Poetas Contemporâneos
Poetas Contemporâneos
Poetas Contemporâneos
Biografia
Adolfo Correia da Rocha, conhecido pelo pseudónimo Miguel Torga (São Martinho de
Anta, 12 de agosto de 1907 — Coimbra, 17 de janeiro de 1995), foi um dos mais
influentes poetas e escritores portugueses do século XX.
Em 1918, foi mandado para o seminário de Lamego, onde viveu um dos anos cruciais
da sua vida. Estudou português, geografia e história, aprendeu latim e ganhou
familiaridade com os textos sagrados. Pouco depois, comunicou ao pai que não seria
padre.
Emigrou para o Brasil, em 1920, ainda com treze anos, para trabalhar na fazenda do
tio, proprietário de uma fazenda de café em Minas Gerais.
Obras:
Publica os livros A Terceira Voz em 1934, aonde pela primeira vez empregou o seu
pseudónimo,
Bichos em 1940,
Contos da Montanha em 1941,
Rua em 1942,
O Sr. Ventura e Lamentação em 1943,
Novos Contos da Montanha e Libertação em 1944, Vindima em 1945, Sinfonia em
1947,
Nihil Sibi em 1948,
Cântico do Homem em 1950,
Pedras Lavradas em 1951,
Poemas Ibéricos em 1952,
Orfeu Rebelde em 1958
A obra de Torga tem um carácter humanista: criado nas serras transmontanas, entre
os trabalhadores rurais, assistindo aos ciclos de perpetuação da natureza, Torga
aprendeu o valor de cada homem, como criador e propagador da vida e da natureza:
sem o homem, não haveria searas, não haveria vinhas, não haveria toda a paisagem
duriense, feita de socalcos nas rochas, obra magnífica de muitas gerações de trabalho
humano. Ora, estes homens e as suas obras levam Torga a revoltar-se contra a
divindade transcendente a favor da imanência: para ele, só a humanidade seria digna
de louvores, de cânticos, de admiração.
Prémios:
1969 - Prémio do Diário de Notícias.
1976 - Prémio de Poesia da XII Bienal de Internacional de Poesia de Knokke-
Heist (Bélgica)
1980 - Prémio Morgado de Mateus, com Carlos Drummond de Andrade
1981 - Prémio Montaigne da Fundação Alemã F.V.S.
1989 - Prémio Camões
1991 - Prémio Personalidade do Ano
1992 - Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores
1993 - Prémio da Crítica, consagrando a sua obra
1995 - O seu nome foi colocado, em 3 de maio de 1995, numa rua da freguesia de
Santa Maria, no concelho de Lagos.- homenagem
Estreou-se em 1939 com a obra Narciso, torna-se mais conhecido em 1942 com o livro de
versos Adolescente. A sua consagração acontece em 1948, com a publicação de As mãos
e os frutos, que mereceu os aplausos de críticos como Jorge de Sena ou Vitorino Nemésio.
A obra poética de Eugénio de Andrade é essencialmente lírica, considerada por José
Saramago como uma poesia do corpo a que se chega mediante uma depuração contínua.
As māos e os frutos,1948.
As palavras interditas,1951.
Obscuro domínio, 1971.
Limiar dos pássaros, 1976.
Matéria solar, 1980.
O outro nome da terra, 1988.
Rente ao dizer, 1992.
O sal da língua, 1995.
Os sulcos da sede, 2001.
A sua poesia traz à tona algumas questões da poética moderna como, por exemplo, a noção
de crise e a subjetivação e as transfigurações do ser. E, por fim, discutir o processo linguístico
peculiar do poeta que vislumbra essas questões humanas, intemporais.
Obras:
Minha senhora de quê, 1990
Às vezes o paraíso, 1998
A arte de ser tigre, 2003
A génese do amor, 2005
Entre dois rios e outras noites, 2007
Se fosse um intervalo, Dom Quixote, 2009
Inversos, Poesia 1990-2010, Dom Quixote, 2010
Vozes, 2011
Escuro, 2014
Prémios:
Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas, com o livro A génese do
amor, (2007)
Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, com o
livro Entre Dois Rios e Outras Noites, (2008)
Prémio Rómulo de Carvalho/António Gedeão, 1ª edição, com o livro Vozes, (2012)
Medalha de Ouro de Mérito da Câmara Municipal de Matosinhos (2015)
Medalha de Mérito - Grau Ouro da Câmara Municipal do Porto (2016)
Obras:
Poemas seus, cantados, entre outros, por Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira,
Manuel Freire e Luís Cília, tornaram-se emblemáticos da luta pela liberdade.
1965 - Praça da Canção
1967 - O Canto e as Armas
1976 - Coisa Amar (Coisas do Mar)
1992 - Com que Pena — Vinte Poemas para Camões
1998 - Senhora das Tempestades
2015 - Bairro Ocidental
2017 - Auto de António
"O Canto e as Armas" é "o livro de uma geração, mas também um livro que se
prolongou no tempo, enquanto voz de esperança numa pátria livre, e de denúncia da
opressão política da ditadura salazarista, da guerra colonial, da emigração e do exílio,
a que muitos portugueses, como o próprio poeta, foram condenados", assinalou o
grupo editorial LeYa, no passado mês de abril, quando do lançamento da edição
comemorativa dos 50 anos desta obra.