Místicos Españoles PDF
Místicos Españoles PDF
Místicos Españoles PDF
DEL ESTUDIANTE
A presente BIBLIOTECA
trata de incluir en
treinta tomitos las
obras cuyo conocimiento
nos parece ms esencial o
mis conveniente en los primeros aos de la enseanza. Los treinta volmenes
estn formados obedeciendo a un canon literario, a
un catlogo previamente
establecido,
de aquellas
obras mejores que el estudiante debe frecuentar en
el comienzo de sus estudios para adquirir los fundamentos de su cultura tradicional hispnica. La
BIBLIOTECA
LITERARIA
Fernando
MSTICOS ESPAOLES
i ^ r ^ t f - o (TD 'BIBLIOTECA
DIRIGIDA
LITERARIA
DEL
POR R A M N
ESTUDIANTE
MENNDEZ
PIDAL
TOMO XVIII
MSTICOS
ESPAOLES
SELECCIN, PRLOGO Y NOTAS BIOGRFICAS
POR
LUIS
SANTULLANO
MADRID,
I N S T I T U T O
JUNTA
PARA
MCMXXXIV
AMPLIACIN
E S C U E L A
DE
ESTUDIOS.
merced
del
Coleccin
dardo.
de
don
(Cund" o
Jos
M.
;it r i l m i d n
latuo
Foto
;i
Murill
Oiiint.ma.
" Arxiv
mas'
MSTICOS
ESPAOLES
contemplativa, y de aqu la influencia que vinieron ejerciendo los escritos de Sneca, avenidos en su doctrina con el temperamento de
nuestro pueblo, segn apunta Aubrey F. G.
B e l l : " N o se daba una distincin entre la
religin y la vida, entre la religin y la literatura. Se aceptaba la idea de Dios, no como
una fra abstraccin, sino como una cosa viviente, realidad en incandescencia de la vida
humana; por lo que era natural que el arte,
la ciencia y la literatura fuesen a modo de
ofrendas depositadas sobre un altar."
No extraemos as que el volumen de nuestra literatura mstico-asctica comprenda alrededor de tres mil obras , que el Tratado
de la Oracin, de fray Luis de Len, alcanzase cuatrocientas cincuenta ediciones, y que
antes de producirse esta difusin considerable
anloga cuanto a las obras de Teresa de Jess hallasen acogida fervorosa las traducciones, ordenadas por Cisneros, de las grandes obras msticas, notables entonces: la Imitacin de Cristo o Kempis, atribuida a Gerson; la Escala espiritual, de fray Juan Clmaco, los tratados de San Buenaventura, las
1
PRLOGO
* **
Integran el nuevo volumen de la Biblioteca literaria del Estudiante escritos de estos y
otros autores msticos, elegidos aqullos con
la atencin vuelta hacia los posibles y jvenes lectores a quienes los dirigimos, as como
las someras consideraciones que van seguida7
MSTICOS
ESPAOLES
No es fcil establecer una divisin clara entre los conceptos de Asctica y Mstica, bien
que los tratadistas expongan doctrinas convencedoras sobre uno y otro estado espiritual.
El asceta busca, mediante el grave ejercicio,
un camino que le lleve a la anhelada disposicin
mstica. Por eso San Agustn llama as " c a mino" al empeo asctico, y San Juan Clmaco lo estima como "viaje al extranjero",
esto es, a un lugar que se halla fuera y lejos
de nosotros, de nuestra situacin presente. Camino, viaje y tambin, dentro de la terminologa, lucha o combate del alma para domear
los vicios y, conseguido esto, lograr las virtudes que guan a la santidad. Pero, contra lo
que sera lcito creer, no se necesita alcanzar
PRLOGO
esta santidad para que la criatura elegida manifieste la posesin de los carismas o dones
otorgados al mstico, ya que en el poder ilimitado de Dios se halla el servirse del pecador o
del indiferente para declarar tal omnipotencia y mostrar a los humanos la senda de la
salvacin. Ni tampoco es dado atribuir a
una religin determinada la realizacin del
estado mstico, pues son conocidas anlogas
manifestaciones excepcionales en otras religiones, como la musulmana, segn han probado, entre nosotros, los documentados estudios del profesor seor Asn Palacios.
Si la ascesis es un camino, cada cual ha de
descubrir su hito misterioso, pues la Mstica,
que es su aspiracin ms lejana, se nos aparece en su misma etimologa como algo cerrado,
secreto, cuyas lindes vedan el rico panorama
interior a quien no logra trasponerlas. Por
eso escribe Francisco de Osuna en su Tercer
Abecedario: "Unos la llaman teologa mstica, que quiere decir escondida, porque en el
secreto escondimiento del corazn la ensea el
buen Maestro Jess, que para s solo quisiera reservar este magisterio, del que dio a sus
siervos menos parte o facultad para ensear a
otros que de cualquier otra ciencia, queriendo,
como principal Maestro, guardar para s la
9
o"
MSTICOS
ESPAOLES
de la Croix
10
et le problme de
3"
>*tS3*
f<
"8
PRLOGO
MSTICOS
ESPAOLES
PRLOGO
HUMANIDAD, REALISMO.
En torno al casticismo.
13
MSTICOS
ESPAOLES
Subida
al Monte
V.
Carmelo.
14
PRLOGO
1
2
3
Cartas.
Avisos y sentencias espirituales.
Vida.
i5
MSTICOS
ESPAOLES
Alberto.
PRLOGO
TEOFONA.
MSTICOS
ESPAOLES
Tercer
Abecedario,
tratado X V I , cap. I X .
18
PRLOGO
1
2
3
**\3'
3"
MSTICOS
"c.
ESPAOLES
Avisos
Camino de Perfeccin,
y sentencias espirituales.
cap. X V I I .
20
PRLOGO
MSTICOS
ESPAOLES
cincuenta grados en el amor a Dios, estos numerosos grados no son sino etapas para llegar a la apetecida unin, en la que el mstico
sabr hacer suya otra advertencia del mismo
autorizado consejero: "Calle lo que Dios le
diere. Y acurdese de aquel dicho de la Escritura: "mi secreto para m."
LA UNIN MSTICA.
Esta es la aspiracin suprema del alma dulcemente aquejada de amor divino. Hemos indicado cmo el logro de la unin es obra principal de la Gracia, negocio de merced celeste.
Cabe disponerse a alcanzarla mediante la oracin, en la que Teresa de Jess seala dos modos diferentes, segn que el alma consiga ese
estado por el ejercicio mental, valindose de
"muchos arcaduces y artificio", o lo alcance
por fluencia espontnea que viene del mismo
manantial divino. Esta es la que llama oracin
de quietud y gustos de Dios.
No debe estimarse aquella oracin activa
inferior a la otra, pues en Las Moradas leemos que las virtudes quedan en ella ms fuertes. El alma, cual pordiosero humildsimo, acaba por obtener la ddiva suprema, bien que
22
PRLOGO
MSTICOS
ESPAOLES
i'
f.
PRLOGO
1
2
3
MSTICOS
ESPAOLES
Relacin
V.
26
PRLOGO
MSTICOS
ESPAOLES
i Obras
preliminar.
completas de Santa
28
Teresa
de Jess.
Estudio
PRLOGO
R. Otto: Lo
Santo.
29
FRAY
FRANCISCO
DE
OSUNA
S e l a s e el a o d e 1 4 9 7 c o m o l a f e c h a p r o b a b l e d e l
n a c i m i e n t o , o c u r r i d o en l a v i l l a d e O s u n a , p r o v i n c i a
d e S e v i l l a , y en el c a s t i l l o del c o n d e J u a n T e l l e z G i r n , q u e lo e r a s e g u n d o d e U r e a . A s u s e r v i c i o h a l l b a n s e d e s d e h a c a l a r g o s a o s los p a d r e s d e F r a n c i s c o , s e g n c o n f i r m a l m i s m o e n l a d e d i c a t o r i a d e
una de las
obras: " C o m o
yo desde nio m e
familiares
de
antecesores
vuestra
mi primer
casa,
haya
hayan
parecime
el
f a v o r d e mi tierna e d a d . "
S i e n d o a n m u c h a c h o se t r a s l a d a c o n s u p a d r e
f r i c a , d o n d e p r e s e n c i a la t o m a de T r p o l i p o r los e s p a o l e s el 2 5 d e j u l i o de
Ingresa
muy
joven
1510.
en l a
Orden
Franciscana,
s i g u e e s t u d i o s e n la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a .
"La
oracin y la contemplacin e s c r i b e f r a y M i g u e l n g e l e n su
estudio sobre la v i d a
franciscana
en E s -
aos
p r i m e r o s e n la v i d a r e l i g i o s a , a l a p a r d e i n t e n s o s e s 33
3
MSTICOS
ESPAOLES
t u d i o s , q u e le d o t a n d e u n a f o r m a c i n c i e n t f i c a
de
Abecedario,
en T o l e d o , en agosto
de
I527E r a de
Segundo
salud
muy
Abecedario:
delicada, segn
declara
en el
de
no die-
v i a j a p o r el e x t r a n j e r o : v i s i t a T o u l o u s e ,
con
o c a s i n d e u n C a p t u l o de la O r d e n , y l u e g o P a r s y
A m b e r e s . E n l o s P a s e s B a j o s o c p a s e de la i m p r e sin
de
sus
obras
en l a t n ;
cuidado
que,
si
deja
a l g u n a v e z en otras m a n o s , g u s t a de atender p e r s o n a l m e n t e . E l f r o y l a h u m e d a d de F l a n d e s a c e n t a n
sus dolencias: " A
u n o le d u e l e n los r o n e s d e
fro
y a o t r o s d e c a l o r : al p o b r e d e f r o , p o r q u e n o tiene
c o n q u e l o s a b r i g a r y n o t r a e s o b r e ellos s i n o u n s a y o
r a d o ; al rico le d u e l e n d e c a l o r , p o r q u e l o s v i s t e m u c h o y los c a r g a de r o p a y e n f o r r o s d o b l a d o s . D e m
te d i g o q u e c o m o t u v i e s e m u c h o m a l d e r o n e s n o
saba de dnde poda p r o c e d e r ; empero, viniendo los
hielos d e l i n v i e r n o h u b e d e r o g a r a u n r i c o q u e m e
34
%Avv
FRAY
FRANCISCO
DE
OSUNA
Francis-
c a n a p a r a las I n d i a s o g o b i e r n o d e las p r o v i n c i a s
A m r i c a , n o l l e g a a d e s e m p e a r el c a r g o
mente, sino mediante
delegacin,
de
personal-
fundamentando
la
e x c u s a e n s u e s t a d o d e s a l u d y e n el d e s e o d e o c u p a r s e d e e s c r i b i r y p u b l i c a r los l i b r o s q u e h a b a n d e
darle
fama. E l
espiritual,
Abecedario
m s n o t a b l e d e ellos, el
compuesto brevemente en f o r m a de v e i n -
"Como
encubierta,
( t r i s t e de m ) a o t r o s
sin y o s a b e r l o , y
as
Y
importu-
n a s e n q u e los d e c l a r a s e c o n f o r m e al intento p r i m e r o
q u e t u v e , soy constreido a m e e x t e n d e r m s de lo q u e
pensaba y m o s t r a r la preez de estas e s p i g a s . "
F r a n c i s c o de O s u n a fallece e n a b r i l de 1 5 4 2 , a l o s
cuarenta y cinco a o s de edad a p r o x i m a d a ,
ignorn-
d o s e , c o n o t r a s m u c h a s n o t i c i a s , el l u g a r de s u m u e r t e , ni
dnde recibi
sepultura.
35
MSTICOS
ESPAOLES
OBRAS:
Abecedario
Espiritual
(obra
distribuida
en
tres
partes).
Gracioso
Ley
convite
de Amor
Norte
de
Consuelo
los
de
de
las
(Cuarto
Gracias
del
Sacramento.
Abecedario).
Estados.
pobres
aviso
de
ricos
(Publicado
sobre
Abecedario).
Varias
obras
en
latn.
36
(dem
Sexto
TERCER
Habla
"Bendiciones
del
ABECEDARIO
hacimiento
muy
de
fervientes
ESPIRITUAL
las
gracias
frecuenta
diciendo:
en todas
us
obras."
E s cosa de tanta excelencia y bondad el hacer g r a c i a s a q u i e n n o s h a c e m e r c e d e s , q u e si b i e n m i r a m o s
hallaremos esta v e r d a d naturalmente
engerida
cuasi
e n t o d a s l a s c r i a t u r a s , las c u a l e s , a u n q u e h a b l a r
no
pueden, p o r obra hacen mejores gracias a sus bienhechores q u e no los hombres p o r palabra, pues
ve-
con
del c i e l o
los
rboles,
ellos,
toma esta
e n p a g o d e l a s m e r c e d e s q u e n o s h a c e s en n o s
rar. Y
p u e s v e m o s , e n s a l i e n d o el sol, l a s
fruta
cu-
avecicas
c a n t a r y c h i r r i a r , q u i n d i r si n o q u e l o h a c e n en
gracias porque viene a les d a r lumbre y alegra, librndolas de la frialdad e peligro de la noche ? T o d o s
l o s r o s c o r r e n l i g e r o s al m a r p a r a le h a c e r
37
gracias
n>
itt
MSTICOS
ESPAOLES
sera
tambin
de contar
d e los a n i m a l e s , c u y a
enviados.
cuan
gratos
gratitud
son
reconoci-
m i e n t o es t a n t a q u e a p e n a s s o n c r e c i d o s los h i s t o r i a dores
que
creer
la
de
ello
mucha
escribieron,
gratitud
la
causa
de l o s a n i m a l e s
del
no
creo
que
e s la p o c a q u e n o s o t r o s t e n e m o s , l a c u a l p a r e c e c l a r a m e n t e , p u e s n o c o n o c e m o s el b i e n h a s t a l o h a b e r
perdido;
esto
se causa
por
no
q u e n o s d a los b i e n e s s u f i c i e n t e s
haber
hecho
gracias por
al
ellos;
gra-
tificados, h a n de e s p e r a r q u e nosotros p e r d a m o s
sus
beneficios,
porque
entonces
con la falta
conocemos
el p r o v e c h o p a s a d o y n o s m o v e m o s a h a c e r
gracias.
G r a n d e m a l e s , s i n d u d a , q u e el c a r e c e r d e la c o s a
nos mueva
s e e r n o s h a c e o l v i d a r al q u e n o s h i z o p o s e s o r e s .
segn
mos,
razn
esta
no
mala
propiedad
puedo
debamos
hallar
ser
que
quien
comparados
los
mortales
mejor y
que
a los
con
tenems
puercos
q u e d e b a j o de la e n c i n a g o z a n d e l a b e l l o t a , los c u a les
jams
alzan
c i e n d e n , ni c u r a n
la c a b e z a p a r a v e r
de dnde
d e l o s a b e r , a s c o m o si
des-
ninguna
c o s a les f u e s e e n e l l o .
{Segundo
38
Tratado.)
t , s >
FRAY
Habla
tus cosas,
tus
FRANCISCO
del miramiento
diciendo:
obras
DE
que
examina
OSUNA
has de tener
y hazte
en
todas
afina
experto
todas.
C o s a m u y j u s t a es t e n e r a l g n r e c e l o en l a s c o s a s a r d u a s , e n o f i a r s e h o m b r e sin l a p r e n d a d e l a
r a z n p o r t e n e r s e g u r a la p a g a , p o r q u e e s c r i t o e s t
{Eccles.,
XVIIT d ) q u e el v a r n
sabio en todas
las
c o s a s t e m i , e los m a y o r e s p e l i g r o s m s s u e l e n
ser
t e m i d o s . D o n d e los a v i s a d o s m a r i n e r o s s u e l e n l l e v a r
u n a c u e r d a l a r g a , al fin de la cual atan algn plom o p a r a v e r c u n t a a g u a h a y en a q u e l l u g a r , p o r q u e
n o t o p e l a n a o en lo b a j o y p a d e z c a d e t r i m e n t o ; e
t a m b i n s e r i g e n p o r l a c a r t a del m a r e a r , d o n d e h a llan m u c h o s peligros escritos p a r a s u a v i s o ; e llevan
tambin m u c h a s velas p a r a s e r v i r s e de ellas, disponindolas
esto,
segn
llevan
el
el a g u a
viento
lo
cerca del
requiere;
allende
timn, que
de
siempre
ella,
mucha
m s e x a m i n a n s u c a m i n o ; l o cual a n n o b a s t a p a r a
les a c a b a r de q u i t a r el m i e d o , m s s i e m p r e el p i l o t o
v e l a e n r e g i r la n a o p o r m i e d o d e los p e l i g r o s o s l u gares.
E s t a s cosas he dicho p a r a nuestra doctrina,
q u e n u e s t r a v a es p o r el m a r (PsaL,
nuestra
senda
r.xxvi
pues
d), y
es
de
n o t a r q u e c a d a e j e r c i c i o de v i r t u d e s a n t i d a d es u n a
navecilla, en que cada j u s t o con su familia
39
interior
MSTICOS
ESPAOLES
e m u n d o m e n o r se d e b e s a l v a r ; y a s c o m o h a y m u c h a s m a n e r a s de n a o s , a s h a y m u c h a s m a n e r a s
de
se
{Psal.,
Sacrifiquen
a Dios
sacrificio
de alabanza,
d e n u n c i e n l a s o b r a s del en a l e g r a los q u e
den a la
mar
en
naos, haciendo
descien-
operacin
en
las
m u c h a s a g u a s ; s t o s v i e r o n l a s o b r a s del S e o r e l a s
m a r a v i l l a s del en el p r o f u n d o .
D e los m u n d a n o s que suben al m a r alborotado del
m u n d o n o h a c e m o s a q u m e n c i n , s i n o d e los q u e p o r
de
grandes
humildad
descienden
en
gruesas
naos
presente
mar,
fa-
t i g a d a , e n l a c u a l p e r e c e el q u e n o v a e n a l g u n a s d e
estas naos, que son los santos ejercicios de
virtud;
porque a n a d o n i n g u n o la puede p a s a r ; y as c o m o
u n a s naos v a n p o r a g u a s dulces y otras p o r salobres,
asi hay algunos ejercicios que la costumbre ha hecho
d u l c e s , e l a s l g r i m a s q u e e n ellos se d e r r a m a n
son
d u l c e s , p o r las c u a l e s n a v e g a n , y o t r o s q u e s o n p o r
alguna c a u s a m s penosos e sus lgrimas
empero,
acaece
n a v e g a el a g u a
que
mejor
ms
p e o r l i b r a d o s los q u e v a n p o r
agua
acaece
en
que
examinan
amargas;
seguramente
stos,
mejor y
por
se
ofrecen
ver
ms
salobre;
ms
antes
peligro,
sacrificios
se
van
se
votos
o*
"J>
FRAY
FRANCISCO
DE
OSUNA
c i a n , c o m o dice D a v i d , c o n g o z o l a s o b r a s d e l S e o r .
Y tanto m a y o r es la operacin interior y e x t e r i o r de
aquestos,
cuantas
ms
aguas
de
lgrimas
tiene
su
mar.
L a s a g u a s de este tercero sern dulces, porque a n ,
segn
den
dice
estas
Plinio, hay
terceras
blar c o m p a r a r ;
por
mar
lgrimas
d u l c e , al c u a l
de q u e
las cuales, si
hemos
se
pue-
de
ha-
llevas la nao
de
dice
D a v i d , las m a r a v i l l a s del S e o r en el p r o f u n d o
co-
r a z n t u y o , s e g n d i c e la, g l o s a . D e s t a s n a v e s ,
que
s o n l o s s a n t o s e j e r c i c i o s , s e p u e d e d e c i r a q u e l l o del
Apocalipsis
(Apoc,
XVIII
f ) : " H i r i r o n s e ricos
d o s los q u e t e n a n n a v e s e n el m a r .
En
esta
tonave
Cristo;
ms duerme y reposa
se
t u r b a m s el m a r ; e m u c h a s v e c e s , m i e n t r a s D i o s e s t
c o n n o s o t r o s s o m o s ms_ c o m b a t i d o s , y s i n t e s e
Dios
paz...
(Quinto Tratado, cap.
4i
II.)
MSTICOS
ESPAOLES
SOBRE EL RECOGIMIENTO
A c o n t c e l e s a los v a r o n e s r e c o g i d o s c o n s u
nima
c o m o al c a z a d o r c o n el a v e q u e p r e n d e d e v i v a p a r a
p o n e r en a l g u n a j a u l a , q u e f u e r a d e a q u e l
encerra-
m i e n t o e s t a b a e n c i m a de los r b o l e s q u i e t a , m a s d e s p u s d e e n c e r r a d a n o tiene r e p o s o a l g u n o s i n o s a l t a r
d e u n a p a r t e a o t r a y h e r i r s e la c a b e z a p o r s a l i r ; e
si sale h u y e t a n t o q u e el c a z a d o r p i e r d e l a
esperan-
z a d e la v e r m s e n l a j a u l a e n c e r r a d a . C u a s i d e e s t a
f o r m a , c u a n d o la p e r s o n a devota quiere poner su nim a e n l a j a u l a d e l r e c o g i m i e n t o , all l a s i e n t e
ms
i n q u i e t a q u e a n t e s , v i e n d o q u e p i e r d e t o d o el s o s i e g o p a s a d o , e siente g r a n d e a g r a v i o t e n i e n d o
sosiego que
antes
que
se
diese
al tal
menos
ejercicio;
de p o d e r
s e g u i r el
remediar
esto
recogihcense
t a n t a f u e r z a en d e s e c h a r estas v a g u e a c i o n e s y
toman
d e e l l a s t a n t a p e n a , q u e les c a u s a d o l o r d e c a b e z a y
flaqueza corporal y otras fatigas no pequeas, queriendo
castigan
con
enojo
con
una
corregir
amorosa
las
cosas
que
disimulacin,
mejor
se
conforme
a l o c u a l d i c e n u e s t r a l e t r a : F o r a m o r e sin
enojo
c o r r i g e s i e m p r e tu a l m a .
T o r n a n d o al e j e m p l o q u e p u s i m o s d e l a v e
puesta
FRAY
FRANCISCO
DE
OSUNA
rigor,
y me-
traerle blandamente
halago
que
no
herirla
cuando t
sintieres q u e
diversos
desconcertados
tu
la
mano
por
la
pluma
ni a m e d r e n t a r l a ;
nima
se d e s m a n d a
pensamientos,
no
la
as
en
es-
c a n d a l i c e s m s n i le d e s m s a f l i c c i n , s i n o c o r r g e l a
amorosamente con algunas breves palabras de
amor,
c o m o si l e d i j e s e s d e s p u s q u e sientes l a d i s t r a c c i n
de
los pensamientos:
nima m a ? Q u
bieza ? N o
dnde
has
ido
volando,
oh
sino ti-
s a b e s q u e el S e o r v i s i t a a l o s q u e e s -
t n c o n s i g o m i s m o s y se a p a r t a d e los q u e s e a p a r t a n d e s u c o r a z n ? N o s e a s c a l l e j e r a : m a s si q u i e r e s s e r e s p o s a del m u y a l t o , h a s d e s e r m u y e n c e r r a d a ,
p a r a q u e de a q u se p r e s u m a l a h o n e s t i d a d .
C o n p a l a b r a s s e m e j a n t e s q u e el h o m b r e d i g a a s u
nima le
lo
d e b e s e r el
hombre
e n s e a d o ; y c o n u n a d i s i m u l a c i n de l a s p a s a d a s d i s t r a c c i o n e s d e b e p o n e r r e m e d i o e n l o q u e se p o d r s e g u i r , q u i t a n d o t o d a c o s a q u e l e es c a u s a d e s e d e r r a m a r , y e s t o c o n el m a y o r a m o r q u e p u d i e r e ,
ca
tenemos.
E s t e e j e r c i c i o n o se a l c a n z a p o r f u e r z a , s i n o
por
m a a ; n o h a y c o s a m s m a o s a q u e el a m o r , el c u a l
debe ser c o m o azote q u e hiere al t r o m p o p a r a
que
MSTICOS
Trompo
caer;
nuevas
ESPAOLES
es n u e s t r a n i m a , d e s m i s m a i n c l i n a d a a
m a s el a z o t e del a m o r l a p u e d e h a c e r
fuerzas si la c o r r e g i m o s
tomar
defec-
t u o s a y s e c a n s a p r e s t o d e o b r a r e n l o i n t e r i o r y sec r e t o d e s u c o r a z n , d o n d e n o d e b e d o r m i t a r ni d o r m i r el q u e g u a r d a a I s r a e l .
(Tratado Cuatorceno, caps. I y II.)
44
FRAY
D e la v i d a
ALONSO
de
fray
DE
Alonso
MADRID
de M a d r i d
dice
p a d r e M i g u e l M i r n a d a se s a b e si n o es q u e
n a t u r a l d e la c i u d a d q u e le dio s u
E l l i b r o Arte
para
servir
a Dios,
el
fu
nombre.
q u e le d e s t a c a
e n t r e los e s c r i t o r e s de su s i g l o , f u i m p r e s o p o r p r i m e r a v e z en 1 5 2 1 . M e n n d e z P e l a y o , e n l a s Ideas
tticas,
Es-
"bellsimo
tratado". Segn
el p a d r e M i r , e s t a
obra
f u m u y l e d a en el s i g l o x v i , h a b i e n d o s i d o t r a d u cida a varios
idiomas.
T e r e s a de J e s s , al e x a m i n a r en su
Vida
el
a Dios
q u e es m u y b u e n o y a p r o p i a d o
l o s q u e e s t n en e s t e e s t a d o , p o r q u e o b r a el
pripara
para
enten-
dimiento".
A l o n s o de M a d r i d d e j o t r o l i b r o : Espejo
tres
tor
personas,
con
estas
de
ilus-
c u y a p r e s e n t a c i n h a c e el m i s m o
palabras:
"Nombre
de
au-
"espejo"
p e r t e n e c e p a r a q u e q u i e n e n l se m i r a s e v e r
le
bien
c l a r a m e n t e la f e a l d a d d e su r o s t r o e s p i r i t u a l y p o d r le h e r m o s e a r c o n l o q u e all c o n o c e r . Y
47
a u n le p e r -
MSTICOS
tenece
tambin
ESPAOLES
el s o b r e n o m b r e
de
"ilustres
persodespeja-
otros."
para servir
ediciones.
48
a Dios,
de la cual
ARTE
PARA
SERVIR
DIOS
DE LA VANAGLORIA.
H a b l a i n c i d e n t a l m e n t e de l a v a n a g l o r i a , c o n t r a r i a
d e la h u m i l d a d , e n q u e s e p o n e n m u y b u e n o s p u n t o s
y una l a r g a y h e r m o s a consideracin destruidora de
toda vanidad.
P o c a o n i n g u n a v a n a g l o r i a s e le o f r e c e r a a q u i e n
aborreciese o negase a
s m i s m o , c o m o e n el
santo
otra
tiene
p o r la m e r c e d d e D i o s , en c u a n t o d e all se c o n o c e o
espera algn
s e r v i c i o de. D i o s y p r o v e c h o del
ni-
m a (que t o d o es u n o , bien e n t e n d i d o ) ; p e r o d e o t r a
m a n e r a es g o z o v a n o v v a n a g l o r i a , p o r q u e t o m a m o s
p a r a n o s o t r o s l a g l o r i a q u e a solo D i o s se d e b e , o p o r q u e n o s g l o r i a m o s en n o s o t r o s m i s m o s de lo q u e n o s
d e b e r a m o s de g l o r i a r en D i o s . E s t a g l o r i a , p u e s , n o
tomara quien
Prrafo
se a b o r r e c i e s e , c o m o y a se d i j o .
segundo.
Siempre
rlel>e d e
tener
quien
q u i e r a p o r s o s p e c h o s o , v a n o y n o e s p i r i t u a l el
49
4
gozo
MSTICOS
ESPAOLES
q u e t i e n e d e l a s m e r c e d e s q u e D i o s le h a c e
cuando
to se g o z e n la m i s m a m a n e r a en l a c o n s i d e r a c i n
d e los b i e n e s a j e n o s ;
porque
m e r o e s c o g e r la v i r t u d p a r a
aunque
debemos
pri-
n o s o t r o s q u e p a r a los
o t r o s y g o z a r n o s p o r q u e , d a d o q u e n o lo
habamos
d e t e n e r n o s o t r o s y los o t r o s , a c e r t a m o s n o s o t r o s a
tenerla; pero cuando nosotros y los otros todos ten e m o s el b i e n , as n o s d e b e m o s g o z a r d e l b i e n de l o s
o t r o s c o m o del n u e s t r o ; p o r q u e l o u n o y l o o t r o es
d a d o d e l a m a g n f i c a m a n o de D i o s , y d e l o u n o y
de lo otro se g o z a igualmente S u M a j e s t a d , y no debe
s e r o t r o n u e s t r o g o z o s i n o en D i o s y e n el c u m p l i miento
de
su
voluntad.
As
se
gozaba
el
espritu
tercero. E n
Dios
N u e s t r o S e o r u n p o d e r c o n q u e se g o z a s e d e t o d o
bien q u e tuviese, tanto cuanto conociese q u e era de
D i o s el tal bien y p a r a s e r v i c i o d e e s e D i o s ; y saliend o d e e s t e c o n c i e r t o d a d o a D i o s , l u e g o es
vana,
quiere
que D i o s
decir:
quiere
alegra
que
q u e t e n g a el
s a l e del
alegra
concierto
nos
g l o r i a m o s d e las m e r c e d e s q u e d e l r e c i b i m o s ; y e s t o
s e l l a m a v a n a g l o r i a . Y m u y p e o r v a n a g l o r i a e s la q u e
r e c i b e a l g u n o del b i e n q u e n o t i e n e , y m u y p e o r
si
la r e c i b e del m a l q u e h a h e c h o .
P r r a f o c u a r t o . E s t a n sutil l a v a n a g l o r i a , q u e a l guna
en la
vir-
t u d q u e s e g o z a e n D i o s del b i e n q u e t i e n e , y
vez
pensar
el q u e a n
ser
50
es
flaco
FRAY
ALONSO
DE
MADRID
tuviese
muy
claro
conocimiento
d e las
que
virtu-
placer,
cuando
piensa
en
las
mercedes
que
de
Dios
oye.
Antes
debera
acostumbrarse
de t e n e r
en
s
los
q u e all
suele nacer m u y
escondida.
va-
ver-
del
b i e n q u e a l g u n o t i e n e , o h a c e , o o y e d e s m i s m o ,
parecime que lo que ms ligeramente podra
quitar
falsedad
q u e en e l l a h a y , p o r q u e
ningn
y lo
falso.
que
aborreci-
m i e n t o t a n g r a n d e del m a l d e e s a v a n a g l o r i a , q u e y a
c a s i n u n c a se le
ofrezca.
G r a n fealdad sera que un caballero estimase m u cho haberse puesto a una pequea afrenta por
o s e r v i c i o d e u n r e y q u e p r i m e r o se h u b i e s e
amor
puesto
si a q u e l
caballero
MSTICOS
ESPAOLES
an
para
ms
abominable vanidad
sera
si a q u e l
rey
grandes
recibidas
con g r a n s o c o r r o y
mercedes
prometidas
favor
del
antes
del
despus d e la pequea
afrenta
vanaglorioso.
52
FRAY
LUIS
DE
N a c e e n G r a n a d a el a o
GRANADA
podamos
fallece
en
edad
joven,
dejando
al
nio
L u i s y a s u m a d r e en s i t u a c i n q u e o b l i g a a l a v i u d a
desamparada
un
convento de dominicos.
M e r c e d a la proteccin del conde de T e n d i l l a r e c i b e el f u t u r o o r a d o r s a g r a d o l a s p r i m e r a s
zas de
Gramtica
latina
puede
luego
enseanfrecuentar
o t r o s e s t u d i o s , q u e le l l e v a n e n 1 5 2 4 a e n t r a r en el
noviciado
del c o n v e n t o d o m i n i c a n o d e
donde profesa
un ao despus
Santa
cambia
su
Cruz,
nom-
b r e d e f a m i l i a p o r el d e G r a n a d a , q u e m s t a r d e h a ba d e p o n d e r a r la
Cada
convento
fama.
de
Santo
Domingo
escribe
el
era una
es-
b i g r a f o don J o s J o a q u n de M o r a
p e c i e d e U n i v e r s i d a d d o n d e se s e g u a n c u r s o s
com-
pletos de L e t r a s humanas, F i l o s o f a ,
dog-
Teologa
stos
sirven
de
complemento
55
estudios
perfeccin,
MSTICOS
ESPAOLES
y los
San-
sa-
Luis;
en t o d o s e x c e d e a s u s c o m p a e r o s ; en t o d o s
llama
l a a t e n c i n y m e r e c e el a p l a u s o d e los s u p e r i o r e s .
Estas
aventajadas
circunstancias
hacen que se
d e s i g n e p a r a u n a b e c a e n el C o l e g i o m a y o r d e
G r e g o r i o d e V a l l a d o l i d , d o n d e i n g r e s a el u
nio
de
1529
completa
los
estudios,
le
San
de
ju-
aplicndose
hacia el ejercicio de la
oratoria
y T e o l o g a en v a r i a s ctedras de la O r d e n .
primera
h o r a l o s m a y o r e s t r i u n f o s , j u s t i f i c a d o s en s u s g r a n des
condiciones
para
esta
d i c e el h i s t o r i a d o r f r a y
oratoria.
"Su
predicar
Jernimo Joannini
fu
que
a h a c e r g a n a n c i a d e l a s a l m a s y p l a n t a r en el p e c h o
h u m a n o el a m o r del c i e l o . T u v o l a v o z c l a r a , s u a v e
y d u l c e ; n o le e r a n e c e s a r i o d e s e a r s u a v i d a d y e n e r ga p a r a deleitar, p o r q u e sus palabras casi eran a r m nicas y penetraban los entendimientos que las oan.
M o s t r ser docto, pudiendo ensear y sabiendo dar
a e n t e n d e r lo q u e q u e r a , t a n s a z o n a d a y a s e a d a m e n te cuanto era
necesario, conforme
56
a la calidad
de
FRAY
LUIS
DE
GRANADA
los o y e n t e s . S u s c o n c e p t o s e r a n t o d o s s a c a d o s d e l a
E s c r i t u r a S a g r a d a y l o s m s e s c o g i d o s d e los
San-
decir, no menos
q u e si f u e s e n
flores
grave, ms
f l o r i d o , m s c r i s t i a n o , y n o le
alguna,
pudo
fcilmente
arrebatar
faltando
los
cora-
ha-
Orden de S a n t o D o m i n g o , nombra a
p r i o r d e l c o n v e n t o d e Scala
abandono
reclamaba
una
Coeli,
de
Lus
c u y a situacin de
actividad
gente, q u e se manifiestan
fray
celosa
inteli-
maestro fray
J u a n de
Avila,
c u y a v i r t u d y c o n s e j o s le g u a n e n s u a f n d e p e r f e c c i n y e n el e j e r c i c i o o r a t o r i o . F r a y L u i s
e n el r e t i r o d e Scala
Coeli
escribe
a l g u n a s de sus obras.
O c h o a o s m s t a r d e lia d e r e n d i r s e a n t e el d e s e o
q u e el d u q u e d e M e d i n a
varle
como predicador
S i d o n i a manifiesta de lle-
su
palacio
de
Sanlcar;
Gua
de
pecadores.
Pasa
despus
Evora,
P o r t u g a l , l l a m a d o p o r el i n f a n t e c a r d e n a l d o n
57
en
En-
MSTICOS
ESPAOLES
r i q u e , h i j o d e l r e y d o n M a n u e l y n i e t o de l o s R e y e s
Catlicos espaoles. F r a y L u i s no deja y a
Portugal,
p u e s le c o n f i a n en 1 5 5 6 el p r o v i n c i a l a t o d e l a O r d e n ,
y h u b i e r a a l c a n z a d o l a m i t r a del a r z o b i s p a d o d e B r a ga
si
no
la
declinase
con
decidida
resistencia.
Al
en L i s b o a ,
se a c o g e
al c o n v e n t o
de
N u e s t r a S e o r a d e l a L u z , en P e d r e g o a n , s i t u a d o en
la p r o x i m i d a d de " u n a alta y descompuesta
sierra",
d o n d e p a s a l o s l t i m o s a o s de s u v i d a e n t r e g a d o al
ejercicio d e los deberes religiosos y a la meditacin,
sin a b a n d o n a r p o r ello la ctedra s a g r a d a .
Fallece en 3 1
o c h e n t a y c u a t r o a o s d e e d a d , y r e c i b e s e p u l t u r a en
dicho c o n v e n t o p o r t u g u s , donde le dedican en
u n m o n u m e n t o en mrmoles y
1634
jaspes.
OBRAS.
Adems
otros
de
trabajos
varios
Memorial
de la vida
Libro
la oracin
Gua
de
de
Adiciones
libros
menores,
las
en latn
siguientes
de
obras:
cristiana.
y
meditacin.
pecadores.
a! memorial
de la vida
Introduccin
al smbolo
Instituciones
y regla
empiezan
escritos
dej
a servir
Compendio
de Doctrina
espiritual.
fe.
bien
vivir
de
a Dios,
Doctrina
de la
mayormente
cristiana.
58
cristiana.
para
los
religiosos.
que
DE
LA
LENGUA
no menos
encareci
e s t e n e g o c i o el a p s t o l S a n t i a g o c u a n d o d i j o q u e a s
c o m o los n a v i o s
grandes
se rigen con un
pequeo
g o b e r n a l l e , y los c a b a l l e r o s p o d e r o s o s c o n u n p e q u e o
bernada y enfrenada
para
e n f r e n a r y p o n e r en o r d e n t o d o l o d e m s d e l a v i d a .
P u e s p a r a e l b u e n g o b i e r n o de e s t a p a r t e
conviene
q u e t o d a s las v e c e s q u e h a b l r e m o s t e n g a m o s
aten-
de-
tiempo
en q u e s e d i c e y al fin c o n q u e se dice.
Y , p r i m e r a m e n t e , en lo q u e se dice, que es en la
materia
de q u e h a b l a m o s , c o n v i e n e g u a r d a r
aquello
que
Apstol
palabra
el
aconseja, diciendo:
"Toda
m a l a n o s a l g a p o r v u e s t r a I x x a , s i n o la q u e f u e r e b u e na
otro
dice:
provechosa para
lugar,
edificar
especificando
"Palabras
torpes
ms
y
59
los o y e n t e s . "
las
malas,
locas
palabras
y
chucarreras
en
o
MSTICOS
ESPAOLES
instituto, no
se
nombren
entre
de
vosotros."
marineros
t i e n e n m e r c a d o s en l a c a r t a d e m a r e a r t o d o s los b a j o s en q u e l a s n a o s p o d r a n p e l i g r a r , p a r a g u a r d a r s e
d e e l l o s , a s el s i e r v o d e D i o s d e b e t a m b i n t e n e r s e a l a d a s t o d a s e s t a s e s p e c i e s de p a l a b r a s m a l a s , d e q u e
siempre se debe g u a r d a r p a r a no peligrar en ellas.
S e a n , p u e s , p a r a ti c o m o b a j o s o c o m o r o c a s
la m a r todas las palabras torpes, mentirosas,
jeras, airadas, maliciosas
y vanas,
de
lison-
especialmente
l a s q u e f u e r a n en a l a b a n z a t u y a o en v i t u p e r i o del
p r j i m o , p a r a q u e as e s t s l e j o s p o r u n a p a r t e
jactancia y por otra de m u r m u r a c i n , que son
de
dos
no menos debes
s e r fiel
e n el s e c r e t o q u e
te
de
ti s e c o n f i .
E n el m o d o d e h a b l a r c o n v i e n e m i r a r q u e n o h a b l e m o s ni c o n
desenvoltura,
demasiada
blandura,
ni c o n
demasiada
ni a p r e s u r a d a m e n t e , n i c u r i o s a y
pu-
llaneza y
simplicidad.
ningn
no
afectada.
A e s t e m o d o p e r t e n e c e t a m b i n n o s e r el h o m b r e
porfiado
y c a b e z u d o y a m i g o d e salir con la
6o
suya,
FRAY
LUIS
DE
GRANADA
conciencia, y
aun la caridad,
de
la paciencia,
discretos
varones
cumplir
a c o n s e j a el s a b i o , d i c i e n d o : " E n
viene que
te hagas
aquello
que
nos
como hombre
que no
sabe,
tambin
las
cosas
en
su
tiempo,
porque
( c o m o dice el s a b i o ) d e la b o c a d e l l o c o n o e s b i e n
recibida
la
palabra
sentenciosa,
porque
no
la dice
her-
m o s a d e c i r c a d a c o s a e n s u l u g a r q u e dice el m i s m o
s a b i o : " A s c o m o parecen bien las m a n z a n a s de oro
sobre las columnas de plata, as las palabras
dichas
de
p o r e s t o c o n v i e n e m i r a r q u e no
s l o sean l a s p a l a b r a s
fin
sea bueno,
intencin
nuestros
la
pretendiendo
gloria de
siempre
solo D i o s
con
el
pursima
el p r o v e c h o
de
prjimos.
Tambin
conviene,
despus
de
todo
esto,
mirar
vie-
MSTICOS
ESPAOLES
jos, y simples donde estn sabios, y seglares en presencia de sacerdotes y religiosos, y , finalmente, dondequiera que
p o r q u e no es de todos
lo
sera
t e n i d o p o r s a b i o , y si c e r r a s e s u s l a b i o s , a m u c h o s
parecera discreto.
( " G u a d e p e c a d o r e s " , l i b . 2., c a p . X . )
DE LA LUXA.
L a l u n a es c o m o v i c a r i a d e l s o l , a la c u a l e s t c o m e t i d a p o r el
a u s e n c i a del
Criador la providencia
de la luz
sol, p o r q u e e s t a n d o l a u s e n t e y
en
acu-
d i e n d o a o t r a s r e g i o n e s a c o m u n i c a r el b e n e f i c i o d e
s u l u z , n o q u e d a s e el m u n d o a o s c u r a s . Y a s l m i s m o
es el q u e l a p r o v e e d e l u z p a r a este m i n i s t e r i o , tanto
m a y o r cuanto ella lo m i r a
ms
de lleno en
lleno.
T i e n e este p l a n e t a , e n t r e o t r a s p a r t i c u l a r i d a d e s , n o table
los
hmedos,
sobre
sealadamente
tiene
todos
tan
F RAY
LUIS
DE
GRANADA
f a m i l i a r l a t r a e en p o s d e s, y as s u b i e n d o ella c r e c e ,
y a b a j n d o s e e l l a se a b a j a . P o r q u e c o m o se d i c e d e
l a p i e d r a i m n , q u e t r a e al h i e r r o en p o s de s , a s
a e s t e p l a n e t a dio
el C r i a d o r e s t a v i r t u d , q u e a t r a i -
g a y l l a m e p a r a s l a m a r y s i g a el m o v i m i e n t o
ella.
De
suerte
que
este planeta
tiene
unas
de
como
r i e n d a s en l a m a n o , c o n q u e s e a p o d e r a d e e s t e t a n
g r a n d e elemento y lo r i g e y trae a su m a n d a r .
De
a q u n a c e n las m a r e a s q u e a n d a n c o n el m o v i m i e n t o
d e la l u n a , y q u e s i r v e n
u n lugar a otro cuando
de
el v i e n t o , y p a r a l o s
m o l i n o s d e l a m a r q u e se h a c e n c o n e l l a s , y s o b r e t o d o
c o n e s t e m o v i m i e n t o se p u r i f i c a n l a s a g u a s , l a s c u a les no carecieran de mal olor y mal
mantenimiento
p a r a los p e c e s si e s t u v i e r a n c o m o en u n a l a g u n a e n c h a r c a d a s sin m o v e r s e . M a s n o s l o e n l a m a r , s i n o
tambin
en todas
seoro. Y
las cosas
hmedas tiene
especial
con
la
menguante.
Pues
ya
las
alteraciones
q u e e s t e p l a n e t a c a u s a en los c u e r p o s h u m a n o s
(ma-
en
sus
eclipses,
cuando
se
impide
un
p o c o d e s u luz c o n l a s o m b r a d e l a t i e r r a , t o d o s lo
experimentamos. L o que aqu es m s para considerar
e s l a V i r t u d y p o d e r a d m i r a b l e q u e el C r i a d o r
dio
a e s t e p l a n e t a , el c u a l e s t a n d o t a n t a s mil l e g u a s a p a r tado
recibe
de
nosotros,
por
virtud
emprestada
del
sol,
63
de
obra
aquella
tantos
luz
efectos
que
y
MSTICOS
ESPAOLES
m u d a n z a s en l a t i e r r a , q u e a s c o m o e l l a s e v a
dando, as v a y a m u d a n d o consigo todas estas
mucosas
con tan g r a n seoro, que un poquito que se menosc a b a su luz en u n eclipse lo h a y a luego de sentir la
t i e r r a . P u e s q u s e r a si d e l t o d o n o s f a l t a s e
este
planeta ?
DE
Mas
ya
es
tiempo
que
descendamos
ELEMENTAL.
del cielo
cielos
e m p l e a n la eficacia de su v i r t u d , o b r a n d o e n ellos y
e n g e n d r a n d o y componiendo de ellos todas las cosas
c o r p o r a l e s . D o n d e p r i m e r o s e n o s o f r e c e el l u g a r y el
sitio en
q u e el C r i a d o r l o s a s e n t p o r t a l o r d e n
comps
que
siendo
entre
s c o n t r a r i o s
tengan
paz
y c o n c o r d i a , y n o s l o n o p e r t u r b e n el m u n d o , m a s
antes
lo
conserven
sustenten.
P a r a esto
orden
Porque
cua-
(que es
el m s
bajo
entre
de
los
e l e m e n t o s ) e s seca y f r a , y el a g u a e s f r a y h m e d a , y el a i r e es h m e d o y c a l i e n t e , y el f u e g o e s c a l i e n t e y s e c o , y de e s t a m a n e r a s e t r a b a n y d a n
la
otros.
64
FRAY
Y
LUIS
para mayor
DE
GRANADA
conservacin
de
esta paz
de
tal
m a n e r a t e m p l el C r i a d o r l a s p r o p i e d a d e s d e e l l o s ,
q u e el q u e e s m u y p o d e r o s o p a r a o b r a r f u e s e
para
resistir
para
resistir
flaco
y , p o r el c o n t r a r i o , el q u e es
fuese
flaco
para
obrar.
fuerte
Esto
vemos
e n el f u e g o , e l c u a l s i e n d o t a n a c t i v o y t a n a b r a s a d o r
de lo que halla, n o tiene fuerza p a r a
poco de agua,
resistir a
un
su
fu-
r o r . P o r q u e a s e r f u e r t e e n l o u n o y en l o o t r o a b r a s a r a t o d o el m u n d o , y n o h u b i e r a q u i e n
prevaleciera
c o n t r a l. M a s , p o r el c o n t r a r i o , l a t i e r r a n o
fuerza p a r a obrar, mas tinela p a r a r e s i s t i r ;
tiene
porque
ni f u e g o , n i a g u a , ni a i r e b a s t a p a r a c o r r o m p e r l a
mudarla en otra substancia, como vemos
inflamarse
eJ a i r e c o n e l f u e g o v e c i n o y c o n v e r t i r s e e n
fuego.
D e esta m a n e r a igual el Criador las fuerzas d e estos cuatro cuerpos simples, recompensando por
una
es u n a g r a n d e i n c l i n a c i n e m p e t u d e c o r r e r a
sus
l u g a r e s n a t u r a l e s , p o r q u e en ellos s e c o n s e r v a n c o m o
en
su p r o p i o l u g a r y c e n t r o , y
fuera
de l
r a n a g r a v i o de o t r o s c u e r p o s c o n t r a r i o s . Y
recibias
ve-
m o s q u e el a i r e e n c e r r a d o en l a s c o n c a v i d a d e s d e la
tierra la hace estremecer, p o r hallar salida p a r a
lugar natural. Y
Y
n o es m e n o r el m p e t u del
su
fuego.
perturbaran
la
orden del
universo,
c u e r p o s el l u g a r d e o t r o s . Y
C5
tomando
unos
p a r a esta m i s m a
con-
tJ^ggJLti
M STICOS
s e r v a c i n les dio
partes con
o t r a i n c l i n a c i n de j u n t a r s e u n a s
o t r a s c u a n d o las
ESPAOLES
s e r el m s
dividimos;
imperfecto
excepto
d e los
la
ele-
m e n t o s , c a r e c e d e e s t e m o v i m i e n t o . M a s el a g u a y el
a i r e , si los d i v i d e s , l u e g o se j u n t a n , p o r q u e
mejor
e s t a i n c l i n a c i n n a t u r a l dio
el C r i a d o r a t o d a s
l a s c o s a s , p o r p e q u e a s e i n s e n s i b l e s q u e s e a n , q u e es
procurar
su
conservacin. Q u
cosa ms
pequea
q u e u n a g o t a de a g u a ? P u e s si s t a c a e s o b r e el p o l v o , l u e g o s e r e c o g e y r e c o n c e n t r a d e n t r o d e s y
se
h a c e r e d o n d o , p o r q u e a s e s t m s l e j o s de s e c a r s e q u e
si e s t u v i e s e d e r r a m a d a y e x t e n d i d a . E l a c e i t e , o t r o s ,
e c h a d o c o n el a g u a , o se l e v a n t a s o b r e e l l a , o se m u d a todo e n u n o s p e q u e o s o j o s , p o r n o p e r d e r s u s e r
s i e n d o i n c o r p o r a d o o e m p a p a d o en el a g u a .
La
sal
e c h a d a e n el f u e g o s a l t a y h u y e d e l c o m o de s u
contrario, porque
e l l a e s de l a n a t u r a l e z a
del
agua
d e q u e s e f o r m , q u e es e n e m i g a d e l f u e g o . L o s
r-
asimis-
D e l " S m b o l o de l a
66
para
dio.
Fe".)
TERESA DE JESS
TERESA
DE
JESS
N a c e e n A v i l a el m i r c o l e s 2 8 d e m a r z o d e
F u e r o n sus padres don A l o n s o
S n c h e z de
1515.
Cepeda
y d o a B e a t r i z D v i l a y A h u m a d a , ambos de noble
y
origen
en
situacin
holgada.
Don
Alonso
era
de
la que
tiene
otros
nueve
hijos,
entre
ellos l a e s c r i t o r a m s t i c a . L o s v a r o n e s , h a s t a el
mero
de s i e t e , t o m a n
parte
n-
en las expediciones
A m r i c a , d o n d e a l g u n o s d e ellos p i e r d e n l a v i d a e n
el e m p e o d e l a s c o n q u i s t a s .
un
ambiente
f a m i l i a r i n f l u i d o p o r el e j e m p l o del p a d r e ,
Teresa
pasa
los
primeros
aos
en
"hombre
aun con
jams
s e p u d o a c a b a r c o n l t u v i e s e e s c l a v o s " , y d e
madre
llena
de v i r t u d e s
enfermedades;
la
una
que,
Teresa
prefera
su
en este
hermano
q u e s e le a c e r c a b a en e d a d . " J u n t b a m o s
Rodrigo,
entrambos
los
hogar
yo
MSTICOS
ESPAOLES
m s q u e r a , a u n q u e a t o d o s t e n a g r a n a m o r , y ellos
a m . C o m o v e a los m a r t i r i o s q u e p o r D i o s l a s S a n tas
pasaban,
parecame
compraban
muy
barato
el
amor
que
yo
entendiese
tenerle,
sino
por
Dios
fin a
pareca
T e r e s a y a R o d r i g o , aqulla en sus
siete
la c a s a :
"riles
la
h e r m a n o se e x c u s a b a
incitado
hecho
madre
seguida
de la ausencia, y
el
tomar
aquel
camino",
p a d r e Y e p e s , con p a l a b r a s m e r e c e d o r a s
cuenta
de
el
crdito.
S i n o b a s t a r a e s t o a d e s c u b r i r los a n h e l o s d e l a f u t u r a S a n t a y su d i s p o s i c i n e s p i r i t u a l , y a en l a e d a d
infantil,
veamos
otras
palabras
de la
Vida,
g a m e n t e i n t e r e s a n t e s , q u e p r o s i g u e n el r e l a t o :
Vida.
70
anlo"Es-
TERESA
pautbanos
para
DE
m u c h o el
decir
s i e m p r e en l o q u e
JESS
que
pena
leamos.
gloria
Acaecanos
era
estar
pronunciar
esto mucho
r a t o e r a el
Seor
ser-
v i d o m e q u e d a s e en e s t a n i e z i m p r i m i d o el c a m i n o
d e la v e r d a d . " P a r a
siempre, siempre,
siempre!...
L a m e d r o s a r e i t e r a c i n c l a v a e n la m e n t e d e l a n i a
e l h o r r o r a l i n f i e r n o y s u s c i t a en ella el a n s i a d e l o
c e l e s t e , q u e h a d e m o v e r l a h a c i a el s e r v i c i o d e D i o s .
P o r esto sus juegos infantiles
i m i t a n l a v i d a d e los
con
otras
nias,
"como
que
fingir
ramos
monjas'".
Con
resuelta
todo,
habrn
vocacin
de
oponerse dificultades
primera.
Viene
ahora
un
la
tiempo
escondidas
d e d o n A l o n s o : " p o r v e n t u r a l o h a c a n o s d i c e en
justificacin
de aqulla p a r a n o pensar en
gran-
Sin embargo
de
e s t o , " a q u e l l a p e q u e a f a l t a q u e en e l l a v i m e c o m e n z
a e n f r i a r los d e s e o s y c o m e n z a r a f a l t a r en l o d e m s " .
La
censura
e s , sin d u d a , e x c e s i v a , p u e s
de l o
a t r a e r g a l a s y a d e s e a r c o n t e n t a r en p a r e c e r
71
que
"Comenc
bien,
MSTICOS
ESPAOLES
t o d a s las v a n i d a d e s q u e en esto p o d a t e n e r , q u e e r a n
h a r t a s , p o r ser m u y c u r i o s a . " Q u i z es de este tiempo
la
monja
referencia
de l a
que
da
doa
Ins
de
Quesada,
haberla
v i s t o en e l c o n v e n t o , y e n d o d e v i s i t a , a t a v i a d a c o n
una
Y
saya
naranjada
ribeteada
contina la autobiografa:
de
terciopelo
"Durme
negro.
mucha
cu-
a m
no eran
c o s a s , el Libro
ningn
de a Vida
pecado."
Entre
estas
alude a "pasatiempos
b u e n a c o n v e r s a c i n " ; c o n q u e se d e c l a r a b a ,
de
escribe
el p a d r e J e r n i m o , c i e r t a " d e m a s i a d a a f i c i n y a m o r
natural"
que
la adolescente
comienza a
sentir
por
amistad
casarse
la
n o le e r a
hermana
favorable
mayor
el
quedarse
joven
motivo
de
sola
la
en
e d a d difcil d e los d i e c i s i s a o s p u e s h a b a m u e r t o su m a d r e e n 1 5 2 7 , d e t e r m i n a n a d o n A l o n s o a
llevarla a u n convento de m o n j a s agustinas p a r a que
r e c i b a e d u c a c i n v e j e m p l o en l a c o m p a a d e o t r a s
d o n c e l l a s d e su
Una
grave
clase.
enfermedad
obliga
Teresa,
ao
don-
de'la
Caada.
En
el
camino
detinese
en H o r t i g o s a , d o n d e v i v e s u to d o n P e d r o d e C e p e -
TERESA
DE
JESS
su hablar e r a lo m s
li-
ordinario
d e D i o s y d e l a v a n i d a d del m u n d o . . . A u n q u e
fue-
enten-
era
el m e j o r y m s s e g u r o e s t a d o , y a s , p o c o a p o c o ,
me determin a forzarme para
tomarle'".
E l d a 2 d e n o v i e m b r e de 1 5 3 3 i n g r e s a e n el c o n vento
de
la
Encarnacin
de A v i l a ,
donde
profesa
sufri-
m i e n t o al s e p a r a r s e d e s u p a d r e , y a en e d a d
avan-
z a d a : " N o c r e o e s c r i b e s e r m s el
sentimiento
c u a n d o m e m u e r a , p o r q u e me p a r e c e c a d a h u e s o se me
apartaba
de s ; que c o m o n o haba a m o r
de
q u e q u i t a s e el a m o r d e p a d r e y p a r i e n t e s , e r a
h a c i n d o m e u n a f u e r z a t a n g r a n d e q u e , si el
Dios
todo
Seor
adelante."
P r o n t o las e n f e r m e d a d e s la obligan n u e v a m e n t e a
interrumpir
la v i d a c o n v e n t u a l
a r e c i b i r la
t e n c i a de m d i c o s y c u r a n d e r o s . C u a n d o , m s
vuelve
a la E n c a r n a c i n
su c u e r p o es u n a l l a g a ,
h a n de m o v e r l a t o m n d o l a e n u n a
En
asistarde
y
sbana.
1 ^41 m u e r e s u p a d r e . R o t o a s el l a z o q u e la
u n a al m u n d o , a v v a s e e n e l l a el a n h e l o d e
73
perfec-
>
>''
rti
M/ S T/ COS
r*^>
ESPAOLES
de la
Orden,
tal injusticia y
pronuncia
no puede
encendidas
su-
palabras
p a r a el
caso:
pero
n a d a d e e s t o se c o n s i d e r a s u p e r f l u o , y n a d i e p r o c u r a
c a m b i a r l o . Y , sin e m b a r g o , el q u e c u a t r o p o b r e s m o n j a s se e n c i e r r e n e n u n r i n c n o u n a g u j e r o p a r a e n comendarnos a Dios, j z g a s e de g r a v e peligro y
carga
de
s e o r e s ? C u l e s el o b j e t o d e e s t a r e u n i n ? Q u
enemigos
extraos
amenazan
estas murallas ? Qu
hambre
la a f l i g e ?
Qu
ruina le
amenaza?
de Perfeccin.
D e esta
p e r f e c c i n e r a ella e j e m p l o v i v o y n a t u r a l , s e g n d e 74
TERESA
DE
JESS
descalzas de M a d r i d
algunos
aos ms t a r d e : " B e n d i t o sea D i o s , q u e hemos p o dido v e r a una S a n t a que todos podemos imitar, que
h a b l a , d u e r m e y c o m e c o m o n o s o t r a s y c o n v e r s a sin
c u m p l i m i e n t o s ni
melindres."
N o b a s t a e s t a s u l l a n e z a h u m a n a p a r a c a l m a r a los
enemigos. E n
1 5 7 7 dctase en Plasencia un
Decreto
reformadora,
c o n la o b l i g a c i n d e a c o g e r s e a u n c o n v e n t o c a s t e llano. E l
Tostado
in-
q u i e t a y a n d a r i e g a " , y d i r i g e l a c a m p a a c o n t r a la
n u e v a O r d e n c a r m e l i t a n a : " N o se h a r n m s
funda-
en
vie-
"Nos
h a c e n g u e r r a t o d o s los d e m o n i o s , y e s m e n e s t e r e s p e r a r el a m p a r o d e D i o s . " C o m o e n r e c u r s o s u p r e m o
T e r e s a e s c r i b e al r e y F e l i p e I I p a r a d e n u n c i a r l e
lo
q u e o c u r r e y , a l a v e z , p a r a b u s c a r el r e a l a m p a r o en
f a v o r de f r a y J u a n d e la C r u z , v i o l e n t a m e n t e
apri-
s i o n a d o p o r los f r a i l e s c a l z a d o s , q u e a tales e x t r e m o s
l l e g a la e n e m i g a de los m i t i g a d o s . E l r e m e d i o n o a c u de con
la d i l i g e n c i a
que
ella
deseaba,
ni
tampoco
c e d e la o p o s i c i n a la o b r a . A l f n , el 2 2 d e j u n i o d e
;
TCiSo, el p a p a G r e g o r i o X I T I d a r e a l i d a d al s u e o de
T e r e s a d e J e s s y c o n s t i t u y e la O r d e n de l o s C a r m e litas d e s c a l z o s en p r o v i n c i a s e p a r a d a .
E n t r e t a n t o la m o n j a
y de fundar.
En
insigne n o cesa de
escribir
1 5 6 8 h a b i a a b i e r t o en D u r u e l o
75
el
MSTICOS
ESPAOLES
fray
numerosas
ca,
Antonio
J u a n de la
de J e s s , al que siguen
fundaciones
de las
Castillas
las
Andalu-
dificul-
t a d e s y e n t r e los s u f r i m i e n t o s y d o l e n c i a s d e l a m o n j a r o m e r a y e s f o r z a d a . E n l o s a l t o s q u e h a c e e n el
camino
trabajoso compone
sus
libros
cartas,
ya
nacieron
la calle, sino c o m o
"no
desborde
ntimo
de un alma, s e g u r a en su retiro de a m o r ;
fueron
confesin
para
s u s u r r a d a p a r a edificar en silencio a
sus
comprensivo
las
frases
se
disparan
de
irres-
p o n s a b l e s , e s c u d a d a s en a q u e l l a p a t e n t e d e c o r s o q u e
l e s c o n f i e r e el h o n t a n a r d i v i n o d e d o n d e
manan"...
T e r e s a d e J e s s m u e r e en A l b a d e T o r m e s el j u e v e s 4 de o c t u b r e d e
i
1582.
76
y otros
ensayos.
TERESA
DE
JESS
OBRAS:
Vida.
Relaciones
espirituales.
Camino
de
Castillo
interior
Conceptos
perfeccin.
o las
de amor
Exclamaciones
Libro
Moradas.
de
Dios.
del alma a
de las
Dios.
fundaciones.
Constituciones.
Modo
de visitar
los
conventos.
Avisos.
Respuesta
Vejamen
bscate
a un desafo
dado
en
Pensamientos
a varios
espiritual.
escritos
M".
y
sentencias.
Poesas.
Epistolario.
77,
sobre
las
palabras
LIBRO D E
LA
VIDA
E l t e n e r p a d r e s v i r t u o s o s y t e m e r o s o s de D i o s m e
b a s t a r a , si y o n o f u e r a t a n r u i n , c o n l o q u e el
Seor
me favoreca para ser buena. E r a mi p a d r e aficionado a leer buenos libros, y ans los tena de romance
p a r a q u e l e y e s e n s u s h i j o s . E s t o s , c o n el c u i d a d o q u e
m i m a d r e t e n a d e h a c e m o s r e z a r y p o n e r n o s en s e r
devotos de N u e s t r a S e o r a y de algunos santos, com e n z a d e s p e r t a r m e d e e d a d , a m i p a r e c e r , d e seis
u siete a o s . A y u d b a m e n o v e r e n m i s p a d r e s
favor
sino p a r a la v i r t u d . T e n a n
padre
muchas. E r a
mi
piedad
c o n los e n f e r m o s y a u n c o n l o s c r i a d o s ; t a n t a
que
j a m s se p u d o a c a b a r c o n l t u v i e s e e s c l a v o s , p o r q u e
los haba g r a n p i e d a d ; y
en
casa
jurar
ni m u r m u r a r . M u y h o n e s t o en g r a n m a n e r a .
M i madre tambin tena muchas virtudes, y pas
la vida con grandes enfermedades ; grandsima honestidad. C o n ser de h a r t a h e r m o s u r a , j a m s se entendi
q u e diese ocasin a que ella h a c a c a s o de ella, p o r /8
^j^gS
TERESA
DE
^g*a>
JESS
q u e c o n m o r i r de t r e i n t a y t r e s a o s y a s u t r a j e e r a
c o m o d e persona de m u c h a edad, m u y apacible y de
h a r t o e n t e n d i m i e n t o . F u e r o n g r a n d e s los t r a b a j o s q u e
p a s a r o n el t i e m p o q u e v i v i . M u r i m u y
cristiana-
mente.
Eramos
tres hermanas
y nueve hermanos;
todos
en
s e r v i r t u o s o s , si n o f u i y o , a u n q u e e r a l a m s q u e r i d a
de mi padre. Y antes q u e comenzase a ofender a D i o s
parece tena a l g u n a r a z n , porque y o he lstima cuand o m e a c u e r d o las buenas inclinaciones q u e el
o r m e haba dado y c u a n mal m e supe
Se-
aprovechar
quera,
a u n q u e a t o d o s t e n a g r a n a m o r y ellos a m . C o m o
v e a los m a r t i r i o s q u e p o r D i o s l a s S a n t a s
parecame
compraban
pasaban,
m u y b a r a t o el i r a g o z a r
de
medio
nos
d e s c a b e z a s e n ; y p a r c e m e q u e n o s d a b a el S e o r n i m o e n t a n t i e r n a e d a d si v i r a m o s a l g n m e d i o , s i n o
q u e el t e n e r p a d r e s n o s p a r e c a e l m a y o r
embarazo.
E s p a n t b a n o s m u c h o el d e c i r q u e p e n a y g l o r i a e r a
79
IJ-*
MSTICOS
ESPAOLES
gustbamos
de decir
En
p r o n u n c i a r e s t o m u c h o r a t o e r a el S e o r s e r v i d o m e
quedase
en
esta niez
imprimido
el c a m i n o
de
la
verdad.
D e q u e vi que era imposible ir adonde m e matasen
p o r Dios, ordenbamos ser ermitaos, y en u n a huerta
que haba en casa procurbamos, c o m o podamos, hac e r e r m i t a s , p o n i e n d o u n a s p i e d r e c i l l a s q u e l u e g o se
nos caan, y ans no hallbamos remedio en nada para
nuestro deseo, que ahora m e pone devocin ver como
m e daba D i o s tan p r e s t o lo q u e y o p e r d p o r m i culpa.
Haca limosna como poda, y poda poco.
raba
soledad
para
rezar
mis
devociones,
Procu-
que
eran
h a r t a s , en e s p e c i a l el R o s a r i o , d e q u e m i m a d r e e r a
m u y d e v o t a , y ans nos haca serlo. Gustaba
cuando
jugaba
con
otras
nias, hacer
mucho,
monasterios,
monjas, y y o me parece
deseaba
(mi m a d r e ) a l i b r o s d e c a b a l l e r a s ,
y n o t a n m a l t o m a b a este p a s a t i e m p o c o m o y o lo t o m
p a r a m, porque n o perda su l a b o r ; sino desenvolv i a m o n o s p a r a l e e r en ellos, y , p o r v e n t u r a , n o h a c a
para no pensar en g r a n d e s t r a b a j o s que tena y ocup a r sus hijos que no anduviesen en otras cosas perdid o s . D e e s t o le p e s a b a t a n t o a m i p a d r e , q u e se h a ba de tener a v i s o a q u e no lo viese. Y o comenc a
8o
TERESA
DE
JESS
desear contentar
en
de
cuan
que
l o f u e r a d e s t o s t a m b i n , p o r q u e a h o r a v e o el p e l i g r o q u e es t r a t a r en l a e d a d q u e se h a n de c o m e n z a r
a criar virtudes con personas que no conocen la v a n i d a d del m u n d o , s i n o q u e a n t e s d e s p i e r t a n p a r a m e t e r s e en l. E r a n c a s i d e m i e d a d , p o c o m a y o r e s q u e
yo. A n d b a m o s siempre j u n t o s ; tenanme gran amor,
y e n t o d a s l a s c o s a s q u e les d a b a c o n t e n t o los
sus-
t e n t a b a p l t i c a , y oa s u c e s o s de s u s a f i c i o n e s y n i e r a s , n o n a d a b u e n a s , y l o q u e p e o r f u m o s t r a r s e el
a l m a a l o q u e fu c a u s a de t o d o su m a l .
S i y o h u b i e r a d e a c o n s e j a r , d i j e r a a los p a d r e s q u e
81
6
MSTICOS
ESPAOLES
e n esta e d a d t u v i e s e n g r a n c u e n t a c o n l a s p e r s o n a s q u e
tratan sus hijos, p o r q u e aqu est m u c h o mal, que se
-va n u e s t r o n a t u r a l a n t e s a lo p e o r q u e a l o
Ans
me acaeci
mejor.
de
tenia
m u c h a , d e sta
no t o m a b a nada,
t o m t o d o el d a o de u n a p a r i e n t a q u e t r a t a b a m u c h o
en c a s a . E r a de t a n l i v i a n o s t r a t o s q u e m i m a d r e l a
haba mucho procurado desviar que tratase en
casa
( p a r e c e a d e v i n a b a el m a l q u e p o r ella m e h a b a
de
vanidades
naturalmente
las
aborreca,
sino
a p a s a t i e m p o s d e b u e n a c o n v e r s a c i n ; m a s p u e s t a en
l a o c a s i n e s t a b a en la m a n o el p e l i g r o , y p o n a
en
l a mi p a d r e y h e r m a n o s . D e los c u a l e s m e l i b r D i o s
d e m a n e r a q u e se p a r e c e bien p r o c u r a b a c o n t r a m i
voluntad
no me perdiese; aunque
no
en c o s t u m b r e s c o m o y o ; y
82
esto
TERESA
con
tan
gran
DE
JESS
disimulacin,
que
sola
yo
algn
d e u d o lo s u p o ; p o r q u e a g u a r d a r o n a c o y u n t u r a
no
pareciese
novedad,
porque
haberse
mi
que
herma-
n a c a s a d o y q u e d a r s o l a sin m a d r e , no e r a b i e n . . .
Los
primeros
sospecha
que
ocho
tuve
das
se
sent
haba
mucho, y ms
entendido
la
la
vanidad
no
cuando
le
brevedad.
y
dejaba
de
ofenda,
Traa
aun creo
en
casa
un
tener
desasosiego
menos, estaba
de mi
porque en
padre.
das
contenta
estaban
que
conmigo,
buenas monjas,
de
gracia,
enemigusima de
y
Seor
con
ocho
era
casa,
el
Dios
dar
daba
en
ms
lo
de
en
querida.
me
que
muy
Todas
temor
confesarme
c o n t e n t o en d o n d e q u i e r a q u e e s t u v i e s e , y a n s
muy
esto
gran
procuraba
ser m o n j a , holgbame
que lo eran
gran
de v e r
m u c h o las
honestidad
ya
tan
de
aquella
acata-
religin
miento
Dorma
una
monja
con
las
que
estbamos
g l a r e s , q u e p o r m e d i o s u y o p a r e c e q u i s o el
comenzar a
darme
de
esta
monja,
se-
Seor
dir.
de la buena
santa
holgbame
de
orla
c u a n d o b i e n h a b l a b a d e D i o s , p o r q u e e r a muy* d i s creta y
ba
santa.
Comenzme
el E v a n g e l i o : Muchos
escogidos.
Decame
a contar cmo
por
son
los
llamados
hadice
y pocos
el p r e m i o q u e d a b a el
83
ella
solo l e e r l o q u e
Seor
los
a
^r 1STICOS
ESPAOLES
a desterrar
buena
las c o s t u m b r e s q u e h a b a h e -
c h o la m a l a y a t o r n a r a p o n e r en m i
deseo de las cosas eternas
pensamiento
y a q u i t a r a l g o la
gran
e n e m i s t a d q u e t e n a c o n s e r m o n j a , q u e se m e h a ba puesto
grandsima.
si
va
alguna
tener
l-
g r i m a s c u a n d o rezaba u otras virtudes, habala m u c h a envidia, porque e r a tan recio mi corazn en este
caso, que
lgrima:
si
leyera
esto
me
Estuve
ao
toda la
medio
mejorada.
Comenc
cales
y a
procurar con
Dios
que
me
servir:
mas
ste no
fu
diese
todava
rezar
el
no llorara
una
pena.
en e s t e
monesterio,
muchas
todas
me
deseaba
no
harto
oraciones
vo-
encomendasen
estado en
que
le
fuese
haba
monja,
aqu,
ya
tena
tam-
ms
amistad
de
ser
que
monja,
a u n q u e n o en a q u e l l a c a s a , p o r l a s c o s a s m s
tuosas
que
despus
can e x t r e m o s
ms
das
mozas
fueran
Tambin
demasiados.
que
me
tenan,
que
en
una
grande
esto; que
amiga
para
el g u s t o d e mi s e n s u a l i d a d
parede
las
si
to-
aprovechara.
en
no
otro
ser
si lo h u b i e r e de s e r , s i n o a d o n d e e l l a e s t a b a .
ba ms
vir-
me
haba algunas
avudaban
de un p a r e c e r , m u c h o m e
tena y o
nesterio. y
entend
a
de
que
b i n t e m a el c a s a r m e . A
estuve
Pasin
causaba
mo-
monja,
Mira-
y vanidad,
que
l o bien q u e m e e s t a b a a m i a l m a . E s t o s b u e n o s p e n samientos
de
ser monja
me
84
venian
algunas
veces,
n"
"
r^JLggLUL'
T E KE S A
luego
se
quitaban,
DE
y
no
J ESO
poda
persuadirme
serlo.
En
este
tiempo,
d a d a de m i
de
disponerme
jor.
aunque
yo
remedio, andaba
Dime
para
una
el e s t a d o
gran
no
que
en
casa
de
descuiel
Seor
me estaba
enfermedad,
t o r n a r en c a s a d e m i p a d r e . E n
vronme
andaba
ms ganoso
que
me-
hube
de
estando b u e n a lle-
hermana,
que
resida
en
u n a l d e a , p a r a v e r l a , q u e e r a e x t r e m o el a m o r
que
m e t e n a , y , a su q u e r e r , n o s a l i e r a y o d e c o n e l l a ;
y
su
marido
tambin
mostrbame
ms
al
todo
me amaba
regalo,
Seor, que
en
que
todas
m u c h o , al
aun
en
en
el
camino
un
debo
partes siempre
menos
esto
hermano
le
de mi
padre,
el
Seor
dispuniendo para
quien
s, que
me
estuviese
buenos
libros
con
unos
das.
de romance, y
su
Su
ejercicio
era
Hacame
le l e y e s e , y a u n q u e n o e r a a m i g a d e
que
otros
ciese
he
pesar;
tenido
extremo,
tanto,
en m ha sido gran
muy
sin
trminos
discrecin.
me
que
en
e s t o de
aunque
otras
dar
a
me
virtud
falta, p o r q u e iba m u c h a s
Oh.
andaba!
Su
83
vlame
Dios,
Majestad
ellos
contento
fuera
lo
mundo.
mostraba
en
fraiQuiso
hablar
m s o r d i n a r i o d e D i o s y de l a v a n i d a d del
s. p o r q u e
he
soy.
por
hiv
veces
qu
dispuniendo
V/yr;C05
p a r a el e s t a d o e n q u e
sin q u e r e r
yo, me
S e a bendito
Aunque
fuerza
que
se q u i s o
forz
por
servir
a que
siempre!
fueron
Dios, ans
ESPAOLES
me
de m ,
hiciese
que,
fuerza.
Amn.
l o s d a s q u e e s t u v e p o c o s , con l a
hacan
en
mi
corazn
las
palabras
de
v i n e a ir entendiendo la v e r d a d
que no era
todo nada, y
de cuando nia, de
la v a n i d a d del m u n d o ,
c o m o a c a b a b a e n b r e v e , y a t e m e r , si m e h u b i e r a m u e r to, cmo
me
i b a a el
baba mi voluntad
el m i j o r
ms
infierno;
y aunque
no
aca-
de encunarse a ser m o n j a , vi
siguro
estado, y
ans poco a
era
poco
dado
desmayos,
con unas
que
siempre tena
D i m e la vida haber
libros.
me
Lea
de
bien
unos
poca
quedado y a a m i g a de
en l a s e p s t o l a s
animaban,
calenturas
suerte
de
San
que me
gransalud.
buenos
Jernimo,
determin
que
de-
c i r l o a m i p a d r e , q u e c a s i e r a c o m o a t o m a r el h bito,
porque
tornara
era
tan
honrosa,
que
me
parece
no
di-
por
ninguna
Era
tanto lo que m e q u e r a , q u e
de
personas
que
manera,
habindolo
atrs
a c a b a r c o n l . ni
procur
le
hablasen.
q u e m s se p u d o a c a b a r c o n l f u q u e
sus
mi y a mi
flaqueza
ahora
Lo
despus
de
y a me tema
en
bastaron
dir.
86
va,
En
estos
ciones
(lias
h a b a
se m e t i e s e
DE
S.4
que
JE S S
andaba
persuadido a
con
un
estas
hermano
determina
m o
f r a i l e , d i c i n d o l e l a v a n i d a d del
y concertamos
entrambos
do i r n o s
que
mundo,
un d a m u y
de
m a a n a al m o n e s t c r i o a d o n d e e s t a b a a q u e l l a m i a m i
g a , q u e e r a al q u e
que ya
y o t e n a m u c h a
en e s t a p o s t r e r a
ba de
suerte, que
a cualquiera
ms
Dios
padre
mi
aficin,
determinacin
puesto
ya yo
esta
que pensara
quisiera,
fuera;
m i r a b a y o al r e m e d i o d e mi a l m a ;
servir
que
que del
ms
descan
s o n i n g n c a s o h a c a d e l. A c u r d a s e m e a t o d o mi
parecer, y con verdad, que cuando
mi
padre
me
no
muera,
apartaba
creo
ser
porque
por
me
sal
de c a s a
de
m s el s e n t i m i e n t o
cuando
parece
se
cada
hueso
me
s , q u e c o m o n o h a b a a m o r d e
Dios
q u e q u i t a s e el a m o r del p a d r e y p a r i e n t e s , e r a
todo
hacindome
una
or
ayudara,
no me
fuerza
tan
no
n e s p a r a i r a d e l a n t e . A q u
tomando
mis
si el
d i o el
favorece
se h a c e n
cmo
za p a r a
servirle,
a los
que
Seor
fuer
mi
voluntad. A la h o r a me d' un
tan
g r a n c o n t e n t o de t e n e r a q u e l e s t a d o q u e n u n c a
ja
ms
me
falt
hasta
nadi'p 110 e n t e n d a
de
s i n o g r a n d s i m a
la c u a l
m ,
obra.
el h b i t o , l u e g o m e
entender
Se
consideracio
m e dio n i m o c o n t r a
grande, que
bastaran
hov,
mud
Dios
d a d q u e t e n a
mi a l m a en g r a n d s i m a
banme
deleite
todas
verdad
que andaba
las cosas de la
algunas veces
87
la
seque
ternura.
Religin, y
barriendo en
D
es
ho
MSTICOS
ras que
yo
sola
ESPAOLES
ocupar
en
mi
regalo
gala,
grave
me
h i z o d a o a l a s a l u d ; q u e a u n q u e el c o n t e n t o
La
mudanza
de
era
mucho no
des-
bast.
la
vida, y
de
Comenzronme
los
a
crecer
los
grandsimo
q u e p o n a e s p a n t o a q u i e n le v a , y o t r o s
muchos
harto
c o m o e r a el m a l t a n g r a v e , q u e
en
casi
del
todo quedaba
que
sin
l, e r a
grande
la
diligencia
t r a a m i p a d r e p a r a b u s c a r r e m e d i o , y c o m o n o le
dieron los mdicos de aqu, p r o c u r llevarme a un
lugar
all
adonde
otras
haba
mucha
enfermedades,
fama
ans
que
se
dijeron
sanaban
haran
la
era antigua. E n
la casa q u e
era
m o n j a n o se p r o m e t a c l a u s u r a . E s t u v e casi u n a o
p o r a l l , y l o s t r e s m e s e s d e l p a d e c i e n d o t a n g r a n dsimo tormento en
tan
r e c i a s , q u e y o no s c m o l a s p u d e s u f r i r , y , e n
fin,
a u n q u e l a s s u f r n o las p u d o s u f r i r m i s u j e t o , c o m o
dir. H a b a
del
de comenzarse la c u r a
verano, y
yo
fui
en el
principio
en el p r i n c i p i o del
invierno.
88
TERESA
DE
JESS
T o d o e s t e t i e m p o e s t u v e en c a s a d e l a h e r m a n a
que
h e d i c h o , q u e e s t a b a en el a l d e a , e s p e r a n d o el
mes
no andar yendo
viniendo.
C u a n d o i b a m e dio
que
e s t a b a en el c a m i n o , u n l i b r o ; l l m a s e
Abecedario,
oracin de
reco-
ledo
hecho,
no
fuerzas.
como
gus-
aquel
maestro,
libro
digo
aunque le busqu, en
por
maestro.
confesor,
yo
no
entendiese,
de
esto
mu-
veces
atrs;
y aun
aos
Porque
me
veinte
que
para
del
despus
todo
perderme,
a salir de las
ocasiones
en
estas
grandes
acabando
fuera
imposible,
de c o m u l g a r ,
89
sequedades,
En
todos
jams
por
s t o s , si
osaba
este
no
no
comenzar
MSTICOS
a
tener
alma
gente
oracin
estar
sin
fuera
ESPAOLES
sin u n
pelear.
Con
los
golpes
d a b a consolada.
libro, que
tanto
l e n o r a c i n , c o m o
de
este
remedio,
escudo en
los
muchos
mi
mucha
que
era
P o r q u e la sequedad
tema
si c o n
an-
no era lo
cuando me
faltaba
or-
libro,
por
c o n e s t o los c o m e n z a b a a r e c o g e r ,
halago
llevaba
el
alma.
muchas
y
ve-
c e s en h a b i e n d o el l i b r o n o e r a m e n e s t e r m s . O t r a s
l e a p o c o , o t r a s m u c h o , c o n f o r m e a l a m e r c e d q u e el
S e o r m e h a c a . P a r e c a m e a m en e s t e p r i n c i p i o q u e
digo que finiendo y o libros y como tener
soledad,
***
E s t a n d o u n d a e n o r a c i n q u i s o el S e o r m o s t r a r me
hermosura
q u e n o lo p o d r a y o e n c a r e c e r . H i z o m e g r a n
temor,
p o r q u e c u a l q u i e r n o v e d a d m e le h a c e g r a n d e e n los
principios de cualquiera merced sobrenatural
q u e el
hacer
m e r c e d d e q u e y o le v i e s e d e l t o d o , h a s t a
despus
q u e he e n t e n d i d o q u e m e i b a S u M a j e s t a d
llevando
conforme
mi
flaqueza
natural.
90
Sea
bendito
por
iXLgS'"
TERESA
*'D-
DE
JESS
ruin
s u j e t o n o la p u d i e r a s u f r i r , y c o m o q u i e n e s t o s a b a ,
i b a el p i a d o s o S e o r
dispuniendo.
menester
tan
h e r m o s o . S o n l o t a n t o los c u e r p o s g l o r i f i c a d o s , q u e l a
gloria que traen consigo v e r cosa tan
sobrenatural
que-
resucitado, con
tanta
sacratsima como
hermosura
se
majestad
h a c a s e m e h a r t o de m a l ,
p o r q u e n o se p u e d e d e c i r q u e n o s e a d e s h a c e r s e ; m a s
l o m e j o r q u e supe y a lo d i j e , y ans no h a y
para
hermosura
grandsima
glorificados,
es
gloria en especial v e r la H u m a n i d a d
d e los c u e r p o s
de
J e s u c r i s t o S e o r N u e s t r o , a u n a c , que se m u e s t r a
S u M a j e s t a d c o n f o r m e a lo q u e p u e d e s u f r i r
nuestra
m i s e r i a , q u s e r a d o n d e d e l t o d o se g o z a tal b i e n ?
E s t a v i s i n , a u n q u e es i m a g i n a r i a , n u n c a l a v i
con
MSTICOS
ESPAOLES
r a s u a v e , y el r e s p l a n d o r i n f u s o , q u e da deleite g r a n d s i m o a l a v i s t a y n o l a c a n s a , ni l a c l a r i d a d q u e
se v e p a r a v e r esta h e r m o s u r a tan divina. E s
una
compa-
Es
con
encima de la tierra.
No
p o r q u e s e r e p r e s e n t a s o l , ni l a l u z es c o m o l a
del
s o l ; parece, en fin, luz natural, y estotra cosa artificial. E s luz q u e n o tiene noche, sino q u e , c o m o siemp r e es l u z , n o l a t u r b a n a d a . E n f i n , es d e s u e r t e q u e ,
p o r g r a n e n t e n d i m i e n t o q u e u n a p e r s o n a t u v i e s e , en
todos los das de su v i d a p o d r a i m a g i n a r c m o es.
Y
pnela
biera
lugar para
abrir
los
ojos
si
fuera
hu-
menester
Seor
no
queramos
se v e
C a s i s i e m p r e s e m e r e p r e s e n t a b a el S e o r a n s r e s u c i t a d o , y en l a H o s t i a l o m e s m o , si n o e r a n a l g u nas veces para esforzarme
si e s t a b a en
tribulacin,
la
cruz
tambin
digo, necesidades
mas
algunas
y
de
veces,
otras
para,
personas;
Hartas afrentas y
como
mas
tra-
TERESA
DE
JESS
b a j o s h e p a s a d o en d e c i r l o y h a r t o s t e m o r e s y h a r t a s
p e r s e c u c i o n e s . T a n c i e r t o les p a r e c a q u e t e n a d e m o nios, que me queran conjurar algunas personas.
De
les
decan
algo.
Con
todo, j a m s
cuando
me
poda
por
t o d o s los b i e n e s y d e l e i t e s de el m u n d o s o l a u n a v e z
n o l o t r o c a r a . S i e m p r e l o t e n a p o r g r a n m e r c e d de
el
el
El
d e todos estos t r a b a j o s ;
de
confe-
que siempre
me
g u a r d a r a y m e lo q u i t a r a . A
m m e era esto
cosa terrible
para
m, y
tampoco
era
poda,
c o m o h e dicho, desear se m e q u i t a s e ; m a s , en
93
me
gran
esto
fin.
MSTICOS
ESPAOLES
fu la
San
primera
v e z q u e m e a p a r e c i en s u d a , q u e ellos m e
guar-
Eran
muy
mis seores.
Dbame
este
dar
higas
grandsima pena
cuando
v a esta v i s i n d e l S e o r . P o r q u e c u a n d o y o le
va
p r e s e n t e , si m e h i c i e r a n p e d a z o s n o p u d i e r a y o c r e e r
que era demonio, y ans era un gnero de penitencia
grande p a r a m ; y por no andar tanto santigundom e t o m a b a u n a c r u z en l a m a n o . . .
U n a v e z , t i n i e n d o y o la c r u z e n l a m a n o , q u e l a
t r a a en u n r o s a r i o , m e l a t o m c o n l a s u y a , y c u a n d o me la t o r n a d a r era de c u a t r o piedras g r a n d e s ,
m u y m s p r e c i o s a s q u e d i a m a n t e s , sin c o m p a r a c i n ,
p o r q u e n o la h a y casi, a l o q u e se v e ,
sobrenatural
lo
Q u i s o el S e o r q u e v i e s e a q u a l g u n a s v e c e s e s t a
v i s i n : v a u n n g e l c a b e m , h a c i a el l a d o i z q u i e r d o ,
94
TERESA
DE
JESS
e n f o r m a c o r p o r a l , lo q u e n o s u e l o v e r s i n o p o r
ma-
n-
que
d i j e p r i m e r o . E s t a v i s i n q u i s o el S e o r le v i e s e a n s ;
n o e r a g r a n d e , s i n o p e q u e o , h e r m o s o m u c h o , el r o s t r o t a n e n c e n d i d o q u e p a r e c a d e los n g e l e s m u y s u bidos, que parecen todos se a b r a s a n . D e b e n ser
los
q u e l l a m a n q u e r u b i n e s , q u e los n o m b r e s n o m e l o s
d i c e n ; m a s bien v e o q u e en el cielo h a y tanta
dife-
entra-
me
d e j a b a t o d a a b r a s a d a en a m o r g r a n d e d e D i o s .
Era
t a n g r a n d e el d o l o r q u e m e h a c a d a r a q u e l l o s
que-
dolor q u e no h a y d e s e a r que se
este
quite,
ni s e c o n t e n t a el a l m a c o n m e n o s q u e D i o s . N o
es
d o l o r c o r p o r a l , s i n o e s p i r i t u a l , a u n q u e n o d e j a de p a r t i c i p a r el c u e r p o a l g o , y a u n h a r t o . E s
un
requiebro
t a n s u a v e , q u e p a s a e n t r e el a l m a y D i o s , q u e s u p l i c o
y o a su b o n d a d l o d a g u s t a r a q u i e n p e n s a r e
que
miento.
L o s das q u e duraba esto andaba c o m o e m b o b a d a ;
n o q u i s i e r a v e r ni h a b l a r , s i n o a b r a z a r m e c o n m i p e n a ,
que para m era mayor
en
MSTICOS
ESPAOLES
eil S e o r m e v i n i e s e n e s t o s a r r o b a m i e n t o s
tan g r a n -
des, que a u n estando entre g e n t e no los poda resistir, sino que, con harta pena m a , se comenzaron
publicar.
CASTILLO INTERIOR o
LAS MORADAS.
P o c a s cosas q u e me ha m a n d a d o la obediencia se
me
dificultosas
como escribir
ahora
los negocios
pena.
Mas,
entendiendo
obediencia
suele
allanar
cosas
que
flaqueza
forzosos
la
escribo
fuerza
que parecen
de
la
imposi-
b l e s , la v o l u n t a d se d e t e r m i n a a h a c e r l o m u y d e b u e n a
g a n a , a u n q u e el n a t u r a l p a r e c e q u e se a f l i g e
mucho;
p o r q u e n o m e h a d a d o el S e o r t a n t a v i r t u d q u e el
pelear con la e n f e r m e d a d contina y con
ocupaciones
d e m u c h a s m a n e r a s s e p u e d a h a c e r sin g r a n c o n t r a diccin
suya.
Hgalo
el q u e h a h e c h o
otras
cosas
m s d i f i c u l t o s a s p o r h a c e r m e m e r c e d , en c u y a m i s e ricordia confo.
B i e n creo he de saber decir poco m s que lo que
h e d i c h o en o t r a s c o s a s q u e m e h a n m a n d a d o e s c r i b i r ,
antes temo que han de ser casi todas las
mesmas;
p o r q u e a n s c o m o los p j a r o s q u e ensean a
hablar
no s a b e n m s d e l o q u e l e s m u e s t r a n u o y e n , y e s t o
96
TERESA
DE
JESS
r e p i t e n m u c h a s v e c e s , s o y y o al p i e d e la l e t r a . S i el
S e o r quisiera diga algo n u e v o , S u M a j e s t a d lo d a r
u ser servido traerme a la m e m o r i a lo que otras v e ces he dicho, que aun con esto me contentara, por
tenerla tan mala que m e holgara de atinar a algunas
c o s a s , q u e d e c a n e s t a b a n bien d i c h a s , p o r si se h u b i e r e n p e r d i d o . S i t a m p o c o m e d i e r e el S e o r
esto,
n o se s a q u e n i n g n
De la hermosura
provecho...
y dignidad
de nuestras
almas.
Seor
hablase
comenzar
cumplir
esta
obediencia,
se
ni
me
o f r e c i lo q u e a h o r a d i r , p a r a c o m e n z a r c o n a l g n
f u n d a m e n t o , q u e es c o n s i d e r a r n u e s t r a a l m a c o m o u n
castillo todo de un diamante y m u y claro cristal, a d o n d e h a y m u c h o s a p o s e n t o s , a n s c o m o en el cielo h a y
m u c h a s m o r a d a s . Q u e si b i e n l o c o n s i d e r a m o s , h e r m a n a s , n o es o t r a c o s a el a l m a del j u s t o , s i n o u n p a r a s o
a d o n d e dice E l tiene s u s deleites. P u e s q u tal os p a r e c e q u e s e r el a p o s e n t o a d o n d e u n R e y tan p o d e r o s o ,
t a n s a b i o , t a n l i m p i o , t a n lleno d e t o d o s los b i e n e s s e
d e l e i t a ? N o h a l l o y o c o s a c o n q u e c o m p a r a r la g r a n
h e r m o s u r a de un a l m a y la g r a n capacidad. Y , v e r d a deramente,
apenas
deben
llegar
nuestros
a
entendi-
comprehenderla,
MSTICOS
ans
como
no
ESPAOLES
pueden
llegar
considerar
Dios,
p u e s F,l m e s m o dice q u e n o s c r i a s u i m a g e n y s e m e j a n z a . P u e s si e s t o e s , c o m o l o e s , no h a y p a r a
qu
n o s c a n s a r en q u e r e r c o m p r e h e n d e r la h e r m o s u r a d e
e s t e c a s t i l l o , p o r q u e p u e s t o q u e h a y la d i f e r e n c i a
de
decir
imagen para
Su
Majestad
que apenas
dinidad y hermosura
que
podamos
del
es
hecha a
entender la
su
gran
nima.
N o es p e q u e a l s t i m a y c o n f u s i n q u e p o r n u e s t r a c u l p a n o e n t e n d a m o s a n o s o t r o s m e s m o s , ni s e pamos
quin
somos.
; No
sera
gran
inorancia, hi-
j a s m a s , q u e p r e g u n t a s e n a u n o q u i n es, y n o s e c o n o c i e s e , ni s u p i e s e q u i n fu s u p a d r e , ni s u m a d r e ,
ni d e q u t i e r r a ? P u e s si e s t o s e r a g r a n
sin
comparacin
cuando no
es mayor
procuramos
la q u e
bestialidad,
h a v en
saber qu cosa
nosotras
somos,
sino
q u e n o s d e t e n e m o s en e s t o s c u e r p o s , y a n s a b u l t o ,
porque lo hemos
sabemos
que
odo y porque
tenemos
alma.
n o s l o dice l a
Mas
qu
bienes
fe,
pue-
e s t d e n t r o en e s t a
a l m a , u el g r a n v a l o r d e e l l a , p o c a s v e c e s lo c o n s i d e poco
procurar
con
t o d o c u i d a d o c o n s e r v a r su h e r m o s u r a .
ramos:
ans
se tiene
en
tan
T o d o se
nos
v a en la g r o s e r a del e n g a s t e u c e r c a d e e s t e c a s t i l l o ,
q u e son e s t o s c u e r p o s .
P u e s consideremos que este castillo tiene, c o m o he
dicho, muchas
alto, otras
en
b a j o , o t r a s a los l a d o s , y e n el c e n t r o y m i t a d
moradas,
unas
de
98
en
lo
OfX
lJLU>
***5Z$.*JU
TERESA
DE
JESS
t o d a s s t a s tiene la m s p r i n c i p a l , q u e es a d o n d e p a s a n l a s c o s a s d e m u c h o s e c r e t o e n t r e D i o s y el a l m a .
Els
menester
que
cin. Q u i z ser
vais
Dios
advertidas
esta
compara-
s e r v i d o p u e d a p o r ella
daros
servido
ser
muchas;
imposible
cunto
ms
entenderlas
nadie,
quien es tan
ruin
sign
son
como
yo!
P o r q u e o s s e r g r a n c o n s u e l o , c u a n d o el S e o r o s l a s
hiciere, s a b e r que es posible y a quien no p a r a a l a b a r
su g r a n bondad. Q u e
ans como
los
bienaventurados,
no nos hace
dao
e n el c i e l o , y l o
antes
nos
que
alegramos
comunicar-
se u n t a n g r a n D i o s c o n u n o s g u s a n o s t a n l l e n o s d e
mal olor, y a m a r una bondad tan b u e n a , y u n a
sericordia tan sin
mi-
tasa...
decir
dentro.
M a s h a b i s de e n t e n d e r q u e v a m u c h o d e e s t a r a e s t a r ; q u e h a y m u c h a s a l m a s q u e se e s t n en la r o n d a
del c a s t i l l o , q u e e s a d o n d e e s t n l o s q u e le
guardan,
y q u e n o s e l e s d a n a d a de e n t r a r d e n t r o , ni
99
saben
MSTICOS
ESPAOLES
q u h a y e n a q u e l t a n p r e c i o s o l u g a r , ni q u i n
est
d e n t r o , ni a u n q u p i e z a s t i e n e . Y a h a b r i s o d o en
algunos libros
de oracin aconsejar
a el alma
que
hecha
c o m o ellas, y con ser de natural tan rica y p o d e r tener su conversacin no menos que con D i o s , n o hay
remedio. Y
si e s t a * a l m a s n o p r o c u r a n e n t e n d e r y r e -
mediar su g r a n
miseria, quedarse
han hechas
esta-
consideracin;
P o r q u e la que n o
ad-
v i e r t e c o n q u i n h a b l a , y l o q u e p i d e , y q u i n es q u i e n
pide y a quin pide, no la llamo y o oracin, a u n q u e
m u c h o menee los labios.
too
TERESA
DE
JESS
de la primera
en
casa de los
Descalzos
Duruelo.
. . . P r i m e r o y s e g u n d o d o m i n g o de A v i e n t o de este
a o de MDLXVIII
(que n o m e a c u e r d o cul de
tos d o m i n g o s fu) se d i j o la p r i m e r a m i s a en
es-
aquel
La
de
To-
l e d o , m e v i n e p o r a l l . L l e g u u n a m a a n a ; e s t a b a el
padre fray Antonio de J e s s barriendo la puerta
de
la
ilesia,
con
siempre. Y o
un
le
rostro
dije:
de
alegra
"Qu
es
que
esto,
tiene
mi
padre?
el g r a n
contento
que
tena:
"Yo
mal-
d i g o el t i e m p o q u e l a t u v e . " C o m o e n t r en l a Hesita,
qudeme
espantada
de
S e o r h a b a p u e s t o all. Y
ver
el
espritu
que
n o e r a y o sola, q u e
el
dos
m e r c a d e r e s q u e h a b a n v e n i d o d e M e d i n a h a s t a all
conmigo, que eran mis amigos, n o hacan otra cosa
sino
llorar.
Tena
tantas
cruces!,
tantas
calave-
ras!.
Nunca
que
tena
se
me
para
pegada
una
pareca
pona
olvida
el
agua
imagen
ms
de
una
cruz
bendita,
papel
devocin
IOI
pequea
que
con
que
tena
un
si
de
palo
en
ella
Cristo,
que
fuera
d e osa,_
MSTICOS
muy
bien l a b r a d a .
ESPAOLES
El
coro era
el d e s v n , q u e
por
de abajar
Tenan
dos ermitillas,
mucho
los
dos
adonde
para entrar
rincones,
no
podan
y para
hacia
estar
la
or
ilesia.
sino
echa-
d o s u s e n t a d o s , l l e n a s d e h e n o ( p o r q u e el l u g a r
era
muy
ca-
fro y
el t e j a d o
c a s i les
daba
sobre las
por cabeceras, y
Supe
que
despus
all
que
sus
cruces
acababan
calaveras.
Maitines
hasta
otro
fraile
mancebo,
tambin estaba
Iban
que
no era
ordenado,
tambin m e
sin n e n g u n a
dotrina,
que
consuelo
cuando
predicar legua
hizo
como
des-
despus
me
Iban*,
des-
se l a s m a n d a r o n
dos
leguas,
fro;
media,
supe.
no traan a l p a r g a t a s , que
pus
lo
me
dnde
t a n t o el c r d i t o q u e t e n a n q u e a
a
esto
por
por
d i j e r o n q u e ni h a b a c e r c a m o n e s t e r i o ni de
digo,
que
all.
all c o m a r c a n o s
era
estar,
enfermo,
poner, y con
haban
102
harta nieve
predicado y
confesado
TERESA
se tornaban
contento
DE
bien t a r d e
todo
se
les
JESS
a comer
haca
comarcanos
a su c a s a ; con
el
poco.
muy
bastante,
los provean
porque
ms de
q u e h a b a n m e n e s t e r , y v e n a n all a c o n f e s a r
lo
algu-
n o s c a b a l l e r o s q u e e s t a b a n en a q u e l l o s l u g a r e s , a d o n d e los
sitios.
Entre
ofrecan
ya
mejores
casas
Villas.
S e o r a , c i e r t o , b i e n d i n a de
poner
S u p a d r e la e n v i desde F l a n d e s
con
aos,
despus,
a la
h o r a de l a
muerte,
m a n d se l a l l e v a s e n . E s u n r e t a b l o g r a n d e , q u e y o
n o h e v i s t o en m i v i d a ( y o t r a s m u c h a s p e r s o n a s d i cen lo mesmo) cosa mejor.
El
padre
fray
Antonio
la p o d a n
tener
all, labrles
pare-
este c a b a l l e r o
un
m o n e s t e r i o c o n f o r m e a su p r o f e s i n , p e q u e o , y
dio
o r n a m e n t o s ; hzolo m u y
No
bien.
q u i e r o d e j a r de d e c i r c m o el S e o r los
dio
a g u a , q u e se t u v o p o r c o s a d e m i l a g l o . E s t a n d o
un
da
despus
era
prior,
en
de cenar
la
el
claustra
padre
con
103
fray
sus
Antonio,
frailes
que
hablando
MSTICOS
en
la
necesidad
prior y
tom
de
un
ESPAOLES
agua
bordn
que
tenan,
que traa
levantse
en l a s
el
manos,
y h i z o e n u n a p a r t e d e l l a s e a l d e l a c r u z , a l o
q u e m e p a r e c e , a u n q u e n o m e a c u e r d o b i e n si h i z o
c r u z , m a s , e n f i n , s e a l c o n el p a l o y d i j o :
ra cava aqu." A
ta
agua,
agotar;
obra
que
aun
y agua
han
"Aho-
limpiarle
de beber m u y
gastado
d e all
es d i f i c u l t o s o
nunca, como
harto; hasta
podido
la
digo,
de
se
procugastado
n a d a , n o la
han
hallar.
Fundacin
del monasterio
de San Jos,
de
Salamanca.
tenerla
darla
c u a n d o e s t u v i e s e all q u i e n h a b a d e e n t r a r e n
ella.
no
se e n t e n d i e s e
lo
expiriencia
q u e el d e m o n i o p o n e p o r e s t o r b a r u n o d e e s t o s m o nesterios. Y
a u n q u e en s t e n o le dio
Dios
p a r a p o n e r l o a los p r i n c i p i o s , p o r q u e q u i s o
104
licencia
que
se
TERESA
fundase,
despus
DE
han
JESS
sido
tantos
los
trabajos
c o n t r a d i c i o n e s q u e se h a n p a s a d o , q u e a u n n o
est
a c a b a d o del t o d o d e a l l a n a r , c o n h a b e r a l g u n o s a o s
q u e est fundado
creo
s e s i r v e D i o s e n l m u c h o , p u e s el d e m o n i o n o le
puede
sufrir.
casa,
c o n f i a d a d e l a m i s e r i c o r d i a d e D i o s , p o r q u e all n i n guna
persona
haba
que
me
pudiese
ayudar
con
por ir m s
esto, y
no llevar
las m o n j a s
commejor
hasta tomar la
pose-
de lo que m e
haba
en
m u c h o t r a b a j o ; p o r q u e si h u b i e s e e s t o r b o l e p a g a s e
y o s o l a el t r a b a j o , c o n n o m s d e l a q u e n o p o d a
excusar.
Llegamos
vspera
de
Todos
Santos,
ha-
b i e n d o a n d a d o h a r t o del c a m i n o l a n o c h e a n t e s , c o n
h a r t o fro, y d o r m i d o en un l u g a r , e s t a n d o y o bien
mala.
No
pongo
en e s t a s
fundaciones
los g r a n d e s
tra-
b a j o s d e los c a m i n o s , c o n f r o s , c o n s o l e s , c o n n i e v e s ,
q u e v e n a v e z n o c e s a r n o s e n t o d o el da d e n e v a r ,
otras
perder
calenturas;
el c a m i n o ,
otras
porque, gloria
con
Dios,
hartos
de
males
ordinario
y
es
Nuestro
MSTICOS
tos males y
ESPAOLES
mucho,
p o r q u e m e p a r e c a q u e a u n p a r a e s t a r e n l a c e l d a sin
acostarme
no estaba, y
tornarme a Nuestro
Seor,
cmo
q u e r a h i c i e s e l o q u e n o p o d a , y d e s p u s , a u n q u e con
t r a b a j o , S u M a j e s t a d d a b a f u e r z a s , y c o n el h e r v o r
q u e m e p o n a y el c u i d a d o p a r e c e q u e m e
olvidaba
de m.
P u e s v s p e r a s de T o d o s
S a n t o s , el a o q u e q u e -
Sa-
tu-
Ma-
j e s t a d con s u b u e n a v i d a u n a p a z y c o n t e n t o e n los
trabajos grande, que haba tenido muchos, y vstose
en g r a n prosperidad, y haba quedado m u y pobre, y
llevbalo
con tanta
alegra
como
la
riqueza.
Este
desembarazada,
que no haba
podido
no
acabar
c o n los e s t u d i a n t e s q u e s a l i e s e n d e e l l a . Y o le
dije
como
fund
106
sin p o n e r el
Santsi-
TERESA
DE
JESS
m o S a c r a m e n t o , p o r q u e y o no pensaba era t o m a r
la
p o s e s i n si n o se p o n a ; y h a b a y a s a b i d o q u e n o
importaba, que
fu
segn
casa
q u e n o se t r a b a j p o c o a q u e l l a n o c h e . O t r o d a p o r l a
m a a n a se d i j o la p r i m e r a misa, y procur que fuesen
p o r u n a s m o n j a s q u e h a b a n d e v e n i r d e M e d i n a del
C a m p o . Q u e d a m o s l a n o c h e de T o d o s S a n t o s m i c o m p a e r a y y o solas. Y o os d i g o , h e r m a n a s , que c u a n d o se m e a c u e r d a el m i e d o d e m i c o m p a e r a , q u e e r a
M a r a del S a c r a m e n t o , u n a m o n j a d e m s e d a d q u e
y o , y harto sierva de D i o s , que m e da g a n a de rer.
L a c a s a e r a m u y g r a n d e y d e s b a r a t a d a y con m u chos desvanes, y mi compaera no haba
del
pensamiento
los
estudiantes,
quitrsele
parecindole
que
pensamos
MSTICOS
ESPAOLES
C o m o m i c o m p a e r a se v i o e n c e r r a d a en
aquella
para
que
tengo poco m e sola bastar. Y o la dije que " q u miraba, que c o m o all n o p o d a e n t r a r n a d i e " .
Djome:
" M a d r e , e s t o y p e n s a n d o , si a h o r a m e m u r i e s e y o a q u
q u h a r a d e s v o s s o l a ? " A q u e l l o , si f u e r a , m e p a r e ca recia c o s a ; hzome p e n s a r u n poco en ello, y aun
haber m i e d o ; porque siempre los cuerpos
muertos,
a u n q u e y o n o le h e , m e e n f l a q u e c e n el c o r a z n , a u n q u e
n o est s o l a . Y
Animas,
b u e n p r i n c i p i o l l e v a b a el d e m o n i o p a r a h a c e r n o s p e r d e r el p e n s a m i e n t o c o n n i e r a s : c u a n d o e n t i e n d e q u e
d e l n o s e h a m i e d o , b u s c a o t r o s r o d e o s . Y o l a d i j e :
" H e r m a n a , de que eso sea, p e n s a r lo q u e he de h a cer; ahora djeme dormir."
C o m o habamos
tenido
d o s n o c h e s m a l a s , p r e s t o q u i t e l s u e o los m i e d o s .
O t r o da vinieron m s m o n j a s , con que se n o s quitaron.
108
'V B 3 "
TERESA
DE
JESS
EPISTOLARIO.
'A don
Francisco
a fines
de Salcedo,
de septiembre
en
Avila.Valladolid,
de
1568.
que
no piense es t i e m p o p e r d i d o e s c r i b i r m e , que
diga
h a de h a c e r a c h a r t a f a l t a , p o r q u e es c u e r d o y p r o pio para
nuestro modo, y
ans c r e o le h a
llamado
N u e s t r o S e o r p a r a esto. N o h a y fraile q u e no d i g a
bien de l, p o r q u e h a sido su v i d a de g r a n penitencia,
a u n q u e h a p o c o t i e m p o . M a s p a r e c e l e tiene el S e o r
1 Se refiere a fray Juan de la Cruz, bajo de estatura;
a la cual aludi Teresa de Jess donosamente en la frase:
" y a tengo fraile y medio para comenzar la Reforma".
109
MSTICOS
ESPAOLES
algunas
ocasiones en negocios, y y o , que soy la m e s m a ocas i n , q u e m e h e e n o j a d o c o n l a r a t o s , j a m s le h e mos visto una imperfeccin. A n i m o lleva; mas como
es s o l o , h a m e n e s t e r l o q u e N u e s t r o S e o r le d a . . . l o
tome tan a pechos. E l dir a vuestra merced
a c nos
cmo
va.
N o m e p a r e c i p o c o el e n c a r e c i m i e n t o d e l o s seis
ducados; mas harto ms
pudiera
yo alargarme
en
d a r , p o r v e r a v u e s t r a m e r c e d . V e r d a d es q u e m e r e ce m s
la
t o y s es l m o z o p a r a t r a e r m a n z a n a s , a l g o
ms
es d e a p r e c i a r . L a
aqu
Antonia
caballero
al
mi
M e n c a beso las m a n o s de su m e r c e d ,
y a la seora
Plega
pues
Ospedal.
Seor
vaya
desposado.
adelante la mijora de
No
est
vuestra
merced
ese
tan
tiene c o n
vuestra
merced
podr
mucho.
Ac
ta
TERESA
DE
JESS
a y u d a r e m o s c o n n u e s t r o c o r n a d i l l o . H g a l o el S e o r ,
c o m o puede. Cierto que tengo por m s incurable l a
enermedad
mediar
doa
el
de
la
Seor.
Mara
desposada.
A
de A v i l a
Todo
Maridaz,
lo
la
puede
siguro
q u e n o la
re-
Flamenca,
olvido),
escrisuplico
Majestad
me
torne
de Jess,
T o r n o a p e d i r en l i m o s n a
hable
a este
padre y
Carmelita.
a vuestra merced
a c o n s e j e lo q u e le
me
pareciere
p a r a s u m o d o d e v i v i r . M u c h o m e h a a n i m a d o el esp r i t u q u e el
S e o r le h a d a d o , y l a v i r t u d ,
entre
princi-
A.
S. M.
Felipe
II,
en Madrid.Avila,
tiembre
La
gracia
vuestra
del
Majestad.
de
Espritu
Amn.
ni
t8 de
sep-
siempre
con
1577.
Santo
mi
sea
noticia ha
venido
MSTICOS
un
memorial
que
ESPAOLES
han
dado
Vuestra
Majestad
c o n t r a el p a d r e m a e s t r o G r a c i n , q u e m e e s p a n t o d e
los ardides del d e m o n i o y de los p a d r e s
porque
n o se c o n t e n t a n c o n i n f a m a r
Calzados;
a este
siervo
en los
m o n e s t e r i o s q u e v i s i t a q u e los d e j a c o n n u e v o e s p r i t u ) , sino
que procuran
ahora
dislustrar
estos
Nuestro
p a r a esto
Descalzos,
se han
valido
de dos
mo-
Seor.
que
Y
el
d a bien a
entender
q u e m u c h a s v e c e s le f a l t a el j u i c i o ; y d e s t e
Descal-
z o y o t r o s a p a s i o n a d o s c o n el p a d r e m a e s t r o
Gra-
c i n ( p o r q u e h a d e s e r el q u e l o s c a s t i g u e ) , se h a n
q u e r i d o v a l e r los
frailes
del p a o , hacindoles
fir-
m a r d e s a t i n o s ; q u e si n o t e m i e s e el d a o q u e p u e d e
h a c e r el d e m o n i o , m e d a r a r e c r e a c i n l o q u e
dice
amor
de D i o s
suplico
Vuestra
Majestad
n o c o n s i e n t a q u e a n d e n en t r i b u n a l e s t e s t i m o n i o s t a n
i n f a m e s , p o r q u e es d e tal s u e r t e el m u n d o q u e p u e de q u e d a r
alguna
s o s p e c h a en a l g u n o ( a u n q u e
ms
se p r u e b e l o c o n t r a r i o ) si d i m o s a l g u n a o c a s i n , y n o
ayuda a la reforma
poner m c u l a en lo que
est,
TERESA
que mand
terios,
por
DE
h a c e r el p a d r e G r a c i n
ciertos
respetos
JESS
de
destos
personas
mones-
graves
p u e s d e los q u e h a n e s c r i t o los m e m o r i a l e s
tratan.
se
d e lo q u e les m u e v e ,
Seor Vuestra
por
M a j e s t a d lo
mire
si
l o s del P a o v e n q u e se h a c e c a s o de s u s t e s t i m o n i o s , p o r q u i t a r l a v i s i t a le l e v a n t a r n a q u i e n
h a c e q u e es h e r e j e , y a d o n d e n o h a y m u c h o
de D i o s ser fcil
Yo
he
lstima
la
temor
probarlo.
de
lo
que
este
siervo
de
Dios
todo;
o le m a n d e
q u i t a r de la
Majestad
ocasin
p e l i g r o s , p u e s es h i j o d e c r i a d o s d e V u e s t r a
le
destos
Majes-
t a d , y l p o r s n o p i e r d e . Q u e , v e r d a d e r a m e n t e ,
me
ha
su
parecido
un
hombre
enviado
de D i o s y
de
b e n d i t a M a d r e , c u y a d e v o c i n , q u e tiene g r a n d e , le
t r a j o a la O r d e n p a r a a y u d a m a ; porque h a
ms
d e diecisiete a o s q u e p a d e c a a s o l a s c o n e s t o s p a d r e s del P a o , y y a n o s a b a c m o l o s u f r i r , q u e n o
bastaban
mfs
fuerzas
Suplico a Vuestra
me
flacas.
Majestad
me perdone
h e a l a r g a d o , q u e el g r a n d e a m o r
lo
que
que tengo
Vuestra
Majestad.
MSTICOS
Plega a E l
ESPAOLES
esta
O r d e n se hacen de Descalzos y D e s c a l z a s p a r a
que
otro a m p a r o tenemos en la
tierra.
F e c h a en S a n J o s , de A v i l a , a x v m
de septiem-
b r e de MDLXX y VII.
Indina
sierva y
sdita de V u e s t r a
Teresa
Majestad,
de Jess,
Carmelita.
S o s p e c h o q u e m i e n t r a s el T o s t a d o e s t c o m o a h o r a n o a p r o v e c h a r n en l a v i s i t a , s i n o q u e s e r
cho d a o , en especial c o m o se h a
predicador,
que
antes
suplico a V u e s t r a
fu
llegado
Calzado,
de
a l
cuya
M a j e s t a d m a n d e ser
muese
vida
informado;
y , si f u e r e m e n e s t e r , t o d a s l a s m o n j a s D e s c a l z a s j u r a r e m o s q u e n u n c a le o m o s p a l a b r a , ni se h a v i s t o
en
l c o s a
que
no
sea
para
edificarnos;
en
no
entrar,
la Madre
Mara
Toledo,
ig
de San
de
Jos,
noviembre
priora
de
de
1576.
Sevilla.
S e a c o n v u e s t r a r e v e r e n c i a el E s p r i t u S a n t o , h i j a
ma. L a
re-
c i b . Y o le d i g o q u e n u n c a m e c a n s a n , s i n o q u e m e
descansan
de
otros
cansancios.
114
Cayme
harto
en
TERESA
DE
JESS
no
M a r i a n o , si n o t r a j e r a a q u e l l a t n . D i o s
li-
le a c a e z c a n i l o c o n s i e n t a . H a r t o m s
quiero
q u e p r e s u m a n d e p a r e c e r s i m p l e s , q u e es m u y
santas, q u e
no tan retricas. E s o g a n a en
de
enviar-
m e s u s c a r t a s a b i e r t a s . M a s y a , c o m o se h a c o n f e sado
con
nuestro
padre,
ms
mortificada
estar.
de veinte par-
Dios
este m i
confesor,
que
me
con-
t e n t a r m e . O h q u b i e n h a h e c h o en n o l l a m a r a el
que ah me atormentaba, para que en ninguna cosa tuv i e s e c o n t e n t o en e s e l u g a r ! Q u e l
nuestro padre y a v e con cuntas zozobras e r a ; y vuest r a r e v e r e n c i a q u e m e l e d i e r a , si ella q u i s i e r e , p o r q u e m e c a y en g r a c i a , n o q u e r a . Y o m e h u e l g o e n tienda ahora mi voluntad. P u e s la otra de
Caravaca
D i o s l a p e r d o n e , q u e t a m b i n le d a a h o r a p e n a . E s a
f u e r z a tiene l a v e r d a d .
E s t e da me envi un hbito de una j e r g a , l a m s
a mi propsito que he trado, que es m u y liviana y
g r o s e r a . H a r t o se lo a g r a d e c , q u e e s t a b a el o t r o m u y
" 5
MSTICOS
ESPAOLES
r o t o p a r a el f r o , y p a r a c a m i s a s y t o d o l o h a n h e c h o
ellas, aunque ac no hay camisas, ni por pienso, en
todo el verano, y mucho ayuno. Y a m e v o y
haciendo
e n v i a d e c i r a m i h e r m a n o c m o t i e n e el d i -
nero.
C o n el r e c u e r o d e A v i l a e n v i a r l p o r
ello.
Tenga
c u i d a d o d e a c o r d a r s e q u e se h a g a l a diligencia q u e l
dice con el d u q u e , porque con tantos negocios y
tan
s o l o n o s a d o n d e l e h a n d e b a s t a r f u e r z a s , si n o s e
las da Dios por milagro. N o me ha pasado, creo, por
pensamiento decir que no coma all (porque v e o que
es grande la necesidad), sino que c u a n d o no fuere a
e s o n o v a y a m u c h a s v e c e s , p o r q u e n o se m i r e y
se
q u i t e t o d o ; a n t e s m e h a c e n t a n t a c a r i d a d e n el c u i dado
que
tienen
de
regalar
su
paternidad,
que
carta.
envenme
Antonio
un
recaudo
grande al padre
amifray
Dios
tam-
encomiende.
madre priora de M a l a g n
suele;
pues
algo estoy
a n est m s
consolada,
l l a g a no es en los p u l m o n e s , y
mala
que dice
que no est
la
htica,
y A n a de l a M a d r e d e D i o s , la m o n j a d e a q u , dice
116
ij-'
"
TERESA
r?'-
DE
JESS
no
dado
D i o s , y c o n los m a l e s g r a n n e c e s i d a d , q u e ni t i e n e n
t r i g o , ni d i n e r o s , s i n o el m u n d o d e d e u d a s . L o s c u a trocientos ducados que las deban e n S a l a m a n c a ,
muchos
he
enviado por
los g a s t o s
parte
que all
de ellos.
Han
han tenido, y
de
prioras
pobre
s i d o la que ha a n d a d o buena, y
tiene c a r g o d e
c a s a , que se la e n c o m e n d l a m a d r e p r i o r a , a
de hombres
buenos, c o m o dicen. H a r t o m e
la
falta
huelgo
perdern,
me
la da que c o m a en el C a r m e n . P o r a m o r d e D i o s le
a v i s e n s i e m p r e y s e v a r a a los R e m e d i o s en a c a b a n d o
a h , q u e p a r e c e es t e n t a r a D i o s . S u M a j e s t a d m e l a
g u a r d e , que tengo mucho que escribir, y a todas, y
m e las haga
santas.
S o n h o y x i x de noviembre. D e V u e s t r a reverencia,
Teresa
i
Prdigas.
117
de
Jess.
MSTICOS
la Madre
Mara
ESPAOLES
de San Jos,
Toledo,
...Donosa est en
Teresa.
enero
de
priora
de
Sevilla.
IS77-
P u e s s e p a c i e r t o q u e si e s t a m i
como
Bela
tu-
obraba Dios
algu-
habilidad
y b l a n d u r a , d e q u e se p u e d e h a c e r d e ella l o
quisieren, q u e lo tiene m e j o r .
Es
extraa la
que
habi-
Nuestra Seora
hace
una
unas
monjillas,
una
imagen
invincin
que
d e e l l o e n s u e r m i t a , u en
de
no
la
v e z la h a g o que la
abra,
dice verdad.
Quien
h a v i s t o l a g r a c i a d e T e r e s a e n c u e r p o y en t o d o ,
echarlo ha m s de v e r , que ans lo hacen ac, aunque y o n o lo confieso, y a ella se lo digo en secreto. N o l o d i g a a n a d i e , q u e g u s t a r a si v i e s e l a v i d a
que traigo en ponerle la boca. C r e o , c o m o sea m a i
TERESA
DE
JESUS
y o r , n o s e r t a n f r a ; a l m e n o s n o l o es e n l o s d i chos.
H e l a aqu pintadas
no
p i e n s e q u e l e m i e n t o e n q u e h a c e v e n t a j a a la o t r a .
P o r q u e se r a s e l o h e d i c h o . D e c u a n t o t r a b a j o le
d o y de t r a e r y l l e v a r c a r t a s ; n o h a y a m i e d o q u e y o
s e le
quite.
de
Creo
las
podrn
no venan todas
mostrar
al
concer-
Santo
Viejo;
d e c i r q u e e n eso p a s a n l a s r e c r e a c i o n e s , q u e t o d o es
l e n g u a j e de p e r f e c i n ; q u e cualquier entretenimiento
es j u s t o a q u i e n t a n t o s e d e b e . E s c o s a q u e m e e s panta tanta caridad.
S e p a que paran a nuestro padre Garcilvarez cual
l a m a l a v e n t u r a , q u e dicen las tiene m u y
soberbias;
de
han de sa-
b e r q u e n i n g u n a t r a y j e r g u i l l a , ni l a h a t r a d o a c ,
s i n o y o , q u e a u n a h o r a , c o n t o d o s los h i e l o s q u e h a
hecho, no he podido traer otra cosa, por los
rones,
qu
hacer. Dios las perdone. Con todo, digo que la calor de ah n o s u f r e otra cosa sino s a y a s
119
delgadas.
MSTICOS
Los
ESPAOLES
H a s t a q u e t r a y a n l o q u e m e e n v a el m i s a n t o p r i o r
n o s qu hacer de escribirle, p o r q u e no p u e d o dec i r q u e l o h e r e c i b i d o ; e s c r i b i r l e h e c o n el a r r i e r o .
D e vuestra reverencia sierva,
Teresa
la madre
Ana
de Jess,
diciembre
En
priora
de
de
de
Jess.
Beas.Avila,
1578.
sin r a z n
fray
se
J u a n de la
C r u z , q u e es u n h o m b r e celestial y d i v i n o ; p u e s y o
l e d i g o a m i h i j a q u e d e s p u s q u e se f u a l l n o h e
h a l l a d o e n t o d a C a s t i l l a o t r o c o m o l , ni q u e t a n t o
f e r v o r e en el c a m i n o del c i e l o . N o c r e e r l a s o l e d a d
que me causa su
falta.
Miren
que es un g r a n
te-
s o r o el q u e t i e n e n a l l e n e s e s a n t o , y t o d a s l a s d e
esa casa
vern
traten y
comuniquen
qu aprovechadas
adelante
en
todo lo
con l
estn, y
sus a l m a s
se hallarn
que es espritu
muy
perfeccin;
p o r q u e le h a d a d o N u e s t r o S e o r p a r a e s t o p a r t i c u lar gracia...
Certificlas que estimara yo tener por ac a
padre
mi
f r a y J u a n de la C r u z , que de v e r a s lo es de
m i a l m a , y u n o d e l o s q u e m s p r o v e c h o le h a c a el
comunicarle. H g a n l o ellas, mis h i j a s , con toda llaneza,
que
aseguro la
pueden
tener
como
conmigo
120
TERESA
muy
espiritual y
DE
JESS
de g r a n d e s experiencias
letras.
ofrezca.
P O E S A S
V i v o SIN VIVIR EN M.
Vivo sin vivir en m ,
Y de tal manera espero,
Que muero porque no muero.
1
Vivo ya fuera de m,
Despus que muero de amor;
Porque vivo en el Seor,
Que me quiso para s.
Cuando el corazn le di
Puso en l este letrero:
Que muero porque no muero.
Esta divina prisin
Del amor con que yo vivo,
Ha hecho a Dios mi cautivo,
Y libre mi corazn;
i Coinciden los primeros versos de esta poesa con otros
de San Juan de la Cruz, dudndose acerca de la prioridad
de una y otra. Ambas desarrollan un tema popular en aquel
tiempo. Cabe tambin referirlas a esta composicin del poeta mstico de Bagdad, Alhalach:
"Amigos mos, matadme:
que en mi muerte est mi vida."
(M. Asn Palacios: El Islam cristianizado.)
121
MSTICOS
ESPAOLES
TERESA
DE
JESS
Si
MSTICOS
ESPAOLES
Alma, qu quieres de m?
Dios mo, no ms que verte.
Y qu temes ms de ti?
Lo que ms temo es perderte.
Un alma en Dios escondida
qu tiene que desear,
Si no amar y ms amar,
Y en amor toda encendida
Tornarte de nuevo a amar?
Un amor que ocupe os pido,
Dios mo, mi alma os tenga,
Para hacer un dulce nido
Adonde ms le convenga.
HERMANA, PORQUE VELIS.
Hermana, porque velis
Os han dado hoy este velo,
Y no os va menos que el cielo,
Por eso no os descuidis.
Aqueste velo gracioso
Os dice que estis en vela,
Guardando la centinela
Hasta que venga el Esposo,
Que, como ladrn famoso,
Vendr cuando no pensis;
Por eso no os descuidis.
No sabe nadie a cul hora,
Si en la vigilia primera,
O en la segunda o tercera;
Todo cristiano lo ignora.
Pues velad, velad, hermana,
No os roben lo que tenis;
Por eso no os descuidis.
En vuestra mano encendida
Tened siempre una candela,
Y estad con el velo en vela,
124
TERESA
DE
JESS
125
FRAY
LUIS
DE
LEN
S e s e a l a a B e l m o n t e ( C u e n c a ) c o m o l u g a r de s u
n a c i m i e n t o , o c u r r i d o e n la f e c h a p r o b a b l e de 1 5 2 8 . D e
esa villa manchega eran originarios sus padres, L o p e
d e L e n e I n s de V a l e r a , u n o y o t r o de n o b l e e s t i r p e . A l l v i v e t a m b i n el n i o L u i s h a s t a l o s c i n c o o
seis a o s d e e d a d , en q u e p a s a a M a d r i d c o n su p a d r e ,
a b o g a d o de Corte. A
los c a t o r c e a o s t r a s l d a s e
S a l a m a n c a , d o n d e i n g r e s a e n el c o n v e n t o a g u s t i n i a n o ;
estudia
Filosofa
con
el p a d r e J u a n d e G u e v a r a
T e o l o g a c o n D o m i n g o d e S o t o , y, r e c i b e g r a d o s
y
en
e s t a d i s c i p l i n a . M s t a r d e s i g u e e s t u d i o s d u r a n t e diecio c h o m e s e s en A l c a l ; g r a d a s e d e b a c h i l l e r e n T o l e do
y, en
1 5 6 0 , de
licenciado
maestro
en
Sala-
manca.
E n s e a T e o l o g a en los c o l e g i o s d e la O r d e n
Salamanca,
Soria
y Alcal, sucesivamente, y
en
obtie-
n e en 1 5 6 1 la c t e d r a de l e c t u r a de S a n t o T o m s , en
o p o s i c i n a siete a s p i r a n t e s ; d e los s i e t e c u a t r o e r a n
y a c a t e d r t i c o s . 1.a
s u p e r i o r i d a d de f r a y
Luis
hubo
hebrea.
129
9
MSTICOS
ESPAOLES
la
e n v i d i a , y e n 1 5 7 2 es d e n u n c i a d o a l T r i b u n a l d e l a
I n q u i s i c i n , q u e d a c o n l en l a c r c e l de
Salamanca,
Can-
p o r el h e c h o d e h a b e r t r a d u c i d o a l c a s t e l l a n o el
tar de los Cantares,
Vulgata.
A p e s a r d e l a m u y r a z o n a d a p r o t e s t a q u e h a c e , le
t i e n e n r e c l u i d o d e s d e el 2 7 d e m a r z o d e 1 5 7 2
hasta
el 1 3 d e a g o s t o d e 1 5 7 7 , e n q u e l o a b s u e l v e el
Tri-
Luis
s a l e d e l a p r i s i n c o n el p r e c i o s o m a n u s c r i t o d e los
Nombres
de
Cristo.
Y a e n l i b e r t a d v u e l v e a s u p u e s t o e n el
profeso-
moral y
Teolo-
Sagrada Escritura. E n
1591
formada
cerca de
Salamanca,
preferida
Granada.
M u e r e e n M a d r i g a l d e l a s A l t a s T o r r e s el 2 3
agosto
de
1591,
convento de
en
p o r el r o T o r m e s , e n t r e g a d o a
recibe
sepultura
Salamanca.
130
en
su
de
querido
'
FRAY
LUIS
del
"Cantar
TT
DE
LEN
OBRAS :
Exposicin
"Libro
La
Los
de
de
los
Cantares"
del
Job".
perfecta
Nombres
casada.
de
Cristo.
Poesas.
Traducciones
Introduccin
comentadas
de los
a las obras
de Santa
131
Salmos.
Teresa
de
Jess.
LOS
NOMBRES
DE
CRISTO
INTRODUCCIN.
l i r a p o r el m e s d e j u n i o , a l a s v u e l t a s d e l a
fies-
ta de S a n J u a n , a l t i e m p o q u e e n S a l a m a n c a c o m i e n z a n a c e s a r l o s e s t u d i o s , c u a n d o M a r c e l o , el u n o de
los q u e digo (que as le quiero l l a m a r , c o n
nombre
lar-
g a c o m o e s l a d e u n a o e n l a v i d a q u e all se v i v e ,
s e r e t i r c o m o a p u e r t o s a b r o s o a l a s o l e d a d de u n a
g r a n j a que, c o m o v u e s t r a m e r c e d sabe, tiene m i m o n a s t e r i o en l a r i b e r a d e T o r m e s , y
furonse con l,
p o r h a c e r l e c o m p a a y p o r el m i s m o
otros
dos.
Adonde
habiendo
estado
respecto,
algunos
los
das,
a c o n t e c i q u e u n a m a a n a , q u e e r a la del d a d e d i c a d o
al a p s t o l S a n P e d r o , d e s p u s de h a b e r d a d o al c u l to d i v i n o l o q u e s e le d e b a , t o d o s t r e s j u n t o s s e s a l i e r o n de la c a s a a l a h u e r t a q u e s e h a c e d e l a n t e d e
ella.
E r a la h u e r t a g r a n d e , y estaba entonces bien poblad a de rboles, aunque puestos
sin o r d e n ; m a s
eso
m i s m o h a c a d e l e i t e en l a v i s t a , y , s o b r e t o d o , l a h o r a
132
FRAY
y la sazn. P u e s
LUIS
DE
LEN
e n t r a d o s en ella, p r i m e r o , y
por
u n e s p a c i o p e q u e o , se a n d u v i e r o n p a s e a n d o y
go-
z a n d o del f r e s c o r , y d e s p u s se s e n t a r o n j u n t o s , a la
s o m b r a de u n a s p a r r a s y j u n t o a l a c o r r i e n t e d e u n a
pequea fuente, en ciertos asientos. N a c e la
fuente
meda. Y
T o r m e s , q u e a u n en a q u e l t i e m p o , h i n c h i e n d o
bien
s u s r i b e r a s , i b a t o r c i e n d o el p a s o p o r a q u e l l a
vega.
El
muy
da
era
fresca. A s
sosegado
pursimo,
la
hora
pe-
hacia
Marcelo
sondndose
comenz
decir a s :
A l g u n o s h a y a q u i e n l a v i s t a del c a m p o l o s e n mudece, y debe ser condicin de espritus de entendimiento p r o f u n d o ;
mas
y o , c o m o los p j a r o s ,
en
v i e n d o lo v e r d e , d e s e o o c a n t a r o h a b l a r .
Bien
punto M a r c e l o , y n o es alteza de
al
entendimiento,
como dais a entender por lisonjearme o por consolarme, sino cualidad de edad y humores
diferentes,
se-
n>
=---
MSTICOS
ESPAOLES
p a m o s d i c e d e J u l i a n o ( q u e s t e s e r el n o m b r e
d e l o t r o t e r c e r o ) si e s p j a r o t a m b i n o si e s d e o t r o
metal.
N o s o y siempre de uno mismo r e s p o n d i
liano, aunque
a g o r a al h u m o r
clino algo m s . Y
consigo
mismo
p u e s l n o p u e d e a g o r a
mirando
Ju-
d e S a b i n o m e in-
la b e l l e z a
razonar
del c a m p o y
la
hablar.
crito y no m u y
es-
grande:
escrito
de
su m a n o , dijo, vuelto a
Sabino
rindose:
No
os a t o r m e n t a r
mucho
el d e s e o a l o
me-
n o s , S a b i n o , p u e s t a n en l a m a n o t e n i s l a e s p e r a n z a ; ni a u n d e b e n s e r ni lo u n o ni l o o t r o m u y
c o s , p u e s se e n c i e r r a n en t a n p e q u e o
Si
fueren
sa tendris
pobres
para
dijo
S a b i n o menos
no satisfacerme
en
ri-
papel.
cau-
una cosa
tan
pobre.
En
qu manera respondi M a r c e l o o
qu
decs?
Sabino,
t t u l o , q u e d e c a : De
ley ms. Y
dijo
desplegando
los
nombres
luego:
i34
el
papel, ley
de
Cristo,
el
no
FRAY
LUIS
DE
LEN
P o r c i e r t o c a s o h a l l h o y este p a p e l , q u e e s d e
M a r c e l o , adonde, como parece, tiene apuntados
al-
g u n o s d e los n o m b r e s c o n q u e C r i s t o es l l a m a d o en l a
S a g r a d a E s c r i t u r a , y l o s l u g a r e s d e ella a d o n d e
llamado as. Y
es
c o m o lo v i m e p u s o c o d i c i a de o r l e
este es
argu-
m e n t o en q u e M a r c e l o h a p u e s t o s u e s t u d i o y
cui-
d a d o , y a r g u m e n t o q u e le d e b e t e n e r en l a l e n g u a ,
y
as
n o p o d r d e c i r n o s a h o r a lo q u e s u e l e
cuando
se e x c u s a si le o b l i g a m o s a h a b l a r , q u e le
tomamos
falta
decir
desapercibido.
Por
manera
que,
pues
e s t a e x c u s a y e l t i e m p o es n u e s t r o , y el
ninguna
el r e n d i r a
le
da
seme-
Marcelo
favorecis.
cosa
me
hallaris
ms
vuestro
d i c h a s y r e s p o n d i d a s m u c h a s c o s a s en este p r o -
psito, porque
M a r c e l o se e x c u s a b a m u c h o , o a
lo
dijese
t a m b i n , y q u e d a n d o a s e n t a d o q u e a su t i e m p o , c u a n d o p a r e c i e s e , o si p a r e c i e s e s e r m e n e s t e r , J u l i a n o h a ra su oficio, M a r c e l o , vuelto a S a b i n o , d i j o a s :
Pues
el p a p e l
ha
s i d o el d e s p e r t a d o r
de
esta
p l t i c a , b i e n s e r q u e l m i s m o n o s s e a l a g u a en
e l l a . Y o l e y e n d o , S a b i n o , e n l, y d e l o q u e en l e s 135
MSTICOS
ESPAOLES
Juliano.
l u e g o S a b i n o , p o n i e n d o los o j o s en el e s c r i t o
con clara y
PASTOR.
Llmase
tambin
en S a n J u a n : " Y o
Cristo
Pastor.
s o y b u e n Pastor."
