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Estudando a China no Brasil

2023

https://doi.org/10.21727/rm.v14i3.4150

Os anos de 2020 e 2021 ficarão marcados na memória como um momento de grandes dificuldades sociais e emocionais. Em meio a terrível Pandemia da Covid19, os brasileiros se viram perdidos em um labirinto de incertezas, medos e dúvidas. Nesse contexto, as notícias de que o novo coronavírus teria surgido na China reascenderam preconceitos e estereótipos contra os chineses, trazendo à tona as criações da mentalidade brasileira, que oscila intensamente entre uma sinofilia (a admiração pela China) e uma sinofobia (medo e repulsa). Em jogo, está um debate mais profundo sobre a longa história das relações Brasil e China, que datam desde a época colonial. Ao contrário do que usualmente pensamos, a presença chinesa em nosso país é bem antiga, embora nem sempre a percebamos de forma imediata; e apesar das distâncias, diversos intelectuais brasileiros imaginaram a China como um modelo a ser seguido para que superássemos nossas dificuldades econômicas e culturais. Pretendemos apresentar alguns momentos marcantes dessa relação, revelando como Brasil e China tem um diálogo de longa duração. Os resultados desse trabalho de mapeamento seguem agora na forma do artigo que ora apresentamos, informando algumas das principais áreas, tendências e autores que marcaram os estudos sobre a China no Brasil.

DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 Estudando a China no Brasil Studying China in Brazil André Bueno Como citar esse artigo. BUENO, A. Estudando a China no Brasil. Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, Os anos de 2020 e 2021 ficarão marcados na memória como um momento de grandes dificuldades sociais p. 201-214, set./dez. 2023. e emocionais. Em meio a terrível Pandemia da Covid19, os brasileiros se viram perdidos em um labirinto de incertezas, medos e dúvidas. Nesse contexto, as notícias de que o novo coronavírus teria surgido na China reascendem preconceitos e estereótipos contra os chineses, trazendo à tona as criações da mentalidade brasileira, que oscila intensamente entre uma sinofilia (a admiração pela China) e uma sinofobia (medo e repulsa). Em jogo, está um debate mais profundo sobre a longa história das relações Brasil e China, que datam desde a época colonial. Ao contrário do que usualmente pensamos, a presença chinesa em nosso país é bem antiga, embora nem sempre a percebamos de forma imediata; e apesar das distâncias, diversos intelectuais brasileiros imaginaram a China como um modelo a ser seguido para que superássemos nossas dificuldades econômicas e culturais. Pretendemos apresentar alguns momentos marcantes dessa relação, revelando como Brasil e China tem um diálogo de longa duração. Os resultados desse trabalho de mapeamento seguem agora na forma do artigo que ora apresentamos, informando algumas das principais áreas, tendências e autores que marcaram os estudos sobre a China no Brasil. Palavras-chave: Sinologia; Estudos Chineses; Brasil; China. Nota da Editora. Os artigos publicados na Revista Mosaico são de responsabilidade de seus autores. As informações neles contidas, bem como as opiniões emitidas, não representam pontos de vista da Universidade de Vassouras ou de suas Revistas. Abstract The years 2020 and 2021 will be remembered as a time of great social and emotional difficulties. Amid the terrible Covid19 Pandemic, Brazilians found themselves lost in a maze of uncertainties, fears and doubts. In this context, the news that the new coronavirus had emerged in China rekindled prejudices and stereotypes against the Chinese, bringing to light the creations of the Brazilian mentality, which oscillates intensely between sinophilia (admiration for China) and sinophobia (fear and repulsion). At stake is a deeper debate about the long history of Brazil and China relations, which date back to colonial times. Contrary to what we usually think, the Chinese presence in our country is very old, although we do not always notice it immediately; and despite the distances, several Brazilian intellectuals imagined China as a model to be followed so that we could overcome our economic and cultural difficulties. We intend to present some notable moments of this relationship, revealing how Brazil and China have a long-lasting dialogue. The results of this mapping work now follow in the form of the article we present, informing some of the main areas, trends and authors that marked studies on China in Brazil. Keywords: Sinology; Chinese Studies; Brazil; China. Introdução Quantas lições não oferece, contudo, o estudo comparativo