Poetas Contemporâneos

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Miguel Torga (1907-1995)

Biografia
 Adolfo Correia da Rocha, conhecido pelo pseudónimo Miguel Torga (São Martinho de
Anta, 12 de agosto de 1907 — Coimbra, 17 de janeiro de 1995), foi um dos mais
influentes poetas e escritores portugueses do século XX.

 Torga destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu


também romances, peças de teatro e ensaios. Foi laureado com o Prémio Camões de
1989, o mais importante da língua portuguesa.

 Em 1918, foi mandado para o seminário de Lamego, onde viveu um dos anos cruciais
da sua vida. Estudou português, geografia e história, aprendeu latim e ganhou
familiaridade com os textos sagrados. Pouco depois, comunicou ao pai que não seria
padre.

 Emigrou para o Brasil, em 1920, ainda com treze anos, para trabalhar na fazenda do
tio, proprietário de uma fazenda de café em Minas Gerais.

 Em 1928, entra para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e publica


o seu primeiro livro de poemas, Ansiedade. Em 1929, com vinte e dois anos, deu início
à colaboração na revista Presença, folha de arte e crítica, com o poema Altitudes. A
revista, fundada em 1927 pelo grupo literário avançado de José Régio, Gaspar
Simões e Branquinho da Fonseca era bandeira literária do grupo modernista e
bandeira libertária da revolução modernista.

Obras:
 Publica os livros A Terceira Voz em 1934, aonde pela primeira vez empregou o seu
pseudónimo,
  Bichos em 1940, 
 Contos da Montanha em 1941, 
 Rua em 1942, 
 O Sr. Ventura e Lamentação em 1943,
  Novos Contos da Montanha e Libertação em 1944, Vindima em 1945, Sinfonia em
1947,
  Nihil Sibi em 1948, 
 Cântico do Homem em 1950,
  Pedras Lavradas em 1951, 
 Poemas Ibéricos em 1952,
 Orfeu Rebelde em 1958
 A obra de Torga tem um carácter humanista: criado nas serras transmontanas, entre
os trabalhadores rurais, assistindo aos ciclos de perpetuação da natureza, Torga
aprendeu o valor de cada homem, como criador e propagador da vida e da natureza:
sem o homem, não haveria searas, não haveria vinhas, não haveria toda a paisagem
duriense, feita de socalcos nas rochas, obra magnífica de muitas gerações de trabalho
humano. Ora, estes homens e as suas obras levam Torga a revoltar-se contra a
divindade transcendente a favor da imanência: para ele, só a humanidade seria digna
de louvores, de cânticos, de admiração.

Sara Silva nº16 12ºG


Contexto histórico, social e político
A sua poesia reflete as apreensões, esperanças e angústias do seu tempo. Nos volumes do
seu Diário, em prosa e em verso, encontramos crítica social, apontamentos de paisagem,
esboço de contos, apreciações culturais e também magníficos textos da mais alta poesia. Toda
a sua obra é a expressão de um individuo vibrante e enternecido inteiramente ligado á sua terra
natal. Com ideias contra o Salazarismo, foi preso e pensou em sair do país mas a sua forte
ligação com o pais não o permitiu.

Prémios:
 1969 - Prémio do Diário de Notícias.
 1976 - Prémio de Poesia da XII Bienal de Internacional de Poesia de Knokke-
Heist (Bélgica)
 1980 - Prémio Morgado de Mateus, com Carlos Drummond de Andrade
 1981 - Prémio Montaigne da Fundação Alemã F.V.S.
 1989 - Prémio Camões
 1991 - Prémio Personalidade do Ano
 1992 - Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores
 1993 - Prémio da Crítica, consagrando a sua obra
 1995 - O seu nome foi colocado, em 3 de maio de 1995, numa rua da freguesia de
Santa Maria, no concelho de Lagos.- homenagem

Eugénio de Andrade (1923-2005)


Biografia
 Eugénio de Andrade, pseudónimo de José
Fontinhas GOSE • GCM (Fundão, Póvoa de Atalaia, 19 de
Janeiro de 1923 — Porto, 13 de Junho de 2005) foi
um poeta português. Tem uma biblioteca com o seu nome no Fundão.

 O poeta nasceu na freguesia de Póvoa de Atalaia, no Fundão, no dia 19 de


Janeiro de 1923. Mudou-se para Lisboa aos dez anos devido à separação dos seus
pais.

 Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro, tendo


escrito os seus primeiros poemas em 1936. Em 1938 enviou alguns desses poemas a
António Botto que, gostando do que leu, o quis conhecer.

 Em 1943 mudou-se para Coimbra, onde regressa depois de cumprido o serviço militar


convivendo com Miguel Torga e Eduardo Lourenço.
 Durante os anos que se seguem até à data da sua morte, o poeta fez diversas viagens, foi
convidado para participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades
da cultura portuguesa e estrangeira.
 Apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre
viveu distanciado da chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado
as suas raras aparições públicas com «essa debilidade do coração que é a amizade».

Sara Silva nº16 12ºG


Obras:

Estreou-se em 1939 com a obra Narciso, torna-se mais conhecido em 1942 com o livro de
versos Adolescente. A sua consagração acontece em 1948, com a publicação de As mãos
e os frutos, que mereceu os aplausos de críticos como Jorge de Sena ou Vitorino Nemésio.
A obra poética de Eugénio de Andrade é essencialmente lírica, considerada por José
Saramago como uma poesia do corpo a que se chega mediante uma depuração contínua.

 As māos e os frutos,1948.
 As palavras interditas,1951.
 Obscuro domínio, 1971.
 Limiar dos pássaros, 1976.
 Matéria solar, 1980.
 O outro nome da terra, 1988.
 Rente ao dizer, 1992.
 O sal da língua, 1995.
 Os sulcos da sede, 2001.

Marcas características da poesia de Eugénio:


 Tempo presente/passado;
 Jogo de luzes e sombras;
 Densidade poética: por vezes, um ou dois versos são capazes de conter todo o
universo;
 Caráter predominante eufórico da sua poesia.

Contexto histórico, social e político


Com base no contexto cultural em que a poética cria seu próprio sentido de representar o real
através da reconquista e autonomia da linguagem, propõe-se discutir os recursos linguísticos
da poética de Eugênio de Andrade, que reiteram alguns parâmetros críticos da nova poesia
lírica, no sentido de reconfiguração do ser.

A sua poesia traz à tona algumas questões da poética moderna como, por exemplo, a noção
de crise e a subjetivação e as transfigurações do ser. E, por fim, discutir o processo linguístico
peculiar do poeta que vislumbra essas questões humanas, intemporais.

Ana Luísa Amaral (nascimento 1956)


Biografia

Sara Silva nº16 12ºG


 Ana Luísa Amaral (Lisboa, 5 de abril de 1956) é uma poetisa portuguesa, tradutora e
professora de Literatura e Cultura Inglesa e Americana na Faculdade de Letras da
Universidade do Porto.
 É Professora Associada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde integra
também a direção do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa. 
 Doutorou-se em literatura norte-americana, defendendo uma tese sobre Emily Dickinson.
 A partir de 1990, ano de publicação do seu primeiro livro de poemas Minha Senhora de
Quê, a autora não mais deixou “escapar” a inspiração.
 Colaboradora da revista literária Colóquio-Letras e docente das cadeiras de Literatura e
Cultura Inglesa e de Literatura Americana, na Faculdade de Letras da Universidade do
Porto, publica com regularidade ensaios sobre poesia moderna e contemporânea
americana, inglesa e portuguesa.

Obras:
 Minha senhora de quê, 1990
 Às vezes o paraíso, 1998
 A arte de ser tigre, 2003
 A génese do amor,  2005
 Entre dois rios e outras noites, 2007
 Se fosse um intervalo, Dom Quixote, 2009
 Inversos, Poesia 1990-2010, Dom Quixote, 2010
 Vozes, 2011
 Escuro, 2014

Prémios:
 Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas, com o livro A génese do
amor, (2007)
 Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, com o
livro Entre Dois Rios e Outras Noites, (2008)
 Prémio Rómulo de Carvalho/António Gedeão, 1ª edição, com o livro Vozes, (2012)
 Medalha de Ouro de Mérito da Câmara Municipal de Matosinhos (2015)
 Medalha de Mérito - Grau Ouro da Câmara Municipal do Porto (2016)

Manuel Alegre (nascimento 1936)


Biografia
 Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu em Águeda, Águeda, a 12 de maio de 1936) é
um escritor e político português.
 Originário duma família de tradição política liberal, Manuel Alegre é filho de Francisco
José de Faria e Melo Ferreira Duarte e de sua mulher Maria Manuela Alegre.

Sara Silva nº16 12ºG


 À exceção da instrução primária, feita em Águeda, Manuel Alegre frequentou diversos
estabelecimentos de ensino: fez o primeiro ano do liceu no Passos Manuel, em Lisboa,
no segundo esteve três meses como aluno interno no Colégio Almeida Garrett, no
Porto, seis meses no Colégio Castilho, em São João da Madeira, e depois foi para o 
Porto, concluindo os estudos secundários no Liceu Central Alexandre Herculano. Aqui
fundou, com José Augusto Seabra, o jornal Prelúdio.

 A sua infância e juventude encontram-se retratadas no romance Alma (1995).


 Casou duas vezes, primeiro com Isabel de Sousa Pires, de quem não teve filhos, e depois
com Mafalda Maria de Campos Durão Ferreira (Lisboa, 13 de Dezembro de 1947), da qual
tem dois filhos e uma filha.
 Uma década depois de ter partido para Argel regressa a Portugal, onde chega a 2 de
maio de 1974, dias após o 25 de abril.

Obras:
Poemas seus, cantados, entre outros, por Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira,
Manuel Freire e Luís Cília, tornaram-se emblemáticos da luta pela liberdade.

 1965 - Praça da Canção
 1967 - O Canto e as Armas
 1976 - Coisa Amar (Coisas do Mar)
 1992 - Com que Pena — Vinte Poemas para Camões
 1998 - Senhora das Tempestades
 2015 - Bairro Ocidental
 2017 - Auto de António

Contexto histórico, social e político


Os livros "A Praça da Canção" e "O Canto e as Armas" marcaram, à partida, o seu
percurso político e literário, de combate, contra a censura, contra a guerra colonial e a
ditadura do Estado Novo.

"O Canto e as Armas" é "o livro de uma geração, mas também um livro que se
prolongou no tempo, enquanto voz de esperança numa pátria livre, e de denúncia da
opressão política da ditadura salazarista, da guerra colonial, da emigração e do exílio,
a que muitos portugueses, como o próprio poeta, foram condenados", assinalou o
grupo editorial LeYa, no passado mês de abril, quando do lançamento da edição
comemorativa dos 50 anos desta obra.

Sara Silva nº16 12ºG


Sara Silva nº16 12ºG

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