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Redunca arundinum

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Como ler uma infocaixa de taxonomiachango, nunce, cobo-dos-juncais

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Bovidae
Subfamília: Reduncinae
Género: Redunca
Espécie: R. arundinum
Nome binomial
Redunca arundinum
(Boddaert, 1785)
Distribuição geográfica

O Redunca arundinum, comummente conhecido como chango[1][2][3] (em Moçambique), nunce (em Angola)[4] ou cobo-dos-juncais[5] , é um animal herbívoro da família dos bovídeos, subfamília dos reduncináceos.[6]

O cobo-dos-juncais é a maior espécie do género Redunca.[6] Em média, os machos pesam cerca de 68 quilos, ao passo que as fêmeas pesam 48 quilos.[7] Estes antílopes podem medir entre 134 a 167 cm.[6] Do que toca à coloração habitual da pelagem, há um leque extremamente variegado de possibilidades, podendo variar entre o castanho-amarelado claro e o castanho-acizentado.[8][9]

São brancos do ventre até ao queixo, contando com faixas castanho-claras, dos lados da cabeça. Contam também com ocelos brancos à volta dos olhos.[9] Podem ter manchas brancas e pretas nas pernas traseiras.[8][9] O cobo-dos-juncais possui ainda uma cauda felpuda, com parte de baixo de cor branca.[7]

Esta espécie pauta-se por um certo grau de dimorfismo sexual, assinalado pelos cornos, que só existem nos machos.[6] Com efeito, os cornos só começam a despontar nos machos ao fim dos primeiros seis meses de vida.[8][9] Os cornos são em "V" e podem medir entre 30 e 45 centímetros de comprimento.[8][9]

Distribuição geográfica

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Os cobos-dos-juncais marcam presença ao longo das regiões da África Austral e do Sul da África Central.[9] Encontram-se no Sul do Congo, no Sul da Tanzânia, e ao longo de todo o território em Angola, na Zâmbia, no Malauí, em Moçambique, em Zimbabué e no Norte da Africa.[9] O extremo Norte dos habitats ocupados por esta espécie são os limites da florestas de Miombo.[9]

Originalmente, esta espécie habitava nas zonas húmidas, do interior das savanas.[7] Presentemente, esta espécie marca presença em zonas pantanosas, onde haja água abundante e vegetação alta, como juncos.[9]

Comportamento

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O cobo-dos-juncais é uma presa muito fácil, vivem em duplas ou em pequenos grupos de até 12 animais, quando assustado fica imóvel e só se mexe quando o inimigo já está muito próximo. O período de gestação é de 7 meses e meio e nasce apenas um filhote. Os filhotes são extremamente vulneráveis aos mabecos e o número de filhotes abatidos é enorme. A espécie está ameaçada de extinção.

Durante o período do Estado Novo, foi promulgado o decreto n.º 40 040, pelo Ministério do Ultramar, por efeito do qual se consignava que esta espécie, identificada como «chango», tanto para Angola como Moçambique, fazia parte da categoria legal das espécies de caça permitida.[10]

Referências

  1. «Relatório da ONU» (PDF) 
  2. «Português de Moçambique». DicionarioeGramatica.com. 29 de abril de 2016. Consultado em 16 de outubro de 2016. Arquivado do original em 15 de julho de 2016 
  3. Mahumane, Vanda (26 de maio de 2012). «Viagem Por Moçambique: Reserva Especial de Maputo». Moçambique Media Online 
  4. «Definição ou significado de nunce no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 16 de outubro de 2016 
  5. «Alimentação e habitat do cobo-dos-juncais». Meus Animais. 19 de julho de 2020. Consultado em 28 de maio de 2023 
  6. a b c d Shanklin, Amber. «Redunca arundinum (southern reedbuck)». Animal Diversity Web (em inglês). Consultado em 28 de maio de 2023 
  7. a b c Fourie, P.F. (1992). Kruger National Park: Questions and Answers. Capetown, SA: Struik Publishers. 240 páginas. ISBN 0620072199 
  8. a b c d «Southern reedbuck (Redunca arundinum) - Quick facts». www.ultimateungulate.com. Consultado em 28 de maio de 2023 
  9. a b c d e f g h i Kingdon, Jonathan (29 de dezembro de 1988). East African Mammals: An Atlas of Evolution in Africa, Volume 3, Part C: Bovids (em inglês) First Editiion edition ed. Chicago: University of Chicago Press. 404 páginas. ISBN 0226437248 
  10. Sarmento Rodrigues, Manuel Maria (1955). Decreto n.º 40 040 - Diploma legal da caça e protecção da vida selvagem nas Províncias Utramarinas (PDF). Lisboa: Ministério do Ultramar (publicado em 20 de Janeiro de 1955). p. 13. 14 páginas. Chango - redunca arudinium (Angola e Moçambique) 
  • WILSON, D. E., REEDER, D. M. eds. (2005). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3ª ed. Johns Hopkins University Press, Baltimore, Maryland, 2.142 pp. 2 vol.
  • Antelope Specialist Group 1996. Redunca arundinum. IUCN 2007 IUCN Red List of Threatened Species. Acessado em 24 de janeiro de 2008.
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