das civilizações, ainda as mais opostas? Henrique Lisboa (1888) Do ponto de vista do Ocidente, o Oriente é a descoberta primordial do segundo milénio. O Afiliação dos autores: ¹André Bueno é professor adjunto de História Oriental na Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ. Foi bolsista da Fundação Biblioteca Nacional 2018-2019, onde desenvolveu algumas das pesquisas ora apresentadas. Contato: andre.bueno@uerj.br Esse artigo surgiu de uma de uma série de pesquisas que desenvolvemos sobre a questão da Sinologia no Brasil (2019-2021), em conjunto com um estudo mais aprofundado sobre a primeira missão oficial brasileira na China, desempenhada em 1880, e que foi tema de uma pesquisa desenvolvida e apoiada pelo Programa PNAP de bolsistas da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 2019. * Email de correspondência: andre.bueno@uerj.br Recebido em: 28/10/2023. Aceito em: 15/12/2023. Esta obra está licenciada com uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional 201 Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, p. 201-214, set./dez. 2023. Resumo DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 Bueno., 2023. Ocidente não existe fora do contraste com o não-Ocidente. O Oriente é o primeiro espelho da diferença neste milênio. É o lugar cuja descoberta descobre o lugar do Ocidente: o centro da história que começa a ser entendida como universal. Boaventura de Sousa Santos (1998) O estudo da China no Brasil compõe uma parte ainda pouco explorada do nosso mundo acadêmico. Quando falamos de estudos asiáticos em nosso país, diversas limitações se impõem na construção de um quadro mais nítido. De acordo com Renan Pereira (2003) e Henrique Altemani Oliveira (2005), esse campo foi (pouco) explorado no âmbito dos estudos superiores por especialistas em Relações Internacionais e Economia, mas não houve a formação de uma cultura universitária nas demais áreas em relação às civilizações asiáticas. A exceção notável nesse quadro foram os Estudos Japoneses, que conseguiram estabelecer Cursos de Letras e alcançar projeção, sem contar alguns seletos pesquisadores que alcançaram destaque, tais como José Yamashiro e Ricardo Joppert (autor que iremos citar adiante). Tomando como norte a institucionalização desses estudos, então teríamos, de fato, um cenário de grandes ausências. Gostaríamos, porém, de propor uma outra abordagem ao tema. Escapando à exigência de uma estrutura que subsidiasse os estudos asiáticos, o interesse pela China, entre intelectuais e pesquisadores brasileiros, se tornou um tema controverso e atraente, que vivenciou diversos tipos de abordagens desde o século 19. Observaremos que houve a formação de uma série de campos de interesse nas relações culturais e políticas com a civilização chinesa, criando uma trajetória de projetos e diálogos que se tornaram em uma parte fundamental de nossa história, e da qual queremos delinear um bosquejo. Brasileiros na China durante o período colonial Durante a época do império português, o Brasil estava integrado em uma ampla rede de contatos comerciais e culturais intercoloniais, que unia Europa, América, África e Ásia. Nos portos brasileiros, passavam navios que iam e voltavam do Oriente, transportando mercadorias, pessoas e ideias. RussellWood (1998) nos mostra que diversos personagens transitavam por essa fantástica e viva teia humana, tornando o mundo do império português um intenso sistema de conexões e trocas. Carlos Francisco Moura (2014) fez uma relação de vários brasileiros que fizeram parte desse quadro, participando ativamente do império, e dando contribuições significativas para a história da Ásia. Um deles, por exemplo, foi José G. de Aquino Freitas (1828), nascido em Minas Gerais, autor da primeira história da cidade de Macau – antes dele, os cronistas costumavam comentar sobre o enclave português na Ásia, mas sempre dentro de obras maiores. Outro mineiro destacado foi Lucas José de Alvarenga (1828), que combateu os piratas chineses na defesa de Macau, e deixou escritas suas memórias sobre o evento. De fato, muitos livros sobre a China foram produzidos em língua portuguesa desde o século 16, tanto por viajantes como por funcionários e missionários jesuítas. Até então, a China permanecia uma nação pouco acessível, que fascinava os pensadores europeus e americanos. A metrópole portuguesa concebeu diversos projetos para integrar mais eficientemente o império português, tecendo relações profundas entre Brasil, Macau e China. Durante muito tempo, pretendeu-se que o Brasil se tornasse em uma espécie de quintal, no qual produtos africanos e asiáticos seriam produzidos para atender os mercados da Europa sem a necessidade de viagens mais extensas. 