Apostila de Didática Aplicada À Educação Cristã - CFTBN
Apostila de Didática Aplicada À Educação Cristã - CFTBN
Apostila de Didática Aplicada À Educação Cristã - CFTBN
BACHARELADO EM TEOLOGIA
APOSTILA
DE
DIDTICA APLICADA
EDUCAO CRIST
Organizada pela Prof.Vvian N. M. de Santana
1.
INTRODUO1
ARMSTRONG, Hayward. Bases da Educao Crist. Rio de Janeiro: JUERP, 1994.(OBRA ESGOTADA)
3. CURRCULO
A palavra currculo usada de muitas maneiras. Para nosso propsito, significa o contedo da relao
dinmica entre ensino e aprendizagem. Examinaremos vrios tipos ou fontes de currculo.
A lei.
O ensino da lei se relacionava muito com o ensino feito atravs do folclore, do simbolismo e do ritual. No
se pode menosprezar a importncia da lei como elemento educativo. Os primeiros cinco livros da Bblia, os
chamados livros de Moiss, constituem os livros da lei. No idioma hebraico os livros de Moiss eram chamados de
Tora (verso dos Setenta em grego), palavra ordinariamente traduzida por lei. Na realidade Tora significa
instruo. Isto quer dizer que a Tora foi o meio utilizado por Deus neste perodo histrico para a instruo do seu
povo. Poderamos dizer, portanto, que a Tora ou a lei foi o elemento central na educao de Israel. Os adultos
aprendiam atravs da lei e transmitiam a seus filhos essa aprendizagem.
Literatura de sabedoria
Os livros de Provrbios e Eclesiastes contm uma espcie de pedagogia que merece destaque especial por
seu valor educativo. (o autor cnscio do fato de que h problemas quanto data de produo destes livros.
provvel que no pertenam ao perodo hebraico propriamente e sim ao perodo seguinte, isto , ao perodo do
judasmo).
No apresentaremos detalhes; apenas daremos referncia, para que o leitor faa sua prpria investigao
e estudo. Segundo alguns dos provrbios, h instrumentos que a famlia pode usar na criao dos filhos. Estes
instrumentos podem ser usados em reas como:
1. Instruo: Pv 1.8; 6.20,23.
2. Exemplo ou modelo de comportamento: Pv 20.7; 23.26; 13.20.
3. Disciplina: Pv 3.11,12; 19.20; 29.15; 22.15.
Princpios educacionais
H no Antigo Testamento, pelo menos, seis princpios bvios:
1. A educao foi um mandamento direto de Deus.
2. O prottipo de todos os mestres foi o prprio Deus. Portanto, o ensino tem autoridade e sanso
divinos.
3. A disciplina um ingrediente necessrio.
4. O ofcio de ensinar era considerado sagrado, porque embora Deus ensinasse, inspirava tambm o
homem a ensinar.
5. A instruo das crianas comeava em tenra idade.
6. O princpio fundamental para o ensino, especialmente das crianas, era o de ensinar gradualmente.
Mtodos
Havia trs mtodos principais para o eficiente:
1. O uso do ensino oral.
2. O uso de procedimentos normativos.
3. O uso de parbolas para a instruo moral.
Concluso
Quando se fala de educao entre os hebreus, estamos, de fato, falando sobre educao religiosa. Devemos
reconhecer que a educao entre os hebreus foi quase que exclusivamente educao religiosa. Se pudssemos
fazer uma parfrase das palavras de Barclay, concluiramos dizendo que, visto que a fidelidade, a obedincia a
Deus e a importncia de seu lugar na vida do povo israelita foram parte to relevante da educao, esta deve ser
entendida como educao religiosa.
importantes caractersticas educacionais desde o princpio, e sua relevncia educacional se intensificou medida
que a igreja absorvia mais e mais o elemento pago (durante os sculos posteriores). Foi atravs da ceia e da
pregao que a igreja aprendeu de modo objetivo o contedo do evangelho e o que significava para ela como
esposa de Cristo. O batismo tambm foi muito instrutivo, direta e indiretamente. O batismo foi o enfoque do
catecismo que logo se desenvolveu para ensinar e treinar novos convertidos, antes de se tornarem oficialmente
membros da igreja.
O comportamento dos primeiros cristos era tambm um instrumento educativo. Tudo tinha a ver com seu
modo de viver a doutrina dos apstolos, a comunho (koinonia), as oraes, a observncia das ordenanas, a
caridade fraternal, o amor (agape) nada disso chegou de modo automtico aos novos convertidos. Eles tiveram
que aprender atravs de explicaes que lhes foram dadas. Alm do mais, muitas das prticas educacionais e
seus respectivos contedos tinham razes hebraicas e judaicas, e medida que a igreja penetrava no mundo
romano havia a necessidade de ensinar essas prticas aos pagos.
A funo do ensino
No N.T., especialmente nas epstolas, e particularmente nas de Paulo, os conceitos de mestre e de
educao permeiam a literatura, mas no existe aqui um conceito especfico de educao. provvel que no se
considerasse necessrio definir as crenas sobre o ensino, porque isso era subentendido, era parte vital do
cotidiano. provvel tambm que houvesse dvida da parte da prpria igreja quanto especificao de sua
funo como mestra.Tal incerteza se deve ao fato de que Cristo foi sempre apresentado como o nico mestre e
que os outros "mestres" eram apenas seus discpulos.
A aluso mais direta ao ofcio de mestre se encontra na primeira carta de Paulo aos corntios (12:28). Na
descrio dos dons espirituais feita nesse texto, os mestres ocupam o terceiro lugar. Aparentemente, portanto, os
mestres formavam um grupo especial na comunidade, pois a implicao a de que nem todos possuam esse
dom.
A educao na igreja primitiva tinha duas funes principais ou duas reas de maior nfase. A primeira se
relacionava com o batismo. Precisava-se de uma instruo formal, para ajudar o novo crente a entender o que
estava fazendo ao submeter-se ao batismo. Essa instruo lhe servia durante toda a vida como modelo para o seu
viver cotidiano. Mas, ao fim do segundo sculo, o processo do batismo e a preparao que o candidato devia Ter
eram muito elaborados (inclua uma preparao que durava trs anos e que permitia ao novo crente um
envolvimento crescente com a vida da igreja).
No devemos pensar que esse processo fosse to complicado na igreja do primeiro sculo. Mas quase
impossvel imaginar que as mesmas caractersticas da instruo sobre o batismo no tenham feito parte da igreja
primitiva. Portanto, o batismo e a preparao para receb-lo foram importantssimos no desenvolvimento da igreja.
H vrias passagens do N.T. que provavelmente eram fragmentos de catecismos (ensinos) batismais. Por
exemplo, veja Cl.3:8- 4:6; Ef.4:22; I Ped.1:4-11; Tg.1:1-4,10.
A outra funo principal da educao era servir como veculo para comunicar e conservar uma nova
tradio, uma tradio crist. semelhana da tradio oral dos judeus, esta nova tradio tinha a ver com as
palavras, ensinos e atos de Jesus, especialmente com respeito sua morte e ressurreio. Essas tradies
explicavam como Jesus havia cumprido o A.T. e esboavam a maneira de viver para algum que se propusesse a
ser fiel seguidor de Cristo.
s vezes, a nova tradio empregava a mesma terminologia da tradio oral dos judeus (por exemplo, I
Co.15:3,4). Mas, ao contrrio da tradio judaica, essas novas tradies crists no eram apenas contos
passados de gerao a gerao. Era, isto sim, uma tradio viva a respeito de um Cristo vivo.
As tradies surgidas sobre Jesus Cristo se apoiavam muito nos estudos do A.T., ou seja, na Bblia
hebraica. O estudo da base hebraica da histria crist foi muito importante para os gentios convertidos. Por
exemplo, muitas das coisas que Paulo escreveu no teriam sido compreendidas pelos cristos gentios se eles no
houvessem estudado a escritura judaica. Alm destas tradies de como a vida e o ministrio de Jesus se
relacionavam com as profecias dos antigos israelitas e com aquelas relativas sua morte e ressurreio, dava-se
tambm muita nfase ao ensinamento tico. Era de fundamental importncia que os novos crentes
compreendessem como andar luz de sua nova f.
para conservar e propagar a doutrina crist, era necessrio que ela fosse ensinada. Como literatura representativa
deste perodo, consideremos duas fontes literrias de ensino.
As cartas de Paulo
Do ponto de vista do educador, o propsito por excelncia dos escritos de Paulo foi ensinar. Cada carta que
escreveu a seus irmos na f servia para ajudar a conhecer e a entender alguma verdade. Podemos dizer, por
exemplo, que as cartas aos tessalonicenses foram escritas para corrigir idias erradas sobre a Segunda vinda de
Cristo. Aos corntios, Paulo escreveu com o propsito de corrigir suas condies ticas e para lhes ensinar
algumas normas espirituais que lhes servissem de guia em suas relaes sociais. Escreveu aos glatas para lhes
mostrar que se pode viver de modo justo e reto pela f e pelo poder do Esprito Santo. A carta aos romanos, esse
grande tratado doutrinrio, ensina que todos pecaram, que todos esto privados da glria de Deus, e que todos
podem ser justificados por meio da f. Paulo ensinou aos efsios as caractersticas da verdadeira igreja; aos
filipenses ensinou que a experincia crist uma realidade interna e no depende de circunstncias externas; aos
colossenses ensinou a verdadeira natureza de Jesus, a fim de refutar uma doutrina legalista; e a Timteo e a Tito,
o apstolo ensinou que a ordem e a disciplina devem prevalecer na igreja.
Estas ltimas cartas, a Timteo e a Tito, chamadas epstolas pastorais, demonstram especial interesse no
ensino. Devemos nos lembrar que quando Paulo escreveu estas cartas j se encontrava em idade avanada e se
preocupava com a propagao das doutrinas crists. Hayes sugere seis temas gerais nas cartas de Paulo a
Timteo, que salientam a importncia do ensino. Esses temas so os seguintes:
1.
O ensino essencial para manejar corretamente a Palavra inspirada (II Tim.2:14,15; 3:16,17).
2.
3.
4.
A capacidade para ensinar um dos requisitos para pastores e outros lderes espirituais (I Tim.3:2; II
Tim.2:24).
5.
6.
O ensino apresentado por Paulo como sendo indispensvel perpetuao da f (II Tim.2:2).
A Didach
A Didach ou a doutrina dos doze apstolos, um livro extracannico, provavelmente escrito no ano 90 da
era crist. H discusses quanto data em que este livro foi escrito, variando as opinies desde o ano 60 ao
terceiro sculo da era crist. Este livro diz conter instruo baseada nas palavras de Jesus, ensinada pelos
apstolos aos pagos que queriam seguir a Cristo.
A Didach nos ajuda a compreender o que a igreja do primeiro sculo estava ensinando e como o fazia. A
obra se divide em trs partes principais. A primeira aborda a moralidade crist. Fala de um caminho da vida e de
um caminho de morte, e, naturalmente, exorta os pagos a escolher o caminho da vida, que consiste
principalmente na prtica das virtudes crists, bem como a evitar muitos vcios.
A Segunda parte do livro apresenta um resumo dos rituais litrgicos praticados na igreja. Explica o batismo,
o jejum, a orao, e sugere oraes especiais para uma ceia do Senhor em carter privado.
A terceira parte um esboo d organizao e da vida da igreja. Ensina sobre o lugar dos missionrios
itinerantes (apstolos), dos homens que falam em estado de xtase (profetas) e dos mestres da igreja. Alm disso
ensina princpios sobre hospitalidade, apoio aos profetas (econmico) e regras para o comportamento dos oficiais
da igreja. Exorta os cristos a tomar a vida a srio, em vista da perspectiva do juzo vindouro.
Do ponto de vista do educador, este livro um dos mais importantes do primeiro sculo. Nele as palavras de
Jesus so facilmente reconhecidas, alm de outras doutrinas que se desenvolveram na igreja primitiva.
Enquanto o Imprio Romano se enfraquecia durante os primeiros sculos, a igreja se fortalecia. Durante
esse perodo, a igreja experimentou vrios mtodos educacionais. Suas vrias maneiras de cumprir suas
responsabilidades educacionais incluam as escolas de catecmenos, para preparao dos convertidos ao
batismo; as escolas catequticas, para instruo avanada; as escolas paroquiais, para preparao do clero local;
os mosteiros, para os que buscavam uma alternativa de vida, e at universidades, para a educao superior.
Cada um desses avanos merece nosso estudo e ateno. Mas antes de consider-los, devemos nos
conscientizar do fato de que esses avanos no aconteceram no vcuo. Havia muitas coisas no contexto do
mundo grego-romano que influenciaram a igreja no seu intento de educar-se. Consideraremos algumas delas.
1. INFLUNCIAS NO DESENVOLVIMENTO DA IGREJA
No crescimento e desenvolvimento da nova igreja comearam a surgir entre os crentes pessoas muito
importantes, intelectuais de formao greco-romana. No contexto cultural da poca predominavam a filosofia e o
intelectualismo. Quando a igreja passou a Ter entre os seus membros pessoas de tal formao, tornou-se difcil
instru-las com ensinamentos simples. Havia diversas influncias externas e internas, relacionadas com o
propsito da igreja de enfrentar confrontao deste problema. Consideraremos algumas delas.
Intelectualismo. Nos primeiros sculos da era crist, como havia acontecido antes, o movimento intelectual
foi a Paideia grega, isto , o contexto grego da cultura e os ideais para a vida. Todo o mundo romano havia
sido influenciado pelo helenismo e, por isso mesmo, uma perspectiva filosfica grega penetrava todas as
fases da vida, especialmente entre certas classes sociais. A igreja, portanto, tinha que preocupar-se com a
vida intelectual do tempo, se quisesse alcanar todas as classes sociais para Cristo. Como resultado, muitos
dos mestres cristos deste perodo (sculo II,III e IV) vieram para a igreja com esta bagagem cultural e
tentaram sintetizar a doutrina crist com os ideais filosficos.
Heresias e divises. Outro fator decisivo no desenvolvimento da educao crist nos quatro primeiros
sculos foram, as diferenas doutrinrias entre os lderes, que resultaram em heresias e divises ou cismas.
As controvrsias surgidas na igreja concernentes a doutrina e a prtica influenciaram tremendamente os eu
magistrio. Tais controvrsias como o montanismo, arianismo e adocionismo so exemplos desse tipo de
influncia. Ao encarar as heresias, a igreja comeou a adotar novas normas doutrinrias. Da f simples que
encontramos no N.T. as crenas da igreja passaram a ser algo mais desenvolvido e organizado. Esse fato,
combinado com a separao da igreja crist do judasmo, criou a necessidade de informar ao pblico as
normas estabelecidas da nova f. Surgiu assim, por conseqncia, a necessidade de ensinar a f dentro da
igreja e ao mesmo tempo a de educar de maneira geral a sociedade, para que no houvesse equvoco quanto
ao significado do cristianismo. Em muitos casos, o intelectualismo do dia e as heresias e cismas se
combinaram. Um dos elementos mais influentes da igreja primitiva, por exemplo, foi o movimento intelectual
pseudocrsto chamado gnosticismo (salvao atravs do intelecto ou do conhecimento). A existncia de tais
sistemas de pensamento forou a igreja a desenvolver suas doutrinas prprias para contestar as doutrinas
erradas.
Os apologistas. Com o aparecimento desses problemas e influncias, surgiu um fenmeno educacionaal
dentro da igreja que merece nossa ateno. No segundo sculo pareceram os cristos conhecidos na histria
como apologistas. Esses homens chamaram a si a responsabilidade de delinear e explicar a natureza
filosfica e intelectual do cristianismo a uma cultura pag influenciada pelos elementos intelectuais da
sociedade e da filosofia helenista. Em geral, os apologistas eram homens educados na cultura clssica e
reconhecidos como lderes da igreja. Os documentos que produziram defendiam a f crist das foras internas
e externas que queriam destru-la. Podemos resumir os objetivos das apologias em dois pontos bastante
simples. Primeiro, tentaram negar as acusaes feitas aos cristos. Segundo, tentaram conservar as doutrinas
tradicionais que tinham vindo da igreja neotestamentria. As apologias, portanto, eram documentos teolgicos,
mas eram tambm documentos educativos, visto que propagavam doutrinas corretas e negavam
ensinamentos falsos.
2. INSTITUIES EDUCACIONAIS
Nos quinze sculos que antecederam a Reforma Protestante, a educao crist passou por muitas fases.
Vimos algumas das influncias dos primeiros quatro sculos na formao de um sistema educacional. Agora
concentraremos nosso estudo nos primeiros anos da vida da igreja para ver as vrias etapas de desenvolvimento
atravs das quais a igreja passou.
Escolas de catecmenos
Em todo o mundo greco-romano em que se encontrava a igreja crist, a educao era pag. Todas as reas
do ensino, todas as cerimnias educacionais, tudo que era ligado instruo das crianas romanas estava
saturado da mitologia grega e romana. Assim, pois, as crianas crists corriam o risco de aprender os dois
sistemas educacionais o cristo e o mitolgico. Isso gerou um dilema para os cristos. O nico recurso de que
dispunham para enfrentar o problema era a educao domstica e a instruo eclesistica. Sentindo que toda a
educao deve relacionar-se com os ensinamentos cristos ( o leitor se recorda de que toda a educao judaica
era tambm educao religiosa ), a igreja comeou a desenvolver um sistema educacional.
A princpio, a educao na igreja gentia tomou carter semiformal, em classes conhecidas como escolas de
catecmenos. O catecmeno era um novo convertido que precisava ser instrudo em matria de f.
("Catecmeno" derivado de uma palavra grega que quer dizer instruir, fazer rudo ao ouvido, instruo
rudimentar).As escolas de catecmenos eram classes de aulas semiformais ministradas a tais pessoas, entre as
quais filhos de crentes, judeus adultos e gentios convertidos. Os mestres eram, os bispos, diconos e
subdiconos.
Nas escolas de catecmenos havia trs nveis ou estgios de estudo, dependendo do progresso do aluno.
No primeiro nvel se encontravam os ouvintes- alunos aos quais era permitido assistir s aulas. No segundo
nvel, os que dobravam os joelhos os que ficavam para um perodo de oraes depois da sada dos ouvintes.
O terceiro nvel se constitua de alunos que permaneciam aps um longo perodo de provas e comeavam a se
preparar para o batismo. Este sistema alcanou seu ponto mais alto no quarto sculo, mas a partir de 450
comeou o seu declnio.
Escolas catequticas
Em meio ao desenvolvimento do intelectualismo, da organizao da igreja, e muito relacionada com tudo
isso, reconheceu-se a necessidade de se Ter mais do que uma instruo elementar. Para atender a esta
necessidade, apareceram escolas para treinar os cristos ao mesmo nvel intelectual dos seus crticos. Estas
escolas vieram a ser as instituies de treinamento para lderes da igreja.
A primeira e mais famosa escola catequtica foi a de Alexandria, no Norte da frica. Esta escola foi fundada
no ano de 179 por Panteno e oferecia uma combinao de aprendizagem e pensamento filosfico gregos com as
Escrituras. Seu objetivo era utilizar o pensamento grego na interpretao das Escrituras e no treinamento de
lderes.
Existiam tambm outras escolas desse tipo em Antioquia, Cesaria, Edesa, Jerusalm, Cartago e outras
cidades. Por sua funo de treinar lderes, as escolas catequticas foram as precursoras das atuais instituies de
educao teolgica que existem para preparar o clero. Foi nestas escolas que a f e a doutrina crist se
estruturaram num sistema de pensamento. Muitos dos grandes mestres da igreja, alguns dos quais vamos estudar
no prximo captulo, foram influenciados por este sistema cientfico de ensino.
Escolas catedrais ou episcopais
medida que a igreja crescia, especialmente nas reas urbanas, e o clero se dividia em termos de suas
funes ministeriais, algumas cidades importantes se desenvolviam como sedes ou residncias dos bispos
administrativos. O territrio administrado por um s bispo passou a ser conhecido como bispado, e a igreja nessa
cidade a ser conhecida como catedral. As parquias ao redor da cidade se relacionavam com esta catedral. Por
isso, as igrejas centrais se viam obrigadas a suprir clrigos para estas parquias (presbteros) e tais ministros
necessitavam de treinamento para ocupar as funes eclesisticas. Como resultado surgiram escolas nas
catedrais para o treinamento dos clrigos locais. Por sua relao com a catedral, estas escolas eram conhecidas
como escolas catedrais ou episcopais (do bispado).
No quarto sculo, estas escolas j haviam alcanado um bom nvel de organizao. Quando a igreja foi
oficialmente reconhecida pelo Estado e depois quando a ele se uniu, as escolas pags desapareceram, e as
escolas catedrais se tornaram as instituies educacionais mais importantes no mundo ocidental. No sculo VI,
at meninos destinados ao ministrio j freqentavam as escolas episcopais.
A partir do sexto sculo, parece que a natureza das escolas episcopais comea a mudar. Segundo os
historiadores, a escola catedral foi a me das escolas primrias, que aparecem pela primeira vez naquele sculo.
O currculo destas escolas primrias bem simples abrangia a leitura, escrita, msica, matemtica, prtica religiosa
e regras de conduta. Do sexto ao dcimo sculo, as escolas catedrais existiam ao lado das escolas monsticas,
que logo discutiremos, mas nos sculos XI e XII as escolas catedrais surgiram como a instituio educacional
mais importante.
O que de melhor havia nestas escolas contribuiu para o desenvolvimento das universidades na parte final da
Idade Mdia. Quando as escolas episcopais cresciam muito, os bispos designavam chanceleres, como
supervisores dos mestres. Assim, um pouco afastados da direo imediata da igreja, professores e alunos tinham
mais autonomia e se organizavam em grmios. Depois de algum tempo, o termo grmio foi mudado para
universitas, e aplicado s faculdades e corpos discentes dessas escolas.
Monasticismo
Nos primeiros sculos, a igreja crescia, expandia-se e se tornava cada vez mais poderosa e, tambm, cada
vez mais poltica. A igreja se transformou num Estado hierrquico dentro do Estado romano, e os oficiais
eclesisticos assumiram mais autoridade poltica. Devido a estes acontecimentos, muita gente se desiludiu. Estas
pessoas achavam que os cristos e a igreja deveriam Ter-se mantido separados do mundo, como no incio de
sua histria. Buscavam um meio de retornar a essa vida separada, para meditaes e estudo pessoal. Estas
pessoas ficaram conhecidas como monges.
O primeiro mosteiro foi fundado no Egito, no ano de 330. A idia foi adotada em outros lugares em poucos
anos, e, ao chegar a Idade Mdia, o monasticismo havia se tornado um sistema educacional prprio dentro da
igreja.
Os regulamentos a que os monges estavam sujeitos incluam leitura e estudo como parte da atividade
diria. Tais regulamentos facilitaram o caminho para o estabelecimento de um sistema de educao monstica.
Como resultado, surgiram dois tipos de escolas monsticas. Num deles os monges ensinavam os meninos
destinados a entrar logo na ordem. O outro tipo aceitava qualquer criana que se desejasse que fosse educada
num sistema de disciplina rgido, jejum e orao.
O ponto importante para nosso estudo o seguinte. Nas escolas monsticas ensinava-se as crianas a ler.
Para Ter o que ler, os novios copiavam os manuscritos da igreja primitiva e obras da literatura romana antiga.
Desse modo a literatura bblica, histrica e secular foi preservada para a posteridade. Seria errado pensar que o
ensino bblico era prioritrio nestas escolas. Mas, pelo menos,. Elas conservaram o ensino e serviram como bero
dos lderes literrios, educacionais e teolgicos do perodo.
CONCLUSO
Todos esses movimentos foram relativamente fracos. A educao secular em geral, com suas influncias
gregas e romanas, era, em tese, mais forte que a educao crist, e a esta influenciou bastante. Quando o Imprio
romano comeou a desintegrar-se (sculo V), com ele caiu tambm o ensino e o conhecimento. As primeiras
instituies que estudamos escolas de catecmenos, escolas catequticas, es colas episcopais ou catedrais
sofreram muito. A igreja pde manter viva a educao, mas, como o resto do mundo, a igreja foi a nica instituio
estvel que permaneceu no mundo romano quando o Imprio se desfez.
Durante a Idade Mdia, a idade da ignorncia, havia escolas, muitas delas mantidas pela igreja. Mas as
massas permaneciam ignorantes e analfabetas. Havia muita ignorncia quanto Bblia, e o prprio clero no
sabia bem o que estava fazendo.
Alguns dariam um triste epteto educao crist da Segunda metade do perodo que discutimos neste
captulo. Diriam que a igreja propagava a educao religiosa, mas no a educao crist. Segundo Eavey havia
bastante da igreja, mas pouco de Deus.
1. PAIS DA IGREJA
Justino Mrtir (100-165). Justino havia sido mestre e filsofo grego antes de converter-se, e continuou sua
profisso depois de convertido. Sua influncia educacional se prende nfase que deu natureza filosfica
do cristianismo. Ensinou que o cristianismo se encontrava latente na filosofia grega, e que atravs de Cristo
ele, como filsofo, havia chegado filosofia perfeita. Justino foi um dos apologistas mencionados no captulo
anterior. Muitos apologistas esclareceram assuntos doutrinrios e ticos, e nos do um exemplo de como os
cristos primitivos, influenciados pelo helenismo, interpretavam as Escrituras.
Irineu (140-200). Irineu foi bispo de Lio na Glia. Traava sua sucesso apostlica at o apstolo Joo,
atravs de Policarpo. Irineu acreditava que o ensino era a ferramenta prpria para edificar uma igreja forte.
Talvez sua maior contribuio educao eclesistica tenha sido os cinco volumes que escreveu para efetuar
o gnosticismo.
Clemente de Alexandria (160-215). Tito Flvio Clemente foi sucessor de Panteno na escola catequtica de
Alexandria. Clemente tambm foi muito influenciado pela filosofia grega, que considerava uma boa
preparao para o avano do evangelho(Latourette). Acreditava que o cristo devia aproveitar todas as
oportunidades de aprender, seja qual fosse o ramo do conhecimento humano. De todos os seus escritos, os
que mais se relacionaram com a educao so Paidagogos (Instrutor), no qual se fala sobre o
comportamento que o cristo deve demosntrar, e Stromateis (Miscelneas) que um trabalho de educao
avanada.
Tertuliano (160-220). A posio de Tertuliano sobre a filosofia representa o oposto da opinio dos pais da
igreja at aqui mencionados. Tertuliano se opunha fortemente ao uso da filosofia nas discusses teolgicas.
Gangel e Benson identificaram trs temas dominantes nos escritos de Tertuliano: a atitude do cristianismo
perante o Estado romano e a sociedade romana; defesa da teologia ortodoxa contra as heresias; e a conduta
moral dos cristos. Em seus escritos, Tertuliano muito rgido e inlfexvel quanto boa conduta moral e sobre
algumas prticas dentro da igreja, tais como a disciplina, o jejum e o segundo matrimnio. Talvez a maior
contribuio de Tertuliano educao tenha sido a quantidade de escritos que deixou igreja para uso de
seus sucessores e para telogos de futuras geraes.
Orgenes (185-254). Orgenes foi discpulo de Clemente de Alexandria e seu sucessor como diretor da escola
daquela cidade. Sua formao era diferente daquela dos pais at aqui estudados, visto que era cristo de
Segunda gerao. Sua famlia era crist, e seu pai foi professor de uma escola secular. Com seu pai aprendeu
a valorizar a educao grega, e achava que era compatvel com a doutrina crist. Suas contribuies
educao crist consistem de sua notvel erudio e de seus escritos teolgicos, que dominaram a erudio
eclesistica durante os sculos III e IV.
Jernimo (135-419). Jernimo participava freqentemente de debates nos quais salientava os objetivos
morais e ascticos da educao. Essa nfase tinha por objetivo refutar a tendncia de mostrar interesse pelas
necessidades humanas. Os ensinos de Jernimo exerceram grande influncia nas escolas monsticas. As
duas principais contribuies de Jernimo educao crist foram: 1) sua traduo latina das Escrituras
(Vulgata), e 2) sua nfase sobre a igualdade do homem perante Deus. Esta ltima contribuio preparou o
caminho para a futura adoo do princpio da educao universal.
tratado clssico de pedagogia. O elemento-chave desse tratado o ensino de que toda verdade a verdade de
Deus. Fora disso no h verdade. Esta a idia que enriqueceu em sua totalidade o conceito de educao crist.
Outra obra, A instruo para os no-instrudos, um manual que trata da metodologia do professor cristo
em sua tarefa de instruir os candidatos ao batismo. Contm auxlio para o professor sobre os princpios da
pedagogia.
Outro trabalho de Agostinho que tem valor para a educao Interpretao literal do Gnesis. Nesta obra
fica evidente que o conceito de vontade ocupa lugar saliente em sua teoria educacional.
Agostinho, como outros educadores cristos j apresentados, procurava conciliar a filosofia com o
cristianismo. A sntese do platonismo com o cristianismo que Agostinho produziu lhe deu um conceito muito
interessante sobre o que significa ensinar. Demonstrou profundo respeito ao intelecto e tambm singularidade
da pessoa humana do aluno. Considerou que a responsabilidade do professor estimular e encorajar, em vez de
uma atitude autoritria. Parte integrante de sua crena era o conceito de que o mestre cristo devia ser modelo.
Como Jesus e Paulo, Agostinho acreditava que o mestre deve possuir qualidades que os alunos possam observar
e seguir.
A influncia de Agostinho foi ampla, profunda e duradoura. Sua presena na histria serviu como elo entre
dois perodos da histria da igreja. Agostinho foi o canal atravs do qual a filosofia grega fluiu para a Idade Mdia
(Gangel e Benson).
3. ALCUNO (735-804)
No intervalo entre o perodo de Agostinho e ltima parta da Idade Mdia, a educao crist e mesmo a
secular sofreram muito. Neste perodo de decadncia educacional encontram-se poucas personalidades de
destaque no campo da educao. Algumas pessoas como Columbano da Irlanda e Bonifcio, apstolo dos
alemes, contriburam significativamente para o desenvolvimento da educao crist. Mas talvez o personagem
mais importante deste perodo tenha sido Alcuno, educador responsvel pelo treinamento do clero e do pessoal
administrativo no reino de Carlos Magno. Para esse treinamento, Alcuno desenvolveu um currculo baseado nas
sete artes liberais, derivadas da educao romana (gramtica, retrica, dialtica, aritmtica, geometria, astronomia
e msica). Desde a poca romana, estes estudos eram agrupados, os trs primeiros formando o trivium e os
quatro ltimos formando o quadrivium. Alm disso, Alcuno sugeriu a Carlos Magno que todas as crianas deviam
aprender a escrever, aritmtica, msica, leitura e a gramtica latina.
A importncia de Alcuno para o estudo dos fundamentos histricos da educao crist que as reformas
educacionais e eclesisticas durante sua administrao e o reino de Carlos Magno deram fora igreja e cultura
para se manterem durante os anos de trevas que se seguiram.
4. TOMS DE AQUINO (1225-1274)
Para entender como Toms de Aquino se enquadra no esquema da histria, mister entender algo do seu
contexto histrico no que se refere educao. O movimento educacional que o afetou e que por ele foi
influenciado se chamava escolaticismo.
Escolaticismo
Podemos dizer, de modo simples, que o objetivo do escolaticismo era apresentar uma ligao entre a f e a
razo. Os escolsticos assumiram a tarefa de promover uma estrutura filosfica suficientemente forte para vencer
qualquer dvida que pudesse ser levantada quanto f crist. Queriam demonstrar a um mundo cheio de dvidas
que no existe antagonismo entre a f e a razo; que so perfeitamente compatveis.
Do sculo IX ao sculo XII, as obras de Plato influenciaram muito este movimento. Mas no sculo XII as
obras de Aristteles foram redescobertas e seus ensinamentos foram aplicados ao sistema escolstico. Segundo
Gangel e Benson, o escolasticismo tinha um trplice propsito educacional: 1) desenvolver a habilidade de
organizar as crenas num sistema lgico, com argumentos defensivos; 2) sistematizar o conhecimento, e 3) prover
um processo de proposies e silogismos para ajudar o indivduo a aprender o conhecimento sistematizado.
Toms de Aquino
O escolasticismo era a moda educacional quando Toms entrou em cena. A igreja estava preocupada com
as contradies entre o dogma eclesistico e os resultados do pensamento racional, segundo os ensinos de
Aristteles. Toms de Aquino, o escolstico mais importante, dedicou-se tarefa de conciliar o pensamento de
Aristteles com os ensinamentos da igreja. Queria harmonizar o cristianismo com a cincia e a civilizao. Quer
dizer, Toms de Aquino tentou descobrir ou criar uma aliana entre a f e a razo. Para alcanar seu objetivo, teve
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.15
que reconciliar o dogma da igreja (para ele isto era f) com os ensinos de Aristteles ( como representante da
razo ). O resultado de seu trabalho foi a Suma Teolgica, considerada at hoje como a exposio autorizada da
teologia da Igreja Catlica Romana. Com Toms de Aquino, o escolasticismo deu nimo ao estudo da teologia e
conservou o interesse nos assuntos intelectuais.
IMPORTANTES
DURANTE
PERODO
DO
1. O AMBIENTE
Caractersticas do Renascimento
Durante os sculos IV a XVI, passou a Europa por muitas mudanas revolucionrias. Entre elas, mudanas
econmicas, polticas, intelectuais e religiosas. As mudanas econmicas se deveram aos princpios de uma
revoluo industrial que sacudiu a Europa. A nacionalizao de pases da Europa foi a causa de mudanas
polticas. Mudanas religiosas dentro e fora da igreja romana assumiram a forma da Reforma Protestante e da
Contra-Reforma dentre da Igreja Catlica. As mudanas intelectuais ficaram conhecidas na histria como
Renascimento, e delas que nos ocupamos agora.
A poca do Renascimento, perodo de renovao cultural e humanismo, caracterizou-se por um esprito
predominantemente secular. O esprito secular no representava necessariamente uma tendncia ao atesmo.
Representava mais um esquecimento de Deus, ou, pelo menos, uma mudana de prioridades. A ateno do
homem foi posta mais em si mesmo e em sua prosperidade do que em Deus. Houve uma nova nfase sobre a
fruio da vida, na satisfao pessoal, nas aquisies que a nova riqueza tornava possvel. Nas palavras de
Gangel e Benson, o Renascimento foi uma poca em que o homem e o seu mundo, e no Deus e seu cu,
tornaram-se o centro do interesse humano.
Outra caracterstica do Renascimento, muito relacionada com o esprito secular, foi o individualismo. Com a
desintegrao do sistema feudal, criaram-se novas carreiras profissionais, e muitas oportunidades, antes
reservadas apenas nobreza, ficaram ao alcance do homem comum. O aparecimento do capitalismo tornou
possvel s classes baixas a mudana de posio social. Todas essas mudanas preparam o caminho para o
aparecimento do que se convencionou chamar de homem renascido- um novo tipo de pessoa aficionada aos
esportes, msica, literatura e cincia - o homem total. Era esse tipo de pessoa que a educao crist
devia atingir.
A Resposta da Educao Crist
O escolasticismo produziu novos pensamentos sobre Deus e, at certo ponto, tornou claro que o propsito
do homem era glorificar a Deus. Mas os lderes do Renascimento, isto , os intelectuais da renovao cultural da
Europa, encaravam o objetivo por excelncia da vida humana de outra maneira. Para eles, os propsitos do
homem eram glorificar a vida humana e o deleite do homem em seu prprio mundo. Com uma nova classe mdia,
uma nova posio para a mulher, um novo materialismo, a inveno da imprensa, e muitas outras coisas, o
homem se tornou mais otimista e confiou mais do que nunca em sua prpria capacidade. Todos os aspectos da
vida a arte, a arquitetura, a literatura, a cincia, a educao foram afetados por esses fatores. Nosso interesse
aqui, claro, limita-se educao.
A educao crist teve que reagir fortemente para que a igreja, por mais frgil que fosse, no perdesse
sua influncia no mundo. O humanismo cristo, resultante da combinao de foras e fatores do Renascimento,
apresentou vrias facetas. Consideraremos algumas delas.
Gerardo Groote (1340-1384) um nome importante para nosso estudo da educao durante o
Renascimento. Groote, advogado, telogo e erudito clssico, foi o fundador do movimento chamado Irmos da
Vida comum, um grupo evanglico e piedoso. Groote foi um indivduo mstico e pregador de avivamento
espiritual. Exerceu influncia sobre muitas pessoas, que deixaram a mundanidade das mudanas predominantes
naquela era e passaram a viver uma vida de santidade. As pessoas que atenderam pregao de Groote se
organizavam em comunidades como forma de refgio do mundo. As comunidades se chamavam casas, e nelas
vivia todo tipo de gente. Os membros de uma casa, de qualquer classe social, profisso, trabalhavam juntos,
mantinham-se juntos, ajudando os pobres e ensinando as crianas. Segundo Eavey, o propsito de seu trabalho
era dar nfase ao viver cristo nos moldes primitivos. Acreditavam que na Bblia. Mesmo sem deixar a Igreja
Catlica, ensinavam os seguidores a ler a Bblia por si mesmos e pregavam e ensinavam no idioma vernculo e
no no latim tradicional.
O valor educacional dos Irmos e mltiplo. Corrigiram a Vulgata, a Bblia da Igreja Catlica. Traduziram a
Bblia para o holands, sua lngua verncula. Escreveram, traduziram e espalharam pores da Bblia, livros
didticos e literatura religiosa, tornando possvel o acesso das massas literatura crist. Groote viu nas crianas o
futuro da igreja e encorajou seus seguidores a ensinar nas escolas. A partir de 1450, muitos Irmos se tornaram
professores das escolas pblicas, combinando suas doutrinas e prticas com a educao secular.
Os Irmos da vida Comum exerceram mais influncia sobre a educao do que qualquer outro grupo
durante o perodo do Renascimento e da Reforma. Sua influncia se fez sentir atravs da Reforma, e at depois,
em outros movimentos que vamos estudar. Alm de Gerardo Groote, h outros nomes importantes associados
aos Irmos. Joo Cele, por exemplo, introduziu a idia de ensinar a Bblia no somente aos domingos, mas,
tambm, todos os dias da semana. Ensinava todos os dias ensinava o N.T. (em lugar do catecismo), na esperana
de que seus alunos aprendessem a ser imitadores de Cristo. Ensinava tambm que as oraes deviam ser feitas
tanto no vernculo como em latim. Outro nome importante Thomas Kempis, presumvel autor da Imitao de
Cristo, livro devocional de renome e que reflete o esprito da sociedade dos Irmos da Vida Comum.
Talvez a personagem mais importante que saiu das fileiras dos Irmos tenha sido Erasmo, o mais famoso
de todos os humanistas e um dos homens mais influentes de todos os tempos(Ely). Wich o elogiou dizendo:
Poucos homens moldaram a educao europia de maneira to decisiva como Erasmo. Estimulou um melhor
mtodo de ensino e uma atitude mais tolerante e simptica para com o aluno, e imbuiu os estudos clssicos com
esprito de exatido, crtica histrica e perspectiva internacional. Tudo isto permitiu que a filosofia antiga
dominasse a humanidade at princpios do sculo XIX".
Erasmo foi uma voz decisiva no intento de conciliar a f com a razo. Mas, ao contrrio de outros
educadores na tradio de Toms de Aquino, seu antecessor, Erasmo criticou abertamente a Igreja romana.
Nunca rompeu com a igreja Catlica, mas as crticas que fez sua Bblia (Vulgata) foram notveis. Sua
permanncia na Igreja apesar de suas divergncias o que o distingue de seu contemporneo e amigo Martinho
Lutero. As crticas de Erasmo Igreja romana se estendiam s igrejas evanglicas, especialmente quanto falta
de instruo de muitos pastores.
No sentido educacional e filosfico, Erasmo acreditava que o homem basicamente bom (uma
caracterstica de todos os humanistas), e, portanto, devia desenvolver suas potencialidades intelectuais. Enquanto
muitos dos movimentos religiosos enfatizavam a depravao do homem, Erasmo insistia no oposto. A educao
que sugeria para o desenvolvimento do homem abrangia o estudo das obras clssicas, os escritos dos pais da
igreja e a Bblia. Seu conceito da metodologia que os mestres deviam usar uma das maiores influncias que
deixou para a educao. Acreditava que a natureza do aluno muito importante, e que o seu desenvolvimento a
chave da educao. Portanto, a tarefa do mestre no demonstrar sua prpria erudio, mas, sim, a de ajudar
seus alunos. Alm disso, sua influncia principal talvez tenha sido sua nfase na necessidade de um treinamento
sistemtico dos professores.
Precursores da Reforma
Antes da Reforma, geralmente associada ao trabalho de Martinho Lutero, houve homens e grupos
reformistas que exerceram influncia sobre a educao crist. Mencionaremos alguns deles.
1. Os Valdenses, da Suia e da Itlia, protestavam silenciosamente e ensinavam unicamente as Escrituras
atravs dos sculos. Deste grupo procederam os trs personagens que mencionaremos a seguir.
2. John Wycliffe (1330-1384), da Inglaterra, foi chamado de Estrela matutina da Reforma. Ele foi o lder de
um grupo semimilitante, os lolardos, e criticou muitas prticas e doutrinas da Igreja Catlica, tais como a
transubstanciao, as oraes pelos mortos, a adorao dos santos e outros. As maiores influncias
educacionais do grupo foram duas 1) ensinaram somente a Bblia, desprezando as tradies da Igreja, e
2) produziram uma nova literatura, que chamaram de tratados.
3. Jan Hus (1372-1415), da Bomia, foi o fundador dos husitas, um grupo que traduziu a Bblia para o
vernculo e desenvolveu um sistema de escolas, inclusive uma universidade, para promover a prtica do
cristianismo. A vida de Hus, sua condenao e morte nas mos da Igreja, influenciou muito Martinho
Lutero.
4. Um mrtir italiano, Girolamo Savonarola (1452-1498) mencionado por Gangel e Benson como figura
influente antes da Reforma, por sua pregao do plpito catlico, em que clamava por um retorno vida
crist baseada na Bblia.
Todas as pessoas e todos os movimentos mencionados at agora apareceram por influncia do
Renascimento. O Renascimento foi basicamente um movimento cultural, enquanto que a Reforma que o seguiu foi
um movimento teolgico. Na verdade, difcil separar as duas coisas. Para quem encara o assunto do ponto de
vista religioso e educacional, o humanismo e o tesmo so inseparveis.
2. A REFORMA
Nesta parte do captulo nos ocuparemos de algumas pessoas cuja influncia no campo da educao
decorre de suas atividades reformistas. Visto que nosso estudo no da histria do cristianismo como tal, no
pretendemos analisar a Reforma seno nos aspectos que podem ajudar o estudante de educao crist. Para
melhor compreenso desse perodo da histria, sugerimos a leitura de um livro de histria de Igreja.
Mencionaremos aqui algumas pessoas da maior importncia d\na Reforma Protestante e a contribuio de seu
ministrio para a educao.
Martinho Lutero (1483-1546)
A idia que se tem de Lutero como reformador tende a obscurecer seu valor no mundo da educao. No
comeo de seu desapontamento com a igreja, Lutero, como seu contemporneo Erasmo, no pretendia separarse da Igreja Romana. Promovia uma reforma interna. A amizade entre os dois rompeu-se quando o interesse
evangelstico do telogo Lutero o conduziu alm do humanismo do educador Erasmo.
Lutero acreditava que a educao estatal, subordinada Igreja Catlica, estava corrompendo a juventude
com os elementos do escolasticismo, que mesclava o estudo das obras clssicas com a Bblia em vez de estudar
somente a Bblia.
A educao que Lutero promovia se concentrava no lar, como ensina claramente o Antigo Testamento.
Todavia, ele entendia que o lar no dispunha dos meios para cumprir satisfatoriamente sua misso. O Estado,
portanto, devia oferecer um ambiente domstico que conduzisse aprendizagem.
Alm disso, desiludido com a Igreja Catlica, Lutero achava que o clero no tinha capacidade para oferecer
boa instruo s crianas. Neste caso, a educao devia ficar a cargo das autoridades do Estado.
semelhana de alguns de seus antecessores, Lutero achava que a educao devia ser obrigatria para
todos, para que todos pudessem aprender a ler a Bblia. O currculo que propunha inclua estudos bblicos,
lnguas, gramtica, retrica, lgica, literatura, poesia, hsitria, msica, matemtica, educao fsica e estudos da
natureza. De todos esses temas, sua nfase sobre a msica foi a principal caraterstica de sua filosofia da
educao. Segundo Gangel e Benson, a msica ocupava o segundo lugar em importncia, depois da teologia, na
filosofia educacional de Lutero.
Talvez a maior contribuio de Lutero posteridade, no que se refere educao, tenha sido sua nfase
sobre a arte de ensinar e a importncia do mestre. Para ele a pregao e o ensino tinham quase o mesmo valor.
Um aspecto relevante para ele no processo ensino-aprendizagem era a disciplina e a obedincia combinadas com
amor e moderao. Sua idia de disciplinar com amor, em parte, representa uma reao s prticas dos mosteiros
que usavam disciplina e castigos drsticos.
Philipp Melanchton (1497-1560)
Melanchton foi amigo e colega de Lutero. Foi presidente da Universidade de Wittenberg, e nessa posio
exigiu que professores ensinassem de acordo com o Credo Apostlico, o Credo de Nicia, o Credo de Atansio e
a Confisso de Augsburgo. A adoo desses credos deu educao superior condio de ensinar a verdade
baseada em princpios bblicos, sem receio das tendncias modernas. Acima de tudo, os esforos de Melanchton
proporcionaram uma educao superior protestante, talvez no em sua totalidade, mas pelo menos em seu
sentido principal.
Ulrico Zwnglio (1484-1531)
Zwnglio, reformador suo, foi um educador na tradio humanstica de Erasmo. Contribuiu muito para a
Reforma ao escrever Breve Introduo Crist, na qual descreve a posio dos pastores da Reforma. Sua histria
pessoal muito interessante, mas deixamos seu relato aos historiadores da igreja. A maior contribuio
educacional do ministrio de Zwnglio foi a fundao de um instituto teolgico, o Prophezei. Nesse instituto,
mestres e alunos participavam juntos, como iguais e com respeito mtuo, na busca da verdade.
Joo Calvino (1509-1564)
Calvino, outro reformador de renome e conhecido por suas doutrinas da predestinao, depravao do
homem e soberania de Deus, deixou tambm contribuies educao. Dentre elas salientamos as seguintes: 1)
convocou a igreja a retornar tarefa de ensinar s crianas. 2) Fundou a Academia de Genebra, que ensinava
crianas e adultos. 3) Exps uma filosofia que indicava que conhecimento e aprendizagem no eram para
satisfazer a curiosidade de ningum, e sim para poder ensinar a outras pessoas. Todos os seus alunos na
universidade tinham que fazer confisso de f, porque Calvino achava no ser conveniente ensinar a no-crentes.
4) Escreveu tratados, catecismos e comentrios bblicos.
John Knox (1505-1572)
Knox, um dos fundadores do presbiterianismo, fez, pelo menos, as seguintes contribuies educao: 1)
Promoveu a idia de que os objetivos da educao so aprender a ler (para que se possa ler a Bblia) e treinar a
juventude nas virtudes, preparando-a para ser til ao mundo e para glorificar a Cristo. 2) Estabeleceu um sistema
nacional de educao na Esccia, no qual a Bblia era o tema principal nos trs nveis primrio, secundrio e
superior.
Incio de Loyola (1491-1556)
Incio de Loyola foi o fundador dos jesutas, ou seja, da Companhia de Jesus, movimento integrante da
Contra-Reforma Catlica. Tinha algumas das mesmas preocupaes dos reformadores protestantes, mas queria
que as mudanas se operassem dentro da Igreja Catlica. Acreditava que a Igreja Catlica poderia cumprir melhor
sua tarefa atravs da educao teolgica. O tema central das escolas jesutas at hoje a auto-disciplina.
Os Anabatistas
Este grupo de irmos perseguidores no reconhecido, geralmente, como um grupo de educadores. Muitas
denominaes e grupos evanglicos, porm, encontram suas razes em seus ensinos. O leitor que no haja
estudado o desenvolvimento deste grupo faria bem em conhecer a herana que os anabatistas legaram a
geraes posteriores. Gangel e Benson os elogiam como educadores, e concordamos com eles: nossa opinio
que, embora tenham sido os principais lderes da Reforma que nos deixaram os fundamentos da educao, foram
os anabatistas que nos ensinaram a viver como Cristo. Que conceito mais vlido, a teoria ou a prtica?
Eavey resume a influncia da Reforma sobre a educao crist em cinco pontos:
1. Traduo da Bblia para idioma vernculo, com ampla distribuio.
2. Avivamento da pregao bblica e doutrinria
3. Ensino da Bblia entre as famlias.
4. Estabelecimento de escolas crists para a juventude.
5. Adoo da idia de que toda educao ou deve ser uma unidade (uma mescla de contedo
religioso e humanista).
4. PIETISMO
O pietismo foi um movimento que combinava as tendncias msticas e prticas nas igrejas luteranas e
reformadas. Foi uma reao contra o formalismo e a doutrina pura enfatizada pela igreja de pensamentos
ortodoxo em favor da observncia do esprito do evangelho e no da letra. Podemos dizer que foi um movimento
fundamental, combinando as crenas dos husitas, Valdenses e Irmos da Vida Comum.
A crena central dos seguidores desse movimento foi a necessidade de um retorno Bblia. Alm de propor
estudos bblicos, auto-exame contnuo e dependncia de Deus, observavam tambm prticas dirias bastante
conservadoras, como a proibio de danas, espetculos, brincadeiras, literatura secular, enfeites etc. Suas
crenas combinavam a nfase de Lutero quanto ao comportamento puritano. Foram influenciados tambm pelos
trabalhos de John Bunyan e Richard Baxter. Quando a prpria Reforma comeou a praticar as reaes de Lutero,
este movimento j contava com um grande nmero de igrejas e escolas (mais de 300 igrejas e 3 mil escolas, com
cerca de 100 mil membros somente na Bomia).
O estudo deste movimento importante para ns, porque seus seguidores diziam haver ligao direta entre
a teologia e a educao. Para eles, o propsito da educao honrar a Deus. Seus filhos foram ensinados
observando o exemplo dos pais, vivendo segundo princpios cristos em suas experincias cotidianas. Alguns dos
seus membros merecem ateno especial. Dentre eles, salientamos os seguintes:
Philipp Jacob Spener (1635-1705)
Spener conhecido pela criao de grupos de renovao espiritual que chamava de Collegia Pietates. O
propsito desses grupos, que podemos entender como antecessores da igreja domstica, era a promoo de
companheirismo cristo e dos estudos bblicos. De seu trabalho nos Collegia Pietates podemos apontar as
seguintes contribuies educacionais:
1. Em 1675, publicou o livro Desejos. Piedosos, em que advoga a necessidade de reforma na Igreja
Luterana, recentemente estabelecida. Neste livro solicita, especificamente: 1) estudos bblicos mais srios;
2) participao dos leigos no governo e administrao da igreja; 3) um conhecimento cristo prtico e no
apenas doutrinrio; 4) simpatia para com os irmos que caram em pecado, em vez de disciplina; 5)
organizao da educao teolgica, e 6) pregao prtica em vez de retrica.
2. Deus nfase educao da juventude, reavivando a instruo catequtica.
3. Criticou a educao secular por lhe faltar o ensino da f crist e da vida piedosa.
Augusto Hermann Franche (1663-1727)
Do ponto de vista educacional, Franche foi o pietista mais influente. De acordo com seu ponto de vista, o
maior problema da educao era a falta de treinamento cristo tanto no lar como na escola. No concordava com
os mtodos de ensino de sua poca, que consistiam basicamente em memorizao e recitao. Advogava, pelo
contrrio, a necessidade de compreenso inteligente em vez de memorizao e conhecimento prtico em lugar de
mero verbalismo. Estas so algumas das suas contribuies:
1.
2.
3.
4.
5.
Dizia que suas idias educacionais procediam de Deus e no de pensamentos de outros homens.
Advogava que a santidade, e no o conhecimento, era o objetivo principal da educao.
Ensinava que o viver prtico cristo tem prioridade sobre a aprendizagem.
Dizia que o estudo necessrio, mas a verdade se descobre atravs da inspirao.
Salientava a utilidade e praticabilidade da educao. Insistia em que tudo que se faz deve contribuir para a
honra de Deus e o bem da humanidade.
6. Acreditava que o individualismo era importante em educao, quer dizer, o mestre devia conhecer bem cada
aluno como indivduo e ensin-lo a pensar por si mesmo.
informal, mas depois de 1647 tornou-se formal. Nesse ano criou-se legislao que obrigava cada
povoado com mais de cinqenta famlias a empregar uma dama para ensinar as crianas. O propsito
declarado de tal instruo era que Satans no roube do homem o conhecimento das Escrituras. Em tal
sistema, os textos e o ensino tinham orientao espiritual.
b. Escolas de gramtica. Predecessoras da escola secundria, as escolas de gramtica tinham por objetivo
principal preparar jovens para o ministrio.
c.
Educao superior. Quando a educao catlica na Amrica do Sul j contava com a Universidade de San
Marcos, em Lima, Peru, e quando essa universidade j contava com 85 anos de existncia, os
protestantes da Amrica do Norte fundaram sua primeira universidade. No ano de 1636 era estabelecida a
Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, com o propsito especifico de preparar jovens
para o ministrio. Os jovens, portanto, depois de receberem instruo por intermdio de uma dama da
comunidade e da escola de gramtica, tinham a oportunidade de receber educao superior para o
ministrio evanglico.
Deste modo, a educao secular e a educao crist se separaram, e assim permanecem at agora, na
comunidade evanglica. A educao crist, desde ento, tem deixado quase sempre a educao secular nas
mos do Estado, responsabilizando-se apenas pela instruo religiosa dos membros das igrejas. (H excees,
mas, em geral, tem sido assim.) A maior manifestao de instruo religiosa a escola dominical. To importante
tem sido o seu papel no desenvolvimento da educao crist que um pouco de sua histria merece ser abordado.
mundo de lngua inglesa, para todo idioma que se possa imaginar (em 1990, essas lies j haviam sido
traduzidas para quarenta idiomas).
O movimento de lies internacionais continua at hoje (embora com alguns problemas). O movimento geral
das escolas dominicais tambm se desenvolveu de vrias formas. Foi muito influenciado pela educao secular
quanto teoria, tcnica, filosofia e metodologia. Em algumas das grandes denominaes a escola dominical
sofreu considervel queda. Porm, nas denominaes mais ativas do ponto de vista evanglico, como os Batistas
do Sul e os grupos pentecostais, nos Estados Unidos, a matrcula continua a crescer e h sinais de melhoria no
processo ensino-aprendizagem.
Com essa breve fundamentao histrica, veremos como a educao crist chegou Amrica Latina.
Especialmente a partir de 1919, medida que os missionrios norte-americanos iam chegando, traziam
consigo suas idias e tradies educacionais. Traziam idias de como instruir os membros de suas igrejas (escola
dominical) e de como prepara os lderes nacionais (instituies teolgicas). Estes mtodos de preparao
logicamente refletiam as caractersticas da educao religiosa norte-americana, porque esta era a educao que
os missionrios conheciam.
Um transplante educacional e/ou institucional de uma cultura para outra nem sempre traz os melhores
resultados. provvel, at, que outros mtodos de ensino cristo tivessem alcanado maior xito. Mas no h
dvida de que a escola dominical se firmou como uma das maiores foras do desenvolvimento do cristianismo
evanglico na Amrica Latina. A produo e distribuio de materiais curriculares e literatura peridica para uso da
escola dominical e de ouras organizaes da igreja local contribuiu significativamente para o desenvolvimento do
povo evanglico na Amrica Latina. A literatura destinada s classes dominicais tem estimulado a linha doutrinria
das igrejas batistas, unificando-as e as instruindo para que possam evangelizar com a certeza de uma base
definitivamente bblica.
Em resumo, portanto, podemos concluir que: 1) A educao crist nas igrejas batistas latino-americanas
(escola dominical, organizaes missionrias etc) em grande parte um transplante da educao crist das
igrejas dos Estados Unidos; 2) boa ou m, esta educao transplantada tem sido usada pelo Senhor; 3) sua
fora, apoio maior e crescimento da obra tem sido a produo e distribuio de literatura, e 4) com os esforos das
editoras batistas e de outras denominaes evanglicas para promover uma educao integral, e uma nova
compreenso por parte dos lderes nacionais e missionrios sobre a educao crist, o programa educacional da
igreja local desempenhar um papel ainda mais importante no crescimento da obra nos prximos anos.
Chamberlain afirma que, de fato, existe estreita relao entre educao e cultura. Os modelos e filosofias
educacionais so condicionados pelo cenrio cultural e s vezes constituem o seu reflexo. A educao, incluindo a
educao crist, no se realiza num vazio, seno dentro de, por causa de, e como reflexo de um contexto
sociocultural. Vejamos, ento, quais so as implicaes dessa verdade para a igreja, especialmente no que se
refere sua obra educacional. Antes, porm, relembremos rapidamente os fatores ou ingredientes da cultura
latina que influem na vida de milhes que vivem nesses pases.
Contexto Cultural da Amrica Latina
A igreja evanglica local, que cumpre seu ministrio na Amrica Latina, ter de levar em conta uma mirade
de fatores que constituem a realidade sociocultural latino-americana. Samuel Escobar, destacado batista peruano,
caracterizou a Amrica Latina como combinao de populismo, crise econmica a violncia revolucionria. Nida,
autoridade em antropologia latina, sugere que os latinos se caracterizam por tendncias contraditrias. Essas
tendncias so descritas com os seguintes dualismos: autoridade versus individualismo (personalismo); idealismo
(quixotismo) versus realismo (sanchismo); e a dominao dos homens (machismo) sobre a dependncia das
mulheres (feminismo).
Ns, que vivemos na Amrica Latina, temos de admitir que presenciamos esses casos diariamente ao
nosso redor, apesar de no querermos usar esteretipos que se apliquem caracterstica gerais dos latinoamericanos. Temos de admitir tambm que assistimos a muita paixo, inconstncia e instabilidade, mas, s vezes,
tambm calma e apatia.
Geyer descreve um contraste entre o que ela chama de latino antigo e latino moderno. O primeiro se
caracteriza pela chamada sndrome amaznica, uma falsa esperana sobre as possibilidades do continente sulamericano, que no tem experimentado muito progresso. O segundo representa um novo tipo de fora latina
prpria, que se caracteriza pelo desejo de governar e viver sem influncias externas e PA ternalismo estrangeiro.
O relatrio da UNELAM de 1970 indicou vrias caractersticas das pessoas com que trabalham nossas
igrejas. Dentre outras, mencionou as seguintes:
1. Massas rurais marginalizadas (em alguns pases, os camponeses se concentram em comunidade ou bairros
marginalizados, devido urbanizao nos ltimos anos).
2. Analfabetismo (aproximadamente 30% da populao, segundo a World Christian Encyclopedia (Enciclopdia
Crist Mundial), 1983).
3. Enfermidade de desnutrio.
4. Diversidade demogrfica.
5. Economia (este fator se converteu num grande problema, por causa da inflao, rpida desvalorizao das
moedas nacionais e a dvida externa desses pases).
O relatrio indica ainda outro fator que afeta especificadamente o desenvolvimento da igreja na cultura
latina. Diz que: devemos reconhecer ter havido um paternalismo que prolongou excessivamente uma situao de
dependncia econmica, teolgica e cultural. Junto com o evangelho, os missionrios nos trouxeram valores de
sua prpria cultura nacional (p.21).
Sabemos do perigo de analisar a cultura latina de uma perspectiva no-latina, mas depois de viver tantos
anos em ambiente latino, atrevo-me a faz-lo. A igreja evanglica no pode ignorar a experincia cultural de seus
membros e seu viver dirio, se quiser entender especificadamente s necessidades eclesiais e da comunidade.
H de reconhecer que a maioria da populao catlica (pelo menos uma grande porcentagem nunca disse que
no catlica). H de reconhecer que muito do chamado paganismo e da idolatria que existe na tradio
catlica latino-americana foi passado honesta e fielmente de gerao em gerao, segundo a tradio da igreja e
tradies, adaptadas, de religies indgenas e africanas. As tradies catlicas, sejam elas superties e idolatrias
ou no, formam parte integrante da cultura latina. uma cultura que seria incompleta (em sua forma atual) sem o
crucifixo, as procisses, as romarias, os milagres, as festas de padroeiros e santos. So fatores religiosos e
culturais que no podem mudar de repente, se que uma mudana seria necessria. Este assunto discutiremos
mais adiante.
Alm das influncias catlicas, mas condicionada por elas, h outras caractersticas do viver cotidiano na
Amrica Latina. Uma delas o emocionalismo, que se manifesta de vrias maneiras, como , por exemplo, nos
gestos manuais durante a converso, o nervosismo e a pacincia dos motoristas, o volume da msica que se
ouve, a repetio de frases e compassos na msica popular local, a popularidade dos corinhos nos cultos
evanglicos e o crescimento rpido de grupos pentecostais.
Outra caracterstica importante uma filosofia fatalista, que influncia a vida diria com uma atitude de
que as coisas so assim porque tm que ser. Essa atitude, talvez influenciada pela religio tradicional, que
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.26
valoriza mais a recompensa futura do que a atual, est presente no cotidiano. Isso se v claramente na maneira
como aceita a morte de crianas. Um pai peruano expressou essa atitude, depois da morte de um dos seus
vrios filhos, dizendo que facilmente poderia conceber outro filho para ocupar o seu lugar. Esta seria uma atitude
positiva ou uma filosofia fatalista?
Essa filosofia fatalista de que o que tem que ser ser se manifesta at mesmo em simples atividades,
tais como cruzar a rua sem prestar ateno aos veculos, no respeitar os sinais de trnsito, gastar o salrio com
bebidas enquanto os filhos passam fome, desenvolver um negcio sem planejamento adequado etc. isso tambm
ocorre na igreja, quando determinado grupo local procura realizar a obra do Senhor de qualquer maneira, sem
planejamento, sem estratgia. O que tem que ser ser. Voltaremos a falar sobre este assunto.
Como dizemos no inicio, estas so caractersticas, entre muitas outras, que existem em nossa cultura
latina. Em vez de negar sua existncia ou de julgar e criticar, devemos pensar no que se deve fazer para mudar
esta situao. Desta anlise, podemos tomar os passos necessrios a mudana. Este , precisamente, o papel da
educao na igreja local em seu contato direto com o meio sociocultural .
Na comunidade crist. Uma vez evangelizado, a nica coisa que falta ao novo crente para viver
efetivamente em Cristo educar-se. Chame-se a isso o que se quiser: discipular, conversar, instruir, confirmar,
edificar etc, a maior responsabilidade da igreja depois de evangelizar (e de importncia igual), promover
educao continuada para seus membros. Se a igreja vai propagar-se e se vai enfrentar os problemas sociais e
culturais, tem que ser uma igreja instruda naquilo que cr e em como aquilo que cr deve afetar a vida cotidiana
de seus membros.
A igreja local precisa manter um programa de educao crist de acordo com suas necessidades, para
manter-se em meio a uma cultura que pode ser adversa a sua obra. Ao exigir que cada gerao que surge seja
condicionada e doutrinada por seus ancios num programa educacional, planejado conscientemente, este ajuda
sua continuidade (Chamberlain, p.75). lamentvel que algumas igrejas no se preocupem em manter-se a si
mesmas atravs de um programa de educao crist, e muito menos de usar a educao como instrumento de
mudanas e crescimento da igreja.
Desde o momento da salvao, o cristo se encontra num processo de mudana. A educao crist ajuda
neste processo. medida que o crente aprende a se transformar, ele tambm influencia mudanas em outras
pessoas. Brown afirma: A educao o processo conscientemente controlado no qual produzem mudanas no
comportamento da pessoa, dentro do grupo (p.165). Portanto, medida que a igreja mantenha e realize
mudanas nos crentes, realizar tambm mudanas na sociedade, como conseqncia normal. Alguns evanglicos
pem muita nfase sobre evangelismo, deixando de lado a educao. Defendemos a tese de que esta posio
no lgica. A educao crist o melhor instrumento evangelstico de que dispe a igreja.
Em primeiro lugar, os versculos 3-6 desta passagem chamam nossa ateno para a figura do mestre.
Quem ensina deve Ter uma relao de amor pessoal com Deus. Alm disso, esse amor ter que revelar-se e
cumprir-se na interiorizao da Palavra de Deus (estas palavras (...) estaro em teu corao).
Em segundo lugar, o Shem ensinou aos israelitas que a educao religiosa se transmite no lar, de pais a
filhos, ou seja, a transmisso eficaz da f, das verdades divinas, ocorre num ambiente familiar onde geralmente h
estabilidade, amor, intimidade e o compartilhar varivel, mas estreitamente entrosado, de seus componentes. O
quadro que o Shem nos apresenta o de edificao dentro de relaes interpessoais saudveis.
Em terceiro lugar, os versculos 7-9 indicam que o ensino se realiza no contexto da vida. O uso da mezuz
foi o cumprimento da ordem contida no versculo 9. Apesar de os israelitas haverem tomado estes mandamentos
literalmente, qual era o seu significado? que na vida do indivduo deve existir evidncia da lei em seu corao e
que se deve aproveitar toda oportunidade para ensinar as verdades divinas.
Em resumo, o Shem ensina que a instruo do povo de Deus nas verdades divinas se faz de trs maneiras
principais: com um modelo ou exemplo, com relaes interpessoais, e dentro do contexto da vida.
Lucas 6.40
Tradicionalmente este versculo tem trazido algumas dificuldades aos intrpretes, porque parece isolado do
contexto, segundo alguns eruditos. Sem dvida, Leon Morris, em seu comentrio da srie Tyndale, props um
sentido contextual aceitvel.
Em sua verso do Sermo da Plancie (do Monte, em Mateus), Lucas apresenta aos ouvintes princpios de
um sistema de valores radicalmente diferente dos valores do mundo. Lucas comea com as bem-aventuranas no
versculo 20, e prossegue descrevendo a vida do sdito do reino, de modo semelhante ao de Mateus. Morris
sugere que, a partir do versculo 38, Jesus est falando da responsabilidade que tem o discpulo de fazer outros
discpulos. Com tal responsabilidade, de suma importncia que o sdito do reino viva corretamente, de acordo
com valores elevados. Para realar a importncia do viver correto, Jesus usa metforas: um cego no guia outro
cego, o discpulo no maior do que o seu mestre, e o contraste entre a trave e o argueiro.
O objetivo de um discpulo no tempo do ministrio terreno de Jesus era ser como seu mestre. A palavra
correspondente a instrudo, ou aperfeioado, em grego, significa ser remendado algo que est quebrado ou
rasgado, sejam redes, animais ou homens. Aqui temos, pois, a figura de um processo de consertar um homem
quebrantado, isto , fazer crescer e amadurecer uma pessoa que at ento havia sido mera criatura de Deus, para
que se torne um verdadeiro filho de Deus, vivendo de acordo com os princpios que Jesus apresentou como
caractersticas do sdito do reino. Esta maturidade se realiza medida que algum segue seu mestre, cuja vida,
por sua vez, j deve demonstrar as caractersticas de sdito do reino de Deus.
Assim sendo, o versculo 40 deve abalar nossa compreenso obtusa da funo educacional da igreja. Na
teologia pessoal deste autor existe a firme convico de que nesse versculo Deus nos quer dizer algo muito
importante quanto ao modo como seu povo deve ser educado. uma compreenso que pode ser revolucionria
para nossos programas acomodados de educao. A passagem nos passa trs lies que nos ajudam em nosso
busca de uma teologia da educao:
1.
Aquele que segue a Cristo deve Ter por objetivo ser como ele foi.
2.
As pessoas a quem Deus conferiu a responsabilidade de guiar, instruir e discipular outros devem ser
imitadoras de Cristo, vivendo com elevados princpios e maturidade espiritual, porque os seus discpulos
ou alunos tm tambm por objetivo serem iguais ao instrutor ou professor.
3.
A idia de que o objetivo da educao do povo de Deus apresentar dados e instruo cognitiva sobre
Deus um conceito incompleto e inadequado, do ponto de vista bblico.
Essas trs idias podem ser resumidas observando-se as palavras do versculo 40: ser como. Note-se
que o texto no diz: saber o que seu mestre sabe mas ser como o seu mestre. Que responsabilidade para
aquele a quem Deus colocou como mestre diante de seu povo!
Efsios 4:12
Este versculo se encontra no contexto de uma das discusses de Paulo acerca da diversidade de dons
dentro do corpo de Cristo, que resulta na unificao do corpo. Depois de mencionar alguns ministrios ou dons na
igreja, Paulo diz que o propsito da existncia de tais ofcios o aperfeioamento dos santos, para a obra do
ministrio, para edificao do corpo de Cristo, isto , as responsabilidades daqueles que instruem o povo de Deus
na igreja, atravs da pregao, da interpretao da vontade de Deus, do ministrio pastoral e do ensino espiritual,
fazem parte de um processo evolutivo visando maturidade do povo de Deus.
A palavra aperfeioar, aqui, tem a mesma raiz da palavra usada para remendar, que vimos em Lc.6:40.
Parece, portanto, que Paulo est dizendo igreja em feso que o propsito desses dons e a responsabilidade
dessas pessoas guiar o povo de Deus em um processo de preparao para a sua utilizao no ministrio
(servio) da igreja, para que esta seja edificada, reforada, amadurecida.
Dois aspectos interessantes queremos enfatizar nesta passagem. Um que Paulo parece estar falando de
uma edificao do corpo dentro do corpo, como forma de desenvolvimento interno atravs da qual a igreja
amadurece. O outro que no contexto desta passagem encontramos a organizao da igreja primitiva, que
abrange ofcios diversos para diferentes responsabilidades, cada um dos quais contribuindo para a edificao da
igreja. Tal organizao nos d a entender que Deus aprova, se que no ordena, um sistema organizado e
ordenado, segundo as indicaes do Esprito Santo, para efetuar a instruo de seu povo. Vejamos, a seguir,
algumas das conseqncias de tal pensamento para nossa teologia da educao.
2. IMPLICAES PARA A IGREJA
Destas passagens, extramos alguns pensamentos que nos ajudam a comear a formular uma teologia da
educao crist. Havemos de convir que uma teologia baseada apenas em trs passagens bblicas ser parcial,
mas oferece a base suficiente para uma elaborao maior. Uma teologia da educao no deve ser esttica, mas
sempre dinmica, em busca de novas formas de expresso. Vamos analisar as cinco implicaes para a funo
educacional da igreja sob os seguintes aspectos:: modelo, ou exemplo; relaes interpessoais; contextualizao;
discipulado; organizao.
Modelo ou Exemplo
Como vimos em nosso estudo do Shem, Deus quer que um pai seja bom exemplo para seu filho. De igual
modo, a pessoa de maior f deves ser um bom modelo para aquela de menor f. Para que a igreja possa crescer,
necessrio Ter a Palavra em seu corao e viver a Palavra.
A educao na igreja se realiza, pelo menos, em dois nveis a educao formal, atravs da escola
dominical, sociedades missionrias, estudos bblicos etc; e a educao informal, que se realiza toda vez que nos
reunimos no templo ou fora do templo. Quando uma pessoa conhece Cristo, e assiste aos cultos, e se batiza para
fazer parte da famlia crist, como aprende no que deve crer, como deve agir. Viver, cultuar? Na educao formal,
verdade; no entanto, mais do que isso: ela aprende com os demais crentes com os quais mantm contato. Os
demais cristos, mais amadurecidos (teoricamente) do que essa pessoa, lhe servem de modelo. Que tremenda
responsabilidade, no mesmo?
A parfrase de uma afirmao de Richards chama nossa teno para esta responsabilidade: na educao
ensinamos o que sabemos, mas na educao crist ensinamos o que somos. Todo educador cristo, todo pastor,
enfim, todo cristo deve examinar sua vida e perguntar: Quero eu, tal como sou, ser modelo para aqueles que
minha igreja espera ganhar para Cristo? Ou: Posso eu, tal como sou, ser um exemplo digno para minha
congregao ou minha classe?
O processo de ensino empregado por Jesus baseava-se em seu conceito de ser modelo para os seus
discpulos. Jesus disciplinava seus seguidores ensinando-os com sua prpria vida. Ele disse: Porque eu vos dei
exemplo, para que, como eu vos fiz, faais vs tambm (Jo.13:15).
Relaes Interpessoais
O quadro didtico entre pais e filhos apresentado no Shem de estabilidade, amor e intimidade. Este
mesmo ambiente familiar deve existir na igreja enquanto desempenha sua funo educativa. Devemos promover,
estimular e apoiar a educao crist no lar, e, ao mesmo tempo, com a ajuda do Esprito Santo, criar um ambiente
familiar dentro das atividades educacionais da igreja. Qualquer outra educao pode ser eficaz sem amor, mas, no
caso da educao crist, isso no possvel.
Deus nos indica de forma direta, atravs do Shem, que os pais tm a responsabilidade de ensinar os
preceitos divinos a seus filhos. A educao familiar no um ramo da educao espiritual separado da igreja. ,
isto sim, parte integral da funo educativa da igreja, porque se no exististe no lar uma relao de amor que
edifique a famlia crist, seus efeitos se faro sentir em toda a vida da igreja. O culto ou o devocional domstico
pode afetar profundamente o nvel espiritual da igreja.
Os que ocupam lugares especficos de responsabilidade na educao formal da igreja devem conhecer
seus alunos para que se estabelea um clima familiar em sua classe. Devem visit-los em seus lares, saber os
seus nomes, orar por eles, conhecer seus familiares e as circunstncias de sua vida diria, para que estes
conhecimentos os ajudem a estabelecer um ambiente familiar em sua classe dominical.
Jesus alcanou xito em seu ministrio porque mantinha ntimo relacionamento com seus discpulos.
Andava com eles, comia com eles, orava com eles; pregava, chorava, alegrava-se e falava do futuro com eles.
difcil imaginar que os discpulos no sentissem uma irmandade, um ambiente familiar em suas relaes
interpessoais com Jesus como mestre.
Contextualizao
Os judeus tomavam os mandamentos do Shem literalmente. Levavam as palavras de Deuteronmio 6:5
em filactrios, nos braos e na testa. O uso da mezuz foi tambm forma literal de obedincia ao mandamento. A
curiosidade das crianas em observar diariamente o ritual relacionado com a mezuz dava aos pais a
oportunidade perfeita de ensinar aos filhos a lei de Deus.
A significao destes atos deve ser to real para a igreja como era a interpretao literal que lhe davam os
judeus. Deve haver na igreja uma evidncia da realidade das verdades espirituais e da bondade de Deus que
penetre em todas as esferas de sua vida. A igreja tem a funo de ensinar a Palavra, mas este ensino no deve
ser isolado da vida. No algo que se limite a uma hora de aula, numa dependncia do templo, a cada Domingo.
parte integrante da vida e deve adentrar cada aspecto da vida da igreja. Mas a palavra igreja no usada aqui
apenas no sentido de vida institucional, constituda de uma programao ministerial e educacional. Mais do que
isso, refere-se ao que ns, a igreja, ns, o povo de Deus, o corpo de Cristo, fazemos no templo, e tambm o que
ns, a igreja, o povo de Deus, o corpo de Cristo, fazemos fora do templo. A igreja deve aproveitar todas as
oportunidades que lhe so oferecidas no contexto de sua vida de igreja (em todos os sentidos) para ensinar as
verdades de Deus.
Discipulado
A palavra discipulado se tornou parte do vocabulrio de muitas igrejas evanglicas na Amrica Latina nos
ltimos anos, principalmente devido a obras como Segue-me, de Ralph Neighbour, e outras. uma palavra muito
importante, pelo simples fato de representar um conceito inevitvel para a igreja, que tem de encontrar a maneira
mais bblica de reproduzir-se educacional e evangelisticamente.
A passagem representativa que estudamos antes (Lc.6:40) nos ensina que o princpio implcito no conceito
de discipulado que o seguidor (o aluno) chegue a ser como o lder (o mestre). fundamental parra nossa
teologia da educao crist entender este princpio sem eu sentido duplo. Por um lado, para que o aluno possa vir
a ser como seu mestre, deve Ter a oportunidade de conhec-lo bem, num relacionamento interpessoal, estreito,
no contexto da comunidade de f e em sua extenso ao mundo. A igreja ter de criar circunstncias, ambiente e
motivao para incentivar o aluno em sua peregrinao rumo ao alvo de tornar-se como seu mestre.
Naturalmente, todos ns aspiramos vir a ser como o Mestre, Jesus Cristo. Mas, em Lc.6:40, Jesus est falando
tambm de mestres terrenos. Quando Paulo discipulava Timteo, ele prprio, Paulo, embora seguidor de Cristo,
deu a Timteo o exemplo para sua formao na f e no ministrio. Paulo exortava e motivava Timteo,
constantemente, no sentido de observar seu exemplo pessoal e por este aprender.
Esta luta contnua por parte do aluno indica, como conseqncia natural, o outro sentido do princpio do
discipulado. que o mestre deve ser um exemplo digno de ser seguido. Nossa teologia da educao crist deve
incluir a compreenso de que, se buscarmos na Bblia os preceitos sobre os quais basearemos nosso
ensinamento, vamos verificar que o mestre cristo tem a responsabilidade de ensinar seus alunos a seguir seu
prprio exemplo como cristo. Muito da educao consiste em ajudar as pessoas a saber o que os seus mestres
sabem. A educao crist consiste em ajudar as pessoas a ser o que seus mestres so(Richards, p.30).
Se nosso propsito na igreja como educadores cristos, seja como pastores, mestres ou outra qualquer
funo, elevar as pessoas a serem como ns somos, que grande parmetro, este, para o nosso prprio andar no
Senhor! A igreja que levar a srio tal princpio, como parte de sua teologia da educao, estar atingindo uma
profundidade em suas atividades educacionais que se aproxima do padro que Jesus deixou para a igreja. um
padro de santidade em que aquele que ensina compartilha santidade com outros na comunidade de f, atravs
do intercmbio de idias, conhecimentos e compreenses, que obteve pela experincia de viver na Palavra e em
viver a Palavra. A igreja que cumpre sua funo educacional dessa maneira supera a mentalidade de que a
educao se faa somente aos domingos de manh.
Organizao
Alguns cristos evanglicos acham que no h necessidade de um programa educacional organizado. Mas
se uma teologia da educao crist no incluir a necessidade de organizao ou sistematizao, teramos que
suprimir algumas, passagens bblicas, como Efsios 4:12, por exemplo.
Sabemos, por experincia, que quando algo organizado, a probabilidade de xito maior. Isso verdade
no mundo comercial, uma norma pedaggica, e o prprio Deus providenciou um sistema organizado para o
funcionamento da igreja.
Se o princpio de organizao bblico, no temos que lutar contra ele. Devemos usar a organizao como
meio de tornar mais fcil e eficiente a funo educacional da igreja. A organizao de nenhuma forma substitui a
obra do Esprito Santo em mudar as atitudes e influenciar os pensamentos dos homens. Alm disso, o Esprito
Santo nos toca mais facilmente quando tudo est em ordem e nosso esprito e mente no ficam distrados pela
desordem que prevalece em nossa vida. Deixemos que a organizao desempenhe seu papel na instruo do
povo de Deus, e permitamos que o Esprito Santo use a organizao como veculo atravs do qual nos possa
ensinar.
Filosofias contemporneas:
Perenalismo
Progressivismo
Essencialismo
Reconstrutivismo
Ou talvez assim:
Idealismo
Realismo crtico
Tesmo dualista
Empirismo lgico
Existencialismo
Filosofia analtica
Experimentalismo
Outros esquemas talvez inclussem uma espcie de combinao das classificaes acima indicada. Outros
mais, ainda, apresentariam uma perspectiva diversa para descrever a filosofia educacional, e seu quadro incluiria
as seguintes categorias:
Liberal
Humanista
Progressivista
Radical
Analtica
Muitas outras classificaes poderiam ser mencionadas. Muito confuso, no verdade? Isso mostra o
quanto a filosofia da educao um assunto complexo e, por causa das inmeras teorias existentes, no se pode
consider-la uma cincia exata.
O esquema que vamos adotar neste captulo, para termos uma idia das filosofias tradicionais da educao,
o seguinte:
Idealismo
Realismo
Neotomismo
Pragmatismo
Existencialismo
Evidentemente, no podermos estudar esses temas em profundidade; mas uma breve abordagem de cada
um deles nos ajudar a entender por que a educao tem sido feita nos moldes em que se desenvolveu.
Terceiro, h outros modelos na histria da igreja e na atualidade dignos tambm de serem imitados. Quarto,
muitos mestres, na classe bblica dominical, do aulas com base nos conhecimentos especializados que possuem.
De um ngulo negativo, quanto a igreja adota essa filosofia, no h muita motivao da parte dos alunos,
porque o mestre que faz tudo. Alm disso, cria-se na igreja a idia de que uns poucos possuem todos os
conhecimentos, conceito que no deixa lugar para aplicaes pessoais do estudo da Bblia vida de cada um..
Realismo: Resumo.
O realismo uma filosofia mecanicista e prtica, que sustenta que a realidade, a cincia e os valores
existem independentemente da mente humana. Se no estivssemos aqui para presenciar a realidade, ela
existiria de qualquer modo, porque o que fsico e tangvel real ou verdadeiro. Para o realista, o mundo um
mundo de coisas. Aristteles, o primeiro a possuir uma filosofia realista, dizia que tudo o que existe pode ser
posto num sistema lgico de forma e matria (mente e corpo), e que todas as coisas so coisas porque tm esses
dois ingredientes. A pureza de uma coisa determinada de acordo com a proporo d existncia dos dois, sendo
a pureza maior determinada por mais forma (mente).
A cincia moderna modificou essa teoria, argumentando que tudo o que acontece neste mundo ocorre por
causa de leis naturais, que descobriremos atravs da cincia. Assim, o realista compararia o cosmos a uma
grande mquina cujos movimentos so controlados por leis fsicas. Nosso lugar nesse universo o espectador
diante dessa mquina. Por meio da inteligncia humana podemos conhecer mais e mais acerca do seu
funcionamento.
Do ponto de vista educacional, cabe ao realista descobrir (literalmente des-cobrir) tudo o que real, para
melhor entende-lo. Ele se interessa pelo que a cincia e a razo lhe podem ensinar, enquanto observa o que (o
que existe).
O mestre, neste esquema, desempenha o papel de demonstrador, como um elo na cadeia entre o aluno e a
natureza. O mestre realista no to importante como o mestre idealista. O contedo o mais importante.
Enquanto apresenta o contedo ao aluno, o mestre mantm uma posio neutra. O aluno, segundo o realismo,
precisa de um sistema organizado e ordenado (como a mquina do cosmo) para que sua aprendizagem se torne
eficaz. Devido sua nfase na natureza, os cinco sentidos so importantes no processo de ensino-aprendizagem.
O currculo da educao realista se apia nas cincias: biologia, geologia, qumica, matemtica etc.
Presume que, se aprende atravs das cincias exatas, no h necessidade de especular sobre o significado das
coisas, porque tudo possui seu significado exato. Os mtodos adotados para ensinar esse currculo podem ser
mltiplos, mas sero sempre para ajudar o aluno a absorver dados e informaes quantitativas. A mente do aluno
considerada como um receptor de informaes, que deve encher-se de dados. Os mtodos de avaliao mais
comuns so os que requerem que o aluno responda a perguntas ou pratique atividades, devolvendo ao professor
dados especficos segundo o que este lhe haja ensinado.
Realismo: Implicaes para a educao crist.
Mencionaremos quatro implicaes da filosofia realista para a educao crist. possvel que haja muitas
outras implicaes, mas estas so as mais evidentes.
Primeira, esta filosofia criou uma mentalidade entre alguns evanglicos de que o mais importante no estudo
da Bblia o domnio dos dados bblicos. uma mentalidade que estimula o risco de se crer que o conhecimento
frio dos dados suficiente, sem a aplicao vida diria de cada um.
Segunda, esta filosofia se reflete na arrumao fsica de muitas classes de escola dominical, nas quais o
professor se coloca diante dos alunos, que se sentam em fileiras, olhando para ele. uma disposio conveniente
para o mestre, que v sua funo como sendo a de apenas passar informaes.
Terceira, os mtodos exatos e cientficos tm infludo muito no treinamento de lderes latino-americanos por
instruo programada, muito utilizada em educao teolgica por extenso. A filosofia realista diz que os lderes
necessitam especificamente adquirir informaes. A instruo programada, ao que se supe, assegura que o
aluno retenha todos os dados necessrios sua funo no ministrio.
Quarta, podemos notar a influncia de uma filosofia realista no novo sistema de ensino sugerido despido
currculo integrado de algumas editoras batistas, representando uma combinao de filosofias, mas sendo a sua
nfase, sobre o preenchimento dos espaos vazios e o desenvolvimento de atividades em aula, uma filosofia
realista.
Neotomismo: Resumo
A filosofia neotomista deve o seu nome a Toms de Aquino, de quem j falamos no captulo 6. Baseia-se na
unio entre a f e a razo, que Toms de Aquino e o escolasticismo promoveram no sculo 13. Podemos dizer
que o neotomismo , basicamente o realismo visto por uma perspectiva religiosa. a filosofia que domina a
educao na Igreja Catlica. Toms de Aquino postulava que se pode conhecer Deus por meio da razo. O que
se pode saber pela f , dizia ele, pode-se confirmar pela razo. Toms de Aquino ampliou a idia de Ariststeles
de forma e matria traduz a essncia de uma coisa; esta essncia combina-se ento com outra esfera, que a
existncia, para caracterizar um ser. Dizia ele tambm que Deus a origem de toda forma e matria, porque sua
essncia e existncia formam o ser perfeito (compare-se com Ex. 3.14).
O neotomismo, portanto, afirma que o universo tem sua base na matria fsica e est sujeito a leis fsicas,
mas deve sua existncia a um Criador todo-poderoso que o criou com objetivos especficos. Os seres humanos
tm o direito de escolher seu modo de reagir a seu mundo, mas devem faze-lo atravs do intelecto e da vontade
(Griese, p.80).
Do ponto de vista educacional, o neotomismo se interessa pela aquisio de um conhecimento permanente
e absoluto de uma verdade permanente e absoluta. O sistema educacional um sistema lgico, disciplinado, que
ajuda o aprendiz a afinar-se, a receber sinais da realidade, conhecendo mais e mais de seu prprio mundo. A
verdade que se aprende pode ser verdade sinttica (cientifica), que se prova cientificamente, ou verdade analtica,
que se prova com o intelecto ou com a intuio humana.
O mestre, neste sistema, aquele que disciplina a mente de seu aluno com a razo. Ao mesmo tempo, age
como guia espiritual. Tal como o idealista, o mestre neotomista a fonte de informao para os alunos, e sua
responsabilidade fornecer aos estudantes dados que lhes permitam desenvolver a capacidade de raciocinar. O
aluno se desenvolve com procedimentos intelectuais atravs dos quais se torna um intelectual. Aprende mewlhor
num ambiente onde se ensina que no encontrar a verdade seno depois de um treinamento cuidadoso e
disciplinado de sua mente.
O currculo neotomista constitudo de disciplinas como matemtica, lnguas, dogma e doutrina. Essas
matrias, ao que se supe, explicam ao aluno a realidade de seu mundo. Qualquer mtodo de carter acadmico
e disciplinar aceitvel para o ensino desse currculo.
Neotomismo: Implicaes para a educao religiosa
Esta filosofia, naturalmente, influenciou muita a educao religiosa na tradio catlica, pois a expresso
educacional de sua teologia. Na Amrica Latina, de pases predominantemente catlicos, podemos observar estas
influncias na educao estatal, com nfase na memorizao, repetio e outros mtodos de disciplina intelectual.
Mas a influncia dessa filosofia estende-se tambm educao evanglica. Em muitas igrejas e
denominaes d-se muita nfase disciplina mental. As sabatinas bblicas, os concursos de conhecimentos da
Bblia e a memorizao de versculos so exemplos dessa influncia. Muitos materiais educacionais de editoras
evanglicas podem ser usados como aulas orais ou ditadas, mtodo que pode ser eficiente, dependendo do
sistema de avaliao.
Esta filosofia desenvolve algumas habilidades importantes, como relembrar, facilidade no uso de palavras,
racionar e cultivo da memria (por exemplo, recordar dados bblicos).
Pragmatismo: Resumo
Esta filosofia, que d maior nfase prtica do que teoria, toma o seu nome de uma palavra que pode
significar ao ou trabalho. Advoga que a pessoa deve buscar aquilo que serve aos seus propsitos, isto , devese fazer o que seja mais pragmtico ou prtico.
O pragmatismo diz que a realidade da vida se encontra na experincia. Se a pessoa experimenta algo, isso
real e verdadeiro para ela. Tudo o que se experimenta atravs dos cinco sentidos vlido, e das experincias
dirias por meio dos sentidos que aprendemos do que se trata a vida.
Do ponto de vista educacional, o pragmatista diria que a aprendizagem um processo sem fim,
determinado pela experincia. Diria mais: muitos conceitos e idias so candidatos a ser verdades, mais nenhum
deles o . A verdade, portanto, o que funciona, e a inteligncia no uma posio mental, mais a habilidade de
fazer alguma coisa.
No esquema desta teoria, o aluno ocupa o centro do processo ensino-aprendizagem. O que se ensina deve
estar de acordo com os seus interesses. Em vez de ensinar o que convm ao mestre ou a um currculo, ajuda-se o
aluno a desenvolver seus interesses para que aprenda de suas prprias experincias. O mestre tem a
responsabilidade de ser co-aprendiz com seus alunos. ele que dirige o processo de ensino e aprendizagem,
mas no se atm a fornecer dados e conhecimentos a seus alunos. Apresenta os problemas e indica algumas
possveis maneiras de solucion-los.
O currculo pragmtico consiste mais na soluo prtica de problemas do que num sistema de dados e
fatos. A psicologia e a tica seriam bons exemplos de matrias num currculo pragmtico. Uma matria no
vlida para o currculo se no se adapta a uma situao real na experincia, na qual se pode pr em prtica aquilo
que se aprende. O mtodo mais conhecido para a aprendizagem o chamado mtodo cientfico ou se soluo de
problemas. o mtodo em que a pessoa identifica um problema, procura todos os dados a ele relacionados,
busca as possveis solues, escolhe a melhor e age no sentido de resolv-lo.
Pragmatismo: Implicaes para a educao crist
Esta filosofia, do sculo 20, pode ser aplicada igreja de vrias maneiras. Em primeiro lugar, uma atitude
pragmtica na educao crist daria maior nfase no ministrio prtico do que a uma doutrina terica. Por
exemplo, em vez de ensinar que todos os cristos tm, segundo Mateus 28.19,20, uma responsabilidade
evangelstica, o pragmatismo procuraria encontrar formas de seus alunos no evangelismo prtico dentro do meio
ambiente do aluno.
O pragmatismo pode influenciar tambm a educao crist de outras maneiras. Reduz o autoritarismo do
mestre, com resultados tanto positivos quanto negativos. Faz com que a aprendizagem de verdades bblicas seja
feita atravs de atividades prticas. Afeta os papis do mestre e do aluno, que no mais se encontram em seus
papis tradicionais em que o mestre sabe tudo e o aluno no sabe nada. Adaptada educao religiosa, esta
filosofia prope o cristo no centro. Isto ser uma influncia positiva, se o aluno estiver no centro, no a instituio;
negativa, se o aluno estiver no centro, no Cristo.
Para algumas igrejas, esta filosofia carecer de uma estrutura adequada aplicao, principalmente no
caso das que desenvolve toda a sua atividade educacional durante apenas uma hora aos amigos.
Existencialismo: Resumo
O existencialismo uma filosofia relativamente nova. Baseia-se no individualismo, e se ope a todas as
outras filosofias. Interessa-se exclusivamente pela existncia e autonomia do indivduo no mundo.
Este sistema de pensamento afirma que o cosmo existe sem mudanas, e que a humanidade chamada
existncia entro do cosmo. O qu e acontece s pessoas na vida depende do modo como elas agem atravs de
suas opes na vida diria.
Do ponto de vista educacional, o existencialismo advoga que a pessoa pode aprender em duas esferas. A
primeira tem a ver com a conscincia do mundo existencial. A segunda, quase impossvel de definir tem a ver com
a conscincia da conscincia do mundo existencial. uma educao no-formal e no-educacional. difcil de ser
praticada numa sala de aula. mais uma educao que se realiza a partir da experincia da vida, medida que o
indivduo reflete e atua sobre a sua existncia no mundo. uma filosofia que concorda com movimentos como a
chamada teologia da libertao, que busca a liberdade do indivduo.
O propsito do mestre, neste tipo de educao, somente despertar no aluno o senso de liberdade, para
que, com base neste, possa ele mesmo descobrir o seu mundo. O aluno , assim, inteiramente responsvel pelo
xodo da aprendizagem ou qualquer resultado que tenha. O ponto chave da aprendizagem o momento
existencial, em que o aluno se descobre a si mesmo pela primeira vez. um sistema radical de educao,
baseado em conceitos estranhos educao tradicional.
Existencialismo: Implicaes para a educao crist
No fcil dizer-se como essa filosofia influncia a educao crist. Talvez tenha maior influncia com
alguns dos seus conceitos radicais, como dissemos antes. J foi sugerido que esta filosofia tem as seguintes
implicaes para as igrejas evanglicas: Primeira, como diz a filosofia, cada aluno cristo deve estar
completamente imbudo da matria que est estudando a Bblia. Segunda, tal como insiste o existencialismo, a
igreja crist sustenta que a educao espiritual seja autntica. Isto significa tanto a autenticidade do mestre como
a do aluno. Terceira, do mesmo modo que um aluno num sistema existencial, um existencialista cristo diria que
o aluno crente deve responsabiliza-se completamente por suas crenas e por seu trabalho cristos. No h dvida
de que o cristo responsvel por suas prprias aes, mas segundo a teologia que sugerimos anteriormente,
existe uma comunidade de f que tambm responsvel por ele.
coraes inflamarem pela atuao poderosa do Esprito Santo. Eles amam intensamente sua misso. Tm
dedicao em sua prtica docente: "...se ensinar, haja esmero ao ensino" (Rm 12.7b). E o que significa esmero?
Esmero significa integralidade de tempo no ministrio de ensino, ou seja, estar com a mente, o corao e a vida
totalmente voltados para esse mister. Ser ensinador cristo diferente de ocupar o cargo de professor. Envolve
chamada especfica e capacitao divina.
Educadores mantm comunho real com Cristo
Outra caracterstica que diferencia o educador cristo de um simples tcnico de ensino, que o primeiro, mantm
um relacionamento real com o Senhor Jesus. Em outras palavras, significa que Cristo , em primeiro lugar, seu
salvador pessoal, salvou-o de todo o pecado e tambm Senhor e dono da sua vida. H professores que no tm
certeza da prpria salvao, como podero ensinar Soteriologia? Outros no oram, no lem a Bblia e no tm
vida devocional. So tcnicos! No magistrio cristo, de nada adianta ensinar o que no sente e no vive. O
educador nunca ensinar aquilo que no est disposto a obedecer.
Educadores seguem o exemplo de Cristo
A melhor maneira de unirmos as funes de professor e educador seguirmos o exemplo de Jesus. Ele foi, em
seu ministrio terreno, o maior professor e pedagogo de todos os tempos; usou todos os mtodos didticos
disponveis para ensinar: costumava, por exemplo, fazer perguntas para induzir a audincia a dar a resposta
correta que Ele buscava; fazia indagaes indiretas exigindo que seus discpulos comparassem, examinassem,
relembrassem e avaliassem todos os contedos; exemplificava com parbolas, contava histrias e usava vrios
mtodos criativos. Conforme declarou LeBar, citado por Howard Hendricks no Manual de Ensino, CPAD, "Jesus
Cristo era o Mestre por excelncia, porque ele mesmo encarnava perfeitamente a verdade. [...] Ele entendia
perfeitamente seus discpulos, e usava mtodos perfeitos para mudar as pessoas individualmente e sabia como
era a natureza humana e o que havia genericamente no homem (Jo 2.24,25)." Jesus ensinava complexidades
usando a linguagem simples das coisas do dia-a-dia. Sua linguagem sempre era tangvel experincia das
pessoas - emprego, problemas pessoais, costumes, vida familiar, natureza, conceitos religiosos etc. Seus
instrumentos pedaggicos eram os campos, as montanhas, os pssaros, as tempestades, as ovelhas. Em suma,
qualquer coisa que estivesse ao seu alcance Ele usava como ferramenta de ensino.
Como nos referimos em tpico anterior, o ministrio de ensino exige dedicao integral do professor: "E todos os
dias, no templo e de casa em casa, no cessavam de ensinar, e de pregar Jesus Cristo" (At 5.42). Cabe aos
educadores cristos a responsabilidade de instruir, guiar e orientar o caminho de outros servos de Deus. O
professor que no se limita a dar instrues, precisa ser cada vez mais consciente de sua tarefa, no no sentido
de mera assistncia, mas em suas atitudes e atos em relao obra de Deus e a Cristo. O resultado desta misso
ser energicamente cobrado. Chegar o dia em que cada obreiro do ensino dar contas de si mesmo a Deus:
"...cada um de ns dar conta de si mesmo a Deus" (Rm 14.12).
8. MINISTRIO DE ENSINO
Pense em trs alunos seus. Sabe o nome completo deles? Pode lembra-se de onde
moram? Sabe a data do aniversrio deles? Mantm boas relaes com suas famlias?
Conhece algum de seus problemas em particular? capaz de citar alguns de seus
passatempos favoritos? Em que estuda?O que poderia dizer sobre seu testemunho cristo?
H alguma coisa em especial de que necessita? Conhecem a Jesus Cristo com Salvador?
Voc conhece realmente seus alunos? Para ensin-los de forma correta, o professor
deve ser capaz de responder as perguntas acima.
A individualidade de cada pessoa uma especialidade divina. Contudo, em
determinada falha do desenvolvimento, muitos possuem caractersticas comuns. Vamos
tratar destas caractersticas individuais dos alunos e das semelhanas que possam existir entre eles, neste
primeiro momento de nosso curso.
Quando estudamos a vida de Cristo, vemos que Ele sempre encontrou tempo para as pessoas. Escolhia
indivduos dentre as multides e concentrava Sua ateno neles. triste descobrir que certos professores cristos
penso que a sua responsabilidade se restringe aos 50 minutos de aula dominical. Para eles, ensinar significa
cumprir um tempo estipulado. Este modo de encarar o ensino completamente errado. O processo do ensino e do
aprendizado gira em torno do estudante. O objetivo do ensino tornar a Palavra de Deus viva e importante para a
vida das pessoas. O bom professor percebe quando um de seus alunos no esta assimilando as lies, e se
interessa por ele. Jesus foi assim. Percebemos esse interesse na parbola da Ovelha Perdida. Aquele pastor
estava preocupado com o desaparecimento de uma de suas ovelhas. Que grande lio a cerca do valor do
indivduo!
A medida do sucesso de um educador cristo no se cumpriu todo o programa. Antes, o grau do
progresso espiritual de seus alunos. Professores no ensinam classes; ensinam pessoas.
Esta verdade singular foi muito bem expressa por Richard Dresselhaus que escreveu: "cada aluno tem
uma porta que encerra a sua alma alguns a tem fortemente cerrada, parecendo impossvel abri-la. Compete ao
professor encontrar a chave que abrir a alma do aluno para a verdade espiritual." Pode parecer uma atribuio
muito difcil mas a prpria essncia do educador cristo. Devemos penetrar na alma de nosso aluno, fazer parte
da vida de uma pessoa dom de Deus. por esta razo que o ensino cristo um dom para a Igreja.
A Escola Bblia um ministrio evangelstico e educativo, devendo ajudar os crentes a crescerem na f, a
compreenderem as complexidades dessa f e a colocarem em prtica o que aprenderam.
A Escola Bblica deve preocupar-se com o aluno, pois o que se almeja a transformao e o seu
desenvolvimento como cristo. Lois LeBar escreveu: "O que ensinar,seno ajudar as pessoas a aprender?
Portanto, o problema bsico no ensinar, mas aprender. Enquanto no descobrirmos a maneira correta de
ajudarmos as pessoas a aprenderem, no seremos idneos para ensinar como convm."
"Se no ensinarmos a Palavra de Deus aos novos na f, outros o faro inoculando neles o
veneno do erro das tendncias negativas. O futuro espiritual deles depende, pois, do que lhes ensinarmos
agora, da parte de Deus. A maior necessidade do inconverso a pregao ungida, das boas novas de
salvao. A maior necessidade dos crentes o sagrado ensino da Palavra,
no poder e uno do Esprito Santo."
Antnio Gilberto
1. PERFIL DE CLIENTELA
Os alunos so diferentes. Essa diferena dupla. So diferentes dependendo do grupo de idade, e
tambm dentro do prprio grupo. a Psicologia Evolutiva. As caractersticas gerais do aluno variam conforme o
seu desenvolvimento fsico, mental, social e espiritual. Da, cada faixa etria requerer tratamento diferenciado.
Jesus como criana crescia nestes quatro aspectos. Segundo Lucas 2:52, ele crescia:
Em estatura crescimento fsico
Em sabedoria crescimento mental
Em graa diante dos homens crescimento social
Em graa diante de Deus crescimento espiritual
Como dissemos, h diferenas entre alunos de uma mesma idade. No existe dois alunos exatamente
iguais. Assim, conhecendo esta realidade o educador planejar e aplicar o ensino adequado.
O professor pode estudar o aluno:
Observando-o;
Visitando-o;
Interagindo;
Mantendo os registros atualizados o fichrio de informaes;
Pesquisando em obras especializadas;
Participando de treinamento e cursos afins.
2. A PERSONALIDADE DO ALUNO
Personalidade o conjunto de atributos e qualidades fsicas, intelectuais e morais que caracterizam o
indivduo. Os principais elementos formadores da personalidade so: hereditariedade e/ou meio ambiente.
Hereditariedade so os fatores herdados, isto , a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores
hereditrios nascem com o indivduo e agem no mesmo atravs:
Do sistema nervoso
Do sistema endcrino
Dos demais rgos internos
Esses fatores influem no psiquismo da pessoa determinando o seu bitipo, isto , sua constituio fsica,
seu temperamento e influindo no seu carter. Eles passam de gerao em gerao e afetam o aprendizado de
vrias maneiras.
A. Componentes da Personalidade
1. Biotipo ou constituio aspecto fsico-morfolgico do individuo
2. Temperamento o aspecto fsico-endcrino, noutras palavras a caracterstica dinmica da
personalidade. Fazem parte dele os impulsos ou instintos, que so as foras motrizes da personalidade. Os
instintos so congnitos; implantados na criatura para capacit-la a fazer instintivamente o que for necessrio,
independente de reflexo, visando manter e preservar a vida natural. Esses instintos saram perfeitos da mo
do Criador, mas o pecado que veio pela queda os perverteu e os transtornou. Os afetos agem sobre o
temperamento. do temperamento que depende a maneira de reagirmos face aos fatos e circunstncia da
vida e ambientes.
3. Carter o aspecto subjetivo da personalidade. a caracterstica responsvel pela ao, reao e
expresso da personalidade. a maneira prpria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a
vobtade prpria e conduta.
Carter
um componente da personalidade
adquirido, no herdado
O aluno herda tendncias, no carter
Resulta da adaptao progressiva do temperamento s condies do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja,
a comunidade e o estado scio-econmico
Pode ser mudado, mas... no fcil!
Jesus pode mudar milagrosamente o carter (II Co 5:17) e continuar mudando medida que nos rendemos a
Ele R 12:2; Fl 1:6). A salvao em Jesus abrange esprito, alma e corpo (I Ts 5:23)
Temperamento
a.
b.
c.
d.
e.
Quanto a reao aos estmulos recebido, inclusive no ensino, h duas grande s classes de alunos, de
acordo com a dupla funo do sistema nervoso centra, isto , nervos que transmitem mensagens ao crebro, e
nervos que recebem mensagens do crebro, sendo tudo isso funes da alma humana. Chaman-se sensoriais os
nervos que transmitem mensagens dos sentidos ao crebro, e motores os nervos que recebem mensagens do
crebro para os msculos e rgos.
a. Alunos que obedecem aos centros motores. So fceis de p-los em movimento mesmo que faa
grande barulho no incio, como um motor de automvel. Correm com rapidez. Deixam todos para trs e
fascinam as pessoas; entretanto, so capazes de parar com a mesma facilidade do arranque. So
impulsivos, eletrizantes, cleres na compreenso de qualquer coisa, mas tambm mudam num instante.
Agem antes de uma real deciso. Aprendem com rapidez, mas esquecem todo ou quase tudo com a
mesma facilidade com que aprendem. Voc deve ter alunos desse tipo.
b. Alunos que obedecem aos centros sensoriais. So sossegados, meditativos e observadores.
Respondem aos estmulos com mais vagar e aprendem lentamente, mas aprendem de fato e para a
vida. Chamam menos ateno, mas so pessoas firmes que aprendem de fato que sabem o que
querem. Entram em movimento lentamente, mas podemos contar com elas. Adquirem conhecimento
devagar, mas conservam-no. Agem com certa lentido mas fazem o servio direito. Voc deve ter alunos
desse tipo, ou um misto dos dois acima descritos.
B. Meio Ambiente
o meio em que o indivduo vive e foi criado. um poderoso fato influente na personalidade. O meio
ambiente abrange:
A famlia
A comunidade
O trabalho
A escola
A religio
A literatura
O estado social (sade, economia, alimentao, higiene, ocupao, sociedade, ambiente freqentado,
regime de vida, os grupinhos e especialmente seus lderes)
O meio ambiente influi na personalidade, mas o homem no deve ser escravo do meio; ele pode reagir,
vencer e transformar-se, passando da a influir no meio. Deus criou o homem para ser livre e no escravo. Sem a
ajuda divina o homem vencido pelo meio ambiente de ma maneira ou de outra. A salvao atravs do evangelho
redentor atinge o homem em sua plenitude: esprito, alma e corpo, permitindo-lhe viver uma vida vitoriosa.
IMPLICAES
FSICAS
MENTAIS
EMOCIONAIS
SOCIAIS
ESPIRITUAIS
ADOLESCENTES 15 a 17 anos
FSICAS
CARACTERSTICAS
IMPLICAES
MENTAIS
EMOCIONAIS
SOCIAIS
ESPIRITUAIS
B. JOVENS 18 a 30 anos
Palavra Chave: INDEPENDNCIA
CARACTERSTICAS
IMPLICAES
FSICAS
MENTAIS
EMOCIONAIS
SOCIAIS
ESPIRITUAIS
C. ADULTOS
Palavra Chave: REALIZAO
Caractersticas
Quando tendemos a enquadrar que os adultos so todos iguais, basta olhar para eles passando na rua
para ver que so diferentes.
Socialmente, as diferentes so bem pronunciadas, talvez mais do que as diferenas fsicas. Interessa ao
professor saber se o aluno possui preconceitos diversos, se possui baixa auto-estima, ou se se sente rejeitado por
seu grupo de amigos. difcil, s vezes, separa o fator econmico do social. Somente o professor que tem
profundo conhecimento dos seus alunos, e bastante convivncia com eles, est em condies de ajud-los a
vencer barreiras e resolver problemas de ordem pessoal.
Na rea espiritual que deve dominar todas as demais reas da vida as diferenas so bem grandes
tambm. O Dr. G.S. Dobbins em seu livro O Ensino de Adultos na Escola Dominical, apresenta uma tentativa de
classificar os alunos adultos que freqentam nossas comunidades, a fim de mostrar a variedade de seres
humanos com a qual trabalhamos. Analise os seguintes casos:
1. Feliz, bem ajustado, crente bem sucedido, que descobriu a vontade de Deus para a sua vida, e m
exemplo vivo da bem-aventurana que Cristo promete queles que vivem da Sua Palavra.
2. Um crente que vive na fronteira do mundo, comprometendo o ideal do Esprito pelas atraes do mundo;
s vezes fervoroso outras vezes frio na sua devoo crist; corao dividido, de quem no se pode
depender para o servio cristo; religioso demais para se sentir feliz no mundo, e mundano demais para
se sentir feliz em Cristo.
3. Crente cado, frio, indiferente, derrotado, relaxado em sua resistncia contra as tentaes.
4. Crente doente, de corao quebrantado, empobrecido, que perdeu a sua marcha para o ideal de ser
alguma coisa na vida e por quem o mundo passa sem lhe dar importncia, e que com tdio chegou
concluso que coisa alguma tem valor, chegando a duvidar do amor de Cristo e da providncia do amor
de Deus por ele.
5. Agressivo, confiante em si mesmo, que gosta de tomar a liderana aceitando com prazer
responsabilidades; alguns esto usando suas habilidades para Cristo, enquanto outros a usam para
evidenciar a si mesmos.
6. Tmido, hesitante, que se esquiva da observao e responsabilidade s vezes por falta da habilidade
natural e outras vezes porque se acha sub-privilegiado por causa de sua posio de acanhamento.
7. O crente espiritualmente ignorante, que quase nada conhece da Bblia e das coisas religiosas, e que, por
conseguinte, indiferente aos interesses espirituais, ou que tem no mnimo o sentimento de inferioridade
na presena daqueles que possuem tais vantagens.
8. Um crente com sua personalidade confusa o esquisito, o excntrico, o do 'contra' que facilmente fica
ofendido e desafeioado, pessoa difcil de se lidar.
9. Com uma mentalidade defeituosa, pessoa desafortunada que no desenvolveu a sua inteligncia e de
quem no se pode esperar uma conduta ponderada e ajuizada.
10. Um rebelde moral e espiritual que j rejeitou as reivindicaes de Cristo e os padres do Novo
Testamento e que est vivendo em pecado e incredulidade s vezes por causa de uma longa
negligncia espiritual, e outras vezes por causa de uma determinao deliberada d colocar-se rente da
vontade de Deus.
Resumindo
A idade adulta , sobre todos os aspectos, a idade da maturidade, a poca da mais completa
manifestao da vida, o tempo de grande produtividade, o apogeu do vigor fsico; podem continuar aprendendo;
poca em que se manifesta maior capacidade de discernimento; srias responsabilidades; amizades estveis;
grande ambio e fora de vontade.
D. TERCEIRA IDADE
Palavra Chave: REFLEXO
Envelhecer a experincia de se tornar idoso um processo tanto mental
como fsico. A qualidade de nosso desempenho em relao idade importante para
cada um de ns no decorrer de toda a vida, mas particularmente quando nos tornamos
mais velhos.
A expectativa de vida vem crescendo sensivelmente para a maioria da
populao, aumentando a participao social da faixa etria de indivduos com mais de 65 anos (Terceira Idade).
Embora no Brasil sua representatividade (em torno de 8%) no seja ainda igual a dos pases desenvolvidos (11%),
um estudo nacional recente constatou que a faixa acima dos 70 anos a faixa etria que mais cresce na
populao brasileira. No ano 2025 seremos o sexto pas no mundo em nmero de idosos, 15% da populao com
mais de 60 anos (33,1 milhes de homens e mulheres) o que corresponde populao atual do estado de So
Paulo. Sero 1 bilho e 100 milhes de idosos no ano 2025. A alterao da distribuio etria da populao est
deslocando o enfoque atual de juventude para a terceira idade, que emerge como uma potente fora social,
poltica e econmica, que no pode ser isolada ou ignorada. Os idosos trazem para a velhice a sabedoria e a
experincia de uma vida inteira. tempo de olharmos de uma nova forma a velhice e seus benefcios,
necessidades e seus desafios.
A imagem estereotipada da velhice est se modificando com o aumento da diversidade de padres e
estilos de vida do idoso de hoje. Os indicadores fsicos e mentais de envelhecimento so tambm variados e no
correspondem necessariamente idade cronolgica. Os principais acontecimentos da vida ocorrem em pocas
diferentes para diferentes pessoas. Para alguns, o casamento e filhos acontecem cedo. Para outros vem mais
tarde. O perodo entre 60 e 65 anos significa a aposentadoria para muitos, mas alguns se mantm em trabalho
ativo por muito mais tempo.
A poca em, que voc vive afeta as atitudes suas e as dos outros em relao velhice. Ter 70 anos
em 2000 muito diferente do que foi em 1900. A expectativa de uma vida longa uma realidade do Sc. XXI para
as sociedades ocidentais.
Assim com outros grupos etrios, os idosos enfrentam mudanas que desafiam seu bem estar fsico e
mental, que incluem:
Mudana de papis;
Mudana de padres familiares, de amizades e outras relaes sociais;
Mudanas na situao econmica;
Mudanas de comportamento de corpo e mente;
Mudanas de interesses e de oportunidades.
Nem todas as mudanas so positivas, mas o idoso pode lidar com a velhice e suas vantagens,
experincias e gratificaes, assim como com seus desafios se estiver preparado para enfrent-los.
O professor da terceira idade precisa ter em mente o grande valor e a extensa oportunidade de trabalho
que sua classe lhe proporciona. Um idoso cheio do esprito que ama o Senhor Jesus e se sente respeitado e
valorizado por sua comunidade, certamente um poderoso instrumento nas mos de Deus como exemplo e fora
espiritual.
Definies
Terceira Idade adultos a partir dos 65 anos
Velhice Jovem adultos dos 65 aos 73 anos
Velhice Senil adultos a partir dos 74 anos
Eugeria o ramo do conhecimento humano que ensina a envelhecer acertadamente
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.47
4. MELHORANDO A APRENDIZAGEM
a) Ela pode ser melhorada...
1. Quando se consegue levar o aluno a descobrir o que ele quer ou precisa aprender: desafi-lo com um
problema, pedir-lhe que escreva o que deseja aprender, inteirar-se sobre os seus problemas e
necessidades ou aplicando-lhe um teste.
2. Usando bons mtodos (mas lembre-se: nenhum mtodo em si mesmo eficiente ou deficiente): o mtodo
depende dos propsitos, da habilidade do professor, da habilidade do aluno, do tamanho do grupo, do
tempo disponvel e dos equipamentos necessrios.
3. Pelo uso de recursos didticos (mas lembre-se: nenhum recurso didtico em si mesmo eficaz ou
ineficaz): o uso adequado de recursos depende da habilidade do professor e do aluno, do tamanho do
grupo, do tempo disponvel e dos custos finais com equipamentos.
b) Mtodos De Ensino:
1. Preleo: o mtodo mais usado. Formal, um processo rpido de comunicar informaes, entretanto
torna-se difcil medir objetivamente seus resultados. Para ser eficiente, exige do professor muita preparao e
conhecimento do assunto. necessrio conhecer bem o grupo. Requer pouco uso de recursos audiovisuais,
pode ser usado em grandes grupos, contudo pode tornar-se cansativo, limitar a reteno e a interao com
os alunos.
2. Narrao: A narrao de histria mostra a verdade em ao. Exemplo: Jesus estava respondendo a
pergunta: Quem o meu prximo? Contou a histria do bom samaritano. Os adultos gostam de histrias bem
contadas. A histria um tipo de narrao. Narrao pode ser apenas a descrio de um acontecimento.
bom lembrar que uma histria tem um comeo capaz de despertar interesse, uma sucesso ordenada dos
acontecimentos, um clmax que d movimento histria e um desfecho que permite ficar em repouso a
mente. Usamos ilustraes ou pequenas histrias para tornar mais interessantes as lies bblicas.
3. Perguntas e respostas: Era um mtodo muito usado por Jesus (Quem dizem os homens que eu sou?), o
chamado mtodo socrtico. Tem suas limitaes, mas boas perguntas tem grandes possibilidades para
ajudar no processo de aprendizagem. O mtodo de perguntas e respostas geralmente usado em
combinao com outros mtodos. Elaborar uma boa pergunta uma arte. Ela deve ser simples, clara,
concreta, concisa e verdadeira. Deve-se evitar perguntas que sugerem respostas. Exemplo: esta certo
quando um aluno cola de seus colegas nos exames? Melhor seria: que far um aluno que deseja tirar boas
notas nos exames?
4. Discusso: um mtodo que visa encorajar a participao de todos. Para funcionar bem, algum tem que
ser o lder da discusso: para comear, motivar e controlar. Esse algum deve ser o professor. O mtodo
pode ser usado tambm em pequenos grupos com um aluno designado como lder. importante que o lder
tenha conhecimento prvio do assunto, e que saiba a que ponto, a que objetivo, ele quer levar os alunos.
5. Diviso em pequenos grupos: Certos assuntos podem ser estudados melhor em pequenos grupos; o
mtodo da mxima participao. Cada grupo deve ter um relator, e, se possvel um secretrio. O tempo deve
ser estabelecido antes e as concluses do relatrio apresentadas classe. A utilizao deste mtodo
depende de um preparo tcnico: perguntas que serviro de roteiro ou tpicos de um mesmo problema ou
assunto em discusso. O grupo pode ser apenas de duas ou trs pessoas e mesmo assim funcionar.
6. Dramatizao: a apresentao de um problema humano, encenado por duas ou mais pessoas com o
propsito de uma anlise pelo grupo, pode ser usado com um grupo de qualquer tamanho. Alm de facilitar a
comunicao mostrando e no falando, despersonaliza o problema dentro do grupo criando uma atmosfera
experimental e criativa e aliviando as tenses e divergncias.
7. Debate: o mtodo no qual os oradores falam a favor e contra uma proposio, apresentado seus pontos de
vista. O dirigente do debate faz uma breve introduo para enquadrar o tema das instrues gerais e
estimular mentalmente os alunos. Formula a primeira pergunta e os convida a participar. Iniciada a discusso
o dirigente deve conduzi-la com cuidado para no pressionar ou intimidar qualquer participante. Antes de darse por terminado, deve-se chegar a alguma concluso ou a um certo acordo sobre o assunto discutido. No
se pode encerrar a discusso sem mais nem menos, sem antes resumir as argumentaes e destacar
aspectos positivos abordados, com a cooperao do grupo. Depois da apresentao da matria, pode-se ou
no refut-la. Em lugar de rplicas, os membros do grupo podem fazer perguntas aos oradores. Este mtodo
c) Recursos Didticos
1. Cartazes: um smbolo visual que apresenta uma nica idia e a explana por meio de figuras, smbolos e
letreiros, com vistas a captar imediatamente a viso do leitor e fixar na sua mente a mensagem.
2. Quadros para escritas rpidas: O quadro negro ou o branco um recurso bsico para o ensino. De fcil
uso, muito verstil e pode ser usado de improviso.
3. Mapas: O professor deve encorajar o aluno a fazer o estudo de certas lies bblicas com sua Bblia aberta
na seo de mapas. Ajuda a localizar cidades, pases, rios, naes, e d uma idia melhor de distncias,
viagens, culturas, etc. O professor deve ser preparado para explicar os smbolos e indicaes e cores nos
mapas usados.
4. Quadro de pregas: O quadro de pregas uma superfcie de pregas superpostas, nas quais so inseridas
faixas, gravuras, qualquer tipo de recurso visual escrito ou impresso, que favorea a eficincia do ensino,
dinamizando o estudo e estimulando a participao dos alunos.
5. Relias: Relias so objetos usados para ilustrar o ensino, para criar curiosidade e despertar interesse, para
dar idia exata de algo, e para transportar o aluno para outro lugar e outra poca.
6. Figuras: O adulto j entende muito mais as palavras e frases que usamos e os conceitos e idias que essas
expressam. Mas isso no quer dizer que adultos no gostam e no aproveitam tal recurso. Gravuras criam
interesse e aumentam a compreenso.
7. Vdeos: um rico recurso pedaggico que abrange um sem nmero de propostas: documentrios, filmes
biogrficos, publicitrios,etc. Cabe ao professor atualizar-se e ter um srio critrio de anlise na escolha
do material. De um modo geral, bons vdeos causam impresso profunda e um resultado satisfatrio, pois
trabalha com mais de um sentido e no requer muitas habilidades dos alunos (um aluno analfabeto pode
participar, com muito com retorno, de uma atividade assim)
O PREPARO DA LIO
Dificilmente encontraremos um professor que nunca tenha tomado esta resoluo:
Vou preparar melhor a lio para o domingo que vem.
Muitos cumprem essa promessa, mas outros continuam empregando o mesmo modo descuidado e
ineficiente de preparar suas lies. Os resultados exemplificam a qualidade de sua vida e ministrio.
- Falta de ateno na aula.
- Alta porcentagem de ausncias.
- Falta de converses a Cristo.
- Inexistncia de crescimento e desenvolvimento do aluno.
As pessoas querem saber mais sobre a Bblia. Mas ningum quer ser censurado durante 30 minutos numa
sala de aula. Portanto, compete ao professor descobrir uma maneira agradvel de transmitir a lio.
4. Preparar-se atravs de uma boa biblioteca. O professor deve ser amante da leitura e possuir boa biblioteca a
fim de pesquisar e ir alm do contedo de seu ensino.
SINAIS NO VERBAIS
1. Palavras constituem somente 7% da mensagem que tentamos transmitir.
2. Sorrisos, olhares e caretas representam 55% do total da mensagem.
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.54
O PLANO DA LIO
O plano da lio deve ser breve, simples e prtico. Deve ajudar o professor a dirigir e organizar seus
preparativos para a aula.
Texto bblico.
Texto bblico central (um versculo que resume o tema).
Ttulo da lio.
Verdade central (resumo em uma palavra ou frase).
Objetivo da lio.
Mtodos de ensino.
Ajudas visuais e outros materiais necessrios.
Esboo da lio.
Tarefas eventuais para a lio seguinte.
Minha avaliao desse perodo da aula.
Um modelo de avaliao
SOBRE O PROFESSOR
SIM
NO
SIM
NO
SOBRE O ALUNO
A ateno da classe foi boa?
Houve participao?
Houve interrupes de terceiros?
Tuler, Marcos. Ensino Participativo na Escola Dominical. CPAD, RJ, 2 Edio, 2005.
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.56
Marcos Tuler
Cada criana segue o mesmo padro geral de crescimento, mas cada uma com seu prprio grau de rapidez.
Assim algumas andam mais cedo, falam mais cedo, se socializam mais cedo, so alfabetizadas com mais ou
menos facilidade, etc.
3. Caminhos que leva, aprendizagem.
a. Atravs dos sentidos entre os meios de aprendizagem, os mais bsicos e talvez os primeiros a serem
desenvolvidos so as percepes sensoriais palpar, ouvir, ver, cheirar, saborear.
b. Atravs da curiosidade - a criana tem desejo de saber, de experimentar, de praticar. Este desejo leva a
fazer perguntas, a explorar o mundo ao seu redor e a ter interesse nas coisas.
c.
Por meio do fazer o fazer alguma coisa para a criana realizado na forma de brincar, participar das
atividades adequadas a sua faixa etria, sempre observando seu grau de produtividade e capacidade de
ao/reao.
d. Por meio da imitao uma criana imita o que v: coisas boas e ms. Imita nossas atitudes,
comportamentos, linguagem, etc.
e. Atravs da imaginao a criana tem experincias atravs da imaginao, colocando-se no lugar dos
outros. Respeitar o imaginrio infantil de extrema responsabilidade quando se lida com a formao de uma
criana que levar para toda sua vida as bases adquiridas nesse perodo de sua caminhada.
4. Caractersticas de cada faixa etria
No planejamento para ensinar, selecionar equipamento e materiais, escolher msicas e histrias, os professores
devem primeiramente responder a estas perguntas: Como a criana que foi ensinar? O que ela pode fazer?
Quais seus interesses especficos? Quais experincias tem tido? Para que novas descobertas est preparada?
Como estimul-la em seu crescimento fsico, mental, social, emocional e espiritual?
Embora cada criana seja um individuo diferente, desenvolvendo-se a seu prprio grau de rapidez, h certas
caractersticas todas em comum para cada faixa etria. Conhec-las importante para o professor.Passemos a
observ-las e como devemos agir em face delas.
Crescimento rpido
Muitos ativos
Cansam-se facilmente
Sujeitos a doenas
2. CARACTERSTICAS MENTAIS
COMO ELES SO
Indagadores
Imaginao frtil
Mente literal
No tem idia de tempo ou distncia
Evite simbolismos.
No espere que os desenhos deles sejam proporcionais.
So imitadores
Sugira, no ordene
3. CARACTERSTICAS SOCIAIS
COMO ELES SO
Encoraje-os a liderar
Encoraje-os a faz-lo
So muito medrosos
Mostram inveja
Evite favoritismos
Explodem facilmente
So bondosos
Capacidade de adorao
Cansam-se facilmente
Gostam de construir
Sujeitos a doenas
Sentidos aguados
2. CARACTERSTICAS MENTAIS
COMO ELES SO
Estimule-os a leitura
Gostam de escrever
So imitadores
Tm mente literal
Evite simbolismos
3. CARACTERSTICAS SOCIAIS
COMO ELES SO
Comunicativos
Respeitam autoridades
Em geral, so cooperadores.
Emocionalmente imaturos
Animam-se facilmente
Bondosos
Medrosos
Tm f na orao
Percebem o sobrenatural
Sensveis ao amor
D trabalho minucioso.
Gostam de competio.
2. CARATERSTICAS MENTAIS:
Como eles so
Vivos, espertos.
Indagadores.
Gostam de colees.
Gostam de ler.
3. CARACTERSTICAS SOCIAIS:
Como eles so
Admiram heris.
Evite provoca-los.
Gostam de humorismo.
Tem f simples.
ALUNOS NO ALFABETIZADOS
1. TRABALHANDO O CONCEITO:
a) seja paciente
b) inicie com versculos curtos
c) mostre onde o versculo se encontra na Bblia
d) indique o livro bblico, sem , contudo, forar a memorizao dos mesmos
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.63
j)
Exemplos :
a) " Celebrai com jbilo ao Senhor ..." Sal. 100:1 :
deixar bem claro o que significa CELEBRAR e JBILO ( as palavras-chave do conceito )
indicar na Bblia a localizao
repetir, pausadamente, vrias vezes
cantar um corinho e afirmar a seguir : " Acabamos de cantar para Jesus cheios de alegria, no foi
? Isso deixa o nosso Senhor muito feliz !!! " aplicao prtica
b) "Deus amor" I Joo 4:8 :
conceito : o carter de Deus
usar um grande corao vermelho como visual de referncia
distribuir pequenos coraes aos alunos e motiv-los a "trocar de corao", repetindo o versculo.
Alguns versculos que podem ser ensinados :
Ele tem cuidado de vs. I Pedro 5:7
No temas porque sou contigo. Isaas 43:5
Amemos uns aos outros. I Joo 4:7
Vamos a Casa do Senhor. Salmo 122:1
ALUNOS ALFABETIZADOS:
As crianas mais velhas possuem caractersticas distintas em seu conjunto emocional das mais novinhas, o que
deve ser bem explorado pelo professor atento. Observe:
so altamente competitivos
possuem uma grande capacidade de memorizao
j vivem situaes crticas onde podem enquadrar os conceitos aprendidos com mais eficincia
so constantemente desafiados por suas conscincias em franco progresso espiritual
tem fome e sede de Deus
vivem o momento ureo de suas vidas no que tange a formao de hbitos
Sugestes :
a) HORA DO VERSCULO faa desta hora um momento especial e esperado. O ideal que a HORA DO
VERSICULO acontea sempre no mesmo horrio, em todos os encontros. Use um relgio grande desenhado
e mostre sempre s crianas, anunciando a HORA DO VERSCULO.
b) PESCARIA faa peixinhos de cartolina e coloque um clip na boquinha de cada um. Escreva nos peixinhos
algo que remeta aos versculos memorizados ( desenho, uma palavra, a referncia...). Coloque os peixinhos
em uma caixa forrada de azul, dando a impresso de um rio. Faa uma vara de pescar com um im na
extremidade. A criana "pescar" um peixinho e recitar o versculo pedido.
c) JOGO DA VELHA divida a classe em dois times: X e Trace o Jogo da Velha no quadro-negro ou com fita
crepe, faa no cho da sala os traados. A criana que acertar o versculo ter o direito de jogar.
d) VARAL usando as palavras em fichas separadas, distribua entre as crianas que tero oportunidade de
ajeit-las de forma coordenada no Varal da sala.
e) QUEBRA-CABEA preparar versculos para serem recortados de forma a comporem um quebra-cabea.
f)
QUAL A LETRA ? desenhe no quadro-negro um quadrado para cada letra do versculo a ser
memorizado (sendo que os quadrados de uma palavra devem ficar juntos ). As crianas se revezam
sugerindo letras para os quadrados. Sempre que uma letra estiver correta escreva-a no espao
correspondente. Para simplificar o jogo, escreva a primeira letra de cada palavra.
g) APAGUE E GUARDE escreva o versculo no quadro-negro. Leia-o diversas vezes. A seguir, apague uma
palavra por vez, e espere que as crianas falem o versculo.Ao apagar a ltima palavra, o versculo j dever
estar memorizado.
CNTICOS
A Palavra de Deus nos diz que "da boca dos pequeninos tiraste o perfeito
louvor" Mat.21:16. Assim, esta parte do ensino bblico deve ser feita com
dedicao e o senso de que, mais do que apenas cantar, nossas crianas devero
estar recebendo formao bblico-teolgica correta e bsica. Cnticos sempre
foram um meio de evangelizao eficaz, alm de ser o canal de testemunho mais
simples e plausvel usado pela criana.
1) COMO ESCOLHER OS CNTICOS
a) Devem ser escolhidos com critrio e anlise crtica da letra, sempre com o objetivo de fixar o conceito
ensinado.
b) Vocabulrio compatvel com a idade.
c) O uso de um instrumento no indispensvel, mas de muita utilidade.
d) A melodia deve ser simples e adequada ao ambiente sagrado
c) Use o flanelgrafo , cartaz de pregas, lbum seriado, cartazes, data-show...enfim... varie a disposio da
letra.
d) Use letras legveis .
5) ATIVIDADES COM CNTICOS
a) Corais Graduados so excelentes meios de formao social, musical e espiritual para as crianas.
b) Formar uma Bandinha Rtmica ( com sucata, por exemplo )
c) Incentivar apresentaes individuais ou em grupo, nas diversas atividades da Igreja.
d) Dramatizar um cntico.
e) Fazer do momento de cnticos, um espao de adorao.
CONTADORES DE HISTRIAS
1.
ANALISANDO CONCEITOS:
a) Uma lio bblica uma srie de verdades correlacionadas que enfatiza um alvo
principal para a vida da criana e deve incluir:
uma histria bblica
o plano de salvao, com aplicao vida da criana no salva.
oportunidade para a criana no salva se render ao Senhor.
ensino para a criana salva.
oportunidade para a criana salva tomar novos passos na vida crist.
b) Uma histria um fato sucedido que esclarece verdades espirituais, sendo um dos mais eficientes meios de
ensino porque:
Mantm o interesse da classe.
Torna claro e prtico o alvo principal que se deseja focalizar.
facilmente lembrada e ficar guardada na memria da criana para futuras necessidades.
Sugere normas de comportamento sem que se diga "faa isso!" ou " no faa aquilo!"
Ensina verdades crists de forma interessante e convincente.
Desperta na criana a correta atitude mental em relao s coisas de deus
Toca o corao, a fonte das decises.
Leva a criana a desejar espelhar-se no "heri" da histria, sem que isso lhe seja solicitado.
Pode ser biogrfica, missionria ou moral.
o mtodo de Jesus Cristo, o Mestre dos mestres, usou fartamente ao ensinar.
3. PREPARANDO A HISTRIA
Cinco passos :
1.
2.
3.
4.
5.
ORAR
ESTUDAR
PLANEJAR
TREINAR
APLICAR
4. APRESENTANDO A HISTRIA
a) Postura do professor:
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.66
1) FIGURAS
Figuras podem ser encontradas em todos os lugares: revistas, livros, jornais, panfletos, cartazes de propaganda,
etc. E sabemos que uma figura "vale por mim palavras" no processo educacional. importante que o professor
tenha critrios ao escolher uma figura, que deve ser simples, direta, cala, verdadeira e coerente com a proposta de
ensino.
Todas as figuras devem ser preparadas para uso prolongado, colando-as em cartolinas, deixando sempre uma
pequena margem.
Um bom arquivo de figuras, armazenadas e bem cuidadas, ser sempre um excelente e rico recurso mo do
professor.
a) Utilizao:
Use figuras para :
1. estimular conversas
2. esclarecer e informar fatos
3. recordar e fixar conhecimento
4. formar hbitos, criar ambientes, sugerir aes
5. ampliar interesses
6. concretizar pensamentos abstratos
7. lazer ( joguinhos )
8. projetos variados, cartazes
2) CARTAZES
Cartazes so usados para vrias finalidades, tais como: informar, homenagear, registrar fatos, ilustrar, etc. O
cartaz deve ser simples e transmitir sua mensagem para quem o v, mesmo de relance.
As cores devem contrastar entre o fundo e a figura, entre o fundo e a cor das letras, entre o fundo e a
margem.
2.
3.
4.
Uma figura deve ser colada um pouco acima do meio do cartaz, porque o centro visual est acima do meio.
5.
6.
7.
As letras devem contrastar em tamanho, tipo e espessura. Um cartaz com apenas um tipo de letra fica
montono e desinteressante. As letras devem ser separadas umas das outras por um espao igual e
uniforme. Cada palavra deve ser separada da outra por um espao equivalente largura de uma ou duas
letras.
8.
Um cartaz bem feito h de ser preparado com cuidado e capricho. No dispensa o uso de uma boa rgua,
lpis bem apontado, um bom pincel, cola fina e um pano macio.
b) Tipos de Cartazes
1. Cartaz de tiras com dobradias as faixas so colocadas e depois viras para baixo, feito dobradias.
2. Cartaz de tiras dobradas as faixas so dobradas no centro e depois abertas aparecendo os dizeres
3. Cartaz de seta uma seta mvel destaca na palavra ou a frase importante
4. Cartaz-surpresa faixas presas escondem os dizeres que sero apresentados na hora da explanao do
assunto
5. Cartaz de tiras inseridas cortes laterais so feitos para receber as tiras com os dizeres.
c) Idias Criativas :
1. Varie de tcnica e material na confeco de seus cartazes. Use fios de l, barbante, pedacinhos de madeira,
sementes, renda e coisas semelhantes, para fazer as letras. Letras recortas ou decalcadas de revistas, jornais
e outros cartazes do um bonito efeito.
2. Para um efeito de terceira dimenso, use objetos pequenos e leves ou figuras recortadas em alto relevo,
usando um pequeno suporte de isopor.
4) FLANELGRAFO:
a) Caractersticas:
Tipos: fixos , articulados ou inseridos no lbum seriado
Cores: pode variar, desde que no chame mais ateno do que os elementos que nele sero expostos.
Cinza-claro ou escuro, verde-musgo,azul-claro, azulo ou preto so cores que oferecem bons resultados.
Localizao: deve ser colocado no lugar de boa visibilidade para o grupo todo, protegido do vento e
ligeiramente inclinado, para que os elementos nele afixados no se desprendam com facilidade
b) Utilizao :
Organizao e planejamento so essenciais para o uso do flanelgrafo
No usar mais figuras e textos que o necessrio
Conservar o material na ordem em que vai ser usado
Ficar esquerda do quadro e desenvolver o assunto da esquerda para a direita, no prejudicando, com
a corpo a visibilidade
Colocar os elementos com uma ligeira presso contra o quadro
Falar sempre voltado para s crianas
Apontas os elementos dispostos usando um ponteiro
Treine em casa a colocao das figuras, sempre observando a dimenso e perspectiva de cada uma
Observe o momento da figura e procure adapt-la no cenrio, o mais real possvel
Evitar deslocar muito as figuras que esto no quadro se cair uma figura, continue naturalmente. No se
abaixe para apanh-la.Procure colocar uma figura sempre no cenrio, antes de iniciar sua
apresentao.
5) LBUM SERIADO
um conjunto de pginas protegidas por uma capa resistente. Suas pginas apresentam todas as vantagens de
um cartaz ou uma serie de cartazes que desenvolvem um tema em forma progressiva. Apresenta algumas outras
vantagens como: fcil de transportar, pode acondicionar mais de um cartaz ou srie de cartazes, seu uso
depende s de um local amplo onde possa ser colocado, em p e aberto.
a) Localizao :
Pela sua forma, o lbum seriado desde que visvel ao grupo todo, pode ser colocado sobre a mesa, uma cadeira,
um caixote ou mesmo no cho, quando usado com um grupo de crianas acomodadas no cho.
b) Utilizao:
Ao usar o lbum Seriado deve-se:
a.
b.
c.
d.
6) QUADRO-DE-PREGAS
O quadro-de-pregas pode ser usado para os mais diversos fins.
a) As tiras com palavras devem seguir um padro de clareza. Feitas de cartolina simples, devem ter cerca de 7
cm de largura .Escrever apenas nos 4 cm superiores: os 3 cm inferiores ficaro escondido dentro da prega
b) Pode-se fazer pequenos quadros-de-prega para serem utilizados individualmente ou em grupo
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.70
7) RELIAS
Relia o termo utilizado na didtica para designar objetos reais e simulados ( bonecos com trajes tpicos).
A utilizao de relias muito vasta. Corinhos, versculos, histrias, exposies...podem ter seu contedo
reforado pela presena de um objeto.
Referncias Bibliogrficas:
a
Apascenta os meus cordeirinhos. Orientao, mtodos e sugestes para o professor-evangelista de crianas. 6 edio. SP:
APEC , 1979.
a
VAUGHAN, Charlotte Vaughan. Como ensinar a Bblia as crianas de 4 e 5 anos. 3 edio , RJ : UFMBB , 1981.
_______. Recursos didticos para professores de crianas. RJ: UFMBB , 1992.
WILLIANSON, Nancy S. 52 Maneiras de memorizar a Bblia. SP : Sheed , 2002.
WELCH, Norvel. Melhor Ensino Bblico para Adultos. RJ : Junta de Educao Religiosa e Publicaes, 1982.
14. ANEXOS
SUGESTO DE SITES PARA MINISTRIO INFANTIL
http://www.ebionline.com.br/
http://colorirdesenhos.com/desenhos
http://www.cafetorah.com/?q=node/2742
http://www.advir.com/historiasbiblicas/desespeciais/criancas/0desespeciais%20criancas.html
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/desenhos-para-colorir-agua/index.php
http://www.migmeg.com.br/cl_paracolorir.php
http://sandramac2007.multiply.com/
http://afilhadarosa.blogspot.com/2008_01_01_archive.html
http://tiatatyamaral.blogspot.com/
http://www.bernerartes.com.br/ideiasedicas/dinamicas/index.htm
http://professoresnaebd.blogspot.com/
http://lucilo.blogspot.com/2008/04/blog-post.html
http://www.escoladominical.net/
http://anaartesanatoemeva.blogspot.com/
http://jacirinha.blogspot.com/
http://desenhoseriscos.blogspot.com/search/label/Preciosos%20Momentos
http://ensinandoeaprendendocomatiarose1.blogspot.com/2008_05_01_archive.html
LIES OBJETIVAS
ENCHENDO-SE DO ESPRITO SANTO
Material :
1 garrafa de boca larga
1 ovo cozido, sem casca
1 chumao de algodo
fsforo
Procedimento:
Explicar que toda nossa vida ocupada por atitudes e escolhas que ocupam o lugar de Deus. Para que o Esprito
Santo nos preencha e complete preciso que extirpemos tudo o que impede o completo preenchimento de Deus em ns.
Iniciar a lio objetiva, mostrando a garrafa e o ovo. Coloque o ovo na boca da garrafa e mostre que impossvel o
ovo entrar dentro dela, porque a garrafa est cheia de ar.
Queimar o chumao de algodo e jog-lo dentro da garrafa, deixando os alunos perceberem que o fogo est
"esvaziando" a garrafa daquilo que impedia a entrada do ovo. Ao terminar a combusto, o ovo ser sugado para dentro da
garrafa.
Concluir afirmando que quando deixamos o Esprito Santo queimar o que impede de que sejamos cheios de Deus, a
vida de Deus nos preenche. O que parecia impossvel, torna-se possvel pela ao do poder de Deus.
VENCENDO O PECADO
Material:
tinta marrom
algodo
removedor de tinta
Procedimento:
Iniciar falando que o pecado um mal que assola e mancha a humanidade, e que se faz presente em cada um de ns.
Sujar o polegar com a tinta e dizer que quando pecamos, nossa vida fica suja, da mesma maneira como a tinta nos sujou o
dedo.
Explicar que quando tentamos esconder (feche e mo e prenda o polegar dentro dela), ele nos corrompe ainda mais ( abra a
mo e mostre como a tinta se espalhou).
Dizer que, da mesma forma, quando tentamos nos purificar por nossos prprios meios (use a outra mo para esfregar a tinta )
a corrupo ainda muito maior (mostre agora as duas mos sujas)
Mostrar o removedor e compar-lo ao Sangue de Jesus. Explicar que assim como o lquido contido no vidro limpa a tinta
espalhada nas mos, o sangue de Jesus purifica a nossa vida do pecado (ao dizer isso, v molhando o algodo no removedor
e limpando as mos).
Obs.: Essa mesma lio objetiva pode ser aplicada a ensinos sobre a mentira, mostrando que, quando mentimos, manchamos
a nossa vida, e que quanto mais tentamos esconder nossas mentiras, mais nos "sujamos" com ela.
TESTEMUNHANDO DE JESUS
Material:
1 ovo cru
1 copo com gua at a metade
1 colher
pires com uma poro de sal
Procedimento:
Comear dizendo que o mundo sem Cristo est perdido, e portanto, cada vez mais tem cado no abismo.
Comparar o mundo como ovo e enquanto estiver falando sobre a situao pecaminosa do mundo, colocar o ovo dentro do
copo com gua e chamar a ateno para o fato de que o ovo afundou-se rapidamente.
Retirar o ovo com a colher , colocando-o num lugar parte.
Falar sobre a importncia do sal nos alimentos, dando-lhes sabor e conservao.
Pegar o sal do pires e coloc-lo dentro da gua. Mexer com a colher, at total absoro pela gua. Enquanto isso acontece,
continuar falando sobre o que ocorre quando os alimentos esto sem sal, ou com pouco sal.
Colocar, ento,o ovo dentro da gua e falar sobre a influncia que o cristo tem no mundo, quando vive e fala aos outros do
que Cristo fez em sua vida.
Concluir conscientizando os alunos da necessidade de influenciar o mundo em que vivem.
