Videos by Gabriel Guarino de Almeida
Debate acerca da cosmotécnica chinesa, junto ao pessoal do Canal Transe, em edição de sua série e... more Debate acerca da cosmotécnica chinesa, junto ao pessoal do Canal Transe, em edição de sua série edição 'cosmopolíticas'. 1 views
Performance integrante da fala no ECOA/PUC-Rio dedicado à China.
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Aula aberta promovida pelo Confucius Classroom na UFF junto a Hebei Normal University, voltada ao... more Aula aberta promovida pelo Confucius Classroom na UFF junto a Hebei Normal University, voltada ao público brasileiro e chinês. O objetivo da fala fora expor, do ponto de vista de sua organização social ao longo do tempo, o desenvolvimento das artes marciais chinesas no Brasil. 4 views
Speech at the Wroclaw Chinese Martial Arts Congress, on the understanding of animal patterns in t... more Speech at the Wroclaw Chinese Martial Arts Congress, on the understanding of animal patterns in the Chinese cosmos. 105 views
Palestra apresentada no ECOA/PUC-Rio dedicado à China.
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Antropologia, Educação e Artes Marciais by Gabriel Guarino de Almeida
Café Filosófico CPFL, 2024
Com Gabriel Guarino de Almeida, antropólogo e artista marcial
O Tai Chi Chuan é uma arte marcial... more Com Gabriel Guarino de Almeida, antropólogo e artista marcial
O Tai Chi Chuan é uma arte marcial chinesa que conecta a filosofia chinesa, a medicina histórica da China, e as técnicas e artes da estratégia desenvolvidas ao longo da civilização chinesa. Para esta fala, exploramos o Tai Chi em sua conexão com uma elaboração valiosa da China antiga: de que o pensamento, a ação e a ética podem caminhar juntas a partir de um caminho integral de harmonia com o mundo.
Aproximando Antropologia e Sinologia, nosso objetivo é compreendermos como mestres e mestras do passado elaboraram a filosofia do yinyang como uma racionalidade imanente ao mundo em que vivemos e experimentado na arte marcial reciprocamente como conhecimento correto das coisas e como nutrição de uma boa vida.
Série: TAI CHI CHUAN - arte corporal chinesa e o cultivo da vida
Curador: Gabriel Guarino
Este módulo, intitulado “TAI CHI CHUAN - arte corporal chinesa e o cultivo da vida”, apresenta o Tai Chi Chuan em seu rico contexto cultural de criação e circulação; com foco na filosofia chinesa que alicerça sua compreensão como arte marcial, e nos princípios ensinados ao longo de sua transmissão entre mestres e discípulos, da China ao Brasil e do Brasil à China.
Conectando aspectos históricos da civilização chinesa e conceitos filosóficos que os praticantes de Tai Chi Chuan vivenciam, o módulo se divide em dois encontros.
No primeiro, exploramos a conexão do Tai Chi Chuan com a filosofia chinesa, especificamente aquela conhecida na China por daoxue, os Estudos do Caminho. Antropologia e Sinologia, nosso objetivo é compreendermos como a arte do corpo elabora a filosofia em seus movimentos, apontando para modo de conhecimento e cuidado com a vida.
No segundo encontro, partimos da definição do Tai Chi Chuan como o patrimônio cultural e imaterial da humanidade (incluído na lista da UNESCO em 2020), indagando como a tradição chinesa de transmissão em família ganha dimensão global, à medida que praticantes de todo o mundo constroem seus próprios caminhos de aprendizado dessa arte. Nosso fio condutor é o percurso de maestria de um brasileiro que se tornou discípulo de um mestre chinês, na vivência dos princípios e virtudes que estruturam tal tradição chinesa.
Provocamos o público com as seguintes perguntas: pode uma arte tão profunda e aparentemente distante de nós, se tornar uma prática familiar e próxima de nossas vidas, no Brasil? Quais sentidos de ancestralidade se desdobram nesses caminhos? Qual sentido a noção de virtude marcial ganha nessas experiências? É comum ouvir que a arte marcial chinesa possui “uma filosofia por trás dos ensinamentos técnicos”; neste módulo, gostaríamos de mostrar como a filosofia, longe de ser um segredo oculto, é na verdade integrada à vivência do corpo em movimento e ao vínculo comunitário implicado na prática e aprendizagem do Tai Chi Chuan.
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Tese de Doutorado PPGE/PUC-Rio, 2023
Esta tese apresenta o regime de aprendizado de arte marcial chinesa na Escola Chenjiagou de Taiji... more Esta tese apresenta o regime de aprendizado de arte marcial chinesa na Escola Chenjiagou de Taijiquan Brasil, localizada na Santa Cecília (São Paulo/SP). A realização do trabalho de campo, entre 2020-2022, partiu da noção de etnografia em performance: investigando na condição de aprendiz na comunidade de prática cujo epicentro é a figura de Gil Rodrigues, professor fundador e diretor da Escola. Como resultado desse campo, apresento uma etnografia da aprendizagem do Chen Shi Taijiquan (Tai Chi Chuan da Família Chen). Tendo como referencial teórico as obras de Jean Lave, Tim Ingold e Gregory Bateson, a tese tem como foco de análise a organização social da técnica em seus modos de distribuição do “acesso” às atividades conceituadas contextualmente como “taijiquan” e “cultura chinesa”. Para conhecer o “mundo do kungfu” paulistano dos anos 90 até o presente, componho uma perspectiva etnobiográfica, apresentando a recepção e desenvolvimento das artes marciais chinesas no Brasil a partir da “busca pelo taijiquan” de Gil. Argumento que sua vivência da arte marcial, partilhada em sua Escola e no Shaosheng Centro de Cultura Oriental que a integra, pode ser compreendida como uma atividade contígua com a diáspora chinesa na capital paulistana. Mobilizando as conceituações de Yuk Hui, François Jullien, Anne Cheng e Stephan Feuchtwang, retomo as noções maussianas de técnicas do corpo e civilização para pensar os conceitos de “cultura chinesa”, conectando-a aos debates antropológicos sobre cultura, estética e ontologia. Concluo que a aprendizagem desse taijiquan se dirige para gênese de um aprendiz cuja ação se dê na manutenção dos “princípios e fundamentos” – entendidos duplamente como “virtudes” em sua vida social e como “padrões” manifestos em seus movimentos, em uma via de conhecimento e sabedoria própria da cosmotécnica chinesa.
Prajna: Revista de Culturas Orientais, 2022
Resumo: Este escrito apresenta uma discussão teórica sobre o fazer etnográfico nas artes marciais... more Resumo: Este escrito apresenta uma discussão teórica sobre o fazer etnográfico nas artes marciais chinesas, tomando como caso o modo como trabalhamos as narrativas que colhemos ao longo de um trabalho de campo. Partindo da minha condição de artista marcial e etnógrafo, introduzo a problemática das narrativas de origem das artes marciais como disparador da discussão central do texto: a posicionalidade do etnógrafo frente às pessoas com quem aprende, evidenciando a integração entre problemas éticos e teórico-metodológicos na produção de conhecimento nas e das artes marciais chinesas. O argumento, explicitado paulatinamente ao longo do texto, sustenta ser possível habitar alternadamente a contradição, desde que nos atentemos eticamente aos efeitos dos encontros que tecemos como artistas marciais e/ou pesquisadores.
Campos - Revista de Antropologia, 2022
O que é aprender com os animais nas artes marciais chinesas? Qual o status da relação humanidade/... more O que é aprender com os animais nas artes marciais chinesas? Qual o status da relação humanidade/animalidade no cosmos chinês? Para responder a estas questões, divido este ensaio em três partes. Primeiro, especifico o problema de investigação a partir de situações como aprendiz de kung fu Garra de Águia e de notas de minha etnografia em performance do Chen taijiquan. Segundo, abordo o problema da humanidade/animalidade na perspectiva de Tim Ingold para investigar como (e se) opera tal distinção na cosmologia correlativa chinesa, como apresentada por Anne Cheng. Terceiro, para elucidar o caráter da animalidade no aprendizado destas artes marciais chinesas, conecto o debate de Ingold com a questão dos modos de conhecimento e da cosmotécnica na filosofia de Yuk Hui. Em conclusão, argumento que os padrões animais na arte marcial chinesa não são imitativos, mas sim emulativos dos mesmos princípios que operam o cosmos chinês, numa via de integração.
Educação Online, 2021
Tecnodiversidade é o primeiro livro de Yuk Hui traduzido para o português. A edição brasileira, p... more Tecnodiversidade é o primeiro livro de Yuk Hui traduzido para o português. A edição brasileira, publicada pela Ubu, de São Paulo, fora lançada em sincronia com a argentina, editada pela Caja Negra, de Buenos Aires, trazendo ao público latino-americano o pensamento de um filósofo que transita pelos campos do pensamento, numa tarefa de criar conceitos para outros mundos possíveis. O título da edição em espanhol, Fragmentar el Futuro, põe em evidência um objetivo já traçado no prefácio, que se insere em debates urgentes. Nesta resenha, explico tais debates e as ferramentas conceituais que Hui utiliza para respondê-los.
Anais da 32ª Reunião Brasileira de Antropologia, 2020
Artigo apresentado na 32ª Reunião Brasileira de Antropologia, no GT de Antropologia da Técnica, o... more Artigo apresentado na 32ª Reunião Brasileira de Antropologia, no GT de Antropologia da Técnica, onde partilho algumas questões de minha pesquisa de Doutoramento.
Dossier Sociologia de la Educacion, Políticas Educativas e Desporte., 2019
Publicação decorrente da participação no Congresso da Associação Latino -Americana de Sociologia,... more Publicação decorrente da participação no Congresso da Associação Latino -Americana de Sociologia, condensando a situação de minha pesquisa de doutoramento em seu primeiro ano (2019). Trata-se de um texto inicial, em caráter de projeto em desenvolvimento.
Antropologia Jurídica, Mediação e Direito by Gabriel Guarino de Almeida
Dissertação PPGSD/UFF, 2017
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as pesquisas empíricas sobre mediação judicial no Rio de... more Esta pesquisa tem como objetivo analisar as pesquisas empíricas sobre mediação judicial no Rio de Janeiro, no período entre 2010 e 2015. Embora num primeiro momento eu buscasse realizar uma pesquisa sobre “a mediação judicial em si”, optei por realizar pesquisa sobre pesquisas: ao invés de realizar uma observação secundária para pensar a mediação a partir das pesquisas empíricas do Rio; acabei por pensar as próprias pesquisas, seus modos e locais de produção, seus referenciais teóricos e metodológicos e como se orientam nas fronteiras disciplinares entre o Direito e as Ciências Sociais. Assim, minha discussão se desenvolve no
plano teórico metodológico – pensando o direito e a mediação como objetos de pesquisa, minha empreitada se volta para discutir as condições de produção de conhecimento qualitativo no direito, tendo como caso as pesquisas sobre mediação de conflitos realizadas
entre 2010 e 2015, identificadas a partir do Banco de Teses e Dissertações da CAPES. O trabalho se divide em três partes: primeira, estabeleço como cheguei nesta discussão acerca de pesquisas sobre mediação, a partir de uma narrativa da própria institucionalização da
mediação no Judiciário Brasileiro; segunda, busco traçar um mapa das pesquisas, explicitando como as selecionei e determinei a abrangência da minha análise, passando a descrição de cada pesquisa a partir de suas estruturas e modos de construção do texto, terceiro, discuto os referenciais teóricos que vimos surgir nas pesquisas do capítulo, buscando pensar as condições de produção de conhecimento qualitativo no Direito, especificamente discutindo as noções de pesquisa etnográfica e pesquisa sócio-jurídica. Quanto aos resultados, ao observar as diferentes concepções de empiria pudemos visualizar: uma empiria das práticas e representações, ligada a pesquisa etnográfica de tradição antropológica; uma empiria discursiva, que situei dentro de uma abordagem crítica do Direito, e engajada com um olhar interdisciplinar; e uma empiria do pessoal, que em termos estritos não é propriamente um
conhecimento, mas um entendimento, mas que se explicitado com integridade e ética de pesquisa, pode ser muito relevante para o campo jurídico. A partir do mapeamento realizado é possível notar a existência de uma rede de pesquisadores, em torno do INCT-InEAC e PPGSD/UFF, em dois momentos: primeiro, no intercâmbio entre bancas, orientações e
programas – revelando uma economia de trocas e consolidações de grupos; segundo pelas referências, citações e modos de construção dos textos, que apontam pro intercâmbio de dados e reflexões em suas construções. Meu objetivo final é que este texto seja um material útil para
pesquisadores em Direito: para os iniciantes, que possam ter menos sofrimento que tive para entender alguns nuances; aos já experientes, que possa servir de consolidação e reinterpretações de entendimentos que – às vezes por falta de tempo ou outros recursos – não é possível fazer dentro da correria entre produzir, pensar, escrever e ensinar.
Este artigo apresenta uma reflexão sobre a mediação judicial no Poder Judiciário do Estado do Rio... more Este artigo apresenta uma reflexão sobre a mediação judicial no Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, a partir de um olhar específico do Direito, impactado pela Antropologia. Procuramos analisar a inserção desta política no judiciário fluminense, tendo aqui como principal objeto a formação dos mediadores, que assumirão o papel de “terceiros imparciais na resolução de conflitos”. Para tanto, nos apropriamos de instrumentos metodológicos mais aproximados das Ciências Sociais, como a “observação participante” e entrevistas informais, para que pudéssemos conhecer melhor nosso objeto. A utilização de uma metodologia qualitativa, mais do que uma escolha entre abordagens é uma necessidade se pretendemos entender como e qual mediação é a mediação judicial desenvolvida no interior da Justiça estadual do Rio de Janeiro.
Este artigo tem por objeto a mediação judicial no Poder Judiciário do Rio de Janeiro. A experiênc... more Este artigo tem por objeto a mediação judicial no Poder Judiciário do Rio de Janeiro. A experiência de mediação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aponta como resultados que as vantagens associadas à mediação sofrem o impacto de fatores exteriores ao procedimento, mas internos ao campo e próprios de sua lógica de funcionamento, típicos da prática judiciária. O trabalho chama ainda atenção para a própria noção de mediação judicial, uma apropriação pelo Judiciário de uma categoria que, por sua própria natureza, seria da sociedade civil, em sua esfera de autonomia e destinada a outros espaços, que não o Estado.
DUARTE, Fernanda; ALMEIDA, G. G. S. L. de. Práticas judiciárias e mediação de conflitos:
uma experiência no Tribunal de Justica do Rio de Janeiro. In: Regina Lucia Teixeira Mendes;
Fernando Antonio de Carvalho Dantas; Leonel Severo Rocha.. (Org.). Sociologia, Antropologia
e cultura jurídicas - CONPEDI UNINOVE. 1ed.Florianópolis: FUNJAB, 2014, v. , pp. 22-
50. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=63f35343d6f9681c
A pesquisa tem como objeto a análise dos argumentos
de legitimação das reformas processuais brasi... more A pesquisa tem como objeto a análise dos argumentos
de legitimação das reformas processuais brasileiras,
através da comparação dos textos das exposições
de motivos dos Códigos de Processo Civil de 1939 e
do Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil (Lei
nº 13.105/2015). Estes dois Códigos se apresentam
como marcos: o Código de Processo Civil de 1939,
elaborado durante o Estado Novo, é o primeiro Có-
digo unificado de abrangência nacional; e Novo CPC,
cuja origem se encontra no Anteprojeto de Reforma
de 2010 é o primeiro em período democrático. Temos
como objetivo investigar as semelhanças e diferen-
ças entre os argumentos de legitimação utilizados e a
adequação deles aos contextos políticos da cada época, indagando se estes são apenas recursos discursivos
de mera legitimação das reformas processuais
ou de fato explicações que demonstram as questões
práticas que a nova legislação visa solver. Quanto à
metodologia, nos apropriamos de ferramentas metodológicas
da Análise Semiolinguística do Discurso,
feita por Patrick Charaudeau em sua análise do discurso
político, para podermos explicitar como que o
uso da linguagem e de elementos de construção de
sentido que se mostram presentes no plano do discurso
são utilizadas de modo a construir justificativas
para as concepções de processo, em 1939 e em 2010.
Como resultados, temos que, embora situadas em
contextos históricos e políticos muito distintos, a elaboração
do CPC de 1939 e do novo CPC se aproximam
nos procedimentos retóricos e busca de adesão e justificação,
variando conforme o vocabulário da época,
quanto à justificativa e à necessidade de mudança.
Nesta pesquisa, publicada na Coletânia "Direito e Cultura: estudos sobre o Processo Civil no Bras... more Nesta pesquisa, publicada na Coletânia "Direito e Cultura: estudos sobre o Processo Civil no Brasil", apresentamos uma análise dos discursos realizados anualmente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) na Sessão de Abertura do Ano Judiciário. A solenidade, inaugurada em 2004, é realizada anualmente, marcando o início das atividades do Judiciário. Para tanto, são utilizadas as ferramentas metodológicas da Análise Semiolinguística do Discurso de Patrick Charaudeau, para explicitar como as estratégias discursivas utilizadas nestas solenidades vem imprimir uma ideologia do STF sobre si mesmo e sobre o papel do Judiciário. A pesquisa revela uma continuidade no discurso do STF quanto à identificação dos principais problemas do Judiciário e na justificativa das medidas tomadas no âmbito dos três poderes para a solução destes problemas. Com os resultados obtidos, e os autores esperam contribuir com a elucidação da ideologia do STF e do Judiciário e do papel que este tem tomado frente à sociedade brasileira e suas instituições.
Monografia - Faculdade de Direito da UFF, 2014
Este é um texto de 2014, minha monografia do Bacharelado em Direito na FD-UFF. Reúne e avança a p... more Este é um texto de 2014, minha monografia do Bacharelado em Direito na FD-UFF. Reúne e avança a pesquisa de iniciação científica realizada entre 2011 e 2014.
Resumo: Esta monografia tem por objeto a mediação judicial no Poder Judiciário do Rio de Janeiro, sob um olhar do Direito, impactado pela Antropologia. A política de mediação judicial, estabelecida pela Resolução no 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça, pretende introduzir uma nova perspectiva de tratamento dos conflitos pelo Judiciário, contribuindo assim, em tese, para uma prestação jurisdicional mais eficiente, célere, satisfatória e justa. Neste cenário, convém elucidar como que se o opera a formação daqueles que serão responsáveis pela execução desta política: os mediadores judiciais. Os objetivos específicos desta a pesquisa são: descrever a formação do mediador que explicite, para além dos discursos doutrinários, as falhas e acertos do processo de capacitação hoje usado; traçar um panorama da formação dos mediadores no Brasil, a partir das iniciativas do Judiciário, revelando seus sentidos; e identificar o impacto que a cultura judiciária tem na formação do mediador. Como metodologia, aproprio-me de ferramentas metodológicas das Ciências Sociais, especialmente da antropologia interpretativa, tais como “observação participante” e entrevistas informais, para conhecer meu objeto. As descrições referem-se ao Centro de Mediação da Comarca de Niterói, onde, de julho de 2012 a novembro de 2014, foram realizadas as observações. Relato tais experiências em três momentos: o Curso de Formação de Mediadores, as dinâmicas de funcionamento do Centro de Mediação e as representações dos mediadores acerca de sua própria formação. Como resultados, aponto que: a) as iniciativas de formação de mediadores, local e nacional, acabam funcionando com uma introdução à mediação, não preparando os mediadores para atuarem de fato como mediadores; b) esta carência na formação se reflete numa prática onde mediação “se aprende fazendo”; c) a dinâmica do Centro de Mediação reproduz a lógica de funcionamento de outras instâncias do Poder Judiciário; d) o desenvolvimento da mediação no Judiciário não se coloca como meio de fato alternativo, mas tão somente de rito, sendo apropriada pela lógica do processo judicial; e) as representações dos mediadores, no entanto, englobam noções de mediação mais voltadas ao aspecto transformador e humano, abordando outras vertentes de mediação; e f) como apontam os mediadores, a maior deficiência hoje no modelo de formação é a ausência de um plano efetivo de formação continuada e que inclua supervisões por mediadores mais experientes.
Essays by Carnegie Council's Ethics Fellows for the Future 2015., Aug 2015
In this essay, I highlight the danger of cultural hegemony through unchecked globalization and th... more In this essay, I highlight the danger of cultural hegemony through unchecked globalization and the need for voice from the non-Western world in South America, Africa, the Middle East, and Asia. Globalization must incorporate local context, and global policies must take an inclusive approach that constructs dialogue from a stance of hearing.
The essay is a product of one year or work of the Ethics Fellows For The Future of Carnegie Council For Ethics In International Affairs.
Culture Matters: Constructing Real Dialogues through Local Context. In Essays by Carnegie Council's Ethics Fellows for the Future 2015. P. 16-22
Uma indagação surge na cabeça de todos que escutam a cacofonia do nome: o que se pretende com uma... more Uma indagação surge na cabeça de todos que escutam a cacofonia do nome: o que se pretende com uma competição de mediação de conflitos? Se a mediação é uma prática que busca uma cultura de pacificação, de resolução harmônica e não litigiosa de conflitos, como se irá promovê-la por meio de uma competição? Não seria um enorme contra-senso?
Neste texto pretendo responder a esta pergunta, além de trazer um breve relato do que foi a Competição, pontuando algumas questões que merecem destaque. O texto foi publicado eu meu blog na Global Ethics Network, aqui: http://www.globalethicsnetwork.org/profiles/blogs/a-competi-o-nacional-de-media-o-do-poder-judici-rio-um-relato-e
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Antropologia, Educação e Artes Marciais by Gabriel Guarino de Almeida
O Tai Chi Chuan é uma arte marcial chinesa que conecta a filosofia chinesa, a medicina histórica da China, e as técnicas e artes da estratégia desenvolvidas ao longo da civilização chinesa. Para esta fala, exploramos o Tai Chi em sua conexão com uma elaboração valiosa da China antiga: de que o pensamento, a ação e a ética podem caminhar juntas a partir de um caminho integral de harmonia com o mundo.
Aproximando Antropologia e Sinologia, nosso objetivo é compreendermos como mestres e mestras do passado elaboraram a filosofia do yinyang como uma racionalidade imanente ao mundo em que vivemos e experimentado na arte marcial reciprocamente como conhecimento correto das coisas e como nutrição de uma boa vida.
Série: TAI CHI CHUAN - arte corporal chinesa e o cultivo da vida
Curador: Gabriel Guarino
Este módulo, intitulado “TAI CHI CHUAN - arte corporal chinesa e o cultivo da vida”, apresenta o Tai Chi Chuan em seu rico contexto cultural de criação e circulação; com foco na filosofia chinesa que alicerça sua compreensão como arte marcial, e nos princípios ensinados ao longo de sua transmissão entre mestres e discípulos, da China ao Brasil e do Brasil à China.
Conectando aspectos históricos da civilização chinesa e conceitos filosóficos que os praticantes de Tai Chi Chuan vivenciam, o módulo se divide em dois encontros.
No primeiro, exploramos a conexão do Tai Chi Chuan com a filosofia chinesa, especificamente aquela conhecida na China por daoxue, os Estudos do Caminho. Antropologia e Sinologia, nosso objetivo é compreendermos como a arte do corpo elabora a filosofia em seus movimentos, apontando para modo de conhecimento e cuidado com a vida.
No segundo encontro, partimos da definição do Tai Chi Chuan como o patrimônio cultural e imaterial da humanidade (incluído na lista da UNESCO em 2020), indagando como a tradição chinesa de transmissão em família ganha dimensão global, à medida que praticantes de todo o mundo constroem seus próprios caminhos de aprendizado dessa arte. Nosso fio condutor é o percurso de maestria de um brasileiro que se tornou discípulo de um mestre chinês, na vivência dos princípios e virtudes que estruturam tal tradição chinesa.
Provocamos o público com as seguintes perguntas: pode uma arte tão profunda e aparentemente distante de nós, se tornar uma prática familiar e próxima de nossas vidas, no Brasil? Quais sentidos de ancestralidade se desdobram nesses caminhos? Qual sentido a noção de virtude marcial ganha nessas experiências? É comum ouvir que a arte marcial chinesa possui “uma filosofia por trás dos ensinamentos técnicos”; neste módulo, gostaríamos de mostrar como a filosofia, longe de ser um segredo oculto, é na verdade integrada à vivência do corpo em movimento e ao vínculo comunitário implicado na prática e aprendizagem do Tai Chi Chuan.
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Antropologia Jurídica, Mediação e Direito by Gabriel Guarino de Almeida
plano teórico metodológico – pensando o direito e a mediação como objetos de pesquisa, minha empreitada se volta para discutir as condições de produção de conhecimento qualitativo no direito, tendo como caso as pesquisas sobre mediação de conflitos realizadas
entre 2010 e 2015, identificadas a partir do Banco de Teses e Dissertações da CAPES. O trabalho se divide em três partes: primeira, estabeleço como cheguei nesta discussão acerca de pesquisas sobre mediação, a partir de uma narrativa da própria institucionalização da
mediação no Judiciário Brasileiro; segunda, busco traçar um mapa das pesquisas, explicitando como as selecionei e determinei a abrangência da minha análise, passando a descrição de cada pesquisa a partir de suas estruturas e modos de construção do texto, terceiro, discuto os referenciais teóricos que vimos surgir nas pesquisas do capítulo, buscando pensar as condições de produção de conhecimento qualitativo no Direito, especificamente discutindo as noções de pesquisa etnográfica e pesquisa sócio-jurídica. Quanto aos resultados, ao observar as diferentes concepções de empiria pudemos visualizar: uma empiria das práticas e representações, ligada a pesquisa etnográfica de tradição antropológica; uma empiria discursiva, que situei dentro de uma abordagem crítica do Direito, e engajada com um olhar interdisciplinar; e uma empiria do pessoal, que em termos estritos não é propriamente um
conhecimento, mas um entendimento, mas que se explicitado com integridade e ética de pesquisa, pode ser muito relevante para o campo jurídico. A partir do mapeamento realizado é possível notar a existência de uma rede de pesquisadores, em torno do INCT-InEAC e PPGSD/UFF, em dois momentos: primeiro, no intercâmbio entre bancas, orientações e
programas – revelando uma economia de trocas e consolidações de grupos; segundo pelas referências, citações e modos de construção dos textos, que apontam pro intercâmbio de dados e reflexões em suas construções. Meu objetivo final é que este texto seja um material útil para
pesquisadores em Direito: para os iniciantes, que possam ter menos sofrimento que tive para entender alguns nuances; aos já experientes, que possa servir de consolidação e reinterpretações de entendimentos que – às vezes por falta de tempo ou outros recursos – não é possível fazer dentro da correria entre produzir, pensar, escrever e ensinar.
DUARTE, Fernanda; ALMEIDA, G. G. S. L. de. Práticas judiciárias e mediação de conflitos:
uma experiência no Tribunal de Justica do Rio de Janeiro. In: Regina Lucia Teixeira Mendes;
Fernando Antonio de Carvalho Dantas; Leonel Severo Rocha.. (Org.). Sociologia, Antropologia
e cultura jurídicas - CONPEDI UNINOVE. 1ed.Florianópolis: FUNJAB, 2014, v. , pp. 22-
50. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=63f35343d6f9681c
de legitimação das reformas processuais brasileiras,
através da comparação dos textos das exposições
de motivos dos Códigos de Processo Civil de 1939 e
do Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil (Lei
nº 13.105/2015). Estes dois Códigos se apresentam
como marcos: o Código de Processo Civil de 1939,
elaborado durante o Estado Novo, é o primeiro Có-
digo unificado de abrangência nacional; e Novo CPC,
cuja origem se encontra no Anteprojeto de Reforma
de 2010 é o primeiro em período democrático. Temos
como objetivo investigar as semelhanças e diferen-
ças entre os argumentos de legitimação utilizados e a
adequação deles aos contextos políticos da cada época, indagando se estes são apenas recursos discursivos
de mera legitimação das reformas processuais
ou de fato explicações que demonstram as questões
práticas que a nova legislação visa solver. Quanto à
metodologia, nos apropriamos de ferramentas metodológicas
da Análise Semiolinguística do Discurso,
feita por Patrick Charaudeau em sua análise do discurso
político, para podermos explicitar como que o
uso da linguagem e de elementos de construção de
sentido que se mostram presentes no plano do discurso
são utilizadas de modo a construir justificativas
para as concepções de processo, em 1939 e em 2010.
Como resultados, temos que, embora situadas em
contextos históricos e políticos muito distintos, a elaboração
do CPC de 1939 e do novo CPC se aproximam
nos procedimentos retóricos e busca de adesão e justificação,
variando conforme o vocabulário da época,
quanto à justificativa e à necessidade de mudança.
Resumo: Esta monografia tem por objeto a mediação judicial no Poder Judiciário do Rio de Janeiro, sob um olhar do Direito, impactado pela Antropologia. A política de mediação judicial, estabelecida pela Resolução no 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça, pretende introduzir uma nova perspectiva de tratamento dos conflitos pelo Judiciário, contribuindo assim, em tese, para uma prestação jurisdicional mais eficiente, célere, satisfatória e justa. Neste cenário, convém elucidar como que se o opera a formação daqueles que serão responsáveis pela execução desta política: os mediadores judiciais. Os objetivos específicos desta a pesquisa são: descrever a formação do mediador que explicite, para além dos discursos doutrinários, as falhas e acertos do processo de capacitação hoje usado; traçar um panorama da formação dos mediadores no Brasil, a partir das iniciativas do Judiciário, revelando seus sentidos; e identificar o impacto que a cultura judiciária tem na formação do mediador. Como metodologia, aproprio-me de ferramentas metodológicas das Ciências Sociais, especialmente da antropologia interpretativa, tais como “observação participante” e entrevistas informais, para conhecer meu objeto. As descrições referem-se ao Centro de Mediação da Comarca de Niterói, onde, de julho de 2012 a novembro de 2014, foram realizadas as observações. Relato tais experiências em três momentos: o Curso de Formação de Mediadores, as dinâmicas de funcionamento do Centro de Mediação e as representações dos mediadores acerca de sua própria formação. Como resultados, aponto que: a) as iniciativas de formação de mediadores, local e nacional, acabam funcionando com uma introdução à mediação, não preparando os mediadores para atuarem de fato como mediadores; b) esta carência na formação se reflete numa prática onde mediação “se aprende fazendo”; c) a dinâmica do Centro de Mediação reproduz a lógica de funcionamento de outras instâncias do Poder Judiciário; d) o desenvolvimento da mediação no Judiciário não se coloca como meio de fato alternativo, mas tão somente de rito, sendo apropriada pela lógica do processo judicial; e) as representações dos mediadores, no entanto, englobam noções de mediação mais voltadas ao aspecto transformador e humano, abordando outras vertentes de mediação; e f) como apontam os mediadores, a maior deficiência hoje no modelo de formação é a ausência de um plano efetivo de formação continuada e que inclua supervisões por mediadores mais experientes.
The essay is a product of one year or work of the Ethics Fellows For The Future of Carnegie Council For Ethics In International Affairs.
Culture Matters: Constructing Real Dialogues through Local Context. In Essays by Carnegie Council's Ethics Fellows for the Future 2015. P. 16-22
Neste texto pretendo responder a esta pergunta, além de trazer um breve relato do que foi a Competição, pontuando algumas questões que merecem destaque. O texto foi publicado eu meu blog na Global Ethics Network, aqui: http://www.globalethicsnetwork.org/profiles/blogs/a-competi-o-nacional-de-media-o-do-poder-judici-rio-um-relato-e
O Tai Chi Chuan é uma arte marcial chinesa que conecta a filosofia chinesa, a medicina histórica da China, e as técnicas e artes da estratégia desenvolvidas ao longo da civilização chinesa. Para esta fala, exploramos o Tai Chi em sua conexão com uma elaboração valiosa da China antiga: de que o pensamento, a ação e a ética podem caminhar juntas a partir de um caminho integral de harmonia com o mundo.
Aproximando Antropologia e Sinologia, nosso objetivo é compreendermos como mestres e mestras do passado elaboraram a filosofia do yinyang como uma racionalidade imanente ao mundo em que vivemos e experimentado na arte marcial reciprocamente como conhecimento correto das coisas e como nutrição de uma boa vida.
Série: TAI CHI CHUAN - arte corporal chinesa e o cultivo da vida
Curador: Gabriel Guarino
Este módulo, intitulado “TAI CHI CHUAN - arte corporal chinesa e o cultivo da vida”, apresenta o Tai Chi Chuan em seu rico contexto cultural de criação e circulação; com foco na filosofia chinesa que alicerça sua compreensão como arte marcial, e nos princípios ensinados ao longo de sua transmissão entre mestres e discípulos, da China ao Brasil e do Brasil à China.
Conectando aspectos históricos da civilização chinesa e conceitos filosóficos que os praticantes de Tai Chi Chuan vivenciam, o módulo se divide em dois encontros.
No primeiro, exploramos a conexão do Tai Chi Chuan com a filosofia chinesa, especificamente aquela conhecida na China por daoxue, os Estudos do Caminho. Antropologia e Sinologia, nosso objetivo é compreendermos como a arte do corpo elabora a filosofia em seus movimentos, apontando para modo de conhecimento e cuidado com a vida.
No segundo encontro, partimos da definição do Tai Chi Chuan como o patrimônio cultural e imaterial da humanidade (incluído na lista da UNESCO em 2020), indagando como a tradição chinesa de transmissão em família ganha dimensão global, à medida que praticantes de todo o mundo constroem seus próprios caminhos de aprendizado dessa arte. Nosso fio condutor é o percurso de maestria de um brasileiro que se tornou discípulo de um mestre chinês, na vivência dos princípios e virtudes que estruturam tal tradição chinesa.
Provocamos o público com as seguintes perguntas: pode uma arte tão profunda e aparentemente distante de nós, se tornar uma prática familiar e próxima de nossas vidas, no Brasil? Quais sentidos de ancestralidade se desdobram nesses caminhos? Qual sentido a noção de virtude marcial ganha nessas experiências? É comum ouvir que a arte marcial chinesa possui “uma filosofia por trás dos ensinamentos técnicos”; neste módulo, gostaríamos de mostrar como a filosofia, longe de ser um segredo oculto, é na verdade integrada à vivência do corpo em movimento e ao vínculo comunitário implicado na prática e aprendizagem do Tai Chi Chuan.
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plano teórico metodológico – pensando o direito e a mediação como objetos de pesquisa, minha empreitada se volta para discutir as condições de produção de conhecimento qualitativo no direito, tendo como caso as pesquisas sobre mediação de conflitos realizadas
entre 2010 e 2015, identificadas a partir do Banco de Teses e Dissertações da CAPES. O trabalho se divide em três partes: primeira, estabeleço como cheguei nesta discussão acerca de pesquisas sobre mediação, a partir de uma narrativa da própria institucionalização da
mediação no Judiciário Brasileiro; segunda, busco traçar um mapa das pesquisas, explicitando como as selecionei e determinei a abrangência da minha análise, passando a descrição de cada pesquisa a partir de suas estruturas e modos de construção do texto, terceiro, discuto os referenciais teóricos que vimos surgir nas pesquisas do capítulo, buscando pensar as condições de produção de conhecimento qualitativo no Direito, especificamente discutindo as noções de pesquisa etnográfica e pesquisa sócio-jurídica. Quanto aos resultados, ao observar as diferentes concepções de empiria pudemos visualizar: uma empiria das práticas e representações, ligada a pesquisa etnográfica de tradição antropológica; uma empiria discursiva, que situei dentro de uma abordagem crítica do Direito, e engajada com um olhar interdisciplinar; e uma empiria do pessoal, que em termos estritos não é propriamente um
conhecimento, mas um entendimento, mas que se explicitado com integridade e ética de pesquisa, pode ser muito relevante para o campo jurídico. A partir do mapeamento realizado é possível notar a existência de uma rede de pesquisadores, em torno do INCT-InEAC e PPGSD/UFF, em dois momentos: primeiro, no intercâmbio entre bancas, orientações e
programas – revelando uma economia de trocas e consolidações de grupos; segundo pelas referências, citações e modos de construção dos textos, que apontam pro intercâmbio de dados e reflexões em suas construções. Meu objetivo final é que este texto seja um material útil para
pesquisadores em Direito: para os iniciantes, que possam ter menos sofrimento que tive para entender alguns nuances; aos já experientes, que possa servir de consolidação e reinterpretações de entendimentos que – às vezes por falta de tempo ou outros recursos – não é possível fazer dentro da correria entre produzir, pensar, escrever e ensinar.
DUARTE, Fernanda; ALMEIDA, G. G. S. L. de. Práticas judiciárias e mediação de conflitos:
uma experiência no Tribunal de Justica do Rio de Janeiro. In: Regina Lucia Teixeira Mendes;
Fernando Antonio de Carvalho Dantas; Leonel Severo Rocha.. (Org.). Sociologia, Antropologia
e cultura jurídicas - CONPEDI UNINOVE. 1ed.Florianópolis: FUNJAB, 2014, v. , pp. 22-
50. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=63f35343d6f9681c
de legitimação das reformas processuais brasileiras,
através da comparação dos textos das exposições
de motivos dos Códigos de Processo Civil de 1939 e
do Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil (Lei
nº 13.105/2015). Estes dois Códigos se apresentam
como marcos: o Código de Processo Civil de 1939,
elaborado durante o Estado Novo, é o primeiro Có-
digo unificado de abrangência nacional; e Novo CPC,
cuja origem se encontra no Anteprojeto de Reforma
de 2010 é o primeiro em período democrático. Temos
como objetivo investigar as semelhanças e diferen-
ças entre os argumentos de legitimação utilizados e a
adequação deles aos contextos políticos da cada época, indagando se estes são apenas recursos discursivos
de mera legitimação das reformas processuais
ou de fato explicações que demonstram as questões
práticas que a nova legislação visa solver. Quanto à
metodologia, nos apropriamos de ferramentas metodológicas
da Análise Semiolinguística do Discurso,
feita por Patrick Charaudeau em sua análise do discurso
político, para podermos explicitar como que o
uso da linguagem e de elementos de construção de
sentido que se mostram presentes no plano do discurso
são utilizadas de modo a construir justificativas
para as concepções de processo, em 1939 e em 2010.
Como resultados, temos que, embora situadas em
contextos históricos e políticos muito distintos, a elaboração
do CPC de 1939 e do novo CPC se aproximam
nos procedimentos retóricos e busca de adesão e justificação,
variando conforme o vocabulário da época,
quanto à justificativa e à necessidade de mudança.
Resumo: Esta monografia tem por objeto a mediação judicial no Poder Judiciário do Rio de Janeiro, sob um olhar do Direito, impactado pela Antropologia. A política de mediação judicial, estabelecida pela Resolução no 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça, pretende introduzir uma nova perspectiva de tratamento dos conflitos pelo Judiciário, contribuindo assim, em tese, para uma prestação jurisdicional mais eficiente, célere, satisfatória e justa. Neste cenário, convém elucidar como que se o opera a formação daqueles que serão responsáveis pela execução desta política: os mediadores judiciais. Os objetivos específicos desta a pesquisa são: descrever a formação do mediador que explicite, para além dos discursos doutrinários, as falhas e acertos do processo de capacitação hoje usado; traçar um panorama da formação dos mediadores no Brasil, a partir das iniciativas do Judiciário, revelando seus sentidos; e identificar o impacto que a cultura judiciária tem na formação do mediador. Como metodologia, aproprio-me de ferramentas metodológicas das Ciências Sociais, especialmente da antropologia interpretativa, tais como “observação participante” e entrevistas informais, para conhecer meu objeto. As descrições referem-se ao Centro de Mediação da Comarca de Niterói, onde, de julho de 2012 a novembro de 2014, foram realizadas as observações. Relato tais experiências em três momentos: o Curso de Formação de Mediadores, as dinâmicas de funcionamento do Centro de Mediação e as representações dos mediadores acerca de sua própria formação. Como resultados, aponto que: a) as iniciativas de formação de mediadores, local e nacional, acabam funcionando com uma introdução à mediação, não preparando os mediadores para atuarem de fato como mediadores; b) esta carência na formação se reflete numa prática onde mediação “se aprende fazendo”; c) a dinâmica do Centro de Mediação reproduz a lógica de funcionamento de outras instâncias do Poder Judiciário; d) o desenvolvimento da mediação no Judiciário não se coloca como meio de fato alternativo, mas tão somente de rito, sendo apropriada pela lógica do processo judicial; e) as representações dos mediadores, no entanto, englobam noções de mediação mais voltadas ao aspecto transformador e humano, abordando outras vertentes de mediação; e f) como apontam os mediadores, a maior deficiência hoje no modelo de formação é a ausência de um plano efetivo de formação continuada e que inclua supervisões por mediadores mais experientes.
The essay is a product of one year or work of the Ethics Fellows For The Future of Carnegie Council For Ethics In International Affairs.
Culture Matters: Constructing Real Dialogues through Local Context. In Essays by Carnegie Council's Ethics Fellows for the Future 2015. P. 16-22
Neste texto pretendo responder a esta pergunta, além de trazer um breve relato do que foi a Competição, pontuando algumas questões que merecem destaque. O texto foi publicado eu meu blog na Global Ethics Network, aqui: http://www.globalethicsnetwork.org/profiles/blogs/a-competi-o-nacional-de-media-o-do-poder-judici-rio-um-relato-e