A Sombra No Amor E No Dinheiro
A Sombra No Amor E No Dinheiro
A Sombra No Amor E No Dinheiro
Que
tal
começares
por
abraçar
a
tua
impotência?
A
tua
incapacidade
para
controlar
a
tua
vida?
A
cura
de
qualquer
relação
só
pode
ter
início
quando
tu
assumires
metade
da
responsabilidade.
Só
por
hoje,
escolhe
curar
o
teu
coração.
Pergunta-‐te:
“O
que
posso
fazer
hoje
que
me
mostre
que
me
amo?”
Para
poderes
ter
mais
dinheiro
na
tua
vida,
tens
que
primeiro
ter
mais
amor.
Começa
por
te
amar
a
ti
mesmo,
com
todas
as
tuas
falhas,
defeitos
e
virtudes.
Nós
experienciamos
no
mundo
exterior
aquilo
que
sentimos
ser
merecedores
interiormente.
Porque
motivo
não
conseguimos
manifestar
no
mundo
exterior
aquilo
que
desejamos?
–
Nós
não
nos
permitimos
novas
experiências,
ficamos
presos
a
velhas
crenças,
mágoas,
feridas
do
passado.
Por
este
motivo
é
que
o
pensamento
positivo
não
funciona.
Nós
temos
que
morrer
todos
os
dias,
ao
ir
dormir,
permitir
que
a
pessoa
que
pensamos
saber
quem
é
morra.
Se
construímos
o
nosso
futuro
a
partir
do
passado,
iremos
apenas
criar
mais
experiências
do
passado.
Ao
deitar-‐me
posso
despedir-‐me
da
pessoa
que
fui
hoje,
da
pessoa
triste
ou
magoada,
enraivecida
ou
amargurada,
e
permitir-‐me
nascer
amanhã
como
alguém
diferente.
Acordando
a
uma
hora
diferente,
fazendo
coisas
diferentes
pela
manhã...
Podemos
permitir-‐nos
desistir
de
saber
quem
somos,
acreditar
que
sabemos
quem
somos.
Temos
que
abraçar
a
nossa
impotência
e
incapacidade
de
controlar
o
que
quer
que
seja.
E
mantém
sempre
presente
isto:
a
Sombra
ri-‐se
sempre!
Não
consegues
controlar
o
riso
da
Sombra.
Este
é
o
poder
que
a
Sombra
tem
sobre
ti.
Irá
provocar
em
ti
sentimentos
que
não
queres
sentir.
Então,
quando
sentires
raiva,
ou
mágoa,
ou
ressentimento,
mantém-‐te
presente
à
emoção.
Permite-‐te
sentir
plenamente
a
emoção
e
diz
a
ti
mesmo
que
é
ok,
que
essa
emoção
tem
o
direito
a
existir.
Não
a
julgues,
não
a
condenes.
Simplesmente
mantém-‐te
presente.
Permite-‐te
sentir
o
sentimento
de
impotência.
Deixa
que
este
sentimento
venha
à
superfície
e
se
torne
presente.
Sabe
que
não
estás
só.
Este
sentimento
é
partilhado
por
toda
a
humanidade:
chama-‐se
“estar
vivo”.
Não
julgues
o
sentimento,
simplesmente
sente-‐o.
É
ok.
A
parte
de
nós
que
é
impotente
quer
levar-‐nos
até
aos
nossos
sonhos
mas
nós
não
a
queremos
sentir.
Temos
medo.
Em
realidade
fazemos
tudo
para
nos
vermos
livres
desta
parte
de
nós!
É
assim
que
lhe
damos
mais
poder!
E
por
este
motivo
procuro
incessantemente
coisas
para
me
sentir
melhor
comigo.
Abuso
da
comida,
dos
relacionamentos,
das
drogas,
da
internet,
tento
agradar
aos
outros...
para
não
ter
que
sentir
o
desconforto
emocional
dentro
de
mim.
E
assim
perco
a
ligação
ao
divino
em
mim.
E
assim
crio
um
novelo
caótico
emocional
a
que
dou
o
nome
de
“Eu”.
Serias
capaz
de
chegar
à
primeira
pessoa
que
encontrares
quando
saíres
daqui
e
dizer-‐lhe:
“Olá,
o
meu
nome
é
_____________,
e
eu
não
tenho
qualquer
controlo
sobre
a
minha
vida!”?...
Aí
começarás
a
sentir
a
tua
libertação.
Agora
as
más
notícias:
para
poderes
manifestar
algo,
para
poderes
criar
ou
para
poderes
receber,
tens
que
amar
o
impotente
em
ti.
AMAR
mesmo
a
sério
o
impotente
que
há
em
ti!
Eu
amo
o
Emídio
Impotente!
Abraço-‐o
todos
os
dias!
Em
realidade
danço
uma
dança
a
que
se
chama
“vida”
com
o
impotente
que
há
em
mim!
Ele
sabe
que
é
amado,
e
nessa
sabedoria
irá
levar-‐me
até
onde
quero
ir.
Por
volta
dos
cinco
ou
seis
anos
de
idade
olhámos
para
a
vida
dos
nossos
pais
e
decidimos
tudo
sobre
nós.
Criámos
um
verdadeiro
Museu
de
Crenças!
“Venham
ver
o
meu
Museu
de
Cada
acção
e
cada
comportamento
que
temos
no
mundo
exterior
é
um
aspecto
de
um
padrão
de
crenças.
Esta
acção
tem
que
ser
congruente
com
quem
acreditamos
que
somos.
Há
sempre
uma
crença
da
Sombra
entre
aquilo
que
dizes
que
queres
e
aquilo
que
na
verdade
tens.
Algures
na
infância
fizeram-‐te
sentir-‐te
envergonhado
por
seres
quem
és.
Fizeram-‐te
sentir
vergonha
por
amares,
ou
não,
por
teres
dinheiro,
ou
não,
por
estudar,
ou
não.
Esta
vergonha
foi
depositada
na
Sombra,
e
é
a
partir
da
Sombra
que
controla
a
tua
vida.
As
crenças
da
Sombra
detêm
todo
o
poder
sobre
nós.
Por
este
motivo
é
que
a
grande,
grande
maioria
das
pessoas
via
tendo
mais
e
mais
problemas
à
medida
que
os
anos
vão
passando.
As
crenças
da
Sombra
são
como
uma
parede
invisível.
Do
outro
lado
desta
parede
encontram-‐
se
os
desejos
do
nosso
coração,
os
sonhos
da
nossa
alma.
E
todos
os
dias
batemos
contra
esta
parede.
E
dói
de
cada
vez
que
batemos
nesta
parede!
E
andamos
todos
a
doer,
a
sangrar!
Esta
parede
é
feita
de
todas
as
limitações
que
criámos
acerca
de
nós!
Nós
criamos
a
vida
que
acreditamos
merecer.
Enquanto
não
tiveres
a
coragem
de
assumir
isto,
assumir
a
história
que
criaste,
assumir
que
és
impotente
para
mudar
o
que
quer
que
seja,
jamais
conseguirás
atravessar
a
parede
invisível
da
tua
Sombra.
Eu
poderia
dizer-‐te
o
que
tens
que
fazer,
mas
sei
que
não
o
farás.
Porquê?
Porque
ninguém
gosta
de
ser
mandado!
Ninguém
gosta
de
ordens
vindas
de
outros!
Está
na
Sombra
este
ódio
ás
ordens.
Enquanto
crianças
não
gostávamos
de
ser
mandados.
Quando
estávamos
a
brincar,
ou
a
desfrutar
da
criança
que
éramos,
e
um
adulto
nos
interrompia,
com
uma
ordem,
causava-‐
nos
dor.
Se
não
obedecíamos
à
ordem
éramos
punidos.
Se
obedecíamos
privávamo-‐nos
a
nós
mesmos
de
continuar
a
fazer
o
que
gostávamos
de
fazer.
E
metemos
este
ódio
pelas
ordens
na
Sombra.
Quando
alguém
nos
diz
o
que
temos
que
fazer
sentimo-‐nos
impotentes,
sem
controlo,
e
nós
detestamos
esta
sensação!
“Eu
decido
não
fazer
aquilo
que
tenho
que
fazer,
porque
há
muito
tempo
decidi
que
não
seguiria
ordens
de
outros.
E
assim
não
sigo
nem
as
minhas
próprias
ordens!”
–
Quantas
vezes
decidiste
fazer
algo
por
ti
e
desististe
antes
de
terminar?...
Na
verdade
quando
desistimos
de
algo
estamos
a
mentir.
Não
podemos
desistir
de
algo
que
nunca
começámos.
E
quando
desistimos
fazêmo-‐lo
simplesmente
porque
nunca
foi
nossa
intenção
chegar
ao
fim.
Lembra-‐te
sempre
disto:
a
tua
mente
é
incapaz
de
distinguir
entre
o
mundo
exterior
e
o
mundo
interior.
Por
este
motivo
temos
que
fazer
as
pazes
com
a
nossa
história
e
amar
cada
aspecto
nosso
que
deserdámos.
Ignorar
a
nossa
história,
e
ignorar
os
aspectos
negativos
da
nossa
mente
é
a
receita
perfeita
para
uma
vida
de
sofrimento.
A
vida
que
estamos
a
viver
agora
é
uma
cópia
do
programa
a
correr
na
nossa
Sombra.
Só
conseguiremos
mudar
a
nossa
vida
se
mergulharmos
no
programa
a
correr
na
Sombra
e
o
alterarmos.
O
que
a
maioria
das
pessoas
faz,
e
aquilo
que
muitos
ensinam,
é
comprar
um
programa
novo
em
folha,
muitas
vezes
caro,
e
instalamos
este
programa
num
computador
comprado
há
20
anos!
O
programa
até
pode
ser
muito
bom,
mas
o
computador
não
terá
a
velocidade
e
capacidade
para
o
correr.
Crash!
Se
sentires
vergonha,
qualquer
que
seja
a
vergonha,
poderias
simplesmente
permanecer
presente
na
emoção
da
vergonha?
Quer
queiras,
quer
não,
tu
tens
um
corpo-‐de-‐vergonha.
Temos
vergonha
dos
nossos
corpos,
ou
das
nossas
famílias,
ou
das
nossas
necessidades,
ou
dos
nossos
relacionamentos,
da
nossa
arrogância,
dos
nossos
segredos,
da
nossa
violência...
continuamente
carregamos
este
corpo-‐de-‐vergonha.
E
em
vez
de
abraçar
esta
vergonha,
negamo-‐la!
E
ao
negá-‐la
damos-‐lhe
o
nosso
poder.
O
que
é
a
necessidade
de
julgar
os
outros,
de
criticar,
de
agradar,
se
não
a
nossa
vergonha?
Nós
mantemos
uma
relação
intima
com
uma
pessoa
da
qual
temos
vergonha:
nós
mesmos!
Como
poderão
os
outros
amar-‐nos
quando
nós
temos
vergonha
de
ser
quem
julgamos
ser?
E
se
neste
momento
estás
a
justificar-‐te
e
a
procurar
ter
razão
e
a
criticar
o
que
estás
a
ler...
Esse
é
o
trabalho
da
tua
Sombra
em
acção.
Muitos
terapeutas
holísticos
fingem
estar
de
bem
com
a
vida,
e
felizes,
quando
na
verdade
isto
não
passa
de
um
mecanismo
de
defesa
para
não
ter
que
lidar
com
a
vergonha
e
a
impotência
presentes
nas
suas
vidas.
Escondemos
as
nossas
vergonhas
com
máscaras:
a
boa
rapariga,
a
sedutora,
o
bronco,
o
intelectual,
o
sobredotado,
a
mártir...
Isto
é
uma
máscara
para
esconder
a
nossa
vergonha,
e
assim
não
termos
que
a
ver
nem
lidar
com
ela.
Para
que
assim
não
tenhamos
que
sentir
a
impotência
que
sabemos
ter
na
nossa
vida.
O
ego
está
feito
para
não
permitir
vermos
que
o
mundo
externo
e
interno
são
uma
e
a
mesma
coisa.
O
ego
convence-‐te
que
és
diferente
dos
outros.
Tu
olhas
para
um
familiar
que
tem
um
comportamento
que
“mexe”
contigo,
e
decides
que
jamais
serás
como
esse
familiar.
E,
todavia,
a
cada
ano
que
passa
irás
parecer-‐te
mais
e
mais
com
esse
familiar!
Gastas
tanta
energia
para
não
ser
como
a
pessoa
que
julgas
que
acabarás
por
ser
a
cópia
dessa
pessoa.
Nós
não
conseguimos
estar
presentes
para
criar
o
nosso
futuro
por
que
estamos
sempre
à
procura
de
informação
no
nosso
passado.
Não
estamos
presentes!
Estamos
Passados!
Jamais
conseguiremos
abraçar
a
nossa
luz
sem
atravessar
a
nossa
escuridão,
sem
antes
fazer
as
pazes
com
todos
os
aspectos
que
julgamos
e
decidimos
que
não
somos.
Sem
antes
abraçar
a
nossa
humanidade.
Muitas
vezes
temos
que
abraçar
a
nossa
incapacidade
de
abraçar
um
aspecto
nosso.
Quando
não
somos
capazes
de
abraçar
um
aspecto
que
continuamente
vemos
nos
outros,
e
“mexe”
connosco.
A
chave
para
abraçar
um
aspecto
rejeitado
é
a
Compaixão.
Muitos
de
nós
perdemos
a
capacidade
de
sentir
compaixão
porque
tentamos
ser
compassivos
no
mundo
exterior
sem
sermos
carinhosos,
receptivos
e
compassivos
no
nosso
interior,
para
connosco.
Sempre
que
julgamos
outros
estamos
a
fazer
o
jogo
do
ego
que
não
quer
lidar
com
o
facto
de
saber
ser
impotente.
Se
eu
me
sentir
bem
comigo,
tu
poderás
dizer/pensar
o
que
quer
que
seja
sobre
mim
que
não
me
afectará.
Porque
já
abracei
o
que
quer
que
seja
que
digas
sobre
mim.
Mas
a
realidade
mais
triste
é
que
o
que
quer
que
seja
que
digas
sobre
mim
nada
mais
é
que
um
aspecto
de
ti
que
procura
ser
amado
e
abraçado.
És
capaz
de
perdoar
e
sentir
compaixão
pelos
aspectos
de
ti
que
tens
andado
a
rejeitar?
Nós
herdamos
a
vergonha
dos
nossos
pais.
Mesmo
quando
dizemos
que
jamais
seremos
como
eles,
se
prestarmos
atenção,
e
embora
pensemos
que
somos
o
oposto
de
quem
eles
eram,
iremos
descobrir
que
somos
iguais
a
eles.
A
nossa
história
nem
sequer
é
nossa!
É
a
história
de
todos
os
nossos
antepassados,
embrulhada
com
um
papel
de
embrulho
novo
e
brilhante.
Se
eu
não
tiver
amor
suficiente
por
mim
dentro
de
mim,
irei
tentar
comprar
o
amor
dos
outros.
Tentando
agradar,
dizendo
“sim”
quando
quero
dizer
“não”,
etc.
Sabes
porque
muitas
pessoas
enveredam
por
uma
carreira
na
área
da
saúde?
Porque
querem
ajudar
os
outros?
Para
não
terem
que
lidar
com
os
seus
sentimentos
de
impotência.
Para
poderem
ser
validados.
E
neste
processo
projectam
a
sua
impotência
sobre
os
outros.
Não
há
nada
dentro
de
ti,
nada!
Que
não
possa
ser
amado.
E
à
medida
que
tu
te
amas
mais,
por
seres
quem
és,
o
mundo
irá
amar-‐te
mais.
Mas
como
amar-‐te
mais
se
carregas
tanta
vergonha,
culpa,
medo,
raiva,
dentro
de
ti?...
Tens
que
primeiro
amar
cada
um
desses
aspectos.
E
lembra-‐