Papers by Daniel Oliveira Silva
New cinemas, Mar 1, 2024
Thinking of a queer cinema means reflecting on how film, using its
aesthetic-narrative strategi... more Thinking of a queer cinema means reflecting on how film, using its
aesthetic-narrative strategies, can contribute to the antinormativity, disruption
and destabilization of rigid standards of gender and sexuality. Based on the notion
that a series of contemporary movies fulfils this goal by focusing on a queer crea
tive act, this article intends to identify this act in Brazilian contemporary cinema,
specifically in the aesthetic-political-corporal performance of the singer and multi
artist Linn da Quebrada in the documentary Tranny Fag (Claudia Priscilla and
Kiko Goifman 2018). Combining an exercise of film analysis with the methodology
proposed by the Filmmakers’ Theory, the investigation aims to examine how the
gesture of self-fabulation performed by Linn in the movie – in her speeches, her
body and, especially, in the gaze she directs at the camera – in/subverts not only
the historical subject–object relationship in documentary production, but also the
very tradition of objectification of the trans and black bodies by cinema. Through
her words and her performance, she creates a co-authorship dialogue with the film
making duo, which establishes the trans body, as well as the inner-city neigh
bourhoods historically marginalized by audio-visual production, as subjects of the
narrative. As a result, the movie walks away from the outdated notion of documen
tary as a genre in which reality simply happens and is captured by the genius gaze of the director, underlining the mise en scène and the filmmaking aspects inher
ent to the film – and how Linn is an integral part of their creation.
O artigo investiga como os episodios interativos Kimmy vs o Reverendo e Bandersnatch dialogam int... more O artigo investiga como os episodios interativos Kimmy vs o Reverendo e Bandersnatch dialogam intertextualmente entre si; com o universo narrativo pregresso de seus respectivos seriados, Unbreakable Kimmy Schmidt e Black Mirror e com outras obras interativas. A partir do “sistema de pontuacao” e dos conceitos formulados por Chris Crawford, e dos esquemas metodologicos sobre intertextualidade propostos por Affonso Romano de Sant’Anna, a analise demonstra como os dois episodios buscam despertar tanto em seus personagens quanto nos espectadores, ou “interatores” na definicao de Nitzan Ben Shaul, uma consciencia quase metalinguistica da natureza interativa de suas historias e das regras morais que governam cada uma das series. E ao fazer isso, utilizam o formato para realizar uma reflexao sobre o trauma central de seus protagonistas, e como os dois seriados lidam com ele.
Fonseca, Journal of Communication, 2020
A partir de um trabalho de revisão bibliográfica, o artigo analisa o cinema queer contemporâneo, ... more A partir de um trabalho de revisão bibliográfica, o artigo analisa o cinema queer contemporâneo, identificando características recorrentes em produções protagonizadas e/ou realizadas por sujeitos LGBTQIA+ na última década. O ponto de partida são autores que, inspirados pelo trabalho da crítica norte-americana B. Ruby Rich ao caracterizar o Novo Cinema Queer nos anos 1990, propõem-se a identificar quais aspectos políticos e estéticos se destacam na filmografia queer atual – e de que maneira eles refletem o presente momento da população LGBTQIA+. No diálogo entre as teorias investigadas, percebe-se como, por meio da reincidência da abordagem realista e de narrativas de frustração romântica, filmes como Weekend e Fim de Século refletem sobre homonormatividade, privilégio e modos de existência queer hoje. Ao destacarem esses paralelos e características em comum, os autores revelam como a produção contemporânea reforma referências do Novo Cinema Queer – e qual conceito de cinema queer el...
A partir da indagação do que caracteriza o cinema queer contemporâneo, esta dissertação se debruç... more A partir da indagação do que caracteriza o cinema queer contemporâneo, esta dissertação se debruça sobre uma análise das filmografias do/as realizador/as Andrew Haigh, Céline Sciamma e Dee Rees, em busca dos aspectos que podem ser definidores de uma narrativa/estética/projeto queer na cinematografia atual. Tomando como referência o trabalho seminal da norte-americana B. Ruby Rich ao identificar o Novo Cinema Queer nos anos 1990, a investigação usa a metodologia proposta pela Teoria dos Cineastas para perceber, no discurso e nos filmes desse/as diretor/as, como a produção recente elabora e reflete cinematograficamente sobre as formas de existência queer no espaço-tempo contemporâneo. Com esse objetivo, a análise enfoca três longas-metragem específicos: Weekend, de Haigh; Retrato de uma Jovem em Chamas, de Sciamma; e Pariah, de Rees. Ao colocálos em diálogo uns com os outros, com as falas e demais obras dos três cineastas, e com os conceitos da Teoria Queer, a pesquisa busca demonstra...
PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG
Lançado em 2007, o filme Não Estou Lá pode ser definido como uma rede de intertextualidades, teci... more Lançado em 2007, o filme Não Estou Lá pode ser definido como uma rede de intertextualidades, tecidas pelo realizador Todd Haynes com o intuito de analisar, questionar e dar a conhecer novos pontos de vista sobre a obra do músico Bob Dylan. Ao colocar os conceitos inerentes ao estudo dessa intertextualidade em diálogo com as ferramentas de análise fílmica, a presente reflexão procura demonstrar o modo como o cineasta se apropria das linguagens dos dispositivos biográficos do cinema (documentário, drama romântico e entrevista) para refletir e traduzir audiovisualmente as diversas personas do cantor. Neste processo, e ao longo de 135 minutos de filme, Haynes eleva Não Estou Lá do estatuto de mero retrato imagético do legado de Dylan a comentário crítico sobre a tradição das cinebiografias.
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Papers by Daniel Oliveira Silva
aesthetic-narrative strategies, can contribute to the antinormativity, disruption
and destabilization of rigid standards of gender and sexuality. Based on the notion
that a series of contemporary movies fulfils this goal by focusing on a queer crea
tive act, this article intends to identify this act in Brazilian contemporary cinema,
specifically in the aesthetic-political-corporal performance of the singer and multi
artist Linn da Quebrada in the documentary Tranny Fag (Claudia Priscilla and
Kiko Goifman 2018). Combining an exercise of film analysis with the methodology
proposed by the Filmmakers’ Theory, the investigation aims to examine how the
gesture of self-fabulation performed by Linn in the movie – in her speeches, her
body and, especially, in the gaze she directs at the camera – in/subverts not only
the historical subject–object relationship in documentary production, but also the
very tradition of objectification of the trans and black bodies by cinema. Through
her words and her performance, she creates a co-authorship dialogue with the film
making duo, which establishes the trans body, as well as the inner-city neigh
bourhoods historically marginalized by audio-visual production, as subjects of the
narrative. As a result, the movie walks away from the outdated notion of documen
tary as a genre in which reality simply happens and is captured by the genius gaze of the director, underlining the mise en scène and the filmmaking aspects inher
ent to the film – and how Linn is an integral part of their creation.
aesthetic-narrative strategies, can contribute to the antinormativity, disruption
and destabilization of rigid standards of gender and sexuality. Based on the notion
that a series of contemporary movies fulfils this goal by focusing on a queer crea
tive act, this article intends to identify this act in Brazilian contemporary cinema,
specifically in the aesthetic-political-corporal performance of the singer and multi
artist Linn da Quebrada in the documentary Tranny Fag (Claudia Priscilla and
Kiko Goifman 2018). Combining an exercise of film analysis with the methodology
proposed by the Filmmakers’ Theory, the investigation aims to examine how the
gesture of self-fabulation performed by Linn in the movie – in her speeches, her
body and, especially, in the gaze she directs at the camera – in/subverts not only
the historical subject–object relationship in documentary production, but also the
very tradition of objectification of the trans and black bodies by cinema. Through
her words and her performance, she creates a co-authorship dialogue with the film
making duo, which establishes the trans body, as well as the inner-city neigh
bourhoods historically marginalized by audio-visual production, as subjects of the
narrative. As a result, the movie walks away from the outdated notion of documen
tary as a genre in which reality simply happens and is captured by the genius gaze of the director, underlining the mise en scène and the filmmaking aspects inher
ent to the film – and how Linn is an integral part of their creation.