Saltar para o conteúdo

Teste Q

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Em estatística, na análise de delineamentos em blocos aleatorizados em que a variável de resposta pode assumir apenas dois valores possíveis (codificados como 0 e 1), o teste Q de Cochran é um teste estatístico não paramétrico para verificar se tratamentos têm efeitos idênticos. Recebe este nome em homenagem ao estatístico escocês William Gemmell Cochran.[1] O teste Q de Cochran não deve ser confundido com o teste C de Cochran, que é um teste para valores atípicos de variância. Em termos menos técnicos, o teste Q exige apenas que haja uma resposta binária (sucesso ou fracasso, 1 ou 0) e que haja dois ou mais grupos pareados (grupos do mesmo tamanho). O teste avalia se a proporção de sucessos é a mesma entre os grupos. É frequentemente usado para avaliar se diferentes observadores do mesmo fenômenos têm resultados consistentes quando comparados entre si, ou seja, estudar a variabilidade entre observadores

Plano de fundo

[editar | editar código-fonte]

O teste Q de Cochran assume que há tratamentos, sendo , e que as observações estão dispostas em blocos, isto é,

Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento k
Bloco 1 X11 X12 X1k
Bloco 2 X21 X22 X2k
Bloco 3 X31 X32 X3k
Bloco b Xb1 Xb2 Xbk

O resultado do teste Q de Cochran pode ser:[2]

: Os tratamentos são igualmente efetivos;
: Há uma diferença de efetividade entre os tratamentos.

A fórmula do teste Q é:[2]

em que
é o número de tratamentos;
é total da coluna para o -ésimo tratamento;
é o número de blocos;
é o total da linha para o -ésimo bloco;
é o total da tabela.

Região crítica

[editar | editar código-fonte]

Para um nível de significância , a região crítica é[2]

em que é o -quantil do qui-quadrado com graus de liberdade. A hipótese nula é rejeitada se a estatística do teste estiver na região crítica. Se o teste Q de Cochran rejeita a hipótese nula para tratamentos igualmente efetivos, podem ser feitas comparações múltiplas par a par pela aplicação de teste Q em dois tratamentos de interesse.

O teste Q de Cochran é baseado nos seguintes pressupostos:[3]

  1. Uma grande aproximação de amostras; em particular, pressupõe-se que é "grande";
  2. Os blocos foram aleatoriamente selecionados a partir da população de todos os blocos possíveis;
  3. Os valores observados dos tratamentos podem ser codificados como respostas binárias (isto é, 0 ou 1) em uma forma que é comum a todos os tratamentos no interior de cada bloco.

Testes relacionados

[editar | editar código-fonte]
  • Quando se usa este tipo de delineamento para uma resposta que não é binária, mas ordinal ou contínua, emprega-se o teste de Friedman ou os testes de Durbin.
  • O caso em que há exatamente dois tratamentos é equivalente ao teste de McNemar, que é por sua vez equivalente ao teste do sinal bicaudal.
  1. Cochran, W. G. (1950). «The Comparison of Percentages in Matched Samples». Biometrika. 37 (3/4): 256–266. doi:10.2307/2332378 
  2. a b c Conover, W. J. (1999). Practical nonparametric statistics (em inglês). [S.l.]: Wiley. ISBN 9780471160687 
  3. «Cochran's Q Test». Statistics How To (em inglês) 
pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy