Paio Rodrigues
Paio Rodrigues (em castelhano: Pelayo Rodríguez; m.1007)[1] foi um rico-homem e conde do Reino de Leão. Em 992, com outros magnatas se rebelou contra o rei Bermudo II, mas depois foi perdoado e voltou a favor real.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Sua filiação não é confirmada em nenhum documento. Alguns historiadores opinam que foi membro da familia fundadora do Mosteiro de Lourenzá na Galiza, filho de Rodrigo Guterres e neto do conde Guterre Ozores e de Aldonça Mendes.[1]. Outros consideram esta filiação improvável devido a nenhum de seus descendentes se chamar Guterre, que teria sido costume naquela época, e pensam que poderia ser o filho de um Rodrigo Fernandes e irmão do conde Munio Rodrigues.[a] Aparece com certeza pela primeira vez em 8 de julho de 985[1] em uma doação ao Mosteiro de San Bento de Sahagún. Após essa data, figura freqüentemente na cúria régia até o 1 de fevereiro de 1007,[1] data de sua última aparicão, provavelmente morrendo pouco depois.
Matrimónio e descendência
[editar | editar código-fonte]Sua esposa foi Gotina Fernandes de Cea (m. depois de 1028), filha do conde Fernando Bermudes e da condessa Elvira Díaz e, por conseguinte, irmã de Jimena Fernandes, rainha de Pamplona e a mãe do rei Sancho Garcês III.[3]. Os filhos deste casamento foram:
- Fernando Pais,[4] esposo da condessa Elvira Sanches, filha do conde Sancho Gomes de Saldanha e de Toda Garcia, esta última filha de Garcia Fernandes, conde de Castela e de Ava de Ribagorza;[5]
- Fronilde Pais, casada com Ordonho Bermudes, filho bastardo do rei Bermudo II. Deste matrimónio descendem os Ordonhes galegos.[3][6] Um dos filhos deste matrimónio foi o conde Sancho Ordonhes.[7]
- Elvira Pais, esposa do conde Fernando Flaínez,[3][8] os pais do vários filhos, incluindo o conde Diogo Fernandes de Oviedo o pai de Jimena Dias a esposa de O Cid.[9]
- Marina Pais.[10]
Notas
[editar | editar código-fonte]- [a] ^ O historiador Rubén García Álvarez em "La Infanta Fronilde, peregrina a Compostela", diz que Paio Rodrigues pode ser o filho de Rodrigo Guterres, embora a professora Julia Montenegro Valentín, em "La estirpe del conde Fernando Muñoz" em Homenaje al profesor Montenegro. Estudios de Historia antigua (1999) opina que não é provavel.[10]
Referências
- ↑ a b c d Salazar y Acha 1989, p. 88.
- ↑ Salazar y Acha 1989, p. 88-89.
- ↑ a b c Salazar y Acha 1989, p. 89.
- ↑ Salazar y Acha 1989, p. 87-89.
- ↑ Salazar y Acha 1989, p. 92.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 116.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 117.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 144 e 197.
- ↑ Torres Sevilla-Quiñones de León 2000–2002, p. 25 e 29.
- ↑ a b Torres Sevilla-Quiñones de León 1999, p. 69.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Salazar y Acha, Jaime de (1989). «El conde Fernando Peláez, un rebelde leonés del siglo XI». Anuario de Estudios Medievales (AEM) (em espanhol) (19): 87-98. ISSN 0066-5061
- Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita (2000–2002). «El Linaje del Cid» (PDF). Murcia. Historia Medieval: Anales de la Universidad de Alicante, Departamento de Historia Medieval, Alicante (em espanhol) (13). ISSN 0212-2480
- Torres Sevilla-Quiñones de León, Margarita Cecilia (1999). Linajes nobiliarios de León y Castilla: Siglos IX-XIII (em espanhol). Salamanca: Junta de Castilla y León, Consejería de educación y cultura. ISBN 84-7846-781-5