El
mismo
Y
t o l a a los h e b r e o s d i c e S a n P e d r o d e D i o s :
r e s u c i t a J e s s , pastor
dice
en l a eps"Que
g r a n d e de o v e j a s . " Y
San
p o r los p r o f e t a s es l l a m a d o
d e l a m i s m a m a n e r a ; p o r E s a a s e n el c a p t u l o c u a r e n t a , p o r E z e q u i e l e n el c a p t u l o t r e i n t a y
por
Y
Zacaras
en
el c a p t u l o
Marcelo dijo
cuatro,
once.
luego:
L o q u e d i j e en el n o m b r e p a s a d o p u e d o t a m b i n
d e c i r en s t e , q u e es e x c u s a d o p r o b a r q u e es n o m b r e d e C r i s t o , p u e s E l m i s m o se le p o n e . M a s c o m o
i "Los nombres dice a continuacin que en la Escritura se dan a Cristo son muchos, as como son muchas
sus virtudes y oficios." Fray Luis de Len recoge y comenta los siguientes: Pimpollo, Fazes de Dios, Camino,
Pastor, Monte, Padre del siglo futuro, Brazo de Dios, Rey
de Dios, Prncipe de Paz, Esposo, Hijo de Dios, Amado,
Jess, Cordero.
136
ir*
FRAY
LUIS
DE
LEN
e s t o es f c i l , a s e s n e g o c i o d e m u c h a c o n s i d e r a c i n
el t r a e r a l u z t o d a s l a s c a u s a s p o r q u e se p o n e e s t e
nombre.
pueden
Porque
en
considerar
propiamente
su
esto
que
muchas
oficio
Pastor
llamamos
cosas;
otras
unas
que
pertenecen
se
miran
a
las
c o n d i c i o n e s d e s u p e r s o n a y su v i d a . P o r q u e l o p r i m e r o , l a v i d a p a s t o r i l es v i d a s o s e g a d a y
apartada
d e l o s r u i d o s d e l a s c i u d a d e s y de l o s v i c i o s y d e l e i tes d e e l l a s . E s i n o c e n t e a s p o r e s t o c o m o p o r
par-
te del t r a t o y g r a n j e r i a e n q u e se e m p l e a . T i e n e s u s
deleites, y tanto m a y o r e s cuanto nacen de cosas m s
sencillas, y m s p u r a s , y m s n a t u r a l e s : de la vista
del cielo libre, de la pureza del a i r e , de la
figura
del c a m p o , d e l v e r d o r d e l a s h i e r b a s y d e l a b e l l e z a
de las rosas y de las flores. L a s a v e s con su canto y
las aguas
con su
frescura
le d e l e i t a n y
sirven.
a s , p o r e s t a r a z n , es v i v i e n d a m u y n a t u r a l y
Y
muy
a n t i g u a e n t r e l o s h o m b r e s , q u e l u e g o en l o s p r i m e r o s de ellos h u b o p a s t o r e s ; y es m u y u s a d a p o r l o s
m e j o r e s h o m b r e s q u e h a h a b i d o , q u e J a c o b y los d o c e
p a t r i a r c a s la s i g u i e r o n , y D a v i d f u e p a s t o r , y es m u y
alabada de todos, que, como sabis, no h a y
poeta,
ninguno la loara d i j o
Sabino
enton-
c e s b a s t a , p a r a q u e d a r m u y l o a d a , lo q u e d i c e d e
ella el p o e t a l a t i n o , q u e en t o d o l o q u e d i j o
venci
a los d e m s , y en a q u e l l o p a r e c e q u e v e n c e a s m i s m o ; t a n t o s o n e s c o g i d o s y e l e g a n t e s los v e r s o s c o n
137
^AA.V
MSTICOS
ESPAOLES
q u e l o dice. M a s p o r q u e , M a r c e l o , d e c s d e l o q u e
es s e r p a s t o r , y d e l c a s o q u e d e l o s p a s t o r e s l a p o e s a
h a c e , m u c h o es d e m a r a v i l l a r c o n q u j u i c i o los p o e tas, siempre que quisieron
decir algunos
accidentes
d e a m o r , l o s p u s i e r o n e n los p a s t o r e s , y u s a r o n
ms
n o l o h i z o , p u e s el m i s m o
S a n t o , en el l i b r o d e l o s Cantares
Vir-
Espritu
n a s d e p a s t o r e s p a r a , p o r s u s f i g u r a s d e ellos y p o r
s u b o c a , h a c e r r e p r e s e n t a c i n del i n c r e b l e a m o r
nos tiene? Y
nas
no
que
convenientes
para
esta
representacin
los
lo m u y
agudo
propio
d e l
con
V e r d a d es, Sabino r e s p o n d i M a r c e l o ,
que
lo tosco y villano.
u s a n l o s p o e t a s de l o p a s t o r i l p a r a d e c i r d e l
amor;
m a s n o t e n i s r a z n en p e n s a r q u e p a r a d e c i r d e l
hay personas ms
a p r o p s i t o q u e l o s p a s t o r e s , ni
en q u i e n se r e p r e s e n t e m e j o r . P o r q u e p u e d e s e r q u e
en l a s c i u d a d e s se s e p a m e j o r h a b l a r , p e r o l a
fineza
a l a v e r d a d los p o e t a s a n t i g u o s , y c u a n t o
ms
FRAY
LUIS
DE
LEN
d e v e r d a d y m u c h o d e a r t e y d e t o r p e z a . M a s el p a s t o r i l , c o m o t i e n e n los p a s t o r e s los n i m o s s e n c i l l o s y
no contaminados
c o n v i c i o s , es p u r o y
ordenado
que los d i v i e r t a , es m u y
vivo
abraza-
d o s , c o m o si d i j r a m o s
concer-
unos con
tados con a r m o n a g r a n d s i m a ,
veces
comunicndose
sus
otros, y
y respondindose
virtudes,
u n o s en o t r o s , y a y u n t n d o s e y m e z c l n d o s e
y
con
su mezcla
tinuo a
luz y
ayuntamiento
produciendo
los
s e a n el a i r e y l a t i e r r a . A s
en
esto
aventajados
los
sacando
frutos
que
todos,
de
hombres.
con-
hermo-
pasndose
son
as
del
pastor:
que
es
muy
dispuesto
al
bien
querer.
Y
s e a la t e r c e r a la q u e t o c a a s u o f i c i o , q u e a u n -
q u e es o f i c i o d e g o b e r n a r y r e g i r , p e r o es m u y
dife-
MSTICOS
bierna. Y
ESPAOLES
general-
m e n t e c o n t o d o s y en t o d o s los t i e m p o s , s i n o e n c a d a
tiempo y en c a d a ocasin ordena s u gobierno
con-
f o r m e al c a s o p a r t i c u l a r del q u e r i g e . L o t e r c e r o , n o
es gobierno
muchos
el s u y o q u e s e r e p a r t e y
ministros,
q u e a su g r e y
sino
solo
ejercita
administra
le c o n v i e n e ; que l
por
todo
la apasta
lo
la
y la r e p o s a , y la r e c r e a , y h a c e m s i c a , y l a a m -
mu-
c h o s , q u e d e s u y o c a d a u n o d e ellos c a m i n a r a p o r s.
P o r donde las s a g r a d a s letras, de lo esparcido, y descarriado,
perdido,
dicen
siempre
que
son
como
sosega-
s i e m p r e s u o b r a a e s t o , q u e es h a c e r r e b a o y
Veamos,
pues, ahora
si
que
enderezando
grey.
C r i s t o tiene esto, y
las
v e n t a j a s c o n q u e lo t i e n e , y a s v e r e m o s c u a n m e r e cidamente
es l l a m a d o Pastor.
Vive
en
los
campos
C r i s t o , y g o z a del c i e l o l i b r e , y a m a l a s o l e d a d y el
s o s i e g o , y e n el s i l e n c i o d e t o d o a q u e l l o q u e p o n e en
140
FRAY
LUIS
DE
LEN
a l b o r o t o l a v i d a t i e n e p u e s t o l s u d e l e i t e .
Porque,
a s c o m o l o q u e se c o m p r e n d e e n el c a m p o es l o m s
p u r o d e l o v i s i b l e , y es l o sencillo y c o m o el o r i g i n a l d e t o d o lo q u e de ello se c o m p o n e y s e m e z cla ; as aquella regin de vida adonde vive
aqueste
el o r i g i n a l
adonde
lo hemos
de
sen-
expreso
de
de d o n d e
p u r o s y los c a m p o s d e f l o r
s o n los
si
elementos
eterna vestidos, y
los
som-
bros y
fres-
gloriosamen-
en m s i c a
reposan
dulcsima,
el d e s a s o s i e g o
con l a p a z , y
el d e s c o n c i e r t o
l a t u r b a c i n y el b u l l i c i o , y el d i s g u s t o d e l a
inquieta ciudad
con la m i s m a
pureza y quietud
d u l z u r a . Q u e a q u se a f a n a y a l l s e d e s c a n s a ;
ms
y
aqu
MSTICOS
ESPAOLES
B i e n y c o n r a z n l e c o n j u r a a e s t e Pastor
la es-
p o s a p a s t o r a q u e le d e m u e s t r e a q u e s t e l u g a r d e
pasto.
Demustrame
alma!,
adonde
medio
que
dice,
apacientas
querido
adonde
de
reposas
adonde
est
la
luz
no
mi
en
da. Q u e es c o n r a z n m e d i o d a a q u e l
pregunta
su
el
lugar
contaminada
que,
c e r c a d o d e s u g l o r i o s o r e b a o , s u e n a en s u s
odos
d e l sin r u i d o y c o n i n c o m p a r a b l e d e l e i t e , e n
que
A s q u e e s Pastor
donde vive, y
tambin lo es
d e v i v i e n d a q u e a m a , q u e es el
mostrrsele
le
de ti grandes
hizo
penetrar
gentes.
el
sosiego
a
retiramiento
d e l c a m p o . D i j o a A b r a h a m : Sal de tu tierra
y har
por
e n los s u y o s ,
de
Cris-
y de tu
Elias
desierto.
para
Los
hi-
j o s d e los p r o f e t a s v i v a n e n la s o l e d a d del J o r d n .
D e s u p u e b l o dice l m i s m o p o r el P r o f e t a
q u e le
s a c a r al c a m p o y le r e t i r a r a l a s o l e d a d , y all le
ensear.
pide
su
en
d i c e , amiga
pas
el
parecido
podar
forma
esposa
esposo,
qu
salida?
ma, y apresrate
y ven;
passe
en nuestra
es venido.
de
aquesta
invierno,
sino
La
tierra
voz
la
lluvia,
las flores,
de
142
otra
cosa
Levntate
que
fuese;
ya <e
ya
han
y el tiempo
del
la tortolilla
se
oye,
FRAY
brota
da
ya la higuera
olor.
Levntate,
LUIS
D'E
sus higos,
LEN
y la uva menuda
hermosa
ma,
y ven.
r e q u e les s e a a g r a d a b l e a los s u y o s a q u e l l o
que
l a m a ;
campo, as
y as como E l
los
suyos,
p o r s e r Pastor
porque
han
de ser
su pasto y
su s u s t e n t o
en
el
quiemismo
ama
sus
j a s , h a n d e a m a r el c a m p o t a m b i n ; q u e l a s
tienen
uva,
Que
ovejas
campo.
P O E S A S
N O C H E SERENA.
Cuando contemplo el cielo
de innumerables luces adornado,
y miro hacia el suelo
de noche rodeado,
en sueo y en olvido sepultado;
el amor y la pena
despiertan en mi pecho un ansia ardiente;
despiden larga vena
los ojos hechos fuente;
la lengua dice al fin con voz doliente:
Morada de grandeza,
templo de claridad y hermosura,
mi alma que a tu alteza
naci, qu desventura
la tiene en esta crcel baja, escura?
i Qu mortal desatino
de la verdad aleja asi el sentido,
que de tu bien divino
olvidado, perdido,
sigue la vana sombra, el bien fingido!
1
143
el
ove-
MSTICOS
ESPAOLES
FRAY
LUIS
DE
LEN
tras l la muchedumbre
del reluciente coro
su luz va repartiendo y su tesoro;
Quin es el que esto mira,
y precia la bajeza de la tierra,
y no gime y suspira
por romper lo que encierra
el alma, y destos bienes la destierra?
Aqu vive el contento,
aqu reina la paz ; aqu asentado
en rico y alto asiento
est el amor sagrado,
de honra y de deleites rodeado.
Inmensa hermosura,
aqu se muestra toda; y resplandece
clarsima luz pura,
que jams anochece;
eterna primavera aqu florece.
Oh campos verdaderos !
Oh prados con verdad frescos y amenos!
Riqusimos mineros!
Oh deleitosos senos !
Repuestos valles de mil bienes llenos!
V I D A RETIRADA.
Qu descansada vida
la del que huye el mundanal ruido
y sigue la escondida
senda por donde han ido
los pocos sabios que en el mundo han sido!
Que no le enturbia el pecho
de los soberbios grandes el estado,
ni del dorado techo
se admira fabricado
de! sabio moro, en jaspes sustentado.
No cura si la fama
canta con voz su nombre pregonera,
i4S
10
MSTICOS
ESPAOLES
ni cura si encarama
la lengua lisonjera
lo que condena la verdad sincera.
Qu presta a mi contento,
si soy del vano dedo sealado,
si en busca de este viento
ando desalentado,
con ansias vivas, con mortal cuidado?
Oh monte, oh fuente, oh ro,
Oh secreto seguro, deleitoso!
Roto casi el navio,
a vuestro almo reposo
huyo de aqueste mar tempestuoso.
Un no rompido sueo,
un da puro, alegre, libre quiero;
no quiero ver el ceo
vanamente severo
de quien la sangre ensalza o el dinero.
Despirtenme las aves
con su cantar sabroso no aprendido,
no los cuidados graves
de que es siempre segrjido
e! que al ajeno arbitrio est atenido.
Vivir quiero conmigo,
gozar quiero del bien que debo al cielo
a solas, sin testigo;
libre de amor, de celo
de odio, de esperanzas, de recelo.
Del monte en la ladera
por mi mano plantado tengo un huerto,
que con la primavera,
de bella flor cubierto,
ya muestra en esperanza el fruto cierto.
Y como codiciosa,
por ver y acrecentar su hermosura,
desde la cumbre airosa
una fontana pura
hasta llegar corriendo se apresura.
146
FRAY
LUIS
DE
LEN
Y luego sosegada,
el paso entre los rboles torciendo,
el suelo de pasada
de verdura vistiendo,
y con diversas flores va esparciendo.
El aire el huerto orea
y ofrece mil olores al sentido,
los rboles menea
con un manso ruido,
que del oro y del cetro pone olvido.
Tnganse su tesoro
los que de un flaco leo se confan;
no es mo ver el lloro
de los que desconfan
cuando el cierzo y el brego porfan.
La combatida antena
cruje, y en ciega noche el claro da
se torna, al cielo suena
confusa vocera
y la mar enriquecen a porfa.
A m una pobrecilla
mesa, de amable paz bien abastada
me basta, y la vajilla
de fino oro labrada
sea de quien la mar no teme airada.
Y mientras miserablemente se estn los otros abrasando
con sed insaciable
del peligroso mando,
tendido yo a la sombra est cantando.
A la sombra tendido,
de hiedra y ltiro eterno coronado,
puesto el atento odo
al son dulce acordado,
del plectro sabiamente meneado.
147
MSTICOS
ESPAOLES
FRANCISCO DE SALINAS.
El aire se serena
y viste de hermosura y luz no usada,
Salinas, cuando suena
la msica extremada
por vuestra sabia mano gobernada.
A cuyo son divino
mi alma, que en olvido est sumida,
Torna a cobrar el tino
y memoria perdida
de su origen primera esclarecida.
Y como se conoce,
en suerte y pensamiento se mejora;
el oro desconoce
que el vulgo ciego adora,
la belleza caduca engaadora.
Traspasa el aire todo
hasta llegar a la ms alta esfera,
y oye all otro modo
de no perecedera
msica, que es de todas la primera.
Ve como el gran maestro
a aquesta inmensa ctara aplicado,
con movimiento diestro
produce al son sagrado
con que este eterno templo es sustentado.
Y como est compuesta
de nmeros concordes, luego enva
consonante respuesta,
y entrambas a porfa
mezclan una dulcsima armona.
Aqu la alma navega
por un mar de dulzura, y finalmente
en l ans se anega,
que ningn accidente
148
f ^ y
LUIS
DE
LEN
E N LA ASCENSIN.
Y dejas, Pastor santo,
tu grey en este valle hondo, escuro,
con soledad y llanto,
y t rompiendo el puro
aire, te vas al inmortal seguro!
Los antes bienhadados
y los agora tristes y afligidos,
a tus pechos criados,
de ti desposedos,
a d convertirn ya sus sentidos?
Qu mirarn los ojos
que vieron en tu rostro la hermosura,
que no les sea enojos?
Quien oy tu dulzura,
qu no tendr por sordo y desventura?
Aqueste mar turbado
quin le pondr ya freno? Quin concierto
al viento fiero airado?
149
MSTICOS
ESPAOLES
Estando t encubierto,
qu norte guiar la nave al puerto?
A y ! nube envidiosa
aun de este breve gozo, qu te quejas?
Do vuelas presurosa?
Cuan rica t te alejas!
Cuan pobres y cuan ciegos, ay!, nos dejas!
ISO
MALN DE CHAIDE
MALN
DE
CHAIDE
en el a o
1530,
fecha cuya
exactitud
de
no
en
maestros al
Len.
All
Artes, y
grado
de
el c o n v e n t o
se
ms
de
padre
grada
tarde
Agustn y toma
Guevara
posiblemente
donde
fray
de
de doctor en
docente y
Burgos, Barcelona
o c t u b r e de 1 5 8 3
los
cargos
de
y
el
Teologa.
y
a la
predicacin,
Huesca,
donde
de
ob-
Escritura.
es e l e g i d o c a t e d r t i c o d e
loga de la U n i v e r s i d a d
Ejerce
Luis
Teologa
el
tiene
obtiene tambin e n H u e s c a
Dedicado a la tarea
reside en
San
Salamanca,
Teo-
Zaragoza.
de prior
d e los c o n v e n t o s
de
Z a r a g o z a , H u e s c a y B a r c e l o n a , y de m a e s t r o y definidor
del
de la
convento
O r d e n , e interviene en la
de
Nuestra
Seora
de
fundacin
Loreto,
en
Huesca.
En
H u e s c a escribe, m u y probablemente, su
famoso
La
Conversin
de la Magdalena,
153
libro
entre
los
MSTICOS
aos
1578
1583,
ESPAOLES
publicado
por
vez
primera
en
B a r c e l o n a el a o 1 5 8 8 p o r m a n d a t o d e s u s s u p e r i o r e s , s e g n c u e n t a l m i s m o e n el p r l o g o : " A s y o . . .
haba dejado a un
gloriosa
seora
rincn
estos
papeles
que de
la
como
cosa
digna
de olvido
se
h a n d o r m i d o m u c h o s a o s e n m i e s c r i t o r i o , sin
ha-
c e r d e e l l o s o t r a c u e n t a q u e l a q u e se s u e l e h a c e r d e
ratos perdidos. Sucedi que, sin pensarlo,
vinieron
que los
mand-
con
los
censores de
quien
he
hablado.
teper-
Harto
s e r si c o n l o s p r u d e n t e s n o p i e r d o , q u e d e l o s d e m s bien m e c o n s o l a r . "
D e d i c a la o b r a a doa B e a t r i z C e r d n y de
He-
r e d i a , r e l i g i o s a e n el m o n a s t e r i o d e C a s b a s , e n A r a g n ; y si d e l o a r r i b a c o p i a d o y de o t r a s
palabras
de la extensa dedicatoria, cabe deducir la escasa importancia q u e su a u t o r concede al libro, bien declar a la p r o p i a y c e l o s a e s t i m a c i n e n l a d e f e n s a
luego hace
de
su primaca
L e n y l o s Nombres
defensa
de
esta ocasin
frente
de Cristo,
fray
que
Luis
de
c u a n t o al e m p l e o
la l e n g u a castellana,
de la lengua
con
abandono
y
en
latina.
S u s a l u d d e l i c a d a , si b i e n n o i m p i d i l a a c t i v i d a d
que queda reseada, no d e j a de influir en sus
tra-
MALN
tar
con
fuerza
mi
salud,
a aflojar
el
DE
tan
CHAIDE
quebrada
vigor
del
corta
estudio
que
cuando
me
con
m s a l i e n t o le t o m o , y m e d e r r u e c a d e s u e r t e
que
apo-
y o s de m d i c o s p a r a l e v a n t a r m e , y q u e s i , l l e v a d o d e
m i n a t u r a l i n c l i n a c i n , q u e es l e e r s i e m p r e y
estu-
cuanto
en m i l m e s e s d e c u i d a d o y c u r a
m i salud, lo d e s a n d o y v u e l v o a t r s e n cuatro
de
das
designios."
Barcelona.
LA C O N V E R S I N
D E LA
MAGDALENA
E n t r D i o s en el c o r a z n d e l a M a d a l e n a c o n s u
g r a c i a y r e f r e s c l e , q u e se le a b r a s a b a , y
levantse
nu-
b e s y l a s d e r r i t e ; a s M a r a , d e r r e t i d a t o d a en
l-
grimas,
sus
ojos.
deshecha
Oh
en
llanto,
qu horno
hizo
de a m o r
dos
era
ros
esta
de
pecadora,
confusin,
est in miraculwn,
dice I s a a s . Q u i n vio
m s m a y o r m i l a g r o ? P o c o a n t e s a r d a la
en
fuego, ahora
se
Ba-
Babylon
resuelve
en
agua;
ja-
Madalena
poco
a d o r a b a al m u n d o y s u v a n i d a d , a h o r a l a
antes
desprecia
y s e t r a n s f o r m a en D i o s ; p o c o a n t e s t e n a h e l a d o el
corazn con su i n f a m e v i d a , a h o r a estn
los
hielos,
despedazada
3a
piedra,
quebrados
corren
r o s . H e a q u el f u e g o t r o c a d o e n a g u a . O h
gro
sobre
todo
milagro!
Babilonia
es
puesta
m i l a g r o , e n p r o d i g i o , e n e s p a n t o del m u n d o .
156
los
milaen
"No
MALN
es aquella
famosa
DE
CHAIDE
Babilonia
(dijo
Nabucodnosor)
del
" N o es s t a ( d e c a el d e m o n i o ) a q u e l l a f a m o s a
Ma-
m a n o fortalec
almas?
no
p a r a con
es a q u l l a
con
y con c u va h e r m o s u r a
y
victorias?
muros
est
ni
mihi
Pues
quin
alanzar
in
de
me
su
miraculum
ella c o n q u i s t a r
cuyos
ganaba
ojos
yo
mil
cabellos
yo grandes
triunfos
podr
sacar
de
Babylon
corazn?
(dice
de
mundo?"
Babilonia
es
de
l a m u d a n z a , la d e l t r a s i e g o .
Dios) :
sus
posita
Ser
Babilonia
aquella
g l o r i o s a e n t r e l o s r e i n o s , l a n c l i t a en l a e s t i m a c i n
de los caldeos, d e r r o c a d a y puesta por tierra.
aqu
derrocada
postrada
Veis
por el suelo a la
torre
d e l h o m e n a j e del p e c a d o : M a r a a l o s p i e s d e C r i s to. O h g r a n
Dios,
S e o r del cielo y de l a
tierra,
obras
son espanto y
maravilla
del
rige
en-
metamorfo-
su g r a n
en s a l , de l a v a r a d e
poder, de la m u j e r
de
M o i s n en serpiente,
de
los r o s d e E g i p t o e n s a n g r e , d e l p o l v o en
del a g u a
en
ranas,
del
mar
en
seco,
del
moscas,
soberbio
r e y en b e s t i a , del d a en n o c h e y d e l a n o c h e en d a ,
157
MSTICOS
y de otras o b r a s
hizo
jams
ESPAOLES
alguna
mayor,
alguna
ms
si
maravillo-
piedra, el
estril g u i j a r r o
la hizo
fuente
y mar
espacioso. V o l v i
la
en
f u e n t e s d e c o p i o s a y d u l c e b e b i d a . E s t e e s el m i l a S e o r ha hecho esto, y
gro. " E l
es maravilloso
infinito,
glorioso,
inmenso
inmortal;
a q u e l D i o s q u e c o m o s a j y > d i s p o n e el m u n d o , c o m o
j u s t o j u z g a a los h o m b r e s , c o m o poderoso
guerrea
buenos,
hace
cuanto
le
place
en
el
y como
universo.
mo-
Aquel
vir-
Mara,
aunque
perdonada,
habindose
b i d o el S e o r a l o s c i e l o s y v e n i d o c o n s u s
herma-
nos L z a r o y M a r t a a M a r s e l l a , dndole en
todas
las
cosas
de la
vida
is-8
cansndole
su-
rostro
todo
lo
MALN
DE
CHAIDE
de ac a b a j o , determina de apartarse a un
adonde a sus solas pudiese g o z a r
de l a
desierto,
contempla-
en
riscos y
espritu,
por
aquellas
como
si
ya
breas!
fuera
en-
Arreb-
vecina
del
c i e l o , y c o m o si s e d e s n u d a r a d e l c u e r p o m o r t a l
de
que
la
estaba
vestida,
as
tan
libremente
dejando
tierra, se suba d o n d e v i v e su A m a d o . A l l
miraba
aquellas
ciudad
moradas
celestiales
de la
soberana
de ciudadanos
calles
bienaventura-
suavidad
d e l a s v o c e s a n g l i c a s q u e a l a b a n al g r a n
Prncipe
del m u n d o , sin c e s a r u n p u n t o . C u a n d o
los
edificios,
no hechos por
humanas
consideraba
manos,
sino
de grandeza
de todas
las p i e d r a s
que
ac
eran
conocemos,
de j a s p e
zafiros,
calcedonias y
es-
m e r a l d a s , j a c i n t o s y t o p a c i o s , y de o t r a s m u c h a s q u e
lilil s e
n o m b r a n ; los
sol, que
Haba
no
muros
resplandecan
se
dejaba
mirar
en cada
cuadro
tres
los
ojos
como
puertas, de suerte
Las
torres
almenas
15^
eran
el
humanos.
que
piedra
cubiertas
de
MSTICOS
ESPAOLES
c r i s t a l , q u e c o n l o s l a z o s q u e se h a c a n e n e l l a s
las
esmeraldas
mo
dero
y rubes
retocados
sol
engarzados
de la luz y
q u e all
en
resplandor
resplandece,
no hay
de
oro
pursi-
del
verda-
pensamiento
h u m a n o q u e d e s c u b r a su n o p e n s a d a h e r m o s u r a .
suelo, calles y plazas de esta bienaventurada
son de oro limpsimo. A q u
dura siempre
El
ciudad
una ale-
rboles
ni
la blanca
nieve
desgaja
con
su
ejus
non
defluet,
que
un
celestia-
les, azules,
de
blancas,
amarillas,
coloradas
mil
Aqu
de J e r i c , las
c r i s t a l d e s h e c h o , el a g u a es m s
fuentes
ms
que
d u l c e , el g u s t o
de
no llega
ti m u e r t e , p o r q u e t o d o e s v i d a ; n o h a y d o l o r , p o r q u e t o d o es c o n t e n t o ;
no hay enfermedad,
160
porque
O
MALN
Dios
donde
"
DE
es l a v e r d a d e r a s a l u d .
tus
leyes
son
de
" v
CHAIDE
Ciudad
amor;
bienaventurada,
tus
vecinos
son
e n a m o r a d o s ; en ti t o d o s a m a n , s u o f i c i o e s a m a r , y
n o saben m s que a m a r ; tienen un querer, u n a v o luntad, un p a r e c e r ; a m a n una cosa, desean u n a cosa,
contemplan una cosa y ense con una
cosa...
161
11
FRAY
Se
tiene c o m o
o anejo
tual
JUAN
DE
lugar
de
LOS
su
de Oropesa, llamado
provincia de
Toledo,
ANGELES
nacimiento
la
aldea
Corchuela, en la ac-
sealndose
como
fecha
en la dicha villa de O r o p e s a , d e
a la Universidad
de A l c a l
para
donde
iniciarse
en
el g r i e g o y el h e b r e o . I n g r e s a e n el n o v i c i a d o d e S a n
Miguel de Plasencia y
r e c i b e el h b i t o
franciscano
en sta varios
cargos
Orden.
sobresalientes,
como
i m p e r i a l , e t c t e r a . De s u g r a n
mo-
d e s t i a , e n m e d i o d e e s t a s p r e e m i n e n c i a s , se c u e n t a el
siguiente
sucedido: " E s t a n d o
un
da predicando
MSTICOS
ESPAOLES
labios p o r la afluencia
de sentencias g r a v e s
dis-
c u r s o s , y e n t r a n d o s u p a d r e e n el t e m p l o c o n el t r a j e d e u n p o b r e l a b r a d o r , d i j o d e s d e el pulpito: " S e ores, ese buen v i e j o que llega ah es mi p a d r e ; hganle vuestras mercedes lugar, que me viene a or."
Con c u y o acto de humildad, a vista de concurso tan
n o b l e , l e d i e r o n el p r i m e r a s i e n t o , " p a s m a d o d e a d miracin
genuos
todo
fray
Viaja
por
el
circo",
declara
en
trminos
Marcos
de A l c a l , que lo cuenta.
tierras
de
Portugal,
Francia
in-
Italia,
pro-
1609.
OBRAS:
Triunfos
del amor
Dilogos
de la conquista
Reino
de
Lucha
de
Dios.
del
espiritual
secreto
Dios.
espiritual
amorosa.
(Reduccin
de
los
Triunfos!)
Tratado
siempre
espiritual
a Dios
Manual
de vida
Consideraciones
Tratado
ficio
de la
de
cmo
el
alma
ha
de
traer
presente.
perfecta.
sobre
el "Cantar
de los soberanos
misterios
Misa.
166
de los
Cantares".
del Santo
Sacri-
FRAY
Vergel
Libro
JUAN
del nima
de la Pasin
DE
LOS
ANGELES
religiosa.
de Jess.
167
la
L U C H A ESPIRITUAL Y A M O R O S A
ENTRE
DIOS Y EL ALMA
De
algunas
vechar
tretas
el alma
Suelen
los
y cautelas
para
diestros
rendir
de que
se ha de
a Dios
en esta
luchadores
usar
de
aprolucha.
algunas
con-
t r a r i o s , y e s r a z n , p u e s este t r a t a d o se l l a m a lucha
y
que podemos
aprovechar-
en
la
las
oracin.
Guillermo
Parisiense
dice
que
de
con
el
se
dice haberlo
hecho
Hrcules
se
La
tercera es
cansarle;
treta de que se
caiapro-
sobre
l.
Lo
primero
q u e h a b e r n o s d e h a c e r l u c h a n d o c o n D i o s es l e v a n t a r l e s o b r e n o s o t r o s . C m o ? S u j e t n d o n o s a E l con
168
FRAY
JUAN
DE
LOS
ANGELES
pode
15),
p a r a q u e E l o s e n s a l c e y l e v a n t e . " D e e s t a t r e t a u s el
rey
A c a b cuando conoci a
s:
das
el m a l q u e t e n a p e n s a d o d e e n v i a l l e " ( I I I R e g . , 2 1 ) .
Cosa extraa es, verdaderamente, que levantndonos
caemos, y ensalzando y levantando a Dios sobre nosotros prevalecemos contra E l y le vencemos. N o h a y
artificio ni m q u i n a tan poderosa p a r a s u j e t a r a D i o s
a
nosotros
como
sujetarnos
a E l , la cual
sujecin
p r o p r s i m a m e n t e se reduce a l a o b e d i e n c i a ; y
aquel
p o d e r o s o D i o s , d e b a j o de c u y o p o d e r s e e n c o r v a n
abaten los
estar
obediente
a q u i e n le
obedece y
rendirse
se le
rinde;
c o m o d e J o s u l o c u e n t a el s a g r a d o t e x t o ( J o s u , 1 0 ) :
"Detuvironse
el sol y l a l u n a , y t o d a l a
mquina
d e los c i e l o s , o b e d e c i e n d o D i o s a l a v o z d e
hombre
como
vos
como
yo."
Cristo
Josu,
nuestro
que
Ambrosio:
"De
ninguno es Dios
posesin,
Y
ni
l o p u e d e s e r , s i n o d e a q u e l q u e es o f u e r e
posesin
suya.
vence
Treta
Dios
y nos
San
Antonio
es
esta
hace
la
humildad
invencibles al
(San
que apareciendo
de
Ant,
p. 2,
que
demonio."
tt.
1 5 , c.
S a t a n s al g l o r i o s o p a d r e
169
Refiere
6,
3)
Macario
MSTICOS
con
una
afilada
ESPAOLES
(si l e
fuere
d a d o l u g a r p a r a e l l o ) , c o n g r a n d o l o r le d i j o :
"Mu-
cha violencia
guadaa
me
para
segarle
haces, M a c a r i o ;
grandemente
me
a t o r m e n t a s y no p u e d o p r e v a l e c e r c o n t r a t i , a u n q u e
s u f r o m a y o r e s dolores que t . " " E n qu te v e n z o ?
d i j o el S a n t o . P o r v e n t u r a e n los m u c h o s a y u nos, en las
jos
largas
vigilias
que p a d e z c o ? "
o en los grandes
traba-
R e s p o n d i el d e m o n i o q u e
nin-
g u n a c o s a d e e s a s le e s p a n t a b a , p o r q u e l v e l a b a d e
da y de noche, y ayunaba perpetuamente, y
l o s t r a b a j o s del i n f i e r n o . Y
sufra
replicando el S a n t o , de-
s e o s o d e s a b e r e n q u l e h a c a v e n t a j a y le e r a s u p e r i o r , r e s p o n d i q u e en l a h u m i l d a d . " P o r q u e
hu-
como yo
no puedo humillarme
tengo siempre
segunda
treta es
dar
traspi
zancadilla,
q u i t a r el f u n d a m e n t o s o b r e q u e e s t r i b a y h a c e
z a el q u e
lucha.
El
estriba
en q u i t a n d o t a n m a l d i t o
l u e g o se nos r i n d e ; de m a n e r a
fuerson
fundamento,
que para
no
hallar
r e s i s t e n c i a en D i o s , c u a n d o n o s l l e g a m o s a l u c h a r c o n
El
por la oracin, es
necesario desterrar
del
alma
l o s p e c a d o s , s o b r e los c u a l e s E l s e f u n d a y s e e s f u e r za
contra
nosotros;
por
eso
170
se
escribe
(Eccles.):
FRAY
Ninguna
J UA X
cosa
nos
DE
LOS
puede
ANGELES
daar
si
ningn
pecado
se enseorea de nosotros.
L a tercera treta dijimos que e r a c a n s a r al enemig o ; y tomada as como suenan las palabras v a l e poco
p a r a con D i o s , que n o puede c a n s a r s e ; p e r o
consi-
d e r a d a c o n a t e n c i n es m u y a p r o p s i t o , p o r q u e , a la
verdad, aunque
D i o s es i n c a n s a b l e e i n v e n c i b l e ,
se
oracin
perseverante
c o m o c a n s a d o la d i j o
(Math.,
d e la
Cananea,
1 5 ) : Fiat
tibi
que
sicut
vis, y a l o s del S a n t o M o i s n , c u a n d o p e d a p e r d n
p o r el p u e b l o (Exod.,
23).
Tribulacin
DISCPULO.Harto
con
para
paciencia.
sentir
llorar
es,
por
c i e r t o , v e r l o q u e los s a n t o s h i c i e r o n v s u f r i e r o n
No
de
d i s g u s t o , ni quien se e s f u e r c e a p a d e c e r a u n c o s a s m u y
p e q u e a s p o r C r i s t o . D e b e i r m u c h a p a r t e d e e s t o en
los r u i n e s s u j e t o s q u e h a y a h o r a , y en los
tiempos
t a n o t r o s de l o s p a s a d o s . Q u e a n t i g u a m e n t e c o n c i n c o
higos o dtiles se sustentaban los siervos de D i o s , y
171
MSTICOS
ESPAOLES
somos
flaqusimos
de cortas vidas,
1 8 ) : " P e n s i s q u e c u a n d o v e n g a el H i j o del
o j a l l n o t u v i e r a t a n t a , q u e n o s e l e d i e r a n i n g n
c r d i t o en e l p a r t i c u l a r ; p e r o y o c r e o q u e m i
razn
el
(Heb.,
Apstol
13):
San
Pablo
"Acordaos
escribe
los
lo
hebreos
d i c e de vuestros
prela-
m i r a d el
fin
que tuvo
vivieron
su
cmo
e s t o p a r a q u ? P a r a q u e i m i t i s su f e .
con
Cristo, por
tantas
tribulaciones y perdieron las v i d a s . P r e g u n t o y o a h o r a : S e r a bueno que tales obras c o m o sas las atrib u y s e m o s a la c a l i d a d d e los s u j e t o s , o a la d i v e r s i d a d de los t i e m p o s , o a la m u c h a o p o c a v i r t u d
los m a n j a r e s ?
(Joan.,
15):
N o , p o r c i e r t o , p o r q u e d i c e el
"Sin
ninguna
cosa
podis
de
Seor
hacer;
FRAY
JUAN
DE
LOS
NGELES
et in saecida:
Christus
heri
et
las
hodie,
J e s u c r i s t o a y e r y hoy, y el m i s m o
De
manera
que, segn
fuere
digno
e s t o , es e n g a o
de
muy
g r a n d e d e c i r q u e en l a s c o s a s n a t u r a l e s e s t u v i e s e
a v e n t a j a r s e l o s S a n t o s p a s a d o s a los q u e a h o r a
el
vi-
v i m o s , o q u e f a l t e en D i o s , q u e e n t o n c e s les f a v o r e c a ,
e l p o d e r ni el q u e r e r p a r a n o s o t r o s q u e t u v o
para
e l l o s . V e r d a d es q u e el m u n d o e s t y a e n l o l t i m o y
allegado a la decrpita, p o r q u e
aun
en m a t e r i a
v i r t u d s e h a l l a n en l c i e n m i l n o v e d a d e s
de
dispa-
adelante,
ni
hay
telogos
que
agoten
sus
d i f i c u l t a d e s ; y a s m e p e r s u a d o q u e los s a n t o s d e l a
f a m a , l o s g e n e r a l e s y c a p i t a n e s del p u e b l o c r i s t i a n o y
l o s de la m e s a redonda y a p a s a r o n , y que la
gente
q u e a h o r a se h a c e p a r a
el c i e l o e s d e a p i e , g e n t e
menuda, gente
feminada
d e m e l c o c h a , q u e ni un
filsofos
y procuradores
solci-
t o s de l a s a l u d c o r p o r a l , y v i v i m o s con cien m i l r e g l a s
d e p r u d e n c i a a c e r c a del s u e o , q u e s e a de siete h o r a s ; d e l a c o m i d a , q u e s e a b u e n a y r e g a l a d a ; d e la
173
MSTICOS
ESPAOLES
c a m a , q u e n o s e a d u r a p a r a q u e d e s c a n s e el c u e r p o ;
del r a t o d e c o n v e r s a c i n , p o r q u e n o s o p i l e m o s ; de l a
visita, p o r q u e no parezcamos
salvajes;
de la
urba-
o esqueleto, que
174
tercera.)
S A N
J U A N
N a c e en F o n t i v e r o s
e n qu mes y
D E
L A
CRUZ
( A v i l a ) , en 1 5 4 2 , i g n o r n d o s e
fecha
cier-
t a l a del 2 4 d e j u n i o . F u s u p a d r e G o n z a l o de Y e pes,
cuya
noble
familia
haba
dado
al
"Los
mundo
del
ca-
apellido
declara
Catalina
tan
un v i e j o
Alvarez,
hermosa
ella
de
y
manuscrito.
humilde y
agradable
la
Fu
honrada
que,
segn
c u e n t a n , l u e g o q u e l a vio G o n z a l o , a l p u n t o s e r i n d i
e n a m o r a d o y d e c i d i t o m a r l a p o r e s p o s a ; lo q u e h i z o
contra la oposicin
d e l o s s u y o s a esta u n i n
des-
igual.
D e e s t e m a t r i m o n i o n a c e n t r e s h i j o s , u n o de e l l o s
J u a n , el q u e h a b a d e s e r a l t s i m o p o e t a de l a M s t i c a
espaola.
Mas
pronto la
t e s e en d i f i c u l t a d e s
felicidad p r i m e r a
p e s se e n c u e n t r a en s i t u a c i n d e s o s t e n e r
mente
el h o g a r
convir-
p a r a la vida, y G o n z a l o de
acudiendo
su
oficio
de
Ye-
trabajosatejedor,
q u e e n s e a a su h i j o m a y o r , F r a n c i s c o .
Pocos
familia
aos
en
despus
desamparo
fallece
y
Gonzalo, y
miseria. L a
deja a
infeliz
la
viuda
hijo
MSTICOS
ESPAOLES
Arvalo,
sostenidos
c o n los m o d e s t o s i n g r e s o s de F r a n c i s c o . E n
del C a m p o , a c u y a
Medina
fecha
seda.
J u a n a s i s t e e n t r e t a n t o al c o l e g i o d e los n i o s
de
la
An-
t n , l l e v a d o p o r el c a b a l l e r o A l o n s o A l v a r e z d e T o ledo,
hombre
retirado
obras de beneficencia
del
mundo
consagrado
y c a r i d a d , q u i e n a su v e z l e
esca-
s o t i e m p o s o b r a n t e se d i c e q u e l o o c u p a b a e n h a c e r
tallas
En
cruces
cristos.
en e s t e h o s p i t a l
de
b u b a s q u e le d a n l i c e n c i a p a r a a s i s t i r al c o l e g i o
de
l a C o m p a a de J e s s , donde se f o r m a intelectual
m o r a l m e n t e . E n t r e los aos 1 5 5 8 y 1 5 6 1 se cree
a l u m n o del p a d r e J u a n
Bonifacio,
r e n o m b r e y m a e s t r o en e d a d
jesuta
juvenil. J u a n
de
de
fu
gran
Ye-
de este su
discipulado,
slida
durante
el
cual
logra
una
pre-
SAN
JUAN
DE
LA
p a r a c i n en L a t n , F i l o s o f a ,
CRUZ
Retrica, Artes
en
contaban
e n el h o s p i t a l q u e a n d n d o l e a b u s c a r d e n o c h e n o l e
podan hallar, y al cabo venan a verle entre las tinad a s d e los m a n o j o s
estudiando".
T e r m i n a d o s los e s t u d i o s del c o l e g i o , s u
protector
don A l o n s o A l v a r e z d e T o l e d o le hace v a r i a s
ofertas
hbito
del
C a r m e n ; l o q u e h a c e e n el c o n v e n t o
de
Santa
otra Orden
para
someterse
a mayor
rigor;
m a s n o l l e v a a d e l a n t e el p r o p s i t o d e h a c e r s e c a r t u j o ,
s i n o q u e s e t r a s l a d a a S a l a m a n c a , el a o
Ya
1564.
en la c i u d a d u n i v e r s i t a r i a J u a n d e S a n t o
Ma-
Andrs
de las
recoge
Fundaciones:
" P o c o d e s p u s a c e r t a v e n i r all u n p a d r e d e p o c a
e d a d , q u e e s t a b a e s t u d i a n d o e n S a l a m a n c a , y l
con
otro por
c o m p a e r o , el c u a l
me
dijo
fu
grandes
fray
J u a n de la C r u z . Y o alab a N u e s t r o S e o r , y h a blndole
contentme
mucho y
s u p e d e l c m o
q u e r a t a m b i n i r a los C a r t u j o s . Y o le d i j e l o
179
se
que
MSTICOS
ESPAOLES
el
S e o r n o s d i e s e m o n a s t e r i o y el g r a n b i e n q u e s e ra,
si h a b a
de
mejorarse,
ser
en s u
misma
Or-
d e n , y c u a n t o m s s e r v i r a a l S e o r . E l m e dio
la
si c o n o c e a
si
r e c i b e d e l e j e m p l o e n
contemplativa.
Ello
resulta
Es-
su
disposicin
si
advertimos
probable
que f r a y L u i s m u e r e el 2 3 de a g o s t o de 1 5 9 1 y
Juan
d e la C r u z en el m e s de d i c i e m b r e s i g u i e n t e ; lo q u e
habla de coincidencia de las dos vidas, reunidas temp o r a l m e n t e en la c i u d a d del T o r m e s . F r a y J u a n
elegido
Prefecto
de los
Estudiantes
llega
es
dar
raros, y
exis-
que
h a b a d e s e r v i r l e p a r a l a v i d a , si h e m o s d e c r e e r
menester, y
si h a b a
menester
ver
algn
o t r o l i b r o l o t o m a b a de l a l i b r e r a c o m n y l o v o l va luego a ella".
D u r a n t e los c u a t r o a o s participa en la v i d a es180
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
c o l a r y s o c i a l d e S a l a m a n c a . E n t o n c e s n a c e e n l el
deseo de acogerse a la severa p a z de la r e g l a c a r t u jana, propsito que
viene a detener en su
realiza-
c i n el e n c u e n t r o c o n T e r e s a de J e s s e n M e d i n a . T i e n e l a d o c t o r a m s t i c a en a q u e l l a
fecha cincuenta
Vida,
Relaciones
Perfeccin.
la primera
Juan
de
las tres
versin
Santo
Camino
de
Matas
se halla
u n a bien
de
Sucede
entonces
de la provincia
de
donacin
de
confiar
Bracamonte.
fray
Juan,
tablecimiento
del
formado
de
frailes
semanas
despus
Heredia
en
se
La
Teresa
decide
madre
otoo de
aquel
santo cambia
de
fray
entonces
Juan
de
la
1568,
el
esre-
adonde
fray
su
Pe-
carmelitano
lugar,
renen
un carmelita d e M e d i n a
futuro
kil-
que da
convento
le
ocho
el c a m i n o
en el
primer
por
el
en
de
insignificante
Avila, a cuarenta y
de la capital,
aranda
de
Jess.
en
labrada
p e r s o n a l i d a d , q u e s a b e a f i r m a r s e a n t e el i n f l u j o
Teresa
pri-
pocas
Antonio
de
del C a m p o .
nombre
El
religioso
Cruz. "Tardse
poco
e n a d e r e z a r la c a s a e s c r i b e la F u n d a d o r a ,
por-
que
mu-
no
haba
dinero, aunque
cho. A c a b a d o ,
el p a d r e
priorazgo
harta
con
fray
quisieran
Antonio
voluntad,
renunci
prometi
su
la
pri-
m e r a R e g l a , q u e a u n q u e le decan lo probase
pri-
181
hacer
C3
MSTICOS
mero,
no
quiso.
ESPAOLES
Ibase
su
casita
con
el
mayor
junio
de
1570
trasladan
el
monasterio
de
D u r u e l o a M a n c e r a , d o n d e les hiciera, c a s a el c a b a l l e r o
don L u i s de T o l e d o , seor de aquel pueblo y de las
Cinco
Villas.
Antes,
en
julio
de
1569, haba
sido
a b i e r t o el m o n a s t e r i o d e P a s t r a n a , y a l l e n v a T e r e s a de J e s s a f r a y J u a n , en octubre de 1 5 7 0 , como
maestro de novicios. E n abril de 1 5 7 1
pasa a
Alca-
l de H e n a r e s , p a r a f u n d a r y r e g i r el Colegio
Car-
melitano.
que
Fray
Juan
es
entonces
el
maestro
t r a s m i t e u n a d o c t r i n a e s c r i b e B a r u z i , el h o m b r e
q u e se e n t r e g a a l a p r o p a g a c i n de u n a fe
ardiente
r e c p r o c a q u e s e d a e n ellos
modo continuado
de
1572
manifistase
1577,
en
cuyo
carmelitana,
encami-
graciosamente
fray
Juan
de la C r u z y a
o t r o p a d r e en la n o c h e d e l 3 al 4 d e d i c i e m b r e d e
1 5 7 7 y llevarlo prisionero al convento de los c a r m e l i t a s m i t i g a d o s , en T o l e d o . A l s a b e r l o T e r e s a d e c i d e
e s c r i b i r al r e y F e l i p e I I , p r o t e s t a n d o c o n t r a s e m e j a n te atropello: " A
182
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
que
ellos
huir
d e l a p r i s i n e n l a n o c h e del 1 6 d e a g o s t o d e
1578.
fray
J u a n de l a C r u z , q u e n o s c m o s u f r e D i o s c o s a s s e mejantes ; que
an
vuestra
paternidad
no
lo
sabe
t o d o . T o d o s n u e v e m e s e s e s t u v o en u n a c a r c e l i l l a , q u e
n o c a b r a b i e n , c o n c u a n c h i c o e s , y en t o d o s ellos n o
s e m u d l a t n i c a , c o n h a b e r e s t a d o a la m u e r t e . T r e s
d a s a n t e s q u e s a l i e s e le dio el s u p e r i o r u n a
camisa
nadie!
sin v e r l e
osadas que
hall
N u e s t r o S e o r c a u d a l p a r a tal m a r t i r i o , y q u e es b i e n
que se sepa p a r a que se g u a r d e n m s de esta gente.
D i o s los p e r d o n e . A m n . "
Lejos
de a p o c a r l e
la oscuridad
tristeza
de
la
para
e l e v a r l o s o b r e las m i s e r i a s h u m a n a s y p a r a q u e m a n i f i e s t e s u s a n h e l o s en f o r m a d e b e l l e z a n o s u p e r a d a :
183
MSTICOS
ESPAOLES
fa-
eclesisti-
c a s o c a s i o n a , e n t r e o t r a s m e d i d a s , el d e s t i e r r o d e f r a y
J u a n en el o t o o d e 1 5 7 8 a u n m o n a s t e r i o s i t u a d o e n
la u m b r o s a
s o l e d a d del C a l v a r i o , c e r c a d e B e a s
de
S e g u r a . A q u el p o e t a d i c e u n m a n u s c r i t o g o z a b a
sin medida de la vista del cielo y de la vista de tanta multiplicidad de y e r b a s , plantas y cosas de aquella
selva. Y
a u n q u e d e s d e la v e n t a n a d e s u c e l d a g o z a b a
de fiestas
tomaba
su bculo y
un
y
de d e s c a l z a s
carmelitas."
E n j u n i o d e 1 5 7 9 le e n v a n a B a e z a c o m o d i r e c t o r
184
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
p r o v e c h o s a c o n el p r o f e s o r a d o
de
la
E s c u e l a u n i v e r s i t a r i a all e s t a b l e c i d a .
D e B a e z a t r a s l d a s e a G r a n a d a , en e n e r o d e 1 5 8 2 ,
por
haber
sido nombrado
Prior
de los
Carmelitas
produce
all la m a y o r p a r t e d e s u o b r a , f a v o r e c i d a a c a s o l a
inspiracin por la magnificencia
del l u g a r , d o n d e
la
t i e r r a y el cielo c o m p i t e n en b e l l e z a ; a u n q u e G u i s e p p e
d e L u c a o b s e r v a en s u "San
rismi
e Poesia"
Giovani
della Croce.
Afo-
q u e la n a t u r a l e z a le d i c e p o c o , y l a s
fantasa...
T e r e s a d e J e s s m u e r e el 4 d e o c t u b r e d e 1 5 8 2 , y
c o n e l l a d e s a p a r e c e el e s p r i t u a u t n t i c o d e l a r e f o r m a , la cual halla pronto g r a v e s dificultades p a r a
el
a v a n c e . J u a n d e l a C r u z p r o c u r a e v i t a r el d a o c o n
actividad celosa, y l o g r a personalmente algn recogimiento en
el
priorato de
Segovia;
mas
pronto
se
conve-
sta
v e s e b i e n q u e n o l o e s , ni p a r a m ni p a r a n i n g u n o ,
pues en cuanto para m es m u y prspera, porque con
l i b e r t a d y d e s c a r g o d e a l m a s p u e d o , si q u i e r o
(me-
d i a n t e el d i v i n o f a v o r ) , g o z a r d e l a p a z , d e l a s o l e d a d y d e l f r u t o d e l e i t a b l e del o l v i d o d e s y d e t o d a s
185
MSTICOS
ESPAOLES
en
aquel apartado
de
elevacin
lugar alcanza
contemplativa
el g r a d o m s
alto
y de renuncia, pues
consta
s e i b a m u y d e m a d r u g a d a a la h u e r t a , d o n d e p e r m a n e c a en o r a c i n , d e r o d i l l a s , h a s t a l a s n u e v e o l a s
diez, a cuya hora celebra misa. E l
emplea tambin en ejercicios
resto del da lo
devotos
y en
escribir
cierta
d e e l l o , ni t a m p o c o d e q u e h i c i e r a e n t o n c e s u n a n u e v a
versin de la
Llama.
E l da 2 1 de septiembre de 1 5 9 1 escribe a A n a de
Pealosa:
"Maana
unas
sufrimientos.
OBRAS:
Subida
del Monte
Noche
oscura
Cntico
Llama
Cartas
Devotas
Carmelo.
del
alma.
espiritual.
de amor
viva.
espirituales.
poesas.
E P I S T O L A R I O
Carta a la Madre
ligiosa
Magdalena
del
del Espritu
Convento
de
Santo,
re-
Crdoba.
J e s s s e a en s u a l m a , m i h i j a en C r i s t o .
Holgado
m e he de v e r sus buenas determinaciones, que m u e s tra por su carta. A l a b o a Dios que provee en todas
l a s c o s a s , p o r q u e b i e n las h a b r m e n e s t e r e n e s t o s
principios de fundaciones
pobrezas
para calores,
trabajar
en
todo,
de
se advierta
si d u e l e
o no duele. M i r e
estrechuras,
manera
que
que
no
en
es-
t o s p r i n c i p i o s q u i e r e D i o s a l m a s , n o h a r a g a n a s ni d e l i c a d a s , ni m e n o s a m i g a s d e si, y p a r a e s t o a y u d a s u
M a j e s t a d m s en e s t o s p r i n c i p i o s ; d e m a n e r a q u e c o n
un poco de diligencia pueden ir adelante en toda v i r t u d ; y ha sido grande dicha y signo de Dios
dejar
o t r a s y t r a e r l a a e l l a . Y a u n q u e m s le c o s t a r a l o q u e
d e j a , n o es n a d a , q u e e s o p r e s t o se h a b a d e d e j a r ,
as como a s ; y p a r a tener a D i o s en todo conviene
n o t e n e r en t o d o n a d a , p o r q u e el c o r a z n q u e es d e
u n o , c m o p u e d e s e r del t o d o d e o t r o ? A l a h e r m a n a J u a n a , que digo lo m i s m o , y q u e m e
encomiende
a D i o s , el c u a l sea e n su a l m a , a m n . D e S e g o v i a
julio 2 8 de 1 5 8 9 . F r a y
J u a n de la
1S7
Cruz.
MSTICOS
A la madre
Ana
za del convento
ESPAOLES
de Jess,
religiosa
de Segovia,
que a l no le hubiesen
carmelita
descal-
en que la consuela
hecho
de
prelado.
ordenado
a s , es l o q u e a t o d o s m s n o s c o n v i e n e ; s l o r e s t a
a p l i c a r a e l l o l a v o l u n t a d , p a r a q u e , a s c o m o es v e r dad, nos lo p a r e z c a ; porque las cosas que no dan g u s to, por buenas y convenientes que sean, parecen m a las y a d v e r s a s , y sta v e s e bien que n o lo es ni p a r a
m ni p a r a n i n g u n o , p u e s en c u a n t o p a r a m es m u y
prspera, porque con la libertad y descargo de almas
p u e d o , si q u i e r o ( m e d i a n t e e l d i v i n o f a v o r ) , g o z a r d e
l a p a z d e l a s o l e d a d y del f r u t o d e l e i t a b l e d e l o l v i d o
d e s y d e t o d a s l a s c o s a s , y a l o s d e m s t a m b i n l e s
est bien t e n e r m e aparte, pues as estarn libres de
las f a l t a s q u e h a b a n d e h a c e r a c u e n t a d e m i m i s e ria. L o q u e la r u e g o , h i j a , es que ruegue al
q u e de todas m a n e r a s m e lleve esta m e r c e d
Seor
adelan-
yo
esto:
m a s si n o p u e d e s e r t a m p o c o s e h a b r l i b r a d o l a m a 188
SAN
dre A n a
JUAN
DE
LA
CRUZ
piensa,
y a s n o s e m o r i r c o n e s t a l s t i m a d e q u e se a c a b l a
o c a s i n , a s u p a r e c e r , de s e r m u y s a n t a . P e r o a h o r a
sea yendo, ahora quedando, do quiera y como quiera
q u e s e a , n o l a o l v i d a r ni q u i t a r d e l a c u e n t a
dice, p o r q u e con v e r a s deseo su bien p a r a
que
siempre.
Majestad
la c o n s e r v e
aumente
en su
amor,
julio
6 de 1 5 9 1 . F r a y J u a n de la C r u z .
repugnancia
he tenido en declarar
estas
espritu
a s , p o r el p o c o
q u e h a y e n m lo h e d i f e r i d o h a s t a a h o r a . P e r o a h o r a , q u e p a r e c e q u e el S e o r h a a b i e r t o u n p o c o l a
noticia y dado algn' calor de espritu, m e he a n i m a 189
MSTICOS
ESPAOLES
p a r e c e r y al j u i c i o d e n u e s t r a
santa
con este p r e s u p u e s t o , a r r i m n d o m e a la
divina E s c r i t u r a (advirtiendo que todo lo que se dij e r e es m u c h o m e n o s d e l o q u e p a s a e n a q u e l l a n t i m a unin con D i o s ) , m e atrever a decir lo que supiere.
Y
y t a n e x t r a a s m e r c e d e s a las a l m a s q u e l d a e n r e g a l a r , p o r q u e si c o n s i d e r a m o s q u e e s D i o s y q u e l a s
hace como D i o s y con infinito a m o r y bondad,
no
n o s p a r e c e r f u e r a d e r a z n , p u e s E l d i j o q u e en el
q u e a m a s e v e n d r a n el P a d r e , y H i j o , y E s p r i t u S a n to, y haran m o r a d a en l ; lo cual haba de ser hac i n d o l e a l v i v i r y m o r a r en el P a d r e , H i j o y E s p ritu
S a n t o e n v i d a d e D i o s , c o m o d a a e n t e n d e r el
perfec-
en
ese
mismo
estado
de
transformacin.
190
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
sustanciarse
mucho
m s en el a m o r . B i e n a s c o m o , a u n q u e h a b i e n d o e n t r a d o el f u e g o en el m a d e r o , le t e n g a
transformado
e n s y e s t y a u n i d o c o n l , t o d a v a , a f e r r n d o s e m s
el f u e g o y d a n d o m s t i e m p o e n l , se p o n e
mucho
de
en e s t e e n c e n d i d o g r a d o s e h a d e e n -
t e n d e r q u e h a b l a el a l m a a q u y a t r a n s f o r m a d a y c a l i f i c a d a i n t e r i o r m e n t e en f u e g o d e a m o r , q u e , n o s l o
e s t u n i d a c o n este d i v i n o f u e g o , s i n o q u e h a c e
ya
CANCIONES
de
MSTICOS
ESPAOLES
de la primera
Cancin.
fuerza
est transformada
de
en Dios,
tan
riquezas
altamente
de dones y vir-
bienaventu-
r a n z a q u e n o la d i v i d e s i n o u n a l e v e y d e l i c a d a t e l a .
Y
e n ella a r d e , c a d a v e z q u e l a e s t e m b i s t i e n d o , l a e s t
como glorificando con suaves premisas de gloria, tant o q u e c a d a v e z q u e l a a b s o r t e y e m b i s t e le p a r e c e
q u e le v a a d a r l a v i d a e t e r n a y a r o m p e r l a t e l a de
l a v i d a m o r t a l , dice c o n g r a n d e s e o a l a l l a m a , q u e
e s el E s p r i t u
en a q u e l
S a n t o , que r o m p a y a la v i d a
mortal
d u l c e e n c u e n t r o en q u e d e v e r a s l e a c a b e
d e c o m u n i c a r lo q u e p a r e c e q u e s e l e v a a d a r , q u e
es glorificarla
entera
perfectamente;
viva!"
192
as
dice:
A" AN
JUAN
Declaracin
En
esta cancin
DE
LA
de la Cancin
CRUZ
segunda.
da a entender el alma c m o
tres personas de la S a n t s i m a T r i n i d a d , P a d r e ,
las
Hijo
y el cauterio,
en s u s t a n c i a s o n u n a m i s m a c o s a , y p n e l o s
nombres
por
cuanto
p o r el
efecto
que
hace
c a d a u n a en p r o p o r c i n les c o n v i e n e . E l cauterio
es
el E s p r i t u S a n t o , la mano
es
es el P a d r e y el toque
el H i j o ; y a s e n g r a n d e c e a q u el a l m a al P a d r e , H i j o
y E s p r i t u Santo, encareciendo tres grandes mercedes
y b i e n e s q u e en ella h a c e n p o r h a b e r y a t r o c a d o
su
m u e r t e e n v i d a , t r a n s f o r m n d o l a en s. L a p r i m e r a es
llaga
por
vida
regalada,
y s t a a t r i b u y e al E s p r i t u
e s o la l l a m a cauterio;
eterna,
l l a m a toque
la
segunda
Santo, y
es gusto
de
sta a t r i b u y e al H i j o , y p o r e s o l e
delicado;
la t e r c e r a es ddiva,
con
que
q u e d a m u y bien p a g a d a el n i m a , y s t a a t r i b u y e al
P a d r e , y p o r e s o l a l l a m a mano
blanda. Y a u n q u e a q u
v i d a las h a s t r o c a d o " ; p o r q u e t o d a s
ellas
Declaracin
de la Cancin
tercera.
G r a n d e m e n t e es m e n e s t e r el f a v o r de D i o s p a r a d e c l a r a r la profundidad
de esta c a n c i n , y m u c h a
T
93
13
ad-
jgM^-
MSTICOS
ESPAOLES
v e r t e n c i a d e l q u e l a f u e r e l e y e n d o ; q u e , si n o t i e n e
experiencia, le ser harto
o s c u r o l o q u e e n ella
t r a t a , c o m o si p o r v e n t u r a l a t u v i e s e l e s e r a
y
se
claro
gustoso.
E n e s t a C a n c i n n t i m a m e n t e a g r a d e c e el a l m a
subidas
noticias
de
mismo,
con las
cuales
p o r q u e el a m a n t e v e r d a d e r o e n t o n c e s
c o n t e n t o c u a n d o t o d o l o q u e l e s , y v a l e , y
est
puede
v a l e r , y l o q u e t i e n e y p u e d e t e n e r l o e m p l e a e n el
A m a d o , y cuanto ello m s es, m s g u s t o recibe
en
d a r l o , y d e e s o s e g o z a a q u el a l m a , p o r q u e d e l o s
resplandores y a m o r que recibe pueda ella respland e c e r d e l a n t e de s u A m a d o y
Declaracin
amarle.
de la Cancin
cuarta.
C o n v i r t e s e el a l m a a q u a s u E s p o s o c o n
mucho
q u e E l a v e c e s e n ella h a c e p o r m e d i o
unin,
notando tambin
el
adde
los
h a c e y el e f e c t o q u e en e l l a r e d u n d a d e e s t o . E l p r i m e r e f e c t o e s r e c u e r d o de D i o s e n el a l m a , y el m o d o
194
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
c o n que ste se h a c e es m a n s e d u m b r e y a m o r . E l
se-
g u n d o e s a s p i r a c i n d e D i o s e n el a l m a , y el m o d o d e
s t e e s d e bien y g l o r i a q u e s e l e c o m u n i c a e n l a a s piracin.
lo que
de aqu
e n el a l m a
redunda
es
e n a m o r a r l a d e l i c a d a y t i e r n a m e n t e ; y a s e s c o m o si
d i j e r a : E l r e c u e r d o q u e haces, oh V e r b o E s p o s o ! , en
el c e n t r o y f o n d o d e m i a l m a , en q u e s e c r e t a y c a l l a d a m e n t e solo, c o m o solo S e o r d e ella, m o r a , no slo
como en tu casa, ni slo como en tu mismo
lecho,
sino tambin c o m o en mi propio seno ntima y estrechamente unido, cuan mansa y amorosamente le hac e s ! (esto es, grandemente m a n s o y a m o r o s o ) . Y
es
toma
recuerda
de
ella as lo
el a l m a
su
la
semejanza
sueo respira;
unin
cmo
es
carecer
pequeos
porque
a la
En
cuando
verdad
siente.
SUBIDA AL MONTE
Prueba
del q u e
que
necesario
el
alma
CARMELO.
para
de todos
llegar
a la
los
apetitos,
divina
por
sean.
P a r e c e q u e h a m u c h o q u e el l e c t o r d e s e a
pregun-
t a r q u e si e s d e f u e r z a p a r a l l e g a r a e s t e a l t o e s t a d o
de perfeccin haya de haber precedido
mortificacin
t o t a l e n t o d o s l o s a p e t i t o s , c h i c o s y g r a n d e s ; y q u e si
195
MSTICOS
ESPAOLES
b a s t a r a m o r t i f i c a r a l g u n o s d e ellos y d e j a r a
otros,
a lo m e n o s a q u e l l o s q u e p a r e c a n d e p o c o m o m e n t o .
P o r q u e parece cosa recia y m u y dificultosa poder lleg a r el a l m a a t a n t a p u r e z a y d e s n u d e z q u e n o t e n ga
voluntad
ni
aficin
ninguna
cosa.
esto
se
r e s p o n d e : l o p r i m e r o , q u e es v e r d a d q u e n o t o d o s los
apetitos
son
embarazan
tan
perjudiciales
unos como
al a l m a t o d o s en i g u a l
otros,
ni
g r a d o (hablo de
l o s v o l u n t a r i o s ) , p o r q u e los a p e t i t o s n a t u r a l e s p o c o o
n a d a i m p i d e n al a l m a p a r a l a u n i n c u a n d o n o s o n
consentidos
...Pero
ni
pasan
algunos
de
hbitos
primeros
movimientos...
de v o l u n t a r i a s
acaban
de
imperfec-
vencerse, no
sola-
m e n t e i m p i d e n l a d i v i n a u n i n , p e r o el i r
adelante
en
habitua-
la
perfeccin.
Estas
imperfecciones
de hablar mucho,
un
semejantes.
Cualquiera
de estas
imperfeccio-
n e s , en q u e t e n g a el a l m a a s i m i e n t o y h b i t o , es t a n t o d a o p a r a p o d e r c r e c e r y ir a d e l a n t e en la
t u d q u e si c a y e s e c a d a d a en o t r a s m u c h a s
vir-
imper-
costumbre
de alguna
mala
propiedad,
n o le i m p e d i r a n t a n t o c u a n t o t e n e r el a l m a a s i m i e n to a alguna c o s a ;
porque
en t a n t o q u e le
196
tuviere,
5^xV
JUAN
DE
LA
CRUZ
e x c u s a d o es q u e p u e d a l l e g a r a l a p e r f e c c i n , a u n q u e
la
me
da
cosa
sea m u y
mnima.
Porque
qu
se
un
g r u e s o ? P o r q u e , a u n q u e s e a d e l g a d o , a s i d a se e s t a far
a l en t a n t o q u e n o l e q u e b r a r e p a r a
V e r d a d es q u e el d e l e g a d o es m s f c i l d e
volar.
quebrar;
p e r o , p o r fcil q u e e s , si n o l o q u i e b r a , n o v o l a r .
Y
a s es el a l m a q u e t i e n e a s i m i e n t o a a l g u n a
cosa
de
la
divina
unin;
porque
apetito
asi-
m i e n t o del a l m a t i e n e la p r o p i e d a d q u e d i c e n
tiene
la r e m o r a c o n l a n a v e , q u e , con s e r u n p e z m u y p e q u e o , si a c i e r t a a p e g a r s e a l a n a v e l a t i e n e t a n q u e d a q u e
n o la d e j a n a v e g a r . Y a s , es l s t i m a v e r a l g u n a s a l m a s
como unas ricas naos cargadas de riquezas de obras y
ejercicios espirituales, virtudes y mercedes que Dios
les h a c e , y p o r n o t e n e r n i m o p a r a a c a b a r c o n a l g n
g u s t i l l o , a s i m i e n t o o a f i c i n ( q u e t o d o es u n o ) , n u n ca pueden llegar al puerto de la unin perfecta, que
no estaba en m s que en d a r un buen v u e l o y
bar
de
quebrar
aquel
hilo
de
asimiento
aca-
quitar
gruesos
Dios
hcholes quebrar
de aficiones
otros
de p e c a d o s y
cordeles
vanidades;
y p o r n o d e s a s i r s e d e u n a n i e r a q u e les d e j D i o s
q u e v e n c i e s e n p o r a m o r d e l , q u e n o es m s q u e u n
hilo, d e j e n de ir adelante y llegar a tanto b i e n ;
l o p e o r es q u e , p o r a q u e l a s i m i e n t o , n o s l o n o v a n
197
MSTICOS
ESPAOLES
a d e l a n t e , s i n o q u e en m a t e r i a d e p e r f e c c i n
vuelven
trabajo
h a b a n g a n a d o ; p o r q u e y a s e s a b e q u e , en este c a m i n o e s p i r i t u a l , el n o i r a d e l a n t e v e n c i e n d o e s v o l v e r a t r s ; y el n o i r g a n a n d o es i r p e r d i e n d o . . .
De
la manera
entrar
y modo
en esta
que ha de tener
noche
el alma
del sentido
por
para
fe.
aunque
son breves
pocos, y o
entiendo
como
compen-
d i o s o s ; d e m a n e r a q u e el q u e d e v e r a s s e q u i s i e r e
e j e r c i t a r e n ellos n o le h a r n
falta otros
ningunos,
afecto
saberla
imitar
se
haberse
en todas
las
cosas como
hu-
b i e r a l.
L o segundo, p a r a poder bien hacer esto, cualquier
g u s t o q u e s e le o f r e c i e r e a l o s s e n t i d o s , c o m o n o s e a
p u r a m e n t e p a r a g l o r i a y h o n r a de D i o s ,
y q u d e s e v a c a d e l p o r
amor
renuncelo
de J e s u c r i s t o ,
el
c u a l en e s t a v i d a n o t u v o o t r o g u s t o , ni le q u i s o , q u e
h a c e r l a v o l u n t a d d e s u P a d r e ; l o c u a l l l a m a b a l s u
comida
manjar.
Pongo
ejemplo:
si
se le
ofre-
para
el
quiera
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
o r ; y si le d i e r a g u s t o m i r a r c o s a s q u e n o le l l e v e n
m s a D i o s , ni q u i e r a el g u s t o
ni m i r a r
las
tales
c o s a s ; y si en h a b l a r o en o t r a c u a l q u i e r c o s a s e l e
ofreciere,
h a g a lo m i s m o ; y
en t o d o s los
sentidos
ni m s n i m e n o s e n c u a n t o l o p u d i e r e e x c u s a r b u e n a m e n t e ; p o r q u e , si n o p u d i e r e , b a s t a q u e n o q u i e r a
g u s t a r de ello, a u n q u e estas cosas p a s e n p o r l.
de esta m a n e r a h a de p r o c u r a r
dejar luego
morti-
f i c a d o s y v a c o s d e a q u e l g u s t o a los s e n t i d o s c o m o
a oscuras, y con este cuidado en b r e v e
aprovechar
mucho.
Y
nes
para mortificar
naturales,
que
y
son
esperanza,
pasio-
temor
salen
estos
y los d e m s b i e n e s , e s t o t a l r e m e d i o l o q u e s e s i g u e
y de g r a n merecimiento, y causa de g r a n d e s
virtu-
des.
Procure
siempre
sino a lo m s
inclinarse
no
lo
ms
fcil,
dificultoso;
N o a lo s a b r o s o , s i n o a lo m s d e s a b r i d o ;
N o a l o m s g u s t o s o , s i n o a lo q u e n o d a g u s t o ;
N o a lo q u e es c o n s u e l o , s i n o a n t e s a l d e s c o n s u e l o ;
N o a lo q u e es d e s c a n s o , s i n o a l o t r a b a j o s o ;
N o a lo m s , s i n o a lo m e n o s ;
N o a lo m s a l t o y p r e c i o s o , sino a l o m s
y
bajo
despreciado;
N o a l o q u e es q u e r e r a l g o , s i n o a n o q u e r e r n a d a ;
N o a a n d a r buscando lo m e j o r de las cosas, s i n o
199
MSTICOS
ESPAOLES
vaco
y p o b r e z a p o r C r i s t o d e t o d o c u a n t o h a y en el m u n d o .
Y estas o b r a s c o n v i e n e las a b r a c e d e c o r a z n y p r o c u r e a l l a n a r l a v o l u n t a d en e l l a s ; p o r q u e , si d e c o razn las obra, m u y
ellas g r a n
y
deleite y
en b r e v e v e n d r a a h a l l a r
consolacin, obrando
en
ordenada
discretamente.
L o que est dicho, bien ejercitado, basta p a r a en-
primero,
muchos.
procurar
obrar
en
su
desprecio
h a b l a r en s u d e s p r e c i o
d e s e a r q u e los o t r o s l o h a g a n .
Lo
segundo, procurar
procurar
hagan.
L o t e r c e r o , p r o c u r a r p e n s a r b a j a m e n t e d e s e n
su desprecio y desear que los dems lo h a g a n . . .
P O E S A S
Canciones.
D e l a l m a q u e s e g o z a d e h a b e r l l e g a d o al a l t o e s t a d o de l a p e r f e c c i n , q u e e s l a u n i n c o n D i o s p o r
el c a m i n o d e l a n e g a c i n
espiritual.
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
oh dichosa ventura!,
sal sin ser notada,
estando ya mi casa sosegada:
a oscuras y segura,
por la secreta escala, disfrazada,
Oh dichosa ventura!
a oscuras, y en celada,
estando ya mi casa sosegada.
En la noche dichosa,
en secreto que nadie me vea
ni yo miraba cosa,
sin otra luz y gua
sino la que en el corazn arda,
aquesta me guiaba
ms cierto que la luz de medioda,
adonde me esperaba
quien yo bien me saba,
en parte donde nadie pareca.
Oh noche, que guiaste,
oh noche amable, ms que el alborada!
Oh noche, que juntaste
Amado con amada,
amada en el Amado transformada!
En mi pecho florido,
que entero para l solo se guardaba,
all qued dormido,
y yo le regalaba,
y el ventalle de cedros aire daba.
El aire del almena,
cuando yo sus cabellos esparca,
con su mano serena
en mi cuello hera,
y todos mis sentidos suspenda.
Qudeme y olvdeme,
el rostro reclin sobre el Amado,
ces todo y djeme,
dejando mi cuidado
entre las azucenas olvidado.
201
MSTICOS
ESPAOLES
CNTICO
Canciones
entre
ESPIRITUAL.
el alma
y el
esposo.
ESPOSA.
Adonde te escondiste,
Amado, y me dexaste con gemido?
Como el ciervo huste
habindome herido;
sal tras ti clamando, y eras ido.
Pastores los que fuerdes
all por las majadas al otero,
si por ventura vierdes
Aquel que yo ms quiero,
decilde que adolezco, peno y muero.
Buscando mis amores
ir por esos montes y riberas,
ni coger las flores,
ni temer las fieras,
y pasar los fuertes y fronteras.
Oh bosques y espesuras
plantadas por la mano del Amado!
Oh prado de verduras
de flores esmaltado,
decid si por vosotros ha pasado!
CRIATURAS.
JUAN
DE
LA
CRUZ
de hoy ms ya mensajero
que no saben decirme lo que quiero.
Y todos cuantos vagan
de ti me van mil gracias refiriendo,
y todos ms me llagan
y djanme muriendo
un no s qu que quedan balbuciendo.
Mas, i cmo perseveras,
1 oh vida!, no viviendo donde vives,
y haciendo porque mueras
las flechas que recibes
de lo que del Amado en ti concibes?
Por qu, pues, has llagado
aqueste corazn, no le sanaste?
"Y pues me le has robado,
por qu as lo dejaste
y no tomas el robo que robaste?
Apaga mis enojos,
pues que ninguno basta a deshacellos,
y vante mis ojos,
pues eres lumbre dellos
y slo para ti quiero tenellos.
Descubre tu presencia
y mteme tu vista y hermosura;
mira que la dolencia
de amor no bien se cura
sino con 1a presencia y la figura.
Oh cristalina fuente,
si en esos tus semblantes plateados
formases de repente
los ojos deseados
que tengo en mis entraas dibujados!
Aprtalos, Amado,
que voy de vuelo.
Esposo.
Vulvete, paloma,
que el ciervo vulnerado
203
MSTICOS
ESPAOLES
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
MSTICOS
ESPAOLES
y yo le di de hecho
a m, sin dej ar cosa;
all le promet de ser su Esposa.
Mi alma se ha empleado
y todo mi caudal, en su servicio,
ya no guardo ganado
ni ya tengo otro oficio,
que ya slo en amar es mi exercicio.
Pues ya si en el egido
de hoy ms no fuere vista ni hallada,
diris que me he perdido,
que, andando enamorada,
me hice perdidiza y fui ganada.
De flores y esmeraldas
en las frescas maanas escogidas
haremos las guirnaldas
en tu amor florecidas
y en un cabello mo entretejidas.
En slo aquel cabello
que en mi cuello volar consideraste
mirstele en mi cuello
y en l preso quedaste,
y en uno de mis ojos te llagaste.
Cuando t me mirabas
su gracia en m tus ojos impriman,
por eso me adamabas
y en eso merecan
los mos adorar lo que en ti van.
Xo quieras despreciarme,
que si color moreno en m hallaste
ya bien puedes mirarme,
despus que me miraste;
que gracia y hermosura en m dejaste.
ESPOSO.
La blanca palomica
al arca con el ramo se ha tornado,
y ya la tortolica
206
SAN
JUAN
DE
LA
CRUZ
al socio deseado
en las riberas verdes ha hallado.
En soledad viva,
y en soledad ha puesto ya su nido
y en soledad la gua
a solas su querido,
tambin en soledad de amor herido.
ESPOSA.
Gocmonos, Amado,
y vamonos a ver en tu hermosura
al monte y al collado,
do mana el agua pura;
entremos ms adentro en la espesura.
Y luego a las subidas
cavernas de las piedras nos iremos,
que estn bien escondidas,
y all nos entraremos,
y el mosto de granadas gustaremos.
All me mostraras
aquello que mi alma pretenda;
y luego me daras
all t, vida ma,
aquello que me diste el otro da.
El aspirar del aire,
el canto de la dulce Filomena,
el soto y su donaire
en la noche serena
con llama que consume y no da pena.
Que nadie lo miraba,
Aminadab tampoco pareca,
y el cerco sosegaba,
y la caballera
a vista de las aguas descenda.
207
MSTICOS
Cantar
del alma
a Dios
ESPAOLES
que
se goza
por
su
de
conocer
fe.
SAN
JUAN
Cancin
DE
LA
de Cristo
y el
CRUZ
alma.
DEVOTAS POESAS.
Coplas
Dios.
En m yo no vivo ya,
y sin Dios vivir no puedo;
i
MSTICOS
ESPAOLES
SAN
JUAN
DE
LA
se me dobla mi dolor;
viviendo en tanto pavor,
y esperando como espero,
murome porque no muero.
Scame de aquesta muerte,
mi Dios, y dame la vida;
no me tengas impedida
len este lazo tan fuerte;
mira que peno por verte,
y mi mal es tan entero,
que muero porque no muero.
Llorar mi muerte ya
y lamentar mi vida,
en tanto que detenida
por mis pecados est.
Oh mi Dios ! Cundo ser
cuando yo diga de vero:
Vivo ya porque no muero?
CRUZ
INDICE
PC.S.
PRLOGO
FRAY
FRANCISCO DE OSUNA.
Noticia
biogrfica
33
37
Sobre el recogimiento
Noticia biogrfica
47
49
FRAY L U I S DE GRANADA.
Noticia
biogrfica
55
De la Lengua
59
De la Luna
62
TERESA DE JESS.
Noticia
biogrfica
69
Libro de la Vida
78
FRAY
96
101
Epistolario
109
Poesas
121
LUIS
DE LEN.
Noticia
biogrfica
129
213
MSTICOS
ESPAOLES
PGS.
Los nombres de Cristo
I3
Poesas
143
MALN DE CHAIDE.
Noticia biogrfica
153
La
156
conversin
de la Magdalena
165
16S
171
biogrfica
177
Epistolario
187
su
Declaracin
189
191
195
Poesas
200
214
BIBLIOTECA LITERARIA
DEL ESTUDIANTE
1.
F b u l a s y cuentos en
2.
Cuentos
3.
Cancionero musical.
4.
P r o s i s t a s modernos.
verso.
tradicionales.
5.
Galds.
6.
7-
Teatro
moderno.
8.
Poetas
modernos.
9.
T e a t r o romntico.
10.
11.
Caldern.
12.
A l a r c n y otros poe-
13.
T i r s o de Molina.
tas dramticos.
14.
L o p e de V e g a .
15.
T e a t r o anterior a L o p e
de V e g a .
16.
17.
Historiadores de los
siglos x v i y XVII.
E x p l o r a d o r e s y conquistadores de I n dias. R e l a t o s g e o grficos.
18.
Escritores
19.
Poetas
xvi
de
msticos.
los
siglos
XVII.
20.
L i b r o s de caballeras.
21.
Cervantes. N o v e l a s
teatro.
22.
Cervantes.
23.
24.
N o v e l a picaresca.
Quijote.
XVI y XVII.
25.
Romancero.
26.
Poesa
27.
Don J u a n
28.
Cuentos medievales.
29.
Alfonso
30.
Cantares de gesta y
leyendas heroicas.
medieval.
el
Manuel.
Sabio.
Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.
Alternative Proxies: