, 29 de Junho de 1959 - Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 5 de Outubro de 2012) foi uma jornalista portuguesa.

Licenciada em Direito e pós-graduada em Direito Comunitário pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.

Em 1976 entra para o semanário Tempo. No ano seguinte colabora na revista Opção. Em 1978, por concurso público, ingressa na informação da recém-criada RTP2. No ano seguinte muda-se para a RTP1. De 1983 a 1985 realiza uma especialização em jornalismo nos Estados Unidos da América.[1] Na RTP apresentou vários programas de grandes entrevistas, tendo efectuado também reportagem e recebido um prémio por um trabalho sobre maus-tratos infantis.

Em 1989 é convidada para dirigir a revista Elle. Em 1991 entra para a TSF e torna-se colaboradora do semanário Expresso.

Em 1990 é, com Maria Antónia Palla e Maria Elisa Domingues, despedida da RTP pelo então director-geral José Eduardo Moniz.[2] O motivo alegado é o facto de acumularem o trabalho na televisão pública com cargos nas recém-fundadas revistas femininas (ela como directora da edição portuguesa da Elle desde 1989, Maria Elisa na mesma posição na edição portuguesa da Marie Claire e Palla chefiando a redacção da Máxima). As três jornalistas levam o caso em tribunal e ganham. Mas, ao contrário de Maria Elisa, que exige a reintegração, Margarida, que entretanto voltara à advocacia (no mesmo ano em que foi despedida da RTP também saiu da Elle) decide não o fazer.

Em 1992 faz parte da equipa fundadora do novo canal de televisão SIC. Apresenta aí os programas de actualidade política Sete à Sexta e Contra-Corrente, assim como Crossfire (este com Miguel Sousa Tavares, com o qual já apresentara, na RTP, A Hora da Verdade). A partir de 1996 lança um programa de hora e meia de reportagem e debate sobre temas sociais, Esta Semana, que se mantém até 2001, sendo líder de audiências e premiado com um Globo de Ouro em 1999. Entre 2000 e 2001 apresenta ainda um programa de debate político com José Sócrates, Paulo Portas e Proença de Carvalho. Sai da SIC em outubro de 2001, em solidariedade com Emídio Rangel, então seu marido e director do canal desde a sua fundação, que entrara em conflito com a administração e saíra em setembro.[3]

Regressa à TSF em 2003, efectuando também entrevistas para a Notícias Magazine, revista de domingo do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias. Entre 2006 e 2009 publica no semanário Sol uma entrevista/perfil de um protagonista da actualidade política.

Entre 2009 e 2010 é directora de comunicação da Assistência Médica Internacional. A partir de 2010 trabalha no livro-reportagem "Portugueses na América", um projecto da FLAD (Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento). O livro foi lançado a 6 de dezembro de 2012.[4]

Foi militante do PSD, tendo-se filiado em 1974, com Francisco Pinto Balsemão como proponente, mas afasta-se a partir de 1980, com a morte súbita de Francisco Sá Carneiro.[5]

Marante foi casada com o empresário Henrique Granadeiro, de quem teve um filho e duas filhas, Henrique Miguel, Catarina Maria e Joana Margarida Marante Granadeiro, e de quem se divorciou, e com o também jornalista Emídio Rangel,[6] sem geração.

Assumiu ser dependente de drogas. O vício em cocaína iniciou-se com o marido Emídio Rangel.[7]

Morreu a 5 de Outubro de 2012, vítima de ataque cardíaco.[8]

Referências

  1. «Margarida Marante». Infopédia. Consultado em 5 de Outubro de 2012 
  2. «Margarida Marante: "Soares era o meu talismã"». Jornal Expresso. Consultado em 28 de setembro de 2021 
  3. «Emídio Rangel sai da SIC; pode ir para a RTP». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 28 de setembro de 2021 
  4. «Homepage FLAD». FLAD. Consultado em 28 de setembro de 2021 
  5. «″A Marante″: a jornalista que os políticos temiam». www.dn.pt. Consultado em 28 de setembro de 2021 
  6. Cândida Santos Silva (3 de Abril de 2010). «Margarida Marante: "Soares era o meu talismã"». Expresso. Consultado em 5 de Outubro de 2012 
  7. «Vício de Marante foi "adquirido com Rangel"» 
  8. «Morreu Margarida Marante». jornal Público. Consultado em 5 de Outubro de 2012. Arquivado do original em 5 de outubro de 2012 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy