A Consciência Coletiva
A Consciência Coletiva
A Consciência Coletiva
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Consciência Coletiva: é a consciência imposta pela sociedade, onde ela estabelece o que pode e
não ser feito; quais os limites, direitos e deveres de cada um. A consciência coletiva, ‘existente’ em
cada indivíduo, é aquela que ao realizar, ou na pretensão de realizar algum ato, de imediato busca
‘mentalmente’ ver se a atitude, geralmente oriunda e pretendida pela ‘consciência individual’, não
esbarra em alguma ‘norma’ ou ‘princípio’ ético-moral-legal, imposto pela sociedade a que este
indivíduo esta submetido.
Consciência Individual: é aquela que está como que ‘desimpedida’ de qualquer norma ou restrição.
Assim, o indivíduo é livre de fazer o que acha que lhe convém. Contudo, esta está submetida às
sanções da consciência coletiva, também existente no indivíduo.
O que surge disto? Surge o predomínio da ‘consciência individual’ sobre a ‘consciência
coletiva’; gerando o caos social, pois o indivíduo, até por instinto de sobrevivência, comete atos
ilícitos, brutais e hediondos, pois sua consciência individual não lhe nega estes atos. Há a
necessidade, então, do Estado determinar sanções e obrigações legais para limitar o indivíduo, uma
tentativa de ‘encarcerar’ sua consciência individual.
Nas sociedades dominadas pela solidariedade mecânica a consciência coletiva abrange a maior
parte dos membros desta sociedade. Nas sociedades dominadas pela solidariedade orgânica há uma
redução desta consciência coletiva porque os indivíduos são diferenciados. Por isso, nestas últimas,
em oposição às primeiras, ocorre um enfraquecimento das reações coletivas contra a violação das
proibições sociais e há, especialmente, uma margem maior na interpretação individual dos
imperativos sociais.
Embora todos possuam sua “consciência individual”, seu próprio modo de se comportar e
interpretar a vida podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas
de conduta e pensamento. Essa constatação está na base do que Durkheim chamou de consciência
coletiva.
A definição de consciência coletiva aparece pela primeira vez na obra Da divisão do
trabalho social: trata-se do “conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros
de uma mesma sociedade” que “forma um sistema determinado com vida própria” (p.342).
Segundo Durkheim a consciência coletiva revela o “tipo psíquico da sociedade” que não
seria somente produto das consciências individuais, mas algo diferente, que se imporia aos
indivíduos e perduraria através das gerações.
É a consciência coletiva que define o que, numa sociedade, é considerado “imoral”, “reprovável”
ou “criminoso”. É em certo sentido a forma moral vigente na sociedade.
Aparece como um conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem valor e delimitam
os atos individuais.