LUZ DO MUNDO
Material:
uma vela grande vermelha
uma moeda de 1 real
Procedimento:
Hoje eu trouxe comigo uma vela (mostrar). Ela representa os homens, mulheres, jovens, crianas que j foram salvos pelo
Senhor, que derramou Seu sangue pelos nossos pecados. (ler Hb. 9:22 e I Jo. 1:7)
Quando aceitamos o Senhor Jesus como nosso Salvador, alm de apagar nossos pecados, acontece uma outra coisa: os que
confiam no Senhor tm a lmpada de sua vida acesa, porque o Senhor quem d essa luz (ler Pv. 20:27 e Sl. 18:28)
Quando Jesus esteve no mundo Ele disse: (ler Jo. 8:12). Ao fazer parte de nossa vida, Ele traz luz e vida eterna para ns.
Vejamos agora como a luz resplandece quando a acendemos (acender a vela) . Uma vez que voc recebeu Jesus como seu
Salvador, deve brilhar assim para Ele (ler Mt. 5:14,16)
possvel tornar essa luz mais brilhante, alcanando vidas; mas tambm possvel fazer com que ela fique escondida. Tenho
aqui uma moeda (mostrar) que representa nossas possesses, tudo aquilo que possumos: dinheiro, roupas,casas, diplomas,
fama... Quando ponho essa moeda em frente da vela, a luz fica mais fraca (demonstrar) O amor ao dinheiro, o desejo de uma
vida sem regras, a inveja, os vcios impedem muitos de brilharem para o Senhor Jesus.
Agora, em vez de colocar a moeda em frente da vela, vamos coloc-la atrs (demonstrar)? Ah, que diferena faz! Agora a
moeda se transforma em um refletor e refora a luz, fazendo com que brilhe mais longe. Assim, com o dinheiro e com as
coisas materiais: podem ser utilizadas para fazer nossa luz brilhar muito mais alcanando o mundo perdido.
IGUAIS A JESUS
Material:
duas folhas de oficio brancas
um papel carbono
lpis
Procedimento:
Unir as duas folhas em branco, com o carbono no meio. Escrever o nome JESUS na primeira folha.
Observem: apareceu igualzinho o nome na outra folha. Uma cpia feita com carbono uma cpia fiel ao original. No seria
formidvel se fossemos cpias carbono de Jesus ? Como podemos conseguir isso ? Olhando para Jesus e imitando-O em
tudo.
No devemos tirar os olhos de Jesus. Quando isso acontece...escorregamos...(mostrar o que acontece quando deixamos o
papel escorregar) . Isso tambm acontece conosco quando deixamos de olhar para Jesus.Devemos sempre perguntar o que
faria Jesus se Ele estivesse aqui, na minha situao, e em seguida devemos fazer assim.
funil Todos sabem para que serve um funil. Vou us-lo para passar a gua desta jarra para a vasilha
(demonstrar).Observem agora o funil: ele continuou to vazio quanto antes.No ficou gua nenhuma nele. Assim, com
aqueles que ouvem a Palavra, mas no a retm.
b)
Peneira Serve para peneirar farinha e outras coisas. Depois de peneirada, ficam pequenas bolinhas de farinha dura e
sem utilidade. Alguns ouvintes da Palavra so assim: ouvem uma mensagem bonita, assistem a uma bela lio bblica,
e quando chegam em casa,no se lembram mais da parte importante;guardam somente coisinhas sem valor: os
defeitos do pregador, os erros gramaticais do professor...
Esponja Vamos ver o que acontece quando mergulhamos a esponja na gua . Chupou a gua toda. No ficou gota
alguma. Escondeu toda a gua dentro de si e no posso enxergar gua alguma. Guardou a Palavra no seu corao.
c)
ILUMINANDO O MUNDO
Material:
uma lanterna grande
um cigarro
uma pedrinha
um matinho
uma moeda
pilhas
Procedimento:
Retirar as pilhas da lanterna e colocar em seu interior o cigarro, a pedrinha, o matinho e a moeda.
Somos chamados e separados para ser LUZ do mundo (mostrar a lanterna). Luz faz diferena, ilumina, mostra o
caminho, espanta as trevas. Mas muitos de ns no estamos cumprindo nosso papel... por qu? O que nos impede? (Tentar
acender a lanterna) No funcionamos. Por que?
a)
b)
c)
d)
Quando escolhemos retirar todas esses impedimentos e damos lugar ao Esprito Santo que nos dinamiza ( pr as pilhas )
geramos Luz ( mostrar a lanterna acesa )
AGINDO NO MUNDO
Material :
um comprimido efervescente ( com invlucro impermevel )
um copo com gua
Procedimento:
Somos remdio para o mundo. Temos a sade de Deus para a humanidade (mostrar o comprimido em seu invlucro)
O mundo (copo com gua) precisa de ns.
Colocar o comprimido ao lado do copo com gua , falando que, assim, no surtimos nenhum efeito sarador. Estamos ali...ao
lado: mas, no influmos, no agimos, no saramos.
Colocar o envelope fechado dentro do copo com gua. Mostrar que estamos no mundo, mas fechados em ns mesmos,
deixamos de ter ao benfica.
Rasgar o envelope e colocar o comprimido dentro da gua. Enquanto o Sonrisal vai se dissolvendo, trabalhar a idia de que
assim, nos desgastando,nos envolvendo, nos doando traremos vida e sade para o mundo .
RELIAS
Caixa de presente: pode ter inmeras aplicaes 1) representar aquilo que consideramos mais importante; 2)
representar as expectativas dos participantes de uma palestra ou curso; 3) ser o smbolo de nossos julgamentos, sempre
baseados na aparncia exterior; etc.
Trabalhando o conceito de Santidade gua + anilina = a pessoa que no tem Deus e que est completamente
misturada como o mundo; caf + leite = a pessoa convertida que ainda se mistura com o mundo; impossvel discernir
quem "caf" e quem "leite"; gua+leo = no se misturam jamais! O cristo real se mantm em posio de santidade,
no se misturando com o mundo sob nenhuma circunstncia.
Rgua boa relia para aplicaes sobre a f (qual o tamanho do seu Deus?)
Talheres assim como cada talher tem uma funo especfica na hora das refeies, cada membro do corpo de Cristo
deve exercer seu papel no reino; afinal, uma faca nunca poder servir adequadamente para tomarmos uma sopa! (II Co.
12; Ef. 4)
Perfume 1) o cristo deve exalar o bom perfume de Cristo (II Co. 2:15); 2) uma essncia agradvel tambm pode ser
colocada em comparao com outra considerada desagradvel (vinagre, gua sanitria, etc.) para mostrar a importncia
de um testemunho eficaz que abenoe as vidas ao nosso redor, e no as afaste.
Saco de lixo 1) passado de mo em mo, o saco de lixo pode representar algo que precisa ser lanado fora de nossas
vidas; 2) representa tudo o que no presta o pecado.
Termmetro X palito de picol assim como o palito no pode medir a temperatura de uma pessoa porque no tem
capacidade para tal, no podemos julgar os outros porque no temos os parmetros adequados; s Jesus pode julgar,
porque ele conhece as nossas intenes e atitudes (Mt. 7:1).
Superbond um produto que tem um tempo certo para funcionar e colar da mesma forma, temos que aproveitar as
oportunidades que nos so apresentadas para abenoar as pessoas e testemunhar (Ef.5:16).
DINMICAS
REVENDO OS PAPIS CONJUGAIS
OBJETIVOS:
a)
b)
c)
Conduzir a uma anlise final dos papis conjugais do casal, dentro da tica bblica.
2.
A esposa dir : "Ando to cansada... Tenho tantas atribuies ...Cuido da casa (pega uma bexiga)...das crianas (
pega outra bexiga )....de meu marido ( outra bexiga )...dos meus sonhos...( outra bexiga ) "
3.
" Eu trabalho muito, por isso deixo a ateno com o estudo das crianas com minha esposa" ( coloca mais
uma bexiga sobre os braos da esposa)
b)
"Eu no tenho muito tempo disponvel , por isso cabe a ela promover lazer para a famlia" ( outra bexiga )
c)
"No entendo muito bem de conversas ntimas com os filhos...Ela tem mais jeito!"
( outra bexiga )
4.
A esposa ( mulher) tenta equilibrar as diversas bexigas sobre os braos.Algumas caem. Ela tenta recolhe-las, sem
derrubar as demais, enquanto o esposo observa e critica.
5.
6.
MUDANDO DE ATITUDES
OBJETIVO:
a)
b)
O facilitador apresentar a jarra com gua como relia de nossa vida. Trabalhar a idia de que gua vital e
indispensvel a nossa sobrevivncia. Apontar o fato de que ela est lmpida, em boas condies de uso.
2.
No passo seguinte, o facilitador apanhar o limo e discorrer sobre as caractersticas do mesmo: cido, de difcil
assimilao gustativa...No processo comparativo, mostrar as intempries que a vida nos oferece.
3.
Jogar o limo dentro da jarra. Ele ir afundar.Mostrar que agora,nossa limpidez foi comprometida pela presena de
uma situao amarga.
4.
A seguir, mostrar o pote de acar e seu poder de transformar o amargo em doce. De forma paulatina, enquanto fala,
vai acrescentando acar na gua da jarra. Em determinado momento, o limo comear a flutuar. Continuar
falando...destacando a escolha de colocar acar nas situaes difceis...
5.
6.
Concluir destacando :
a) "limes" surgem em nossas vidas
b) nossa atitude para com eles far a diferena
c) "adoar" a vida far flutuar os "limes" de nossa vida
FAZENDO DIFERENA I
OBJETIVOS:
a)
b)
c)
2.
3.
No passo seguinte, o facilitador colar ,firmemente, uma folha na outra. As duas folhas, agora bem unidas, formam
uma s unidade.
4.
5.
6.
Tentar separ-las.
7.
Observar :
ficar sempre um "pedacinho" de uma folha na outra.E ambas, sero rasgadas, destrudas, no processo de
separao.
inevitvel q influncia de um cnjuge na vida do outro
FAZENDO DIFERENA II
OBJETIVOS:
d)
e)
f)
2.
Derramar o leite na jarra, lentamente, pontuando o preenchimento que causa da jarra vazia.
3.
No passo seguinte, o facilitador derramar, tambm de forma lenta, enquanto fala, o caf sobre o leite, mostrando a
interao modificadora que o caf causa no leite
4.
Quanto mais caf, mais escuro ficar o lquido. Trabalhar a idia da grande influncia modificadora que um cnjuge
pode exercer na vida de seu parceiro.
5.
Num momento final, demonstrar a impossibilidade da separao dos elementos misturados, interagidos. Sempre
haver um pouco de caf no leite e vice-versa.
3. SENTIDO DO TATO
Uma sacola com objetos para serem identificados s pelo tato. Ponha o maior nmero possvel de objetos, deixando espao
livre para o manuseio interno.Deixe cada participante sentir os objetos por tempo iqual ( 30 a 60 seg ). D papel e lpis para
cada pessoa anotar sua listinha de objetos identificados. Premiar quem acertar maior nmero dos objetos.
Exemplos de objetos que podem ser usados: moeda, pente, presilha, carretel de linha, brinco, chave, lpis...
6. ABRAO DA SORTE
O aviso feito e todos se abraam.Ningum sabe quem vai dar os brindes, mas trs pessoas esto preparadas para
presentearem a dcima pessoa que lhes cumprimentar.
9. QUERO SERVIR CH
O lder comea dizendo: 'QUERO SERVIR CH E NO SEI O QUE MAIS SIRVO..."Uma pessoa do grupo pode sugerir BOLO
e o lder aceita, dizendo: QUERO SERVIR CH COM BOLO E NO SEI MAIS O QUE SIRVO..." Todas as sugestes que no
levem as letras C,H ou A podem ser aceitas, mas no aceita-se nenhum prato que levem essas letras. Brincam at que o
segredo seja descoberto.
10. GINSTICA...VAMOS L !
Se a turma est precisando esticar os msculos faa todos ficarem de p e recitarem esse versinho:
MOS NA CINTURA,MOS NO JOELHO
MOS ATRS, TOCANDO OS DEDOS !
MOS NOS OMBROS,NO NARIZ,
NAS ORELHAS, ISTO J FIZ!
TOQUE O CHO E LEVANTANDO
ERGA-AS ALTO,ABANANDO.
MOS PARA BAIXO, BATE PALMAS:
UM,DOIS,TRS, QUATRO...
PRONTO. CALMA !
14. CAA-PALAVRAS
Cada participante recebe uma folha de jornal .O lder apresenta uma lista de palavras, dando uma de cada vez, para ver quem
acha primeiro:
a)
b)
c)
d)
e)
CORINHOS INFANTIS
Alegrei-me Quando me Disseram
Alegrei-me quando me disseram: Vamos, vamos casa do Senhor! (bis)
Al, Al
Al, al, aqui estamos ns, al, al pra ouvir de Cristo a voz,
Quietinho vamos, pois, ficar, a Bblia estudar,
E aprender a Jesus ama, e aprender a Jesus amar.
A Porta uma S
A porta uma s, porm dois lados h!
Dentro e fora voc aonde est?
A porta uma s porm dois lados h!
Eu j estou dentro e voc aonde est?
As rvores Balanam
As rvores balanam, balanam, balanam,
As rvores balanam, balanam com a brisa!
A linda flor se inclina, se inclina, se inclina,
A linda flor se inclina, se inclina com a brisa!
Os coelhinhos pulam, sim pulam, sim pulam,
DIDTICA APLICADA EDUCAO CRIST p.80
Escutando
Escutando, pois Jesus nos fala, escutando para obedecer,
Passo a passo com Jesus marchando, Ele quem vai nos defender.
Esta a Minha Pequena Luz
Essa minha pequena luz vou deixar brilhar (2x), vou brilhar, vou brilhar, vou brilhar. Escondida no cesto, no! Vou deixar
brilhar (2x) vou brilhar, vou brilhar, vou brilhar.
Satans no apagar, vou deixar brilhar. (2x) vou brilhar, vou brilhar, vou brilhar.
Eu vou Crescer
Eu vou crescer, eu vou crescer, crescer, crescer, crescer, crescer para Jesus,
E quando eu estiver desse tamanho assim...
Eu quero trabalhar pra meu Jesus sem fim
Tra-la-la-la, tra-la-la-la
Eu tenho uma boquinha para cantar,
E um coraozinho pra Jesus amar
Tra-la-la-la, tra-la-la-la
Jesus Ama a Cada Um
Jesus ama a cada um, cada um, cada um.
Jesus ama a cada um, Jesus ama a todos.
Ama o papai, ama a mame, grande irmo, pequeno irmo,
Ama a mim, ama a ti, Jesus ama a todos.
Leia a Bblia
Leia a Bblia e faa orao, faa orao, faa orao,
Leia a Bblia e faa orao se quiser crescer
Se quiser crescer (2X)
Leia a Bblia e faa orao se quiser crescer
Quem no ora e a Bblia no l, a Bblia no l, a Bblia no l
Quem no ora e a Bblia no l diminuir
Diminuir (2X)
Quem no ora e a Bblia no l diminuir
Leia a Bblia e faa orao se quiser crescer
Meu Barco Pequeno
Meu barco pequeno, to grande o mar, Jesus segura minha mo.
Ele o meu piloto e tudo vai bem na viagem pra Jerusalm. Amm!
Meu barco sem Cristo ao cu no ir, nas guas afundar.
Mas quando Jesus o meu barco guiar ao cu poderei alcanar, alcanar, alcanar!
Meu Bom Pastor Cristo
Meu bom pastor Cristo, com ele andarei,
Conduz-me s calmas guas, com ele andarei.
Sempre, sempre, com ele andarei, sempre, sempre, com ele andarei.
Meu Corao era Sujo
Meu corao era sujo mas Cristo aqui j entrou,
Com seu precioso sangue, to alva assim o tornou.
E diz em sua Palavra que em ruas de ouro andarei.
Oh dia feliz quando eu cri e a vida eterna eu ganhei.
No meu Corao
No meu corao, no meu corao vem hoje entrar, Oh! Cristo
Vem hoje entrar, sim vem morar, no meu corao Oh! Cristo
O Sabo
O sabo lava o meu rostinho, lava meu pezinho, lava minha mo,
Mas Jesus, pra me deixar limpinho quer lavar meu corao.
Quando o mal faz uma manchinha eu sei muito bem quem pode me limpar,
Jesus, eu no escondo nada, tudo ele pode apagar.
Oh! Eu amo a Cristo
Oh! Eu amo a Cristo (3X)
Porque Ele morreu por mim, Aleluia!
Pare!
Pare! Eu vou contar-lhe o que Cristo fez por mim (2X)
Trs Palavrinhas S
Trs palavrinhas s
Eu aprendi de cor
Deus amor...
Tra-la-la-la-la-la-la-la-la-la-la
Vou no Trem
Vou no trem das boas-novas l do cu que conduz salvao
Vou no trilho certo e nunca voltarei ao lugar da perdio!
J tenho paz no sangue de Jesus que conduz Salvao
Vou no trilho certo e nunca voltarei ao lugar da perdio!
RECEITAS CASEIRAS
TINTA GUACHE 1
1 colher de sopa e gesso
2 colheres de sopa de p Xadrez, na cor desejada
1 colher de sobremesa de glicerina
1 colher de sobremesa de lisofrmio
Mistura-se os ingredientes, adicionando-se por fim gua em quantidade suficiente para obter a consistncia
desejada. Guardar a tinta em vidros fechados.
TINTA GUACHE 2
copo de gua
1 colher de sopa de cola branca
1 colher de sopa cheia de gesso
1 colher de caf de p Xadrez
Misturar bem todos os ingredientes e colocar uma gotinha de glicerina. Guardar bem vedado.
PINTURA A DEDO
1 litro de gua
anilina de vrias cores
2 colheres de lisofrmio
1 xcara bem cheia de amido de milho
Fazer um mingau uniforme ( nem ralo, nem grosso) com a gua e o amido de milho.Depois de frio, juntar o
lisofrmio ( para conservar) e a anilina. conveniente que se faa a massa em quantidade razovel e em cores
variadas. Guardar em potes de vidro, hermeticamente fechados.
TINTAS VEGETAIS
LARANJA
1 copo de gua
2 colheres de sopa de semente de urucum ou coloral
1 colher de sopa bem rasa de farinha de trigo
AZUL
1 tablete de anil
cola branca
Dissolver o tablete de anil em gua e acrescentar a cola branca at dar a consistncia desejada.
AMARELO
Cozinhar aafro em p ou em raiz. Misturar cola branca.
VERMELHO OU GREN
Cozinhar beterrabas e utilizar a gua do cozimento, engrossando-a com farinha de trigo, levando ao fogo
novamente. Pode-se simplesmente acrescentar qualquer cola branca gua da beterraba.
MARROM
Cortar o caroo de abacate em pequenas partes, que devero ser socadas ou modas. Espalhar o material modo
e deixar secar, por duas horas, para amarronzar.Depois, misturar um pouco de gua e espremer em um pano.
LPIS DE CERA
1 xcara de parafina derretida
2 colheres de sopa de p Xadrez na cor desejada
Misturar rapidamente os dois ingredientes e coloca-los em forminhas feitas com tubos de papelo, tubos de ensaio
ou ainda, enrolando um pedao de papel no cabo de uma colher de pau, torcendo uma das pontas, fazendo assim
uma prtica forma de lpis de cera.
Desinformar depois de bem frio.
GIZ PERMAMENTE
Giz comum
Vasilha com gua bem aucarada
Mergulhar o giz na gua aucarada, deixando-o por cerca de 10 minutos em imerso total. Colocar pra secar por
24 horas. Guardar em vidro bem fechado
TIJOLINHOS DE CARVO
3 xcaras de carvo modo
1 xcara de cola branca
gua
Misturar bem os ingredientes e colocar em tampinhas de garrafa ou forminhas feitas de papel ( enrolar como para
fazer cigarros de palha, torcendo as duas pontas). Deixar secar por 24 horas.
DICAS
1. Para tintas e massas que so levadas ao fogo com amido de milho, polvilho ou farinha de trigo ("grude") ,
devemos mexer sempre para no encaroar. Para conservar o grude por alguns dias, acrescentamos
algumas gotas de limo.
2. Nas tintas que sero guardadas usamos dextrina ou cola branca, porque o grude perde o efeito com o
tempo.
3. Nas massas para modelagem ou pintura a dedo podemos acrescentar um pouquinho de sabo em p
para dar "liga" a massa e um pouquinho de leo de cozinha, mel ou glicerina.
4. O lisofrmio pode ser substitudo pelo cido brico ou naftalina moda, contudo no usar esses fungicidas
se o trabalho for com crianas, pois eles so txicos.
5. No se mistura tinta vegetal com tinta mineral para guardar,porque a segunda destri a primeira.