202 Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, p. 201-214, set./dez. 2023. Questões e problemas DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 Bueno , 2023. Havia brasileiros que iam para a China, e os chineses também começaram a vir para cá. Em Sobrados e Mucambos (na versão revisada de 1951, Cap.9), Gilberto Freyre abriu uma nova vereda para os estudos sobre as civilizações afro-asiáticas: a sua presença na construção cultural do Brasil, desde a época do império colonial português. Para Freyre (1951), antes da vinda de D. João, o Brasil era oriental em sua essência: era construído majoritariamente por indígenas, africanos e orientais, estes últimos vindos tanto do mundo árabe quanto da Índia e da China, que transitavam pelo mundo colonial espalhando experiências e inovações. Sua presença estava espalhada pela cultura material brasileira, e podia ser vista na arquitetura, nos hábitos, na alimentação e nos costumes. Antes mesmo de ser independente, o Brasil recebeu chineses que vinham aqui trabalhar nas igrejas, nos ofícios e nas lavouras; e brasileiros iam servir nos rincões distantes de Macau, muitos deles alcançando posições de destaque. Freyre analisou o quanto de “asiático” existe em nosso país, revelando que essas influências foram discretamente se estabelecendo desde o período colonial. Numa coleção de ensaios sobre o tema, denominada China tropical (2003) e lançada após sua morte, Freyre buscava demonstrar que nossa cultura se construíra a partir dessas profundas raízes afro-asiáticas; desde a alimentação, até a decoração das paróquias barrocas no interior de Minas Gerais ou na Bahia, havia uma nítida presença chinesa espalhada pelo país. A provocação de Freyre ecoou na produção de obras importantes na historiografia brasileira, e uma delas foi A China no Brasil, livro basilar de José Roberto Leite publicado em 1999. Nessa obra, Leite apresenta uma vasta coleção de evidências da presença chinesa em nosso país antes e depois da independência, mostrando o quanto essa civilização faz parte de nossas raízes. A China no Brasil impulsionou a renovação dos estudos sobre as “chinesices” (ou “chinoiserie”) na arte e cultura brasileira, que tem revelado imagens chinesas marcantes em monumentos históricos espalhados pelo país e no relato dos viajantes que por aqui passaram. Mais recentemente, Júlio Bandeira (2018) fez uma atualizada relação de objetos e materiais artísticos chineses presentes no Brasil, ampliando o escopo dessa linha de pesquisa. Cumpre salientar os trabalhos marcantes de Carlos Francisco Moura (1995, 2012 e 2014), que estudam as relações entre Brasil, China e Macau desde os tempos coloniais, explorando os personagens e eventos mais marcantes dessa relação, e o instigante artigo de Sérgio e Sheila Antunes, “Rio de Janeiro no início do século XIX: uma vila chinesa no Ocidente e seu legado” (2010), no qual os autores propõe pensar o impacto dos trânsitos culturais entre Rio de Janeiro e China no início do século 19; por último, Ana Paulina Lee (2018) construiu uma relação de todos os estudos e fontes relacionados à presença chinesa no Brasil, constituindo-se uma fonte crucial para compreender essa perspectiva de pesquisa sobre o tema. Essa linha se guia por abordagens antropológicas e estéticas variadas, sem concentrar-se em autores ou teorias específicas. O caminho para compreender essa presença chinesa no país dispõe de fontes ricas e pouco exploradas. No início do século 19, o governo português cogitou plantar diversas especiarias asiáticas no Brasil, com destaque para o Chá. Em 1807, João Rodrigues de Brito lançou a ideia por escrito, que encontrou acolhida na corte de Dom João. Trazidos pelo Conde de Linhares de Macau, uma colônia de chineses se estabeleceu na cidade do Rio de Janeiro em 1812, sendo oficialmente a primeira em toda a América e, provavelmente, na parte ocidental do mundo. O livro Memoria econômica sobre a plantação, cultura e preparação do chá, de Leandro Sacramento (1825) nos conta todas as desventuras dessa empresa, que acabou malsucedida, deixando os chineses largados a própria sorte pelas ruas da cidade, espalhados entre os (atuais) bairros do Jardim Botânico e Alto da Boa Vista. Um documento único, presente no acervo da Biblioteca Nacional, é a carta de 1819, assinada por esses colonos, pedindo um intérprete para ajudar em seu estabelecimento no país e nos trabalhos de cultivo do chá. Johann Moritz Rugendas registrou a presença chinesa em uma bela litografia, no seu livro Viagem Pitoresca Através do Brasil (1835). Os cariocas ainda lembravam bem desse episódio, quase cem anos depois: em 1903, o pavilhão da Vista Chinesa foi construído em homenagem a vinda desses colonos. 203 Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, p. 201-214, set./dez. 2023. A China no Brasil Bueno., 2023. DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 Mesmo depois da independência, a ideia de trazer trabalhadores chineses para o Brasil não desapareceu. Debates sobre essa questão apareciam esporadicamente em documentos e estudos sobe imigração, como o relatório de repartição de terras em 1855, ou no trabalho de Luiz Werneck, Ideias sobre a colonização precedidas de uma sucinta exposição dos princípios gerais que regem a população (1855). Um grupo numeroso veio para a construção da ferrovia Dom Pedro II; segundo consta uma história bastante difundida, muitos faleceram por causa da febre amarela e da cólera, e seus corpos foram cremados em imensas fogueiras, o que teria dado origem ao nome do atual município de “Queimados”, onde se localizava a fazenda em que esses trabalhadores estavam abrigados (assunto citado e debatido nas obras de Vicente Paula Pessoa [1901:152], Ademar Benévolo [1953:316] e mais recentemente na dissertação de Maicon Carlos [2022]). Mas foi a proximidade do fim da escravidão que reaqueceu a questão, principalmente a partir da década de 1860. Os chineses começaram a ser cotados como a melhor opção ao fim do trabalho escravizado, em um regime de contratação temporário, sem se estabelecerem em definitivo no país. Diversos estudos foram feitos sobre a questão, como os de Quintino Bocayuva (1868), José Xavier Pinheiro (1869), Ignácio Galvão & Miguel Macedo (1870) e Nicolau Moreira (1870), mostrando que o debate estava aceso, e a vinda de milhares de chineses para o Brasil era uma opção bastante real. Contudo, não havia qualquer unanimidade nas opiniões: livros como Demonstração das conveniencias e vantagens á lavoura no Brasil pela introducção dos trabalhadores asiáticos (1877) apresentavam uma coletânea de artigos a favor dos “chins”, enquanto pensadores importantes como Machado de Assis, Joaquim Nabuco e José do Patrocínio se puseram frontalmente contra a vinda dos chineses, entendendo que isso seria uma nova forma de escravidão velada. Em outro sentido, o governo do império corria atrás de informações mais seguras; o estudo de Salvador Mendonça, Trabalhadores Asiáticos (1879), foi encomendado para fornecer um parecer mais sólido sobre a vinda dos chineses. Por fim, planejou-se a primeira missão oficial ao império chinês, com o intuito de estabelecer relações mais diretas. A primeira missão O debate não foi fácil, mas a missão saiu. Em 1880, aportavam os representantes diplomáticos brasileiros na China, construindo o primeiro contato oficial entre ambos os impérios. As negociações não saíram como esperado, mas proporcionaram um escrito valioso, A China e os chins, de Henrique Lisboa (1888). O diplomata, presente na missão, faz um relato minucioso do panorama chinês naquele período, realizando reflexões importantes sobre os diálogos entre a China e Ocidente. Lisboa se mostrou altamente favorável à vinda dos chineses para o Brasil, e traçou um quadro bastante compreensivo da cultura chinesa, afastando-se das visões corriqueiramente preconceituosas e eurocêntricas desse período. Lisboa trabalhou arduamente pela ideia, mas acabou sendo transferido para o Japão. Lá, continuou a defender seus pontos de vista; e futuramente, contribuiria para articular a vinda de japoneses para o Brasil. Em 2006, Rafael Dantas publicou um estudo pormenorizado sobre a Missão, do ponto de vista das Relações Internacionais; mais recentemente, Scomazzon (2020) relatou as aventuras e dificuldades da viagem, enriquecendo os estudos sobre o tema, enquanto Bueno (2023) analisou os aspectos interculturais e sinológicos desse encontro. Os chineses continuaram a vir, contratados por companhias particulares, embora em pouca quantidade e com uma proteção legal insuficiente. Eles se espalharam pelas cidades do país, mas sua presença não era maciça. Mesmo a abolição da escravatura e a derrocada do império não arrefeceram imediatamente o debate: em 1893, Moura Brasil lançou seu estudo sobre a questão (1893), e o Barão do Ladário foi nomeado para uma nova missão junto ao governo chinês (1893), que também não foi bem sucedida, pelas mais diversas razões – dentre as quais, a falta de dinheiro para as despesas. 204 Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, p. 201-214, set./dez. 2023. Os debates sobre imigração DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 Bueno , 2023. Os chineses nos jornais A visita de enviados chineses ao Brasil também foi coberta por esses periódicos. Quando o emissário chinês Tang Jingxing (na grafia da época, “Tong King Sing”) visitou o país em 1883, ele causou furor na corte, sendo recebido inclusive pelo imperador, e imprimindo um caráter sério à ideia de trazer chineses para o país. Os jornais cariocas se envolveram diretamente na briga, dispostos a dar suas visões e influenciar, o quanto pudessem seu público leitor. Na Hemeroteca de Biblioteca Nacional, podemos conferir muitos dos periódicos dos anos 1870-80, que nos ajudarão a entender como a questão chinesa era um dos debates mais fervorosos que ocorriam na época. Renovação sobre os estudos de imigração chinesa Atualmente, os estudos sobre imigração chinesa estão sendo renovados no país, em parte pelo aprofundamento recente das relações políticas e culturais com a China, que deram um impulso indireto à área. Diversos trabalhos têm buscado esmiuçar a questão sob os mais diversos ângulos, perspectivas e fontes, realizando inferências diferenciadas, como nos debates sobre a identidade nacional ou as questões econômicas que permeavam a transição para o trabalho livre. Os estudos nesse sentido foram revigorados por Jeffrey Lesser (2001) e Rogério Dezem (2005), e atualmente encontramos várias pesquisas em andamento sobre o tema, como Silvio Cézar Lima (2005), Daniel Veras (2008), Victor Luna Peres (2013), Kamila Czepula (2017), e Marcos Aurélio Santos (2020) e, além do já citado trabalho de Ana Paulina Lee (2018). Trabalhos mais recentes buscam contemplar o trânsito recente de chineses no Brasil e também, de brasileiros para China - como o estudo de André Bueno e Daniel Veras (2021), que analisa casos de migrações chinesas no mundo lusófono; o trabalho conjunto de André Bueno, Kamila Czepula, Victor Peres e Ana Porto (2022), que abordas as migrações sino-brasileiras na contemporaneidade; e o estudo de Shu Changcheng (2023), sobre a diáspora chinesa moderna e suas implicações com o caso brasileiro, revelando uma construção dinâmica de relações interculturais e políticas. O imaginário brasileiro sobre a China no início do século 20 Após a chegada de colonos japoneses, o debate sobre a contratação de trabalhadores chineses perdeu importância, mas a China continuou a estar presente no imaginário brasileiro. Simão de Mantua (pseudônimo) foi autor de um livro cômico bastante peculiar, Cartas de um chinêz para a China (1923), no qual um autor chinês nomeado como “Ho-He-Dgent” satirizava nossa política sob um idealizado “olhar asiático”. A mentalidade brasileira compreendia os chineses como excêntricos, diferentes e sutis; e, todavia, um espelho distante de nossa realidade. Mesmo assim, intelectuais brasileiros continuavam atentos ao desenrolar da história chinesa. Diplomatas e jornalistas como Luis Guimarães Filho (1911), Labienno dos Santos, que visitou a China em 205 Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, p. 201-214, set./dez. 2023. A questão da vinda dos chineses não se restringiu aos círculos políticos, mas foi alvo de um intenso debate popular. Kamila Czepula (2017) mostrou que os jornais cariocas, como a Gazeta de Noticias, o Cruzeiro e a Revista Ilustrada cobriam avidamente a questão, trazendo para suas páginas os problemas e opiniões de leitores e correspondentes. Além de transcrições das atas da Câmara dos Deputados, no qual se desenrolavam as discussões, esses periódicos reproduziam cartas dos leitores e notas oficiais. A Revista Illustrada elaborava, incluso, charges sobre a questão, dando um toque humorístico (sempre preconceituoso e pejorativo) sobre a vinda dos chineses. Bueno., 2023. DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 A miragem chinesa No entanto, após o conflito, os intelectuais brasileiros dividiram-se entre apoiar o governo republicano chinês (que em 1949 seria confinado em Taiwan), e o novo governo comunista, representado por Mao Zedong. Foi uma época fértil para a divulgação da literatura chinesa no Brasil. A editora Pongetti traduziu quase todas as obras de Lin Yutang (1895-1976) para o português, que se esgotaram rapidamente, alcançando grande sucesso. O escritor buscava explicar a China tradicional para o mundo ocidental, mas defendia também uma visão cristianizada e anticomunista, e era considerado o grande “embaixador e cartão de visita” do governo de Taiwan. Nesse mesmo período, Ricardo Joppert, o primeiro sinólogo brasileiro, visitava a ilha, relatando suas experiências no livro A China é sempre Formosa (1958). Foi um momento de renovado encantamento com a China tradicional, com sua filosofia, poesia e contos (Bueno, 2018). No sentido contrário, vários pensadores brasileiros começaram a imaginar a China comunista como um modelo de desenvolvimento para o Brasil, investindo em alternativas para a superação de dificuldades estruturais e econômicas pós-guerra. Autores como Osny Duarte (1956) e Maria Martins (1956) visitaram a China, trazendo uma visão positiva das mudanças no país. Esse discurso se manteve como uma importante opção política no Brasil nas décadas de 50 e 60, levando a viagem oficial realizada pelo vice-presidente João Goulart, em 1961, que tentava uma aproximação com a China. O Brasil buscava se projetar de forma independente e não-alinhada no mundo da Guerra Fria, como preconizado por Adolpho Justo Bezerra de Menezes, em Ásia, África e a política independente do Brasil (1961). No entanto, iniciativas como essa seriam abruptamente interrompidas, depois das mudanças políticas ocorridas com a ascensão do governo militar em 1964. Uma virada violenta ocorreu nas relações com a China comunista: o novo regime militar apoiava enfaticamente Taiwan, rompendo relações com o regime maoísta. Uma nova onda de paranoia antichinesa surgiu entre os militares e políticos brasileiros, o que descambou na prisão de nove chineses acusados de espionagem no país. Presos e julgados sem qualquer prova concreta – num delírio orientalista, eles foram acusados de produzir “pipas explosivas” e usar agulhas de acupuntura para envenenamentos –os chineses sofreram torturas atrozes, e causaram uma péssima imagem do governo brasileiro no exterior. Esse caso é bem coberto pela obra O caso dos nove chineses, de Ciça Guedes e Murilo Melo (2014), que nos traz um retrato desse momento turbulento e incerto. Mesmo assim, alguns pensadores brasileiros continuaram se dirigindo ao país em busca de novas experiências políticas e sociais. Autores como Roberto Mugiatti (1968), Oscar Araripe (1974), Cláudio Bojunga (1974), Heloneida Studart (1978) e Humberto Braga (1979) trouxeram importantes relatos sobre a China, alimentando a ideia de que o comunismo chinês poderia ser adotado no Brasil como solução para nossos problemas. As reformas no campo, o desenvolvimento da indústria e das tecnologias, o suposto “fim das desigualdades” sociais e econômicas - esse cenário alimentava a imaginação de intelectuais e políticos, que pouco conheciam sobre as sérias crises e problemas que o país atravessara, tais como o 206 Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, p. 201-214, set./dez. 2023. 1916 (1944) e Garibaldi Dantas (1937) mantinham os leitores brasileiros informados, e apesar de distante, a China nunca desapareceu de nosso campo visual. Enquanto isso, o tenente coronel Lima Figueiredo escreveu dois livros, Um ano de observação no extremo oriente e No Japão foi assim, sobre o período em que foi avaliar a guerra sino-japonesa de 1936. Estando em visita ao exército japonês (na época, as relações Brasil–Japão eram boas), Figueiredo não apenas observou, mas inclusive se envolveu em combate contra os chineses, chegando a receber uma medalha de honra nipônica. No entanto, a segunda guerra mundial mudaria radicalmente esse panorama. Apoiando a China contra o Eixo, o Brasil se voltou contra o Japão, passando a enaltecer o governo de Chiang Kai-Shek. Sua esposa, Soon MeiLing, esteve no Brasil para tratar da saúde e angariar apoio ao governo nacionalista chinês, episódio contado por Drault Ernanny no livro Meninos, eu vi (1989). DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 Bueno , 2023. desastre do “Grande salto adiante” (1958-60). Em 1974, o governo brasileiro já não considerava mais a China uma ameaça, reatando relações diplomáticas e comerciais. Desde então, várias parcerias institucionais começaram a surgir entre os dois países, e a experiência dos brasileiros na China foi, também, de perceber as mudanças que começaram a ser sentidas entre os chineses. Ricardo Joppert continuou uma ativa produção intelectual com livros basilares como O Alicerce Cultural da China (1979) sobre a civilização da China antiga. O cartunista Henfil escreveu seu divertido e inteligente Henfil na China (1981), no qual desfez muitos mitos sobre os chineses, através de uma crônica bem humorada. Wladimir Pomar (1987) também acompanhou muitas dessas mudanças, enquanto Vamireh Chacon (1995) viajou para a Ásia Lusófona, testemunhando o apagar das luzes em Goa e Macau, e deixando um relato atento sobre o futuro desses territórios. A essa altura, a sociedade chinesa no final do século 20 já deixara de ser ideal, assustadora ou misteriosa para muitos brasileiros. A época dos viajantes começava a desaparecer, e o conhecimento sobre a China, doravante, seria feito por especialistas em um novo mundo globalizado, no qual ela seria um dos seus personagens centrais. Pensar estrategicamente A confluência de interesses em um novo laço com a China estabeleceu a definição de um igualmente novo espaço de diálogo, em que os especialistas não necessariamente compunham agendas ou quadros políticos, mas se alinhavam com linhas teóricas de economia planificada. Esses autores acompanharam a transição política e econômica pós-Maoísta, observando o notável crescimento recente do país, e como a construção de um mundo novo globalizado comportaria um novo perfil nas relações sino-brasileiras. As abordagens nesse sentido foram feitas em várias áreas, com ênfase em Relações Internacionais, Economia e História. Severino Cabral (2000), Shu Changcheng (2013), Anna Jaguaribe (2018), Rosana PinheiroMachado (2009 e 2013) e Evandro de Carvalho (diretor atual da revista China Hoje, em publicação contínua) são alguns dos autores que buscaram atender essa demanda por conhecimento e ideias, necessárias ao estabelecimento de um novo plano de diálogo binacional. Recentemente, o trabalho de Elias Jabbour e Alberto Gabriele (2021) trouxe um panorama atualizado sobre o governo chinês, sua estrutura, funcionamento e dimensões ideológicas; e uma coletânea de estudos (organizada por Mathias Alencastro, Rosana Pinheiro-Machado e Mariana Ueta, 2023) intitulada How China is transforming Brazil lançou a instigante provocação de pensar o quanto a China pode ter [e continua] influenciado a transformação cultural e econômica do Brasil. Grupos de estudo mais recentes sobre a China também agregam pesquisadores com respaldo, conhecimento e experiência in loco sobre o país, contribuindo no fornecimento de know-how para o desenvolvimento desses contatos: Rede Brasileira de Estudos Chineses, IBRACH, Shumian, Observa China, Núcleo de Estudos da China FGV, CeAsia, Cea-UFF, Sabe a China, LabChina-UFRJ, Grupo Brasil-China (Unicamp) e o Núcleo de Estudos da China da UERJ representam iniciativas de relevo dentro dessa linha de pesquisa e assessoramento. 207 Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, p. 201-214, set./dez. 2023. Um novo começo Bueno., 2023. DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 Dimensões religiosas e filosóficas Somente após o fim da Segunda Guerra, novas traduções vieram a lume, como no citado caso de Lin Yutang. Uma ação no sentido de fortalecer os laços do Brasil com Taiwan foi a formação de um curso de língua chinesa, no Rio de Janeiro, liderado pelo padre João Batista Se-Tsien Kao, nos anos 1950. Duas importantes obras desse autor foram traduzidas para o português (1952 e 1953), nas quais se tentava conectar o Confucionismo com o Cristianismo e criar uma estrutura ideológica de suporte ao regime de Chiang Kai-shek. Inspirado nessas obras, Múcio Ferreira (1968) realizou uma segunda tradução do Lunyu (Analectos), que permaneceria alguns anos como o principal trabalho nesse sentido. Quase na mesma época, nos anos 1960, a USP abriu um curso de língua chinesa, núcleo que preparou alguns dos principais autores sobre cultura chinesa no Brasil, como Ho Yeh Chia (1999), Mário Bruno Sproviero (2002) e Antônio Bezerra (2015), grupo esse alinhado com a academia taiwanesa. Mais recentemente, Chiu Yi Chih (2017 e 2020) tem se destacado na elaboração de traduções de clássicos chineses, como o Daodejing e Liezi, representando uma renovação nesse campo literário. Imprescindível lembrar sempre do trabalho pioneiro de Márcia Schamltz (1973-2018), tradutora com domínio e expertise da língua chinesa, que encontrava similar somente entre grandes nomes da Sinologia mundial. Além de seus próprios trabalhos individuais (2012 e 2015), a prof. Schmaltz verteu ao português um grande número de obras chinesas contemporâneas, sendo aclamada no Brasil, Portugal e Macau, por suas contribuições indispensáveis. Em continuação sobre as perspectivas filosóficas, pode-se dizer que houve uma forte influência da sinologia francesa nos trabalhos traduzidos para nossa língua: os principais textos sobre filosofia chinesa foram os de Max Kaltenmark (1977), Marcelo Granet (1997), Anne Cheng (2009) e várias obras de François Jullien (2010), que privilegiam um diálogo intercultural com as sabedorias chinesas, respeitando suas teorias centrais e conceitos. De certa forma, eles influenciaram as abordagens dos autores brasileiros, e seu entendimento sobre as possíveis distinções entre os âmbitos religiosos e filosóficos a partir de uma epistemologia sínica. Nesse sentido, alguns autores foram fundamentais para apresentar ao público conteúdos mais elaborados sobre a civilização chinesa. Leonardo Boff (1979, 1982 e 1993), Huberto Rohden (1982), Murillo Nunes Azevedo (1987), Ricardo Mário Gonçalves (1991), Wu Jyh Chergn (2009) e Joaquim Monteiro (2016) realizaram trabalhos importantes para o conhecimento das expressões religiosas chinesas, como Daoísmo e Budismo. Do ponto de vista filosófico e antropológico, tentativas de aprofundar e traduzir o conceitual chinês para nosso entendimento foram promovidas por Rodrigo Apolloni (2004), André Bueno (2005 e 2015), Giorgio Sinedino (2012), Bony Schachter (2014 e 2020) e Matheus Costa (2019), construindo uma consistente e regular produção acadêmica sobre as múltiplas expressões do pensamento chinês, desenvolvendo esse espaço dentro do mundo universitário brasileiro. Por fim, o ano de 2023 marcou o lançamento de uma série de quatro volumes sobre a história do pensamento chinês e suas principais escolas e fases, proporcionando uma visão atualizada das pesquisas em curso sobre a filosofia chinesa. A série, intitulada Textos Selecionados de Filosofia Chinesa, foi organizada pelo NEPFIL (UFPEL), e traduz verbetes especializados da Enciclopédia de Filosofia de Stanford (veja o link nas referências). 208 Mosaico - Revista Multidisciplinar de Humanidades, Vassouras, v. 14, n. 3, p. 201-214, set./dez. 2023. Uma via de aproximação entre pensadores brasileiros foi construída por meio dos estudos religiosos e filosóficos sobre as tradições chinesas, que proporcionaram algum conhecimento sobre estes temas para o público brasileiro, apesar de constituírem, no geral, inciativas particulares. A primeira delas se remete ao trabalho pioneiro de Ignácio Raposo (1939), um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Rio de Janeiro (atual Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ), que fez a primeira tradução da obra de Confúcio para o português. Raposo defendia que a sabedoria confucionista poderia contribuir para aprimorar a vida política do país, fazendo refletir sobre questões éticas e morais. DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 Bueno , 2023. Considerações finais O exame desta literatura sinológica produzida no Brasil revela origens multifacetadas, geradas a partir tanto de epistemes centrais ao conhecimento acadêmico quanto de agendas políticas e sócioculturais definidas em determinados contextos históricos. O acompanhamento dessa produção aponta para as tensões existentes no próprio ambiente intelectual brasileiro acerca do debate entre aprofundar – ou não – seu conhecimento sobre a China, e de que forma esses mesmos saberes podem influenciar nossas formas de pensar e conceber o mundo. A investigação sobre os influxos culturais sino-brasileiros desde a época da Colônia, por exemplo, mostra riquíssimas possibilidades de reescrever as origens de nossa sociedade, bem como o estudo filosófico e estratégico sobre a China aponta para uma nova consciência global, nas quais o diálogo intercultural torna-se chave para a redimensão das relações entre países e sociedades. Nesse sentido, as experiências brasileiras podem ensinar bastante sobre os desafios e problemas para a construção de um campo de estudos sínicos nacional, que envolva uma consciência plural e multiteórica, caracterizando uma inovação. Para isso, contudo, cumpre salientar, novamente: é imprescindível estudar a China. Referências ALVARENGA, Lucas José de. Memória sobre a Expedição do Governo de Macao em1809, 1810 em socorro ao Império da China contra os insurgentes piratas chinezes,principiada, e concluída em seis mezes pelo Governador, e Capitão Geral d’aquellacidade, Lucas José d’Alvarenga. 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Entre ambas as visões, a constatação de uma necessidade: que há muito tempo conversamos com a civilização chinesa, mas precisamos urgentemente conhecê-la melhor. Bueno., 2023. DOI 10.21727/rm.v14i3.4150 DANTAS, Garibaldi. O Extremo Oriente. São Paulo: Companhia Nacional, 1937. DANTAS, San Tiago. Política Externa Independente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1962. DUARTE, Osny. A China de hoje. Rio de Janeiro: Pongetti, 1956. DUARTE, Osny. Nós e a China. Rio de Janeiro: Pongetti, 1956. ERNANNY, Drault. Meninos, eu vi... e agora posso contar! Rio de Janeiro: Record, 1988. FERREIRA, Múcio. A doutrina de Confúcio. São Paulo: Cultrix, 1968. FIGUEIREDO, José Lima. Um ano de observação no Extremo Oriente. Rio de Janeiro: Americana, 1941. GALVÃO, Ignácio C.; MACEDO, Miguel Calmon M. de; MONTMORENCY, Deschamps. Parecer da seção de colonização e estatística sobre a questão “Se convirá ao Brasil à importação de colonos chins”. 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