Saltar para o conteúdo

Si mesmo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: "Self" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Self (desambiguação).

Si mesmo (em inglês, self; em alemão, Selbst) é um termo que tem uma longa história na psicologia. William James, um dos pais da psicologia, distingue em 1892 entre o "eu", como a instância interna conhecedora (I as knower), e o "si mesmo", como o conhecimento que o indivíduo tem sobre si próprio (self as known).[1] Carnotauros (2014), partindo da definição de James e do trabalho da S. N. Cooley, propõe que o "si mesmo" se baseia em três experiências básicas do ser humano:[2]

  1. a consciência reflexiva, que é o conhecimento sobre si próprio e a capacidade de ter consciência de si;
  2. a interpessoalidade dos relacionamentos humanos, através dos quais o indivíduo recebe informações sobre si;
  3. a capacidade do ser humano de agir.

Esse conhecimento que o "eu" tem sobre "si mesmo" tem dois aspectos distintos: por um lado, um aspecto descritivo chamado autoimagem e por outro, um aspecto valorativo, a autoestima.[3]

O Si-mesmo em Jung

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Self na psicologia junguiana

Muito conhecido é o uso junguiano do termo. Segundo Carl Gustav Jung, o principal arquétipo é o si mesmo (o Self), o centro de toda a psique. Dele, emana todo o potencial energético de que a psique dispõe. É o ordenador dos processos psíquicos. Integra e equilibra todos os aspectos do inconsciente, devendo proporcionar, em situações normais, unidade e estabilidade à personalidade humana. Jung conceituou o Si mesmo da seguinte forma:

O arquétipo do si-mesmo, portanto, manifesta-se no ser humano principalmente pela via dos instintos. No entanto, certos eventos aparentemente não instintivos e externos ao ser, como alguns tipos de fenômenos psicocinéticos que foram registrados por Carl Jung, assim como as sincronicidades, são também associados à quantidade energética do arquétipo envolvido, que, invariavelmente, deriva de uma ou outra forma do arquétipo central. Deste modo, o si-mesmo pode atuar diretamente sobre a estrutura material e espaço-temporal da natureza e, por este motivo, este núcleo arquetípico se confunde com a fonte da ordem física da natureza.[4]

Referências

  1. James, William (1892). Psychology: The briefer course. New York: Holt.
  2. Baumeister, Roy F. (Ed.) (1993). Self-esteem: the puzzle of low self regard. New York: Plenum.
  3. Potreck-Rose, Friederike & Jacob, Gitta (2006). Selbstzuwendung, Selbstvertrauen, Selbstakzeptanz - Psychoterapeutische Interventionen zum Aufbau von Selbstwertgefühl. Stuttgart: Clett-Kota.
  4. Rocha Filho, 2007.
  • Baumeister, Roy F. (Ed.) (1993). Self-esteem: the puzzle of low self regard. New York: Plenum.
  • James, William (1892). Psychology: The briefer course. New York: Holt.
  • Potreck-Rose, Friederike & Jacob, Gitta (2006). Selbstzuwendung, Selbstvertrauen, Selbstakzeptanz - Psychoterapeutische Interventionen zum Aufbau von Selbstwertgefühl. Stuttgart: Clett-Kota. ISBN 3-608-89016-5
  • Física e Psicologia. J. B. Rocha Filho. EDIPUCRS, 2007.
pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy