A Saúde Pelos Alimentos
A Saúde Pelos Alimentos
A Saúde Pelos Alimentos
A nutrio do povo brasileiro est afectada de influncias que vo da ignorncia de muitos at superstio de no poucos. Ignorncia e superstio andam de mos dadas, sofrendo o influxo de costumes dos antepassados, no s pela perverso do paladar, com razes nos conflitos psicolgicos, como no comodismo gerado pela indolncia dos nossos patrcios, talados de verminoses, malria e outras endemias que os transformam e os incluem na massa amorfa dos desnutridos, com repercusses sobre o intelecto e a estrutura fsica, qui moral. O maior problema do mundo no futuro o problema alimentar. Estatsticas recentes prevem que no fim deste sculo o mundo ter seis bilhes de habitantes. Um conferencista que ouvi h j mais de quatro anos, apresentou dados provando que no ano 3000, continuando a superpopulao mundial nas mesmas propores da ocasio, haveria apenas o espao de meio metro quadrado para cada habitante em nosso planeta. E bvio que j muito antes disso, no haveria condies de vida na Terra, por falta de solo cultivvel, para a produo de alimentos. Em vista disso, justifica-se que os estudiosos do problema alimentar se preocupem agora com o modo pelo qual o homem possa viver, tomando em considerao seu modo de alimentar-se... enquanto tempo... O Professor Durval Stockler de Lima, nesta conjuntura que precede a grande crise, apresenta um panorama do sistema alimentar vigente no mundo conturbado pela corrupo e a poluio, em que o organismo humano vtima das intoxicaes, no s pelo lcool e o fumo, como pela toxicomania, disturbando o paladar, exigindo a sofisticao do apetite pelos temperos, variedade e misturas de alimentos txicos e malsos; postula a possibilidade da volta da humanidade aos alimentos simples de que se serviam nossos antepassados; focaliza as condies de sade ento observadas, confrontando a situao antiga, da poca em que o cncer era uma raridade e a longevidade era extensa, com a calamidade do estado de sade que observamos actualmente. Com documentrio baseado em cientistas, pe em evidncia as vantagens de uma alimentao simples, em combinaes que baseia em fatos de sua observao; ressalta a excelncia dos alimentos no desnaturados pela indstria ou outros, e preparados com conhecimento das propriedades peculiares a cada um, para a boa digesto e nutrio na estrita significao da palavra. Ponto alto de sua dissertao a conotao da repercusso do carcter e da pureza de vida com a sade, o que na conceituao de muitos, nesta era de modernismo e sofisticaes, desprezado, qui ridicularizado por aqueles que vivem um materialismo brutalizante, no cepticismo e no negativismo dos nobres ideais. ...mas pureza de vida neste final de sculo vinte? Como?.. E isto mesmo; se voc quiser gozar sade, Pureza de Vida um requisito.
O autor se refere aos problemas psico-sexuais e explica: Porque os sentimentos, as emoes e o comportamento sexual tm muito que ver com as resistncias orgnicas e com a sade mental. No h verdadeiro equilbrio psquico e emocional em indivduos impuros. E mais adiante pontifica com acerto: A impureza em todas as suas modalidades, deforma o carcter e torna infeliz aquele que a pratica. H muita devassido no casamento. Esse fato que macula a dignidade matrimonial, ocasionou que uma revista erotizante estampasse uma manchete em letras garrafais: AT QUE O CASAMENTO NOS SEPARE. A falta de ajustamento sexual, contribui para que o casamento separe os cnjuges. Noivos exprimem este fato na expresso vulgar: No gosto dele (ou dela). Mas por injunes sociais ou outras, acabam casando-se. A vida conjugal se assenta no complexo amor-sexo, que a mais bela e mais profunda manifestao amorosa, no dizer de Kierkegaard. Quando, porm, um dos cnjuges no gosta do outro, rompe-se o complexo, e resulta ento a frigidez sexual ou a expanso sexual masculina por coaco do inconsciente sobre a obrigao de cumprir um dever marital. Neste passo o casamento separa os dois na mais alta finalidade do matrimnio, que a unio psico-sexual e a satisfao fsica de que resulta o deleite sexual legtimo e puro. Da decorrem infelicidades conjugais de que a impureza a expresso; o remorso e o sentimento de culpabilidade, que so o germe da infelicidade. Ler o livro do Prof. Durval Stockler de Lima uma oportunidade de adquirir conhecimentos profundos da cincia da nutrio e da vida, e se torna um prazer, pois muito bem escrito, prtico e de agradvel leitura. Dr. Galdino Nunes Vieira ex-director Clnico do Hospital Adventista de So Paulo e do Hospital Adventista Silvestre, do Rio de Janeiro, Membro Efectivo da Sociedade Mdica So Lucas e por muitos anos Supervisor Mdico da revista Vida e Sade. autor de Amor, Sexo e Erotismo.
Ao lhes entregar esta obra, desejo dizer uma palavra de esclarecimento, guisa de introduo. Durante os ltimos anos tenho pronunciado algumas centenas de palestras em srie, sobre alimentao e sade, a grupos os mais variados: a jovens estudantes, a professores e enfermeiros, a pessoas muito simples e a outras mais doutas, em colgios, clubes e igrejas. Invariavelmente, nessas ocasies tenho sido abordado por muitos que me pedem um livro contendo essas conferncias, para que possam recapitul-las em casa. Tive de prometer-lhes que faria esse livro; agora heilo aqui em toda a sua simplicidade, pouco mais ou menos aquilo que sempre ensinei. Visando esses milhares de pessoas que me ouviram e aquelas que no tiveram ocasio para isto; e desejando alcanar tambm tantas outras igualmente ansiosas por conhecimentos neste sentido, escrevi esta obra em linguagem simples e fcil. Entendo que muitos gostariam de mudar seu regime alimentar para ter mais sade, e combinar seus alimentos de modo a no sofrer transtornos fsicos. Entretanto, as poucas tabelas de combinaes que existem, a maioria delas em lngua estrangeira, so to complicadas ou oferecem oportunidade para cardpios to pobres em elementos nutritivos ou em sabor, que grande parte dos interessados prefere continuar errando. A tabela de combinaes desta obra resultado de muito estudo, ao mesmo tempo que de considerao pela necessidade de simplicidade, a fim de que todos a possam decorar em poucos minutos. Alguns alimentos permitiriam umas poucas variaes nas combinaes; mas para o bem da maioria, a tabela dada melhor como est. Na ltima parte do livro esto as orientaes quanto utilizao dos agentes da Natureza na cura de doenas comuns. Os tratamentos ali ensinados so aqueles que eu mesmo tenho usado e aplicado em muitas emergncias; e so tais, que qualquer pessoa pode aplic-los em casa, sem nenhum ou quase nenhum equipamento especial. O ponto alto desta obra que os conceitos nela expressos se baseiam em princpios imutveis do Universo, em Deus e na Natureza; que a sade s pode ser gozada na considerao e respeito pelos conselhos e estatutos divinos. Em harmonia com os preceitos escritos e com aqueles que podemos ler na Natureza, temos sade; em guerra contra eles, ou deles divergentes, ficamos doentes e perecemos. O grande objectivo em vista a volta ao regime ednico, tanto quanto possvel, livre do uso da carne e de outros alimentos prejudiciais - um regime que se justifique por si e possa proclamar alto suas virtudes. Com este pensamento, espero que cada leitor receba o mximo do que segue. Durval Stockler de Lima
Primeira Parte
Nutrio Orientada
Capitulo 1
Deixar de cuidar da mquina viva um insulto ao Criador. H regras divinamente indicadas que, se observadas, conservaro os seres humanos livres das enfermidades e da morte prematura. Medicina e Salvao, pg. 49.
Captulo 1
Necessidade de Planejamento Dizemos comumente que a sade um dom, e est certa a afirmao at o ponto em que tenhamos em mente apenas aquela que veio com o incio da vida; mas a que nos acompanha at ao fim de nossos dias, deve ser planejada. Mais que isto, entretanto, ter sade ou ser sadio o tempo todo um dever sagrado, porque nos no pertencemos a ns mesmos. O apstolo So Paulo assim se refere a isto: Ou no sabeis que o vosso corpo o templo do Esprito Santo, que habita em vs, proveniente de Deus, I e que no sois de vs mesmos? Porque fostes comprados por bom preo; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso esprito, os quais pertencem a Deus. I Corntios 6:19, 20. A nossa responsabilidade portanto, no pode ser minimizada nem desprezada. Homens e mulheres fazem planos para todas as suas actividades nesta vida, menos para a sade. Quando querem criar galinhas ou coelhos, compram uma dzia de livros sobre esses animais, e aprendem tudo que podem a respeito de seu alimento, seus hbitos e problemas. Preparam-se para enfrentar as doenas desses animais e para mant-los to sadios quanto possvel. Mas quando dois jovens planejam casar-se, e sabem que de sua unio podero advir filhos, no compram sequer uma brochura sobre crianas e como mant-las vivas e com sade. Nada sabem sobre seu prprio organismo, suas necessidades fsicas, sua sade, seu alimento e menos, muito menos sabem a respeito de crianas. Ns diramos que parece haver uma espcie de torpor estpido a manter os seres inteligentes completamente inconscientes e alheios nesta questo de magna importncia. Conhecem regras de jogo, nomes de clubes, cidades nacionais e estrangeiras, nomes de cavernas, montanhas e rios, generais e estadistas do presente e do passado, decoram poesias, melodias e letra de cnticos os mais inteis, sabem princpios de matemtica e de outras cincias, at de todas as cincias, mas nada sabem sobre sade e como conserv-la. Isto me faz lembrar uma jovem, filha de vizinhos nossos, quando comprou seu primeiro carro. Diariamente ela passava pelo posto de gasolina para abastec-lo. O moo atendente, depois de lhe vender a gasolina, sempre perguntava delicadamente: E s isto, senhorita? E s, respondia ela, e prosseguia. Certa manh ela chega a p ao posto de gasolina, nervosa e quase chorando, e pede para algum ir ali perto ver o carro, que ela achava ter-lhe acontecido alguma coisa grave. Quando o atendente chegou e verificou, viu que o motor estava fundido. Nem um pingo de leo no crter. Ento ele pergunta jovem: Quanto tempo faz que trocou o leo a ltima vez ou adicionou mais? Espantada, ela lhe responde: leo?! Eu no sabia que o carro precisava de leo. Eu lhe punha gasolina todos os dias, mas nunca pensei noutra coisa. Assim agem os homens a respeito de seu corpo. Deus Quer a Nossa Sade Outro aspecto importante deste assunto o interesse divino em ns. O apstolo So Joo, escrevendo a seu amigo Gaio, disse: Amado, desejo que te v
bem em todas as coisas, e que tenhas sade, assim como bem vai tua alma. III Joo 2. Neste texto bblico notamos trs faces da questo: 1.Deus quer que sejamos prsperos em todas as coisas, em todos os empreendimentos que possam ter Sua aprovao -que te v bem em todas as coisas, diz Joo. 2.Que tenhamos sade fsica em elevado grau de comparao. 3.Que bem nos v a alma, isto , que nossa religio seja sadia e inteligente. Mas notemos como Joo, o apstolo, coloca as ltimas duas frases: que tenhas sade, assim como bem vai tua alma. Joo estabelece um p de igualdade entre a sade fsica e o estado da alma, ou da religio - a moral, a espiritualidade e a sade do corpo. E nem pode ser diferente. Os antigos diziam: Mente s em corpo so. E os fatos comprovam que uma pessoa caindo aos pedaos, cheia de reumatismo, artritismo, clica heptica ou enxaqueca no pode ter o esprito em condies de adorar a Deus convenientemente. Como pode algum ter mente lmpida para raciocinar, para projectar o progresso, para idealizar o bem, se seu corpo sofre dores da cabea aos ps? Creio que foi o Dr. Victor Pauchet quem disse, num de seus escritos, que no existem pessoas ms, porm pessoas doentes. Inmeras experincias atravs dos anos tm provado que, s vezes a simples mudana da dieta de um doente, de um prisioneiro ou de um adolescente numa instituio correcional, muda-lhe completamente as atitudes e o comportamento. O Ser Integral So Paulo dizia aos tessalonicenses: Todo o vosso esprito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados. Ele menciona primeiro a parte mental, pois onde nascem as resolues e de onde deve partir o desejo de um procedimento correcto. Em seguida ; aponta a ligao com Deus, porque sem Deus nada podemos fazer de durvel e perfeito. E ento termina mencionando o desempenho fsico neste conjunto harmonioso. O ser integral, o homem inteiro deve ser preservado. a ideia pag, e agora cristianizada, que apenas a alma importante, o que tem deturpado a felicidade dos seres humanos. Na eternidade o homem estar no reino de Deus, aps o juzo final, no a alma apenas (isto pago), mas o ser integral, o ser inteligente, o ser imagem de Deus, o ser fsico em suas normas humanas, com todas as suas caractersticas pessoais. Ellen G. White, escritora norte-americana, que dedicou grande parte de seus escritos questo da sade, disse, comentando palavras de Paulo: Ningum que professe piedade, considere com indiferena a sade do corpo. Existe uma estreita afinidade entre a natureza fsica e a moral. E ento ela se maravilha com os possveis resultados de um procedimento harmnico, dizendo: Que no seriam os homens e mulheres caso tivessem compreendido que o cuidado do corpo tem tudo que ver com o vigor e a pureza da mente e do corao! No basta estarmos em condies de nos arrastarmos para o trabalho ou para a escola, gemendo e murmurando, com enxaquecas, reumatismos, varizes, priso de ventre e obesidade. preciso que tenhamos sade plena, abundante, transbordante e irradiante. Todo indivduo deve ter coragem para lutar pela sade, como se luta por qualquer outro ideal. Na verdade, a sade mesmo mais importante do que todas as demais consecues humanas, e merece o primeiro lugar em nossas ambies.
O Corpo Como Um Todo Outro aspecto da questo o todo. Em matria de corpo humano e sua sade, no existe especialidade em partes ou rgos. Todas as partes do organismo so dependentes umas das outras; e quando uma apresenta doena, o organismo todo que est doente. Em outras palavras, fora de propsito e grande incoerncia a especializao no tratamento de rgos ou doenas, quando, na verdade, no existem doenas, mas doentes. E o todo que deve ser tomado em considerao, e no as partes. Creio que as palavras de So Paulo acima citadas no expressam apenas um conceito de moral e religio, mas so tambm cientificamente correctas: Todo o vosso esprito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados. O mdico deveria ser mdico do corpo todo, e no de especialidades; ministro ou consultor psicanalista e conselheiro da alma do enfermo; e mestre do esprito, orientador e animador dos dotes de seu cliente. Quando ns tivermos tal classe de mdicos, e no profissionais apenas, ento o mundo ser um lugar melhor para se viver.
Captulo 2
Com o esforo despendido, dlar por dlar, mais vidas podem ser salvas por uma melhor nutrio do que jamais se conseguir atravs da medicina curativa ou preventiva. ...A medicina criativa precisava fundamentar-se na produo de melhores alimentos. Somente assim podemos criar sade real para nosso povo.- Dr. Jonathan Forman.
Captulo 2
Que Doena? A doena no primariamente o resultado dos micrbios. Esta assertiva poder parecer atrevida e revolucionria, mas uma verdade inquestionvel e que se pode verificar. Inmeros pesquisadores a tm reafirmado. No descoberta nossa e nem qualquer coisa de conhecimento recente. Se os micrbios, em princpio, fossem responsveis pela doena, todos seriam doentes, porque todos tm acesso aos mesmos micrbios em maior ou menor quantidade. Mas a realidade que nem tanto o micrbio quanto o equilbrio de foras, ou seja, a devida quota de resistncia fsica em contraposio invaso que deve ser levada em considerao. No a virulncia do micrbio que deve ser temida, mas a falta de resistncia. Em face de uma doena, no se precisaria sair caa do vrus dessa doena, conquanto a pesquisa tenha o seu lugar, e no a critiquemos. Mas preciso que consideremos primeiro, como da mais alta importncia, a capacidade de resistncia do prprio organismo para se defender contra a invaso dos micrbios. Qualquer pessoa que tenha vivido um pouco ou que tenha vindo da roa, j viu como as plantas de terras virgens produzem frutos sadios e saborosos sem nenhum cuidado especial, nem adubos e pesticidas. Mas logo que se enfraquece a terra, comeam os problemas para a planta. E dentro de algum tempo, nem os adubos e nem os recursos de pesticidas conseguem evitar as doenas, que ocasionam a produo de frutos de mau gosto e de pssima aparncia. Adelle Davis, j falecida, que eu considero uma das mais respeitveis nutricionistas, relata em um de seus livros uma notvel experincia feita nos Estados Unidos da Amrica do Norte. Alguns pesquisadores tomaram um pedao de terra e o adubaram cuidadosamente durante algum tempo unicamente com matria orgnica. Quando a rea estava assim enriquecida, cobriram-na completamente com capim para pastagens. Logo que o campo estava em condies, puseram nele vrios animais jovens, de vrias espcies. Aps alguns meses, injectaram nesses animais doses macias dos mais virulentos micrbios. Uma e duas semanas depois, extraram deles amostras de sangue, e no encontraram nele uma nica bactria viva de todas as que foram injectadas. Todas haviam morrido pela aco bactericida das defesas orgnicas desses animais. Eles se haviam alimentado de ervas saudveis e nutritivas, e seu sangue podia enfrentar e vencer os invasores. A se comprova a sabedoria do ditado caboclo, que diz: Praga de urubu magro no mata cavalo gordo. Uma nica Enfermidade Esta tambm a opinio de vrios mdicos e cientistas no mundo. O Dr. Jonathan Forman, na ocasio editor do jornal de medicina do Estado de Ohio e distinto presidente da sociedade Amigos da Terra, escreveu o seguinte: Desafio qualquer pessoa a nomear uma nica enfermidade, infecciosa ou parastica em que o estado de nutrio dos tecidos do paciente no tenha sido mais decisivo do que o germe. As pessoas no morrem de doenas infecciosas como se lhes atribuem; mas realmente, m nutrio, ou subnutrio a verdadeira causa em cada caso. Note-se a a nfase dada importncia da alimentao correcta. Primeiro, o Dr. Forman passa por alto o poder do germe e do verme na produo da enfermidade, para salientar como de real peso a falta de nutrio das clulas. E evidente que ele no menciona aqui m nutrio no sentido de apenas carncia
alimentar, mas principalmente a subnutrio que resulta de alimentos produzidos em terras depauperadas, destruio dos nutrientes pelo processamento, e o no aproveitamento total e satisfatrio na assimilao. Isso tudo envolve um bocado de consideraes, que no podemos desenvolver neste tratado resumido. Mas, de qualquer maneira, o que desejamos salientar que no o micrbio o maior responsvel pela doena, e sim o estado de nutrio dos tecidos. Uma pessoa pode comer abundantemente, ate mesmo dos mais ricos alimentos, e, entretanto, ter clulas desnutridas. Tambm as Plantas H alguns anos eu tinha sobre a minha escrivaninha um vaso com lindas violetas africanas. Para mim era um descanso mental contemplar diariamente o vio e a singela beleza daquelas flores. Mas os meses se foram passando, e um dia, de repente, notei que a planta estava coberta de pulges brancos. Pensei: Que posso fazer para livr-la desta praga? Fui a uma loja especializada na cidade, onde me venderam um insecticida para esse fim. Dois dias depois da aplicao, vi que havia matado a planta. Mas notei que um pedacinho do tronco estava vivo. Arrumei nova terra e cuidei daquela mudinha. Com o tempo ela se tomou vigorosa e se cobriu de flores belssimas. Eu estava feliz outra vez. Mas, passados alguns meses, um dia descobri que ela estava cheia de pulges brancos. Ento fui a outra loja na cidade e contei o que estava acontecendo. L me venderam um outro tipo de veneno. Ao voltar para casa, apliquei-o na planta. Dois dias depois, vi que havia matado a planta. Mas, outra vez, salvou-se uma folha e uma parte do tronco. Cuidei daquilo com carinho e troquei a terra. Dentro de algumas semanas, pela terceira vez ela estava muito robusta e cheia de flores. Entretanto, aps alguns meses, um dia vi que estava cheia de pulges. Ento pensei: No possvel! Que devo fazer? A me lembrei da acima referida experincia, narrada por Adelle Davis, e disse para mim mesmo: Como pode voc ser to estpido, Durval? Voc diz em todas as suas conferncias que se pode curar quase tudo com alimento, e como no lhe passou pela cabea que esses pulges esto a porque a planta est desnutrida? Fui cozinha, fiz um copo de suco de cenouras, e derramei esse suco directamente sobre a terra, ao redor do tronco da violeta. Deixei os pulges em paz. Dentro de alguns dias a planta estava vendendo sade, com as folhas verdes e viosas. E os pulges? No sei o que aconteceu com eles. No havia um sequer. Desapareceram todos to misteriosamente como haviam vindo. Aprendi uma lio prtica. Aprendi por experincia que era verdade o que o Dr. Forman e outros escreveram. No h doenas em plantas e animais que estejam bem nutridos. E este o conhecimento que devemos praticar, se queremos ter sade. Outros Mdicos Reforam Isto O Dr. C. W. Cavanaugh, diz: A realidade que existe apenas uma doena geral, e esta a m nutrio. O conhecido mdico Dr. Alexis Carrel avanou a tese em favor da importncia da nutrio, dizendo que se o mdico de hoje no for o nutricionista de amanh, o nutricionista de hoje ser o mdico de amanh. Tambm Hipcrates recomendava: Teu alimento ser tua medicina, e tua medicina ser teu alimento.
Noutra ocasio, disse: Deixa no recipiente a droga, se puderes curar o paciente com alimento. De todas estas citaes, salienta-se a importncia da nutrio como factor de sade, e, de outro lado, a m nutrio como a causa das enfermidades. Mas a desnutrio ou m nutrio no uma questo apenas de deficincia de alimentao; pois at mesmo os melhores alimentos, ingeridos sem orientao correcta, podem ser a causa de doenas. E especialmente na segunda parte desta obra, indicamos que, embora o bom alimento ocupe o lugar de maior desta que na sade, h outros factores coadjuvantes, todos nossa disposio na Natureza e em ns mesmos. Doutro lado, ao mesmo tempo em que os erros alimentares e os alimentos de m qualidade e mal combinados preparam o organismo para a doena, h factores ambientais e de costumes e atitudes, ou de procedimentos e posies mentais, que produzem enfermidades e a morte. Em outras palavras, a doena o resultado, no tanto da superioridade dos micrbios, quanto dos factores que criam a falta de resistncia do organismo para super-los, factores estes encimados pela desnutrio. No captulo seguinte sugerimos, como que de passagem, uns poucos factores de doenas que podemos com facilidade excluir de nossa experincia.
Captulo 3
A sade como a paz cada uma delas causaria um pnico maior nos meios industriais. Dr. M. H. Shelton.
Captulo 3
Factores de Doenas 1. Os Antibiticos - O uso indiscriminado e abusivo de antibiticos como se pratica em nossa terra, grande causa de doenas. Todos devem saber que os antibiticos via oral, tomados frequentemente a propsito de resfriados, dor de garganta ou outras causas, destroem a flora intestinal e a vitamina K. E a consequncia mais grave, alm de outros inconvenientes ponderveis, tomar o corpo carente do complexo B, que manipulado pela preciosssima flora intestinal. Com os antibiticos, colocamos na mesma lista negra as sulfas, que causam prejuzos idnticos. Temos de aprender a viver sem os remendos das drogas e outros recursos de laboratrios. Depois de colocar em prtica todos os conselhos deste livro o leitor compreender que talvez nunca mais precise usar antibiticos. Mas enquanto aguarda a prtica deste conhecimento, aqui vai um conselho: A melhor maneira de refazer a flora intestinal e suprir-se do complexo B, uma vez carente, usar iogurte de boa qualidade, lvedo de cerveja, germe de trigo, farelo de arroz; leite gordo, coalhada, gorduras no saturadas e nozes. Tambm abundncia de verduras cruas auxilia. 2. Os Analgsicos - O constante uso de analgsicos ou comprimidos para dores as mais diversas, grandemente prejudicial. Esses comprimidos, embora aliviem uma dor de cabea, dor de dente, uma clica menstrual, etc., so a causa da destruio, ou melhor, da eliminao da vitamina C do organismo, alm de prejudicar tambm a vitamina K, to importante para o sangue. Cada analgsico pode continuar a eliminar do corpo boa parte da vitamina C durante trs semanas, porque o organismo se utiliza dessa vitamina para expulsar as drogas constantes do comprimido. Imagine-se, pois, uma jovem que tem clicas menstruais cada 28 dias, tomando analgsicos periodicamente, passa trs quartas partes de sua vida eliminando preciosas quantidades de Vitamina C. No admira que tantas moas estejam constantemente com problemas em torno deste assunto e outros consequentes. O que elas precisam aumentar sua quota de Vitamina C, em lugar de destruir pelo analgsico a pouca que lhe resta. Tomassem elas diariamente 3 ou 4 copos de leite, sempre precedidos de um bom gole de suco de limo puro, e logo no teriam mais necessidade de analgsicos; sua cor rosada lhes voltaria, e estariam bem calcificadas e supridas de Vitamina C. 3. Os Anticidos - Todos os anticidos que se tomam aps as refeies para combater a acidez estomacal, destroem o complexo B; e alguns ocasionam deficincia de magnsio, que pode ser a causa da formao de clculos renais. H maneiras de combinar os alimentos, de modo que no produzam nenhum tipo de acidez. No h muita sabedoria em remediar o errado para continuar errando; o que precisamos evit-lo. Mas no caso de uma acidez j instalada, e enquanto se espera pelo conhecimento sobre como evit-la, recomendamos alguns socorros imediatos: H pessoas que encontram alvio rpido em um gole de suco de limo, ou engolindo um dente de alho apenas picado em dois ou trs pedaos, sem mastigar. Mas se a mucosa do estmago est irritada ou inflamada, a melhor coisa usar, durante algum tempo, logo aps a refeio, um pouco de carvo comum em p dissolvido em
leite (tambm 2 ou 3 comprimidos de carvo Merck), ou uma colherinha das de ch de Gelia Real de boa qualidade e procedncia inquestionvel. 4. O Cigarro. - Conforme afirmao do Dr. W. J. McCormick, cada cigarro fumado, anula no organismo 25 miligramas de Vitamina C. Para um indivduo que consome uma carteira de cigarros por dia, isto representa um desperdcio de 500 mg de Vitamina C, um verdadeiro assalto s reservas orgnicas. Significa isto que o fumante sempre uma pessoa sujeita a resfriados e outras doenas mais graves, por estar, entre outras coisas, exaurindo seu suprimento, a no ser que esteja constantemente repondo as perdas. 5. O Acido Oxlico. - O cido oxlico na sua melhor forma, combina satisfatoriamente com o clcio para beneficiar o corpo. Se ambos forem orgnicos, a combinao ser construtiva, visto como o cido oxlico ajuda a assimilao digestiva do clcio e, ao mesmo tempo, estimula as funes peristlticas do organismo. Entretanto, quando o cido oxlico destitudo de sua forma natural por cozimentos ou processamentos industriais, ento ele produz um composto com o clcio, destruindo o valor de ambos. Isto pode causar sria deficincia de clcio, enfraquecimento dos ossos e a formao de cristais de cido oxlico nos rins, resultando em clculos renais. Os alimentos que mais favorecem estas condies, so: Primeiro, os produtos base de chocolate, em todas as suas modalidades, especialmente quando j vm combinados com leite, ovos e acar, ou a eles se acrescentam estes ingredientes na preparao; o feijo, usado abusivamente por populaes citadinas que no fazem exerccio e o tomam em combinaes imprprias; e as hortalias que mais contm o cido oxlico e so usadas muito cozidas ou at fritas - o espinafre, a mostarda, as folhas de beterraba, o nabo, o tomate, etc. Parece que os efeitos negativos deste cido so vistos com mais frequncia em crianas alimentadas com derivados de cacau, nessas preparaes que contm leite, ovos e acar. Essas crianas so plidas, anmicas e sofrem invariavelmente de inapetncia. 6. Alimentos Inferiores. - Os produtos de m qualidade, os vegetais murchos, velhos, doentes ou machucados, produzem sangue inferior. E fcil compreender que no se pode obter sangue bom de alimentos pobres e doentes. Ns somos o que comemos. Algumas donas de casa, pensando em fazer economia, deixam para ir feira nos ltimos instantes por volta do meio-dia, quando os produtos esto sendo arrematados por preos baixos. Ento elas levam para sua famlia grande quantidade de produtos inferiores: bananas maduras demais e machucadas, tomates podres e ruins, laranjas murchas, mas com partes em decomposio e hortalias abatidas pela manipulao e pelo calor. Acham elas que fizeram um excelente negcio, mas no sabem que sua economia na feira ser gasta na farmcia com acrscimos e dores. Abundncia de alimento ruim no representa aumento de sangue saudvel. Devemos adquirir no mercado os maiores tomates e de melhor aparncia, as maiores mas, as verduras mais frescas e viosas. O aconselhvel mesmo que cada um procure ter sua prpria hortinha caseira, para colher suas verduras na hora de ir para a mesa. At os que moram em apartamentos podem ter algumas hortalias em vasos na rea: salsa, cebolinha verde, alguns ps de dente-de-leo, caruru, rabanetes, uns ps de alfafa, etc. Quanto mais recentemente colhidas as verduras, tanto melhor. Adiante, daremos algumas instrues a respeito de como poderemos ter verduras colhidas na hora da refeio, cada dia, quer estejamos na cidade ou no campo.
7. Excesso de Alimentos Cozidos. - O excesso de alimento cozido, ou o comer quase tudo cozido, outro factor de enfermidade. O Dr. Albert I. Mossri afirma que nossas mulheres passam a metade de sua vida na cozinha, ao p do fogo a alterar ou a arruinar os alimentos bons. E diz: "Aquele que vive de alimentos crus gasta menos e ao mesmo tempo vive melhor." E. G. White diz em seu livro Conselhos Sobre Sade, que "a grande quantidade de cozimentos... tem enchido o mundo de invlidos crnicos". Note-se que os invlidos crnicos so fruto da grande quantidade de alimentos cozidos. H algum tempo uma senhora com problemas de coluna e dores reumticas me procurou para pedir orientao. Eu lhe disse: "Experimente algumas semanas de alimentos inteiramente crus, especialmente sucos de hortalias e frutas." Cerca de um ms depois ela me disse: "As minhas dores todas desapareceram." 8. Frituras. - As frituras destroem os cidos gordurosos essenciais e causam graves transtornos ao organismo. Sem gorduras de boa qualidade a vitamina A no pode ser absorvida, e haver interferncia no fluxo da blis, podendo ocasionar a formao de pedras na vescula. Mesmo as pessoas obesas no podem prescindir da gordura, muito essencial ao metabolismo. Mas toda vez que as gorduras so aquecidas em cozimentos prolongados ou em frituras, elas se tomam perigosas sade. Ratos de laboratrio aos quais foram dados somente alimentos fritos, todos morreram de cncer do vigsimo ao trigsimo dia. Da se poderia depreender que o cncer um produto das frituras, se bem que esta no possa ser considerada a causa nica dessa enfermidade. Mas pelos transtornos fsicos que elas causam, como priso de ventre e reteno de gases, mau funcionamento do fgado, obesidade ou magreza incorrigvel e outras, no h dvida de que tenha sua quota de responsabilidade tambm no cncer. 9. Fermentao. - E para resumir aqui as principais causas de enfermidades, apresentaremos ainda a mais responsvel de todas as causas - a fermentao dos alimentos no aparelho digestivo. Os alimentos que fermentam depois de ingeridos, esto destinados a causar problemas fsicos, alm de serem desperdiados em at mais de 80% de seus nutrientes. E so as ms combinaes dos alimentos quase que a causa nica destas fermentaes. No a nica, porque tambm alimentos de m qualidade, frutas e hortalias murchas, envelhecidas, e produzidas em terras depauperadas, causam fermentaes. Mas as combinaes erradas, mesmo de alimentos bons em si, ocupam o primeiro lugar nas transformaes malficas que sofrem os alimentos no curso de sua digesto no aparelho digestivo. Deve-se insistir neste aspecto da questo. Os doentes devem ser alertados para compreenderem o quanto as mas combinaes nutrientes pela fermentao. Voltamos a nos referir s palavras do Dr. Forman, pelas quais nos afirma que s existe uma enfermidade, e que esta nica doena a m nutrio. Compreendendo que a fermentao destri grande parte do que se come, seno a maior parte em alguns casos, facilmente percebemos que uma pessoa assim mal alimentada durante meses e anos, s pode estar seriamente desnutrida - faminta de elementos vitais para seu corpo. E ento, no o micrbio o grande responsvel pela doena, e sim o preparo do terreno pela desnutrio das clulas. Estas, incapazes de reagirem, permitem a instalao das bactrias invasoras.
Captulo 4
Os homens e as mulheres devem informar-se no que tange filosofia da sade. ... Procurai sempre andar na luz da sabedoria de Deus; e atravs de todas as mutveis cenas da vida, no descanseis at que saibais estar a vossa vontade em harmonia com a do vosso Criador. Conselhos Sobre Sade, pgs.37, 405.
Captulo 4
Uma Experincia Pessoal Deixem-me contar aqui uma experincia pessoal. Desde muito cedo na vida interessei-me pelo assunto da sade. Tenho examinado tudo que posso em medicina naturista e alguma coisa na convencional. Nos ltimos cinquenta anos tenho lido todo livro que pude adquirir sobre sade e doena. nas lnguas que posso ler. Certamente, a maior parte dos autores fez o seu melhor, e todos foram maravilhosos em suas pesquisas e na exposio de seus conhecimentos. Mas notei que os assuntos tratados, eram sempre apresentados por um prisma pessoal, e que, tanto a questo da sade quanto os tipos de alimentos recomendados, eram vistos unilateralmente. Por esta razo, os naturistas no tm alcanado maior xito em sua pregao e alguns tm at contribudo para que uma causa justa seja vituperada. Coisas boas, tratadas com estreiteza de mente em alguns casos e contradies em outros, acarretaram descrdito ao programa de volta ao den, volta Natureza - a maravilhosa dieta planejada por Deus. Assim, depois de anos de pesquisa e consideraes, decidi que devia buscar em outra fonte a verdade que faltava nesses autores. Foi na Bblia que achei a resposta para harmonizar os bons conceitos dos vrios autores bem-intencionados. Tomei como certo, desde cedo, que s em Deus h harmonia e perfeio; que tudo no Universo harmonioso e bonito enquanto h conformao e submisso vontade divina; que o transtorno e o desequilbrio se verificam quando surge o desvio da ordem no Universo de Deus. Desde a maior galxia, estrela ou planeta at ao minsculo tomo, com seus vrios elementos, os mais infinitamente pequenos rgos de nosso corpo, suas enzimas e seus hormnios, todos obedecem a leis certas e invariveis, sob a direco incansvel e imutvel do Criador. Assim, pois, aceitei como certo que devia procurar a razo da doena e o conhecimento da sade nas leis do Universo, na Bblia e na Natureza. Li com ateno e aceitei como cientficas as palavras ditas aos filhos de Israel quando saram do Egipto. Deus lhes dissera: "Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e obrares o que recto diante de Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egipto; por que Eu sou o Senhor que te sara. " xodo 15:26 Sempre cri que as promessas de Deus so infalveis. Ento me perguntei a mim mesmo: Por que que as pessoas que se chamam filhas de Deus, que professam crer num Pai amoroso, so atingidas pelas enfermidades, muitas das quais, as mesmas que atingiram os ateus egpcios? No era verdade esta outra promessa encontrada em xodo 23:25: "... Eu tirarei do meio de ti as enfermidades"? Evidentemente, Deus no Se contradiz. A falha tem de estar com o homem, pois o texto bblico claro em afirmar que a promessa era para o caso de os homens guardarem os mandamentos e os estatutos que receberam. As leis aqui referidas no eram apenas especificamente as leis do Declogo, mas em detalhe as leis naturais relacionadas com o cuidado do corpo e sua manuteno. Li as palavras inspiradas da mais iluminada escritora crist dos ltimos cem anos, Ellen G. White, que afirmou: "Existem muitos meios de praticar a arte de curar, mas s existe um meio que o Cu aprova. Os remdios de Deus so os simples agentes da Natureza, que no sobrecarregam nem debilitam o organismo.
o Regime Vegetariano o Melhor? Ento me surgiu a mais intrigante das questes. Eu cria piamente que, diante dos conselhos da Bblia e da melhor literatura sobre o assunto, o regime alimentar mais indicado era o vegetariano; e, quando muito, o regime ovo-lactovegetariano. Entretanto, muitas vezes vi morrer de cncer vegetarianos ardorosos e estritos. Isto me perturbava sobremaneira. Mas o que me deixava indignado, era quando um desses crticos, que nada querem investigar, se aproximava de mim e, com toda a delcia infernal do sarcasmo, dizia: "Est vendo? Que adianta ser vegetariano? Veja Fulano, que era to zeloso, no comia carne, no comia fora de hora, praticava a mais rigorosa sobriedade e temperana, no fumava e no bebia, e morreu de cncer! O regime vegetariano no salva a ningum de doenas graves. Eu ficava ardendo em desapontamento por no poder responder, embora pudesse alegar como fato incontestvel que morrem muito menos vegetarianos de cncer do que no vegetarianos. Mas isto no satisfazia a mim, que aceitava como fato indiscutvel, que Deus no mente. A promessa era: "Tirarei do meio de ti as enfermidades." Estava convicto de que, se segussemos rigorosamente as leis da Natureza, que so estatutos divinos; se procurssemos conhecer os planos de Deus para o alimento do homem, conforme indicados na Bblia, ento todas as enfermidades desapareceriam de nosso meio. Nada menos que a sade completa e abundante me satisfazia, porque a promessa era: "Nenhuma das enfermidades porei sobre ti." Isto significava, nem mesmo um simples resfriado. E eu precisava ter provas disto, ou produzir essas provas. E aqui reafirmo minha confiana em Deus e na infalibilidade de Sua Santa Palavra, as Sagradas Escrituras: Creio honestamente que os filhos de Deus sinceros e leais, no devem ser doentes. No h na Bblia nenhuma prova que contrarie, este conceito. Eles podero estar doentes por ignorncia, mas seu dever adquirir os conhecimentos necessrios para sararem. Em Busca de Compreenso Eu continuava orando por sabedoria celestial para compreender e explicar, no com misticismo, mas com conhecimento aquilo que me intrigava. Muitos bons livros me ajudaram. Ai esto A Cincia do Bom Viver, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, os livros de Waerland, Ehret, Mossri, Pauchet, Adelle Davis, Rosenvold e muitas dezenas de outros. Mas todo livro que examinava, s tinha valor para mim quando podia enquadrar seus preceitos e conceitos no esquema j montado de que no existe verdade fora do plano de Deus e nem harmonia sem respeito s Suas leis. Mas ainda persistia irrespondida a pergunta: Por que ficam doentes os cristos em face da promessa divina? Observava em mim o efeito de certos alimentos. Comparei entre si pessoas com hbitos diferentes. Vi atravs dos anos pessoas transformarem toda a sua aparncia pela mudana das maneiras de comer. Queria comprovar o conceito de que o homem o resultado do que come. Pessoas de pele grossa, ficavam com a pele mais fina; brancos enegreciam com regimes deficientes; pessoas da raa amarela ficavam com a pele fina e rosada. Assim me pareceu que o alimento era o maior responsvel pelas grandes mudanas na aparncia dos indivduos, influindo ao mesmo tempo em sua sade. Considerei: Veja-se o fato de que os patriarcas antediluvianos, vegetarianos, viveram um mnimo de oitocentos anos; que os ps- diluvianos, carnvoros, em apenas nove geraes, baixaram rapidamente sua durao de vida de 600 para apenas 148 anos. E dali por diante, poucos ultrapassaram ou atingiram
essa idade. Outro fato a considerar que os israelitas estiveram 40 anos no deserto comendo o man e nunca ficaram doentes. Para mim, parecia ser sem dvida que o alimento era preponderante na sade e na enfermidade. Era necessrio descobrir onde os vegetarianos estavam errados e traziam a doena sobre si. Perguntava-me a mim mesmo: Por que que uma criana que nasceu vendendo sade, robusta e bela, dentro de alguns dias est com febre e o rosto ardendo em brotoejas? Por que que uma jovem bonita, depois de alguns anos e alguns filhos adquire um corpo horrvel, pernas cheias de varizes ou erisipela, celulite por toda parte? Por que se operam transformaes berrantes em certas pessoas, que desenvolvem narizes assombrosos, orelhas grossas, protuberncias em partes do corpo, deformaes nas articulaes? Seria o Intestino o Responsvel? Estas e outras perguntas me estavam levando ao ponto desejado. Kuhne dizia que toda doena entra pela boca. E o povo diz: "Pela boca morre o peixe." O Dr. Victor Pauchet acreditava que as doenas tinham origem nos intestinos com a priso de ventre. Alguns mdicos europeus chegaram a sugerir a extraco do "clon assassino" como meio de evitar a doena. Eu estava convencido de que toda doena tem uma causa, e que ns construmos o estado de doena assim como o da sade. Princpios e leis devem ser seguidos se quisermos ser sadios. E estes princpios e estas leis, ns os encontramos observando a Natureza, estudando nosso corpo e relacionando tudo com a ordem no Universo. Precisava de um ponto de partida, e este encontrei em frases e pensamentos esparsos. O Dr. Tom Douglas Spies, numa reunio anual da American Medical Association, disse o seguinte: "Se to-somente conhecssemos o bastante, todas as doenas poderiam ser evitadas e curadas pela nutrio apropriada. . .. Se pudermos ajudar os tecidos a repararem-se a si mesmos, corrigindo suas prprias deficincias nutricionais, poderemos fazer a velhice esperar." Outro mdico americano, o Dr. George D. Crile, director da Crile Clinic, disse: "No h morte natural. Todas as mortes das assim chamadas causas naturais, so meramente o ponto final de uma progressiva saturao cida. " E para citar apenas mais uma autoridade mdica, transcrevemos as palavras do famoso cirurgio ingls, Sir William Abuthnot Lane: "Existe apenas uma doena - drenagem deficiente." E depois, falando numa recepo feita pelo corpo mdico do Johns Hopkins Hospital and Medical College, disse, referindo-se ao cncer: "Ele causado por venenos criados em nosso corpo atravs do alimento que comemos. ... O que devemos ento fazer, se queremos evitar o cncer, comer po de trigo integral, frutas e hortalias cruas; primeiro, para que sejamos melhor nutridos, e segundo, para que melhor possamos eliminar os dejectos. ... Temos estado a estudar os genes, quando deveramos ter estado a estudar dieta e drenagem. . .. O mundo tem estado na pista errada. A resposta tem estado connosco o tempo todo. Drene o corpo de seus venenos, alimente-o apropriadamente, e o milagre estar feito. Ningum precisa ter cncer, contanto que se d ao trabalho de evit-lo." Note-se que, de todas estas citaes e as de outros autores anteriormente mencionados, a preocupao sempre o regime alimentar conveniente e intestinos limpos. Mas ento, como se poderia explicar o fato de que, mesmo comendo os melhores alimentos, ainda alguns morriam de cncer? Parecia razovel, ou pelo menos pondervel, que faltava um elemento para completar o conjunto. Onde estava a soluo para o problema?
Entra a Fermentao De vez em quando, alguns autores mencionavam a "acidez". A princpio parecia justo que o correcto seria separar os alimentos de efeito cido daqueles de efeito alcalino, no regime vegetariano. Ambos os tipos so excelentes como alimentos. Que procedimento seguir para evitar a acidificao dos alimentos depois de ingeridos? Continuando a pesquisa, notei que os livros de E. G. White sobre sade e alimentao, mencionavam frequentemente as palavras "combinao" e "fermentao". Insistiam em que devemos, aprender a combinar convenientemente os alimentos e no toma-los em grande variedade ou em demasia, porque mesmo os alimentos bons e bem combinados, mas comidos sem sobriedade, causam fermentao. Por esse tempo, jornais e revistas publicaram a informao de que um pesquisador europeu, intrigado havia muitos anos com o conhecimento de que as cabras no sofrem de cncer, tinha pesquisado at descobrir que uma srie de glndulas intestinais nesses animais, derramam sobre o alimento em digesto sucos anticidos, que anulam qualquer acidez. Quando li isto, lembrei-me de uma notvel frase de E. G. White, que se encontra no livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pg. 493: "Recuso-me a pr no estmago, sabendo, qualquer coisa que ocasione fermentao. Este o dever de todo adepto da reforma pr-sade. Precisamos raciocinar de causa para efeito. E nosso dever ser temperantes em tudo." A eu tinha a resposta to almejada, e esta a resposta para todos ns. Evitemos as ms combinaes que causam fermentaes, e teremos evitado as doenas. Entretanto, era preciso que algum pudesse provar por experincia a validade do programa, e esse algum deveria ser eu mesmo. Errando e acertando, comecei a pr em prtica o que sabia. E hoje, com mais de setenta anos de idade, me sinto mais sadio do que em qualquer outro tempo de minha vida aps os vinte anos. Nos ltimos vinte e um anos nunca mais precisei de mdico ou farmcia, graas a Deus.
Especialmente nos ltimos dez ou doze anos tenho proferido centenas de conferncias sobre nutrio e sade em escolas, igrejas, clubes e outros lugares para os quais sou convidado; o tempo tem sido suficiente para provar os efeitos maravilhosos dos mtodos que apresentamos neste livro. E o testemunho de todos os que levaram a srio o programa de molde a estimular-nos a prosseguir. Ningum que se tenha orientado inteligentemente por estes princpios ficou desapontado.
Captulo 5
propsito do Senhor que o Seu povo volte a viver de simples frutas, verduras e cereais. O Senhor tem cincia e compreenso para conceder a todos que desejarem usar sua habilidade no esforo de aprender como combinar os produtos da terra de modo a torn-los alimentos saudveis, simples e facilmente preparados. Medicina e Salvao, pgs. 277 e 267
Captulo 5
Correctas Combinaes de Alimentos H vrias maneiras de evitar as fermentaes e putrefaces dos alimentos no aparelho digestivo. E evidente que at sentimentos e atitudes perturbam a digesto, mas aqui falaremos agora apenas da tcnica de combinar os alimentos a fim de evitar a fermentao. Entretanto, em primeiro lugar, vamos trazer mais algumas informaes valiosas extradas de Conselhos Sobre o Regime Alimentar. Efeitos da Abundante Variedade de Pratos- "Muitos ficam doentes por indulgncia para com o apetite. ... So introduzidas no estmago muitas variedades, cujo resultado a fermentao. Esta condio produz enfermidade aguda, seguindose frequentemente a morte. - Idem, pg. 110. "A variedade de alimentos numa mesma refeio produz indisposio, e destri os benefcios que cada artigo, se tomado sozinho, traria ao organismo. Esta prtica produz constante sofrimento, e muitas vezes a morte." - Ibidem. Qual a Variedade Recomendada? - "No deve haver muitas espcies na mesma refeio, mas todas as refeies no devem constar dos mesmos pratos, sem variao. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia de maneira a se tornar apetecvel " - Ibidem. "Seria muito melhor comer apenas duas ou trs diferentes espcies numa refeio do que lotar o estmago com muitas variedades." - Ibidem. "No tenhais mesa numa mesma refeio, variedade muito1 grande de alimentos; trs ou quatro pratos so o bastante. Na refeio seguinte podeis ter uma mudana. Deve a cozinheira apelar para as suas faculdades inventivas a fim de variar os pratos que prepara para a mesa, no devendo o estmago ser compelido , a tomar as mesmas espcies de alimentos refeio aps refeio." - Idem, pgs. 109, 110. Efeitos das combinaes imprprias:- "Criam-se perturbaes mediante combinaes imprprias de alimentos; h fermentao,. o sangue fica contaminado e o crebro confuso. ... A quantidade ' excessiva de alimento ingerido, ou a sua combinao imprpria, faz a sua obra prejudicial. Em vo do sua advertncia os avisos desagradveis. O sofrimento a consequncia. A doena toma o lugar da sade." - Idem, pgs. 110, 111. Em resumo, temos nestes conselhos inspirados o seguinte: Para evitar as fermentaes e a consequente doena, no devemos ter numa mesma refeio mais do que dois, trs ou quatro pratos diferentes de alimentos. Mas devemos sempre vari-los de refeio para refeio, no somente com o fim de evitar a monotonia, mas tambm devido ao fato de que maior variedade de alimentos dar ao corpo maior quantidade de nutrientes importantes e necessrios. Mas como tudo que foi dito at agora ainda poderia deixar margem para erros, apresentaremos um plano em que classificamos os alimentos e os colocamos em apenas cinco diferentes tipos de combinaes, de maneira que at as pessoas mais simples podero aprender a fazer combinaes correctas. O Processo da Digesto Como sabido que os alimentos se agrupam em tipos que exigem digestes diferentes umas das outras, lgico que tambm os separemos conforme a espcie, e no os tomemos juntos na mesma refeio. Os alimentos mais ricos em hidratos de carbono como os que provm principalmente dos cereais e tubrculos, comeam sua digesto na boca, sob a aco da ptialina. Mas os alimentos
proticos, como os feijes, os ovos, a carne e o queijo recebem sua maior contribuio no estmago, sob os efeitos da pepsina do suco gstrico, em ambiente cido. Os sucos que digerem os hidratos de carbono e os que atuam sobre as protenas so elementos diferentes, que no se comportam bem quando forados a estar juntos. Queremos acentuar que no somos de todo contrrios a uma combinao de protenas vegetais da espcie de feijes com cereais integrais e algumas oleaginosas. Mas em geral, especial- mente as pessoas com problemas de digesto, notaro que uma combinao mais rigorosa como a que fazemos adiante, evita esses problemas, lhes d mais lucidez mental e lhes tira a caracterstica sonolncia aps as refeies. O grande objectivo impedir as fermentaes destrutivas. Visto como a fermentao pode destruir at pouco mais de 80% dos nutrientes ingeridos, acontece que, mesmo as pessoas que comem bem, podem ser mal nutridas. No tanto a quantidade que ingerimos ou a qualidade do que ingerimos que tem real valor, mas sim o quanto aproveitamos daquilo que comemos. A pessoa pode comer cem unidades de nutrientes, dos quais apenas 20 se incorporam ao organismo, porque a fermentao se encarrega de destruir o restante. Comer bem mais do que comer alimentos de boa qualidade; comer de tal maneira, que o mximo dos nutrientes seja incorporado. O processo da digesto deveria ser mais amplamente discutido, dada a sua tremenda importncia para a sade; mas este livro no um tratado de fisiologia, de modo que temos de resumir o assunto. Nosso objectivo principal atacar o maior inimigo da sade na digesto, que a fermentao. Como as protenas so digeridas no estmago, em ambiente cido, evidente que, se com elas introduzirmos amilceos, a digesto destes ser prejudicada, da resultando consequncias desastrosas. A digesto dos hidratos de carbono perturbada pela incidncia de cidos estomacais; e a digesto das protenas sofre uma diminuio dos fluxos estomacais quando em presena dos primeiros. Assim, o processo da digesto para ambos os elementos, sofre . urna reduo de seu poder e eficcia, fazendo com que ele no complete seu trabalho satisfatoriamente; e os alimentos no totalmente digeridos entraro num estgio de acidificao de resultados indesejveis para a sade. Combinaes Aqui vo agora as combinaes dos vrios alimentos. Como j dissemos anteriormente, so apenas cinco combinaes: - Protenas com hortalias e oleaginosas - Cereais com hortalias e oleaginosas - Tubrculos feculentos com hortalias e oleaginosas - Cereais com frutas e leite - Frutas cidas e leite A temos praticamente todos os alimentos de sobre a face da Terra em apenas cinco combinaes fceis, que qualquer pessoa menos douta pode decorar e t-las na mente em qualquer ocasio, quer tenha de preparar suas prprias refeies, quer tenha de tomar uma deciso para escolher os pratos que lhe convm numa mesa fora de casa. Algumas Explanaes bom lembrar que no caso das combinaes dos alimentos h muita divergncia, especialmente quando se consideram suas classificaes. E no pretendemos aqui classificar os alimentos, pois teramos de entrar em
especificaes discutveis, que no aproveitariam aos interesses das boas combinaes. O que desejamos simplificar ao mximo, a fim de que doutos e indoutos possam compreender e aplicar. Protenas - Por protenas, conforme apontadas na primeira combinao acima, consideramos apenas quatro tipos de alimentos: - Todos os feijes, de todas as cores e tipos, incluindo ervilha, gro-de-bico, lentilha, fava, soja, etc.; todas as carnes de qualquer espcie de animal, quer sejam quadrpedes, aves ou peixes; todos os queijos frescos ou curados; e todos os ovos. Assim, de um modo bem simples, diremos que as protenas a serem combinadas com hortalias e oleaginosas so: Feijes, carnes, queijos e ovos. Podemos usar mais do que uma protena por vez, e no caso dos feijes sempre deveramos obrigatoriamente incluir mais uma protena. As razes para isto, daremos no oitavo captulo. Cereais - Aqui preferimos a designao "cereais", em lugar de "hidratos de carbono", para no confundir com outros hidratos de carbono, como os tubrculos feculentos e as frutas, que viro abaixo, servindo a outras combinaes. E absolutamente no desejamos incluir aqui nenhum outro hidrato de carbono, nem mesmo o acar. Cereais so os gros amidosos, como arroz, trigo, centeio, cevada, aveia, milho, sorgo, trigo sarraceno, etc. Nesta classificao, entram tambm os derivados de cereais como fub, farinha de trigo ou outros cereais, po, polenta, macarro, etc. Tubrculos Feculentos - So tubrculos feculentos: mandioca, batatadoce, batatinha, car, mandioquinha, mangarito, taioba, inhame, etc. Note-se que aqui no inclumos cenoura, beterraba, nabo, rabanete e outras razes no feculentas. Estas tm outra classificao. Oleaginosas - So oleaginosas as nozes de todas as espcies, incluindo avels, amndoas, castanhas do par e de caju, pec, amendoim, sementes de girassol, de gergelim, de abboras e outras, as azeitonas, os leos comestveis, as gorduras animais, etc. Hortalias - Como hortalias, consideramos todos os artigos das hortas: Alface, couve, repolho, chicria, agrio, caruru, dente-de-leo, leguminosas verdes como ervilha, feijo em vagem, razes como cenoura, beterraba, nabo, rabanete e as de frutos, como berinjela, jil, pepino, pimento, etc. Alguns apresentam argumentos controvertidos a respeito do tomate, mas parece que a maioria concorda que ele vai bem com outras frutas da horta, como o pepino, a berinjela, jil, pimento, abbora ou abobrinha e tambm com azeitonas, abacate e cereais, melhor do que com frutas doces ou cidas. Frutas - Parece que se torna desnecessrio especificar as frutas, pois que no h muita dvida a respeito. J mencionamos anteriormente as frutas da horta e tambm as da famlia das oleaginosas, de modo que restam apenas as que so usadas como sobremesa, complementos alimentares e pratos especiais. Elas se dividem em doces, cidas e semi-cidas. Alguns autores preferem recomendar o uso das frutas por categoria, o que achamos mais aconselhvel particularmente para pessoas com estmago delicado. Embora no exista nos livros de sade de E. G. White nenhuma indicao especfica de que no possamos usar frutas de diferentes classes numa mesma refeio, h, no entanto, o conselho de evitar as grandes variedades. Da, depreendemos que aconselhvel moderar a variedade, e talvez evitar combinar numa mesma refeio as muito doces com as muito cidas. H autores que chegam a recomendar apenas uma espcie de fruta em cada refeio, indo ao extremo de no comerem nenhum outro alimento com essa fruta. Conquanto esse procedimento possa ser vlido para pessoas com organismos extremamente delicados e afectados, no encontramos em nenhuma fonte fidedigna
qualquer indicao expressa a respeito, contrariando o uso de algumas frutas com cereais. Parece, pois, razovel, que possamos comer numa mesma refeio algumas frutas diferentes, no em demasia, e com elas alguns cereais, ou umas torradas, e um copo de leite, conforme indicamos acima, em nossa lista de combinaes.
Captulo 6
No uso dos alimentos devemos exercer discernimento e bom censo. Ao percebermos que certo alimento nos no convm,... mudemos a dieta; usemos menor quantidade de alguns alimentos; experimentemos outras preparaes. ... Como seres inteligentes, estudemos individualmente os princpios e usemos a nossa experincia e discernimento para decidir quanto e que alimentos nos convm. Conselhos Sobre Sade, pgs. 476, 477.
Captulo 6
A Importncia da Protena Praticamente tudo em nosso corpo depende de protenas. Sem protenas no se constri uma nica clula em nosso corpo. A pele, os rgos internos, o crebro, os nervos, os msculos, o cabelo, as unhas, todos precisam de protena para formar suas clulas, e at mesmo os ossos tm na base a protena. Da evidente que s podemos gozar sade perfeita quando fornecemos ao corpo protenas em quantidade razovel e de boa qualidade. A pessoa que ingere diariamente pelo menos sua quota de protena que tenha todos os componentes , essenciais e outro tanto dos chamados no essenciais, est-se resguardando ; de problemas fsicos no presente e, em parte, protegendo o seu futuro. A protena no apenas a substncia essencial da clula, mas at certas manifestaes vitais oriundas de funes orgnicas, como movimentos peristlticos, elasticidade da pele, fabricao de anticorpos, produo de enzimas, etc. precisam de protenas. Os prprios transmissores de comunicaes nervosas dependem de minsculas partculas de protenas. O indivduo bem nutrido no precisa de estmulos especiais para manter o corpo erecto ou de suportes mecnicos para evitar ps chatos ou ossos que vergam ao peso do corpo. A Dra. Adelle Davis adverte que quando uma me diz ao filho: "Endireite o corpo", ela se est acusando a si mesma de haver negligenciado seu dever de fornecer criana a necessria quota de protena. H alguns anos, aps uma de minhas conferncias sobre nutrio e sade, uma senhora me abordou com um problema. Seu filho de quatro anos no podia andar um dia sequer sem suas botas ortopdicas, que logo suas pernas entortavam. Prescrevi-lhe um programa de alimentao. Cerca de cinco anos depois nos encontramos outra vez, e essa me me disse que, quinze dias aps o incio do tratamento com o regime prescrito, o menino havia abandonado as botas ortopdicas para nunca mais us-las; e que agora jogava bola com os companheiros, e como qualquer deles. Nas dilataes e distenses Quando as artrias e veias se dilatam, quer seja no caso de varizes, hemorridas ou outras distenses; nos casos de derrame cerebral, rompimento de vasos sanguneos, obstrues de artrias e outros problemas relacionados, sempre uma dose adequada da devida protena teria evitado a anomalia. Mas, graas a Deus, que ainda no tarde demais para os portadores de tais problemas recuperarem a sade. Tenho visto pessoalmente dezenas de indivduos se restaurarem completamente desses males em pouco tempo, to logo adoptaram um programa racional de alimentao em que a protena estava presente em pores notveis, como adiante indicaremos. Vi h alguns anos um senhor de 75 anos de idade com enormes varizes em ambas as pernas e uma chaga aberta cobrindo cada um dos tornozelos internamente. No parecia que uma pessoa to idosa, pudesse sarar de tais varizes. Entretanto, com o alimento por ns indicado, em 30 meses ele estava com as pernas completamente lisas, sem nem ao menos o sinal de que houvesse tido varizes. E as feridas nos tornozelos haviam cicatrizado perfeitamente. evidente que, no havendo suficiente protena, a falta de reposio de clulas, impede a devida elasticidade dos tecidos e permite a dilatao das artrias, tecidos e rgos, que assim permanecem at ocorrer o distrbio. Mas toda vez que salientamos o valor da protena com todos os seus componentes, queremos dizer
que, na maioria dos casos, no basta que a protena seja completa: ela tem de ser preferencialmente de fonte vegetal e originria de vrias substncias, e bem combinada, a fim de evitar os grandes desperdcios ocasionados pelas ms combinaes. No Envelhecimento Precoce H um incontvel nmero de actuaes da protena no organismo, que a torna demais preciosa. O cabelo, as unhas e a pele modificam o aspecto em poucos dias, to logo se ponha em vigor um plano sbio de alimentao, em que a porcentagem de protena seja considerada com destaque. Ningum precisa perder o cabelo que tem, ou t-lo quebradio, spero, seco e sem brilho, ou mesmo malcheiroso. As unhas devem ser lustrosas por natureza, bem formadas e resistentes, e a pele deve ter todas as caractersticas da sade, assim permanecendo por quase toda a vida. Ningum precisa envelhecer prematuramente, como o caso com pessoas que, ainda jovens, j tm as marcas da velhice. Podemos prolongar a juventude de nossa aparncia sem recursos artificiais, e o vigor fsico e a sensao de bem-estar, sem estimulantes. Do ponto de vista da capacidade das nossas clulas, fora de dvida que podemos atingir boa longevidade livres da maior parte dos males que afligem os idosos. Para isto bastaria que soubssemos o que comer e como faz-lo, e que vivssemos em conformidade com a Natureza o tempo todo, do bero ao tmulo. Nas Defesas e Equilbrios Funcionais As protenas so a matria-prima de que se fazem muitos dos hormnios de nosso corpo. A produo de anticorpos para nos defenderem da doena tem sua base em protenas. Estas so igualmente necessrias para evitar que os fluidos de nossos rgos sejam demasiado cidos ou alcalinos, ou para combin-los a fim de neutralizar os excessos. Na Obesidade As pessoas obesas cometem um erro gravssimo ao passarem fome para emagrecer. No de menos comida que necessitam, seno do alimento correcto. Elas devem chegar ao seu peso de tabela comendo saciedade, porm do alimento certo. Organizei programas de alimentao para gordos que chegaram a perder de 40 a 60 quilos em seis meses, sem deixar uma ruga e sem passar fome de qualquer maneira. Os mais insaciveis glutes deixaram em paz a geladeira dentro de 3 ou 4 dias, desde o momento em que lhe foram aumentadas as protenas vegetais. Verifiquei em centenas de casos que no era de abstinncia que necessitavam, mas de maior quantidade de protena - a protena correcta, sem os desperdcios ocasionados pelas ms combinaes. Na Gravidez e na Amamentao De modo especial, na gravidez e na amamentao, a mulher precisa aumentar sua quota de protenas em cerca de 50%, conforme a indicao encontrada na pgina 75. Muito da fome e gulodice da gestante fome de protenas. A falta de leite na que amamenta carncia alimentar. Bem entendido, carncia dos correctos nutrientes de que o organismo necessita para o desempenho de suas funes. A Dra. Adelle Davis frisa isto repetidas vezes em seu livro Let's Have Healthy Children.
Nenhuma me precisaria ter falta de leite para seu filho, caso fosse devidamente orientada quanto a sua alimentao durante a gravidez e at antes dela, e depois, enquanto amamentasse.
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Ao ver o mdico que a doena que se apossou do corpo o resultado do comer e beber imprprios, e contudo negligencia dizer ao paciente que seu sofrimento causado por uma maneira de agir errada, est causando um prejuzo famlia humana. Medicina e Salvao, pg. 49.
Captulo 7
Os Aminocidos As protenas so o que so os seus aminocidos. Elas valem tanto quanto seus componentes em cidos aminados. Em outras palavras, uma protena mais importante que outra na proporo em que tem maior ou menor quantidade de cidos aminados e, entre estes, aqueles que so denominados aminocidos essenciais. Mas diga-se de passagem, que no existem aminocidos no essenciais; todos so essencialssimos. O que h que oito deles so chamados essenciais porque o corpo no os pode sintetizar; mas todos executam no organismo funes precisas e atuam na formao de enzimas e hormnios preciosos. Demais, na ausncia de algum aminocido, os outros existentes fabricam o faltante. Alm disto se sabe hoje que outros aminocidos fora os oito so tambm essenciais sade, especialmente quando se tem de usar mtodos artificiais para nutrir o enfermo. Prolina, por exemplo, suprida com outros clssicos, produz uma melhor reteno do nitrognio. Mas outros dois aminocidos - arginina e histidina - so muito importantes, e deveriam ser supridos com Prolina, quando agregados aos essenciais. E h evidncias de que pelos menos crianas recm-nascidas e as prematuras, deveriam receber tambm tirosina e cistina, pois seu organismo no est em condies de manipular estes aminocidos, quando sujeitas alimentao artificial. Aminocidos Essenciais Isoleucina, Lisina, Metionina, Triptfano, Leucina, Fenilalanina, Treonina, Valina Coadjuvantes Arginina, Histidina e Prolina Essenciais Para Recm-nascidos e Prematuros Tirosina, Cistina Utilidade Destes Aminocidos e Suas Fontes Isoleucina - importante na renovao dos glbulos vermelhos e tecidos do corpo, e no metabolismo. Nas crianas e adolescentes, atua na glndula timo; e na pituitria e bao tanto em crianas como em adultos. Sua ausncia prejudica a funo do fgado na produo de anticorpos, de modo que haver susceptibilidade para infeces e propenso para inchao. A deficincia deste aminocido afecta igualmente o nvel de leucina e valina. Encontra-se isoleucina em quantidades estupendas no lvedo de cerveja, no peixe defumado e no soja; depois, ainda em quantidades muito boas, nas nozes e outras oleaginosas, nos legumes, especialmente tremoo e lentilha, na carne e nos ovos; e por fim, no queijo e no germe de trigo. Leucina - A funo da leucina contrabalanar a influncia das funes de isoleucina. Este aminocido encontrado nos mesmos alimentos do anterior, e mais ou menos na mesma ordem de propores. Lisina - Este aminocido de extrema importncia, visto relacionar-se de perto com as glndulas da reproduo. E essncia na participao em grupo no corpo pineal, que se relaciona com o desenvolvimento sexual do homem; com as glndulas mamrias; com o corpo lteo, que produz a progesterona, to necessria
renovao da mucosa uterina nos intervalos das menstruaes; e com os ovrios. Demais, est presente na preservao da destruio das clulas e tecidos, e nas funes do fgado e vescula, actuando de modo especial no metabolismo das gorduras. H a possibilidade de que a deficincia de lisina cause retardamento mental nas crianas em desenvolvimento, e a perda de cistina na urina. um aminocido muito sensvel ao calor, de modo que prejudicado toda vez que sofre altas temperaturas como as usadas no tratamento do leite para torn-lo em p e na sua concentrao, e igualmente as nozes para se conservarem. Esta protena, quando tratada com calor nos alimentos que se podem comer crus, passa de completa para incompleta. Melhor mesmo seria comer os alimentos que a contm, em seu estado o mais natural possvel. Encontra-se lisina nos seguintes alimentos: Primeiro no peixe defumado, no lvedo de cerveja e no soja; depois na lentilha, ervilha, tremoo, germe de trigo, feijo, carne e queijo; e a seguir, nos ovos, nas sementes oleaginosas, principalmente a linhaa, nas nozes, no farelo de trigo e nos cereais. Fenilalanina - Este cido aminado tem sua aco nos processos da eliminao de matrias de despejo, tanto os resduos dos alimentos como os tecidos do corpo e as clulas mortas. Mas sua eficcia se reduz sensivelmente na presena do lcool no organismo. Deste modo, a pessoa que bebe qualquer quantidade e qualquer espcie de bebida alcolica, especialmente s refeies, prejudica os benficos efeitos deste aminocido. Esta protena tem aco envolvente nas actividades dos rins e da bexiga. Sua ausncia marcada por olhos vermelhos com intumescncia, uma caracterstica, talvez, pelo exposto acima, daqueles que se do aos grandes jantares bem regados com bebidas alcolicas. Os alimentos que suprem fenilalanina so: Primeiro soja, lvedo de cerveja, peixe defumado e amendoim; depois lentilha especialmente, mas tambm todos os demais legumes secos e o germe de trigo; e a seguir, as carnes, os ovos, a aveia como a primeira entre os cereais, e todos os restantes cereais integrais. Metionina - Este um dos aminocidos que contm enxofre, e muito precioso. Presente nas funes do bao, das glndulas linfticas e do pncreas. elemento vital dos glbulos vermelhos; todas as clulas necessitam dele. Somente quando h metionina sobrando que o organismo com ela fabrica colina, uma importante vitamina do complexo B e considerada um factor emoliente da dissoluo do colesterol e de pedras na vescula. Quando as crianas crescem demasiado rpido, podem desenvolver nefrite, se no houver um bom excesso de metionina. Nos casos de ferimentos graves, a restaurao e cicatrizao so tanto mais rpidas quanto mais metionina houver. Sua ausncia danifica o fgado, permite que gordura nele se acumule, e o impede de fabricar anticorpos. Verificou-se que nos casos de febre reumtica e nos de toxemia das gestantes, metionina est ausente, e tambm na queda dos cabelos. O aumento de metionina na dieta ajuda a manter o equilbrio proteico no corpo, mesmo quando no alta a taxa de lisina, pelo maior uso de cereais, que so deficientes neste aminocido. Metionina tambm auxilia no crescimento e diminui as concentraes txicas no plasma, no fgado e nos msculos, impedindo as leses txicas. Encontra-se este aminocido primeiro no peixe defumado e na castanha-do-par; depois no lvedo de cerveja e no gergelim; e a seguir no queijo, soja, amndoas, galinha e peixe fresco, germe de trigo e amendoim. Treonina - Muito actuante na mudana dos tomos dos aminocidos no corpo, estabelecendo equilbrio entre suas cadeias estruturais e respectivas funes. Portanto, essencial no metabolismo humano. O treonina favorece o desenvolvimento fsico, diminui as concentraes txicas no organismo e impede as leses causadas por toxidez. Alimentos em que se encontra treonina: Primeiro, lvedo de cerveja,
peixe defumado, soja, tremoo, leite em p e germe de trigo; depois lentilha, ervilha, feijo, peixe fresco, carne de vaca e sementes de linhaa; e a seguir, carne de galinha, amendoim, gergelim, gro-de-bico, gema de ovo, algas marinhas, ovo integral e nozes. Triptfano - O aminocido restaurador - substncia bsica na reproduo de clulas e tecidos, desde as clulas do sexo at s ltimas de todos os tecidos do corpo. Quando o triptfano escasso, os testculos dos animais se atrofiam e as fmeas envelhecem rapidamente, o que naturalmente deve acontecer tambm com os seres humanos. A ausncia desse aminocido faz com que o fgado no produza anticorpos, e h susceptibilidade para infeces, inchao do corpo e queda dos cabelos. O triptfano tem que ver com a actividade eficiente do sistema ptico, e est presente na formao dos sucos gstricos e em suas funes. Apenas um grama de triptfano o bastante para a despesa diria do corpo humano; e embora os alimentos no tenham grande quantidade dele, no difcil conseguir a quota necessria. Encontra-se triptfano, primeiro no soja, no lvedo de cerveja e no peixe defumado; depois no leite em p, sementes de linhaa, castanha-do-par, tremoo e amendoim; e a seguir no gergelim, nozes, germe de trigo, gema de ovo, pistcio, feijo, queijo, peixe fresco, galinha, sementes de girassol, carne de vaca e de ovelha, ovo integral, cevada e farelo de trigo. Valina - Este cido aminado est envolvido nas funes de todas as glndulas relacionadas com o corpo lteo, as mamas, os ovrios, e as que participam de seu correspondente grupo glandular. Portanto, muito relevante em todas as funes da reproduo na mulher e em suas actividades sexuais. A valina encontrada primeiro no lvedo de cerveja, peixe defumado, soja, leite em p, nozes e amndoas; depois no queijo, pistcio, amendoim, lentilha, sementes de linhaa, peixe fresco, ervilha, galinha e feijo; e a seguir, na gema de ovo, gergelim, gro-debico, algas marinhas, trigo sarraceno, avela e farelo de trigo. Arginina - Actuante na contraco dos msculos e parte importante na formao da cartilagem e ossos, e assim essencial na utilizao do clcio. Controla os processos que impedem a degenerao das clulas e evitam a formao de lceras e focos cancerosos. Mantm a estrutura e o bom funcionamento dos rgos sexuais. Sua ausncia causa esterilidade nos animais, e diminui no homem a formao do esperma e sua mobilidade. Encontra-se arginina primeiro nas nozes, amendoim, soja, tremoo, gergelim e peixe defumado; depois na castanha-do-par, ervilha, lentilha, sementes de linhaa, germe de trigo, amndoas, lvedo de cerveja, gro-de-bico e pistcio; e a seguir no feijo, trigo sarraceno, sementes de girassol, gema de ovo, as carnes bovina, de aves e peixes, farelo de trigo, coco, aveia e leite em p. Histidina - Importante no fgado para a formao do glicognio e no controle do muco patognico. E componente activo da hemoglobina e responsvel pela gerao e mobilidade do esperma. Sua ausncia causa problemas na gestao, como abortos prematuros e partos difceis; pode produzir esterilidade e outros problemas relacionados. Nos casos de uremia, a histidina atua como um aminocido essencial. Encontra-se esta protena primeiro no peixe defumado, no soja, lvedo de cerveja, tremoo, leite em p, germe de trigo, amendoim, peixe fresco, feijo e lentilha; depois, na carne de vaca, no queijo, carne de galinha, grode-bico e ervilha; a seguir no pistcio, amndoas, nozes, farelo de trigo, gema de ovo, castanha-do-par, trigo integral e aveia. Prolina - Este aminocido necessrio na formao dos leuccitos ou glbulos brancos, e regulador da emulsificao das gorduras. Sua ingesto deve estar relacionada com o triptfano e a lisina, sendo necessrios oito gramas dele para satisfazer a quota diria desses dois aminocidos, que de um e quatro
gramas, respectivamente. A prolina encontrada primeiro no leite em p, queijo e soja; depois no lvedo de cerveja, peixe defumado, germe de trigo, nozes, trigo integral, tremoo, cevada, amendoim, lentilha, centeio e amndoas; a seguir, no pistcio, ervilha, farelo de trigo, milho integral, gro-de-bico, castanha-do-par, gergelim, feijo, aveia e gema de ovo. Tirosina - Presente na formao e desenvolvimento das clulas e tecidos, e muito importante na produo de glbulos brancos e vermelhos. O bom funcionamento das supra-renais, pituitria e tireide depende deste cido aminado. elemento vital na pigmentao das clulas da pele e do cabelo. A tirosina encontrada primeiro no lvedo de cerveja, no leite em p, peixe defumado, soja, amendoim e tremoo; depois no queijo, nozes, lentilha, germe de trigo, gema de ovo, peixe fresco, carne de galinha, gergelim, pistcio, carne de vaca e ervilha; e a seguir nas amndoas, gro-de-bico, feijo, ovo integral, aveia, castanha-do-par, centeio, milho e trigo integrais. Cistina - Este outro aminocido portador de enxofre. Presente na manuteno de tecidos sadios e na resistncia s infeces e intoxicaes. Um dos mais importantes elementos do cabelo e dos glbulos vermelhos. As glndulas mamrias precisam dele, particularmente durante a amamentao. Sua ausncia pode causar danos ao fgado e produzir lceras no estmago e duodeno. Encontramos cistina primeiro no soja, germe de trigo, peixe defumado, tremoo e sementes de linhaa; depois no gergelim, pistcio, aveia, amendoim, farelo de trigo, castanha-do-par, lvedo de cerveja e trigo integral; a seguir no trigo sarraceno, cevada, carne de galinha, ervilha, gro-de-bico, gema de ovo e centeio integral. Uma Palavra de Explicao Nas pginas precedentes, demos apenas alguns dos alimentos que contm os aminocidos indicados. Naturalmente se tornou evidente que uns poucos produtos so predominantes no fornecimento da maioria dos aminocidos essenciais e tambm dos no essenciais. pena que no haja uma pesquisa mais completa a respeito do assunto; mas de se notar que os povos que se alimentam principalmente das protenas que comandaram a exposio constante nas pginas anteriores, so os povos mais fortes e sadios, muito embora ainda pratiquem erros dietticos. Os produtos apresentados acima so os mais ricos que existem em protenas das espcies a mencionadas, e sua importncia deve ser considerada em escala descendente na ordem de apresentao. S demos os alimentos que, em pequenas quantidades, podem fornecer a quota necessria para as despesas dirias. Entretanto, como alguns aminocidos, essenciais ou no, ajudam a fabricar outros no organismo, claro que at mesmo alimentos com bem pequenas quantidades de protenas, como o caso das frutas e hortalias, podem contribuir para completar a quota de protena de que nosso corpo tem necessidade para se manter. Doutro modo, no poderamos explicar como que os animais que s comem capim depositam tanta protena em sua carne. Aqui temos de repetir o conceito j expresso de que o segredo est no fato de eles comerem verduras cruas. Assim pois, como factores complementares na lista apresentada, no podemos deixar de incluir no regime as hortalias e as frutas. Embora estas contenham bem pouca protena, sabido que certos aminocidos so melhorados com os sais minerais e as vitaminas, e vice- versa. Outro alimento que deixamos de mencionar foi o leite fresco. Conquanto no tenha to grande quantidade de protenas quando o comparamos com os demais na base de porcentagem, ele se torna quase um gigante ao considerarmos
que podemos tomar dele at dez ou quinze vezes mais do que de qualquer outro tipo de alimento, sem prejuzo fsico e sem enfarar. Se usarmos o leite como o fazem principalmente os habitantes dos pases nrdicos e dos Estados Unidos - um litro e mais por pessoa - ento poderamos haver colocado esse alimento frente de todos os outros na lista dos aminocidos apresentados. Vero os leitores que, na verdade, se adoptarmos um regime ovo-lactovegetariano ou apenas lacto-vegetariano, podemos abandonar o uso da carne. Dela no sentiremos nenhuma falta, e teremos mais sade. Mas para aqueles que querem um regime mais avanado, podemos dizer que, cuidando para ter abundncia de protenas vegetais, as mais ricas, muitas frutas e hortalias em estado natural, e razovel quantidade de nozes e sementes oleaginosas, podem esquecer o regime que inclui produtos animais. A seguir damos uma lista mais ou menos completa dos principais alimentos mais substanciosos em protenas, na ordem descendente, com seus respectivos aminocidos em miligramas. Observe-se que alguns alimentos com porcentagem mais elevada de protena tm um total inferior de aminocidos essenciais.
Captulo 8
O alimento o material do qual somos feitos. Se nosso alimento for deficiente, o alicerce de nosso corpo ser fraco e a estrutura tender a ruir. Se ao contrrio, nosso alimento no for deficiente, a estrutura ser saudvel no desmoronar facilmente. Dr. H. E. Kirschner. Alimento deficiente a causa primria da doena. Dr. G. T. Wrench.
da sade. O homem que vive predominantemente de um regime vegetariano e crudvoro, no precisa saber ler nem escrever, como o boi que tambm analfabeto, e no entanto sintetiza em seu corpo todos os elementos de que precisa. O conhecimento se torna necessrio primordialmente porque nos afastamos do regime ednico. Se o boi comesse apenas capim cozido, morreria em poucos dias. No tanto o quanto comemos como a forma em que comemos que faz a grande diferena. A razo deste estudo principalmente ensinar como comer para ter sade. Mas vamos s quantidades de protenas recomendadas. Como base, estabeleceu-se uma tabela que considerada bastante razovel. E a seguinte: 1. Do nascimento at aos 7 anos de idade, a criana deve receber diariamente dois gramas de protena por quilo de seu prprio peso. Ou seja, um beb que pese 5 quilos, deveria tomar 10 gramas de protena por dia. 2. Dos 7 anos de idade at ao fim da adolescncia, a criana ou adolescente precisa de um e meio grama de protena por quilo de seu prprio peso. Assim, um adolescente com 40 quilos de peso deveria tomar diariamente 60 gramas de protena. 3. Do fim da adolescncia e pelo resto da vida, o indivduo precisa de apenas um grama de protena por quilo de seu peso. 4. As gestantes e as que amamentam precisam, como os adolescentes, de um e meio grama de protena por quilo de peso. A gestante que usa essa quota de protena diariamente, acrescida de boa quantidade de frutas e vegetais crus, ter gestao e parto felizes e abundncia de leite de boa qualidade para alimentar seu filho. Os desejos anormais da mulher durante a gravidez so o resultado natural de um clamor interno do organismo, pedindo mais protena, sais minerais e vitaminas para o feto em desenvolvimento. Entre os muitos casos que poderamos mencionar para ilustrar a importncia do que estamos a dizer, apresentamos apenas um. Eu estava realizando uma srie de palestras sobre o assunto, quando uma senhora de idade madura, sada, me pediu conselho. Disse-me que estava nos primeiros dois meses da nona gravidez e que sempre havia sofrido muito nas gestaes e nunca tivera leite para amamentar nenhum de seus oito filhos. Prescrevi-lhe um regime com cerca de 100 gramas de protena por dia, abundncia de frutas e hortalias, em combinaes correctas, conforme o mtodo que defendemos nesta obra. Pois bem, nunca mais a vi seno no ano seguinte. Ento ela veio me mostrar a criana e contar-me os resultados. Disse-me que tivera uma gestao maravilhosa e parto normal. A criana, durante os 10 meses de vida que tinha na ocasio, nunca havia provado outro alimento seno o leite materno, que era partilhado o tempo todo com a criana de uma vizinha, tanta era a abundncia. Demais, contou-me que a filhinha nunca tivera um dia de febre ou outro problema de sade, nunca estivera nem mesmo levemente resfriada e jamais fora levada a qualquer consultrio para ser medicada do que quer que fosse. Ao ver a criana, era evidente a sade transbordante que ela proclamava. 5. As pessoas doentes, qualquer que seja a enfermidade, tero que duplicar ou triplicar a sua quota de protenas. Isto , um adulto que pese 60 quilos, uma vez enfermo, dever tomar diariamente pelo menos cento e vinte ou cento e oitenta gramas de protena, conforme o grau de gravidade de sua doena ou de acordo com a necessidade que tem de restaurar-se mais depressa. Mas h casos em que se deveria multiplicar sua quota por 4 ou 5 ou mais, numa doena muito grave ou num acidente de propores.
A razo bvia quando se toma em considerao que no se forma uma nica clula sem protena, e que a doena destri, momento a momento, milhes incontveis de clulas, que s sero substitudas se houver abundncia de protenas completas. Uma Pergunta Oportuna De acordo com as sugestes dos ltimos pargrafos, seriam elas vlidas tambm para os portadores de cncer? Como sabido, a maior parte dos entendidos no assunto desaconselha o uso de protenas no tratamento do canceroso. Entretanto, creio que devemos ser muito cuidadosos ao responder a essa pergunta. Temos, primeiro, de ser razoveis. No podemos contradizer-nos. A Natureza regida por leis fixas; mas quando ela abusada, produz aberraes. O excesso de glbulos brancos ou vermelhos, as calcificaes, obesidade, albuminria, cistinria e outras, so aberraes causadas por abuso da Natureza - transtornos e desequilbrios que poderiam ter sido evitados. No deveramos primeiro manter o princpio de que todo doente precisa mais do que ningum de protena para refazer suas clulas? A no ser que possamos provar que est errado o conceito de que sem protenas no se reconstroem clulas. Mas em face do fato de que tambm verdade que protena aumenta as clulas cancerosas, no deveramos ento considerar isto como um transtorno a ser reparado, em vez de privar o organismo de nutrientes insubstituveis, s para evitar que o ladro tambm coma? Acima de tudo, creio que devemos responder pergunta fixando-nos no fato inquestionvel de que no h doena sem fermentaes e desnutrio. Sobre isto, j enunciamos os melhores conceitos de vrios autores, e achamos desnecessrio alongar- nos mais. Resumindo, diramos apenas que em vo palmilharemos os caminhos do mundo em busca de cura para o cncer, enquanto continuarmos a caa ao vrus, seja do que for, para elimin-lo. Deixemos o vrus, e fortaleamos o doente. E assim que age a Natureza. Na Natureza no h extermnio de pragas; estas so controladas e adormecidas por elementos vitais e no por foras exterminadoras ou privaes. A Natureza nunca nega; sempre d, e na prodigalidade de suas ddivas que ela tem sempre muito mais para dar do que para perder. Uma Questo de Mecanismo preciso que mantenhamos sempre em mente os conceitos emitidos pelos doutores Forman, Cavanaugh e Arbuthnot ,Lane, conforme referidos anteriormente, de que existe apenas uma enfermidade - a m nutrio e m drenagem. "Temos estado a estudar germes ", disse o Dr. Lane, j citado, "quando deveramos ter estado a estudar dieta e drenagem. . .. Drene o corpo de seus venenos, alimente-o apropriadamente, e se ter operado o milagre. Ningum que se tenha dado ao trabalho de evit-Io, precisa ter cncer." E isto verdade a respeito de cada doena, como temos insistido em reafirmar. Desejo evitar que esta obra se torne um instrumento para divulgar experincias, mas no podemos deixar de mencionar algumas, de naturezas bastante diversas, de propsito, para provar que existe realmente apenas uma doena, como tantos autores tm insistido em declarar. E nossa inteno demonstrar que, exceptuando acidentes, todas as doenas podem ser evitadas pela alimentao correcta, e curadas praticamente tambm pela alimentao. H algum tempo atrs, um casal me procurou, trazendo uma filha de 15 anos de idade com um gravssimo problema de eczema. J haviam gasto muito dinheiro com os melhores especialistas sem nenhum resultado satisfatrio. A menina era
muito magra, sem nenhum indcio ainda da proximidade da puberdade. Depois de algumas perguntas, verificamos, entre outras coisas, que ela ficava muitos dias sem evacuar. Prescrevi-lhe uma mudana completa em seu regime alimentar. Usei uma frmula apropriada para lhe regular os intestinos e fornecer-lhe pelo menos o dobro de sua quota diria de protenas. E ento para estimul-Ia a seguir o programa, prometi-lhe que, se fosse rigorosa em seu novo regime, dentro de 4 ou 5 meses, teria formado o corpo de uma perfeita moa, sem nenhum problema fsico. Disse-lhe que se no preocupasse com aquele eczema, pois logo no teria mais nada. Resultado: Dentro de 45 dias lhe vieram as regras; com pouco mais de 100 dias tinha formado cintura e busto perfeitos; e, sem se aperceber, o eczema desaparecera como que por encanto. Certa ocasio me trouxeram, amparado por dois homens, um senhor de 84 anos de idade. Estava todo paraltico de um lado, da cabea aos ps. Fazia pouco, havia tido um derrame cerebral que quase o matara. O estado dele era gravssimo, alm da idade avanada. Sem muita confiana em mim mesmo, prescrevi-lhe um programa de alimentao com duas ou trs vezes a quota normal de protena, e alguns conselhos mais para evitar desperdcios de nutrientes. Ao ele sair, confesso que disse a mim mesmo: "Est com os dias contados." Qual no foi a minha surpresa quando, 6 meses depois, ele apareceu diante de mim, andando desembaraadamente, com mente lcida e passos firmes! Viera para me agradecer. A doena no faz mais do que seguir um curso de processos desencadeados por ns mesmos. Comemos alimentos pobres ou mal combinados, destruindo seus valores por excesso de cozimento e tempero. Esses alimentos fermentam e apodrecem no trato digestivo. A putrefaco produz toxinas que infectam a corrente sangunea e os rgos vitais. Alguns alimentos cozidos transformam em cristais o cido oxlico que iria produzir os movimentos peristlticos a fim de estimular os intestinos a se livrarem das fezes. Ento a comea a priso de ventre que, dentro de pouco tempo, ser crnica. O indivduo, assim enfezado, ser doente - doente de qualquer enfermidade, dependendo de vrios factores e heranas. uma questo de mecanismo - um mecanismo certo e seguro. Se no cuidamos do que comemos e como comemos, somos ns os culpados. Ns somos os coveiros de nosso corpo. Desencadeamos um processo que comeou na boca e terminar no cemitrio. Um Regime Equilibrado Precisamos de alimentos ricos em protenas, especialmente protenas vegetais de fcil digesto, protenas completas e incompletas, preparadas de maneira a no se destrurem os seus valores, e combinadas de acordo com as indicaes anteriores, para evitar a fermentao. Mas alm disto, precisamos diariamente de cereais integrais, hortalias, principalmente cruas, frutas frescas em abundncia, nozes e sementes oleaginosas, sempre ingeridos em conformidade com a tabela de combinaes j prescrita. No recomendamos os alimentos crneos e o queijo, porque so factores de putrefaco nos intestinos - uma das grandes causas da priso de ventre, fezes ftidas, pele e cabelos malcheirosos. Demais, favorecem o envelhecimento prematuro, o colesterol, a arteriosclerose e todas as doenas da circulao. Mas para todos aqueles que escolheram o regime sem carne, queremos deixar aqui um conselho. O regime estritamente vegetariano pode trazer desapontamento e descrdito, quando se transita abruptamente de um regime para
outro, sem o devido conhecimento. Por esta razo lhes recomendamos usarem leite e ovos durante um razovel perodo de adaptao. O regime ovo-lacto-vegetariano o mais indicado para se chegar ao regime vegetariano. Milhares de pessoas tm fracassado ao tentarem uma mudana abrupta. Ningum se deve lanar directamente num regime estritamente vegetariano, a no ser que planeje ser crudvoro por excelncia, usando abundncia de frutas, hortalias, oleaginosas e alguns cereais integrais. S assim estar certo de manter a sade, sem nenhuma carncia.
%DE PROTENA
FENILALANINA
ALIMENTO
PEIXE DEFUMADO LVEDO DE CERVEJA SOJA* TREMOO LEITE EM P AMENDOIM LENTILHA GERME DE TRIGO ERVILHA FEIJO GRO-DE-BICO GALINHA NOZES PISTCIO PEIXE DEFUMADO GERGELIM SEMENTES DE LINHAA QUEIJO CARNE DE VACA AMNDOAS GEMA DE OVO OVELHA OU CORDEIRO CASTANHA-DO-PAR FARELO DE TRIGO AVEIA ALGAS MARINHAS(PIN) OVO INTEGRAL TRIGO INTEGRAL TRIGO SARRACENO CEVADA CENTEIO MILHO ARROZ INTEGRAL
40 2080 3238 3680 1594 478 1990 422 2323 2419 1242 1370 1248 435 15805 38,8 2267 3105 3509 1882 621 2149 429 2850 1944 969 1497 1608 348 16812
38 1889 3232 2653 2055 525 1603 532 1995 3006 1051 2281 1303 522 14484 31,2 1369 2241 1652 1153 235 1138 314 1258 2965 26 1346 2526 1848 1236 657 1073 363 1640 25,6 990 1876 1036 1459 338 869 814 1283 1103 434 9360
730 2999 1269 241 10689 694 1276 1144 366 662 1033 711 1355 514 627 531 525 878 789 849 829 789 221 766 514 616 252 559 188 589 238 669 262 878 101 667 385 689 220 667 386 578 408 973 76 7992 8493 8252 7595 7710 6975 7450 7015 7121 7556 6375 6754 8194 7012 5631 6475 5985 5254 4053 4336 4290 5522 3577 3654 3571 3280 3394 2674
24,2 1045 1847 1739 1266 194 22,9 22,5 22,1 20,1
889 1710 1608 1015 482 1047 261 1240 2026 961 1530 1692 1033 205 927 1685 1593 1154 234 891 1505 1376 1151 209 800 502 833 188 914 202 1058 2142 878 223 1016 1257 765 174 913 1891
20 1069 1472 1590 19,9 1463 1455 18,9 18,8 18,1 18 18 17,7 16,8 16,1 15,6 14,8 13,6 13 12,7 12,4 12,2 12,2 11 11 9,5 7,5 690
794 205 1018 1114 623 263 1500 3506 613 225 1344 1859 861 211 1150 1066 763 287 985 2586
424 1313 471 665 523 442 895 692 790 813
881 1523 1080 1088 367 900 1445 1713 773 1433 921 1299 585 737 539 947 602
806 1017 415 950 530 778 478 975 518 728 364 625 383 661 984 568 220 698 234 407 264 709 416 589 196 464 183 603 196 522 172 464 182 406 183
813 330 1153 2033 725 217 1393 812 198 651
556 2344 603 450 400 428 390 421 292 63 301 668 982 617 730 813 853 723 386 515
886 1118
637 226 593 172 704 235 515 200 458 355 425 363 459 372 203 118 515 301 391 332 293 293 365 267 227 225 363 147 275 84
492 172 1053 1976 753 240 733 198 442 322 482 173 462 176 690 148 634 184 382 142 439 152 389 180 395 87 998 1143 790 1075 729 2252 680 1058 711 873 847 577 876 386 754 602
820 1370 1202 778 1203 1275 474 1168 451 896 474 583 517 467 863 374 464 406 401 254 299
526 1012 365 1076 778 1091 426 415 421 414 871 720 784 728
817 1195 592 561 461 433 555 541 398 650
TRIPTFANO
ISOLEUCINA
METIONINA
TREONINA
HISTIDINA
ARGININA
TIROSINA
PROLINA
LEUCINA
CISTINA
VALINA
LISINA
Captulo 9
Quando se abandona a carne, deve-se substitu-la com uma variedade de cereais, nozes, verduras e frutas, os quais sero a um tempo nutritivos e apetitosos. A Cincia do Bom Viver, pg. 316
Captulo 9
Os Cereais Os cereais integrais, alm dos alimentos essencialmente proticos que j mencionamos, fazem parte da alimentao correcta. O trigo o rei dos cereais, e deve ser usado frequentemente em vrias formas. Mas, como alimento mais comum em muitos pases, o arroz integral tambm muito importante. No caso de no ser encontrado o arroz integral, o malequizado ou macerado melhor que o branco polido. To logo a pessoa coma o arroz integral algumas vezes, j no sentir sabor no branco, sem pelcula. Outros cereais como o milho, a aveia, o centeio, o trigo sarraceno, o sorgo, cevada e outros so todos ricos em nutrientes, e devem ser usados para formar uma variedade bem distribuda em nosso cardpio. Mas sempre os devemos usar integrais, e cozidos devidamente. Os cereais exigem cozedura prolongada em fogo moderado, a no ser que sejam brotados previamente. Tanto a cozedura prolongada como a brotao, transformam os amidos dos cereais e lhes adicionam valores, facilitando a digesto. Embora os cereais contenham menos protenas que os legumes secos, as que possuem so de excelente qualidade. Seu ponto fraco a carncia de alguns aminocidos essenciais, mas que podem ser satisfeitos quando se usam os cereais em combinao com nozes e sementes oleaginosas. Acima de tudo, porm, o mais perfeito complemento deveria ser o lvedo de cerveja. Para um regime bem equilibrado e balanceado, no podemos passar por alto os cereais. Alm de se constiturem numa fonte de energia, sua grande e importante riqueza est na quantidade de vitaminas do complexo B que possuem, na vitamina E contida no embrio, e nos vrios sais minerais, nomeadamente o clcio, o fsforo, o ferro, o sdio e o potssio. Grandes quantidades de fsforo so encontradas na pelcula dos cereais, e o ferro do trigo integral e do seu farelo muito mais eficiente para a formao da hemoglobina do que o ferro da carne magra, do fgado ou da gema de ovo". conforme afirmao do Dr. H. Sherman. Banir Os Refinados e Processados preciso que nos conscientizemos da importncia de nossa sade e a ponhamos acima de aparncia e sabores. Precisamos mudar nossa maneira de nos alimentarmos. Temos de fazer sumir de nossas mesas o po branco e o arroz polido. Com os cereais integrais em nossas mesas, bastaro algumas semanas para ver nossos filhos mais corados, com melhores notas na escola e menos irritadios. Que aqueles que tm sob sua responsabilidade escolas de correco ou adaptao, orfanatos, hospitais para nervosos e psicopatas, prises e penitencirias verifiquem a diferena que fazem os cereais integrais no comportamento daqueles a quem precisam ajudar e tolerar. Alguns dias apenas bastaro para lhes darem a resposta. Dizia bem o Dr. Victor Pauchet, que '"'no existem pessoas ms, e sim pessoas doentes". Adelle Davis escreve em seu livro Let's Eat Right to Keep Fit: " A maioria dos assassnios e dos crimes viciosos neste Pas cometida por esquizofrnicos. O suicdio, uma das maiores causas de morte entre estudantes colegiais, extremamente comum em esquizofrnicos. ... Algum dia se reconhecer que nossa desgraada taxa de crime, nossa tremenda perda por suicdios e nossos milhes de alcolatras so em parte produzidos pelas indstrias alimentcias que, ignorando a sade, inundaram o mercado com produtos super-refinados e super-processados - produtos designados meramente para fazer dinheiro." - Pg. 89. E que diramos dos artrticos, reumticos e diabticos; aqueles com hepatite, priso de ventre, arteriosclerose e insnia? Talvez no os conhecssemos. O nosso mundo seria muito diferente. Mas se no podemos mudar o mundo, vamos mudar nossa famlia, e, pelo exemplo e pelos resultados em ns, vamos mudar nossa sociedade mais prxima. alarmante a quantidade de valores nutrimentais perdida estupidamente na refinao dos cereais, perdas estas que chegam a ultrapassar 75% nas vitaminas, e grande quantidade nos sais
minerais. Isto significa que aquele que come cereais refinados, tem de buscar na farmcia quase a totalidade das vitaminas e sais minerais que seu corpo necessita. Mas no caminho para a drogaria, ele passar primeiro pelo mdico, onde deixar boa parte de seu salrio; e ento ter de considerar tambm o sofrimento, a dor, a infelicidade e a aparncia desfigurada. No podemos deixar de compreender que todos os amidos necessitam de uma boa quantidade de vitaminas do complexo B para serem digeridos e assimilados. Da a razo por que grande parte dos cereais refinados no alimenta o organismo, e seus resduos causam priso de ventre e outros problemas de sade. Quanto mais refinados usarmos, maior a necessidade do complexo B. Se o complexo B foi roubado ao produto na refinao, deveramos acrescent-Io s refeies em forma de comprimidos ou de injeces. Mas por que comer um alimento desfalcado brutalmente de seus nutrientes para depois complet-lo com comprimidos? Linda Clark, em seu livro Know Your Nutrition e bem assim o Dr. L. Rosenvold, em Nutrition for Life, do nfase ao fato de que a deficincia do complexo B nos cereais refinados favorece a neurite, anemia, inapetncia, nervosismo, fraqueza, sensao de cansao; irritabilidade, inclinao suicida, acne e outros problemas mais. Tomemos as Providncias Os que moram nas grandes cidades, como So Paulo, Rio de Janeiro e outras, com algum esforo encontraro o arroz integral; e os que moram no interior talvez tenham sua disposio alguma beneficiadora que lhes permitir adquirir uma quantidade de arroz sem passar pelo processo final. Quanto ao trigo, muitos podero adquiri-Io inteiro ou partido no comrcio rabe-siro-libans ou nas casas macrobiticas. Ali encontraro muitas vezes outros cereais integrais. E com um pequeno moinho de cereais, podem moer esses gros para fazer em casa seu prprio po. E bom considerar que as farinhas integrais encontradas venda, muitas vezes j esto nas prateleiras h muitas semanas, possivelmente j com o embrio ranando. Por esta razo insistimos na importncia de cada famlia adquirir seu prprio moinho. Existem uns moinhos para cereais fabricados no Rio Grande do Sul, muito baratos e prticos, com os quais podemos moer no s o trigo, mas qualquer cereal. Com um moinho desses qualquer pessoa pode obter fub fresquinho para sua polenta ou para o po, com vantagem de conservar no produto o embrio; pode moer amendoim, gergelim e castanhas-do-par para fazer delicioso creme e us-Io no po e noutros pratos. E uma das mais relevantes vantagens que as farinhas para o po podero ser modas apenas uns minutos antes de serem transformadas em massa, levando consigo para o alimento todas as vitaminas antes de se oxidarem. Os germes dos cereais so uma grande fonte de vitamina E e de indispensveis cidos gordurosos, vitamina F, e, consequentemente, um meio de adquirir tambm a vitamina K. Mas quando esse germe modo muito tempo antes de seu uso, ele rana e pode causar resultados desastrosos para a sade. Demais, at mesmo as vitaminas do complexo B encontradas na pelcula dos cereais e alguns sais minerais se perdem em farinhas velhas. J que para melhorar nossa alimentao, melhoremo-Ia ao mximo, paguemos o preo da sade; compremos nosso pequeno moinho; forcemos os negociantes de nosso bairro ou de nossa cidade a nos fornecerem arroz integral, trigo integral e outros cereais integrais. Mudemos a face do mundo em que vivemos. Somos fadados a ser reformadores da sade. Este deve ser o nosso nome, e esta a nossa misso. Mas para aqueles que no tm as facilidades acima referidas, indicamos a aveia em flocos, como o melhor dos cereais, com trigo, centeio e arroz. Conta-se que certa vez um ingls disse a um escocs, em tom de menosprezo: "Vocs comem na Esccia a aveia que aqui damos aos cavalos", ao que lhe respondeu o escocs: "Mas tambm quando vocs querem um homem forte, procuramno na Esccia; e ns compramos os nossos cavalos na Inglaterra.
Para Realar o Valor Aos que usam aveia, queremos aconselhar a acrescentar-lhe sempre um pouco de germe de trigo, uma pitadinha de lvedo de cerveja e uma boa colher de leite em p. Um prato de aveia assim constitudo e algumas frutas frescas ou secas, um alimento substancial como refeio matinal ou vespertina, tanto para crianas como para adultos e jovens. A revista Nutrition. vol. 12, pg. 233, afirma conforme indicao do Dr. Bamett Sure, que as protenas da farinha do arroz integral so superiores s do trigo e milho. E possvel que sua afirmao se tenha baseado no arroz de pelcula vermelha; mas tambm verdade que os nutrientes de um produto dependem da espcie de terra em que ele foi cultivado. Exemplificando, verificou-se que h alfafas que no oferecem mais que 9% de protena, ao passo que outras chegam a atingir 32%, dependendo da terra em que foram cultivadas. Como se v, a diferena de teor enorme. Mas de qualquer maneira, o importante que faamos todo esforo possvel por comer melhor, comendo mais cereais integrais. Cereais Para os Bebs? Entretanto, ao mesmo tempo em que os cereais so um elemento de importncia na alimentao, ao lado das protenas, no devem ser usados para nutrir bebs. A boca das crianas deficiente em ptialina, o elemento que nos adultos entra na digesto do amido dos cereais e outros. Assim sendo, nenhuma criana com poucos meses de idade deveria provar cereais, mesmo que estes sejam integrais. erro inquestionvel engrossar a mamadeira do beb com amido de milho, farinha de arroz, farinha de aveia ou outro cereal. H autores que estabelecem a idade de 3 meses para comear a dar farinhas nas mamadeiras. Mas verificou-se que h bebs que aos 6, 9 e mesmo aos 11 e 12 meses de idade ainda no toleram os amidos. Se estes no podem ser digeridos, vo causar fermentao e priso de ventre, com agravamento para o futuro. Por segurana, que ningum se apresse em dar a nenhum beb qualquer cereal antes dos 9 meses de idade. Na verdade, o nico alimento para os bebs at acima de um ano de idade deve ser o leite materno. E quando se comear a lhes dar algum cereal, que seja devidamente cozido por algumas horas, a no ser que tenha sido brotado previamente. Mesmo para os adultos, os cereais devem sofrer cozedura prolongada. O arroz que cozinha apenas 30 minutos moda brasileira, no est em condies de gerar sade em nenhum estmago, por mais forte que seja. Todos os cereais precisam de vrias horas de cozimento, excepto os brotados, como dissemos acima. O Po O po, correctamente fabricado, , entre os produtos derivados de cereais, um dos mais preciosos e saudveis alimentos. Pode ser usado diariamente, contanto que seja feito de farinhas integrais, dos melhores cereais, sem aditivos qumicos que o tornem perigoso sade. Todo po deveria conter um mnimo de 30 a 50% de farinhas integrais para ser considerado um po nutritivo. Mas o melhor po aquele que pode ser feito de uns 3 cereais integrais. Neste caso, sugerimos trigo, centeio e aveia, ou trigo, centeio e milho. O restante da porcentagem seria completada com farinha de trigo refinado. Sabendo-se fazer bem leve e bem assado por dentro e por fora, pode-se faz-Io inteiramente de farinha integral, ou seja 100% integral. Nunca se coma po quente ou feito no mesmo dia. O po deve ser perfeitamente assado, de maneira que no permanea massa alguma crua. Depois de assar por mais de uma hora, deve ser deixado a repousar por um mnimo de 24 horas, antes de ser servido como alimento para a sade da famlia. Entretanto, o mais saudvel ainda cort-lo em fatias e ass-Io segunda vez, a fim de destruir nele todo resqucio de fermento. Tambm muito saudvel o po sem nenhum fermento - fcil de prepar-Io e que se pode fazer para us-Io quente ou para guard-Io por algum tempo. Feito de pura farinha integral, de preferncia moda meio grossa, com um pouco de creme de leite e sal, delicioso e um extraordinrio alimento para quem sofre de priso de ventre.
A seguir, damos sobre o po alguns pensamentos isolados que se encontram nos inspirados conselhos de Ellen G. White, no livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar: Religio no Po "H... mais religio num bom po do que muitos pensam. ... E dever religioso de toda jovem crist e de toda senhora aprender quanto antes a fazer po bom, isento de acidez e leve, de farinha integral." - Pgs. 316, 317. No Comer Po Quente ou Recm-Assado "O po deve ser leve e agradvel. Nem o mais leve vestgio de acidez se deve tolerar. Os pes devem ser pequenos, e to perfeitamente assados que, o quanto possvel, os germes do fermento sejam destrudos. Quando quente ou fresco, qualquer espcie de po levedado de difcil digesto. Nunca deveria aparecer mesa. Isto no se aplica, entretanto, ao po sem levedar. Po fresco de trigo, sem fermento ou levedura, e assado num forno bem quente, a um tempo saboroso e saudvel." . Po de dois ou trs dias mais saudvel do que o novo. O po secado ao forno (cortado em fatias e torrado) um dos mais saudveis artigos de alimentao." "As frutas usadas com po perfeitamente cozido, de dois ou trs dias, sero mais benficas que com po fresco. Isto, com mastigao lenta e cabal, fornecer tudo o que o organismo necessita." - Pgs. 316, 317, 319. Po Sem Fermento "Biscoitos quentes, crescidos com bicarbonato ou fermento, em p, nunca devem aparecer em nossa mesa. Tais artigos so inapropriados para entrar no estmago. Po fermentado quente, de qualquer espcie, de difcil digesto. Broas de farinha integral, a um tempo saborosas e saudveis, podem ser feitas misturando a farinha integral com pura gua fria e leite... "Para fazer pezinhos (sem fermento), usai gua leve e leite, ou um pouco de nata; fazei uma massa dura e bem amassada como para bolachas de gua e sal. Assai na grelha do forno. Eles so deliciosos. Pedem cabal mastigao, o que um benefcio tanto para os dentes como para o estmago. Do bom sangue e comunicam fora. Com tal po e abundncia de frutas, verduras e cereais que o nosso pas produz abundantemente, no se devem desejar maiores regalos." - Pgs. 319, 320. Resumindo Nestes pensamentos sobre o po, destacam-se os seguintes conselhos: 1. Que o po seja de farinhas integrais. 2. Que ele melhor sem fermento; quando fermentado, faz-lo em pes pequenos para assar melhor; ou ento cortar o po em fatias para torr-lo e secar todo resqucio de fermento. 3. Nunca usar quente o po fermentado; melhor us-lo amanhecido de dois ou trs dias. 4. O po deve ser leve e sem acidez. 5. Nunca crescido com bicarbonato ou fermento base de bicarbonato. 6. Faz parte de uma boa religio saber fazer um bom po. Esse o dever de toda moa ou senhora. Muita gente desce ao sepulcro prematuramente por causa do po que come; isto , por causa da qualidade do po que come. Milhares de pessoas correm diariamente s padarias na hora do po quentinho - po branco de trigo desvitalizado, mal cozido, ou mais cru do que cozido, e carregado de sorbato de potssio. A ganncia de padeiros desonestos alimenta a ignorncia de criaturas incultas, especialmente crianas, 'e essa est lotando os hospitais e causando a morte em milhares. No haver quem levante a voz contra essa calamidade? Ou no chegaro os nossos conterrneos a compreender em tempo que satisfazer o paladar no representa todo o prazer de viver?
No preciso que condenemos aqueles que se aproveitam da ignorncia alheia; basta que um maior nmero de brasileiros comece a fazer em casa seu prprio po, ou s compre pes verdadeiramente integrais e feitos sem conservantes qumicos. E logo veremos desaparecer um grande nmero de padarias, que agora infestam uma grande parte das esquinas de nossas cidades. Comecemos a exigir, e logo teremos melhor po no comrcio.
Captulo 10
Com as nozes se podem combinar cereais, frutas e alguns tubrculos, preparando pratos saudveis e nutritivos. Deve-se cuidar, no entanto, em no usar grande proporo de nozes. ... As amndoas so preferveis aos amendoins, mas estes, em limitadas pores, usados conjuntamente com cereais, so nutritivos e digerveis. Quando devidamente preparadas, as azeitonas, como as nozes, substituem a manteiga e as comidas de carne. O azeite, comido na azeitona, muito prefervel gordura animal. Actua como laxativo. Seu uso se verificar benfico aos tuberculosos, sendo tambm medicinal para um estmago inflamado e irritado. A Cincia do Bom Viver, pg. 255.
Captulo 10
As Gorduras As gorduras so to necessrias ao nosso organismo quanto qualquer outro nutriente. Isto, a prpria Natureza o indica. Grande parte dos alimentos naturais tm apreciveis quantidades de gordura, o que demonstra sua importncia. As gorduras fazem parte de todas as clulas de nosso corpo: esto nos nervos, no crebro, so necessrias s glndulas para a produo de hormnios, inclusive os do sexo, e inmeras outras funes da mquina viva. Sem gordura em nosso alimento, as vitaminas lipossolveis no podem ser aproveitadas. Modificadas, elas fazem parte dos rgos vitais. Armazenadas moderadamente, do formas agradveis ao nosso corpo e servem de amortecedores. Em propores correctas na dieta, elas produzem calorias com menor volume de alimento e mantm as foras por mais tempo. cidos Gordurosos Essenciais Nosso organismo tem capacidade de fabricar algumas gorduras, mesmo que as no comamos com os alimentos. A maior parte dos cidos gordurosos podem ser obtidos pela transformao dos acares provenientes dos hidratos de carbono ingeridos. Mas preciso observar que a totalidade dos cidos gordurosos abrange entre eles trs que no podem ser desenvolvidos no corpo, e que por esta razo so chamados essenciais, como no caso de algumas protenas mencionadas anteriormente. Eles precisam estar presentes no alimento que comemos, ou no os teremos nunca e ficaremos doentes. So eles os cidos gordurosos Linolico, Araquidnico e Linolnico, sendo o primeiro deles o mais precioso, mesmo porque com ele presente, os dois ltimos podem ser fabricados. Enquanto os cidos gordurosos em geral fornecem energia e do beleza ao corpo, arredondando as formas, os trs essenciais acima referidos nos mantm a sade. Sem eles, adoecemos. Por isso, so chamados essenciais - essenciais porque no podem ser fabricados no organismo, e essenciais porque sem eles enfermamos. Sua ausncia pode produzir sede excessiva, eczemas, cabelo seco e pele seca ou escamosa; os ovrios podem ser prejudicados de modo a interferirem na ovulao, reproduo e lactao; pode produzir esterilidade; retarda o crescimento e danifica os rins. Em muitos casos o suprimento de algumas colheres das de sopa de leo cru a um doente, suficiente para faz-Io livrar-se imediatamente de um eczema rebelde ou de aftas persistentes. J houve casos de pessoas que, com apenas uma colher das de sopa de leo de soja, tomada com o alimento ou aps a refeio, dentro de 4 ou 5 horas estavam livres das aftas. Os Gordos H pessoas que evitam a gordura com medo de engordar; e justamente isso que as faz engordar mais. Existe um verdadeiro caos nesta questo de dieta. Tomase como certo que quanto mais calorias ingerir o indivduo, mais engorda. E esta no toda a verdade. A pessoa que est sempre comendo, porque tem fome; est desnutrida, no importa seu peso ou seu volume. No existem glutes por natureza; existem sim doentes de fome, sofrendo uma desnutrio interna. Tenho comprovado isto inmeras vezes.
Conheci glutes insaciveis, que em trs dias no mximo deixaram as sobras da mesa sossegadas, e se sentiam perfeitamente alimentados, comendo moderadamente. Provei que uma pessoa nutrida sob orientao, come apenas o bastante para viver e perde todo o peso excedente sem forar nenhuma restrio, sem sofrer fome alguma. Emagrece comendo o quanto lhe apetece e no , final no ter nenhuma ruga ou pele sobrando. No questo de mais ou menos gordura, ou de mais ou menos calorias. A questo se os alimentos ingeridos tm ou no os nutrientes de que o corpo precisa, ou se estes no foram destrudos internamente pela fermentao ou m combinao. E esta no uma cincia to complicada que mesmo os menos doutos no possam abrang-Ia. O fato que no podemos prescindir de gorduras, principalmente as contidas nos leos vegetais e nos frutos e sementes oleaginosos frescos. As gorduras so necessrias para estimular a produo da blis e das enzimas que as vo digerir. No momento em que as gorduras penetram nos intestinos, a vescula biliar esvaziada. As vitaminas lipossolveis A, D, E e K podero ser ingeridas no alimento, mas no sero absorvidas seno em presena dos cidos gordurosos e da actuao da blis. As deficincias destas vitaminas podem ocorrer tanto pela falta de gorduras como pela incapacidade da vescula em produzir blis e de esta atingir o intestino. Gorduras Vegetais e No Animais As melhores gorduras so as vegetais, especialmente os leos de soja, milho, girassol e amendoim. Mas uma mistura de leo de soja, amendoim e um terceiro a escolher, talvez seja mais aconselhvel, para reunir maiores quantidades dos trs cidos gordurosos essenciais. As gorduras animais no so recomendadas porque produzem transtornos, e quanto mais delas comemos, maior nossa necessidade de colina e inositol - duas vitaminas do complexo B. E estas vitaminas encontram sua melhor fonte na lecitina contida maiormente no leo de soja. Em outras palavras, quem come muita gordura animal, deveria ingerir outro tanto de leo de soja cru para contrafazer os efeitos da primeira. Sem a lecitina, grandes partculas de colesterol se fixam nas paredes das artrias, causando problemas cardacos. O colesterol muito precioso ao organismo, e no um inimigo como muitos julgam. Ele a matria-prima com que o organismo manipula a vitamina D, os hormnios do sexo e das supra-renais e os sais da blis. As maiores concentraes de colesterol so encontradas nos nervos e no crebro, o que mostra a sua importncia: Mas o colesterol fornecido pelas gorduras saturadas. como so as de origem animal, causa graves transtornos circulao. Por esta razo insistimos em indicar as gorduras vegetais. Tanto quanto possvel, devemos preferir os leos no refinados, que so grande fonte de vitamina E. Esta vitamina evita a perda das vitaminas A, D e K, e impede a destruio dos hormnios das supra-renais e do sexo. Mas ela extremamente sensvel ao calor e ao ar, ranando facilmente. Produtos que a contm, como creme de amendoim, manteiga, carne gorda defumada, germe de trigo, amendoim cru, nozes e outros, ranam nas prateleiras dos supermercados e mercearias, e se tornam um perigo sade. Estes alimentos devem ser adquiridos sempre frescos, caso contrrio no devem ser ingeridos, absolutamente. As gorduras ranosas so cancergenas. No interesse do bem-estar fsico, evitem-se as gorduras hidrogenadas, como a margarina, gordura vegetal e gordura de coco; a banha de porco ou de qualquer outro animal, a manteiga e as carnes gordas. Todas estas gorduras so prejudiciais e no so portadoras dos cidos gordurosos essenciais, ou so deles deficientes.
Guarde-se isto em mente: Todas as gorduras podem desempenhar a parte de fornecer calorias, mas s as que contm os cidos gordurosos linolico, araquidnico e linolnico que podem manter a sade. De nada adianta ao indivduo ficar de p pelas calorias e cair pela falta de vitaminas, enzimas e hormnios. E estes cidos gordurosos essenciais, s os leos vegetais e os frutos e sementes oleaginosos no-los podem fornecer com maiores vantagens e indiscutveis garantias. Na medida do possvel, procuremos adquirir leos espremidos a frio. Quando no, comamos razoavelmente abacate, nozes, amndoas, avels, castanhas-dopar, noz-pec, amendoim cru, germe de trigo, sementes de girassol, de linhaa e de gergelim. Que estas oleaginosas sejam sempre frescas e guardadas em lugares secos, e no por muito tempo. Na lista acima no inclumos o coco fresco por no conter ele gorduras no saturadas. Entretanto, pesquisas recentes do conta de que ele uma provvel fonte de elementos anti-cancergenos. Creio que o devemos incluir frequentemente em nosso regime. Ralado cru de mistura com cenoura tambm ralada, um excelente prato, de paladar agradvel, e extraordinrio vermfugo contra vrias espcies de vermes. Como Usar as Gorduras No podemos deixar de destacar a maneira de usar as gorduras. Devemos evitar e mesmo eliminar toda fritura. O calor excessivo destri a vitamina F, representada pelos cidos gordurosos. Da, tambm a vitamina K deixar de ser produzida no organismo, pois precisa desses cidos para ser fabricada. Mas nem s tritura responsvel por esses prejuzos. Qualquer tipo de aquecimento do leo, prejudica em maior ou menor grau os cidos gordurosos, e causa transtornos aos rgos internos, alm de destruir os valores nutricionais. No precisamos mais do que uma ou duas colheres das de sopa de gordura por dia, contanto que seja crua. As gorduras cozidas e superaquecidas, alm das desvantagens j mencionadas, favorecem a fermentao dos alimentos no trato digestivo. Esta deve constituir uma razo adicional para evitarmos os cozimentos e sobretudo as frituras. Absolutamente, porm, no se deve temperar com leo ou azeite nenhuma salada constituda de folhas, como alface, agrio, etc., porque a gordura impermeabiliza a folha e impede que nela atuem os sucos gstricos que a iro desintegrar na digesto. Um pouco de sal e limo, ou uma coalhada fresca temperam bem; mas podemos dispensar qualquer tempero, desde que aprendamos a apreciar os sabores naturais. Frutos e Sementes Oleaginosos A melhor maneira de auferir ao mximo os benefcios dos produtos oleaginosos com-los em seu estado o mais natural possvel. E no difcil, porque so todos eles bastante saborosos e de fcil aquisio, desde que haja um planejamento para inclu-los no cardpio dirio. Algumas pessoas argumentam quanto ao custo das nozes e outras oleaginosas, mas usam carnes, pudins e bolos, muito mais dispendiosos. Se todos planejarem cuidadosamente, todos podero se beneficiar dos valores das oleaginosas, por mais caras que paream ser. Que a dona da casa planeje ter todos os dias uma espcie de produto oleaginoso. E ento ela determinar quanto cada membro de sua famlia usar de cada espcie. Assim, at as pessoas mais pobres podem usufruir as riquezas de alimentos relativamente caros. Nunca se deve abusar das oleaginosas. No na
quantidade que est o valor. Elas devem ser usadas moderadamente, mas todos os dias. Bastam 4 ou 5 nozes por vez por pessoa; e o mesmo tanto de castanhas-dopar por dia, ou de amndoas, ou de azeitonas. Amendoim cru com a pelcula vermelha, bastam 15 ou 20 gros por dia por pessoa, bem mastigados, de preferncia com algum cereal ou po. Tambm se pode us-Io em forma de creme. Um punhadinho de sementes de girassol ou pistcio suficiente para cada refeio. Sementes de linhaa ou de gergelim, basta uma colher das de sopa delas espalhadas sobre o alimento. Faa-se um plano semanal: Um dia se comem castanhas-do-par; outro dia azeitonas; outro dia sementes de gergelim; outro dia amendoim; e assim por diante, sempre variando. Desse modo, todos gozaro os preciosos nutrientes das oleaginosas, que, alm de fornecerem a indispensvel gordura, acrescentaro os valores de suas protenas completas, os sais minerais e as vitaminas que nelas existem em quantidades apreciveis. E no podemos esquecer o abacate que, embora no seja uma oleaginosa, particularmente, quase pode competir em quantidade e qualidade de gordura. Portanto, bom que o usemos toda vez que possvel, mas no com acar, como costume popular em nosso Pas. O abacate fruta para ser usada em saladas salgadas ou sem tempero, mas no com acar. Quanto mais frequentem ente usarmos frutos e sementes oleaginosos em estado natural, menos leos ou outras gorduras precisaremos, e mais sade teremos. Quem come diariamente alguma oleaginosa crua, no precisa absolutamente de nenhuma carne. Invertendo a frase, teramos este pensamento: Quem no come nenhuma das oleaginosas aqui recomendadas, ter de comer carne. As oleaginosas so o mais completo substituto da carne num regime vegetariano e o melhor complemento para as protenas de qualquer espcie. No difcil comer bem, mas preciso haver planejamento. Muitos comem mal porque no tm um propsito definido. No fizeram um planejamento para ter sade, como fazem para seus negcios e suas vrias actividades. Quase todos procedem mais ou menos assim: Primeiro, no pensam em comer tendo em vista a sade; segundo, quando tm fome, dizem: "Bem, preciso comer, estou com fome." Algum lhe perguntaria: "Mas comer o qu?" - "Bom, isto no importa, estou com fome." Ento ele come qualquer coisa. Uma vez satisfeito, ou "cheio", diz: "Estou forrado." Se, em resultado se sente mal, no tem importncia. Um anti-cido qualquer resolve o problema provisoriamente. E assim prosseguem esses indivduos, at que neles se instale uma doena mais sria. No; positivamente no. Foi-nos designado ser reformadores da sade, para ns mesmos e para os outros. Temos de tomar uma atitude e assumir os compromissos que ela envolve. Primeiro, porque gostoso ter sade e tambm porque um plano divino que gozemos ininterruptamente sade abundante. Depois, porque h muitos que palmilharo o nosso caminho, se lhes pudermos servir de exemplo. E isto compensador.
Captulo 11
As especiarias so o meio seguro de corromper o gosto. Nenhum condimento saboroso a primeira vez que se come. Aprende-se a sabore-lo fora, apesar dos protestos do instinto orgnico. O uso dos condimentos uma perverso deliberada do gosto. ... A Natureza dotou os seus alimentos de sabores e perfumes delicados. Aquele que tem o hbito de comer sem especiarias nem temperos, conhece sabores finos, perfumes delicados, que os seus contemporneos j no podem perceber. O verdadeiro prazer da mesa o que se tira dos produtos naturais. A. I. Mossri em A Sade Pela Alimentao, pg. 36.
Captulo 11
Os Condimentos Por que os condimentos? Notaremos que na maioria das vezes o condimento introduzido s para realar um sabor ou dar sabor a coisas insossas ou at esconder um sabor. Acontece isto especialmente com alimentos cozidos. As pessoas cozinham demais, e at atiram fora a gua em que cozinharam, e depois tm de acrescentar sabor para compensar aquele que destruram pelo fogo. Tambm os alimentos que procedem de terrenos exauridos por excesso de cultivo e super adubados com fertilizantes qumicos, so insossos ou possuem mesmo sabor desagradvel. Mas quanto mais os cozinhamos, mais lhes tiramos o sabor. Se comssemos tudo cru ou apenas ligeiramente cozido, notaramos que os alimentos tm melhor sabor assim, sem precisar acrscimo de coisa alguma. O prprio sal e o acar poderiam ser dispensados. Alis, a pessoa crudvora, e possivelmente tambm frugvora, no necessita de sal, e muito menos de acar. Os condimentos todos, ou quase todos - includos a os melhor chamados de especiarias - so contrrios boa sade. So excitantes e estimulantes, e seus efeitos, em grande parte, se comparam aos dos narcticos alucinantes. Alguns deles causam irritao na mucosa do estmago e afectam outras partes do aparelho digestivo. A pimenta-do-reino tem efeitos semelhantes aos da nicotina e afecta as fibras dos gnglios causando srios problemas. A pimenta calabresa demonstrou poder ser a causa de vrios tipos de cncer em forma de tumores no fgado, visto como em experincias com ratos, 54% deles desenvolveram quatro tipos de tumores hepticos. Outros condimentos como catchup. gengibre fresca, raiz forte, mostarda, vinagre e outros, tm produzido irritaes nos rins e bexiga, leses e inflamaes na uretra, em alguns casos produzindo mesmo pielonefrite. A hipertenso outro mal causado por esses condimentos. A noz-moscada contm uma toxina capaz de causar coma e choque, e, conforme a quantidade ingerida, produz os mesmos efeitos da maconha, com durao de at 24 horas. A mostarda contm um leo capaz de matar o gado, quando tomado na quantidade de apenas 5 a 20 miligramas por quilo de peso do prprio corpo; ou seja, 2 a 4 gramas podem matar uma vaca adulta. O gengibre usado frequentemente produz resultados semelhantes aos causados em pessoas com o hbito da cocana. E certo que a preferncia pelos condimentos , em grande parte, fruto de um apetite pervertido. Quanto mais tempero, qualquer que seja o condimento, mais a pessoa come. Mas isto no natural. Ningum deve comer somente porque lhe apetece. O indivduo deve comer quando tem fome e precisa refazer suas foras, e no forado por estimulantes de fora. A fome natural; o apetite perverso. No queremos aqui dizer que os condimentos no devem absolutamente ser usados, nem achamos que seja conveniente condenar uns e tolerar outros. J mencionamos alguns que so decididamente prejudiciais. Mas talvez convenha citar uma regra que foi enunciada h muitos anos por uma nutricionista j falecida. A recomendao dela quanto ao condimento era muito simples: "Se voc no pode plo no olho, no o ponha no estmago." Alguns alegam que certos condimentos so ricos em vitaminas e sais minerais. E ainda poderamos acrescentar que alguns deles so uma poderosa fonte
de protenas, como as sementes de nabos, por exemplo. Mas s isto que devemos considerar? S por isto os devemos usar? O que evidente que ningum conseguiria ingerir suficiente quantidade de um condimento para obter o necessrio volume do nutriente desejado. H maneiras mais sbias de obter vantagens de nutrientes ao mesmo tempo em que se consegue sabor. A esto, por exemplo, o tomate e as azeitonas, que no somente temperam mas alimentam tambm. A nata e a coalhada com um pouco de sal so excelentes temperos para hortalias como alface, pepino, etc. Mas com o tempo, devemos apreciar todas as hortalias sem nenhum tempero, no como regra mas como alternativa. Os que tiverem a coragem de ir para o mato e viver em terras virgens ou que possam ser reconstitudas; aqueles que puderem cultivar suas prprias hortalias e frutas, descobriro que no h maior delcia que comer sem tempero, nem mesmo sal, esses produtos da Natureza. So em grande parte os adubos qumicos e os insecticidas que tornam insossos os alimentos. Nunca foi o plano de Deus que os produtos da terra precisassem ser temperados antes de us-Ios. Cada fruta e cada hortalia, se foi cultivada numa terra bem nutrida, j tem seu prprio tempero. As especiarias devem antes ser consideradas como medicamentos para casos especficos. At mesmo os condimentos mais violentos tm o seu lugar na teraputica de certas doenas e acidentes da digesto. Esse o melhor lugar para os condimentos, e no para remendar sabor de alimentos cultivados em terras pobres, ou estragados por qumicos, ou ainda arruinados por excesso de cozedura. necessrio que criemos uma conscincia da sade e da alimentao em relao sade; que eduquemos os gostos e os costumes, e queiramos, mais que tudo, comer para viver e no viver para comer. Ellen G. White clara e positiva em dizer em seus escritos sobre sade, que muitos indivduos so preparados pelas mes, atravs de pratos altamente suculentos e condimentados, para apreciarem depois as bebidas alcolicas e outros produtos narcticos. E assim que as prprias mes preparam seus filhos para o inferno. Sabemos que no o fazem de propsito, mas de qualquer maneira o fazem, e colhem tristeza e desgraa. Notemos algumas frases dessa autora sobre o assunto: "Nesta poca de pressa, quanto menos excitante for a comida, melhor. Os condimentos so prejudiciais em sua natureza. A mostarda, a pimenta, as especiarias, os picles, e coisas semelhantes, irritam o estmago e tomam o sangue febril e impuro. O estado de inflamao do estmago do bbado muitas vezes pintado para ilustrar os efeitos das bebidas alcolicas. Condio semelhante de inflamao produzida pelo uso de condimentos irritantes. Dentro de pouco a comida comum no satisfaz o apetite. O organismo sente necessidade, forte desejo de alguma coisa mais estimulante." - Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pg. 339. "Pratos suculentos so postos diante das crianas - comidas condimentadas, molhos suculentos, bolos e pastelarias. Essas comidas altamente temperadas irritam o estmago, e ocasionam apetite mrbido quanto a estimulantes ainda mais fortes. No somente o apetite tentado pelas comidas no apropriadas, das quais as crianas tm permisso de ingerir abundncia s refeies, mas -Ihes permitido ainda comerem entre as refeies; e quando essas crianas chegam aos doze ou catorze anos, so com frequncia positivos disppticos." - Idem, pg. 340. O Sal O sal indispensvel em nosso regime misto. Como j destaca-mos, se todos os nossos alimentos fossem produzidos em terras virgens no erosadas, ricas em
nutrientes naturais, e comssemos tudo cru, poderamos e deveramos deixar o sal fora do regime. Dele no necessitaramos. Mas como assim no , seria imprudncia elimin-lo. Entretanto, usa-se o sal demais. Uns 3 a 7 gramas seriam suficientes para a manuteno de um equilbrio razovel em nosso corpo. Mas o fato que pessoas de hbitos sedentrios e outras de profisses de grande actividade fsica comem s mesmas mesas e ingerem os mesmos alimentos com as mesmas quantidades de sal. E evidente que os resultados tm de ser contra os indivduos que no se movimentam muito. As pessoas que suam muito, devem usar mais sal do que as de pouca actividade fsica. Num dia de piquenique; num dia de mutiro; em qualquer ocasio de muito calor e grandes perdas de suor, importante que, alm dos alimentos salgados ingeridos, entre as refeies se tome uma dose extra de sal em um pouco de gua, para compensar as perdas. A insolao no ocasionada pelo excesso de calor como muitos pensam, mas pelo desequilbrio orgnico causado pela perda excessiva de sal no suor. E esse desequilbrio se acentua ainda mais quando se tomam refrigerantes doces ou outras bebidas adoadas, mesmo que sejam simples limonadas. Quanto mais acar nessas ocasies de muito suor, maior o desequilbrio do sal e maior a probabilidade de uma insolao. Tambm nas diarreias h grande perda de sal. Em tais casos bom que o paciente tome um pouco de sal em gua ou se utilize de sopas bem acentuadas em sal. Mas insistimos em que a maioria come sal demais. Seria bom que todos procurassem reduzir a quantidade de sal em seus alimentos, porque fora de dvida que actualmente se usa demais, principalmente aqueles que comem diariamente duas refeies salgadas, compostas de carne, feijo, farofas, fritos e outros cozidos. O Acar Vamos comear citando uma crtica encontrada em Nutrition for Life, que assim reza: "O acar um alimento quase ideal barato, limpo, branco, porttil, imperecvel, inadultervel, livre de germes, altamente nutritivo, completamente solvel, totalmente digervel, no requer cozimento e no deixa resduos. Seu nico defeito sua perfeio. E to puro que o homem no pode viver dele." - Pg. 22. Mas a nada se diz dos efeitos ou dos resultados de seu uso. E isto que vamos considerar mais detidamente adiante. Histrico O acar j era conhecido mas no muito divulgado no Oriente Mdio, 600 anos antes de Cristo. Entretanto parece que s por volta de 1200 A.D. foi introduzido na Europa. Com a descoberta do Novo Mundo, as plantaes de cana foram aqui introduzidas cerca do ano 1500 A.D. Duzentos e cinquenta anos mais tarde um qumico alemo descobriu que podia cristalizar o acar de beterrabas e outras razes doces. E dentro de mais cem anos a indstria do acar j era uma indstria sempre crescente, tanto na Europa, com beterrabas, como nas Amricas com a cana-de-acar. No Precisamos de Acar Se algum disser que precisamos de acar para viver, no importa quem o diga nem o diploma que possua, ele est mal informado ou mal-intencionado. A maior parte dos habitantes do nosso mundo viveram quase 6.000 anos sem
conhecer ou sem usar acar at h pouco mais de duzentos anos. E todos ns sabemos que nossos antepassados gozavam melhor sade do que ns, usando alguns apenas um pouco de mel, ocasionalmente, alm das frutas e hortalias cruas que tinham. Mas tambm sabemos que eles no conheciam o diabetes, a esquizofrenia, a insnia e outras doenas to comuns em nossos dias. Fisher e Emerson em How to Live, disseram: "Podemos obter todo acar e toda a doura de que precisamos ou que queremos das frutas maduras como bananas, uvas, tmaras, figos ou do mel - certamente frutas e mel juntos. H muitas pessoas que nunca usam acar de cana em qualquer forma, e jamais sentiram dele falta alguma." E os Drs. Wilder e Key em Handbook of Nutrition, escrevem: "O acar no supre coisa alguma nutrio seno calorias (que Norman Joliffe chama de "calorias vazias"), e as vitaminas providas por outros alimentos so erosadas pelo acar para poder liberar suas calorias." Em experincias com cachorros, Brandle verificou que uma colher das de sopa de acar num copo com gua irritava a membrana mucosa do estmago do co e a avermelhava; aumentando a dose para uma colher e meia de acar, a membrana mucosa ficava vermelho-escura; e com trs colheres, sofria dores intensas e abatimento. No podemos aqui em to limitado espao dizer tudo que os cientistas tm pesquisado a respeito do acar; mas tambm no podemos deixar de dizer o suficiente para que haja um despertamento no conhecimento e uma mudana de atitudes e procedimento. Os Drs. Abrahamson e Pezet escreveram um livro que est repleto de pesquisas e experincias feitas com centenas de pacientes. Gostaramos de citar algumas dessas experincias, mas por sua natureza, nos tomariam nesta obra um dilatado espao desnecessrio. O ttulo do livro : "O Corpo, a Mente e o Acar". E ento, ainda na capa exterior, est impressa esta frase: "Este livro sua chave para compreender o alcoolismo, a neurose, o suicdio, a alergia, a fadiga crnica, a insanidade mental e o crime." Basta isto para nos espantarmos? Mas notemos que os mesmos pensamentos se encontram no livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar, escrito muitas dezenas de anos antes das atuais pesquisas, o que revela mais uma vez a importncia destas afirmaes inspiradas. Em cerca de vinte citaes extradas de trechos escritos entre os anos 1865 e 1908 do livro citado e outros, temos expressos os seguintes pensamentos: O acar sobrecarrega o organismo com impurezas, irrita o aparelho digestivo, produz uma condio mrbida com dores de cabea, lngua saburrosa, mau hlito e fermentaes; em suas vrias formas com leite, ovos e especiarias, nos pudins, gelias, bolos e outros, o acar mais prejudicial que a carne, afecta o crebro entorpecendo a mente, causa irritao, e a causa activa da m digesto, das inflamaes da mucosa do estmago e consequentes lceras; que as irritaes produzidas pelo acar em suas mltipIas formas apelam por estimulantes cada vez mais excitantes, conduzindo bebida, ao fumo e aos narcticos e destruindo vidas humanas. Adelle Davis, falando dos perigos do acar e dos alimentos refinados produtores de acar no sangue, diz: "Quando o acar no sangue est extremamente baixo, a resultante irritabilidade, a tenso nervosa e a depresso mental so tais que a pessoa pode facilmente ir s raias da loucura. Se o dio, a amargura e os ressentimentos se instalam, e talvez por uma razo psicolgica temporria toma um porre de balas e bombons e no se permite tempo para uma
refeio, ento se estabelece um estgio: - violncia e briga podem ocorrer sem razes. Junte-se a isto umas armas de fogo, jactos de gs ou umas lminas de barbear, e a se tem o material de que so feitos os assassinos e os suicidas." - Let's Eat Right to Keep Fit, pg. 28. E ento devemos considerar tambm os efeitos do acar na formao e manuteno dos dentes e dos ossos. Atravs dos anos vrias causas tm sido apresentadas como factores que contribuem para a deteriorao dos dentes. Mas pesquisas mais recentes acusam o acar com efeitos directos sobre os dentes, e, indirectos, no enfraquecimento do poder de resistncia. A sofrem as defesas do corpo inteiro. Pesquisadores da Escola de Odontologia da Universidade de Loma Linda, Califrnia, provaram que, quanto mais alta a taxa de acar no organismo, mais cai o poder bactericida dos leuccitos. Enquanto o leuccito daquele que no usa nenhum acar pode destruir 14 bactrias invasoras, o daquele que acabou de tomar 24 colherinhas rasas de acar em qualquer forma mata apenas uma bactria, reduzindo assim seu poder 14 vezes. Concluindo Para encerrar este assunto, queremos esclarecer que no advogamos aqui posio extremada para a eliminao total do acar de nossa dieta. Deve ter ficado claro que no precisamos absolutamente de acar para viver, isto , o acar fabricado; mas no dizemos que ele deva ser abolido por completo. Esta uma questo individual, e que tem muito que ver com situaes sociais e familiares. Tambm preciso dizer que no h um acar muito melhor que outro. H aqueles que defendem o uso de acares menos refinados ou no refinados para substituir o acar branco. Mas em matria de contribuio para as fermentaes digestivas, todos eles so mais ou menos iguais. E claro que se queremos ficar com o menos mau, escolheremos primeiro o mel de abelhas e depois algum outro adoante no refinado ou menos refinado. Entretanto, verificaremos que, quanto mais naturalmente comermos, menos necessidade sentiremos do acar em todas as suas formas antinaturais. As frutas e as hortalias cruas, e os cereais bem cozidos, nos daro tudo o de que necessitamos para suprir as calorias e as energias. Nos climas tropicais e subtropicais, temos frutas e hortalias o ano todo, e podemos alimentar-nos livremente delas sem o uso do acar. Nos climas frios, podem-se tomar providncias para uma proviso mais ou menos abundante desses artigos, ainda que sejam em forma de conservas, to saudveis quanto se consiga. E evidente que, nessas conservas, temos de usar um pouco de acar, no caso de frutas em compotas. Mas no como uma necessidade imprescindvel, pois que nas regies frias, a maior fonte de calorias ainda continua a ser os cereais e as oleaginosas.
Captulo 12
O mtodo pelo qual a Natureza executa seu processo de purificao, fortalecimento, regenerao e reconstruo atravs de alimentos apropriados, um processo normal e no um milagre. Frutas e hortalias frescas so rica fonte de minerais orgnicos e vitaminas, e a presena destes factores vitais nos alimentos, torna-os de facto alimento superior. Hans Anderson, em The New Food Therapy, pg. 25.
Captulo 12
Frutas e Hortalias Frutas e hortalias no so um complemento da alimentao, uma variao ou sobremesa, como usadas em geral. Elas so, na verdade, o alimento por excelncia. Nelas encontramos os melhores componentes da nutrio - as vitaminas e os sais minerais. J destacamos a importncia das protenas como verdadeiros tijolos no edifcio fsico. Mas sem os alimentos menos concentrados, como as hortalias e as frutas, os alimentos proticos e os amilceos sozinhos no poderiam ser devidamente aproveitados. Devemos planejar ter em cada refeio grande quantidade de hortalias ou frutas e algumas nozes, naturalmente procurando sempre combinar os elementos das refeies em conformidade com a tabela de combinaes correctas encontrada no quinto captulo desta obra. Tanto quanto possvel, dever-se-ia procurar seguir o seguinte critrio: Para as primeiras trs combinaes do referido captulo, 50a 75% da refeio deveriam constar de hortalias preferencialmente cruas; e para as duas restantes combinaes, 50 a 75% de frutas cruas. E, na medida em que os gostos se forem adaptando s modificaes no regime, evitar os condimentos, ou us-Ios com moderao, conforme procuramos indicar e recomendar no captulo precedente. No indicamos nenhuma classificao de frutas ou hortalias. Podem-se usar numa mesma refeio vrias espcies de hortalias, assim como vrias espcies de frutas noutra refeio. Num almoo por exemplo, pode-se fazer um prato de salada em que entrem diversas hortalias cruas, e ainda complement-Ias com outras ligeiramente refogadas. E nas refeies em que cabem frutas, especialmente de manh e noite, podem ser usados vrios tipos de frutas, embora alguns autores prefiram separ-Ias em categorias - cidas, semi-cidas e doces; e at em frescas ou secas, recomendando que no sejam tomadas juntas na mesma refeio. H mesmo os que sugerem usar-se apenas uma fruta de cada vez: - S uvas, ou s laranjas, ou s bananas. Mas no encontramos este rigor em parte alguma da Natureza. No h dvida de que no caso de pessoas muito enfermas, este cuidado deve ser observado; mas as pessoas ss podero variar um pouco. Com o acima dito, embora demos mais liberdade do que alguns autores, no estamos sugerindo que abandonemos o princpio vrias vezes extremado de que sempre prefervel variar frequentemente de refeio para refeio a ter muita variedade em cada uma delas. H frutos que se colocam numa posio difcil de serem classificados, como o tomate e o abacate, por exemplo. Como os devemos comer e com que os combinaremos? O abacate contm mais de 20% de gordura, e assim, evidente que no devemos com-lo com acar. Quando bem maduro, saboroso sem nenhum tempero; mas pode ser combinado com algumas frutas. Entretanto, a melhor maneira num prato salgado com azeitonas, alho, cebola e tomates, com algum cereal ou po. Um prato assim, por si, uma refeio, sem precisar nada mais. Quanto ao tomate, h muita divergncia, e no queremos entrar em detalhes. Mas vai bem com frutas neutras, algumas hortalias e oleaginosas. Com ele se do bem os cereais integrais, mas no os alimentos feculentos e nem os cereais refinados demais. Entretanto, os estmagos delicados diro, eles mesmos, o que convm. Que cada indivduo procure descobrir, no somente em relao com certos
alimentos mas com todos, quais so os produtos que melhor combinam em sua natureza. Sempre prudente observarmos os efeitos de uma refeio: um arroto muitas vezes nos diz, pelo cheiro, qual o alimento que no combinou bem em mistura com os outros. Note-se que existem tabelas de combinaes de alimentos dizendo especificamente quais as frutas que combinam com outras; mas so to complicadas que no podem ser usadas por pessoas simples. Desde o princpio procurei estabelecer uma tabela de combinaes que pudesse com menos prejuzo, ser usada por doutos e indoutos. E evidente que, por exemplo, certos cereais integrais podem ser usados com algumas protenas vegetais no muito concentradas. Mas qualquer tentativa para pormenorizar detalhes, contribuiria apenas para complicar a compreenso e dificultar na prtica. Desejo esclarecer que as combinaes indicadas no quinto captulo so fruto de muitos anos de estudo e considerao, observando nosso povo nas cidades e na roa. Essa tabela de combinaes simples e satisfatria. Milhares de pessoas a tm adoptado com proveito, e muitas resolveram seus problemas fsicos com essa adopo. Isto suficiente. Regime de Desintoxicao Nada existe de melhor para desintoxicar o organismo do que um regime de sucos vegetais crus por um perodo de tempo. Os vegetais crus contm tudo o de que o organismo necessita para se restaurar. Invariavelmente as pessoas doentes esto h muito sofrendo de priso de ventre. Mesmo aquelas que evacuam diariamente, podem estar eliminando apenas o excesso, ou aquilo que j no cabe nos intestinos. H alguns anos atrs uma senhora me veio consultar sobre seus problemas fsicos, e quando ela comeou a descrever seus sintomas, eu lhe disse: "Seu problema nmero um o intestino, que no se livra satisfatoriamente dos dejectos." Ela respondeu: "O senhor est enganado; o meu intestino um relgio." Ento lhe disse: "Concordo com a senhora; s que um relgio estragado." A, como era natural, ela ficou encabulada; disse que no podia compreender, visto como evacuava diariamente na mesma hora. Argumentamos um pouco, e ela acabou concordando em fazer um teste para verificao. Pedi-lhe que engolisse meia xcara de sementes de mamo sem mastigar, marcasse o dia e a hora, e observasse diariamente suas evacuaes para ver quando sairiam as primeiras sementes. Pois bem, cerca de um ms depois, ela me disse que havia evacuado as primeiras sementes 18 dias aps sua ingesto, e as ltimas, aos 25 dias. E como esta senhora, a quase totalidade dos indivduos tem algum atraso na drenagem de seus intestinos. Mesmo quando a pessoa tenha ocasionalmente uma diarreia, isso !no prova que no sofre de priso de ventre. Alis, essa diarreia pode justamente ser a prova de que a priso de ventre existe. H pessoas cujos intestinos se deformaram ao ponto de ter dobras, bolses e estrangulamentos em vrios lugares; ali param as fezes por semanas, meses e anos, produzindo toxinas que, atravs da mucosa e depois instaladas na corrente sangunea, vo intoxicar todo o organismo.
(A senhora de cujo clon apresentamos essa cpia de raios X, julgava que no tinha nenhum problema intestinal, porque evacuava regularmente 3 vezes quase todos os dias. Mas o seccionamento do clon ascendente, revelou uma massa negra de fezes ali retidas e acumuladas talvez durante 20 anos ou mais. )
A comeam as doenas. Se voc tem qualquer problema fsico, no importa em que parte do corpo se manifestou a doena, esteja certo de que, antes de sentir o primeiro sinal do mal, seu intestino deixou de funcionar satisfatoriamente. Uma pessoa que come regularmente bom alimento, bem combinado e drena os intestinos, diariamente, no fica doente. Razes Por que os Sucos Vegetais So Melhores 1. Algumas pessoas tm seus rgos digestivos a tal ponto enfraquecidos e inactivos, que mesmo os melhores alimentos no so aproveitados em mais do que uns 20%. Assim, no a mesma coisa comer uma fruta ou tomar o seu suco. Uma pessoa que tenha lceras ou colite no pode ingerir verduras cruas, mas pode tomar o seu suco. 2. Outra razo importante o fato de que tantas so as pessoas que no mastigam cabalmente seus alimentos; umas porque no sabem faz-Io, e outras porque no tm dentaduras perfeitas. 3. Outra razo ainda porque os vegetais, em forma de sucos, so aproveitados pelo organismo numa porcentagem jamais atingida pelos alimentos em outras formas. Em poucos minutos os valores nutrimentais dos sucos j esto alimentando o organismo. 4. Talvez o argumento mais substancioso em se tratando de alimentar doentes o de que, em forma de sucos, qualquer indivduo capaz de ingerir quantidades enormes de nutrientes como o no faria tomando alimentos slidos. E
isto importantssimo quando se consideram as necessidades orgnicas daqueles que esto sofrendo. O doente, alm de intoxicado, est desnutrido. H muitas sugestes que so indicadas para um regime de desintoxicao: Algumas mais drsticas, outras mais suaves. E verdade que em todos os casos graves, temos de tomar a srio o programa, para que os resultados sejam mais rpidos. Mas no havendo urgncia, a desintoxicao poder ser efectuada a longo prazo. E aqui vai uma sugesto para esse fim. Desintoxicao Suave Durante anos de experincia aconselhando pessoas, verifiquei que difcil fazer que as pessoas mudem de repente seu regime alimentar. Demais, h o problema da falta de tempo para aqueles que desempenham suas actividades de ganha po. Mas sobretudo, predomina mesmo o fato de que poucos teriam a coragem para levar a cabo um rigoroso programa de desintoxicao por sucos apenas, o tempo todo. Em vista disto, na prtica. verifiquei ser mais aconselhvel deixar que cada um faa o melhor dentro de suas circunstncias. Tenho recomendado que se proceda assim: Um dia por semana, talvez no dia de repouso semanal, que o indivduo tome apenas sucos vegetais, de preferncia comeando com o suco de cenouras. O dia inteiro, de 3 em 3 horas, uns dois copos de suco puro por vez, perfazendo um total de um e meio a trs litros de suco em 24 , horas. H autores que sugerem quantidades maiores, contudo parece no haver necessidade de tanto; e isto tambm depende muito do prprio doente. Nos casos de inflamaes e naqueles em que houver a formao de pus, muito importante que o suco seja de cenouras. Mas como regime de desintoxicao, devem ser usados outros vegetais alm da cenoura: beterrabas, salso, pepinos, salsa, couve e outras hortalias e tambm frutas como laranjas, uvas, mas, abacaxi, mamo, etc. Entretanto, sempre recomendamos que, no caso de a pessoa querer variar os tipos de sucos, nunca use frutas e hortalias na mesma ocasio. Quanto hora de tomar o suco, pode haver uma pequena variao, que depende da situao de cada organismo. Mas em geral, seria de duas em duas ou de trs em trs horas. Logo que a pessoa esteja em condies de poder aguentar, deveria procurar passar 48 horas s a sucos; e mais tarde poder estender o regime a vrios dias em seguida. Todavia, no caso de passar a sucos uma semana ou mais, ao voltar ao regime de alimentos slidos, que o faa com prudncia, comeando devagar com poucos alimentos mastigveis e cozidos, e aumentando cuidadosamente. Durante todo o tempo em que perdurar o regime de sucos por mais de um dia, preciso forar os intestinos a evacuarem pelo menos uma vez ao dia. Alguns autores recomendam uma dose diria de uma colher das de sopa de sal amargo; outros indicam uma lavagem intestinal todas as noites enquanto dura o perodo de desintoxicao. Pessoalmente, sou contrrio s medidas drsticas. Tanto quanto possvel, os intestinos devem ser forados e ajudados a trabalharem normalmente, sem estmulos violentos. Os sucos que contenham espinafre, couve, alfafa verde e outras verduras folhosas, estimulam poderosamente os movimentos peristlticos, auxiliando os intestinos a se livrarem dos dejectos. Entretanto, h casos em que talvez se tenham de usar meios mais drsticos, e nestes sempre prefiro a lavagem intestinal, em lugar dos laxativos, por brandos que sejam. Mas ainda antes da lavagem intestinal, h outro recurso muito eficaz; o uso dirio, por longo tempo, de sementes de linhaa. Isto todos podem fazer com grande
proveito, pois no laxante e alm do mais, alimento. Procure-se engolir todos os dias uma colher das de sopa de sementes de linhaa crua, sem mastigar, com qualquer lquido, a qualquer hora do dia, de preferncia numa refeio. Elas tambm podem ser batidas no liquidificador. O importante engoli-Ias. Nos intestinos elas faro o seu trabalho benfico. Deve haver perseverana neste procedimento at se conseguir evacuar regularmente duas ou trs vezes ao dia. Os sucos usados no tratamento devem ser sempre frescos, feitos na hora; cada minuto que passa depois de feito o suco dilui seus valores preciosos. Os. sucos engarrafados no servem para esse tipo de tratamento. E preciso que sejam extrados no momento de serem usados. contendo toda a vitalidade da Natureza. Para se conseguir um suco integral e mais facilmente, recomendamos o uso de uma centrfuga especializada para isso, que se encontra no comrcio de electrodomsticos. Quando no, artigos como cenouras, beterrabas, pepinos, etc. devero ser ralados e espremidos em vez de liquefeitos com um pouco de gua no liquidificador. E importante que os sucos sejam to integrais quanto possvel; e alm disto, integrais, so mais saborosos.
Captulo 13
Os que se alimentam de carne, no esto seno comendo cereais e verduras em segunda mo. ... A carne nunca foi o alimento melhor; seu uso agora , todavia, duplamente objectvel, visto as molstias nos alimentos estarem crescendo com tanta rapidez. Os que comem alimentos crneos mal sabem o que esto ingerindo. Frequentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espcie de carne esto comendo, repeli-la-iam enojados. A Cincia do Bom Viver, pg. 268
Captulo 13
A Carne A carne nunca foi designada por Deus para ser o alimento de criaturas feitas semelhana do Criador. A Bblia nos diz que quando o homem saiu das mos do Criador, Deus lhe indicou como alimento os cereais e as frutas, naturalmente includas as oleaginosas (Gnesis 1:23); e aps o pecado, acrescentou-lhe as hortalias (Idem 3: 18); e parece evidente a, que se incluam as ervas leguminosas, devido ao desgaste fsico mencionado no versculo 18. Este foi o regime prescrito para o homem por uma Inteligncia que bem conhecia o organismo humano, e sabia o que lhe era melhor. Esta deve ser a mais importante das razes por que no devemos comer carne - Deus sabe o que melhor para ns. A segunda grande razo esta: Como podem seres inteligentes e com presuno nobreza e elevada moral tirar brutalmente a vida a criaturas indefesas, para se banquetearem sobre seus cadveres? isto coerente com a profisso de sublime magnitude intelectual, moral e espiritual de indivduos que dizem estar-se preparando para viver a eternidade na presena de Deus? No parece uma verdadeira brutalidade um homem criar um inocente bezerrinho, afagando-o, deixando-o lamber-lhe as mos, tornando-o to cheio de amor por seu dono, e um dia, sem mais nem menos, quando o animal est a lhe fitar os olhos com carinho, o dono lhe enfia uma faca no pescoo? Mas h outras razes por que no devemos comer carne. O nosso organismo no est preparado para ser alimentado com carne. A carne um factor de putrefaco. Tudo cheira a podre aps a ingesto de carne: O suor ftido, as fezes, a pele e o cabelo so ftidos. Por falta de material fibroso, a carne no auxilia os movimentos peristlticos dos intestinos e no favorece a evacuao. As suas toxinas adoecem todos os rgos do corpo. Muitos animais so abatidos em estado de grande aflio ante a viso do sofrimento daqueles que os precederam na matana. O medo produz toxinas to terrveis que, se fossem ingeridas em maiores doses por uma s pessoa, poderiam causar-lhe a morte instantaneamente. Mas evidente que qualquer comedor de carne est comendo a morte aos poucos. No h assduos carnvoros longevos; pelo menos no h nenhum que se compare aos vegetarianos. Todo aquele que se alimenta de carne diariamente no ultrapassa muito os cinquenta anos de idade sem problemas renais, que se agravam rapidamente e agravam especialmente os rgos da circulao. Em experincias de laboratrio, verificou-se que ratos alimentados com apenas 25% de carne em sua rao diria, em pouco tempo estavam com os rins seriamente afectados. Toxinas e Bactrias do Prprio Animal Quando o animal morto, existem nele muitas toxinas em processo de expulso do organismo, principalmente pela urina. Essas toxinas permanecem na carne e so ingeridas pelo homem. E evidente que isto no pode ser saudvel. Cada quilo de carne bovina contm dois gramas de cido rico, o que uma dose bastante elevada. Quando a carne cozida, os resduos se apresentam em forma de caldo que, analisado, se assemelha urina. Cada bife de 100 gramas contm mais de um bilho de germes, e se essa carne no for devidamente esterilizada pelo calor, grandes quantidades de micrbios
activos sero ingeridos. Nos bifes mal passados, nos churrascos sangrando, certo que milhes de bactrias vivas entram no organismo dos comedores de carne. Mas alm de ser a carne um grande transmissor de micrbios, ela prepara o organismo para no resistir as invases de germes de outras fontes. Como j procuramos demonstrar anteriormente, para a sade no to significativo quantos micrbios nos invadiram como quanta capacidade temos de resisti-Ios. E a carne prepara em ns, por suas toxinas, um ambiente propcio a toda sorte de enfermidade. Entre os que comem carne frequentemente, encontra-se maior nmero de pessoas com varizes, hemorridas e arteriosclerose que entre os vegetarianos ou aqueles que comem menos carne e muita verdura. E o mesmo se pode dizer das doenas do fgado, dos rins, do corao e dos problemas da circulao. No novidade para ningum que a carne contribui em porcentagem elevadssima para os enfartes do miocrdio, para os derrames, as tromboses, os distrbios da presso e de todos os ataques cardacos. Palavras Autorizadas de Alguns Mdicos O Dr. Elmer V. McCollun diz em Food, Nutrition and Health, pg. 84: "Um consumo liberal de carne e ovos, aumenta a putrefaco no clon, e conquanto alguns afirmem que isto no prejudicial sade, sobejam evidncias em contrrio." E fcil de entender que no podemos gozar sade, mantendo nos intestinos um depsito de matrias decadentes, produzindo toxinas perigosssimas. Se no sofremos imediatamente as consequncias da putrefaco, no porque as toxinas sejam benignas, mas devido ao maravilhoso poder restaurador do organismo, pelo menos enquanto o corpo ainda tem certa quantidade de resistncia. Em verdade, conforme conceitos expressos por inmeras autoridades como os Drs. Alexis Carrel, Arbuthnot Lane e outros, provou-se que a prolongao da vida depende, em grande parte, da capacidade orgnica de eliminar os resduos de toda espcie, e da perfeita nutrio das clulas. A carne um alimento altamente cido-formador. A pessoa que se alimenta de carne mantm um permanente ambiente cido em todo o organismo, propcio para o desenvolvimento de toda sorte de bactrias. Em Dietetics Simplified, pgs. 135 e 136, o Dr. Bogert diz: "Os alimentos acidificantes destroem toda a reserva alcalina. Havendo uma reserva alcalina nos tecidos, eles sero mais saudveis e mais capazes de resistir aos germes de doenas do que quando predominam os alimentos cido-formadores." O Dr. Owen S. Parrett, num artigo intitulado, A Razo de Eu No Comer Carne, disse o seguinte: "A carne o mais putrefaciente de todos os alimentos. Quando ela se deteriora nos intestinos, pode tomar a pessoa mais seriamente doente do que com qualquer outra espcie de alimento. ... "Desde que o vrus, ou germe, causador do cncer foi, agora, perfeitamente determinado, a possibilidade, ou mesmo a probabilidade de que o comer carne, peixe ou galinha exponha a pessoa a ingerir alimentos carregados com o vrus maligno, cria um problema." Haver B 12 Sem Carne? O argumento mais insistente em favor do uso da carne o de que sem carne o organismo no consegue suficiente vitamina B12, cuja ausncia causa enfermidade. Mas no se toma em considerao a que mesmo os carnvoros podem no aproveitar essa vitamina devido ausncia do cido flico, encontrado em pequenssima quantidade em poucas carnes e nenhuma em outras. Especialmente destitudos dele so as carnes de porco, todos os peixes de couro e os mariscos de toda espcie.
Doutro lado, o cido flico, to importante para se combinar com vitamina B12, encontra-se em todas as verduras escuras, nas hortalias em geral, nas oleaginosas, nos cereais integrais e nas frutas; e isto em pores nunca vistas na carne. Mas no termina a o assunto. O aproveitamento da vitamina B12, alm do cido flico, se beneficia da metionina, um precioso elemento das protenas, porm muito pobre em todas as carnes. No h nenhum alimento em que ela esteja melhor representada do que na castanha-do-par e levedura de cerveja, e depois em todas as nozes e nos cereais integrais. Tenha-se presente que a B12 um produto de manipulao no organismo. Se a este fornecemos os elementos acima referidos e evitamos as destruies causadas pelas fermentaes e consequentes putrefaces, os intestinos fabricaro toda B12 de que necessitamos para nossa despesa. Assim, no h razo para colocar a carne como prioritria na consecuo da vitamina B12 visto como esta pode ser conseguida por transformao atravs de outros elementos, pobres na carne. Em outras palavras, o vegetariano bem informado, que coma abundncia de frutas, nozes, cereais integrais e hortalias em estado natural, e no descuide de sua quota de protenas completas de fonte vegetal, no precisa preocupar-se com o problema da B12. Demais, temos sempre recomendado que a mudana do regime seja gradual: Do crneo para o ovo-lacto-vegetariano, e mais tarde para o lacto-vegetariano, antes de passar para o estritamente vegetariano. No porque seja impossvel a transio completa de uma vez; mas porque o regime vegetariano exige conhecimento e certa adaptao, e, sobretudo, providncias para a aquisio de todos os alimentos novos que vo fazer parte do novo regime. Este tem sido o maior problema do vegetariano: Encontrar os alimentos ricos para substiturem a carne. Entretanto, dizer que a carne indispensvel, estar mal informado. Conheo pessoas que nunca comeram carne e no gostam de leite, e esto vivas at hoje. Tenho um amigo que conheo desde os 12 anos de idade, hoje mdico aposentado; ele nunca provou a carne nem ao menos para saber o gosto. E aos 70 anos de idade ainda tem as faces to rosadas como quando o conheci em criana; e nunca ficou doente. Os Perigos da Carne Como j dissemos anteriormente e insistimos, um dos maiores inconvenientes da carne o perigo de seus micrbios e toxinas, que infestam cada fibra de seus tecidos. A grande verdade hoje, a mais incontestvel das verdades sobre o assunto, que os animais abatidos para o mercado s permanecem de p custa de vacinas e antibiticos. Pergunte-se isto aos criadores de gado grado e mido, aos avicultores e suinicultores, e eles o diro se quiserem ser honestos. Os animais esto cheios de vermes, pestes, tumores cancerosos, alguns com o fgado nadando em pus e se desfazendo, outros com aftosa, carbunculose, tuberculose, etc. Essa a melhor carne que se come nas cidades; mas o problema se agrava quando se considera o tempo entre a morte do animal e o seu uso como alimento, a manipulao, o transporte, o armazenamento e a comercializao. A carne nunca foi e nunca ser o melhor alimento. Mas ao recomendar que seja abandonada, temos alguns conselhos a dar, antes de concluir. E para tanto, recorremos s sbias e ponderadas palavras de Ellen G. White. Indivduos com hbitos arraigados e com o organismo saturado de toxinas, "com tumores a minar-lhes a vida" e "os que tm fracos rgos digestivos, podem muitas vezes comer carne, quando no lhes possvel ingerir verduras, frutas e mingaus". - Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pgs. 292, 395.
"No deveis fazer prescries dizendo que nunca devem ser usados alimentos crneos, mas educar a mente, e deixar a penetrar a luz. Seja a conscincia da pessoa despertada no que concerne conservao prpria e pureza de todo apetite pervertido." I Idem, pg. 291. "No se insista para que essa mudana seja feita abruptamente. ... Seja a conscincia educada, estimulada a vontade. e a mudana pode ser feita muito mais depressa e de boa vontade." Idem, pg. 292. Essa mudana no regime deve efectuar-se, mas preciso que consideremos "a situao do povo e o poder de um hbito de toda a vida, sendo cautelosos em no insistir indevidamente, mesmo quanto a ideias justas. Ningum deve ser solicitado a fazer abruptamente a mudana". - Idem. pg. 398. E "quando se abandona a carne, deve-se substitu-Ia por uma variedade de cereais, nozes, verduras (hortalias) e frutas". - Ibidem. Aqui ficam estes conselhos preciosos. Todos os que quiserem sade perfeita, tero de abandonar o uso da carne. Mas h os que no esto em condies fsicas e mentais para faz-Io num momento; e quando o fizerem, que seja depois de uma conscientizao e com inteligente substituio. Cremos que, a esta altura das instrues neste livro, todo leitor j est devidamente capacitado para eliminar a carne de seu regime alimentar, sem prejuzo para a sade. Os conselhos expressos so esclarecidos e no necessitam de comentrios.
Captulo 14
No sabeis vs que sois o templo de Deus, e que o Esprito de Deus habita em vs? Se algum destruir o templo de Deus, Deus o destruir; porque o templo de Deus, que sois vs, santo. Portanto, quer comais quer bebais, ou faais outra qualquer coisa, fazei tudo para glria de Deus. Apstolo So Paulo, em I Corntios 3:16, 17; e 10:31.
Captulo 14
O Queijo necessrio que digamos alguma coisa a respeito do queijo. Embora seja do conhecimento geral que ele um produto rico em protenas completas; e apesar de ser frequentemente recomendado pela maioria dos mdicos, toda vez que precisam reforar o uso de protenas, temos contra ele srias objeces. No h suficientes provas cientificas contra o uso do queijo, seno algumas referncias no muito categricas. Entretanto, h evidncias incontestveis contra ele, que s elas seriam o bastante. H alguns anos atrs se verificou que o queijo causava uma imediata elevao da presso arterial; at mesmo uma fatiazinha de 20 gramas era o suficiente para elevar a presso. Ento se descobriu que o perturbador oculto era a tiramina encontrada em certos tipos de queijo. Um dos males mais notveis no queijo o fato de que ele causa priso de ventre. O uso do queijo agrava o problema da evacuao regular; e embora algumas pessoas no o percebam, o queijo atrasa a eliminao completa dos dejectos intestinais. Ellen G. White escreveu em 1868: "O queijo jamais deveria ser introduzido no estmago"; e mais tarde, em seu livro Ministry of Healing, pg. 302: "O queijo muito mais objectvel; ele totalmente imprprio para o alimento." E ento s pginas 368 a 370 de Conselhos Sobre o Regime Alimentar, ela faz mais oito referncias ao queijo, condenando mesmo o queijo fresco, o tipo que chamamos usualmente "queijo-de-minas". Numa das passagens, ela diz: "O efeito do queijo deletrio"; e na ltima delas, fala de experincia pessoal, nestas palavras: "Nunca pensamos em fazer do queijo artigo de alimentao." Depois destas afirmaes, cabe uma pergunta: haver uma razo cientfica para o que foi dito a respeito do queijo? E certo que no sabemos no momento at onde a cincia nos levar nesta direco; h pesquisadores estudando o assunto. Mas s considerando alguns fatos conhecidos, bastaria para darmos ateno aos conselhos acima referidos. De Greaves Elementary Bacteriology, pg. 291, extramos o seguinte: "O fato de que o queijo curado por bactrias e que essa actividade bacteriolgica essencial para a produo do odor e sabor caractersticos do produto final, no remove o estigma de podre e estragado de um produto no qual a indesejvel actividade bacterial desenvolveu cheiro, paladar e textura anormais. Muitos produtos deste tipo so constantemente observados e classificados apropriadamente como podres e estragados, e no deveriam ser permitidos no mercado mais do que tomates podres ou peixes podres." Desde o momento em que o queijo posto para curar por alguns dias, meses ou anos, a fim de chegar ao ponto designado por seus fabricantes, comea um perodo em que trabalhado por bactrias de vrias ou de determinadas espcies; sofre um verdadeiro bombardeio de micrbios de putrefaco. O Dr. Mervyn G. Hardinge, da Universidade Loma Linda, Califrnia, diz: "Durante a cura do queijo, vrios tipos de bactrias e fungos de mofo operam nas protenas, gorduras e carboidratos do coalho, atravs de processos de fermentao e decomposio. Quanto mais velho o queijo, maior o grau de decomposio e mais forte o sabor. Os produtos desenvolvidos durante o envelhecimento matam a maioria das bactrias patognicas. Os possveis efeitos resultantes disso na sade humana no so conhecidos at ao presente."
O que se deve considerar que, de qualquer modo, o queijo sofre vrias transformaes durante seu amadurecimento e vrios estgios de decomposio para lhe darem sabor, textura e odor. E grande parte dessas bactrias putrefactivas ainda esto vivas na ocasio em que o produto usado como alimento. De modo especial, isso verdade quando o processo terminou a menos de 90 dias, isto , quando o queijo ingerido menos de 90 dias aps o trmino de seu processamento. O Dr. J. H. Kellogg, citando outra autoridade mdica, diz que um grama de queijo fresco contem de 90 mil a 140 mil bactrias; um queijo de 25 dias contm pelo menos 1.200.000 bactrias por grama; e um queijo de 45 dias chega a ter 2.000.000 por grama. E ele termina com o seguinte comentrio: "No obstante estes fatos cientficos, indubitavelmente muitas pessoas continuaro a consumir, sob o nome de 'queijo', a usual quantidade de leite deteriorado; e, depois de engolirem milhes de micrbios numa refeio, admirar-se-o por que sofrem de acidez estomacal, azia com queimao, flatulncia, biliosidade e uma variedade de outros sintomas devidos aos germes." - The Monitor of Health, pgs. 131, 132. Enquanto esperamos que a Cincia diga mais sobre o assunto, perguntamonos: Sendo que no queijo operam bactrias de mofo e putrefaco; e sendo que algumas bactrias de mofo nos cereais e no amendoim, mais especificamente colnias de Aspergillus flavus, produzem cncer, dever-se-ia considerar o queijo como passvel de favorecer ou de predispor o organismo para o cncer? ou seria prefervel, por via das dvidas, ir arriscando nesse delicioso prato at que venha a resposta? Outra Forte Razo Para encerrar este captulo, queremos dar outra razo importante para o no uso do queijo: E esta quanto semente do coalho na fabricao de queijos. Antigamente, o iniciador do coalho era fabricado com estmagos de bezerrinhos; hoje, devido enorme indstria queijeira em todo o mundo, esses coagulantes passaram a ser feitos com grande porcentagem de estmagos de porco. Num artigo escrito pelo Dr. Vagn A. Dinesen, tcnico do Christian Hansen's Laboratory, ele declara sem nenhum segredo que os coagulantes hoje aceitos em todo o mundo constam de tipos predominantemente de 50% e 25% bezerro, e 50% e 75% porco. Talvez seja esta, aparentemente, uma razo de pouco peso, visto como esse coagulante usado em quantidade to pequena, que diramos no dever cont-Ia. Mas para aqueles que conhecem os males que certos animais representam para a sade, estou certo, esses rejeitaro qualquer contacto com alimentos produzidos base de porco. E a Ricota? Quando a ricota , na verdade, o que chamaramos melhor de coalhada escorrida, no h dvida de que a recomendamos como excelente alimento, e at um componente precioso para complementar as protenas incompletas dos feijes. Mas insistimos em que a melhor ricota a que fazemos em casa, coalhando ns mesmos o leite, escorrendo o soro e comendo-a de preferncia no mesmo dia, antes de comearem a operar nela as bactrias do bolor. A ricota deve ser usada recmfeita, sem conservantes qumicos como as que se vendem em geral.
Captulo 15
Muitos refrigerantes contendo cafena so vendidos no mercado. Os principais entre eles so as Colas, alguns dos quais, conforme se verificou, contm de 20 a mais de 40 miligramas de cafena por copo. Seus efeitos deletrios no corpo so muito semelhantes aos do caf, alm disto, ainda se deve considerar o efeito de sua grande quantidade de acar. Algumas Colas tendem a ser altamente cidas (pH 2,6), de modo que seu uso habitual produz eroso no esmalte dos dentes. Quando imersos em refrigerantes carbonatados, os dentes humanos ficam descalcificados dentro de duas semanas. Nutrition for Life, pg. 109.
Captulo 15
Bebidas Estimulantes A no ser em situaes muito especiais, no precisamos de nenhum tipo de estimulantes. Todos os estimulantes, de quaisquer que sejam as espcies, so danosos sade. No podemos classificar nenhum deles como alimento ou fonte de vitaminas para o bem-estar do homem. Caf, mate, ch preto, chocolate ou cacau, cola, coca, guaran e outros mais, usados em forma de bebidas ocasionais ou regulares, so todos altamente prejudiciais sade. E todos contm doses mais ou menos iguais de alcalides; se variam em parte porque no so tomados na mesma forma e quantidade. O princpio activo predominante de todos eles a cafena. Este alcalide um estimulante dos centros nervosos do crebro, que produz um despertamento com mais rpido fluxo dos pensamentos, o que d a sensao de alvio da fadiga e bem-estar. Mas estes resultados no devem ser considerados benficos, visto como so produzidos custa de enfraquecimento posterior e maior anuviamento do crebro, cerca de 24 horas aps a ingesto da droga. A cafena, mesmo em doses moderadas, produz um prolongado aumento da secreo estomacal, provocando o surgimento de lceras. Quanto maior for o fluxo de cidos do estmago, menor a possibilidade de o indivduo restaurar-se de suas lceras do estmago. Alm disto, uma vez formado o hbito, cria-se uma dependncia da droga, difcil de ser abandonada. E as possveis consequncias sero: - Nervosismo, ansiedade, insnia e tremores; - Aumento da secreo gstrica e da acidez estomacal com grande irritao; - Irregularidades cardacas com palpitaes, pulso rpido, distrbios rtmicos e desenvolvimento de problemas nas coronrias; - Nos casos de glaucoma, agravamento da doena pelo aumento da presso nos olhos; e - Talvez a mais grave das consequncias, a secreo intil e em excesso de insulina; e esse hiperinsulinismo produzir infalivelmente, o hipoinsulinismo - e a estar instalada a diabete. O caf em gro contm at 2% de cafena, e uma xcara de caf como se usa comumente comporta de 100 a 150 miligramas de cafena pura e de 13 a 35 miligramas no caf chamado descafeinado. De uma nica espcie de refrigerante, so bebidas diariamente em todo o mundo cerca de cem milhes de garrafas, contendo algumas toneladas de cafena pura, suficiente para viciar os seus usurios, especialmente as crianas. E isto sem mencionar os demais ingredientes, tambm perigosos. O chocolate, em suas vrias formas ou sob diversos nomes comerciais, contm boa quantidade de cafena. Mas um de seus grandes males que, aliado ao acar e ao leite, e juntamente o cido oxlico inorgnico que contm, constitui um tremendo descalcificante, contribuindo para enfraquecimento do sangue, dos ossos e dos dentes, sendo muitas vezes a principal causa da anemia. Assim, de forma rpida e resumida, condenamos o uso de qualquer bebida estimulante, quer seja caf, ch mate e da ndia, chocolate ou refrigerantes. Em primeiro lugar, porque, absolutamente, no precisamos de estimulantes para manter a sade, como o cavalo no precisa de chicote para ter fora. E em segundo lugar, porque, excepto os alimentos lquidos como o leite, sucos de frutas e de hortalias e a gua que bebemos, no precisamos de nenhum outro lquido.
E por uma orientao errada, que os homens se habituaram a empurrar o alimento para o estmago custa de goles de caf, ch ou refrigerantes, sem mastigar e sem saborear o gosto daquilo que comem. Da resulta m digesto e suas consequncias. Fora, pois, com todos os erros dietticos. Fora com os lquidos desnecessrios, a no ser que se queira, ocasionalmente, tomar um ch de ervas medicinais, como trevo roxo, alfafa, capim cidreira, hortel, camomila ou outras. Mas no com o propsito de ter alguma coisa com que forar o alimento a descer precipitadamente esfago abaixo. Resumo Elucidativo Em Cincia do Bom Viver, Ellen G. White resume em poucas palavras todos os maus efeitos dos estimulantes, notadamente o ch e o caf, mais usados que outros na poca. Diz: "O ch atua como estimulante, e, at certo grau, produz intoxicao. A aco do caf, e de muitas outras bebidas populares, idntica. O primeiro efeito estimulante. So excitados os nervos do estmago; estes comunicam irritao ao crebro, o qual, por sua vez, desperta para transmitir aumento de actividade ao corao, e uma fugaz energia a todo o organismo. Esquece-se a fadiga; parece aumentar a fora. Desperta o intelecto, torna-se mais viva a imaginao. "Em virtude desses resultados, muitos julgam que seu ch ou caf lhes faz um grande benefcio. Mas um engano. Ch e caf no nutrem o organismo. Seu efeito produz-se antes de haver tempo para ser digerido ou assimilado, e o que parece fora no passa de excitao nervosa. Uma vez dissipada a influncia do estimulante, abate-se a fora no natural, sendo o resultado um grau correspondente de languidez e fraqueza. "O uso continuado desses irritantes nervosos seguido de dores de cabea, insnia, palpitao, indigesto, tremores, e muitos outros males; pois eles gastam a fora vital. Os nervos fatigados necessitam repouso e quietao em lugar de estimulantes e super-actividade. A natureza necessita de tempo para recuperar as exaustas energias. Quando suas foras so aguilhoadas pelo uso de estimulantes, conseguir-se- mais durante algum tempo; mas, medida que o organismo se enfraquece mediante o uso contnuo, torna-se gradualmente mais difcil erguer as energias ao desejado nvel. A exigncia de estimulantes se torna cada vez mais difcil de controlar, at que a vontade vencida, parecendo no haver poder capaz de negar a satisfao do forte apetite contrrio natureza. So reclamados estimulantes mais fortes, e ainda mais fortes, at que a natureza exausta j no pode corresponder." - Pgs. 326, 327. E Que Dizer do "Caf de Cevada"? No h nenhum mal na cevada, como cereal, em forma de alimento. Mas h um positivo mal no que quer que seja torrado moda brasileira. Desde que o cereal seja torrado a ponto de ficar preto, como se faz usualmente, o gro absorve todos os gases altamente venenosos da fumaa, que so depois transmitidos no lquido ingerido. E a a maior vtima ser o fgado. E esta a razo por que tantos usurios do "caf de cevada" se queixam de gastrite e problemas do fgado. Assim, embora a cevada seja um excelente cereal, torrada se torna prejudicial. Na Europa e noutras partes se tostam os gros para ficarem pouco mais que dourados, juntamente com malte. Esses gros inteiros ou apenas quebrados (no modos), so fervidos por alguns minutos. Dessa coco resulta uma bebida muito saborosa e cheirosa, um excelente alimento. Mas tomar cevada queimada s para
imitar o caf, nunca ser caf; e depois de tudo, mesmo sem a cafena, ainda prejudicial.
Captulo 16
Os brotos so um alimento que se torna um hbito. Desde que se adquira o gosto por eles e se aprenda a produzi-los, ser difcil ficar sem eles. D. R. Hiatt.
Captulo 16
Alimentos Especiais - Os Brotos Os brotos de legumes, de certas hortalias e cereais so de uma preciosidade que ainda no chegou a ser revelada em sua plenitude. Eles tm sido usados desde muito entre os orientais, mas no mundo ocidental comearam a ser melhor conhecidos depois da Segunda Guerra Mundial. Eles so uma grande fonte de Vitaminas A, B, C, D, E, G, K e U, alm de aminocidos, minerais e hidratos de carbono. Na verdade, nenhuma outra hortalia pode superar o valor dos brotos. A Dra. Pauline Barry Mack, da Universidade da Pennsylvania, verificou que o soja, por exemplo, que no tem seno traos de Vitamina C, logo que lhe aponta o broto, passa a ter 108 miligramas dessa vitamina: e quando o broto atinge 72 horas, j est com 706 miligramas de Vitamina C. Com respeito ao complexo B, o Dr. Bailey, da Universidade ( de Minnesota, verificou que a Vitamina B1, a Niacina e o cido pantotnico dobravam de valor no processo da brotao; a piridoxina e a biotina aumentavam 150%; e a B2 e o cido flico ascendiam a 20 e 30% respectivamente. durante os dias da brotao. Para aqueles que dependem de feiras e quitandas para a aquisio de suas verduras, brotando sementes em casa, tero sempre verdura fresca, apanhada na hora de pr na boca; pois no preciso lavar nem temperar. Especialmente a alfafa deliciosa sem nenhum tempero. Muitas das verduras compradas, j chegam s mos do consumidor sem vitalidade, tantos so os dias que passam desde que so colhidas at serem consumidas. Mas com a brotao em casa, tem-se verdura fresca diariamente. Outra vantagem da brotao em casa que no dependemos de ter ou no terra para plantar. No precisamos fazer canteiro; no precisamos de adubo; no temos o trabalho de capinar. E o preo apenas o que se gasta com as sementes. H muitas sementes que se prestam para a brotao. A que produz os brotos mais saborosos a alfafa, mas se podem semear tambm outras sementes de hortalias, de cereais e legumes. O milho e o trigo do brotos muito doces; mas devem ser usados quando os brotos so ainda pequenos, no mais que uma ou duas vezes o tamanho do prprio gro. Moem-se os gros brotados numa mquina de moer carne ou no liquidificador com um pouco de gua, e o produto pode ser adicionado massa de po, a mingaus e outros pratos. E excelente para complementar o alimento dos bebs. No requer cozimento prolongado. Quanto s leguminosas e hortalias, espera-se at que os brotos tenham atingido cerca de 5 a 7 centmetros de comprimento. Mas em geral, eles devem ser comidos 72 horas depois de o broto aparecer, ou seja l pelo 4 ou 5 dia, pois quando certas vitaminas atingem o mximo de seu volume. Materiais Bsicos Para a Brotao 1. Qualquer forma larga, como uma assadeira, serve para comportar uma semeadura de brotao. Mas para brotaes constantes, aconselhamos a aquisio de uns 10 ou 20 pratos de alumnio leve, desses que se usam para bolos e salgadinhos nas festas, preferivelmente quadrados ou rectangulares. 2. Comprem-se uns dois ou trs metros de espuma de nylon, no mais espessa que 1 centmetro; ento se cortam dela pedaos do tamanho exacto para cobrir o fundo dos pratos.
Processo Para Brotar Alfafa e Hortalias 1. Encharca-se bem a espuma de nylon, antes de estend-Ia no , prato de alumnio. 2. Esparramam-se as sementes, mais ou menos juntas, sobre a espuma encharcada. 3. Coloca-se esse prato semeado numa prateleira ou noutro lugar escuro. Os brotos se desenvolvem melhor no escuro. 4. Diariamente se despeja mais um pouco de gua nas beiras do prato, sem perturbar as sementes. A medida que o broto cresce, vai puxando gua, de modo que necessrio acrescentar mais um pouco. L pelo 4 ou 5 dia, os brotos devem estar em condio de ser usados. Se se quiser mais clorofila nos brotos, o que recomendvel, ento se pode exp-los a alguma luz antes de usar. Basta que tomem luz por umas poucas horas para que comecem a ficar esverdeados. Pode-se levar o prato para a mesa, hora da refeio, e cada um pode ir arrancando os brotos e comendo-os enquanto participam dos outros alimentos. Os brotos tambm se prestam para ser comidos como recheio de sanduche. Mas h para eles uma infinidade de usos, que podem ser descobertos pela experincia de cada indivduo. Processo Para Brotar Cereais e Legumes Material. - Um vidro desses que se usam para compotas, palmito ou maionese; e um pano ralo ou fil. 1. Colocam-se no vidro umas 3 ou 4 colheres das de sopa da semente desejada para a brotao. (Pode ser soja, lentilha, ervilha, milho, trigo ou outra.) 2. Cobrem-se as sementes com gua at o dobro da altura, e se amarra a tela de fil na boca do vidro. 3. No dia seguinte, enxaguam-se as sementes uma ou duas vezes, escorrese a gua e deita-se o vidro num lugar escuro. 4. Todos os dias, de manh e noite, repete-se o processo de enxaguar as sementes, escorrer a gua e deitar o vidro. As sementes devem estar sempre hmidas, mas no dentro da gua. 5. No caso dos brotos de cereais, eles estaro bons para ser usados quando atingirem o tamanho ou o dobro do tamanho do seu gro; os brotos do soja e outras leguminosas podem crescer at terem 5 a 7 centmetros, como explicamos anteriormente. Mtodo do Dr. Clive M. McCay O Dr. McCay, da Escola de Nutrio da Universidade Cornell e a Comisso de Emergncia de Alimentos do Estado de Nova Iorque tm feito muito por divulgarem o uso de brotos de soja. Aqui damos o mtodo por eles indicado, passo a passo. 1. Escolha o feijo, elimine os gros partidos e as impurezas. 2. Lave os gros. 3. Cubra de gua o soja e deixe assim at a manh seguinte. Para meio quilo de soja, pouco mais de 1 litro de gua e uma pitada de cloro, que se pode adquirir na farmcia. 4. Na manh seguinte, drene a gua e despeje os gros na vasilha em que vo brotar. Se for usado um vaso de barro para flores, coloca-se no fundo, sobre o furo, uma tela ou pano para impedir que os gros caiam.
5. Cubra os gros com um pano molhado. Mantenha-os hmidos e num lugar escuro. Regue-os algumas vezes todos os dias; na ltima molhada de cada dia, acrescente na gua uma pitada de cloro. 6. Cuide para no ficar gua no fundo da vasilha. Os gros devem estar sempre hmidos mas no mergulhados em gua. O cloro para impedir que os gros venham a mofar. Recomendamos que todos procurem comer brotos diariamente, principalmente alfafa e soja. Com brotos todos os dias, podemos esquecer as vitaminas da farmcia. E certamente esqueceremos tambm as doenas.
Segunda parte
Os Remdios da Natureza
Captulo 17
"A Natureza necessitar de alguma assistncia para pr as coisas em seu devido lugar, e esta assistncia pode encontrar-se nos remdios mais simples, especialmente aqueles que a prpria Natureza prov: ar puro, com o precioso conhecimento de como respirar; gua pura, com o conhecimento de como aplic-la; abundncia de luz solar em cada i cmodo da casa, se possvel, e com o conhecimento inteligente de que vantagens se podem tirar de seu uso. Todos esses so poderosos em sua eficincia, e os pacientes que tiverem alcanado o conhecimento de como comer e vestir-se de modo saudvel, podem viver para o conforto, a paz e a sade, e no sero induzidos a pr em seus lbios drogas que, em lugar de ajudar a Natureza, paralisam suas faculdades." Medicina e Salvao, pgs. 223, 224.
Captulo 17
Como Viver Sempre Com Sade Nesta segunda parte, consideraremos outros factores naturais de sade, alm do alimento. Deus colocou inmeros recursos ao nosso dispor para que gozemos a mais exuberante sade. E todos eles se acham nossa mo, ao nosso redor, na Natureza que nos cerca. Como guia e orientao para esta parte do livro, citamos as palavras de E. G. White: "Em caso de doena, convm verificar a causa. As condies anti-higinicas devem ser mudadas, os maus hbitos corrigidos. Ento auxilia-se a natureza em seu esforo para expelir as impurezas e restabelecer as condies normais no organismo." - A Cincia do Bom Viver, pg. 127 (Grifo nosso). Notemos os passos que devem ser dados em caso de doena: 1. Verificar a causa. Ns mesmos devemos investigar por que estamos doentes. por um regime alimentar imprprio? Acaso mantemos hbitos insalubres dos quais temos conhecimento? Seja o que for, devemos ter a coragem para no desculpar a ofensa praticada contra nosso corpo. Somos propriedade de Deus, e temos de dar contas da maneira como tratamos nossa sade. 2. Ento, devemos mudar as condies anti-higinicas: Sejam erros dietticos, ambientes poludos e imprprios, falta de arejamento suficiente ou de luz solar, poluio sonora ou outra qualquer coisa que possa produzir doena. E nosso dever mudar condies e circunstncias. 3. Corrigir os maus hbitos: Seja o vcio de fumar, beber, comer fora de hora, a toda hora, apressadamente. dormir tarde, dormir demais ou de menos, indolncia, falta de exerccio, falta de banhos frequentes, pensamentos impuros e vida impura, desconfiana, inveja, malcia, maledicncia, etc. So todos hbitos insalubres, que devemos corrigir para ter sade ou para sarar de doenas j instaladas no corpo. 4. A Natureza deve ser auxiliada em seu esforo. Aqui devemos buscar meios naturais de ajuda nossa natureza em seu esforo por expelir as impurezas. Primeiro, com determinados tratamentos naturais, podemos auxiliar o corpo a produzir reaces de expulso e limpeza. As toxinas e impurezas acumuladas e os micrbios que invadiram o corpo, devem ser expulsos. Sem limpeza do organismo, no pode haver cura, nem mesmo com os melhores alimentos do mundo. s vezes a pele est to inactiva que no desempenha seu papel na eliminao das impurezas; ou outros rgos internos, como o fgado, os rins e os pulmes se acham to enfermos que no realizam sua parte da obra de purificao do corpo. E a que os devemos ajudar, para que voltem sua actividade normal. Quais so os meios de que podemos lanar mo para realizar isto e conseguir a sade? S uma Fonte Correcta A resposta ainda de Ellen G. White. Dirigindo-se a um mdico, ela disse: "Existem muitos meios de praticar a arte de curar, mas s existe um meio que o Cu aprova. Os remdios de Deus so os simples agentes da Natureza, que no sobrecarregam nem debilitam o organismo." - Conselhos Sobre Sade, pg. 323. A medicina convencional adopta o uso de drogas que se tornam em sobrecarga ao organismo; e outras o enfraquecem. Parece que muitas no tm outra funo seno reunir as ltimas reservas do organismo j enfraquecido para socorrer em
emergncias, melhorando um rgo com prejuzo de outros. As drogas no restauram, mas destroem; elas no curam nunca. Mas os agentes da Natureza no atuam assim; eles do, em lugar de tirar. Por sua funo, as impurezas so eliminadas, para que o prprio organismo possa reagir e restaurar-se. Quais So Estes Agentes? Na continuao da citao acima, temos parte da resposta; e o restante dela em outros livros da mesma autora. "Os remdios de Deus so os simples agentes da Natureza. ... Ar Puro e Agua, Asseio, Regime Adequado, Pureza de Vida e Firme Confiana em Deus, so os remdios por cuja falta milhares de pessoas esto perecendo... Ar puro, Exerccio, Agua Pura e Moradia Limpa e Aprazvel, acham-se ao alcance de todos." - Ibidem. "Exerccio, e o livre e abundante uso do ar e Luz Solar - bnos que o Cu tem outorgado a todos ns livremente." - Idem, pg.54. "Deus tem feito que cresa a Erva no campo para uso do homem, e se compreendermos a natureza dessas Razes e Ervas, e fizermos correcto uso delas, no haver necessidade de correr ao mdico to frequentemente." - Medicina e Salvao, pgs. 230, 231. "Em muitos casos de molstia, o melhor remdio o paciente Jejuar." Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pg. 189. "Descanso, Ausncia de Cuidados, luz, ar puro, gua pura, e dieta frugal, tudo que necessitam para sararem." - How to Live, vol. 4:58. Temos assim, no correr das citaes acima, todo o material necessrio para compor nossa farmcia individual. Aqui esto todos os remdios de Deus para ns; todos os mdicos de que necessitamos. Na verdade, com estes recursos, bem poucas vezes precisaremos recorrer a mdicos, farmcias ou hospitais, embora estes tenham seu importante lugar na sociedade em que vivemos. Em resumo, so estes os remdios de Deus nos agentes da Natureza e nos recursos de nossa cooperao: Ar Puro - Luz Solar - Agua Pura - Asseio - Regime Alimentar Adequado - Jejum - Exerccio ao Ar Livre - Descanso - Morada Limpa e Aprazvel - Ervas e Razes - Pureza de Vida - Confiana no Poder Divino. Ao desenvolver estes temas, esperamos que eles nos possam ajudar a viver de maneira a ter uma radiante sade e, em resultado, ajudar outros a viverem assim. No pretendemos desenvolver ao mximo o assunto de cada um dos captulos seguintes, pois no nossa inteno tornar este livro uma obra tcnica ou um compndio de tratamentos naturais. H tantos outros livros que o fazem. Daremos apenas algumas instrues muito simples a respeito de uns poucos tratamentos naturais que qualquer pessoa pode aplicar sem equipamento complicado. Entretanto, insistimos com todos para que estudem o mximo possvel nesta linha, pois devemos abandonar as drogas e utilizar- nos dos recursos na Natureza.
Captulo 18
"Sob hiptese alguma devem-se privar as pessoas doentes de um completo suprimento de ar fresco. O ar fresco proporcionar muito maior benefcio s pessoas enfermas do que medicamentos, e muito mais necessrio a elas do que o seu alimento. Elas passaro melhor e se recuperaro mais depressa, quando privadas de alimento, do que quando privadas de ar." Conselhos Sobre Sade, pg. 55.
Captulo 18
Ar Puro e Como Us-lo O ar um dos mais importantes agentes da Natureza colocados por Deus nossa disposio, to precioso que precedeu na Criao o aparecimento de todas as formas vivas. Sem ele, no h vida. Ele tem que ver com inmeros aspectos da vida. O ar puro necessrio para a renovao do sangue. De momento em momento, o sangue chega aos pulmes carregado de venenos para serem expelidos, esperando a ser abastecido de oxignio para ser levado at s mais longnquas extremidades do corpo. Sem ele, a morte tem lugar em questo de minutos. Dele necessitamos vrios milhares de litros cbicos todos os dias para arejar todas as clulas do corpo, em percursos que totalizam perto de cem mil quilmetros em 24 horas. O ar importante at na nutrio. H nutrientes que no seriam aproveitados se no fosse a presena de oxignio. Os nervos sofrem sobremaneira na ausncia do ar puro. Mais ar, mais sade, mais disposio, mais alegria. Exerccios de Respirao No custa dinheiro, e toma apenas alguns minutos cada dia fazer algum tipo de exerccio de respirao. No prescrevemos nenhum procedimento rotineiro, metdico e de tempo fixo. Mas as pessoas que vivem nas grandes cidades tm vida muito agitada e complicada. Que bem lhes fariam 5 a 10 minutos de respirao forada, de preferncia cedinho! Experimente voc. Encoste os calcanhares no rodap da parede; depois, os quadris, os ombros e a cabea. Saia da parede assim erecto. Faa ento seu exerccio de respirao. Levantando os braos, inspire tanto ar quanto lhe seja possvel; segure-o por um tempo nos pulmes: 15, 30 ou mais segundos. Ento, abaixando lentamente os braos, v soltando esse ar. Inspire de novo, segure, solte, e assim por diante. H livros no comrcio que ensinam toda uma srie de movimentos, alm dos indicados aqui to resumidamente. No importa tanto se voc pode ou no fazer uma srie completa de movimentos respiratrios. Cinco minutos diariamente de exerccios simples para ajudar os pulmes, representam mais do que o nada que voc est praticando agora. Vamos, comece hoje mesmo, e voc ver quanto isto lhe vale. Mantenha-se erecto; ande assim; sente-se assim. Quando sentado, procure fazer os dois ombros tocarem o encosto da cadeira: veja que o peito esteja bem aberto. Isto lhe dar uma aparncia melhor, de mais juventude. Por que desenvolver uma corcunda? Por que andar curvado? Parece que andando erectos, temos mais facilidade para olhar para cima, para o cu, para Deus, para o optimismo. Tenho a impresso de que aquele que anda encurvado, com muita facilidade se acostuma a ajuntar pregos enferrujados, botes e alfinetes velhos, e s vezes umas moedinhas de poucos centavos; mas perde as nuvens coloridas, o Sol, a Lua, as estrelas, o sorriso dos que passam, e tantas outras coisas boas. Talvez voc tenha, ocasionalmente, de esperar algum. Por , que no aproveita os momentos para um moderado exerccio de respirao? Se o seu trabalho sedentrio, tome 2 ou 3 minutos, no fim de cada hora, para respirar profundamente. Isso aliviar a tenso nervosa e lhe facultar mais claros pensamentos para o trabalho mental. Voc professor? Comece a aula com todos os alunos de p, respirando profundamente por um ou dois minutos; e insista com os seus alunos para que levem a prtica para onde
quer que forem. Com isto, voc no s estar ajudando a si mesmo, mas espalhando entre centenas um bom hbito. Tambm as Roupas Use roupas bem arejadas. Ponha especialmente as roupas de cama estendidas num lugar em que possam ser banhadas por boa corrente de ar fresco. O ar mata milhes de micrbios. Nossas avs e mes costumavam estender diariamente os lenis e cobertores nalgum lugar em que apanhassem abundante ar, mesmo quando no havia sol. As camas s eram arrumadas depois que essas peas voltavam de fora. Para as mulheres daqueles tempos, no era to importante ter camas arrumadinhas o dia todo para exibir beleza e ordem; a sade de seus familiares pesava muito mais. Eu vi isto em minha casa at ficar moo. Mas no eram s os lenis e cobertores que iam para fora; tambm os pijamas e camisolas eram estendidos fora todos os dias. E uma vez por semana, o colcho era levado para fora. E claro que os colches de ento eram mais leves, feitos de capim, crina vegetal ou palha de milho. Mas era assim que as nossas mes procediam, embora talvez no entendessem nada de micrbios ou dos efeitos do ar para a sade. Uma coisa elas sabiam muito bem: as roupas arejadas diariamente ficavam mais cheirosas e favoreciam um sono reparador. Os Aposentos Tambm os aposentos, principalmente aqueles em que dormimos, devem ser bem arejados. As janelas devem ficar abertas as 24 horas do dia. Durante as horas de repouso, os dormitrios devem ter abundncia de ar, sem correnteza de vento. Quando a nica janela est em frente a uma porta interna, feche-se a porta para no permitir correnteza de ar, que muito prejudicial. Tambm nunca se ponha a cabeceira da cama debaixo de uma janela. O ar frio no deve cair directamente sobre a cabea durante o sono. Usem-se mais cobertas quando est frio, em lugar de usar ar poludo para aquecer. Alguns acham que o ar da noite prejudicial; mas o nico que existe nessa parte do dia. Se no usarem o ar da noite, que que vo usar? Esse ar to saudvel quanto o do dia, ou mais ainda. Em 1898, mdicos do exrcito americano, notaram que todos os soldados feridos acomodados em tendas ao ar livre, por falta de lugar no hospital, recuperavam-se em menos tempo que aqueles acomodados entre quatro paredes. E Ellen G. White endossa este fato em palavras que dirigiu a mdicos e enfermeiros: "A vida ao ar livre um meio de alcanar sade e felicidade. ... Encorajai os pacientes a viver fora das portas. Imaginai planos para mant-los fora, onde se familiarizaro com Deus por meio da Natureza. Ao fazerem exerccios ao ar livre, ter incio a restaurao do corpo, mente e alma. A vida ao ar livre, longe das cidades congestionadas, um restaurador da sade. O ar puro tem em si sade e vida. Ao ser respirado, exerce revigorante efeito sobre todo o organismo. ... "A vida ao ar livre um bem para o corpo e a mente. o remdio de Deus para a restaurao da sade. Ar puro, gua boa, luz solar, belos arredores - esses so os Seus meios para restaurao dos doentes sade, pelos meios naturais." - Medicina e Salvao, pgs. 232, 233. " Ar, ar, a preciosa ddiva do Cu, que todos podem ter, beneficiar-vos- com sua revigorante influncia, caso lhe no recuseis a penetrao. Dai-lhe as boas-vindas, tende-lhe afeio e ele se revelar um precioso calmante dos nervos. O ar deve estar em constante circulao para manter-se puro. O efeito do ar puro e fresco fazer com que o sangue circule de maneira saudvel atravs do organismo. Ele refresca o corpo e tende a
comunicar- lhe fora e sade, ao mesmo tempo que sua influncia claramente sentida sobre a mente, comunicando uma espcie de calma e serenidade. Desperta o apetite, toma mais perfeita a digesto dos alimentos e conduz a sono saudvel e tranquilo." Conselhos Sobre Sade, pg. 60. As Janelas Insistimos em que se tomem todas as medidas necessrias para que as janelas possam ficar amplamente abertas dia e noite. E claro que nas cidades uma janela sem proteco chama os ladres. E em qualquer parte do mundo, se no houver uma boa tela, os mosquitos no deixaro dormir. Mas considerem-se os milhes de pessoas que diariamente se levantam da cama com os olhos inchados, as faces descoradas, dor de cabea e sonolentas, mais cansadas do que quando se deitaram noite. Por qu? - Porque passaram a noite toda em dormitrios com pouca ou nenhuma ventilao, respirando o ar poludo expelido por outros membros da famlia, dentro do mesmo cmodo. Se continuassem deitados mais algumas horas nessas condies, no acordariam, provavelmente. Acaso essas pessoas se deram ao trabalho de perguntarem a si mesmas por que que, aps sarem ao ar livre, os olhos desincham, a palidez desaparece e passa a dor de cabea? Entretanto, que fazer para ter janelas abertas numa cidade em que os ladres andam s soltas? Argumenta-se que seria muito caro proteger as janelas de todos os dormitrios. De fato custa algum dinheiro. Digamos que, entre grade de ferro e tela contra os mosquitos, sejam gastos o qu? - O preo de uma consulta mdica? Talvez no seja muito mais que isto, porm ser uma despesa feita uma s vez para muitos anos. Mas a pessoa que dorme com as janelas fechadas ir muitas vezes ao mdico durante esses anos, e gastar na farmcia o dinheiro de muitas grades de ferro. Algum argumentar que mora em casa alugada e que no pretende deixar nela nenhuma benfeitoria. Pois bem, ainda assim, mais barato fazer a despesa, porque a sade da famlia deve ser mais preciosa que qualquer vantagem monetria. E afinal, a diferena ainda enorme: O produto do serralheiro deixa na parede insignificantes marcas que se encobrem, ao passo que as marcas da doena talvez nunca mais desapaream. Banhos de Ar Uma coisa muito preciosa, o banho de ar. Consiste em a pessoa se despir o mais completamente possvel e ficar alguns minutos ao ar livre. Esse banho pode ser feito no interior de um aposento, contanto que tenha abundante ar fresco, sem correnteza de vento encanado. Certamente, esse banho tomado fora de casa poder ser mais eficaz. Mesmo em temperaturas bem baixas, pode-se tomar esse banho com muito proveito. Pessoas muito nervosas e as que padecem de insnia deveriam tom-lo todas as noites antes de ir para a cama. A princpio, parece que no podero aguentar o frio, mas dentro de poucos minutos notaro que se sentem confortveis. Quanto mais fria a noite, parece que maior a sensao de calma e repouso. Ar Para Falar e Cantar Ningum poder falar e cantar convenientemente se no souber respirar ao faz-Io. Procure falar compassadamente e com boa dico; e medida que o faz, respire profundamente. Tente sentir o ar tocar o estmago. Quando os pulmes se dilatam como devem, expandem o trax e tocam o estmago. A voz melhora; ser mais fcil falar ou cantar.
Afinal, respire, respire, respire. E se o ar ao seu redor no bom, est poludo, mude-se para o mato, fuja dos grandes centros. S voc responsvel por permanecer onde ficar doente. Ningum nasce grudado num lugar ruim. Ele pode ir para onde quiser. Se voc insiste em morar num ambiente de ar corrompido, talvez ganhe dinheiro para gast-lo em doenas e na satisfao de uma vida arrebatada prematuramente.
Captulo 19
"A luz solar pinta os cus, d cor s folhas e tinge as flores. Sob sua genial influncia toda a Natureza viceja. Ela ultrapassa todos os demais agentes na restaurao da cor natural s faces descoradas e cadavricas de invlidos por longo tempo metidos em casa. Os banhos de sol so poderosos remdios para a doena, aplicados correctamente. Dr. J H. Kellogg, em Household Monitor of Health.
Captulo 19
Luz Solar e Vida ao Ar Livre A luz solar desempenha um papel muitssimo importante na manuteno da sade e na cura das enfermidades. Se no fosse pelo Sol, seus raios e sua luz, em pouco tempo toda a vida cessaria sobre a face da Terra. No pode haver sade plena sem sol e seus benefcios naquilo que comemos; pois os prprios alimentos que ingerimos precisam dele. Sobre os valores do sol em relao sade, escreve o Dr. Frederick M. Rossiter, em seu livro Practical guide to Health: "A luz solar o mais poderoso agente curador ou medicinal. Doenas da pele e malignas so muito menos comuns entre os que passam grande parte de seu tempo ao ar livre, expostos luz. Se o corpo inteiro pudesse ser diariamente exposto luz solar como o o rosto, o homem seria mais sadio e mais feliz. A luz promove a sade - as trevas, a doena. "Vrias horas todos os dias deveriam ser passadas ao ar livre. A luz solar acalma os nervos, relaxa os vasos sanguneos e armazena por reposio as energias desperdiadas. Ela o gratuito dom de Deus ao homem, e pode ser adquirida por apenas tom-la. Nenhum ser humano necessita ficar privado deste dom - o mais potente remdio da Natureza." Talvez uma das mais significativas importncias do sol esteja na contribuio dele para a formao da vitamina D, sem a qual o clcio e o fsforo dos alimentos de pouco ou nenhum valor seriam para o corpo; o raquitismo e outras doenas destruiriam a sade. ... Essa vitamina, embora possa ser conseguida por outros meios; especialmente no leo de fgado de peixe e leos irradiados, nada melhor do que obt-la atravs dos meios providos pela Natureza - os raios solares; e tambm mais barata assim. Alguns minutos diariamente de exposio do corpo desnudo ao sol, ou pouco mais tempo de exerccio sob os raios solares com roupas finas e claras, j fariam um grande bem na produo da Vitamina D. No que estejamos advogando aqui pouco tempo ao sol, e sim que, para aqueles que so muito ocupados e vivem enclausurados, um pouco de sol todos os dias seria melhor que nada. Doutro lado, queremos advertir contra os perigos a que esto sujeitas as pessoas que, apenas ocasionalmente, vo praia ou a outro lugar de divertimento ao sol e, sem estar preparadas para tanto, ficam o dia inteiro directamente sob os causticantes raios solares "fritando" a pele. Os resultados deste procedimento podem ter consequncias bem desagradveis, e no revelam nenhuma prudncia. Os principais lugares de armazenamento da Vitamina D so a pele, o crebro, o fgado, os rins, as supra-renais e outras glndulas. Mas a pele o depsito mais importante por ser tambm o seu veculo ou a sua fonte. De experincias com animais de laboratrio, verificou-se que aqueles que comiam animais sem pele, ficavam raquticos; mas logo que comiam animais com pele e plo, saravam. Isso demonstrou que na pele dos animais ingeridos estava a preciosa vitamina para curar os animais em cativeiro. Gordura Natural Para que os raios solares realizem sua obra benfica sobre a pele, preciso que ela no tenha sido desprovida de sua gordura natural. Se a pessoa se lava antes de sair ao Sol, os raios solares pouco; realizaro por falta de gordura; se se banha logo depois de voltar do sol, a vitamina D na pele no ter tido tempo de ser absorvida, e a exposio ao sol se tornou praticamente intil. At mesmo um banho frio aps essa exposio, anula a maior parte dos benefcios do sol.
As pessoas que se banham diariamente com gua muito quente e muito sabo, empobrecem a pele, porque eliminam toda gordura natural e favorecem a anemia, a insnia, o esgotamento nervoso e o raquitismo. Roupas e Aposentos Como j dissemos no captulo anterior sobre o ar, repetimos aqui quanto ao valor de se levarem diariamente para tomar sol as roupas de cama e os pijamas. Experimente-se a diferena que faz dormir com roupas arejadas e beijadas pelo sol. Durma-se em quartos que recebam luz solar todos os dias. Abram-se as janelas, afastem-se as cortinas para que o Sol entre como um bem-vindo. Talvez ele descore os mveis e tapetes, mas . acabar com os micrbios, dar vigor e sade aos membros da famlia e imprimir ao ambiente um tom alegre de vida e felicidade. Li algures que onde entra o sol no entra o mdico e, sem dvida prefervel o sol, e muito mais barato. Embora esta frase seja forada, no deixa de ter a sua verdade. O Banho de Sol Em The Seven Essenciais of Health, o Dr. Philip Welsh apresenta as seguintes consideraes: "O banho de Sol uma das mais deliciosas recreaes possveis. Alm do prazer do momento, oferece a satisfao de se saber que o corpo est bebendo e armazenando elementos vivificantes extrados do ar e dos raios solares. A luz solar o estimulante, o tnico e o agente medicinal da Natureza. Seu uso em combinao com outras ddivas da Natureza haveria de revolucionar nossos atuais mtodos artificiais de cura. "Quando se permite ao sol brilhar sobre a pele, ela rapidamente armazena no corpo uma tremenda quantidade de energia. Milhes de extremidades nervosas absorvem a energia radiante do Sol e a transmitem a todo o sistema nervoso. Esta a razo por que a gente se sente to cheia de energia e vida aps um banho de sol." Especialmente os doentes se devem servir deste maravilhoso remdio da Natureza. De Medicina e Salvao, copiamos a instruo seguinte: "Os doentes tm uma lio a aprender. ... Devem viver muito luz solar, que deve ter entrada em todos os quartos do edifcio." - Pg. 260. E de Cincia do Bom Viver, vem este outro conselho: "As instituies para o cuidado dos doentes seriam incomparavelmente mais bem sucedidas se fossem situadas fora das cidades. O quanto possvel, todos os que esto procurando recuperar a sade se devem colocar num ambiente campestre, onde possam fruir os benefcios da vida ao ar livre. A Natureza o mdico de Deus. O ar puro, a radiosa luz solar, as flores e as rvores, os pomares e vinhas, e o exerccio ao ar livre nessa atmosfera, so salutares e vivificantes." - Pg. 226. Quando no se est habituado ao sol, deve-se comear o banho por uma exposio de apenas alguns minutos. E ento, dia a dia ir aumentando o tempo da exposio por um ou dois minutos. No primeiro dia, no se deveria tomar um banho de mais de 5 ou 6 minutos; e ento acrescentar 1 minuto mais cada dia. No deve haver abuso, especialmente em se tratando de pessoas muito debilitadas. Enfim, que o sol seja realmente aquilo para que Deus o designou: Vivificar as plantas, sim; mas tambm e acima de tudo dar vida aos seres humanos. Os homens, as mulheres e as crianas se amontoam nas grandes cidades, em favelas, cortios, e apartamentos hmidos e escuros. Uns no tm janelas porque so pobres; outros fecham as janelas para que o Sol no descore seus mveis e tapetes; e ainda estes e aqueles preferem o escuro para que possam apreciar a TV o dia inteiro. E quando conseguem pensar em si ou percebem que o corpo clama, notam que os mveis e os tapetes no descoraram, mas o rosto sim. Ento vo ao mdico; depois farmcia, e
assim por diante, at que encontram um lugar mais escuro e sem sol, numa cova do cemitrio.
CAPTULO 20
"Quando consideramos as necessidades de gua de cada indivduo, imediatamente compreendemos que indubitavelmente ela nosso mais precioso mineral. A gua o mais essencial de todos os elementos de nosso corpo. Um animal pode perder toda a sua gordura e cerca de metade de suas protenas; mas se perder a dcima parte de sua gua, morrer." - Dr. Jonathan Forman, em Water and Man.
Captulo 20
gua Pura - Agua da Vida Por que ser que tudo em ns e ao nosso redor, abaixo de ns e acima de ns, tudo est envolto em gua? Ns somos mais gua que slidos; assim o mundo em que vivemos; assim tudo que organizado ao nosso redor. At o alimento que comemos, nunca faria parte de nosso ser se no sofresse um processo de liquefaco para entrar em suspenso aquosa em nossa corrente vital. O corpo precisa de gua no s por causa dos alimentos que ingere, mas tambm para seus processos de eliminao. No haveria nenhuma eliminao sem gua e o ser vivente morreria dentro de minutos se no houvesse eliminao. Grande nmero de pessoas sofre de vrios tipos de doenas que no existiriam caso usassem mais gua. Milhes de pessoas se queixam de priso de ventre, intestinos preguiosos, fgado, m circulao, m digesto, nervosismo, insnia, problemas da pele e outros. Quando se lhes pergunta quanta gua bebem, a resposta justifica a doena. No bebem gua; e quando o fazem, tomam-na em ocasies imprprias, em quantidade insuficiente e, na maioria das vezes, ingerem os condenveis refrigerantes em lugar da preciosa gua. A Bblia apresenta a gua em aspectos diversos: - Aguas vivas para purificao; guas correntes junto a pomares frutferos; guas frescas para viajores sedentos; guas que brotam do trono de Deus para dar vida; guas que uma vez experimentadas, saltam como de fontes para dessedentar outros; e at guas que dessedentam para sempre. Alguns aspectos so fsicos, e outros figurados. Mas em todos eles se ressalta o valor da gua e o tipo de gua que deve ser usado. Certamente, as guas usadas nas grandes cidades, por melhor tratadas que sejam, no so da espcie que se recomenda para a nossa sade. Por isso que a cidade no o melhor lugar para vivermos. Todos devemos procurar viver no campo, onde, entre outras coisas, poderemos fruir os benefcios de guas vivas no tratadas guas de fonte ou de um poo, no contaminadas. E ento, que se beba tanta gua quanto necessria para a despesa do organismo. Muitos estabelecem um mnimo de 8 a 10 copos de gua por dia como medida invarivel. Mas achamos que a quantidade depende de circunstncias mutveis. A Bblia diz: "Quem tem sede, ... beba." Parece que esta deve ser a primeira condio: ter sede. verdade que, como j dissemos acima, h pessoas que se desacostumaram de beber, e, portanto, no sentem sede. Neste caso, devem forar beber at voltarem a ser normais. Mas no razovel estabelecer uma medida fixa para a quantidade de gua que bebemos, assim como no se pode obrigar o corpo a aceitar em todas as refeies a mesma medida de alimento. Para comear uma reeducao do corpo quanto gua, recomendamos iniciar o dia com um copo ou dois ao levantar, outro tanto meia hora antes do almoo e do jantar, e tambm ao deitar. E para as pessoas muito nervosas, constipadas e com problemas de fgado, que a gua bebida em jejum seja aquecida, tomada aos goles. Bem pouca gua se deve tomar em outras ocasies, a no ser que se esteja fazendo muito exerccio sob calor abundante. Especialmente vetado, deve ser o uso de gua ou outro lquido com as refeies, sobre as refeies e logo aps as refeies. Como se recomenda moderao no comer, deve haver moderao no beber. gua em excesso, leva do corpo grande quantidade de vitaminas do complexo B. Quanto mais gua se tomar desnecessariamente, em particular as pessoas com problemas nas supra-renais, mais deficincias do complexo B haver. Os diabticos devem compreender
isto, para se proverem de alimentos ricos nestas vitaminas - cereais integrais e lvedo de cerveja - a fim de substituir os desperdcios. Quando se comem frutas e vegetais crus, diminui a necessidade orgnica de gua. Uma pessoa que se tenha alimentado s de frutas durante o dia, e especialmente frutas suculentas como abacaxi, laranjas, melo, mamo, ou que tenha comido saladas de hortalias cruas sem muito tempero, claro que no necessita de muita gua.
Captulo 21
"O tratamento pela gua, sbia e habilidosamente aplicado, pode ser o meio de salvar muitas vidas." - Medicina e Salvao, pg. 227.
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gua e Suas Aplicaes Curativas A gua usada externamente como agente curativo ou para alterar sintomas um dos meios mais antigos de tratamento que se conhece; contudo, pouco praticado porque no muito atractivo nem muito cmodo, apesar de sua tremenda versatilidade. Em verdade, podemos aplicar a hidroterapia, em suas muitas modalidades, em quase todo problema fsico. Demais, a gua de fcil obteno; um medicamento nossa mo. Desejamos aqui salientar que, absolutamente, no pretendemos tomar este captulo um tratado de hidroterapia. Para quem quiser ampliar seus conhecimentos neste sentido, h livros especializados. Os tratamentos que abaixo indicamos, so apenas uns poucos dos mais fceis, simples e proveitosos para os momentos de emergncia e que podem poupar muita despesa mdica facilmente dispensvel. Estes foram os tratamentos que eu mesmo apliquei em muitas ocasies nos ltimos 40 anos, s vezes em lugares totalmente desprovidos de recursos mdicos ou de farmcias, em sertes e vilas do interior. Se serviram nesses lugares e circunstncias, servem em qualquer parte do mundo. A gua produz no corpo alteraes fisiolgicas que redundam em benefcios incalculveis. Estas alteraes so classificadas como trmicas, qumicas e mecnicas: As trmicas so produzidas em resultado das aplicaes exteriores de gua acima ou abaixo da temperatura do corpo; as mecnicas, pelas aplicaes movimentadas de gua em jactos, borrifos ou outros impactos violentos; e as qumicas, as de aplicaes internas, tanto ingeridas como foradas atravs de lavagens intestinais. Estas aplicaes de gua em vrios tipos de tratamentos, melhoram grandemente a circulao e a respirao, e estimulam a produo de leuccitos, aumentando-os at mais de 60%, e favorecendo um rpido restabelecimento do doente em muitos casos agudos. Na lista de tratamentos ou aplicaes hidroterpicas que damos a seguir, no vai nada de profissional nem de tcnico; o que ensinamos so apenas indicaes simples que qualquer pessoa pode praticar sem nenhum equipamento sofisticado e mesmo sem nenhuma experincia anterior. Choque de Agua Fria - Este o mais barato, prtico e rpido meio de curar uma srie de males que afligem a muitos. E excelente para cortar uma gripe e tosse, eliminar completamente bronquite e sinusite, e um grande renovador das energias, ao mesmo tempo que calmante para os nervos. Primeiro, um banho frio todas as manhs, ajuda a manter a sade. Poucas doenas existiriam se todos praticassem este hbito diariamente em todas as estaes do ano, por mais frio que faa. Deve-se procurar adquirir um chuveiro possante com cano de entrada de uma polegada, se possvel, para que a gua tenha bastante presso. indispensvel que a pessoa saia da cama com o corpo bem quente e agasalhado at chegar ao chuveiro. Especialmente as mulheres devem ter tambm os ps calados para no pisarem directamente no ladrilho frio, a no ser que este tenha sido previamente bem molhado. Ento, abrir o chuveiro e entrar rapidamente sob a gua fria, friccionando alternativamente a nuca, a testa, acima do nariz, e o rosto na altura das conchas nasais. Tudo isto feito com a mxima rapidez e energia a fim de aquecer o corpo pelo movimento. Se restar coragem, faa-se ainda uma rpida frico no corpo todo com uma escova ou pano spero; mas dispensvel esta frico. O banho todo no deve durar mais do que uns 30 segundos.
Se a pessoa estiver muito doente, melhor que enxugue apenas os cabelos, caso no tenha usado uma touca plstica na cabea. Fique com o corpo assim molhado, enrole-se num roupo ou numa toalha grande, meta-se na cama imediatamente com bastante coberta para aquecer-se e permanea ali at enxugar-se com o calor do prprio corpo. No caso de no haver um bom chuveiro, com jacto abundante, algum pode jogar sobre o paciente um balde de gua fria, embrulh-lo num roupo e lev-lo para a cama nas condies acima indicadas. Para crianas muito pequenas, mesmo de semanas ou meses, sempre prefervel o jacto com um balde de gua em lugar do chuveiro. No h uma coqueluche ou outra tosse que resista a este tratamento; trs ou quatro banhos em dias seguidos, liquidam qualquer coqueluche. Em pessoas muito gripadas e at com febre, o banho no causar nenhum dano se estiverem com o corpo bem quente, o choque for rpido e voltarem imediatamente para a cama. Sempre nestes casos, obrigatrio o repouso de cama aps o banho. Se a gripe j est firmemente instalada, d-se um choque frio de duas em duas horas, seguido do dito repouso sob as cobertas. Sempre o mesmo processo: Tomar o choque, enrolar-se num roupo ou toalha, deitar e cobrir-se bem, repousar duas horas, voltar ao chuveiro, e assim por diante at sarar. Com poucos choques destes, o paciente dever estar em condies de assumir outra vez as suas actividades. importante que durante o tratamento o doente se alimente bem, to logo se sinta disposto a faz-Io. Ningum deve tomar o choque de gua fria se estiver com o corpo arrepiado de frio. Se for necessrio e a pessoa estiver em condies, faa um exerccio antes do banho a fim de aquecer-se convenientemente. Compressas Alternadas - As compressas alternadas quentes e frias so as mais eficazes armas a nossa mo para debelar uma quantidade de males que atormentam milhares de pessoas ao nosso redor. Tambm no custam seno alguns centavos gastos com aquecimento e pouco mais de urna hora de tempo diariamente. S no se aplicam estas compressas em regies do corpo com perigo de hemorragias ou com a possibilidade de abrigar tumores malignos. Tambm no convm aplic-las a crianas com menos de dez anos de idade, por no saberem dizer com preciso quando a compressa est quente demais. Tomam-se 3 toalhas bem grossas ou retalhos de cobertores pouco mais ou menos do tamanho de uma toalha de rosto ou meio banho. Dobram-se essas toalhas em 3 ou 4 dobras no sentido lateral. Uma delas posta imersa numa bacia com gua gelada; as duas outras, que sero usadas para as compressas quentes, tambm so dobradas como a primeira, molhadas e torcidas. Pe-se ao fogo uma panela de boca larga com uma peneira em cima dela e gua pela metade. Logo que a gua comece a ferver, coloca-se uma das tolhas dobradas sobre a peneira, cobrindo-a com a tampa da panela, a fim de guardar mais vapor. Enquanto se espera aquecer a compressa, deve-se preparar o doente, no muito distante do fogo, talvez na sala ou no quarto mais prximo cozinha. Digamos que o paciente sofra de bronquite. Ento a aplicao deve ser nas costas, na altura dos pulmes, ou seja, abaixo do pescoo e uns 10 centmetros acima da cintura. A toalha deve estar dobrada de maneira a abranger essa regio toda. Pois bem, deita-se o doente de bruos, coloca-se sobre a pele um pano fino, e sobre ele a primeira compressa quente, sem apert-la com a mo. E natural que o paciente reclame estar quente demais a compressa. Ento ela retirada, abanada e devolvida s costas do enfermo. Se ainda ele reclama estar muito quente, procede-se como anteriormente, at que ele a suporte sem se queixar. A se puxa para cima da compressa um cobertor, a fim de mant-la quente por mais tempo. Passados uns 4 ou 5 minutos, a primeira compressa dever estar em condies de ser substituda pela segunda. O prprio doente poder avisar quando a
compressa j est quase fria. Aps a segunda compressa, segue-se uma terceira igualmente quente; e ento a vem uma compressa gelada. Tira-se aquele pano fino que intermeava as costas e as compressas quentes, e se coloca a compressa gelada directamente sobre a pele do paciente. Esta compressa permanece ali por apenas um minuto ou pouco mais. Ento se aplica a quarta compressa quente, e a quinta, e a sexta; e a seguir, outra vez a gelada. E assim por diante: Trs compressas quentes e uma gelada, at completar 12 quentes e 4 frias. O tratamento completo deve durar pouco mais de 60 minutos. Ao terminar o tratamento, bom cobrir o local das compressas com um pouco de talco. melhor que o tratamento se faa noite e que o doente continue deitado para o repouso nocturno. Assim se procede cada noite, at que a pessoa esteja completamente boa. Se for uma bronquite antiga, talvez seja necessrio prosseguir o tratamento durante um ms ou mais. Muitas pessoas que frequentemente eram levadas para o Pronto Socorro e colocadas no balo de oxignio, sararam completamente com essas compressas alternadas. Elas podem ser aplicadas nos casos de clicas hepticas, inflamao do fgado, do bao, do estmago e outros rgos, ou para activar a funo do estmago, intestinos, rins e a pele. E claro que para cada caso, as compressas sero aplicadas sobre a parte do corpo em cuja regio esto os rgos que queremos beneficiar. Nos casos de intoxicao ou envenenamento por ingesto de alimentos estragados ou de txicos, depois de prestar os socorros usuais, devem aplicar sobre o estmago uma srie dessas compressas; elas devem abranger toda a rea do fgado, estmago e bao. Se o envenenamento for devido aspirao de ar txico, afectando a respirao, apliquem-se as compressas sem demora nas costas sobre os pulmes, como no exemplo dado para bronquite. Em poucos minutos, o paciente estar respirando normalmente. Compressas Aquecedoras - As compressas aquecedoras so aplicaes simples que, em alguns casos, podem ser usadas em lugar das alternadas, por aqueles que no dispem de tempo ou condies para estas. Mas tambm tm outros usos. Digamos que uma pessoa sofra de inflamao no fgado. Molha-se em gua fria e torce-se uma toalha de rosto, dobrando-a duas ou trs vezes, e colocando-a directamente sobre a pele na regio a ser beneficiada. Neste caso, a compressa abranger tambm o estmago e o bao, alm do fgado, de modo a tornar-se mais proveitosa. Sobre a toalha se estende um pedao de plstico, para evitar que molhe a roupa e a cama; e ento sobre isso se enrola uma faixa larga para prender a compressa fria bem ligada ao corpo. Sem pressionar demasiadamente a pele e impedir a circulao, a compressa deve, contudo, estar bem encostada ao corpo para evitar que o ar se interponha. Se ficar muito frouxa, o ar frio a toma ineficaz, alm de desagradvel. Essas compressas podem ser aplicadas sem nenhum risco em qualquer caso de inflamao do estmago, fgado, bao, intestinos, bexiga, rins, amgdalas, pancadas nos vrios membros do corpo, dor de cabea ou dor de dentes. Vamos supor que uma criana no possa dormir devido a uma dor de dente. Molha-se em gua fria um leno dobrado, torce-se e coloca-se no rosto sobre a regio do dente que est doendo. No preciso enfaixar o rosto para prender o leno. Dentro de 10 minutos a criana estar dormindo. Se ela voltar a chorar durante a noite porque o leno secou ou caiu. No caso de uma pessoa com a garganta inflamada ou com amigdalite, toma-se um leno de homem dobrado de maneira a cobrir toda a frente da garganta, de uma orelha a outra; o leno molhado e torcido, colocado directamente sobre a pele, e sobre
ele se enrola uma faixa ao redor do pescoo. E poucos minutos aps a aplicao dessa compressa, o paciente deixar de tossir; e caso volte a tossir, porque a compressa secou. Ento se repete a operao para que ele durma e deixe os outros dormirem tambm. Como dissemos acima, as compressas aquecedoras podem ser aplicadas no caso de vrios problemas fsicos em adultos e crianas. Sem nenhum inconveniente ou contra-indicao, elas podem ser aplicadas em crianas at de poucos dias. Escalda-ps - Tratamento simples e faclimo. Colocam-se duas latas ou dois baldes ao p do fogo: - uma com gua quente e outra com gua fria; nesta se adicionam alguns cubos de gelo para tom-la mais fria. Ao mesmo tempo se mantm no fogo uma panela de gua fervente. Metem-se os ps na gua quente, e se vai sempre acrescentando mais gua, to quente quanto for possvel suportar. Depois de 5 .a 8 minutos, mergulham-se os ps na gua gelada por cerca de um minuto ou pouco mais. Voltam os ps para a gua quente por mais 5 a 8 minutos, e depois para a gua fria. E assim por diante, sempre alternando, durante uns 40 a 60 minutos. Se esse escalda-ps for feito com o propsito de suar ou de fazer abortar uma gripe, aconselhvel tomar durante o tratamento 4 ou 5 copos de uma limonada quente, sem acar, ou outro ch quente. Mas de qualquer maneira, visto como o tratamento produz algum suor, indispensvel termin-lo com um rpido choque de gua fria ou com uma frico de gua fria em todo o corpo. E importante que no se apanhe nenhum vento depois dessa aplicao. O simples escalda-ps pode ser usado para melhorar a circulao, para uma pertinaz dor de cabea, para fazer regredir uma gangrena resultante de algum ferimento nos ps, para inflamaes ou reumatismo nos ps e pernas, e outros fins. Em casos de insnia, nervosismo, m digesto, ps frios, etc., o escalda-ps um excelente tratamento. Num Tipo de Gangrena Certa vez voltava eu de uma cansativa viagem a cavalo, em companhia de outro senhor. Isto foi h quase 40 anos. Eu cavalgava uma velha gua de carroa, mais dura que um pilo, e j havia suportado, nas ltimas 30 horas, o sacrifcio de mais de 60 quilmetros. Na ltima lgua de estrada, um cavaleiro apressado nos alcanou. Ele era conhecido do meu companheiro. A princpio no dei muita ateno conversa dos dois, visto como s estava interessado em chegar, apear, tomar um banho e cair na cama. Mas a ouvi que o cavaleiro ia estao da estrada de ferro passar um telegrama para o nico mdico da mais prxima vila, a fim de que viesse ver o filho do fazendeiro, que estava multo mal. Ora, considerei: Esse mdico s poderia chegar ali 26 horas depois, porque s havia para l um trem por dia, e nenhum outro meio de transporte. Ento fiz quele senhor algumas perguntas sobre o doente, e tirei a minha concluso. Disse-lhe que temia que o mdico no chegasse em tempo para salvar o rapaz. E acrescentei: "Se o senhor me arrumar um bom animal na vila, voltarei estes 20 quilmetros e farei o possvel para salvar o doente." Chegamos vila, tomei banho, jantei, fui farmcia comprar uns ingredientes para fazer uma pomada simples, enquanto esperava o animal prometido. Com aquele senhor voltei para o stio, e l chegamos s onze da noite. Ali encontrei um moo de 20 anos de idade, ardendo em febre, com um p apodrecendo, sem a menor higiene, e uma veia congestionada azul-negra atingindo a altura do joelho.
Achei que o nico recurso de que podia lanar mo era o escalda-ps. Derreti em gua fervente um pedao de sabo de cinza, acrescentei gua suficiente para lhe mergulhar o p at o meio da perna, e procedi ao tratamento como indicado anteriormente para escalda-ps. Depois de uns quarenta minutos, aquele filete azul comeou a baixar at desaparecer completamente nos prximos trinta ou quarenta minutos seguintes. Continuei o tratamento at completar duas horas e at que o tamanho do p se reduziu a menos da metade. Removi da ferida todos os pedaos de carne em decomposio e recomendei que aplicassem mais dois tratamentos no dia seguinte, e ainda nos dias imediatos, at ele ficar bom. A febre baixou, e o rapaz estava com bom aspecto. A uma e meia fui me deitar, para levantar-me duas horas depois e enfrentar sozinho a viagem de volta, numa madrugada de cu espectacularmente estrelado. Eu no estava cansado, e parecia que as estrelas todas se haviam reunido ali para festejarem comigo por uma vida salva. Eu sabia que havia cumprido o meu dever. Eu precisava embarcar no nico trem da manh para cumprir meu itinerrio, mas soube mais tarde que o doente ficara completamente restabelecido. Sauna e Vapor - Para quem mora numa grande cidade como So Paulo, Rio de Janeiro e outras, no difcil encontrar uma casa de banhos que oferea os benefcios de uma sauna e do banho de vapor. Mas esses tipos de banho, a ttulo de tratamento, merecem alguns conselhos. Muitos os tomam para limpeza apenas. E so bons para isso, pois limpam bem os poros. Outros os tomam para reduo de peso. Mas para obesidade, bom que se esclarea, esses banhos no so curativos; so somente redutores de algumas gorduras e principalmente de gua retida no corpo. Como a obesidade resultante de um desequilbrio glandular e de erros de nutrio, ou mau aproveitamento dos alimentos ingeridos, a gua voltar a ser retida e a gordura a ser fabricada e depositada, no importa quanta sauna se pratique. Gordura desnutrio, e no supernutrio. Portanto, o obeso precisa curar-se. Entretanto, o banho de sauna ou o de vapor, mas especialmente o de sauna, tem um grande valor para a sade; ele tem efeito repousante sobre todo o organismo, alm de ser curativo e poder ser usado em todos os casos de resfriados, bronquite, reumatismo, dores lombares, fadiga, insnia e nervosismo. Pratica-se o banho assim: Entra-se na cabina de sauna ou vapor, ali permanecendo at haver suado uns 5 ou 10 minutos; ento se toma um rpido chuveiro morno e se mergulha na piscina. Volta-se sauna e piscina, sempre alternando, trs ou mais vezes, e depois se repousa ou dorme um pouco. Se houver disposio aps o repouso, volta-se sauna e piscina mais algumas vezes, e se vai embora. Mas neste caso, aconselhvel tomar meio copo com gua e uma colherinha de sal antes de voltar sauna. Toda vez que se sua abundantemente, bom substituir parte do sal desperdiado, para evitar uma dor de cabea e cansao. No caso de pessoas com problemas de corao, o frio e o quente devem ser alternados com mais frequncia, reduzindo o espao de tempo que se permanece no quente. Tais pessoas no devem nunca tomar suador numa caixa de vapor ou outro calor em que a cabea esteja de fora. Quando o corpo esquenta por igual, inclusive a cabea, h menos perigo de desmaio. Regularmente, no se deveria tomar mais que uma ou duas saunas ou vapor por semana na forma indicada acima. Uma pessoa forte, entretanto, pode faz-Io diariamente, mas no prolongado como o indicado. Que seja apenas o bastante para transpirar sem ir exausto.
Cabina de Vapor em Casa Uma cabina de vapor no difcil de ser construda em qualquer pequeno espao em casa. Pode-se faz-la em estilo permanente, caso se tenha um espao para isso; ou uma desmontvel, para usar em qualquer banheiro. O prprio box do banheiro pode ser adaptado para isso. Precisa-se apenas de um pequeno fogareiro, sobre o qual se coloca uma lata com tampa de presso. (Uma lata desocupada de leite ou de cera). tampa se liga um cano de metal ou plstico fechado na extremidade exterior, e perfurado com muitos furos pequenos em toda a parte que fica dentro da cabina. No caso de uma cabina desmontvel, sobre a parte perfurada do cano, arma se um trip de madeira coberto com um pedao de plstico ou uma lona. Dentro dessa espcie de barraca, coloca-se uma cadeira ou um banquinho para o paciente sentar-se. Ento se pe gua na lata at ao meio, e se acende o fogo. Logo que a gua comear a ferver, o vapor comear a encher toda a barra- ca. Por este mtodo simples qualquer pessoa, por mais pobre que seja, poder ter em casa sua prpria cabina de vapor; e a, toda a famlia poder gozar dos benefcios de um banho de vapor. Especialmente aqueles que vivem nas cidades, precisam de um meio para suar abundantemente uma ou duas vezes por semana. Que ao sair da cabina de vapor, tenha-se sempre o cuidado de finalizar o banho por um choque de gua fria, e no se apanhe vento ou corrente de ar encanado. Banho de Assento - O banho de assento, em qualquer de suas formas, opera maravilhas. Todas as razes desse poder no podem ser explicadas seno com base no fato de que, no baixo ventre, esto localizados os principais terminais do corpo no processo de eliminao fecal e urinrio, e tambm a esto os mais influentes rgos com maior sensibilidade nervosa - os rgos de reproduo. Podendo ou no explicar, afirmo que com esses banhos realizei os maiores milagres de minha experincia no tratamento de doentes. Esse banho tem vrias modalidades, mas ns falaremos de apenas trs, a mais importante das quais a que o Dr. Vander chama de: Banho Vital O banho vital em geral tomado numa banheira prpria, quase: sempre fabricada de madeira; mas na falta desta, qualquer bacia funda, em que caibam uns 20 litros de gua, serve para esse fim. Dentro dessa bacia, coloca-se um banquinho, e enche-se a bacia de gua fria em temperatura normal at quase atingir o nvel do assento desse banquinho. Sentado no banco, o paciente, com uma esponja ou pano na mo, fricciona suavemente o baixo ventre sem parar durante 15 a 30 minutos, sempre molhando de novo o pano. Cada vez que ele molha o pano e fricciona o ventre, alguma gua escorre sobre o rgo genital, causando nele impactos benficos. Este tratamento pode ser repetido duas a seis vezes por dia; mas nos casos crnicos bastam duas ou trs vezes. Especificamente para urticria ou uma alergia comum, recomendamos repetir o tratamento cada duas horas, tantas vezes quantas necessrias at desaparecer o ltimo vestgio do mal, o que poder ocorrer com o quinto ou sexto banho. O banho vital pode ser usado em praticamente qualquer doena, sem nenhuma contra-indicao. Se estiver muito frio, bom que se agasalhem os ps e as pernas at aos joelhos; no caso de o paciente estar com os ps gelados, estes deveriam ser colocados numa bacia com gua bem quente, durante todo o tratamento. Na falta de banheira apropriada para o banho vital, serve at um bid de banheiro para as doenas mais simples, como alergia, etc.
Outra Modalidade Nos casos agudos muito graves, recomendamos que no se utilize o banquinho, mas que o doente sente no fundo da bacia, com gua pelo umbigo. Ento se fazem os mesmos movimentos acima indicados, friccionando o baixo ventre, durante duas horas sem parar, porm trocando a gua da bacia de meia em meia hora. Deixa-se o doente repousar cerca de duas horas, e ento ele volta ao banho para mais duas horas, e assim sucessivamente at que apresente melhora positiva. Banho de Assento Quente - Nos casos de inflamao das vias urinrias, dos ovrios, prstata e intestinos, no havendo nenhum tumor em desenvolvimento, o banho de assento quente muito oportuno. Esse banho tomado numa bacia funda que d gua pelo umbigo, e a durao de at 40 minutos. Sempre deve terminar-se o banho com uma boa frico fria. Se a paciente estiver menstruada, no pode tomar esse banho: tampouco o podem as pessoas com hemorridas. E melhor que esse banho assim prolongado seja feito noite, antes de ir para a cama. Mas para aplicaes mais rpidas e mais frequentes, o banho de assento quente no deve ter durao superior a 5 ou 10 minutos. Enfaixamento a Frio - Forra-se a cama do paciente com um plstico; molhamse em gua fria e torcem-se dois lenis dobrados. Estende-se um deles sobre o plstico, deita-se o doente, cobre-se com o outro lenol e procura-se aconchegar bem os lenis ao corpo do paciente; pe-se mais um plstico antes das cobertas para evitar que estas se molhem. O nmero de cobertas sobre o paciente, depende da finalidade do tratamento. Se a razo do enfaixamento for para baixar a febre, no se usam mais cobertas do que as necessrias para manter o doente confortvel. Enquanto a febre no ceder, durante at umas duas horas, trocam-se os lenis aquecidos por outros frios cada 15 ou 20 minutos. Se o propsito do tratamento for fazer o doente suar, ento se usam mais cobertores. Para saber quando ele comea a suar basta observar-lhe o lbio superior: Quando ali brotam as primeiras gotas de suor sinal de que comeou a suar. Ento se marcam uns 15 minutos mais, para deix-lo suar abundantemente. A, com uma bacia de gua bem fria e uma esponja, comea-se uma frico rpida, a partir dos braos, que so enxugados imediatamente; depois o tronco friccionado, enxugado e vestido, antes de prosseguir; e por fim se friccionam as coxas, as pernas e os ps, enxugando-os e vestindo-os. A cama trocada e o doente deitado com apenas o necessrio para sentir-se bem. Esse um tratamento muito satisfatrio para doenas debilitantes, anemia, tuberculose, inactividade do fgado, estmago e intestinos. Produz no doente uma verdadeira renovao das energias e activa a circulao. Lavagem Intestinal - Este um tratamento que tem seu lugar na medicina do lar, com muitas vantagens e resultados indiscutveis. Sempre tenho defendido o princpio dos recursos naturais, sem aplicar ao organismo nenhuma violncia. Uma lavagem intestinal um ato de violncia, que s deve ser praticado quando os outros meios falharam ou quando se vai tratar um doente que no est em condies de esperar pelas reaces naturais, que so demoradas. Em geral, o uso dirio de uma colher das de sopa de sementes de linhaa tem sido o bastante para os intestinos se habituarem a livrar-se dos dejectos. As vezes necessrio continuar o procedimento por muitos meses, fazendo com que tambm o regime alimentar colabore para o mesmo fim. Mas no caso de no haver outro recurso melhor, a lavagem intestinal perfeitamente recomendvel. Proveja-se um vaso irrigador com capacidade para um litro e meio ou dois de gua; um tubo de borracha de um metro e meio de comprimento com torneira e bico; e uma sonda prpria, de cerca de 4 centmetros.
H vrios tipos de lavagem intestinal, mas em todos eles, a gua deve ser fervida previamente e resfriada at temperatura desejada; usualmente, morna. Experimenta-se a gua com a ponta do cotovelo limpo. Mas h casos em que convm que a gua esteja to fria como a que se bebe; para baixar a febre, por exemplo. Para a Limpeza dos Intestinos Toma-se meio litro de gua bem quente e se dilui nela um pouco de sabo em pedra. Com uma pedra de sabo na mo, mexe-se a gua algumas vezes at que esta fique quase imperceptivelmente leitosa. Depois, deixa-se que ela esfrie at temperatura desejada de uns 27 a 30 graus, quando introduzida no recto com a sonda, que deve penetrar o mais fundo possvel. Unta-se a sonda para favorecer a introduo. Depois de introduzir essa gua, bom fazer uma leve massagem nos intestinos, antes de forar a evacuao. Deve-se procurar evacuar o mximo. Aps essa operao, introduz-se nos intestinos mais um litro e meio de gua pura; mas pode ser tambm gua de camomila ou, o que muito recomendvel, gua em que se tenham fervido umas duas colheres das de sopa de sementes de linhaa, devidamente coadas. Procura-se segurar nos intestinos essa gua por alguns minutos, e ento se fora o esvaziamento completo. Deve-se ter o cuidado de ficar no vaso sanitrio o tempo necessrio para que todas as fezes sejam evacuadas. Se nos intestinos permanecerem fezes diludas em gua, isso poder ocasionar forte dor de cabea; e o tratamento, em lugar de ser benfico, ter efeito contrrio. Uma lavagem intestinal devidamente aplicada, poder tomar mais de 60 minutos; mas no se tenha pressa; muitas vezes, depois de se pensar que j esto limpos os intestinos, com um pequeno esforo ainda se evacua mais. Para Baixar a Febre Procede-se como na primeira parte do anterior, introduzindo a gua com sabo para fazer a limpeza. Depois da evacuao, introduz-se outro meio litro de gua pura ou em que se tenha cozinhado camomila ou linhaa. Mas esta segunda gua deve estar bem fria, para refrescar os intestinos. Lavagem Curativa Depois do meio litro de gua com sabo, como nos anteriores, introduz-se meio litro de suco de algum vegetal curativo, como por exemplo, cenoura para inflamaes, ou agrio para catarro e tuberculose intestinal, podendo ser tambm alfafa ou comfrey (consolda). No caso de lavagens em crianas, regula-se a quantidade de gua de acordo com o tamanho delas. Uma criana de bero no precisa mais que meia xcara de lquido, aplicado com uma seringa de borracha prpria para esse fim. Toda me deve ter em casa uma dessas seringas; e logo que a criana apresente sinais de que os intestinos no esto funcionando bem, o clister deve ser a primeira providncia, em lugar de correr farmcia. A melhor posio para se receber uma lavagem intestinal assim: O paciente se ajoelha e depois se debrua at encostar a cabea no cho. Nessa posio, ele introduz a sonda no recto. As lavagens intestinais so um excelente meio de curar, sempre preferidas e muito superiores aos laxantes. Mas h o perigo de acostumarem os intestinos a s se livrarem dos dejectos mediante sua aplicao. Demais, elas tambm lavam alguma flora intestinal. Portanto, embora necessrias muitas vezes, no de vem tomar-se um hbito. Procure-se corrigir os erros que obrigam esse fim.
H muitos outros usos para a gua, mas no nos queremos estender mais. Para encerrar este captulo, queremos mencionar apenas mais um tratamento que, embora no seja influenciado pela gua, precisa de gua para sua aplicao: - O Barro - O barro ou argila outro poderoso elemento curativo. pena que ele seja to desconhecido do homem, que era barro e ao barro tomar. So rarssimos os hospitais que o usam para tratamento de seus pacientes, quando seus usos deveriam ser largamente divulgados. Certa vez eu estava no campo com outros, em base de mutiro, trabalhando nos preparativos para a construo de um hospital. Enquanto isso, um grupo de crianas, s de short, se divertia num bosque prximo. De repente, algum pediu que eu corresse para socorrer um menino de 7 anos de idade que, subindo numa rvore, batera com a cabea numa enorme vespeira. As vespas haviam-no picado da cabea aos ps. Calculei que ele teria recebido mais de duas ou trs mil picadas. Quando cheguei onde estava deitado, ele j estava inconsciente e com poucos sinais de vida. Eu sabia que a morte era questo de minutos. Algum me sugeriu que o levasse cidade, quase 20 quilmetros distante. Ele nunca chegaria vivo l. Mandei dois homens cavarem rapidamente um buraco no cho e misturar a terra com um pouco de gua. Imediatamente deitamos o menino no barro, enterrando-o completamente, inclusive parte da cabea e do rosto, deixando fora apenas os olhos, boca e nariz. Pois bem, com cerca de 20 minutos ele abriu os olhos; ento lhe ordenei que ficasse bem quieto. Deixamo-lo ali mais uns 30 minutos. A ele mesmo disse: "J estou bom; podem me tirar daqui." Demos-lhe um banho e ele saiu para continuar a brincar com os colegas. Os sinais das picadas das vespas desapareceram instantaneamente, e no sobrou nenhuma inflamao. Tenho usado barro para muita coisa. Para queimaduras, no h coisa melhor; ningum precisaria levar pela vida as suas cicatrizes, se recorresse ao barro to logo se sente queimado. O barro no tem rival para a cura de inflamaes dos ovrios, tero e vagina, e nos corrimentos de vrias origens; com aplicaes no baixo ventre e no vo das pernas, abrangendo o rgo genital, os resultados so positivos e se podem verificar em poucos dias. Nas inflamaes do estmago, do fgado, dos intestinos; para sinusite e outras inflamaes; e tambm para pancadas que firam membros ou regies externas, picadas de insectos e animais venenosos, em quaisquer destes casos, o barro ocupa sempre o primeiro lugar. E com uma grande vantagem sobre as aplicaes de calor: - o barro no oferece nenhum perigo no caso de haver um tumor maligno em desenvolvimento sob a inflamao que se est tratando. Qualquer barro serve para as aplicaes, contanto que seja limpo e cavado abaixo do humo. Alguns autores acham que s argila se presta para os tratamentos, mas no real. Tenho usado qualquer barro de qualquer cor, bastando que no tenha pedras, areia, saibro ou impurezas. O barro bom tambm em aplicaes sobre os olhos, para debelar inflamaes e irritaes. Sempre se deve molhar a terra at uma consistncia que no fique escorrendo gua; mas ao mesmo tempo deve ter liga. Cobre-se a pele do paciente com uma camada de quatro, cinco ou mais centmetros de altura em todos os casos de menos durao. Mas quando recomendvel passar a noite com uma compressa de barro, ento basta uma camada de um ou dois centmetros de espessura, coberta por um plstico e uma toalha, e depois enfaixada. Para estes casos a argila melhor que o barro comum; tem melhor liga. O barro tira a dor de uma pancada ou de uma queimadura no exacto instante em que encosta no ferimento. No h nenhuma outra coisa que tire a dor mais
rapidamente. Ele o mais precioso dos recursos da Natureza para curar e para aliviar os sofrimentos.
Captulo 22
"0 escrupuloso asseio indispensvel tanto sade fsica como mental. Impurezas so constantemente expelidas do corpo por meio da pele. Seus milhes de poros ficam pronto obstrudos, a menos que se mantenham limpos mediante banhos frequentes. ... "Tambm importante que a roupa esteja sempre limpa. O vesturio usado absorve os resduos expelidos pelos poros; no sendo frequentemente mudado e lavado, sero as impurezas reabsorvidas." - A Cincia do Bom Viver, pgs. 275, 276.
Captulo 22
Asseio Pessoal O povo de Deus deve ser um povo limpo. A Bblia bem clara a este respeito. Faz parte das leis espirituais como das higinicas ser limpo. Sem limpeza no haver sade, e sem sade por negligncia da higiene no haver genuna religio. So Paulo diz: "Tendo os coraes purificados da m conscincia, e o corpo lavado com gua limpa." Heb. 10:22. Devemos planejar ter periodicamente nossos banhos de limpeza: duas ou trs vezes por semana, nos climas temperados, e diariamente nos climas quentes. Que nessas ocasies procuremos limpar cuidadosamente cada parte do corpo. Mas a gua, quando quente, no deve ser excessivamente quente, para no eliminar toda gordura natural da pele, especialmente no inverno. Aqueles que vivem em lugares muito frios e em grandes altitudes, sero os mais prejudicados se frequentemente eliminarem toda a gordura da pele por banhos muito quentes e muito sabo. Mas independentemente dos banhos de limpeza, podemos ainda tomar todas as manhs um rpido banho de chuveiro frio ou uma vigorosa frico com esponja molhada em gua fria. Este banho um grande revigorador de todo o organismo. Aps um banho quente, deve-se evitar apanhar uma corrente de ar frio. Para evitar um resfriado ou coisa pior, deve-se ter como regra nunca terminar um banho quente sem um rpido choque de gua fria. Se no se suportar um chuveiro frio nessas ocasies, ento que se aplique uma frico com esponja molhada em gua fria. Os Ps Os ps devem ser lavados diariamente, e muito bem lavados, para eliminar todo o mau cheiro e todas as impurezas. A sola dos ps e as unhas devem ser escovadas, nessas ocasies, para oferecerem urna limpeza completa. Pelos ps so eliminadas grandes quantidades de impurezas, pois neles que se localiza a maior concentrao de poros de todo o corpo. Assim, eles merecem uma ateno especial. As Unhas Cuidado com as unhas das mos. Nelas se podem abrigar colnias inteiras de germes perigosos. Elas devem estar sempre bem aparadas e limpas; no convm t-las compridas, por mais que a moda insista. A sade merece a preferncia. Os Dentes Os dentes devem ser escovados aps cada refeio; e se algum cometer o erro de chupar uma bala ou tomar um refrigerante entre as refeies, deve escov-los novamente. Qualquer poro de acar que fique na boca, produzir fermentao e causar decadncia nos dentes. A Roupa A roupa deve ser sempre limpa, especialmente as peas de uso interno, aquelas que esto em contacto com a pele. No se deve tolerar roupa suada de um dia para o outro em contacto com o corpo. Todos os micrbios nessa roupa podem ser reabsorvidos atravs dos poros, caso se insista em usar peas j contaminadas pelo uso. H ocasies em que as roupas internas devem ser substitudas diariamente e at mais de uma vez por dia. Mas tambm as roupas externas merecem ateno, para que estejam sempre em condies de boa apresentao.
Mes que so desleixadas com sua roupa em casa enquanto trabalham, do aos filhos um mau exemplo. As crianas devem ser, ensinadas, desde cedo, a andar limpas e a serem cuidadosas com seu vesturio e com sua aparncia pessoal, quer estejam sozinhas ou na companhia de estranhos. Principalmente, que nunca manuseiem alimentos com mos por lavar. Este um trabalho de educao que exige permanente vigilncia e insistncia por parte das mes. No fcil, mas possvel. Asseio e ordem uma lei do Cu, alis, a primeira lei. Os filhos de Deus devem ser asseados e ordeiros. Faam os pais questo de imprimir em seus filhos estes princpios. O asseio em todas as suas formas deve ser uma constante em toda casa, em toda famlia, em todo indivduo, para que tenha sade. Demais, ele contribui para que em todos aumente a sensao de felicidade. Usando Recursos Artificiais Nos casos de pessoas com problemas na pele por vrias razes, muitas vezes tero de usar algum recurso artificial para corrigir esses problemas, quer seja no caso de pele muito seca ou muito hmida, muito oleosa ou desprovida de gordura. E claro que todas essas anormalidades so indcio de falta de sade, que se corrige readquirindo a sade. Mas enquanto se espera chegar a isso, razovel que recorramos a algum creme nutritivo de boa qualidade, o mais natural possvel, uma gua de aveia ou outro recurso desta espcie. H mesmo lugares de climas to violentos e com variaes tais de temperatura, que se tem de usar constantemente algum tipo de proteco pele, o que, de maneira alguma, contraria os princpios de sade, contanto que o produto usado proteja realmente.
Captulo 23
" obvio nos alimentos, assim como em qualquer outra coisa, que a qualidade significa muito; e se podemos comer alimentos de boa qualidade teremos sade." - Lord Teviot, em Agriculture and Food Values.
Captulo 23
Regime Alimentar Adequado Embora o ar seja mais necessrio que o alimento, este o mais importante dos remdios de Deus, pelo menos melhor que qualquer outro medicamento. Assim, preciso que demos a ele um lugar de destaque em nosso planejamento para ter sade. Mas como j falamos extensivamente sobre isto na primeira parte deste livro, daremos aqui ao alimento apenas o lugar que lhe pertence na lista dos remdios da Natureza que estamos considerando, e acrescentaremos resumidamente alguns conselhos. Sem bom alimento, no haver bom sangue, porque no se pode esperar produzir bom sangue de mau alimento. Mas o bom alimento pode ser parcialmente destrudo ou arruinado pela maneira de ser preparado, combinado e ingerido. Preparado. - Saladas regadas com leo ou azeite apodrecem no trato digestivo; verduras e algumas hortalias e frutas chegam a perder a maior parte de seus valores nutritivos pela cozedura; cereais refinados, sem a pelcula que envolve o gro, so pobres e acarretam srios transtornos fsicos. Combinado. - Protenas com amilceos e doces, ou frutas nas mesmas refeies com verduras so pssimas combinaes, como j demonstramos; certos aminocidos arruinados pelas ms combinaes, chegam a perder quase a totalidade de seus valores e a destruir parte das vitaminas. Ingerido. - Se o alimento no recebe a devida ateno ao ser ingerido, grandemente desperdiado e prejudicado. Ele deve ser cuidadosamente mastigado at que seja totalmente triturado. O estmago no tem dentes. Mas alm disto, os alimentos em que predominam os hidratos de carbono, precisam sofrer a aco da saliva mais que propriamente ser triturados apenas. Sem a saliva, eles no sero devidamente aproveitados, e vo contribuir para a destruio de parte das protenas, ou melhor dito, dos alimentos que contm vitaminas. Precisamos mastigar 30, 60, 100 vezes cada bocado, e isto exige educao, treino e perseverana. Gandhi dizia que devemos beber os nossos alimentos e comer os nossos lquidos. Isto me faz lembrar uma regio no planalto do Paran em que ningum diz tomar ou beber leite. Dizem: "Vamos comer leite." E nunca o oferecem em copo ou xcara; sempre em prato fundo juntamente com uma colher de tomar sopa. E est certo. Assim deveramos ingerir o leite: aos bocados comendo, mastigando. Necessitamos mais do que alimentos bons para ter sade. Precisamos comer com moderao os melhores alimentos; isto , comer talvez apenas a metade do que comemos. Comer com gratido no corao, porque, como diz o sbio Salomo, "o corao alegre serve de bom remdio". No comer aborrecido, irado, cansado ou triste. Haja mesa uma conversao agradvel, recproca afabilidade entre os que dela participam. A glutonaria mais desastrosa que a fome. Ela arruina as percepes da mente e destri o carcter. A boa qualidade do alimento no se prende s sua espcie, mas sua fonte. Um gro produzido no Norte do Paran, por exemplo, ou em terras virgens de qualquer parte, difere substancialmente de outro produzido nas terras exauridas do litoral. Bastaria verificar a tremenda diferena entre os animais criados nesses lugares. At as pessoas nascidas e criadas nesses lugares, diferem notavelmente em tamanho e sade. Como j mencionamos anteriormente, verificou-se que h alfafa com 9% de protena e outra com 32% - uma diferena de mais de 300% de uma para outra. Por qu?
Sua origem, seu bero. Isto quer dizer que nosso alimento deve proceder, tanto quanto possvel, de terras frteis. Alimentos produzidos em terreno erosado, grandemente corrigido por adubos qumicos e cujas plantas tiveram de ser muito pulverizadas para evitar as pestes, claro que no podem ser saudveis. No fcil morar na cidade e ainda satisfazer a todos os reclamos da boa sade. Entretanto, aqueles que no podem voltar ao campo para ali viver uma vida simples em meio Natureza, tm de fazer um esforo para conseguir na cidade os melhores alimentos. Entre uma refeio e outra, devemos observar um espao de 5 ou 6 horas, sem coisa alguma. O certo que, nesse intervalo, no se coma nem mesmo uma fruta, e muito menos se tome uma xcara de caf, como costume de muitos. Deve-se ter uma substancial refeio de manh em lugar do pobre cafzinho com um pedao de po branco; outra substancial refeio ao meio-dia; e noitinha uma ceia leve e saudvel. As duas primeiras refeies devem conter todas as protenas destinadas despesa do dia; e noite apenas frutas, leite, ou outro alimento de fcil digesto. Aqueles que levam vida sedentria e as pessoas de mais idade, melhor fariam em omitir completamente qualquer alimento ao entardecer; isto , ter apenas duas refeies por dia: de manh e ao meiodia. Mesmo as crianas, devem acostumar-se a no ter nenhum lanche entre as refeies. A sobriedade tanto uma parte da alimentao como o prprio alimento. No a quantidade que nos nutre, e sim quanto do que comemos aproveitado pelo organismo. Tenho experimentado com centenas de pessoas o milagre do alimento. At hoje nunca vi uma nica pessoa deixar de aproveitar com a mudana do regime. Pessoas com hepatite, bronquite, tuberculose, anemia, problemas de circulao, reumatismo, derrame, etc. - no momento em que se lhes prescreveu uma dieta orientada, comearam uma nova experincia de sade. Houve pessoas obesas que chegaram a perder 10 kg por ms, e em 6 meses estavam com seu peso normal, sem uma gota de remdio, e comendo tanto quanto queriam para ficarem satisfeitas. Pela experincia que adquiri nestes ltimos anos, posso afirmar: O alimento o melhor medicamento. Mas ele tambm uma faca de dois gumes. a que se justifica o ditado: "Pela boca morre o peixe." Ou como dizia Kuhne: "A doena entra pela boca." O alimento sade e doena, dependendo de como e o que comemos. Assim, muito importante que consideremos este assunto de maneira a conseguir a mxima sade, com longevidade.
Captulo 24
"Tenhamos em mente que, enquanto breves perodos de jejum so benficos e nos ajudam a rejuvenescer, jejuns prolongados so positivamente danosos, seno perigosos." Dr. N. w. Walker, em Become Younger.
Captulo 24
Jejum e Como Pratic-lo A abstinncia da comida no seria jamais necessria se todos comessem moderadamente dos melhores alimentos e combinados convenientemente. Mas com os usos e abusos atuais, o jejum muito precioso. Especialmente como factor de cura, ele um poderoso instrumento da medicina naturista. Ele tem sido praticado por milhes em todas as partes da Terra; algumas vezes imprudentemente, mas com grande proveito em outros casos. A Bblia o menciona e o recomenda. Muitos autores equilibrados o tm indicado como a melhor forma de livrar o corpo de muitas doenas. Tem mesmo havido curas prodigiosas como resultado do jejum. E. G. White tem dezenas de conselhos sobre o jejum, nos quais ela o apresenta em diversas modalidades, o que muito sbio. Manda suspender uma refeio por dia, e esta a da noite; indica suprimir duas refeies por dia, de vez em quando; sugere jejuar o dia inteiro uma ou duas vezes por semana. Ento menciona tambm uma abstinncia parcial mais prolongada com "um regime de frutas por alguns dias" e "um regime de abstinncia por um ou dois meses". (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pg. 189). Ns endossamos totalmente estes conselhos. No discutimos nem objectamos seriamente s indicaes daqueles que sugerem jejuns mais rigorosos. Mas achamos que estes podem oferecer algum perigo, quando praticados sem muito conhecimento da capacidade de resistncia do organismo, e sem uma completa e cabal eliminao de todos os dejectos retidos nos intestinos. Todos aproveitariam muito em no jantar nunca. O jantar, e especialmente aquele que praticado altas horas da noite, muito prejudicial sade e desnecessrio. Quando se vai dormir, no se precisa de alimento para ajudar a dormir. Igualmente proveitoso seria jejuar um dia por semana. Deixemos de lado a tola iluso de um banquete todos os domingos, s porque o dia das grandes reunies de amigos. Come-se demais nessas ocasies, quando ningum vai utilizar as foras que poderiam advir de tais excessos. Ao contrrio, em lugar de gastar as energias fornecidas por esses lautos banquetes, muitos vo dormir uma sesta. E ento que alguns embarcam num enfarte, numa trombose ou outro mal cardaco. Use-se o fim de semana para uma limpeza do corpo e descanso do aparelho digestivo. Um dia, a princpio, e depois dois dias por semana, at se conseguir uma restaurao completa das funes de todos os rgos enfermos. O jejum completo deve ser com inteira abstinncia de toda sorte de alimento, mas no de gua. A gua necessria para ajudar a lavar do organismo as toxinas. Nada menos de dois litros de gua devem ser usados durante as 24 horas de jejum; mas alguns autores recomendam quatro litros. Se a princpio a pessoa no suportar o jejum total nesta forma, ento que acrescente gua tomada um pouco de suco de limo, mas sem acar. E se ainda nem assim conseguir jejuar, adopte o jejum parcial, o jejum com sucos vegetais, conforme est indicado no captulo duodcimo desta obra. Nada melhor do que passar alguns dias s tomando sucos de frutas ou de hortalias. Entre estas, a cenoura a rainha; mas a beterraba, o pepino com casca e o salso-aipo, ocupam tambm lugar de preeminncia entre as hortalias. Quanto s frutas, pode-se usar uma variedade enorme; todas so medicinais. Para o cncer, diz a Dr. Jahanna Brandt, que se curou ela mesma de cncer, que a uva est em primeiro lugar. Mas tambm j se tem usado a laranja para o mesmo fim. Pessoalmente, creio que todas as frutas bastante suculentas e algumas hortalias, servem para curar seja l o que for,
contanto que sejam usadas em forma de sucos e seguindo mais ou menos a orientao daqueles que j foram bem sucedidos em tais experincias. Mangas, cajus, amoras, moranguinhos, laranjas, mas, uvas, abacaxis, so todas frutas excelentes para os jejuns parciais ou para as dietas curativas. Milhares de pessoas que hoje esto gastando uma fortuna em mdicos, hospitais e drogas, com uma parcela insignificante dessa fortuna, comprariam as frutas mais caras do mundo para sua cura, e esqueceriam a doena. Na maior parte dos casos, prefiro indicar o jejum parcial, em lugar da completa absteno de alimentos, que muitos no suportam. Alguns dias s com sucos de frutas ou hortalias, operam verdadeiros milagres; e para aqueles cuja ocupao no permite seguir essa dieta nos dias de trabalho, ento que ela seja praticada nos fins de semana. A pessoa deve experimentar para ver quantos dias pode ficar s com sucos frescos, de 3 em 3 horas, num total de dois litros ou mais durante o dia. A princpio, um ou dois dias por semana. Depois, trs, quatro ou mais dias seguidos. Quanto mais grave a doena, mais esforo se deveria fazer por permanecer mais tempo no regime de sucos. Mas enquanto se segue este procedimento, insistimos em repetir, deve-se cuidar para que haja ao mesmo tempo perfeita eliminao de todos os dejectos intestinais. Caso seja necessrio, que se proceda a uma ou mais lavagens intestinais.
CAPTULO 25
"O primeiro e o melhor de todos os exerccios naturais andar. Este simples exerccio absolutamente essencial para uma sade normal; e quanto mais a pessoa anda, mais beneficia seu corpo. Quando comea a andar, a doena comea a fugir." - Dr. Philip Welsh, em Seven Essenciais of Health.
Captulo25
Exerccio e Actividade A Bblia nos indica a operosidade em trs frases terminantes: "No suor do teu rosto comers o teu po" (Gn. 3:19); "Meu Pai trabalha at agora", disse Jesus, "e Eu trabalho tambm" (S. Joo 5:17); e nas palavras de S. Paulo: "Se algum no quiser trabalhar, no coma tambm" (11 Tess. 3:10). O trabalho o melhor dos exerccios. Sem actividade movimentada e activa, a mquina humana enferruja, emperra e se inutiliza. E ainda a Bblia que nos aponta a quantidade de trabalho para cada dia e quantos dias seguidos devem fazer parte de nossa actividade. Lemos: "No h doze horas no dia?" (S. Joo 11:9). Isto no quer dizer que devamos ficar doze horas no emprego, embora a jornada de oito horas no tenha mais de 50 anos de existncia. Eu ainda experimentei a jornada de doze horas nos primeiros anos de minha vida de empregado. Entretanto, como dissemos acima, no preciso que fiquemos doze horas no trabalho que constitui nosso ganha-po. Porm, bom que estejamos ocupados doze horas por dia; estaremos melhor preparados para o repouso, porque "suave o sono daquele que est cansado". No tempo da jornada de doze horas, nunca ouvamos dizer que um operrio sofria de insnia. Completando o pensamento inicial, temos, nas seguintes palavras, a quota semanal de trabalho: "Seis dias trabalhars e fars toda a tua obra." Esta a semana de trabalho conforme o plano de Deus. Conquanto possamos preferir uma semana inglesa de cinco dias, devemos dedicar a folga extra em alguma actividade que inclua um movimentado exerccio fsico. As pessoas que residem nas grandes cidades andam muito pouco, e em particular as donas de casa. Tomam nibus ou seu carro para as mais insignificantes distncias, quando deveriam procurar caminhar a p 3 a 6 quilmetros por dia. Em lugar de dormirem aps o almoo, como fazem muitos, teriam melhor sade se caminhassem devagar e percorressem alguns quarteires, num exerccio moderado. "Em todos os casos possveis, andar o melhor remdio para corpos enfermos, pois nesse exerccio todos os rgos do corpo so postos em uso. Muitos que dependem da cura de movimentos, poderiam fazer mais por si mesmos pelo exerccio muscular do que os movimentos o podem fazer por eles. Em alguns casos, a falta de exerccio faz com que os intestinos e msculos se tomem enfermos e contrados, e esses rgos que se tomaram doentios por falta de uso, podero ser fortalecidos pelo exerccio. No h exerccio que possa substituir o andar. Por ele, a circulao do sangue grandemente aumentada." - Conselhos Sobre Sade, pg. 200. claro que o trabalho na lavoura o mais natural e mais completo dos exerccios. Pena que a vida moderna tenha privado tanta gente dos benefcios da vida na roa; e aqueles que ainda l permanecem, no tm a devida orientao para se valerem ao mximo de tudo que ela oferece. Mas para aqueles que so obrigados a morar nas cidades, alguma coisa deve ser feita para que se enquadrem nalgum programa de exerccio, quer seja tnis, bola-ao-cesto, natao, ginstica com respirao, corrida ou remo. O Dr. David Kakiashvili, um cardiologista georgiano, pesquisando longevidade entre milhares de centenrios nas montanhas do Cucaso, chegou concluso de que esses montanheses longevos deviam sua longa existncia mais sua constante actividade em circunstncias rduas do que ausncia de sintomas mrbidos. Verificou que esses velhos tinham toda sorte de problemas cardiovasculares, mas continuavam a
subir e descer montanhas no exerccio de seus deveres quotidianos cuidando de rebanhos e plantaes. Concluindo suas observaes, ele diz: " A constante actividade fsica melhora a funo cardiopulmonar de tal maneira que o suprimento de oxignio ao msculo do corao muito superior ao que recebem os habitantes da cidade." Assim, embora esses longevos tambm tenham os problemas da velhice, suportam-nos com mais facilidade e os no sentem como aqueles que pouco se exercitam. O Prof. Pitzkhelauri, estudando a vida e sade de mais de quinze mil pessoas, na regio do Cucaso, com mais de 80 anos de idade, chegou a concluses idnticas, verificando que as pessoas mais activas e ocupadas na dura vida das montanhas, eram as mais sadias. Deste modo se comprova que, aquilo que muitos consideram maldio, realmente uma bno. Quando Deus disse a Ado: "No suor do teu rosto comers o teu po", Ele estava dizendo ao homem que, se quisesse sade, deveria trabalhar; que se aposentar do trabalho no deve ser considerado recompensa lisonjeante, seno uma praga temvel e mortfera. E a experincia tem demonstrado que uma velhice sossegada e despreocupada de trabalhos, dura pouco sem dores e sem morte; que o velho activo e sempre ocupado aquele que mais vive e mais goza. So muitas hoje as pessoas que vivem uma vida sedentria em lugares confinados, com ar poludo. Deve-se fazer algo por conseguir estar algumas horas, todos os dias, num lugar coberto de relva, se possvel onde haja algumas rvores, e ali praticar um exerccio respirando o ar puro beneficiado pela Natureza. Isto o mnimo do ideal. Mas no sendo possvel, faa-se qualquer exerccio em qualquer lugar. Mesmo em casa, h uma quantidade de actividade que a maioria das pessoas confia a serventes, quando talvez fosse esta a nica oportunidade de fazerem algum exerccio. Lavar a loua, limpar a casa, esfregar roupa, encerar o cho, cortar a grama do jardim, ir a p ao supermercado, etc., so actividades que j do algum movimento significativo. E falando das actividades rotineiras, E. G. White, dirigindo-se a directoras de enfermagem nos hospitais, faz uma advertncia que em muito aumenta o valor do exerccio fsico. Diz ela: "Cumpre ensinar-lhes (aos auxiliares) a tornar seus movimentos to rpidos quanto possvel, quando trabalham. A lentido deve ser tratada como uma doena que importa seja curada. . .. Que os auxiliares sejam preparados para acautelar-se contra os hbitos de lerdeza e indolncia. ... Jamais se deve estimular a lentido. Todos devem procurar trabalhar rapidamente ao mesmo tempo com asseio e desvelo." - Medicina e Salvao, pgs. 175, 176. Este um aspecto muito importante do exerccio fsico. H pessoas que passam o dia inteiro indo de um lado para outro em suas actividades, e pouco realizam. No fim do dia esto cansadas... e pouco executaram. Falta-lhes planejamento e concentrao. E preciso que treinem diariamente sua capacidade de produo. Isso tem influncia benfica sobre o esprito; e o que beneficia o esprito, beneficia a sade. As mes devem desenvolver nos filhos hbitos de diligncia, .. prestatividade e indstria, para que se tornem teis a si mesmos e aos outros. H muitos adolescentes moles e infelizes, porque no aprenderam a trabalhar. Especialmente as meninas so criadas, muitas vezes, como sanguessugas e parasitas, porque no se lhes proveu desde cedo um trabalho para desenvolverem suas energias e criatividade. As crianas e jovens devem compartilhar com seus pais das responsabilidades do lar, para que tenham sua quota de exerccio. Do livro Orientao da Criana, pgs. 342, 343, transcrevo estes conselhos: "A sade no poder ser preservada, a no ser que alguma parte de cada dia seja dedicada actividade muscular ao ar livre. Horas regulares devem ser dedicadas ao
trabalho manual de alguma espcie, algo que ponha em aco todas as partes do corpo. Equilibrai o esforo das faculdades fsicas e mentais, e a mente do estudante ser refrescada. Se est doente, o exerccio fsico frequentemente ajudar o organismo a recuperar a condio normal." H milhes de pessoas hoje instrudas a considerarem o trabalho manual como degradante, a ponto de que quase a totalidade dos estudantes corre aos cursos de actividades sedentrias. Muitos pais dizem aos filhos: "Basta o que eu camelei; no quero ver vocs puxando o cabo da enxada ou trepados num tractor." Este um conceito erradssimo. Quanto mais ignorante o povo e mais desprezvel considera ele o trabalho, tambm maior a opresso que ali existe, a escravatura e a misria. Os pases mais ricos e desenvolvidos do mundo, so aqueles em que o trabalho honroso e realizado com dignidade e prazer. A, os indivduos mais bem pagos so aqueles que mais arduamente trabalham. A Histria tem demonstrado que, quanto mais cultos os homens que se empenham em actividades rudes, mais prosperam as suas comunidades. Li certa vez que um conhecido cientista foi contratado por um governo latinoamericano para orientar seus agrnomos na melhoria de suas tcnicas no plantio do milho. Certo dia, quando alguns desses agrnomos voltaram do almoo e entraram no centro de pesquisas, todos vestidos com seu guarda-p branquinho e engomadinho, foram encontrar o cientista ajoelhado, revolvendo a terra com as prprias mos, numa semeadura experimental. Ento lhe disseram os moos: "Mas o senhor, Doutor, trabalhando na terra com as mos?!" Ele respondeu: "Infelizmente no aprendi a usar seno as mos no trabalho." incrvel que o trabalho, ideado por Deus para o bem de Suas criaturas, tenha, por influncias pags, chegado a ser considerado degradante. Isto contraria os propsitos divinos. "No suor do teu rosto comers o teu po", disse Deus. Isto , ,. sempre que comeres o teu po, o fars custa de teu suor. Entretanto, o suor purificar teu corpo, e ters sade. Ento comers o teu po, no o po alheio ou aquele que no te custou suor. Sim, comers. Comers porque a sade que adquirires no trabalho te permitir comer. Os preguiosos e doentes tm fastio, e no conhecem o prazer de comer aps um dia de labor saudvel. Tu porm, comers e ters prazer em comer, sobretudo porque comers os frutos de teu prprio labor. Isto e muito mais est implcito nessa frase memorvel. Deus quer que sejamos activos obreiros; da nos advir sade e alegria de viver.
Captulo 26
"Vinde vs, aqui parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco." - Jesus, em So Marcos 6:31.
Captulo 26
Repouso No correcto e nem saudvel estar-se o tempo todo empenhado em alguma actividade. Cumpridos os deveres dirios, feitos os exerccios que cabem nossa quota para estimular o corpo e activar a circulao, precisamos repousar. O repouso necessrio e faz parte dos remdios de Deus para que tenhamos sade. Ele foi ordenado por nosso Criador, que conhecia a estrutura humana, e sabia o que necessitamos. Disse Ele: "Seis dias trabalhars, e fars toda a tua obra; mas o stimo dia o sbado do Senhor teu Deus; no fars nenhuma obra. " xodo 20:9, 10. E quanto ao repouso nocturno, lemos: "Intil vos ser levantar de madrugada, repousar tarde, comer o po de dores, pois assim d Ele aos Seus amados o sono." Salmo 127:2. O primeiro repouso a considerarmos deve ser o do sono. To- dos devem planejar dormir regularmente 7 ou 8 horas em cada 24 horas. Estas horas de sono devem ser imperturbadas, num ambiente de temperatura agradvel, arejado, calmo, sem mosquitos a sugar o sangue, sem rdio ou televiso ligados, longe de rudos de mquinas ou de trfego nas ruas. O repouso perfeito no pode dispensar estes cuidados. E ningum se deve sentir conformado com menos que isto. A sade advinda de um bom repouso deve ser considerada prioritria. As horas mais preciosas para o repouso so aquelas que precedem a meianoite. Cada hora dormida antes da meia-noite vale provavelmente por duas dormidas depois. Seria to bom se todos pudessem ir para a cama entre 8 e 9 horas da noite. Este o melhor horrio para comear a dormir; o sono mais repousante. E depois de 8 horas de repouso, a pessoa desperta perfeitamente descansada, disposta a aproveitar as horas matinais em estudo, meditao ou outra actividade til. Especialmente as crianas e adolescentes deveriam ir para a cama nesse horrio. Eles seriam mais calmos e dceis, mais obedientes e aplicados. Entretanto, os programas de televiso tm transtornado os bons costumes e arruinado a sade de milhes de pessoas. As mais preciosas horas para o descanso, so gastas diante do dolo TV. Ningum deveria estranhar o assustador aumento de doenas nervosas em crianas e adolescentes, alguns com os nervos em frangalhos e quase irreparveis. E uma das grandes causas a TV, no s tolerada durante o dia, mas tambm roubando as melhores horas do sono de crianas e adultos. Os pais devem exercer sobre os filhos o necessrio domnio e controle, para que estes tenham o devido descanso do sono e possam manter a sade. Mas no s do repouso do sono que precisamos. Necessitamos tambm repousar de falar e tagarelar; estar sozinhos um tempo cada dia, sem ouvir ningum e sem falar com ningum; fechar os olhos e procurar no pensar em coisa alguma. Necessitamos igualmente de uns momentos para meditao e reflexo. Leiamos um verso da Bblia, ou um pensamento profundo de algum grande pensador, e dediquemos uns minutos todos os dias construo do carcter. Falemos um pouco com Deus nesses momentos de meditao. Tomemos resolues novas para nosso comportamento moral e espiritual. H ocasies em que precisamos repousar de trabalhar, de ler, de nos preocupar e de nos ocupar. Esse repouso salutar. E at as frias anuais concedidas pelos patres aos empregados, tm seu lugar na manuteno da sade, embora no sejam elas para repouso e sim para mudana de actividades. Mas uma vez por semana, precisamos repousar um dia inteiro: sem fazer uma pescaria, uma caada, sem viajar para ver lugares e coisas, ou indo a piqueniques e lugares de diverses, como tantos fazem. Aqueles que gastam seu repouso semanal
nestas coisas, voltam ao trabalho na segunda-feira mais cansados e sonolentos do que ao fim da semana de actividades. O dia de repouso semanal um dia diferente, conforme as instrues dAquele que o indicou. E um dia para ser dedicado ao repouso fsico, meditao, orao, visita aos doentes e necessitados de conforto, alimento e agasalho. Um dia para sentir a alegria de alegrar os outros, e manter camaradagem com pessoas que sentem como ns ou que poderiam faz-lo, caso no estivessem sofrendo. Um dia para tomar o mundo um pouco melhor ao nosso redor, porque nele estamos. Um dia do qual possamos ouvir algum dizer a nosso respeito: "Quo bom foi t-los connosco este dia!" Um dia para levar nossos filhos a um bosque, a um jardim pblico, a um lugar fora dos grandes centros urbanos. Um dia para contemplar com eles as estupendas obras da Natureza. Esse um dia especial designado por Deus para Sua adorao e nossa restaurao fsica. No podemos prescindir dele, e no devemos adapt-lo s nossas convenincias. Bendito o descanso do trabalhador! Ele o merece. Ele o necessita. Aprendamos a us-lo no devido tempo e lugar.
Captulo 27
"Se toda famlia reconhecesse os benficos resultados de um asseio completo, fariam esforos especiais para remover toda impureza, de si e de sua casa, e estenderiam seus. esforos aos arredores. ... Em muitos casos seu prprio quintal contm o agente de destruio, que despediu veneno letal para a atmosfera, para ser inalado pela famlia e a vizinhana." - Conselhos Sobre Sade, pgs. 62, 63.
Capitulo 27
Morada Limpa e Aprazvel Em conformidade com o pensamento bsico de nosso estudo nesta segunda parte da obra, "moradia limpa e aprazvel" faz parte dos agentes indicados por Deus para conservao da sade. O ttulo parece salientar apenas dois aspectos que so factores de sade, mas eles envolvem outros que no podemos deixar de considerar. Primeiro, morada limpa por dentro e por fora. Uma casa atravancada de mveis e com utenslios amontoados em desordem, no favorece a limpeza. Certamente ficaro impurezas sob os mveis, onde aranhas, baratas e traas faro seus esconderijos. No havendo completa limpeza, no haver sade. Muitos costumam manter dentro de casa uma quantidade de frutas demasiado maduras e hortalias, e quase que invariavelmente um molho de couve ou cheiro verde numa vasilha com gua. Nessas frutas e hortalias, h sempre um grande nmero de mosquitos ajudando na decomposio desses vegetais j decadentes, os quais esto constantemente despedindo perigosas emanaes de agentes de doenas. As pessoas que compem a famlia so obrigadas a respirar esse ar contaminado. Se to somente essas pessoas tivessem a oportunidade de examinar ao microscpio as emanaes desprendidas dos vegetais em decomposio, livrar-se-iam deles, horrorizadas, e os atirariam o mais longe possvel. Os Arredores Mas alm da limpeza interna, os arredores da casa tm uma influncia muito grande na sade. Muitos deixam latas de lixo logo ao p da porta da cozinha, onde cascas de frutas e restos de verduras ficam ali por dias apodrecendo, e no s cheirando mal como tambm desprendendo miasmas que vo infectar o ar ao redor. No se d muita importncia a isto, por falta de conhecimento. Entretanto, este procedimento traz graves consequncias para os habitantes da casa. No se deve permitir que folhas secas, de rvores junto casa, apodream nas imediaes. O melhor no ter nenhuma rvore muito perto de casa. Tudo que apodrece, deve estar a boa distncia, de maneira a no contaminar o ar que circunda a residncia. No se tenham estbulos, galinheiros, viveiros de passarinhos, de coelhos ou de outros animais muito perto de casa. Os homens no devem conviver com animais. E estamos falando apenas de animais nos arredores de casa. Mas que dizer de criar animais dentro de casa ou dormir com cachorros e gatos? No se permitam montes de esterco ou outros detritos a descoberto nas imediaes da casa, sem serem imediatamente enterrados. Seus micrbios contaminam o ar ambiental e penetram no interior da casa. Efeitos Sobre a Mente A questo da poluio do ar apenas um aspecto. Mas depois vm os factores psicolgicos. A limpeza e a ordem causam tal efeito sobre a mente e o esprito dos indivduos, que da resulta sade, sensao de paz, conforto e segurana. Quem que no se sente bem num ambiente limpo? No que seja necessrio a dona de casa, por vaidade e vanglria, correr o dia inteiro para manter a casa impecavelmente limpa e em ordem; porque isto tambm doena mental, que causa doena nos outros membros da famlia. mas que se mantenha a limpeza o bastante para eliminar toda
possibilidade de contaminaes, primeiro; e depois, para que faa bem alma, e no ao amor-prprio. Aspecto e Localizao Outra faceta importante do assunto o tipo de casa que ocupamos e sua localizao. Nunca, por baixo que seja o custo, devemos consentir em habitar casas hmidas e mal ventiladas. Jamais morar em casas construdas em terrenos baixos ou sobre antigos banhados aterrados. Os habitantes de tais lugares, estaro sempre doentes, principalmente a dona de casa e as crianas, que permanecem mais tempo no lar. Ao contrrio, devemos procurar casas em colinas e lugares altos; e alm disto, que tenham amplas janelas banhadas por correntes de ar o mais puro possvel, e por todo o sol que possa atingi-las. Aqueles que compram um terreno e planejam uma construo, devem adquirir terrenos em lugares altos; e na planta, os dormitrios merecem a melhor considerao: eles devem ser localizados de modo a receber a maior quantidade de sol possvel. Portanto, eles nunca podero estar voltados para o sul; o norte o seu lugar, ou nordeste. Outras vistas do quadro, so o tamanho e a disposio das peas da casa. No nos esqueamos de que estamos considerando a tremenda influncia dos factores psquicos sobre a sade. Milhares de pessoas devem suas doenas nervosas casa em que moram. No to importante termos casa prpria, visando economia no aluguel, se depois vamos gastar essa economia com mdico e farmcia, porque adquirimos a doena numa casa mal localizada ou mal planejada. H muitos anos atrs acompanhei uma famlia de americanos visitando o Brasil, e os levei a muitas casas de amigos aqui. Um dia a senhora me disse: "As casas brasileiras so muito duras, frias e repelem as pessoas." Eu nunca havia pensado nisto. Discutimos o assunto, e foi a que comecei a ver a outra vista de uma casa. No basta que a casa esteja em condies de abrigar seres humanos. Ela precisa ser acolhedora, aconchegante, como algum que ardentemente deseja a presena de seus habitantes. Para isto preciso que ela tenha certas caractersticas, que a maior parte de nossas casas no tm: Fachada simples, frente mais ampla que os fundos, num vasto gramado bem cuidado, de preferncia a estar no meio de muitas flores e arbustos; e interiormente, peas amplas, especialmente a sala de estar e os dormitrios, teto baixo, pintura suave, poucos mveis, mais armrios embutidos, poucos bibels e quadros, temperatura agradvel e conforto sem sofisticao. . Numa casa assim as crianas gostam de demorar-se; no desejaro estar na rua. A me e os filhos, que passam a maior parte de sua vida em casa, tero o que podem chamar de lar. E este sentimento, gerado em razo de factores materiais e psicolgicos, que deve favorecer a sade. Grande maioria das casas brasileiras tm salas de estar com cerca de 10 metros quadrados, e as outras peas no so muito maiores; algumas at menores. Imagine-se o que isto significa para os nervos e os sentimentos daqueles que tm de ficar ali dentro uma vida toda. Quando falamos de "morada... aprazvel", queremos significar que ela deve oferecer o prazer de se estar ali, ficar ali como o melhor lugar do mundo. E em realidade, o lar o melhor lugar da Terra, porque ali esto nossos pais e nossos irmos; ali esto nossa esposa e nossos filhos; e tambm porque gostamos da nossa casa. Gostamos de seu estilo, de suas peas, de sua cor, de seus arredores - tudo que ali temos em conforto, abrigo e segurana. Ela para ns nosso "lar, doce lar". Assim, "morada limpa e aprazvel" realmente um dos factores de sade. Por isto inclumos este captulo.
Captulo 28
As grandes propriedades medicinais das ervas e dos sucos de frutas e hortalias tm sido reconhecidas e apreciadas desde tempos imemoriais, especialmente por povos primitivos. De fato, a cura por ervas foi o primeiro sistema de cura que o mundo conheceu, e sua eficcia atravs dos sculos jamais foi questionada." - Dr. H. W Kirschner, em Nature 's Healing Grasses.
Captulo 28
Ervas e Razes As ervas foram postas ao nosso lado em toda parte para nos servirmos delas em toda emergncia. No h melhor nem mais seguro remdio do que aquele fornecido por Deus nas plantas que nos cercam. O Brasil tem talvez a maior quantidade de ervas medicinais do mundo; mas fora de qualquer dvida, tem tambm a maior proliferao de farmcias repletas de drogas e panaceias rotuladas. repulsivo saber-se que tantas pessoas com tanta simplicidade, largam seus corpos nas mos de balconistas mal informados nessas farmcias, para que eles aconselhem que droga tomar para suas dores. Quando fui aos Estados Unidos da Amrica a primeira vez em 1950, estava com um grupo de colegas visitando vrias instituies de sade e educacionais; e numa delas, um mdico nos perguntou se se justificava a anedota que por l se contava de que no Brasil um ano a metade da populao aplicava injeces na outra metade, e no seguinte era a vez de ser beneficiada a primeira metade. Rimos bastante, mas no tnhamos como negar a piada. Na verdade, por qualquer coisinha se vai farmcia; e ali sempre se acha algum que possa dizer o que tem para vender. E as mais das vezes, o melhor remdio aquele que precisa de ser "espetado", porque deixa maior margem de lucro. Deus nos deu a melhor das drogarias nas ervas que faz crescer para nos socorrer em nossas enfermidades. No h uma doena em que no possamos usar com proveito uma planta simples, do nosso quintal ou at de um vaso em nossa varanda. Basta que leiamos mais e procuremos aprender. Quando eu era criana, o que me posso lembrar de uns 60 anos atrs, a maioria dos farmacuticos tinha de fazer algum outro trabalho para viver. As vezes eram barbeiros, ou dentistas, ou outra coisa qualquer, porque a farmcia s no os sustentava. E uma cidade em geral no comportava mais do que uma botica, como era chamada a farmcia. Hoje em qualquer cidade h quase tantas farmcias como bares, e mais ou menos tantas quanto aougues. E interessante notar como os trs cooperam para a prosperidade um do outro. Quanto mais carne o indivduo comer, mais excitantes desejar; portanto, mais caf e bebidas alcolicas tomar. E ento, necessitar da farmcia para morrer mais depressa. Naqueles tempos antigos, toda me sabia que ervas usar para socorrer seus familiares, quando qualquer problema fsico surgia. Ao p da cozinha ou nos fundos dos quintais, havia sempre algumas plantas medicinais. Vou citar aquelas de que me lembro que havia em nosso quintal: Poejo, para catarro pulmonar, tosse simples ou coqueluche, acidez e ardor no estmago, fermentaes e clicas nos intestinos, e para acalmar os nervos; hortel, de duas ou trs espcies, para m digesto, priso de ventre, vmitos, clicas dos intestinos, vermes; macela galega (Macelinha galega) tnico para o estmago, perturbaes gstricas, inapetncia, indigesto, clicas uterinas (quase sempre a usvamos com camomila); camomila, para dentio das crianas, perturbaes do estmago, diarreia, inflamaes das vias urinrias, regras dolorosas; sabugueiro, para sarampo, febre escarlatina, tambm usado como suadouro; capim cidreira, ajuda a digesto, usa-se em problemas do fgado, bao, rins, bexiga, gases intestinais e menstruao dolorosa. Tnhamos tambm arnica para machucaduras internas e externas; alfavaca, manjerona, salsa e cebolinha verde, que usvamos como temperos, mas com certeza, altamente medicinais; erva-doce, para gases intestinais e especialmente para as criancinhas. Tambm usvamos o mastruo em forma de xarope, para tosse, bronquite e
tuberculose; com ele minha me se curou de tuberculose, quando j os seus pulmes sangravam diariamente. No pretendemos tornar este captulo um tratado de ervas medicinais, pois h tantos livros sobre o assunto; alguns um tanto confusos, outros titubeando, mas todos bastante proveitosos. Basta que os leiamos. O fato que, se ficarmos s com as plantas que crescem por perto de ns em nossas hortas, em nossos jardins, nos campos e pequenas capoeiras, j temos uma farmcia inesgotvel. E isto no fantasia nem fora de expresso, pois era assim que vivamos antes de conhecer mdicos e farmcias. At as flores e folhagens de nossos jardins, parece no haver uma nica que no tenha uma ou vrias aplicaes medicinais. Rosas, para purgativos e gargarejos nas inflamaes da garganta; violetas, para lceras, inflamao da mucosa nasal, tosse e bronquite; capuchinha, de vrias cores, que se comem em saladas, folhas e flores, ou se faz ch de ambas, para purificar o sangue, eliminar eczemas e psorases; maravilha, para hidropisia e leucorria, suco das flores para dor de ouvido das crianas. Nos campos, encontra-se a vassourinha, anti-catarral, a carqueja, com mil aplicaes, em casos de pessoas obesas por reteno de gua, mau funcionamento do fgado, dispepsia, anemia por perda de sangue, etc.; raiz de jurubeba, para hepatite, ictercia, dispepsia crnica, m digesto e para tumores internos. Nas lavouras encontra-se quebra-pedra, to usada em todos os problemas dos rins e vias urinrias, cistite, catarro da bexiga, nefrite, gonorreia, etc.; o cabelo de milho, a serralha, o dente-de-leo, a beldroega, o caruru ou bredo, todos medicinais, e fonte de alimentos, estes ltimos. H ainda muitas plantas, das quais se usam as cascas e ou as razes, Mas notvel que a maioria das plantas medicinais atuam nos rgos da digesto e da eliminao, justamente onde comeam os problemas de que resultam as doenas. Na Desidratao Uma planta qual desejo dar destaque especial, o rubim, tambm conhecida por ximango e maca. Ela muito usada, machucada, para contuses e ferimentos externos. Mas tambm excelente em infuso para problemas do estmago e do fgado. Entretanto, o destaque especial queremos dar em favor de seu milagroso poder para curar a desidratao em poucos minutos. Com a primeira ou segunda dose de ch de rubim, o paciente j comea a reter os lquidos ou alimentos que ingere; e desde ento passa a recuperar-se rapidamente. Para uma criancinha, basta uma colher das de sobremesa da infuso de hora em hora, at melhorar. Um adulto, pode tomar doses maiores. O rubim uma planta que todos deveriam ter sempre no quintal; quando no, alguns ramos secos guardados para uma emergncia. Como uma planta que tambm serve para mau funcionamento do estmago e do fgado, pode ser necessria em muitas outras ocasies alm de uma desidratao. Fico horrorizado considerando os milhes de cruzeiros gastos pelo povo e pelo governo no tratamento da desidratao, quando essa planta extraordinria cresce nos montes de lixo ao p das favelas e bairros pobres - justamente de onde procedem os mais numerosos casos dessa doena to comum no vero. A desidratao infantil poderia ser totalmente evitada com alguns cuidados simples. A causa inicial no o vero, como crem alguns. No h desidratao infantil em crianas amamentadas exclusivamente no peito materno. No isto um argumento? Mas muitas mes engrossam as mamadeiras com amidos de milho e arroz, e acrescentam grandes quantidades de acar, o que causa imediata fermentao; depois aumentam o mal dando nos intervalos chs ou sucos adoados. Quanto mais lquidos
adoados forem ingeridos, maior a perda de sal e vitaminas, e maior o perigo da desidratao. No se engrosse a mamadeira com nenhum amido antes dos 8 a 12 meses. E prefervel uma protena. Mas muito melhor uma fruta, principalmente banana. Pode-se criar uma criana perfeitamente sadia s com frutas cruas e leite; sempre as frutas antes do leite. Frutas polpudas como a banana e a ma, devem ser raspadas ou bem amassadas, e dadas aos pouquinhos, e ento completar a refeio com um pouco de leite; frutas mais suculentas como a laranja, o abacaxi e a uva, d-las em forma de suco, e depois o leite. Duas ou trs mamadeiras por dia poderiam ser de leite puro, sempre precedidas de um golezinho de suco de limo puro. E a no h doena que possa atingir crianas assim alimentadas. Alfafa e Comfrey (Consolda) Encerrando este captulo sobre ervas medicinais, queremos salientar que a cura pelas plantas no consiste em apenas us-las em forma de infuses ou aplicaes medicamentosas. H muitas que deveriam ser usadas como alimento. Pouco antes j mencionamos algumas, mas aqui queremos acrescentar outras, e duas com destaque especial. A salsa, o salso-aipo e o pepino com casca, grandes remdios para problemas das vias urinrias, dos rins e para a diabete. E ento a alfafa e o comfrey fecham a lista como os maiores. Estes dois deveriam ser usados diariamente como alimento e em forma de ch. O Dr. Frank W. Power foi pioneiro na pesquisa da alfafa no comeo do sculo; recebeu depois a cooperao do - Dr. L. D. Bailer, que sofria de lumbago, e sarou com o ch de alfafa. Mais tarde, outros fizeram experincias com essa planta, aplicando-a para a cura de outras doenas. Verificou-se que ela contm vitaminas A, C, D, E, G, K, U e o complexo B, alm de ser uma das plantas verdes mais ricas em protenas completas com todos os aminocidos essenciais e os melhores minerais. tambm uma das principais fontes de clorofila. A alfafa em ch, em p, em clorofila liquefeita, a folha ou a semente, pode ser usada como remdio ou alimento, ou alimento como remdio, para uma infinidade de problemas fsicos, mas notadamente em todos os males dos rins, da prstata e vias urinrias, no cncer e outros. Quanto ao comfrey, essa planta europeia quase desconhecida entre ns, sua anlise lhe d um lugar superior ao da carne como alimento e a muitas outras ervas como hortalia. Em vrios pases da Europa, especialmente na Inglaterra, o comfrey goza de fama de haver curado muitos casos de cncer. E recomendado para lceras, queimaduras, irritaes da vista, lceras varicosas, etc. Em feridas abertas, aplicam-se cataplasmas das folhas ou das razes machucadas; e nos ferimentos mais sensveis, apenas o suco. Uma ou duas folhas de comfrey picadas na salada de outras verduras, ou mesmo juntadas a verduras refogadas, no modificam seu gosto, e servem de remdio ao mesmo tempo. Tambm proveitoso adicionar uma folha ou duas ao ch de alfafa, hortel, capim ou erva-cidreira. O comfrey recomendado especialmente para bronquite, asma e sinusite. Ele certamente tem ainda virtudes desconhecidas; mas seu grande teor de vitaminas do complexo B e em particular o cido pantotnico, nos levam a dizer que o comfrey uma verdura que deveria ser usada diariamente, com persistncia. Algumas ervas, podem tambm tomar o lugar de uma bebida agradvel, ocasionalmente. A esto, por exemplo, as folhas e flores de laranjeiras e o capim cidreira que, numa infuso com um pouco de mel, do um maravilhoso ch para a ceia ou antes de dormir, e constituem um poderoso sedativo para um sono repousante. Especialmente as pessoas nervosas, poderiam valer-se dessas ervas.
pena que no possamos estender-nos mais neste assunto para descrever outras plantas maravilhosas, como as algas marinhas, o agrio, etc. Entretanto, recomendamos que todos procurem ler mais sobre plantas, tanto as que se usam para comer como aquelas que melhor se prestam para medicamentos. A Natureza est diante de ns com seus recursos prodigiosos, e pronta para nos socorrer em nossas dificuldades.
Captulo 29
"A maior necessidade do mundo de homens homens que no se comprem nem se vendam; homens que no ntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que no temam chamar o pecado pelo seu nome exacto; homens, cuja conscincia seja to fiel ao dever como a bssola o ao plo; homens que permaneam firmes pelo que recto, ainda que caiam os cus. "Mas um carcter tal no obra do acaso; nem se deve a favores especiais da Providencia. Um carcter nobre o resultado da disciplina prpria, da sujeio da natureza inferior pela superior." - Ellen G. White, em Educao, pg. 57.
Captulo 29
Pureza de Vida Este ttulo representa as exactas palavras de Ellen G. White quando dava uma lista de factores para a sade, que ela indicou como "os Remdios de Deus" para a cura de todas as enfermidades. E com este pensamento em vista, que iniciamos as consideraes deste captulo - Pureza de Vida, para que se possa gozar sade. Mas "pureza de vida" neste final de sculo vinte? Como? No posso sair rua, no posso entrar num nibus, no posso encostar-me a uma banca de jornais e revistas, no posso ligar o rdio ou a televiso e mesmo abrir um jornal de notcias sem ser afectado! isto mesmo; se voc quiser gozar sade, "pureza de vida" um requisito. Por qu? - Porque os sentimentos, as emoes e o comportamento sexual tm muito que ver com as resistncias orgnicas e com a sade mental. No h verdadeiro equilbrio psquico e emocional em indivduos impuros mental ou fisicamente. Alguns acham que isto questo de conceito. Mas no verdade que ainda mesmo o mais corrupto dos indivduos possa continuar indefinidamente numa vida de devassido, sem o menor senso de culpa ou julgando-se com profundo reconhecimento de que sua vida nobre. A impureza em todas as suas modalidades, deforma o carcter e torna infeliz aquele que a pratica. A pureza de vida no uma questo de poca, de ocasio ou circunstncia. Tambm no uma questo de religio ou de conceitos sociais. E um princpio, que pode ser mantido por um Jos no Egipto (ver Gnesis 39) ou por qualquer indivduo recto dos dias sodmicos em que vivemos. Quando dissemos no princpio desta obra que advogamos "mente s em corpo so", queramos dizer tambm que uma mente impura to doentia como aquela que sofre transtornos de outra ordem; que um corpo doente no pode abrigar mente s, nem pode um corpo so conviver com mente doentia. A impureza causa de muitas doenas, talvez as piores e mais incurveis, visto como leva muita gente para os hospitais e manicmios. E preciso que assentemos em nossa mente uma atitude em relao a este assunto de verdadeira grandeza e importncia. No pretendemos neste captulo seno desenvolver instrues a respeito de como podemos evitar a doena e promover a sade por meio deste "remdio de Deus" - a pureza de vida. Portanto, no nos alongaremos na questo sexual como um estudo. Para aqueles que desejam mais amplo conhecimento do assunto, indicamos Amor, Sexo e Erotismo, do Dr. Galdino Nunes Vieira - a mais completa, a mais elucidativa e equilibrada obra sobre sexo. E editado pela Casa Publicadora Brasileira. Creio que todo jovem e adulto deve conhecer esse livro. Comportamento Sexual O correcto comportamento sexual resultante de atitudes assumidas pelos indivduos, mediante planejamento inteligente e honesto. O sexo muito importante. Toda vez que o consideramos luz dos propsitos divinos, estremecemos ideia de que pudssemos cooperar com Deus para a realizao de Seus objectivos. O sexo foi designado pelo Criador para uma finalidade, e ns no temos o direito de mudar os fins. Ningum tem permisso para perverter o sexo ou us-Io como quiser, ou fora de tempo e lugar. Transgredir as leis da Natureza neste sentido, atrair sobre si a doena e a desgraa.
Devemos ser puros nos hbitos, puros na conversa e puros nos pensamentos. Para isto, devemos afastar de perto e de diante de nossos olhos toda revista ociosa e maliciosa, toda novela excitante e toda anedota picante. Ns somos aquilo que falamos, lemos e pensamos. E se queremos ser ajudados na construo de um carcter nobre, devemos ajudar-nos a ns mesmos. H um conceito errneo a respeito do sexo. Advogam alguns que ele deva ter livre curso desde os primeiros impulsos na infncia at ao final esgotamento da capacidade sexual na velhice. Admitem muitos a prtica dos vcios sexuais em adolescentes, autorizando livremente a masturbao. Supe-se que todos os desejos devam ser atendidos para evitar frustraes; porque assim se procede com os desejos pervertidos da glutonaria, da embriaguez, da toxicomania, da cobia, da avareza e outros. No se fazem restries; no se estabelecem padres elevados para as crianas e adolescentes, porque os prprios pais muitas vezes no tm suficiente moral para faz-lo. Mas se se consultar o peso da opinio dos jovens, ver-se- que eles esto mais dispostos a tentar alcanar alvos nobres e altos, em lugar de ceder e fracassar. Para em parte provar isto, transcrevo um trecho de um artigo de Eunice Kennedy Shriver, no Washington Post, de julho de 1977, onde ela diz, conforme transcrio de Seleces: "H mais de 25 anos venho trabalhando com garotas assim, e descobri que, nos casos delas, fornecer-lhes padres de conduta melhor que dar-lhes contraceptivos. Faz pouco tempo, conheci um centro de meninas adolescentes em que a professora perguntou qual o assunto que elas mais gostariam de debater. Biologia humana? Cuidados peditricos? Fisiologia do parto? Planejamento familiar? As garotas no mostraram nenhum interesse por esses temas. Foi a que a professora perguntou: 'Vocs gostariam de conversar sobre a maneira de dizer no ao namorado sem perder o seu amor? Imediatamente, todas as mos se levantaram. "Essas meninas querem acreditar em valores, e anseiam por algum que os saiba ensinar; que lhes diga que, para seu prprio bem e para o bem da sociedade, no faz sentido praticarem o sexo aos 12, 13, 14 ou 15 anos; que nessa idade ele no necessrio para o desenvolvimento de uma relao amorosa perdurvel. "Os adolescentes querem que seus pais, seus professores e lderes polticos defendam valores morais firmes - e isso inclui os que se relacionam com o amor e o sexo. Em qualquer tipo de educao sexual, devemos insistir para que se inclua uma dimenso moral, to importante quanto a biolgica, no apenas por ser isso o que queremos, mas porque nossos filhos tambm o querem. "Recusar-se a discutir os valores que permeiam as nossas relaes sexuais ensinar aos jovens que essa importante experincia humana no tema para reflexes e dissertaes morais. " A tendncia dos adultos hoje acomodarem-se aos rebeldes, mal-educados e desajustados, em lugar de eles mesmos praticarem normas elevadas, e ento orientar os fortes e nobres, enquanto tentam ajudar os fracos e pusilnimes a desejarem ser fortes. E nosso dever exaltar os valores, em vez de nivel-los baixeza dos perversos. A Praga da Masturbao Alguns autores sobre o assunto, colocam o alto ndice da masturbao na casa dos 80 a 90%. E isto, tanto entre rapazes como entre meninas. E verdade que entre as meninas, muitas vezes a prtica no se estende alm das primeiras experincias; mas algumas a levam para grande parte de sua existncia, mesmo depois do casamento. A masturbao, uma vez arraigada na vida do adolescente, causa efeitos tremendos de envelhecimento, covardia, mentira e hipocrisia, preguia, indeciso e total incapacidade. Um carcter arruinado.
Mas os resultados que afectam a sade, no so menores. H milhes de pessoas hoje - eternos psicopatas - sofrendo e fazendo os outros sofrerem por causa deste vcio to comum. Faz algum tempo, uma idosa viva - ela mesma doente e muito pobre - me procurou, arrastando consigo um filho de 24 anos de idade, depois de t-lo feito percorrer muitos mdicos e hospitais. Estava ansiosa por ouvir de mim que eu seria capaz de indicar alguma coisa para curar seu filho. Era to evidente o problema do moo, que eu pedi a ela para me deixar falar em particular com ele. Ento disse ao rapaz: "Tenho pena de sua me. Ela se preocupa por voc, e o leva de mdico em mdico, na esperana de o ver bom, a fim de que voc possa ajudar a manter a casa. Entretanto, voc sabe que o nico culpado de sua doena. Sua me se aflige porque o ama; mas voc desperdia a sade na satisfao de um prazer doentio. Enquanto voc no parar de se masturbar, remdio algum lhe far qualquer bem." A ele confessou que se masturbava vrias vezes por dia. Este quadro o retracto de muitos jovens por a afora. Os pais tm a obrigao de alertar seus filhos desde cedo para se livrarem deste polvo maldito, que est arruinando a mocidade e enlouquecendo o mundo, alm de preparar uma gerao futura mais fraca e mais vil. No nos podemos acomodar para aceitar um mal remedivel e rotul-lo de problema de uma poca. Ellen G. White, essa fabulosa educadora, h cerca de cem anos vem, atravs de seus livros, alertando os pais sobre os perigos dos vcios sexuais, e mesmo das relaes abusivas do sexo entre os casais. E eu gostaria de deixar que ela nos fale, nos pargrafos seguintes, que transcrevo de A Solemn Appeal. Um Apelo s Mes "Minha justificativa para dirigir-me s mes sobre este assunto porque sou me e me sinto alarmada pelas crianas e jovens que, pelo vcio secreto, se esto arruinando para este mundo e para o mundo vindouro. Permitamo-nos examinar este assunto do ponto de vista fsico, mental e moral. "Mes, vejamos primeiro os resultados deste vcio (a masturbao) sobre as foras fsicas. No tendes notado uma falta de beleza saudvel, falta de fora e poder de resistncia em vossos queridos filhos? No vos tendes entristecido ao observardes neles o progresso da enfermidade, que tem frustrado vossa percia e a dos mdicos? Ouvis inmeras queixas de dor de cabea, catarro, tonturas, nervosismo, dor nos ombros e lados, falta de apetite, dor nas costas e membros, insnia, noites febris, sensao de cansao pela manh e grande exausto aps algum exerccio? Ao verdes desaparecer deles a beleza da sade e ao notardes a palidez ou o desnatural rubor da face, tende-vos alertado o suficiente para olhar por baixo da superfcie, para inquirir sobre a causa dessa decadncia fsica?.. "E no tendes notado que houve queda de eficincia na sade mental de vossos filhos? Que seu comportamento se tem marcado por extremos? Que eles parecem ausentes mentais? Que eles comeam a falar nervosamente quando arguidos? E que so facilmente irritados? No tendes observado que, quando ocupados num trabalho, eles parecem olhar sonhadoramente, como se a mente estivesse a vaguear? E que quando voltam a si parece no quererem aceitar o resultado de seu trabalho como havendo sado de suas mos, to cheio de imperfeies e marcado de falta de ateno? No vos tendes assombrado diante de seu maravilhoso esquecimento? As mais simples e muito repetidas instrues so muitas vezes esquecidas. Podem ser ligeiros para aprender, mas parece no lhes servir de nenhum benefcio. A mente no retm. Aquilo que aprendem atravs de duro estudo quando precisam usar esse conhecimento lhes foge, perdendo-se em memria de peneira. No tendes notado sua relutncia para se empenharem em trabalho activo? E sua falta de vontade para, perseverantemente, realizarem aquilo que
empreenderam, e que deles exige fora mental e fsica? A tendncia de muitos viver na indolncia. "No tendes testemunhado a sombria tristeza de rosto e as frequentes manifestaes de temperamento acre naqueles que antes eram alegres, bondosos e afectivos? So facilmente levados desconfiana, dispostos a olhar as coisas pelo lado escuro; e quando estais trabalhando para seu bem, imaginam que sois seus inimigos, que desnecessariamente os reprovais e os restringis. E no tendes inquirido onde tudo isto terminar, ao olhardes para vossos filhos, do ponto de vista moral? No tendes observado nas crianas o aumento da desobedincia e suas manifestaes de ingratido e impacincia em face da restrio? No vos tendes alarmado com sua falta de respeito para com a autoridade materna ou paterna, o que arrasou de tristeza e corao dos pais e prematuramente lhes salpicou de cabelos grisalhos a cabea? No tendes verificado em vossos filhos falta daquela nobre franqueza que eles j possuram e que vs admirveis? Alguns at mesmo expressam em seu semblante aquele olhar endurecido da depravao. No vos tendes sentido angustiadas e ansiosas ao perceberdes o forte desejo de vossos filhos de estarem sempre com o sexo oposto, e sua incontrolvel disposio para namorar, enquanto ainda muito jovens?.. "Mes, a grande causa destes males fsicos, mentais e morais, o vcio secreto (a masturbao), que inflama as paixes, febricita a imaginao e leva fornicao e ao adultrio. Este vcio est destruindo a constituio fsica de muitos, e preparando-os para doenas de quase toda espcie. E haveremos ns de permitir que nossos filhos sigam um curso de destruio de si mesmos? "Mes, considerai vossos filhos do ponto de vista religioso. Causa-vos dor vlos dbeis no corpo e na mente; mas no vos causa tristeza muito maior v-los quase mortos para as coisas espirituais, de modo que tm bem pouco interesse pela bondade, pela beleza e pelos santos propsitos? O vcio secreto o destruidor das elevadas resolues, do fervoroso esforo e da fora de vontade para formar um bom carcter religioso... "Crianas muito novas praticam este vcio, e ele cresce com elas e fortalecido com os anos, at que toda nobre faculdade do corpo e da mente aviltada. Elas poderiam ter sido salvas, caso tivessem sido cuidadosamente instrudas com respeito influncia desta prtica sobre a sade. Elas ignoravam o fato de que estavam trazendo sobre si mesmas muito sofrimento. ... "Mes, no podeis ser demasiado cuidadosas em alertar vossos filhos para no aprenderem hbitos degradantes. mais fcil guard-los do mal do que para eles erradicarem-no depois de haver aprendido... "Para salvar meus prprios filhos de serem corrompidos, no tenho permitido que eles durmam na mesma cama, nem no mesmo quarto com outros rapazes, e tenho, quando a ocasio o requereu, em viagem, feito uma cama para eles no cho, de preferncia a deix-los acomodarem-se com outros. Tenho procurado evitar que se associem com crianas grosseiras e rudes, e lhes tenho apresentado atraces para que tornem alegres e felizes suas ocupaes no lar. Mantendo ocupadas suas mos e mente, eles tm tido muito pouco tempo ou disposio para brincar na rua com outras crianas e obter assim uma educao de rua... "O estado de nosso mundo alarmante. A toda parte para onde olhamos, vemos imbecilidade, formas nanicas, membros aleijados, cabeas disformes, e deformidade de toda espcie. O pecado e o crime, e a violao das lei da Natureza so a causa deste acmulo de maldio e sofrimento humanos. Uma grande parte da juventude que hoje vive intil. Hbitos corruptos esto desperdiando suas energias e trazendo sobre eles repugnantes e complicadas enfermidades. Ingnuos pais buscaro a percia dos mdicos, um aps outro, que lhes prescrevero drogas, conquanto geralmente
saibam a causa da sade em deteriorao; mas esses mdicos, por temerem ofender ou perder os seus clientes, guardam silncio, quando, como mdicos fiis, deveriam expor a causa real... "Crianas que praticam esta condescendncia prpria (a masturbao) antes da puberdade... devero pagar na idade crtica a penalidade das leis da Natureza violadas... Se a prtica continuada aps os 15 anos de idade, a Natureza protestar contra o abuso que tem sofrido e continua a sofrer, e far que arrostem com a penalidade pelas transgresses de suas leis, especialmente entre os trinta e quarenta e cinco anos, mediante numerosas dores no organismo e vrias doenas, tais como afeces do fgado e dos pulmes, nevralgia, reumatismo, problemas da coluna, rins doentes e humores cancerosos... "Aqueles que se destroem a si mesmos por seus prprios actos, nunca tero vida eterna... A prtica dos actos secretos com toda a certeza destri as foras vitais do organismo... Ningum poder viver, uma vez exauridas as suas energias. Ter de morrer. Deus odeia a impureza, e Sua desaprovao repousa sobre todos aqueles que, segura e gradualmente se esto deteriorando... "A primeira obra daqueles que desejam reformar-se purificar a imaginao. Se a mente se conduz numa direco viciosa, ela deve ser restringida para demorar-se apenas em assuntos puros e elevados. Quando tentada a se entregar a uma imaginao corrupta, fuja para o trono da graa, e ore por fora do Cu." - A Solemn Appeal, pgs. 9 a 29. E depois de se demorar assim na questo da masturbao, Ellen G. White dedica mais alguns captulos s relaes entre os cnjuges. Assim continua ela: "Muitos casais no obtm o conhecimento que deveriam a respeito da vida de casados... Eles no compreendem que Deus deles requer que controlem sua vida conjugal contra todos os excessos. Bem poucos consideram um dever religioso governar suas paixes... "Muitas mulheres esto sofrendo de grande debilidade e j com doena nelas instalada, trazida sobre elas porque as leis do seu ser foram desrespeitadas. As leis da Natureza foram espezinhadas. O poder nervoso do crebro foi esbanjado por homens e mulheres, porque foi obrigado a agir no naturalmente a fim de satisfazer paixes baixas; e estas paixes aviltantes, odiosas e monstruosas, recebem o delicado nome de amor." Idem. pgs. 42-44. E assim poderamos prosseguir, apontando os males do desencaminhamento no que se refere aos abusos sexuais. Mas o que foi dito o bastante para compreendermos nossos deveres neste sentido. Pureza de vida - pureza de pensamentos, de atitudes, maneiras e aces - sem ela no podemos gozar plena e abundante sade. Com aquilo que fica dito, no h nenhuma sugesto de austeridade e abstinncia sexual para os casados, alm da moderao razovel. Relaes conjugais como fruto de um verdadeiro e sincero amor, com a devida moderao e pureza, esto dentro das normas crists. Mas so as prticas extemporneas dos adolescentes e dos solteiros, e os excessos maritais que devem ser condenados como factores de doena. E contra estes nos devemos guardar. A Mesa e Seu Papel na Pureza A alimentao tem um papel preponderante nesta questo. As mes devem compreender que muitos ovos e alimentos muito temperados e picantes, muito queijo e carne, caf, ch, bebidas alcolicas e sobremesas, so todos fabricantes de excitaes, que conduzem ao vcio e s paixes. Doutro lado, abundncia de frutas, especialmente o limo e outras frutas cidas; todas as hortalias cruas e o lvedo de cerveja, so alimentos que anulam ou diminuem as excitaes sexuais.
Quando nos esforamos por controlar os apetites e paixes pervertidos, no estamos sozinhos e no somos esquisitos. Poderamos citar muitos autores que apoiam este princpio; mas notemos ainda apenas os conceitos e os conselhos expressos pelo Dr. N. W. Walker, em seu livro Become Younger: "A habilidade procriativa do homem limitada ou encurtada por seus hbitos de comer e viver, de um lado, e por sua irrefreada incontinncia e falta de domnio-prprio, de outro. Quando os homens e as mulheres aprenderem que a continncia e o domnio de si mesmos, juntamente com a abstinncia de alimentos desvitalizados, podem ajudlos a regenerarem o corpo para a restaurao do vigor e do rejuvenescimento, tero aprendido a importante lio de como se tornarem mais jovens... "0 poder da vontade e o domnio-prprio nos habilitam a converter os desejos e apetites da luxria em aspiraes nobres e dignas. Ele torna possvel a ns reverter ou mudar o curso do fluido da vida, que se origina no fluido crebro-espinal, e dirigi-lo para os canais do sublime desenvolvimento das virtudes que ns mesmos desejamos encontrar naqueles que admiramos, honramos e estimamos. As glndulas sexuais desempenham um importante papel no programa do rejuvenescimento, e elas respondem com espantosa sofreguido ao estmulo da mente, e no menos ao alimento correcto. "Carne de qualquer espcie, estimula o sistema sexual de maneira insalubre. Ela contribui para sobrecarregar de excitaes o fsico e acentuar a natureza animal." Pgs. 133-135. Quanto mais alimentos crus comermos - frutas, hortalias e nozes - e tambm em forma de sucos para os mais doentes, mais sade teremos menos excitaes nervosas portanto, menos apetites sexuais. E dever das mes planejarem o alimento que pem diante de seus filhos desde a mais tenra infncia. No h preo que supere o valor de um carcter nobre numa criana, num jovem ou em quem quer que seja. Uma criana robusta, sadia e com pleno domnio-prprio, de um valor extraordinrio para si mesma, para os pais e a sociedade. Mes, eis a tarefa. Dareis conta de vossa mordomia perante um tribunal imparcial. Mas certamente o Senhor Juiz ter misericrdia daqueles que erraram por ignorncia. Pureza de vida - que alvo sublime! Um Conselho Quanto Procriao Talvez este pensamento fuja um pouco do assunto deste captulo, mas no da questo da sade. E ns estamos considerando a sade em todos os seus aspectos. E muito importante que os cnjuges pensem seriamente no planejamento da famlia. H milhes de pessoas no mundo que nunca deveriam procriar. E por vrias razes. Primeiro, por falta de sade. Nenhuma pessoa doente deve esperar gerar crianas sadias. Os filhos dos doentes sempre tero problemas, alguns graves, que causaro aborrecimentos aos pais e sociedade. E contraditrio que uma pessoa doente infantilmente diga: Ah! eu gosto tanto de crianas, que no poderei deixar de ter alguns filhos. Ora, os filhos que ela vai ter, certamente sero doentes, problemticos e talvez at defeituosos. Se ela gosta tanto de crianas nestas condies, por que no adopta uns poucos dos milhes de rfos e abandonados, em lugar de pr no mundo outros sofredores, que no pediram para existir? Pense bem. Ser isto amor, desejar ocupar-se por longos anos com crianas que sofrem s porque vieram existncia? No se parece isto mais com o amor egosta de uma meninazinha por sua boneca? Ou poderamos tambm chamar de imaturidade. Se a mulher ama verdadeiramente, no por no mundo um filho de suas entranhas para sofrer. A criana no pediu para nascer.
Sobre este assunto, so oportunas outra vez as consideraes de Ellen G. White: "A maioria dos homens e mulheres tm agido na relao conjugal como se a nica questo para eles assentarem fosse amarem-se um ao outro. Devem, no entanto, compreender que sobre eles impende nessa unio outra responsabilidade alm dessa. Cumpre-lhes considerar se sua prole possuir sade fsica e fora mental e moral... "Homens e mulheres no tm o direito de seguir impulsos, ou paixo cega em sua relao matrimonial, e depois trazer ao mundo inocentes crianas para compreenderem, de vrias formas, que a vida no tem seno bem pouco de alegria, de felicidade, sendo portanto um fardo... "Os que acrescentam o nmero de seus filhos, quando, se consultassem a razo, deveriam saber que a fraqueza fsica e mental tem de ser sua herana, so transgressores dos ltimos seis preceitos da Lei de Deus, que especificam o dever do homem para com os seus semelhantes... "Houvessem as mes das geraes passadas se informado quanto s leis de seu corpo, haveriam compreendido que sua resistncia constitucional, bem como o tono moral, e suas faculdades mentais, haveriam de ser em grande medida apresentados em seus descendentes. Sua ignorncia a respeito desse assunto, em que tanto se acha envolvido, criminosa. Muitas mulheres nunca se deveriam haver tornado mes. Tinham o sangue cheio de escrfulas, a elas transmitidas por seus pais, e aumentadas por sua vulgar maneira de viver. O intelecto foi rebaixado, escravizado a servir aos apetites animais, e os filhos nascidos de pais assim tm sido pobres sofredores, e de bem pouco proveito sociedade. "Uma das grandes causas de degenerao nas geraes passadas e at ao presente, que as esposas e mes que de outro modo haveriam sido de benfica influncia para a sociedade no erguer as normas morais, perderam-se para ela pela multiplicidade dos cuidados domsticos em virtude da maneira de cozinhar em voga, destruidora da sade, e tambm em consequncia dos partos demasiado frequentes... "Caso essas mes houvessem dado luz poucos filhos, e se estes houvessem sido cuidadosos em viver de comida que lhes conservasse a sade fsica e a resistncia mental, de modo que a moral e o intelecto predominassem sobre o animal, elas poderiam tanto educar seus filhos para a utilidade como para serem brilhantes ornamentos da sociedade." - How to Live, n 2, pgs. 26-36. Assim, por falta de sade, muitos no esto em condies de ter filhos. E porque milhes de pessoas no tm nenhuma estrutura econmica ou ilustrao educacional, no deveriam pr filhos no mundo. No justo criar filhos; embora sadios, sem um mnimo de conforto e educao. Eles precisam de roupa, calado e alimento; precisam de escola e ambiente social, alm de sade. E estas providncias devem preocupar aos pais, mais do que a satisfao de um prazer momentneo, de que vai resultar uma responsabilidade de consequncias duradouras. O plano divino quanto aos nossos filhos, resume-se num lindo canto do salmista Davi, nas seguintes palavras: "Para que os nossos filhos sejam como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como de um palcio. "Bem-aventurado o povo a quem assim sucede!" Salmo 144:12, 15.
Captulo 30
"Muitos morrem de doenas cuja causa inteiramente imaginria. "O poder da vontade no avaliado correctamente. Seja a vontade dirigida devidamente, e ela comunicar energia ao ser inteiro, e ser um maravilhoso auxlio na manuteno da sade. "nimo, esperana, f, simpatia e amor, promovem a sade e prolongam a vida." - E. G. White.
Captulo 30
Confiana no Poder de Deus "O corao alegre serve de bom remdio, mas o esprito abatido vir a secar os ossos." - Salomo. Com este pensamento do sbio, devemos comear nossa vida de confiana e tranquilidade. Ningum poder ter sade mantendo um esprito de descontentamento, murmurao e queixa. Depresso mental e penumbra espiritual levam morte. Mais pessoas morrem por falta de confiana do que, talvez, por outra qualquer coisa. Em Nature's Seven Doctors temos estas palavras do Dr. Lankford: "As funes de todos os rgos so poderosamente influenciadas pela mente. Se o paciente completamente dominado por um temor mrbido, vasta influncia depressiva inconscientemente comunicada aos rgos; a funo do organismo perturbada; o sangue se sobrecarrega de matria de despejo e a vitalidade reduzida ao mnimo, diminuindo grandemente o poder de resistncia." - Pg. 114. Sabe-se que uma grande maioria das pessoas que procuram os mdicos tm doenas imaginrias. Suas dores e sintomas so o resultado de imaginarem doenas, que acabam se transformando em realidade ou terminam matando de medo. Em verdade, mais pessoas morrem de medo que de qualquer outro mal. Medo falta de confiana, falta de maturidade as mais das vezes. Uma pontada, uma dor no peito, na regio do estmago, fgado, bao ou uma falta de ar momentaneamente, embora sejam reclamaes espontneas do organismo, no significam uma doena que deva criar preocupaes; so apenas advertncias oportunas para serem anotadas e observadas. Contudo, muitas pessoas criam imediatamente uma doena assustadora em torno de uma pequena e insignificante dor. Algumas tm cada semana uma nova doena, dependendo dos sintomas que uma amiga lhes disse serem os seus sintomas. Em face de uma doena real ou suposta, devemos manter-nos com superioridade e maturidade. "Ningum morre na vspera seno o peru", como diz o povo. Quando ficamos doentes, devemos com calma examinar o problema e, cheios de confiana e domnio prprio, descobrir as causas, elimin-las, e adoptar os recursos cabveis para a recuperao. Aquilo, porm, que no pudermos fazer, devemos com humildade e submisso, entregar nas mos de nosso bondoso e amoroso Pai celestial, que cuidar do impossvel, segundo Seu sbio desgnio. Ele sabe o que melhor para ns. Consultemos ento um bom mdico, mas no nos esqueamos de orar por ele a fim de que especial sabedoria do Grande Mdico ilumine o nosso mdico. O que for feito para a soluo do problema, deve s-lo num esprito de submisso aos desgnios divinos. No podemos tornar pretos nossos cabelos grisalhos; no podemos mudar o curso de uma experincia por desesperar-nos. Estou convencido de que no h nenhuma outra fonte mais poderosa de conforto e confiana do que a Palavra de Deus. E sobre este assunto, os mais preciosos conselhos foram dados por Jesus no Sermo do Monte. Assim rezam: "No andeis cuidadosos quanto vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo pelo que haveis de vestir. No a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestido? Olhai para as aves do cu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. No tendes vs muito mais valor do que elas? E qual de vs poder com todos os seus cuidados, acrescentar um cvado sua estatura? E quanto ao vestido, por que andais solcitos? Olhai para os lrios do campo, como eles crescem no trabalham nem fiam; e Eu vos digo que nem mesmo Salomo, em toda a sua glria, se vestiu como
qualquer deles pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanha e lanada no forno, no vos vestir muito mais a vs, homens de pouca f? No andeis inquietos, dizendo: Que comeremos, ou beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram.) Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justia, e todas estas coisas vos sero acrescentadas. No vos inquieteis pois pelo dia de amanh, porque o dia de amanh cuidar de si mesmo." So Mateus 6:25-34. Deus conhece nossas necessidades e os limites de nossa resistncia. Nunca permitir que nos sobrevenham provaes superiores s nossas foras; mas devemos experiment-las e suport-las, cientes de que, no momento apropriado, elas j estaro para trs de nossas costas. Sei que no ser apenas com palavras que conseguiremos incutir confiana e resistncia de esprito na mente dos ansiosos e temerosos: Alguma coisa deve mudar no corao do indivduo antes de ele poder confiar implicitamente. Confiana inabalvel e f no vm de repente, antes que a pessoa se conscientize de que est lidando com Algum que nunca falhou. Coisa alguma diz mais e melhor do que as palavras do grande apstolo Paulo quando estava preso em Roma, aguardando seu martrio: "No me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que poderoso para guardar o meu depsito at quele dia." 11 Tim. 1:12. Que sublimidade de confiana! Que esperana e que certeza! Se conhecemos o nosso Deus, certamente nEle confiaremos. Se tivermos uma" doena aguda, Ele sabe; Ele a pode curar. Se tivermos uma doena crnica, Ele sabe o que fazer e pode orientar-nos na cura. Se tivermos uma doena chamada incurvel, Ele tambm a conhece. Para Ele no existem doenas incurveis; Ele pode restaurar-nos, se quiser. Mas se Ele achar melhor, para nosso bem, fazer-nos descansar no sono da morte, que bem faremos em desesperar-nos? O permanente sentimento de confiana, necessrio para a manuteno da sade. Nunca haver sade no corpo de um indivduo pessimista, desconfiado, preocupado, temeroso. Estes sentimentos j so em si doenas. E preciso que mantenhamos sempre calma inabalvel em todas as circunstncias, e certeza de que tudo nos sair bem, afinal. Para encerrar estes pensamentos e enfatizar a razo por que podemos estar seguros na Mo que nos protege, peo permisso para relatar um incidente que bem ilustra o que estamos a dizer. Foi em 1921, quando eu estava com apenas 12 anos de idade. Nossa famlia era constituda de dez pessoas: sete crianas, meu pai, minha me e minha av. Depois de havermos perdido todos os bens terrenos em consequncia da Primeira Guerra Mundial, havia cinco anos que amos de mal para pior, sofrendo a mais completa misria. Nessa ocasio, estvamos todos de cama, excepto minha me e meu irmo mais velho, que contava 14 anos de idade. Ele era o nico que estava trabalhando para manter a casa. Certa manh minha me entrou na nica pea que era a nossa casa e onde estvamos todos deitados, e disse: "No temos mais nada para comer, nem um gro de feijo, coisa alguma." E dizendo isto, retirou-se para um puxado que tnhamos do lado de fora - aquilo que chamvamos de cozinha - e ajoelhou-se ao p do fogo. Eu nunca havia visto minha me orar; nunca a vira de joelhos. Sabia que em pequena, ela havia morado com uma condessa, patrcia sua, e havia ganho uma Bblia, que ainda conservava no fundo de um ba. Mas agora ela estava ali de joelhos. No sei o que ela estava dizendo a Deus, nem deu tempo para pensar nisso. No faria um minuto que ela estava ajoelhada, quando
teve de levantar-se para atender algum que batia porta. Era uma senhora desconhecida que trazia uma bacia com uns quatro quilos de arroz. Aquela senhora ainda estava ali ensinando um tratamento para o meu pai, que estava com um comeo de gangrena no p, quando entrou outra senhora trazendo uns cinco quilos de batatas. Dentro de mais um minuto ou dois entrou outra senhora trazendo uma bacia cheia de feijo; e em seguida outras pessoas nos trouxeram farinha e acar. Desde ento, nunca nos faltou comida, at que saramos e comeamos a ganhar pelo trabalho. E o tratamento ensinado por aquela senhora curou meu pai. No posso relembrar este acontecimento sem que minha mente se volte para Isaas 65:24: "E ser que antes que clamem, Eu responderei; estando eles ainda falando, Eu os ouvirei." Foi o que aconteceu naquela manh. Ns no tnhamos relaes de amizade e de conhecimento com as famlias vizinhas porque fazia poucos dias que morvamos ali. Como souberam que estvamos doentes, no sei. Mas o meu Deus sabia. E isto o que bastava. O nosso Deus um Deus real. Vale a pena confiar nEle. Se atendermos aos conselhos dos captulos anteriores teremos feito praticamente tudo para ter sade. E se pusermos em prtica o captulo precedente, seremos donos de uma conscincia sem ofensa. E ento certamente poderemos levantar a cabea em plena confiana, porque sabemos que nada temos a temer. "Confia no Senhor e faz o bem; habitars na terra, e verdadeiramente sers alimentado. Deleita-te tambm no Senhor, e Ele te conceder o que deseja o teu corao. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle e Ele tudo far. Descansa no Senhor, e espera nEle." Salmo 37:3-7.
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